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CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL
NÍVEL I
F.P.F./A.F.V/A.N.T.F.
Viana do Castelo - 2007




                                                 AS
                                            CAPACIDADES
                                            MOTORAS NO
                                              FUTEBOL



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                                                          1
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                          Que futebol? Ou “futebóis”?

                           Que treino? Que treinos?

                          Que método? Que métodos?




                                GANHAR!!!




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 « A quem apenas tem o martelo como ferramenta,
 Todos os problemas parecem pregos...»



                          « O Futebol não é uma ideia
                          minha mas é minha a ideia que
                          tenho do futebol!»



                                               « A procura de respostas tem-
                                               me levado muitas vezes a pôr
                                               em causa um conjunto de ideias
                                               que são dominantes.»




                                                                                3
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                     - Perfil fisiológico e características do esforço
                                - Tarefas Motoras Específicas
                                - Parâmetros Fisiológicos
                                - Tipo de esforço (sistemas energéticos)

                     - Treino Desportivo:

                                 - Fundamentação biológica do Treino Desportivo

                                 - Princípios do Treino Desportivo

                                 - Planeamento/organização do treino

                     - Planificação e Periodização
                                - Periodização convencional versus Periodização Táctica

                     - A fadiga e a recuparação

                     - O Treino das Capacidades Motoras

                     - O Treino das Capacidades Motoras nos Guarda-redes

                     - O Treino das Capacidades Motoras em Crianças e Jovens




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                          PERFIL FISIOLÓGICO
                                              E
             CARACTERÍSTICAS DO ESFORÇO




                                                                                          4
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Perfil fisiológico e características do esforço


                                                      sp. s
                                                   De tivo
                                                     lec
                                                  Co




                     p.
                 es u a i s
                D id
                   iv
            I   nd




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Perfil fisiológico e características do esforço




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Perfil fisiológico e características do esforço




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Perfil fisiológico e características do esforço



  Diferentes       funções/diferentes
  modelos      esforços diferentes
    treino diferenciado;
                Necessidade   de
  conhecer o jogo/modelo e o
  perfil        fisiológico    e
  características do esforço dos
  futebolistas




       ANÁLISE DO JOGO




                                                  6
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Perfil fisiológico e características do esforço


A análise do jogo tem sido realizada de forma variada e imprecisa devido a :
            Grande número de variáveis interactuantes no jogo;
             O processo de análise do jogo utilizado pelos treinadores ser,
         usualmente, um processo não sistematizado, onde há constante perda de
         informação.




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Perfil fisiológico e características do esforço

                                    JOGO

                                Análise do Jogo


                           Caracterização do Jogo da
                            Equipa (Jogo do Modelo -
                                     MJA)

          Caracterização Táctico-
                                                Caracterização do esforço
            Técnica-Emocional



                                    TREINO




                                                                                 7
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Perfil fisiológico e características do esforço

      A caracterização do esforço é realizada a partir de diferentes variáveis:




                   • estrutura do movimento – aspectos biomecânicos;
                • carácter do movimento – relação esforço/recuperação;
              • volume do esforço – amplitude do esforço e sua variação;
      • intensidade do esforço – concentração do esforço no decorrer do tempo;
   • complexidade do esforço – relação amplitude do esforço/técnicas desportivas.




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Perfil fisiológico e características do esforço


Importância da caracterização do esforço:


   Aumenta os conhecimentos acerca do jogo e da sua lógica;


   Fornece dados para o desenvolvimento do processo de preparação/modelação das
situações de treino;


   Para a construção de um sistema de detecção e selecção de talentos;


   Para o conhecimento das exigências nutricionais e para a diminuição do risco de
lesões.




                                                                                     8
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Perfil fisiológico e características do esforço




A caracterização do esforço na actividade desportiva tem sido realizada
segundo dois tipos de parâmetros:


             Tarefas Motoras Específicas (distância percorrida; duração,
         intensidade e    frequência dos deslocamentos e frequência das
         acções de jogo).


            Parâmetros Fisiológicos (FC, [La-], VO2 máx., etc.);




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                 TAREFAS MOTORAS ESPECÍFICAS




                                                      Obs.: Mostrar “imagens”




                                                                                9
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  Actividade Física Específica do
  Futebolista depende:


    Do nível competitivo do Jogo;

    Do Modelo e estilo de jogo;

      Da função/posição que o
  jogador desempenha na equipa;

    Aspectos táctico/estratégicos
  particulares;

    Das condições do envolvimento.




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Indicadores externos da
Actividade Física Específica
do Futebolista:


   Distância percorrida;


  Tipo e intensidade dos
deslocamentos ;


    Duração das acções,
repartição dos esforços e
pausas.




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 Tentem responder…

 - Qual o valor médio da distância percorrida no jogo?


 - Qual a posição/função do jogador que mais distância percorre no jogo?


 - Qual a percentagem relativa dos deslocamentos a passo/tempo parado,
 lentos/moderados, sub-máximos e máximos?


 - Qual a duração média de um esforço de alta intensidade (sprint)?


 - Em média, quantos contactos faz 1 jogador com a bola por jogo?




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 Volume – Distância percorrida

                      Data            Autor          Distância (m)

                      1962            Wade               1600-5400

                      1976       Reilly & Thomas           8700

                      1979            Palfai             6000-8000

                      1980           Losada              5000-10000

                      1985           Talaga                10000

                      1986           Ekblom                10000

                      1991        Bangsbo et al.           10800

                      1994          Luhtanen               12000




                                                                           11
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São os médios os que percorrem                  Os médios ala percorrem cerca de
maiores   distância   seguidos dos              1000 metros mais que os laterais.
avançados e dos defesas.




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        Distância total percorrida no jogo por posição específica


                                        Distância (Km)

                              12
                             11,5
                              11
               Km




                             10,5
                              10
                              9,5
                               9
                                     Defesas             Médios     Avançados
                    Distância (Km)    10,1                11,8        10,4
                                               Posição Específica




                                                                                    12
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A distância percorrida na 2ª parte tende a ser menor que a percorrida na 1ª
parte dos jogos (Bangsbo, 1994).


                             Distância Total Percorrida

                5700
                5650
                5600
                5550
                5500
                5450
                5400
                5350
                5300
                5250
                            1ª Parte                      2ª Parte




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Dominância dos diferentes deslocamentos (intensidade):
             Parado ou a caminhar – 55/60%
             Jogging (ritmo moderado) – 30/35% (25´a 30´)
             Velocidade sub-máxima – 3/6% (3´a 5´)
             Velocidade máximal – 0,5/2% (22” a 170”)




                                       Os esforços de máxima intensidade mais
                                       vezes repetidos são os de mais curta
                                       duração – 3 a 7 segundos / 10 a 20
                                       metros!




                                                                                13
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Frequência e duração dos diferentes tipos de deslocamentos no jogo



                 Tipos deslocamento           Frequência             Duração

                      Caminhar                   64                    29”

                          Jogging                52                    29”

                    Corrida média                34                    7”
                     intensidade

                          Sprint                 100                   3”




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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

 Volume – intensidade

A principal diferença entre jogadores de distinta qualidade não é só a distância
que percorrem no jogo, mas principalmente a percentagem dessa distância que é
percorrida em deslocamentos de elevada intensidade.


Existe uma relação entre a qualidade de jogo e os deslocamentos de elevada
intensidade.


                                                      Esforços de elevada
                                   Autor
                                                          intensidade
                             Ekblom (1986)                  0,8 Km
                            Bangsbo (1993)                  2,1 Km
                            Maréchal (1996)                 1,9 Km




                                                                                   14
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     Os jogadores realizam cerca de
     200 acções explosivas por jogo
     quase sempre traduzidas em
     sprints (90 a 100) – 3,6% do
     tempo total de jogo e 11% da
     distância total percorrida –
     intervalados por cerca de 55
     segundos




     … um trabalho que seria
     essencialmente aeróbio torna-
     se, em alguns momentos do
     jogo,         fundamentalmente
     anaeróbio!!




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O médio tem uma actividade global mais importante, com percursos mais longos,
enquanto os defesas e os avançados se caracterizam pela alternância de
repouso relativo, de numerosas acções explosivas e de sprints.




                                                                                15
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                                       Com bola apenas são percorridos
 Volume – Acções táctico-
                                       cerca de 300 metros sendo feitos +-
 técnicas                              60/65 contactos durante o jogo.


Da distância total percorrida, cerca
de 98% é feita sem bola.




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  Os defesas são os que
  contactam mais a bola com
  a cabeça seguidos dos
  avançados e dos médios.




   Cerca de 35 passes por
   jogo e 15 intercepções.




   1,1 remates por jogo por
   jogador e 1 golo em cada
   12 tentativas




                                                                             16
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             Frequência de acontecimento das acções no jogo



                Acções de jogo     N.º Rept.      Amplitude
                    Tackles           4              1-5
                     Saltos           8             3-12
                   Mudanças           19            10-28
                direcção/sentido
                  Travagens           9             4-14
                 Disputas salto       5              1-9
                 Disputas 1x1         35            16-54




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Perfil fisiológico e características do esforço



                                                PARÂMETROS
                                               FISIOLÓGICOS




                                                              17
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FREQUÊNCIA CARDÍACA

A FC parece ser um meio de avaliação da intensidade do exercício relativamente
rigoroso e adaptado ao futebol, devido à possibilidade de avaliação contínua;

Necessidade de ter em atenção que a resposta da FC pode ser influenciada por
alguns factores: temperatura ambiente, idade, condição física, massas musculares e
tipo de exercício;

A FC máxima só é atingida nas fases mais intensas do jogo, embora muitos atletas
joguem durante largos períodos do jogo com a FC sub-máxima; A FC decresce no
decorrer da 2ª parte dos jogos.

                                Autor            FC (bat./min)
                      Fornaris et al. (1989)        170+-9
                          Ali e Farraly (1991)     172+-12
                          Pirnay et al. (1991)      167+-4




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 FREQUÊNCIA CARDÍACA




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CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÉNIO (VO2 máx.)

A utilização do VO2máx. como indicador da intensidade do esforço deve ser feita
com algumas limitações (pouca especificidade da avaliação) – alguns autores
consideram que os valores do VO2 não são limitativos da prestação física do jogador
de futebol;

Existem duas razões fundamentais para a necessidade de ter uma boa capacidade
aeróbia: a diminuição do consumo de O2 nos períodos de trabalho e a possibilidade
dum rápido restabelecimento da homeostasia nos períodos de recuperação;

Com o treino este valor pode aumentar cerca de 20 a 30% (50 ml/Kg/min no
sedentário);
                                Autor          VO2máx.(ml/kg/min)
                      Marechal et al., 1979           64,7
                           Zelenka, 1982             55/65
                          Faina et al., 1986           59




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 CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÉNIO (VO2 máx.)




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 LACTATO SANGUÍNEO

As concentrações de lactato sanguíneo tem sido utilizadas como meio de avaliação da
intensidade do jogo e da participação do metabolismo anaeróbio;

A utilização da lactacidémia como índice de avaliação da produção de lactato, é
questionada por diversos autores, pelo facto de o aparecimento de lactato sanguíneo
estar dependente da interacção entre a sua produção e a sua remoção;

Os estudos mostram grande variação nos valores obtidos – explicadas pelo tipo de
actividade realizada antes da recolha, pela concepção táctica do jogo e do jogador e
pela capacidade física e motivação do jogador;


                                 Autor           Lactacidemia (mmol/l)
                            Ekblom (1986)                7-8
                            Bangsbo (1991)           4.4 (2.1-6.9)
                          Pirnay et al. (1991)         4 +- 0.6




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 LACTATO SANGUÍNEO




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Perfil fisiológico e características do esforço - PF


     Outros parâmetros podem ser
     utilizados para caracterizar o
     esforço específico do futebolista
     no jogo:


     - Concentrações séricas de Amónia,
     - Temperatura corporal,
     - …




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Perfil fisiológico e características do esforço - PF

 Apresentação Seminário ISMAI – Tese Mestrado




                              CARACTERIZAÇÃO
                                    DO
                          ESFORÇO DO FUTEBOLISTA
                                    NO
                             ESCALÃO “ESCOLAS”


                            Futebol de 7 versus Futebol de 11




                                                                21
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Perfil fisiológico e características do esforço



               TIPO DE
           ESFORÇO/FONTES
             ENERGÉTICAS




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Fontes Energéticas




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Fontes Energéticas




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia


   Sistema Anaeróbio Aláctico – Fosfagénios (ATP-CP) – Presentes nos músculos

   - ATP    ADP + Pi + Energia         Fonte de energia mais rápida usada pelo músculo:
   - Assegura esforços com duração     - Não depende de uma série de reacções químicas;
   de 2 a 3 segundos;
                                       - Não depende do transporte de oxigénio para os
   - Tipo de movimentos: rápidos,      músculos que estão a realizar trabalho;
   muito potentes e curtos – saltos,
                                       - Tanto o ATP como a CP estão armazenados
   remates, sprints curtos…
                                       directamente nos músculos.


