O documento discute quatro problemas urbanos no Brasil: 1) a falta de moradia adequada para a população mais pobre que vive em favelas e cortiços; 2) altas taxas de desemprego que atingem mais as grandes cidades durante crises econômicas; 3) transporte público caro e de má qualidade que faz com que trabalhadores gastem muito tempo no deslocamento diário; 4) a poluição do ar causada pela industrialização e veículos que reduz a expectativa de vida dos habitantes de grandes cidades.
4. A falta de moradia adequada
tem sido um dos principais
problemas encontrados nas
grandes cidades. Parte
significativa da população
mais pobre vive em cortiços
e favelas, em áreas de
mananciais ou de risco de
deslizamento e de
enchentes. Além disso, há
um grande número de
moradores de ruas.
5. Nos momentos de crise econômica, o
desemprego atinge de forma mais
intensa as cidades maiores. O
deslocamento de grandes e médias
empresas para cidades de porte
médio, a robotização e a
informatização na produção e nos
serviços têm diminuído a oferta de
emprego. Além disso, cada vez mais
os empregadores exigem dos
trabalhadores mais escolaridade e
especialização, o que nem sempre é
acessível à grande parte da
população. Isso mantém muitos
trabalhadores afastados do mercado
de trabalho.
6. O transporte é um dos principais
problemas no cotidiano das
metrópoles. O trabalhador gasta
muito tempo no deslocamento
entre sua moradia e o local de
trabalho, seja pela ande distância
percorrida, seja pelo trânsito
intenso. Em alguns casos
extremos, gastam-se entre 3 e 4
horas diárias esse percurso. Além
disso, geralmente o transporte
público em um custo alto e é de
má qualidade.
7. Nas últimas décadas, a violência
urbana tem crescido, envolvendo
principalmente a população jovem,
seja como vítima, seja como
responsável. As mortes violentas
refletem na expectativa de vida média
do brasileiro, sendo fator de
significativa importância para esse
índice. Entre as principais causas do
aumento da violência estão a falta de
oportunidade de estudo e trabalho para
os mais carentes, a desestruturação
familiar e a organização de quadrilhas
ligadas ao narcotráfico, que se
desenvolvem onde a presença do
Estado e de infraestruturas sociais é
deficiente.
8. Uma das consequências da intensa
industrialização, somada à grande
concentração populacional em
metrópoles como São Paulo, é a
poluição atmosférica. Provocada
basicamente por duas fontes, as
estacionárias (como as chaminés
das
fábricas) e as móveis (como os
carros, ônibus e caminhões), a
poluição causa sérios problemas
de saúde nas pessoas, reduzindo a
expectativa de vida de seus
habitantes.