   - CP + ADP    ATP + C + Energia     Conclusão:
   - Assegura esforços com duração     Sem este sistema (fornece energia na ausência de
   – 5 a 15 segundos;                  O2 e sem formação significativa de ácido láctico),
                                       os movimentos rápidos e vigorosos (intensidade
   - Tipo de acções: um contra-
                                       máxima) não poderiam ser realizados pois exigem
   ataque, uma prova de 100m, etc;
                                       um fornecimento rápido e não uma grande
                                       quantidade de energia!!!




                                                                                            23
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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia


               O que acontece quando as reservas
               musculares de ATP e CP começam a
                        ficar esgotadas?



                 Terão que ser utilizadas outras
               fontes de energia para ressintetizar
                             o ATP…




                                                               24
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  Sistema Anaeróbio Láctico – Glicólise – Hidratos de Carbono

 - Hidratos de Carbono são degradados em glicose e armazenados no músculos e no
 fígado sob a forma de glicogénio;


 - Qd é necessária energia, o glicogénio transforma-se novamente em glicose que,
 através de diferentes reacções vai libertando energia para a ressíntese do ATP,
 resultando como produto final o ácido pirúvico que na ausência de 02 se
 transforma em ácido láctico;


             Glicogénio   Glicose   Ácido Pirúvico    O2 insuf.   Ácido Láctico




                                      Energia útil
                                    (ADP+Pi    ATP)




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia




                                                                                   25
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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia


  Temos um problema…


        É que a energia fornecida por esta fonte não permite a
        ressíntese de um grande número de moles de ATP devido
        ao aumento das concentrações de ácido láctico…




                                      A partir de determinados níveis de
                                      acumulo no músculo… impossibilita a
                                      continuidade do esforço!!!




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

  A via energética anaeróbia láctica é:
  - Importante porque permite        o    fornecimento
  energético relativamente rápido;
  - Responsável pelos esforços de intensidade
  elevada com duração entre 1 a 3 minutos;




                                           Conclusão:
                                           - Resulta na formação de ácido láctico;
                                           - Não requer a presença do O2;
                                           - Utiliza apenas os hidratos de carbono;
                                           - Liberta energia para a ressíntese de poucas
                                           moles de ATP.




                                                                                           26
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   Sistema Aeróbio – Oxidação - lípidos/ácidos gordos e proteínas (aminoácidos)

 - As várias reacções deste sistema podem dividir-se em três subsistemas:
                     - Glicólise aeróbia;
                     - Ciclo de Krebs;
                     - Sistema transportador de electrões.


 - Qd é necessária energia, o glicogénio transforma-se novamente em glicose que,
 através de diferentes reacções vai libertando energia para a ressíntese do ATP,
 resultando como produto final o ácido pirúvico… que, com a presença de O2, não
 leva à acumulação de ácido láctico mas sim à produção de CO2 e ATP – Glicólise
 aeróbia;


 - Ciclo de Krebs consiste num conjunto de reacções a que é submetido o ácido
 pirúvico (formado na glicólise aeróbia) – liberta-se CO2 (transportado pelo sangue
 e eliminado pelos pulmões), iões de hidrogénio (H+) e electrões (e-).




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

 - Os iões de hidrogénio e os electrões que foram removidos do Ciclo de Krebs na
 presença de O2 que respiramos, dão origem à formação de água em cujas
 reacções de produção se dá a libertação de energia que é utilizada para a
 ressíntese de ATP – Sistema transportador de electrões.


  Considerações:


  - O sistema aeróbio utiliza como combustível não só o glicogénio/hidratos de carbono como
  as gorduras e as proteínas;


  - Fornece energia para actividades de longa duração e relativa baixa intensidade
  (maratona, 10000m, momentos de baixa intensidade do jogo de futebol…) – Fonte
  inesgotável!


  - A exaustão acontece não por falência na produção energética mas por outros factores
  indutores de fadiga de origem neuromuscular!




                                                                                              27
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Fontes Energéticas




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Fontes Energéticas

 Participação das diferentes vias metabólicas/duração do exercício


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                                                       Anaeróbios
                                                        Alácticos




                                                            Sistema
                                                           Anaeróbio
                                                            Láctico



                                                           Sistema
                                                           Aeróbio




                                                                       28
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Fontes Energéticas

        Capacidade de produção de energia em função do tempo




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia




                                                               29
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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia




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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia




                                                               30
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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

                                          Vantagens                                 Desvantagens

     Fonte Anaérobia      - O tempo de demora na intervenção é nulo;      - A utilização desta fonte provoca
         Aláctica         - A potência disponível é considerável;         um deficit de oxigénio;
                                                                          - A duração do seu funcionamento é
                                                                          breve;
     Fonte Anaeróbia      - Maior potência que a potência aeróbia;        - A utilização desta fonte
         Láctica          - O tempo de demora na intervenção é mais       energética provoca um deficit de
                          curto do que na fonte aeróbia;                  oxigénio;
                                                                          - Pouco rentável por unidade de
                                                                          substrato utilizado,
                                                                          - O ácido láctico produzido limita a
                                                                          capacidade;
      Fonte Aeróbia       - Utiliza todos os substratos orgânicos;        - Potência limitada,
                          - É rentável por unidade de substrato           - Tempo de demora na intervenção é
                          utilizado (produz mto. ATP por unidade de       considerável;
                          substrato);                                     - Capacidade limitada pelos
                          - Os produtos terminais não provocam            exercícios que solicitam elevadas
                          problemas ao organismo: o dióxido de            potências aeróbias.
                          carbono é facilmente eliminado pelos
                          pulmões, a água é reutilizada pelo organismo;
                          - Funciona à base dos processos de
                          recuperação; o seu funcionamento é
                          solicitado na recuperação activa.




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Perfil fisiológico e características do esforço




                                            Tipo de esforço




O FUTEBOL caracteriza-se por ser uma actividade em que os jogadores
realizam diferentes tipos de acções de jogo, com intensidades muito variadas;

É um exercício intermitente em que existe um quociente entre momentos de alta
intensidade, momentos de baixa intensidade e situações mais ou menos
estáticas;

Em termos bioenergéticos, o jogo de FUTEBOL consubstancia um esforço
aeróbio entrecortado por frequentes momentos anaeróbios de curta duração.
Todos os tipos de metabolismo são recrutados.




                                                                                                                 31
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Perfil fisiológico e características do esforço


Utilização das três fontes energéticas:


- Aeróbia – representada pela essência do jogo
(duração);


- Anaeróbia láctica – destacada nas idas e voltas
constantes do jogador no ataque e na defesa,
com trabalho de alta intensidade e média de 36
sprints por jogo (4 a 6 mmol. de acúmulo de
ácido láctico);


- Anaeróbia aláctica – em relação à aplicação dos
fundamentos técnicos no jogo como o passe,
remate, drible, saltos, tackle, etc.;




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                          TREINO DESPORTIVO




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Treino Desportivo


                                   Processo intencional, sistemático e
                                      planeado cujo objectivo é o
                                    desenvolvimento do rendimento.




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Treino Desportivo

 É a forma fundamental de
 preparação, baseada em
 exercícios    sistemáticos,
 representando um processo
 organizado pedagogicamente
 com     o   objectivo    de
 direccionar a evolução do
 desportista     (Matweiew,
 1983)



                          …evolução da equipa no sentido da identificação
                          com o MJA – dimensão equipa!

                          …aumento do nível   de   jogo   que   apresenta   –
                          dimensão jogador!




                                                                                33
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Treino Desportivo

Treino - é o desenvolvimento multifactorial e harmonioso das capacidades que
condicionam o rendimento de um praticante ou de uma equipa, devendo
reproduzir parcial ou integralmente, o conteúdo e a estrutura do jogo (Queirós,
1986);


 Estádio       Processo   Estádio     Processo   Estádio    Processo     Estádio
  inicial                 Intermé                Intermé               final (???)
                                       Treino               Treino
                Treino     -dio 1                 -dio n




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Treino Desportivo


            O processo de treino e/ou ensino-aprendizagem no futebol,
            pressupõe uma evolução no nível de conhecimentos a adquirir e
            no grau de eficácia das acções táctico-técnicas individuais e
            colectivas, com reflexo directo sobre a qualidade do jogo.




                                                                                     34
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               Não é o treino que torna as coisas perfeitas, mas
                é antes o perfeito treino que permite obter a
                                   perfeição!




                Não basta treinar!!!



               É preciso treinar bem!!!




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               Muito trabalha o burro e nunca chegou a cavalo!!!




                                                                   35
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   O treino deve contemplar mais do que o somatório de qualidades tácticas,
  técnicas, físicas e psico-cognitivas, apoiando-se numa criteriosa selecção de
      métodos e situações adequadas de aprendizagem e aperfeiçoamento.




                                      Asp. Tácticos



                 Asp. Técnicos          Treino              Asp. Psico-cognitivos




                                      Asp. Físicos




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                                             MAU TREINO
                         BOM TREINO                       MAU TREINO




                                                                                    36
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 Objectivos (Gerais):

 - Aumentar o desenvolvimento multilateral e físico;
 - Assegurar e melhorar o desenvolvimento físico
 específico determinado pelas necessidades de cada
 desporto em particular;
 - Realizar e aperfeiçoar as técnicas do desporto
 escolhido,
 - Melhorar e aperfeiçoar as estratégias necessárias;
 - Cultivar as capacidades volitivas;
 - Assegurar e procurar uma preparação óptima para a
 equipa;
 - Fortalecer o estado de saúde de cada atleta;
 - Prevenir lesões;
 - Incrementar o conhecimento teórico do atleta sobre
 a modalidade escolhida.




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 Rendimento Desportivo

 … é determinado por um estado dinâmico complexo que se caracteriza por
 um elevado nível de eficiência física e psicológica, e pelo grau de
 aperfeiçoamento das aptidões técnicas, tácticas e conhecimentos teóricos
 da modalidade…


                                   Rendimento Desportivo associado à noção de
                                   forma desportiva em FUTEBOL!



                                                  - Base técnica – Aplicação técnicas
                                                  - Base táctica - Adaptação ao MJA…
                                                  - Base Condicional – Adaptação atlética




                                                                                            37
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 O Exercício de Treino é o meio
 prioritário   e     operacional    de
 preparação dos praticantes e das
 equipas,            consubstanciando
 adaptações      físicas,    técnicas,
 tácticas        e        psicológicas
 fundamentais para a consecução de
 um elevado desempenho quando em
 confronto directo.


 O mais importante no treino é a
 selecção     de   exercícios    e   a
 execução dos que conduzem, sem
 falha,    ao    objectivo    desejado
 (Ozolin, 1981)




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 O tornar viável uma série de adaptações adequadas ao jogo, parece
 estar relacionada com a construção/selecção dos mesmos…




                               “(…) a melhor
                                 adaptação
                               produzir-se-á
                                somente em
                                resposta ao
                                  melhor
                                 exercício”
                                (Castelo, 1996)




                                                                     38
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       A escolha e selecção dos          Os exercícios determinam a linha
    exercícios devem, por isso, ser      de orientação das adaptações dos
  alvo de uma reflexão por parte do        jogadores à especificidade do
         treinador de forma a            jogo de futebol respeitando a sua
   potencializar as capacidades dos           lógica interna (Castelo, 1996)
        jogadores e da equipa!




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Critérios para a construção/selecção dos exercícios de treino:


                                                   Objectivos




                                      Utilidade    EXERCÍCIO       Eficácia




                                                  Especificidade




                                                                               39
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Exercício…
                                                                                               Físicas




                                                         Psicológicas                    ADAPTAÇÕES                          Técnicas




                                                                                              Tácticas




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Classificação dos Exercícios

             Cl as sif ic aç ão                                    Ca ra ct er íst ic as




             Co m pet it iv o s      Práti ca      da       competiçã o             em    c o nd iç õe s       re a is     ou

                                     sim u la das .

           ____________              ________________________ _______________

                                     Form a       e xt er na      muit o       similare s        à    se qu ên c ia        de

                                     mov im e nt o s         c om pet it i vo s,         mas    qu e      ap res ent a m

                                     de svi o s   na s      c ar ac t er íst ic a s      da    carga    e/ou      ape na s

              E sp ec íf ic os       abordam            alguns          el em e nt o s         ou       com b i naç õe s

                                     comp l e xa s          da     c om pe t içã o.           Po d em      privilegia r

                                     asp ec t os co n di ci on a is , c o or de na t i vo s o u t á ct ic os

           ____________              ________________________ _______________

                                     Sol ic it a m     os    g rup os    musc ula res          r esponsáv eis            pel o

                Dirig idos           re n di m e nt o        c om p e t it i vo ,     e /o u     as     capa cida des

                                     co or de nat i vas qu e l he est ã o n a bas e.

           ____________              ________________________ _______________

                                     T od os      os        re stant es        não        c om pre en di d os             na s

                  Gerais             sit ua çõ e s     a nt e r ior es     –   Form a         int ern a    e    ext erna

                                     sig n if i c at i va m e nt e d if er ent e da c om pet iç ã o.



        Adaptada de: Bompa (1994), Manno (1990), Verjoshanski (1990), Platonov (1987), Matvéiv. (1986), Weineck (1988            )




                                                                                                                                        40
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Classificação dos Exercícios        (Carlos Queirós, 1986)



                            Designação                                  Caracterização
                                                        Aqueles que se assemelham mais à
                 Exercícios de Competição               natureza e essência do jogo e
                                                        produzem efeitos mais complexos.


                                                        Reproduzem lógica e parcialmente
                                                        as exigências do próprio jogo e têm
                   Exercícios Especiais                 a vantagem de permitirem um
                                                        controlo mais efectivo da carga.



                                                        Desenvolvem       as    capacidades
                                                        motoras fundamentais contribuindo
                     Exercícios Gerais                  para o nível de preparação de forma
                                                        indirecta.




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Dimensões que podem ser alteradas no sentido de configurar/objectivar os
exercícios:


                 Dimensão                          Variáveis de evolução
                     Bola                                        Peso
                                                              Perímetro
                                                           Número de bolas
                   Balizas                                    Dimensão
                                                               Posição
                                                          Número de balizas
                Espaço de jogo                                Dimensões
                                                 Zonas de acesso limitado e interditas
               N.º de jogadores                           Efectivo reduzido
                                                     Desiquilíbrio ataque-defesa
                                                         Utilização de jokers
                    Regras                               Banir o fora de jogo
                                                   Interditar a comunicação verbal
                                                     Interditar o contacto físico
                   Outras           Limitar o tempo entre a recuperação da bola e o remate à baliza
                                         Limitar o número de toques na bola (jogador/equipa)
                                                  Defesa à zona, individual ou mista




                                                                                                      41
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               Os exercícios complexos de treino




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… Importância da adopção de um Modelo de Jogo que oriente a concepção de
um Modelo de Treino…


O rendimento no jogo é expresso pela forma como as equipas se adaptam às
condições complexas que este lhes coloca, se ajustam e solucionam com inovação
e eficácia as situações concretas de jogo;
                            É criado pelo universo mais ou menos vasto de
                         soluções proporcionadas pelo treino e por anteriores
                         experiências vividas.


Dupla realidade:
  Tendência para comportamentos padronizados e previsíveis;
   Necessidade de recurso a uma multiplicidade de “possibilidades extra” de
resolução das situações de jogo.




                                                                                 42
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É importante o desenvolvimento de padrões de jogo…

                … que estão ao serviço da consistência de comportamentos
                individuais e colectivos.




No entanto…

                … a eficácia dos ET será tanto mais elevada quanto mais previr
                a possibilidade de colocar o jogador a decidir e a agir perante
                contextos que não estejam totalmente predeterminados e que
                incluam variabilidade.




                                                                                  43
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As situações de treino devem revelar padrões de tal forma perceptíveis que
possibilitem uma identificação dos comportamentos desejáveis por todos os
jogadores da equipa (convergência) e, simultaneamente, não impeçam opções
estratégicas criativas por parte dos jogadores (contingência).




                                                                             44
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  É pois importante que no treino sejam criadas situações de jogo que
  privilegiem    regularidades,    que     tenham     como objectivo   a
  exercitação/consolidação de determinados comportamentos individuais e
  colectivos    julgados    fundamentais     (padrões   de comportamento
  futebolístico/princípios e sub-princípios do MJA) e possibilidades de
  irregularidades, que consubstanciam a variabilidade requerida para
  respostas adequadas às situações de jogo.




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  Os exercícios designados por Exercícios Complexos de Treino são aqueles
  cujos conteúdos e objectivos contemplam a possibilidade de decisão não
  totalmente pré-determinada por parte dos jogadores. São exercícios
  situacionais com elevada ligação aos problemas do jogo, contemplam a
  presença do adversário e, pela modificação, de alguns parâmetros, fazem
  salientar determinados padrões de comportamento desejáveis com elevadas
  possibilidades de inovação e criação.




                                                                            45
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  Porque são importantes?!

                                                Porque desenvolvem
                                                   sobremaneira a
                                            criatividade e improvisação
                                            numa base táctica comum.
                                              Estas são determinantes
                                               para o desenlace dos
                                                jogos, pois, perante
                                            distintas situações de jogo
                                                    com múltiplas
                                            possibilidades de resolução
                                             táctica, os jogadores que
                                            as tiverem mais resolvidas
                                              percebem uma jogada e
                                             rapidamente solucionam a
                                                 situação de jogo!!!




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                                                                          46
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       Exercícios de treino – A Carga de treino




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Carga de Treino – Designa o estímulo ou stress que é imposto a um
praticante desportivo no quadro da realização de exercícios de preparação
ou de situações de competição.


                                   Estes estímulos procuram induzir
                                   estados    de    fadiga controlada
                                   orientados  para a obtenção de
                                   adaptações especificas…



                                   É a repetição dos estímulos de treino
                                   que torna possível a aquisição de
                                   adaptações estáveis, que se tornam
                                   capacidades presentes no momento do
                                   desempenho competitivo!




                                                                            47
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Carga de Treino

                                        É a quantidade de efeitos que
                                        determinados exercícios corporais têm
                                        sobre o estado funcional do organismo
                                        (Matveiev)




                                        É o trabalho muscular que implica em
                                        si mesmo o potencial de treino
                                        derivado do estado do desportista,
                                        que produz um efeito de treino que
                                        leva a um processo de adaptação
                                        (Verjonhanski).




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 A Carga é, então, o elemento central do processo de treino, e
 compreende, em sentido lato, o processo de confronto do atleta com as
 exigências táctico-técnicas, físicas, psíquicas e intelectuais que lhe são
 apresentadas durante o treino, com o objectivo de optimizar o
 rendimento.




                          Carga versus Exigência de Desempenho




                                                                                48
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O desequilíbrio interno provocado           Os processos de adaptação que
pela aplicação de cargas de treino          ocorrem no organismo do atleta
corresponde à adaptação específica          ocorrem em diferentes etapas:
pretendida, condicionado por:
- Potencial motor do atleta;
                                              Adaptações Imediatas/Agudas
- Margem de evolução própria do
estado de evolução em que se
encontra.
                                                Adaptações Permanentes




                                             Adaptações Acumuladas/Crónicas




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     Adaptações Imediatas/Agudas

   São     as   reacções   directas    do
   organismo à carga física, e são
   influenciadas     pelas      variações
   bioquímicas e funcionais que se
   estabelecem          durante         e
   imediatamente a seguir ao esforço,
   no início da recuperação.

   Ex.:    Redução   da    eficácia  da
   coordenação inter e intramuscular;
   mobilização   ventilatória   máxima;
   aumento da concentração de lactato
   sanguíneo, activação máxima da
   actividade cardíaca…




                                                                              49
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     Adaptações Permanentes

                                            Fase 1 – Mobilização sistemática dos
   São       constituídas     por           recursos funcionais do organismo em
                                            simultâneo   com    a   activação da
   alterações que perduram para             componente genética dos recursos
   além do tempo de exercício e             funcionais no decurso de um programa
   da sua recuperação imediata.             de treino.


                                            Fase 2 – Produção de um conjunto de
   Os    exercícios   de   treino           transformações estruturais e funcionais
                                            orgânicas especificas às solicitações
   responsáveis pelas adaptações            ocorridas.
   imediatas quando repetidos de
   forma sistemática, são os
   responsáveis pelas adaptações            Fase 3 – Aparecimento de uma reserva
                                            imprescindível a um novo nível de
   permanentes!                             funcionamento do sistema, equilibrando
                                            as diversas funções em situação de
                                            stress (exercício).




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     Adaptações Acumuladas/Crónicas

  Conjunto de variações bioquímicas e
  morfo-funcionais que ocorrem num
  período longo de tempo. Estas
  variações são o resultado do
  somatório   de     uma    série  de
  adaptações             permanentes,
  resultantes   dos    exercícios  de
  treino executados nas diferentes
  sessões de treino.


                               Estas adaptações de longo curso ocorrem
                               quando o treino provoca um conjunto de
                               modificações funcionais que permanecem
                               estáveis após o termo da estimulação!




                                                                                      50
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Treino Desportivo

  Adaptações do Sistema Cardiovascular

  O atleta apresenta um aumento das
  cavidades do coração, principalmente
  do ventrículo esquerdo, obtendo
  assim um volume sistólico superior ao
  do sedentário!


  O treino ainda provoca um aumento
                                            Esta adaptação leva a que
  do volume de sangue, do n.º de
                                            o atleta tenha uma menor
  glóbulos vermelhos, bem como o
                                            frequência cardíaca em
  efeito       na        capilarização,
                                            repouso provocada pela
  representando   um    aumento      na
                                            capacidade de o coração
  capacidade de transporte de oxigénio
                                            bombear mais sangue em
  ao coração.
                                            cada sístole.




                                                                        51
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  Adaptações do Sistema Respiratório

  Com    o    treino,     os    pulmões
  apresentam-se maiores, mais pesados
  e com maior superfície interna.




   O Treino provoca o aumento da
   ventilação pulmonar, diminuição da
   ventilação por minuto em repouso,
   aumento da eficiência respiratório,
   dos     volumes   pulmonares,   da
   capacidade de difusão, do consumo
   máximo de oxigénio, do limiar
   anaeróbio…




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  Adaptações Ósseas


           A actividade física contribui de
              forma importante para o
          desenvolvimento da massa óssea.




                  Crescimento ósseo

                  Remodelação óssea




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  Adaptações Musculares


 O treino aumenta a capacidade de
 armazenamento de glicogénio, pelo
  que os atletas possuem maiores
   quantidades que os indivíduos
            sedentários.




              Crescimento

                 Função




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                              O objectivo de um
                             processo de treino
                              bem organizado e
                                planeado é a
                             transformação das
                                 adaptações
                                 imediatas e
                               permanentes da
                                  carga em
                                 adaptações
                             acumuladas, pois só
                               estas criam as
                             condições para uma
                              efectiva evolução
                              da capacidade de
                               desempenho do
                                   atleta!




                                                   53
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                          Eu diria mais…


                                           Conseguir    que    as    “exigências    de
                                           desempenho”      permitam      ao    atleta
                                           adaptar-se ao MJA, numa perspectiva
                                           permanente de melhoria táctico-técnica e
                                           adaptação    psico-emocional     ao   jogo,
                                           consubstanciadas na excelência de uma
                                           adaptação    física    face   ao    esforço
                                           especifico exigido pelo Modelo!




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                                                                                         54
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 Dimensões da Carga

  Duração – É caracterizada
  pelo tempo que demora a
  executar um exercício ou
  uma série de exercícios,
  sem     interrupção.   Com
  efeito,      a      duração
  corresponde ao período
  efectivo de tempo que o
  exercício(s)       actua(m)
  sobre o organismo, sem
  pausas, medindo-se em
  unidades de tempo (horas,
  minutos, segundos).




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 Dimensões da Carga

  Volume – Representa a
  quantidade total da carga
  efectuada            pelos
  praticantes num exercício,
  numa unidade de treino,
  ou num ciclo de treino.
  Poderá ser expresso de
  muitas     e    diferentes
  formas (km, minutos, kg,
  n.º rept. …).



               Volume (sem pausas) = Duração (com pausas)




                                                            55
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 Dimensões da Carga

  Intensidade – Definida
  pela      quantidade      de
  trabalho     realizada    na
  unidade       de     tempo.
  Caracterizada           pela
  exigência com que um
  exercício ou série de
  exercícios são realizados
  em relação ao máximo de
  possibilidades            do
  praticante ou da equipa,
  nesse        ou       nesses
  exercícios.
                                                Frequência cardíaca




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 Dimensões da Carga


    Densidade –
     É definida
       como a
       relação
      temporal
       entre o
    esforço e a
       fase de
    recuperação
     dentro de
    uma sessão
     de treino.                  Pausas completas versus pausas incompletas
                                 Pausas activas versus pausas passivas




                                                                              56
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  Princípio da Sobrecompensação

  Baseia-se    na    capacidade   do
  organismo vivo de recuperar não só
  as energias perdidas senão também
  em acumular potenciais de trabalho
  superiores ao nível em que se
  encontrava antes.




                               Para aumentar o nível funcional as cargas
                               devem ser aplicadas durante a fase de
                               sobrecompensação!!!




                                                                           57
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Princípio da Sobrecarga

Para haver aumento do rendimento
é necessário que no treino se
apliquem estímulos fortes (cargas),
susceptíveis de causar alterações
(adaptações)     estruturais,  que
conduzam      ao     aumento    da
funcionalidade.

                               Apenas estímulos que perturbem de uma
                               forma importante o equilíbrio metabólico
                               ou de regulação de uma determinada
                               função serão indutores do processo de
                               reorganização interna conducente a uma
                               capacidade de resposta superior.




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                                                                          59
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Princípio da Especificidade              Impõe que o treino deve ser
                                       concebido a partir dos requisitos
                                        próprios das características da
                                       disciplina atlética em termos das
                                        capacidades físicas envolvidas,
                                              sistemas energéticos
                                          preponderantes, segmentos
                                       corporais e coordenação motora
                                                   utilizados.




                                               Apenas as estruturas
                                            funcionais solicitadas pelas
                                               cargas de treino são
                                            susceptíveis de melhorar a
                                                sua funcionalidade.




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Princípio da Reversibilidade          Todas as alterações do organismo
                                      conseguidas através do treino têm
                                            uma duração definida.
                                       Significa que são transitórias e
                                     necessitam de um trabalho contínuo
                                      de solicitação para se manterem.




                                       Níveis elevados de capacidade de
                                        desempenho necessitam de uma
                                    solicitação contínua dos seus factores
                                      determinantes sob pena de ocorrer
                                     perda de uma ou mais capacidades e
                                      a consequente diminuição da forma
                                                   desportiva!




                                                                             60
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Princípio da Retardabilidade


                                                                   As adaptações
                                                                      ao esforço
                                                                      (efeito de
                                                                   treino) não são
                                                                      imediatas,
                                                                   demoram algum
                                                                        tempo a
                                                                       aparecer,
                                                                      sendo este
                                                                       variável e
                                                                    dependem do
                                                                   tipo de esforço
                                                                      realizado.




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   EXERCÍCIO

    Houve jogo no fim-de-semana…
    Detectas-te que a equipa não conseguiu cumprir alguns dos princípios de jogo que
    definiste no teu Modelo e que tens vindo a treinar…
    Projectas a nova semana de treinos…
    Define o princípio que entendes não esteve bem e refere a que momento do jogo ele
    corresponde. Constrói um exercício de treino que te permita estimular esse princípio no
    sentido de a equipa e os jogadores o compreenderem e o poderem interpretar no jogo.
    Refere em que dia da semana do Microciclo o realizarias e caracteriza a sua carga no
    que toca ao número de repetições e duração da exercitação.




                                                                                              61
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                   CAPACIDADES MOTORAS




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Capacidades Motoras
Capacidades versus qualidades físicas/motoras – treinabilidade versus elitismo;


Capacidades motoras (Manno, 1994) – são a condição prévia para que o atleta
possa desenvolver as suas habilidades técnicas, sendo no valor do seu
desenvolvimento que se baseiam a formação de numerosas e sofisticadas
habilidades;
            as habilidades táctico-técnicas…


                                 Capacidades motoras


 Cap.     Motoras Condicionais – eficiência depende de pressupostos
 fisiológicos/predominam os processos metabólicos nos músculos e sistemas
 orgânicos (âmbito qualitativo);
 Cap. Motoras Coordenativas – eficiência depende do controle nervoso (âmbito
 quantitativo);




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Capacidades Motoras



                                   Capacidades Motoras

                      Condicionais                Coordenativas

                           Resistência          Cap. de Orientação
                              Força           Cap. de Encadeamento
                           Velocidade         Cap. de Diferenciação
                          Flexibilidade         Cap. de Equilíbrio
                                                  Cap. de Ritmo
                                                 Cap. de reacção
                                                 Cap. de mudança
                                                        Etc.




                                                                                  63
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Capacidades Motoras




        Factores predominantes das capacidades motoras condicionais




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Capacidades Motoras

 Nesta divisão de carácter didáctico encontram-se algumas dificuldades
                       muitas vezes umas capacidades influenciam outras




É na dificuldade de estabelecimento de algumas fronteiras que se define
um terceiro grupo que se designa de “Capacidades Motoras Intermédias”;




                                                                          64
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Capacidades Motoras




                                                          Capac. Mot. Cond.
                                                             Intermédias

                                                        Velocidade Resistente

                                                       Resistência de velocidade
                                                         Resistência de força
                                                             Força rápida
                                                           Força Resistente
                                                                  ...


 Modelo tridimensional das cap. motoras condicionais




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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino


Se não basta despejar os exercícios dentro do período de tempo destinado
ao treino, qual é então a ordem a que deve obedecer a distribuição dos
conteúdos de treino na sessão?




                                                                                   65
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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino



         FADIGA            ESPECIFICIDADE




                     Os objectivos de treino devem ser colocados de
                     forma a se iniciar com aqueles que devem ser
                     treinados/aprendidos com o organismo num bom
                     estado de rendimento e evoluindo para aqueles que
                     produzem e que “vivem” da fadiga.




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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino




                                                                         66
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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino


         Períodos de recuperação




                          Velocidade - +- 24 horas

                          Força rápida – 24/48 horas

                          Velocidade resistente – 48/72 horas

                          Resistência de força – +- 48 horas

                          Resistência – 72 a 96 horas




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Capacidades Motoras




                                                  Velocidade




                                                                 67
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Capacidades Motoras - Velocidade


Velocidade – Capacidade de o atleta executar uma acção motora no mais curto
espaço de tempo;



É clara a convicção de que os investimentos realizados no treino da velocidade
não asseguram a mesma taxa de progresso que se observa noutras capacidades
motoras;


A velocidade no FUTEBOL manifesta-se associada com outras capacidades:
- com a força (força de impulsão, de remate, de aceleração, etc.);
- com a resistência (velocidade resistente);
- com a tomada de decisão e a actuação táctica (acções colectivas rápidas);
- com o gesto técnico.




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Capacidades Motoras - Velocidade




                                                                                 68
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Capacidades Motoras - Velocidade
Tipos de velocidade
  Velocidade de reacção
  Velocidade de aceleração
  Velocidade máximal (de desl. e de exec.)
  Velocidade resistente


Métodos de treino
  Percursos com distâncias curtas;
  Estafetas;
  Reacções;
  Actividades lúdicas;
  Alternância de exercícios de velocidade e força explosiva;
  Alteração da frequência gestual;




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Capacidades Motoras - Velocidade
Orientações metodológicas gerais
 A motivação do praticante é fundamental para serem alcançados os resultados
perspectivados;


  Deve dar-se prioridade ao treino da velocidade até ao final da maturação;


  As pausas devem ser longas para assegurar a velocidade de execução bem
como uma recuperação total;


  Deve ser treinada no início da unidade de treino;


  Deve haver uma ligação íntima entre o treino da velocidade com o processo de
aperfeiçoamento técnico e táctico-técnico;


  O treino da velocidade deve realizar-se ao longo de todo o ano;




                                                                                 69
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Capacidades Motoras - Velocidade
  A velocidade deve ser aprendida – importância da aprendizagem da técnica;


  Importância da velocidade de aceleração – relação íntima com a força
explosiva;




Treino da velocidade (Regime aláctico – até à velocidade máxima)


 Como?
Intensidade máxima;
Intervalos    determinantes        (tão   grandes   que   proporcionem   a   recuperação
completa);
Exercícios variados;




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Capacidades Motoras - Velocidade
  Quando?
Estado de recuperação – evitar a fadiga devido ao perigo de lesão;
Microciclo – 4ª-feira e sábado;
Época – ao longo de toda a época (evitar nos primeiros dias);


  Quanto?
Atenção à fadiga induzida;


Treino da velocidade (Regime láctico – Velocidade resistente)


  Como?
Intensidade próxima do máximo;
Intervalos relativamente curtos;
Exercícios – distâncias de +- 50m e recuperação 3 a 4x (no FUTEBOL - menor distância
mas menor recuperação);




                                                                                           70
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Capacidades Motoras - Velocidade


  Quando?
Estado de recuperação – estado de relativa recuperação (atenção ao excesso de
fadiga);
Microciclo – a meio do microciclo;
Época – sempre excepto quando há muitos jogos seguidos, lesões e fadiga
acumulada;



  Quanto?
Ter em atenção os níveis excessivos de fadigo que este tipo de reino pode
induzir;




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Capacidades Motoras - Velocidade
Importante:
No treino de velocidade do FUTEBOL devem ser utilizadas preferencialmente
distâncias inferiores a 25 metros;


As distâncias a privilegiar deverão situar-se entre os 5-15 metros;


A duração destes deslocamentos não deverá nunca exceder +- os 6 segundos;


Na recuperação utilizar o repouso passivo, a marcha, os deslocamentos de
baixa intensidade e os alongamentos;


A duração dos períodos de recuperação deverá ser variável, à semelhança do
que acontece no jogo.

Os deslocamentos com bola a utilizar no treino devem ser de intensidade
máxima;




                                                                                71
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Capacidades Motoras - Velocidade
Importância do treino da velocidade (anaeróbio):


Aumento da sincronização entre o sistema nervoso e o sistema muscular,
tornando os movimentos mais eficientes e, portanto, menos energia gasta para
o mesmo trabalho;


Aumento da capacidade para realizar movimentos rápidos e mais potentes de
forma continuada ao longo do jogo sem quebras acentuadas na performance;


Aumento da capacidade para recuperar mais rapidamente de esforços mais
intensos – influência sobre a capacidade aeróbia;


Maior possibilidade de aumentar o volume de treino anaeróbio e, portanto,
treinar mais em quantidade e alta intensidade.




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Capacidades Motoras




                                            Flexibilidade




                                                                               72
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Capacidades Motoras - Flexibilidade
Flexibilidade – é a capacidade que uma articulação possui para executar
movimentos de grande amplitude, solicitando uma significativa elasticidade
muscular, por intermédio de uma contracção muscular voluntária ou por acção
de forças externas.


Flexibilidade versus alongamentos
Alongamentos – tipo de exercícios que visa manter os níveis de flexibilidade
ganhos e cuja incidência é o músculo;
Flexibilidade – tipo de exercícios que têm como objectivo a melhoria da
amplitude de realização dos movimentos articulares;


Métodos de treino
Activo ou dinâmico – representa a flexibilidade e elasticidade máximas obtidas
ao nível de uma articulação, sem ajuda e como resultado da contracção
muscular (contracção voluntária do agonista);




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Capacidades Motoras - Flexibilidade
Passivo – representa a amplitude máxima ao nível de uma articulação, obtida pela intervenção
duma força externa (companheiro, aparelho, etc.);

Exercícios estáticos – manutenção da posição em determinada amplitude;

PNF (facilitação neuromuscular proprioceptiva) – alternância de contracções isométricas de +- 5
seg. no grupo muscular envolvido, seguida imediatamente do alongamento, permanecendo +- 10
seg. na posição máxima;

Exercícios balísticos – movimentos rítmicos, balanceiros ou de ressalto;

Importância do treino da flexibilidade
 Influencia outras capacidades motoras, especialmente a velocidade e a força;
  Condiciona a prestação no aspecto cinemático (gesto) e fisiológico (irrigação, tónus muscular e
postura);
 Desempenha papel importante na prevenção de lesões;
 Serve de aquecimento;
 Controla e relaxa as tensões musculares;




                                                                                                    73
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Capacidades Motoras - Flexibilidade
  Facilita a recuperação muscular após sessões de desenvolvimento da força;
  Compensa as perdas de flexibilidade associadas ao aumento da força muscular
com o aumento da idade;


Orientações metodológicas gerais
  As crianças e os jovens devem ser educados no sentido de terem consciência
dos limites articulares;

  Com atletas jovens deve dar-se prioridade aos métodos activos (exercitação
sem ajuda externa);

  Toda a realização do exercício deverá ser lenta, suave e sem insistências
evitando-se grandes velocidades e carga excessivas;

  A respiração não deve ser bloqueada;




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Capacidades Motoras - Flexibilidade

  O treino da flexibilidade deve ser incluído em praticamente todas as sessões;

  No inverno deve ser escolhido um local com temperatura agradável;

  No início procurar o volume e só depois a amplitude;

  Os exercícios passivos antecedem os activos e os balísticos;

  Não realizar flexibilidade em estados de grande fadiga/tonificação – realizar
apenas alongamento de curta duração;

  A dor é sempre um “semáforo vermelho” – trabalhar no seu limiar;

  Este tipo de exercitação só deve iniciar-se após os músculos estarem
“quentes”;




                                                                                  74
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Capacidades Motoras - Flexibilidade
Factores limitadores


- estrutura osteo-articular (sup. art., cartilagens, cápsulas e ligamentos);
- capacidade de estiramento;
- temperatura;
- tónus muscular (extensibilidade e elasticidade);
- idade;
- sexo;
- composição corporal;
- fadiga.


Flexibilidade deficiente


- Dificulta/impede a aprendizagem;
- Favorece o aparecimento de lesões;
- Dificulta o desenvolvimento de outras capacidades;
- Limita a amplitude dos movimentos;
- Limita a velocidade e a qualidade da execução;




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Capacidades Motoras - Flexibilidade




                    Alguns exercícios de
                 alongamento/flexibilização




                                                                               75
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          Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana.




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                                   Posteriores da coxa e da perna e regiões
                                   poplítea e aquiliana.




                                                                              76
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           Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana;
           coluna vertebral.




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             Posteriores da coxa e da perna e região poplítea; adutores.




                                                                            77
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  Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna
  vertebral; adutores.




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            Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e
            aquiliana; coluna vertebral.




                                                                          78
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            Anteriores da coxa.         Anteriores e posteriores da
                                        coxa e da perna e região
                                        poplítea.




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         Anteriores da coxa.                 Anteriores da coxa.




                                                                      79
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              Adutores.                              Adutores.




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                                            Posteriores da perna e        da
      Posteriores da coxa e adutores.       coxa,     região   poplítea    e
                                            aquiliana e adutores.




                                                                               80
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   Adutores
                                                          Anteriores e
                                                         posteriores da
                                                        perna e coxa e
                                                        região poplítea.




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                                            Recto abdominal.

         Recto abdominal.




                                                                           81
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Viana do Castelo - 2007

Capacidades Motoras - Flexibilidade




                                       Recto abdominal.




                  Abdominal oblíquo




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Capacidades Motoras - Flexibilidade




           Abdominal oblíquo.                 Abdominal oblíquo.




                                                                   82
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                                               Nadegueiro.




                                             Recto abdominal.




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   Posteriores da perna e da coxa,                   Coluna vertebral.
   região poplítea e aquiliana e coluna
   vertebral.




                                                                         83
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    Posteriores da perna e da              Anteriores da coxa e abdominal.
    coxa, região poplítea e
    abdominal.




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         Posteriores da perna e da coxa,               Psoas-ilíaco e
           região poplítea e abdominal.                 nadegueiro.




                                                                             84
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     Posteriores da perna e da            Posteriores da perna e da coxa,
      coxa, região poplítea e              região poplítea e abdominal e
    aquiliana e coluna vertebral.                 coluna vertebral.




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                          Posteriores da perna e da
                           coxa, região poplítea e     Posteriores da perna
                                 nadegueiro.            e da coxa, região
                                                             poplítea.




       Adutores.




                                                                              85
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               Adutores.                    Adutores.




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                 Nadegueiros.               Recto Abdominal.




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Capacidades Motoras - Flexibilidade




               Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente.




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                                             Articulação escápula-úmeral e
                                               musculatura adjacente.




    Articulação escápula-úmeral e
      musculatura adjacente




                                                                              87
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                            Art. escápula-úmeral e musculatura adjacente.




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Capacidades Motoras




                    Força




                                                                            88
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Capacidades Motoras - Força

Força – Capacidade que o indivíduo possui que lhe permite
vencer uma determinada resistência.



Formas de expressão da força:


- Força máxima – quantidade máxima de força que um músculo
pode desenvolver com uma máxima contracção voluntária (ex.:
quantidade máxima de peso levantada numa repetição – RM);


- Força explosiva (potência) – relação da força com a
velocidade;


- Força resistente – número máximo de vezes que conseguimos
repetir um exercício com uma determinada carga.




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Capacidades Motoras - Força

Importância do treino da força:

-   Permite o desenvolvimento harmonioso dos principais grupos musculares;
-   Oferece contributo para o treino da velocidade;
-   É factor de prevenção da ocorrência de lesões;
-   Permite compensar deficiências posturais e desequilíbrios musculares;
- Constitui um estímulo biológico favorável ao crescimento e desenvolvimento;
- Favorece a aquisição de novas e mais complexas aprendizagens técnicas.


Meios e métodos para o treino da força:

-   Trabalho em circuito;
-   Exercícios com o peso do próprio corpo;
-   Exercícios com pequenas cargas adicionais;
-   Exercícios de luta (força estática);
-   Exercícios do atletismo;
-   Exercícios da ginástica;
-   Bolas medicinais e halteres;
-   Máquinas de musculação.




                                                                                89
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Capacidades Motoras - Força




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Capacidades Motoras - Força

Desenvolvimento da Força (crianças e jovens)

- Treino dos músculos da postura (abdominais e dorso-lombares);

-Treino da força rápida – precoce treinabilidade da velocidade (coordenação inter e
  intra-muscular);

- Primeiro os saltos a pés juntos, os steps, os hops/coxinhos e a pliometria;

- Ter atenção à correcta execução técnica;

- Gerir cuidadosamente a progressão das cargas;

- Nas idades mais baixas os exercícios devem ser informais e divertidos utilizando-
  se, sempre que possível, as formas jogadas e os circuitos;

- Quando se usam cargas adicionais dá-se prioridade aos exercícios        executados
  nas posições de sentado e deitado;

- Atenção ao “aquecimento” e aos alongamentos.




                                                                                       90
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  • 1. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL NÍVEL I F.P.F./A.F.V/A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 AS CAPACIDADES MOTORAS NO FUTEBOL CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 1
  • 2. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Que futebol? Ou “futebóis”? Que treino? Que treinos? Que método? Que métodos? GANHAR!!! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 2
  • 3. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 « A quem apenas tem o martelo como ferramenta, Todos os problemas parecem pregos...» « O Futebol não é uma ideia minha mas é minha a ideia que tenho do futebol!» « A procura de respostas tem- me levado muitas vezes a pôr em causa um conjunto de ideias que são dominantes.» 3
  • 4. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 - Perfil fisiológico e características do esforço - Tarefas Motoras Específicas - Parâmetros Fisiológicos - Tipo de esforço (sistemas energéticos) - Treino Desportivo: - Fundamentação biológica do Treino Desportivo - Princípios do Treino Desportivo - Planeamento/organização do treino - Planificação e Periodização - Periodização convencional versus Periodização Táctica - A fadiga e a recuparação - O Treino das Capacidades Motoras - O Treino das Capacidades Motoras nos Guarda-redes - O Treino das Capacidades Motoras em Crianças e Jovens CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 PERFIL FISIOLÓGICO E CARACTERÍSTICAS DO ESFORÇO 4
  • 5. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço sp. s De tivo lec Co p. es u a i s D id iv I nd CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço 5
  • 6. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço Diferentes funções/diferentes modelos esforços diferentes treino diferenciado; Necessidade de conhecer o jogo/modelo e o perfil fisiológico e características do esforço dos futebolistas ANÁLISE DO JOGO 6
  • 7. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço A análise do jogo tem sido realizada de forma variada e imprecisa devido a : Grande número de variáveis interactuantes no jogo; O processo de análise do jogo utilizado pelos treinadores ser, usualmente, um processo não sistematizado, onde há constante perda de informação. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço JOGO Análise do Jogo Caracterização do Jogo da Equipa (Jogo do Modelo - MJA) Caracterização Táctico- Caracterização do esforço Técnica-Emocional TREINO 7
  • 8. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço A caracterização do esforço é realizada a partir de diferentes variáveis: • estrutura do movimento – aspectos biomecânicos; • carácter do movimento – relação esforço/recuperação; • volume do esforço – amplitude do esforço e sua variação; • intensidade do esforço – concentração do esforço no decorrer do tempo; • complexidade do esforço – relação amplitude do esforço/técnicas desportivas. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço Importância da caracterização do esforço: Aumenta os conhecimentos acerca do jogo e da sua lógica; Fornece dados para o desenvolvimento do processo de preparação/modelação das situações de treino; Para a construção de um sistema de detecção e selecção de talentos; Para o conhecimento das exigências nutricionais e para a diminuição do risco de lesões. 8
  • 9. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço A caracterização do esforço na actividade desportiva tem sido realizada segundo dois tipos de parâmetros: Tarefas Motoras Específicas (distância percorrida; duração, intensidade e frequência dos deslocamentos e frequência das acções de jogo). Parâmetros Fisiológicos (FC, [La-], VO2 máx., etc.); CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço TAREFAS MOTORAS ESPECÍFICAS Obs.: Mostrar “imagens” 9
  • 10. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Actividade Física Específica do Futebolista depende: Do nível competitivo do Jogo; Do Modelo e estilo de jogo; Da função/posição que o jogador desempenha na equipa; Aspectos táctico/estratégicos particulares; Das condições do envolvimento. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Indicadores externos da Actividade Física Específica do Futebolista: Distância percorrida; Tipo e intensidade dos deslocamentos ; Duração das acções, repartição dos esforços e pausas. 10
  • 11. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Tentem responder… - Qual o valor médio da distância percorrida no jogo? - Qual a posição/função do jogador que mais distância percorre no jogo? - Qual a percentagem relativa dos deslocamentos a passo/tempo parado, lentos/moderados, sub-máximos e máximos? - Qual a duração média de um esforço de alta intensidade (sprint)? - Em média, quantos contactos faz 1 jogador com a bola por jogo? CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Volume – Distância percorrida Data Autor Distância (m) 1962 Wade 1600-5400 1976 Reilly & Thomas 8700 1979 Palfai 6000-8000 1980 Losada 5000-10000 1985 Talaga 10000 1986 Ekblom 10000 1991 Bangsbo et al. 10800 1994 Luhtanen 12000 11
  • 12. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME São os médios os que percorrem Os médios ala percorrem cerca de maiores distância seguidos dos 1000 metros mais que os laterais. avançados e dos defesas. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Distância total percorrida no jogo por posição específica Distância (Km) 12 11,5 11 Km 10,5 10 9,5 9 Defesas Médios Avançados Distância (Km) 10,1 11,8 10,4 Posição Específica 12
  • 13. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME A distância percorrida na 2ª parte tende a ser menor que a percorrida na 1ª parte dos jogos (Bangsbo, 1994). Distância Total Percorrida 5700 5650 5600 5550 5500 5450 5400 5350 5300 5250 1ª Parte 2ª Parte CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Dominância dos diferentes deslocamentos (intensidade): Parado ou a caminhar – 55/60% Jogging (ritmo moderado) – 30/35% (25´a 30´) Velocidade sub-máxima – 3/6% (3´a 5´) Velocidade máximal – 0,5/2% (22” a 170”) Os esforços de máxima intensidade mais vezes repetidos são os de mais curta duração – 3 a 7 segundos / 10 a 20 metros! 13
  • 14. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Frequência e duração dos diferentes tipos de deslocamentos no jogo Tipos deslocamento Frequência Duração Caminhar 64 29” Jogging 52 29” Corrida média 34 7” intensidade Sprint 100 3” CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Volume – intensidade A principal diferença entre jogadores de distinta qualidade não é só a distância que percorrem no jogo, mas principalmente a percentagem dessa distância que é percorrida em deslocamentos de elevada intensidade. Existe uma relação entre a qualidade de jogo e os deslocamentos de elevada intensidade. Esforços de elevada Autor intensidade Ekblom (1986) 0,8 Km Bangsbo (1993) 2,1 Km Maréchal (1996) 1,9 Km 14
  • 15. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Os jogadores realizam cerca de 200 acções explosivas por jogo quase sempre traduzidas em sprints (90 a 100) – 3,6% do tempo total de jogo e 11% da distância total percorrida – intervalados por cerca de 55 segundos … um trabalho que seria essencialmente aeróbio torna- se, em alguns momentos do jogo, fundamentalmente anaeróbio!! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME O médio tem uma actividade global mais importante, com percursos mais longos, enquanto os defesas e os avançados se caracterizam pela alternância de repouso relativo, de numerosas acções explosivas e de sprints. 15
  • 16. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Com bola apenas são percorridos Volume – Acções táctico- cerca de 300 metros sendo feitos +- técnicas 60/65 contactos durante o jogo. Da distância total percorrida, cerca de 98% é feita sem bola. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Os defesas são os que contactam mais a bola com a cabeça seguidos dos avançados e dos médios. Cerca de 35 passes por jogo e 15 intercepções. 1,1 remates por jogo por jogador e 1 golo em cada 12 tentativas 16
  • 17. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - TME Frequência de acontecimento das acções no jogo Acções de jogo N.º Rept. Amplitude Tackles 4 1-5 Saltos 8 3-12 Mudanças 19 10-28 direcção/sentido Travagens 9 4-14 Disputas salto 5 1-9 Disputas 1x1 35 16-54 CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço PARÂMETROS FISIOLÓGICOS 17
  • 18. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço – PF FREQUÊNCIA CARDÍACA A FC parece ser um meio de avaliação da intensidade do exercício relativamente rigoroso e adaptado ao futebol, devido à possibilidade de avaliação contínua; Necessidade de ter em atenção que a resposta da FC pode ser influenciada por alguns factores: temperatura ambiente, idade, condição física, massas musculares e tipo de exercício; A FC máxima só é atingida nas fases mais intensas do jogo, embora muitos atletas joguem durante largos períodos do jogo com a FC sub-máxima; A FC decresce no decorrer da 2ª parte dos jogos. Autor FC (bat./min) Fornaris et al. (1989) 170+-9 Ali e Farraly (1991) 172+-12 Pirnay et al. (1991) 167+-4 CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - PF FREQUÊNCIA CARDÍACA 18
  • 19. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - PF CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÉNIO (VO2 máx.) A utilização do VO2máx. como indicador da intensidade do esforço deve ser feita com algumas limitações (pouca especificidade da avaliação) – alguns autores consideram que os valores do VO2 não são limitativos da prestação física do jogador de futebol; Existem duas razões fundamentais para a necessidade de ter uma boa capacidade aeróbia: a diminuição do consumo de O2 nos períodos de trabalho e a possibilidade dum rápido restabelecimento da homeostasia nos períodos de recuperação; Com o treino este valor pode aumentar cerca de 20 a 30% (50 ml/Kg/min no sedentário); Autor VO2máx.(ml/kg/min) Marechal et al., 1979 64,7 Zelenka, 1982 55/65 Faina et al., 1986 59 CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - PF CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÉNIO (VO2 máx.) 19
  • 20. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - PF LACTATO SANGUÍNEO As concentrações de lactato sanguíneo tem sido utilizadas como meio de avaliação da intensidade do jogo e da participação do metabolismo anaeróbio; A utilização da lactacidémia como índice de avaliação da produção de lactato, é questionada por diversos autores, pelo facto de o aparecimento de lactato sanguíneo estar dependente da interacção entre a sua produção e a sua remoção; Os estudos mostram grande variação nos valores obtidos – explicadas pelo tipo de actividade realizada antes da recolha, pela concepção táctica do jogo e do jogador e pela capacidade física e motivação do jogador; Autor Lactacidemia (mmol/l) Ekblom (1986) 7-8 Bangsbo (1991) 4.4 (2.1-6.9) Pirnay et al. (1991) 4 +- 0.6 CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - PF LACTATO SANGUÍNEO 20
  • 21. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2001 Perfil fisiológico e características do esforço - PF Outros parâmetros podem ser utilizados para caracterizar o esforço específico do futebolista no jogo: - Concentrações séricas de Amónia, - Temperatura corporal, - … CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço - PF Apresentação Seminário ISMAI – Tese Mestrado CARACTERIZAÇÃO DO ESFORÇO DO FUTEBOLISTA NO ESCALÃO “ESCOLAS” Futebol de 7 versus Futebol de 11 21
  • 22. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço TIPO DE ESFORÇO/FONTES ENERGÉTICAS CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Fontes Energéticas 22
  • 23. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Fontes Energéticas CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia Sistema Anaeróbio Aláctico – Fosfagénios (ATP-CP) – Presentes nos músculos - ATP ADP + Pi + Energia Fonte de energia mais rápida usada pelo músculo: - Assegura esforços com duração - Não depende de uma série de reacções químicas; de 2 a 3 segundos; - Não depende do transporte de oxigénio para os - Tipo de movimentos: rápidos, músculos que estão a realizar trabalho; muito potentes e curtos – saltos, - Tanto o ATP como a CP estão armazenados remates, sprints curtos… directamente nos músculos. - CP + ADP ATP + C + Energia Conclusão: - Assegura esforços com duração Sem este sistema (fornece energia na ausência de – 5 a 15 segundos; O2 e sem formação significativa de ácido láctico), os movimentos rápidos e vigorosos (intensidade - Tipo de acções: um contra- máxima) não poderiam ser realizados pois exigem ataque, uma prova de 100m, etc; um fornecimento rápido e não uma grande quantidade de energia!!! 23
  • 24. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia O que acontece quando as reservas musculares de ATP e CP começam a ficar esgotadas? Terão que ser utilizadas outras fontes de energia para ressintetizar o ATP… 24
  • 25. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia Sistema Anaeróbio Láctico – Glicólise – Hidratos de Carbono - Hidratos de Carbono são degradados em glicose e armazenados no músculos e no fígado sob a forma de glicogénio; - Qd é necessária energia, o glicogénio transforma-se novamente em glicose que, através de diferentes reacções vai libertando energia para a ressíntese do ATP, resultando como produto final o ácido pirúvico que na ausência de 02 se transforma em ácido láctico; Glicogénio Glicose Ácido Pirúvico O2 insuf. Ácido Láctico Energia útil (ADP+Pi ATP) CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia 25
  • 26. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia Temos um problema… É que a energia fornecida por esta fonte não permite a ressíntese de um grande número de moles de ATP devido ao aumento das concentrações de ácido láctico… A partir de determinados níveis de acumulo no músculo… impossibilita a continuidade do esforço!!! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia A via energética anaeróbia láctica é: - Importante porque permite o fornecimento energético relativamente rápido; - Responsável pelos esforços de intensidade elevada com duração entre 1 a 3 minutos; Conclusão: - Resulta na formação de ácido láctico; - Não requer a presença do O2; - Utiliza apenas os hidratos de carbono; - Liberta energia para a ressíntese de poucas moles de ATP. 26
  • 27. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia Sistema Aeróbio – Oxidação - lípidos/ácidos gordos e proteínas (aminoácidos) - As várias reacções deste sistema podem dividir-se em três subsistemas: - Glicólise aeróbia; - Ciclo de Krebs; - Sistema transportador de electrões. - Qd é necessária energia, o glicogénio transforma-se novamente em glicose que, através de diferentes reacções vai libertando energia para a ressíntese do ATP, resultando como produto final o ácido pirúvico… que, com a presença de O2, não leva à acumulação de ácido láctico mas sim à produção de CO2 e ATP – Glicólise aeróbia; - Ciclo de Krebs consiste num conjunto de reacções a que é submetido o ácido pirúvico (formado na glicólise aeróbia) – liberta-se CO2 (transportado pelo sangue e eliminado pelos pulmões), iões de hidrogénio (H+) e electrões (e-). CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia - Os iões de hidrogénio e os electrões que foram removidos do Ciclo de Krebs na presença de O2 que respiramos, dão origem à formação de água em cujas reacções de produção se dá a libertação de energia que é utilizada para a ressíntese de ATP – Sistema transportador de electrões. Considerações: - O sistema aeróbio utiliza como combustível não só o glicogénio/hidratos de carbono como as gorduras e as proteínas; - Fornece energia para actividades de longa duração e relativa baixa intensidade (maratona, 10000m, momentos de baixa intensidade do jogo de futebol…) – Fonte inesgotável! - A exaustão acontece não por falência na produção energética mas por outros factores indutores de fadiga de origem neuromuscular! 27
  • 28. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Fontes Energéticas CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Fontes Energéticas Participação das diferentes vias metabólicas/duração do exercício Sistemas Anaeróbios Alácticos Sistema Anaeróbio Láctico Sistema Aeróbio 28
  • 29. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Fontes Energéticas Capacidade de produção de energia em função do tempo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia 29
  • 30. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia 30
  • 31. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia Vantagens Desvantagens Fonte Anaérobia - O tempo de demora na intervenção é nulo; - A utilização desta fonte provoca Aláctica - A potência disponível é considerável; um deficit de oxigénio; - A duração do seu funcionamento é breve; Fonte Anaeróbia - Maior potência que a potência aeróbia; - A utilização desta fonte Láctica - O tempo de demora na intervenção é mais energética provoca um deficit de curto do que na fonte aeróbia; oxigénio; - Pouco rentável por unidade de substrato utilizado, - O ácido láctico produzido limita a capacidade; Fonte Aeróbia - Utiliza todos os substratos orgânicos; - Potência limitada, - É rentável por unidade de substrato - Tempo de demora na intervenção é utilizado (produz mto. ATP por unidade de considerável; substrato); - Capacidade limitada pelos - Os produtos terminais não provocam exercícios que solicitam elevadas problemas ao organismo: o dióxido de potências aeróbias. carbono é facilmente eliminado pelos pulmões, a água é reutilizada pelo organismo; - Funciona à base dos processos de recuperação; o seu funcionamento é solicitado na recuperação activa. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço Tipo de esforço O FUTEBOL caracteriza-se por ser uma actividade em que os jogadores realizam diferentes tipos de acções de jogo, com intensidades muito variadas; É um exercício intermitente em que existe um quociente entre momentos de alta intensidade, momentos de baixa intensidade e situações mais ou menos estáticas; Em termos bioenergéticos, o jogo de FUTEBOL consubstancia um esforço aeróbio entrecortado por frequentes momentos anaeróbios de curta duração. Todos os tipos de metabolismo são recrutados. 31
  • 32. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Perfil fisiológico e características do esforço Utilização das três fontes energéticas: - Aeróbia – representada pela essência do jogo (duração); - Anaeróbia láctica – destacada nas idas e voltas constantes do jogador no ataque e na defesa, com trabalho de alta intensidade e média de 36 sprints por jogo (4 a 6 mmol. de acúmulo de ácido láctico); - Anaeróbia aláctica – em relação à aplicação dos fundamentos técnicos no jogo como o passe, remate, drible, saltos, tackle, etc.; CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 TREINO DESPORTIVO 32
  • 33. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Processo intencional, sistemático e planeado cujo objectivo é o desenvolvimento do rendimento. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo É a forma fundamental de preparação, baseada em exercícios sistemáticos, representando um processo organizado pedagogicamente com o objectivo de direccionar a evolução do desportista (Matweiew, 1983) …evolução da equipa no sentido da identificação com o MJA – dimensão equipa! …aumento do nível de jogo que apresenta – dimensão jogador! 33
  • 34. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Treino - é o desenvolvimento multifactorial e harmonioso das capacidades que condicionam o rendimento de um praticante ou de uma equipa, devendo reproduzir parcial ou integralmente, o conteúdo e a estrutura do jogo (Queirós, 1986); Estádio Processo Estádio Processo Estádio Processo Estádio inicial Intermé Intermé final (???) Treino Treino Treino -dio 1 -dio n CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo O processo de treino e/ou ensino-aprendizagem no futebol, pressupõe uma evolução no nível de conhecimentos a adquirir e no grau de eficácia das acções táctico-técnicas individuais e colectivas, com reflexo directo sobre a qualidade do jogo. 34
  • 35. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Não é o treino que torna as coisas perfeitas, mas é antes o perfeito treino que permite obter a perfeição! Não basta treinar!!! É preciso treinar bem!!! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Muito trabalha o burro e nunca chegou a cavalo!!! 35
  • 36. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo O treino deve contemplar mais do que o somatório de qualidades tácticas, técnicas, físicas e psico-cognitivas, apoiando-se numa criteriosa selecção de métodos e situações adequadas de aprendizagem e aperfeiçoamento. Asp. Tácticos Asp. Técnicos Treino Asp. Psico-cognitivos Asp. Físicos CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo MAU TREINO BOM TREINO MAU TREINO 36
  • 37. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Objectivos (Gerais): - Aumentar o desenvolvimento multilateral e físico; - Assegurar e melhorar o desenvolvimento físico específico determinado pelas necessidades de cada desporto em particular; - Realizar e aperfeiçoar as técnicas do desporto escolhido, - Melhorar e aperfeiçoar as estratégias necessárias; - Cultivar as capacidades volitivas; - Assegurar e procurar uma preparação óptima para a equipa; - Fortalecer o estado de saúde de cada atleta; - Prevenir lesões; - Incrementar o conhecimento teórico do atleta sobre a modalidade escolhida. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Rendimento Desportivo … é determinado por um estado dinâmico complexo que se caracteriza por um elevado nível de eficiência física e psicológica, e pelo grau de aperfeiçoamento das aptidões técnicas, tácticas e conhecimentos teóricos da modalidade… Rendimento Desportivo associado à noção de forma desportiva em FUTEBOL! - Base técnica – Aplicação técnicas - Base táctica - Adaptação ao MJA… - Base Condicional – Adaptação atlética 37
  • 38. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo O Exercício de Treino é o meio prioritário e operacional de preparação dos praticantes e das equipas, consubstanciando adaptações físicas, técnicas, tácticas e psicológicas fundamentais para a consecução de um elevado desempenho quando em confronto directo. O mais importante no treino é a selecção de exercícios e a execução dos que conduzem, sem falha, ao objectivo desejado (Ozolin, 1981) CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo O tornar viável uma série de adaptações adequadas ao jogo, parece estar relacionada com a construção/selecção dos mesmos… “(…) a melhor adaptação produzir-se-á somente em resposta ao melhor exercício” (Castelo, 1996) 38
  • 39. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo A escolha e selecção dos Os exercícios determinam a linha exercícios devem, por isso, ser de orientação das adaptações dos alvo de uma reflexão por parte do jogadores à especificidade do treinador de forma a jogo de futebol respeitando a sua potencializar as capacidades dos lógica interna (Castelo, 1996) jogadores e da equipa! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Critérios para a construção/selecção dos exercícios de treino: Objectivos Utilidade EXERCÍCIO Eficácia Especificidade 39
  • 40. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Exercício… Físicas Psicológicas ADAPTAÇÕES Técnicas Tácticas CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Classificação dos Exercícios Cl as sif ic aç ão Ca ra ct er íst ic as Co m pet it iv o s Práti ca da competiçã o em c o nd iç õe s re a is ou sim u la das . ____________ ________________________ _______________ Form a e xt er na muit o similare s à se qu ên c ia de mov im e nt o s c om pet it i vo s, mas qu e ap res ent a m de svi o s na s c ar ac t er íst ic a s da carga e/ou ape na s E sp ec íf ic os abordam alguns el em e nt o s ou com b i naç õe s comp l e xa s da c om pe t içã o. Po d em privilegia r asp ec t os co n di ci on a is , c o or de na t i vo s o u t á ct ic os ____________ ________________________ _______________ Sol ic it a m os g rup os musc ula res r esponsáv eis pel o Dirig idos re n di m e nt o c om p e t it i vo , e /o u as capa cida des co or de nat i vas qu e l he est ã o n a bas e. ____________ ________________________ _______________ T od os os re stant es não c om pre en di d os na s Gerais sit ua çõ e s a nt e r ior es – Form a int ern a e ext erna sig n if i c at i va m e nt e d if er ent e da c om pet iç ã o. Adaptada de: Bompa (1994), Manno (1990), Verjoshanski (1990), Platonov (1987), Matvéiv. (1986), Weineck (1988 ) 40
  • 41. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Classificação dos Exercícios (Carlos Queirós, 1986) Designação Caracterização Aqueles que se assemelham mais à Exercícios de Competição natureza e essência do jogo e produzem efeitos mais complexos. Reproduzem lógica e parcialmente as exigências do próprio jogo e têm Exercícios Especiais a vantagem de permitirem um controlo mais efectivo da carga. Desenvolvem as capacidades motoras fundamentais contribuindo Exercícios Gerais para o nível de preparação de forma indirecta. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Dimensões que podem ser alteradas no sentido de configurar/objectivar os exercícios: Dimensão Variáveis de evolução Bola Peso Perímetro Número de bolas Balizas Dimensão Posição Número de balizas Espaço de jogo Dimensões Zonas de acesso limitado e interditas N.º de jogadores Efectivo reduzido Desiquilíbrio ataque-defesa Utilização de jokers Regras Banir o fora de jogo Interditar a comunicação verbal Interditar o contacto físico Outras Limitar o tempo entre a recuperação da bola e o remate à baliza Limitar o número de toques na bola (jogador/equipa) Defesa à zona, individual ou mista 41
  • 42. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Os exercícios complexos de treino CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo … Importância da adopção de um Modelo de Jogo que oriente a concepção de um Modelo de Treino… O rendimento no jogo é expresso pela forma como as equipas se adaptam às condições complexas que este lhes coloca, se ajustam e solucionam com inovação e eficácia as situações concretas de jogo; É criado pelo universo mais ou menos vasto de soluções proporcionadas pelo treino e por anteriores experiências vividas. Dupla realidade: Tendência para comportamentos padronizados e previsíveis; Necessidade de recurso a uma multiplicidade de “possibilidades extra” de resolução das situações de jogo. 42
  • 43. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo É importante o desenvolvimento de padrões de jogo… … que estão ao serviço da consistência de comportamentos individuais e colectivos. No entanto… … a eficácia dos ET será tanto mais elevada quanto mais previr a possibilidade de colocar o jogador a decidir e a agir perante contextos que não estejam totalmente predeterminados e que incluam variabilidade. 43
  • 44. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo As situações de treino devem revelar padrões de tal forma perceptíveis que possibilitem uma identificação dos comportamentos desejáveis por todos os jogadores da equipa (convergência) e, simultaneamente, não impeçam opções estratégicas criativas por parte dos jogadores (contingência). 44
  • 45. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo É pois importante que no treino sejam criadas situações de jogo que privilegiem regularidades, que tenham como objectivo a exercitação/consolidação de determinados comportamentos individuais e colectivos julgados fundamentais (padrões de comportamento futebolístico/princípios e sub-princípios do MJA) e possibilidades de irregularidades, que consubstanciam a variabilidade requerida para respostas adequadas às situações de jogo. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Os exercícios designados por Exercícios Complexos de Treino são aqueles cujos conteúdos e objectivos contemplam a possibilidade de decisão não totalmente pré-determinada por parte dos jogadores. São exercícios situacionais com elevada ligação aos problemas do jogo, contemplam a presença do adversário e, pela modificação, de alguns parâmetros, fazem salientar determinados padrões de comportamento desejáveis com elevadas possibilidades de inovação e criação. 45
  • 46. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Porque são importantes?! Porque desenvolvem sobremaneira a criatividade e improvisação numa base táctica comum. Estas são determinantes para o desenlace dos jogos, pois, perante distintas situações de jogo com múltiplas possibilidades de resolução táctica, os jogadores que as tiverem mais resolvidas percebem uma jogada e rapidamente solucionam a situação de jogo!!! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo 46
  • 47. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.B./A.N.T.F. Braga – 2006 Treino Desportivo Exercícios de treino – A Carga de treino CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Carga de Treino – Designa o estímulo ou stress que é imposto a um praticante desportivo no quadro da realização de exercícios de preparação ou de situações de competição. Estes estímulos procuram induzir estados de fadiga controlada orientados para a obtenção de adaptações especificas… É a repetição dos estímulos de treino que torna possível a aquisição de adaptações estáveis, que se tornam capacidades presentes no momento do desempenho competitivo! 47
  • 48. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Carga de Treino É a quantidade de efeitos que determinados exercícios corporais têm sobre o estado funcional do organismo (Matveiev) É o trabalho muscular que implica em si mesmo o potencial de treino derivado do estado do desportista, que produz um efeito de treino que leva a um processo de adaptação (Verjonhanski). CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo A Carga é, então, o elemento central do processo de treino, e compreende, em sentido lato, o processo de confronto do atleta com as exigências táctico-técnicas, físicas, psíquicas e intelectuais que lhe são apresentadas durante o treino, com o objectivo de optimizar o rendimento. Carga versus Exigência de Desempenho 48
  • 49. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo O desequilíbrio interno provocado Os processos de adaptação que pela aplicação de cargas de treino ocorrem no organismo do atleta corresponde à adaptação específica ocorrem em diferentes etapas: pretendida, condicionado por: - Potencial motor do atleta; Adaptações Imediatas/Agudas - Margem de evolução própria do estado de evolução em que se encontra. Adaptações Permanentes Adaptações Acumuladas/Crónicas CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações Imediatas/Agudas São as reacções directas do organismo à carga física, e são influenciadas pelas variações bioquímicas e funcionais que se estabelecem durante e imediatamente a seguir ao esforço, no início da recuperação. Ex.: Redução da eficácia da coordenação inter e intramuscular; mobilização ventilatória máxima; aumento da concentração de lactato sanguíneo, activação máxima da actividade cardíaca… 49
  • 50. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações Permanentes Fase 1 – Mobilização sistemática dos São constituídas por recursos funcionais do organismo em simultâneo com a activação da alterações que perduram para componente genética dos recursos além do tempo de exercício e funcionais no decurso de um programa da sua recuperação imediata. de treino. Fase 2 – Produção de um conjunto de Os exercícios de treino transformações estruturais e funcionais orgânicas especificas às solicitações responsáveis pelas adaptações ocorridas. imediatas quando repetidos de forma sistemática, são os responsáveis pelas adaptações Fase 3 – Aparecimento de uma reserva imprescindível a um novo nível de permanentes! funcionamento do sistema, equilibrando as diversas funções em situação de stress (exercício). CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações Acumuladas/Crónicas Conjunto de variações bioquímicas e morfo-funcionais que ocorrem num período longo de tempo. Estas variações são o resultado do somatório de uma série de adaptações permanentes, resultantes dos exercícios de treino executados nas diferentes sessões de treino. Estas adaptações de longo curso ocorrem quando o treino provoca um conjunto de modificações funcionais que permanecem estáveis após o termo da estimulação! 50
  • 51. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações do Sistema Cardiovascular O atleta apresenta um aumento das cavidades do coração, principalmente do ventrículo esquerdo, obtendo assim um volume sistólico superior ao do sedentário! O treino ainda provoca um aumento Esta adaptação leva a que do volume de sangue, do n.º de o atleta tenha uma menor glóbulos vermelhos, bem como o frequência cardíaca em efeito na capilarização, repouso provocada pela representando um aumento na capacidade de o coração capacidade de transporte de oxigénio bombear mais sangue em ao coração. cada sístole. 51
  • 52. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações do Sistema Respiratório Com o treino, os pulmões apresentam-se maiores, mais pesados e com maior superfície interna. O Treino provoca o aumento da ventilação pulmonar, diminuição da ventilação por minuto em repouso, aumento da eficiência respiratório, dos volumes pulmonares, da capacidade de difusão, do consumo máximo de oxigénio, do limiar anaeróbio… CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações Ósseas A actividade física contribui de forma importante para o desenvolvimento da massa óssea. Crescimento ósseo Remodelação óssea 52
  • 53. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Adaptações Musculares O treino aumenta a capacidade de armazenamento de glicogénio, pelo que os atletas possuem maiores quantidades que os indivíduos sedentários. Crescimento Função CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo O objectivo de um processo de treino bem organizado e planeado é a transformação das adaptações imediatas e permanentes da carga em adaptações acumuladas, pois só estas criam as condições para uma efectiva evolução da capacidade de desempenho do atleta! 53
  • 54. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Eu diria mais… Conseguir que as “exigências de desempenho” permitam ao atleta adaptar-se ao MJA, numa perspectiva permanente de melhoria táctico-técnica e adaptação psico-emocional ao jogo, consubstanciadas na excelência de uma adaptação física face ao esforço especifico exigido pelo Modelo! CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo 54
  • 55. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Dimensões da Carga Duração – É caracterizada pelo tempo que demora a executar um exercício ou uma série de exercícios, sem interrupção. Com efeito, a duração corresponde ao período efectivo de tempo que o exercício(s) actua(m) sobre o organismo, sem pausas, medindo-se em unidades de tempo (horas, minutos, segundos). CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Dimensões da Carga Volume – Representa a quantidade total da carga efectuada pelos praticantes num exercício, numa unidade de treino, ou num ciclo de treino. Poderá ser expresso de muitas e diferentes formas (km, minutos, kg, n.º rept. …). Volume (sem pausas) = Duração (com pausas) 55
  • 56. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Dimensões da Carga Intensidade – Definida pela quantidade de trabalho realizada na unidade de tempo. Caracterizada pela exigência com que um exercício ou série de exercícios são realizados em relação ao máximo de possibilidades do praticante ou da equipa, nesse ou nesses exercícios. Frequência cardíaca CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Dimensões da Carga Densidade – É definida como a relação temporal entre o esforço e a fase de recuperação dentro de uma sessão de treino. Pausas completas versus pausas incompletas Pausas activas versus pausas passivas 56
  • 57. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Princípio da Sobrecompensação Baseia-se na capacidade do organismo vivo de recuperar não só as energias perdidas senão também em acumular potenciais de trabalho superiores ao nível em que se encontrava antes. Para aumentar o nível funcional as cargas devem ser aplicadas durante a fase de sobrecompensação!!! 57
  • 58. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo 58
  • 59. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Princípio da Sobrecarga Para haver aumento do rendimento é necessário que no treino se apliquem estímulos fortes (cargas), susceptíveis de causar alterações (adaptações) estruturais, que conduzam ao aumento da funcionalidade. Apenas estímulos que perturbem de uma forma importante o equilíbrio metabólico ou de regulação de uma determinada função serão indutores do processo de reorganização interna conducente a uma capacidade de resposta superior. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo 59
  • 60. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Princípio da Especificidade Impõe que o treino deve ser concebido a partir dos requisitos próprios das características da disciplina atlética em termos das capacidades físicas envolvidas, sistemas energéticos preponderantes, segmentos corporais e coordenação motora utilizados. Apenas as estruturas funcionais solicitadas pelas cargas de treino são susceptíveis de melhorar a sua funcionalidade. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Princípio da Reversibilidade Todas as alterações do organismo conseguidas através do treino têm uma duração definida. Significa que são transitórias e necessitam de um trabalho contínuo de solicitação para se manterem. Níveis elevados de capacidade de desempenho necessitam de uma solicitação contínua dos seus factores determinantes sob pena de ocorrer perda de uma ou mais capacidades e a consequente diminuição da forma desportiva! 60
  • 61. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo Princípio da Retardabilidade As adaptações ao esforço (efeito de treino) não são imediatas, demoram algum tempo a aparecer, sendo este variável e dependem do tipo de esforço realizado. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo EXERCÍCIO Houve jogo no fim-de-semana… Detectas-te que a equipa não conseguiu cumprir alguns dos princípios de jogo que definiste no teu Modelo e que tens vindo a treinar… Projectas a nova semana de treinos… Define o princípio que entendes não esteve bem e refere a que momento do jogo ele corresponde. Constrói um exercício de treino que te permita estimular esse princípio no sentido de a equipa e os jogadores o compreenderem e o poderem interpretar no jogo. Refere em que dia da semana do Microciclo o realizarias e caracteriza a sua carga no que toca ao número de repetições e duração da exercitação. 61
  • 62. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Treino Desportivo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 CAPACIDADES MOTORAS 62
  • 63. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Capacidades versus qualidades físicas/motoras – treinabilidade versus elitismo; Capacidades motoras (Manno, 1994) – são a condição prévia para que o atleta possa desenvolver as suas habilidades técnicas, sendo no valor do seu desenvolvimento que se baseiam a formação de numerosas e sofisticadas habilidades; as habilidades táctico-técnicas… Capacidades motoras Cap. Motoras Condicionais – eficiência depende de pressupostos fisiológicos/predominam os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos (âmbito qualitativo); Cap. Motoras Coordenativas – eficiência depende do controle nervoso (âmbito quantitativo); CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Capacidades Motoras Condicionais Coordenativas Resistência Cap. de Orientação Força Cap. de Encadeamento Velocidade Cap. de Diferenciação Flexibilidade Cap. de Equilíbrio Cap. de Ritmo Cap. de reacção Cap. de mudança Etc. 63
  • 64. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Factores predominantes das capacidades motoras condicionais CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Nesta divisão de carácter didáctico encontram-se algumas dificuldades muitas vezes umas capacidades influenciam outras É na dificuldade de estabelecimento de algumas fronteiras que se define um terceiro grupo que se designa de “Capacidades Motoras Intermédias”; 64
  • 65. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Capac. Mot. Cond. Intermédias Velocidade Resistente Resistência de velocidade Resistência de força Força rápida Força Resistente ... Modelo tridimensional das cap. motoras condicionais CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino Se não basta despejar os exercícios dentro do período de tempo destinado ao treino, qual é então a ordem a que deve obedecer a distribuição dos conteúdos de treino na sessão? 65
  • 66. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino FADIGA ESPECIFICIDADE Os objectivos de treino devem ser colocados de forma a se iniciar com aqueles que devem ser treinados/aprendidos com o organismo num bom estado de rendimento e evoluindo para aqueles que produzem e que “vivem” da fadiga. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino 66
  • 67. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino Períodos de recuperação Velocidade - +- 24 horas Força rápida – 24/48 horas Velocidade resistente – 48/72 horas Resistência de força – +- 48 horas Resistência – 72 a 96 horas CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Velocidade 67
  • 68. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Velocidade – Capacidade de o atleta executar uma acção motora no mais curto espaço de tempo; É clara a convicção de que os investimentos realizados no treino da velocidade não asseguram a mesma taxa de progresso que se observa noutras capacidades motoras; A velocidade no FUTEBOL manifesta-se associada com outras capacidades: - com a força (força de impulsão, de remate, de aceleração, etc.); - com a resistência (velocidade resistente); - com a tomada de decisão e a actuação táctica (acções colectivas rápidas); - com o gesto técnico. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade 68
  • 69. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Tipos de velocidade Velocidade de reacção Velocidade de aceleração Velocidade máximal (de desl. e de exec.) Velocidade resistente Métodos de treino Percursos com distâncias curtas; Estafetas; Reacções; Actividades lúdicas; Alternância de exercícios de velocidade e força explosiva; Alteração da frequência gestual; CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Orientações metodológicas gerais A motivação do praticante é fundamental para serem alcançados os resultados perspectivados; Deve dar-se prioridade ao treino da velocidade até ao final da maturação; As pausas devem ser longas para assegurar a velocidade de execução bem como uma recuperação total; Deve ser treinada no início da unidade de treino; Deve haver uma ligação íntima entre o treino da velocidade com o processo de aperfeiçoamento técnico e táctico-técnico; O treino da velocidade deve realizar-se ao longo de todo o ano; 69
  • 70. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade A velocidade deve ser aprendida – importância da aprendizagem da técnica; Importância da velocidade de aceleração – relação íntima com a força explosiva; Treino da velocidade (Regime aláctico – até à velocidade máxima) Como? Intensidade máxima; Intervalos determinantes (tão grandes que proporcionem a recuperação completa); Exercícios variados; CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Quando? Estado de recuperação – evitar a fadiga devido ao perigo de lesão; Microciclo – 4ª-feira e sábado; Época – ao longo de toda a época (evitar nos primeiros dias); Quanto? Atenção à fadiga induzida; Treino da velocidade (Regime láctico – Velocidade resistente) Como? Intensidade próxima do máximo; Intervalos relativamente curtos; Exercícios – distâncias de +- 50m e recuperação 3 a 4x (no FUTEBOL - menor distância mas menor recuperação); 70
  • 71. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Quando? Estado de recuperação – estado de relativa recuperação (atenção ao excesso de fadiga); Microciclo – a meio do microciclo; Época – sempre excepto quando há muitos jogos seguidos, lesões e fadiga acumulada; Quanto? Ter em atenção os níveis excessivos de fadigo que este tipo de reino pode induzir; CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Importante: No treino de velocidade do FUTEBOL devem ser utilizadas preferencialmente distâncias inferiores a 25 metros; As distâncias a privilegiar deverão situar-se entre os 5-15 metros; A duração destes deslocamentos não deverá nunca exceder +- os 6 segundos; Na recuperação utilizar o repouso passivo, a marcha, os deslocamentos de baixa intensidade e os alongamentos; A duração dos períodos de recuperação deverá ser variável, à semelhança do que acontece no jogo. Os deslocamentos com bola a utilizar no treino devem ser de intensidade máxima; 71
  • 72. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Velocidade Importância do treino da velocidade (anaeróbio): Aumento da sincronização entre o sistema nervoso e o sistema muscular, tornando os movimentos mais eficientes e, portanto, menos energia gasta para o mesmo trabalho; Aumento da capacidade para realizar movimentos rápidos e mais potentes de forma continuada ao longo do jogo sem quebras acentuadas na performance; Aumento da capacidade para recuperar mais rapidamente de esforços mais intensos – influência sobre a capacidade aeróbia; Maior possibilidade de aumentar o volume de treino anaeróbio e, portanto, treinar mais em quantidade e alta intensidade. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Flexibilidade 72
  • 73. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Flexibilidade – é a capacidade que uma articulação possui para executar movimentos de grande amplitude, solicitando uma significativa elasticidade muscular, por intermédio de uma contracção muscular voluntária ou por acção de forças externas. Flexibilidade versus alongamentos Alongamentos – tipo de exercícios que visa manter os níveis de flexibilidade ganhos e cuja incidência é o músculo; Flexibilidade – tipo de exercícios que têm como objectivo a melhoria da amplitude de realização dos movimentos articulares; Métodos de treino Activo ou dinâmico – representa a flexibilidade e elasticidade máximas obtidas ao nível de uma articulação, sem ajuda e como resultado da contracção muscular (contracção voluntária do agonista); CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Passivo – representa a amplitude máxima ao nível de uma articulação, obtida pela intervenção duma força externa (companheiro, aparelho, etc.); Exercícios estáticos – manutenção da posição em determinada amplitude; PNF (facilitação neuromuscular proprioceptiva) – alternância de contracções isométricas de +- 5 seg. no grupo muscular envolvido, seguida imediatamente do alongamento, permanecendo +- 10 seg. na posição máxima; Exercícios balísticos – movimentos rítmicos, balanceiros ou de ressalto; Importância do treino da flexibilidade Influencia outras capacidades motoras, especialmente a velocidade e a força; Condiciona a prestação no aspecto cinemático (gesto) e fisiológico (irrigação, tónus muscular e postura); Desempenha papel importante na prevenção de lesões; Serve de aquecimento; Controla e relaxa as tensões musculares; 73
  • 74. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Facilita a recuperação muscular após sessões de desenvolvimento da força; Compensa as perdas de flexibilidade associadas ao aumento da força muscular com o aumento da idade; Orientações metodológicas gerais As crianças e os jovens devem ser educados no sentido de terem consciência dos limites articulares; Com atletas jovens deve dar-se prioridade aos métodos activos (exercitação sem ajuda externa); Toda a realização do exercício deverá ser lenta, suave e sem insistências evitando-se grandes velocidades e carga excessivas; A respiração não deve ser bloqueada; CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade O treino da flexibilidade deve ser incluído em praticamente todas as sessões; No inverno deve ser escolhido um local com temperatura agradável; No início procurar o volume e só depois a amplitude; Os exercícios passivos antecedem os activos e os balísticos; Não realizar flexibilidade em estados de grande fadiga/tonificação – realizar apenas alongamento de curta duração; A dor é sempre um “semáforo vermelho” – trabalhar no seu limiar; Este tipo de exercitação só deve iniciar-se após os músculos estarem “quentes”; 74
  • 75. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Factores limitadores - estrutura osteo-articular (sup. art., cartilagens, cápsulas e ligamentos); - capacidade de estiramento; - temperatura; - tónus muscular (extensibilidade e elasticidade); - idade; - sexo; - composição corporal; - fadiga. Flexibilidade deficiente - Dificulta/impede a aprendizagem; - Favorece o aparecimento de lesões; - Dificulta o desenvolvimento de outras capacidades; - Limita a amplitude dos movimentos; - Limita a velocidade e a qualidade da execução; CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Alguns exercícios de alongamento/flexibilização 75
  • 76. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana. 76
  • 77. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna vertebral. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da coxa e da perna e região poplítea; adutores. 77
  • 78. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna vertebral; adutores. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna vertebral. 78
  • 79. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Anteriores da coxa. Anteriores e posteriores da coxa e da perna e região poplítea. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Anteriores da coxa. Anteriores da coxa. 79
  • 80. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Adutores. Adutores. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da perna e da Posteriores da coxa e adutores. coxa, região poplítea e aquiliana e adutores. 80
  • 81. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Adutores Anteriores e posteriores da perna e coxa e região poplítea. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Recto abdominal. Recto abdominal. 81
  • 82. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade  Recto abdominal. Abdominal oblíquo CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Abdominal oblíquo. Abdominal oblíquo. 82
  • 83. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade  Nadegueiro.  Recto abdominal. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da perna e da coxa, Coluna vertebral. região poplítea e aquiliana e coluna vertebral. 83
  • 84. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da perna e da Anteriores da coxa e abdominal. coxa, região poplítea e abdominal. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da perna e da coxa, Psoas-ilíaco e região poplítea e abdominal. nadegueiro. 84
  • 85. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da perna e da Posteriores da perna e da coxa, coxa, região poplítea e região poplítea e abdominal e aquiliana e coluna vertebral. coluna vertebral. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e Posteriores da perna nadegueiro. e da coxa, região poplítea. Adutores. 85
  • 86. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Adutores. Adutores. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Nadegueiros. Recto Abdominal. 86
  • 87. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade  Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente. Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente 87
  • 88. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Flexibilidade Art. escápula-úmeral e musculatura adjacente. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras Força 88
  • 89. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Força Força – Capacidade que o indivíduo possui que lhe permite vencer uma determinada resistência. Formas de expressão da força: - Força máxima – quantidade máxima de força que um músculo pode desenvolver com uma máxima contracção voluntária (ex.: quantidade máxima de peso levantada numa repetição – RM); - Força explosiva (potência) – relação da força com a velocidade; - Força resistente – número máximo de vezes que conseguimos repetir um exercício com uma determinada carga. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Força Importância do treino da força: - Permite o desenvolvimento harmonioso dos principais grupos musculares; - Oferece contributo para o treino da velocidade; - É factor de prevenção da ocorrência de lesões; - Permite compensar deficiências posturais e desequilíbrios musculares; - Constitui um estímulo biológico favorável ao crescimento e desenvolvimento; - Favorece a aquisição de novas e mais complexas aprendizagens técnicas. Meios e métodos para o treino da força: - Trabalho em circuito; - Exercícios com o peso do próprio corpo; - Exercícios com pequenas cargas adicionais; - Exercícios de luta (força estática); - Exercícios do atletismo; - Exercícios da ginástica; - Bolas medicinais e halteres; - Máquinas de musculação. 89
  • 90. CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Força CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 Capacidades Motoras - Força Desenvolvimento da Força (crianças e jovens) - Treino dos músculos da postura (abdominais e dorso-lombares); -Treino da força rápida – precoce treinabilidade da velocidade (coordenação inter e intra-muscular); - Primeiro os saltos a pés juntos, os steps, os hops/coxinhos e a pliometria; - Ter atenção à correcta execução técnica; - Gerir cuidadosamente a progressão das cargas; - Nas idades mais baixas os exercícios devem ser informais e divertidos utilizando- se, sempre que possível, as formas jogadas e os circuitos; - Quando se usam cargas adicionais dá-se prioridade aos exercícios executados nas posições de sentado e deitado; - Atenção ao “aquecimento” e aos alongamentos. 90