O documento discute a retinopatia diabética, incluindo sua epidemiologia, fatores de risco, métodos de diagnóstico como oftalmoscopia direta e indireta e retinografia, principais achados clínicos como microaneurismas, dilatação venosa difusa e exsudatos, classificação segundo a AAO e maculopatia diabética. A vitrectomia é citada como tratamento para complicações como descolamento de retina e tração macular.
1. RESIDÊNCIA MÉDICA EM OFTALMOLOGIA – H.B.D.F.
MÓDULO: RETINA
PROFESSOR: DR. PAULO LORDÊLLO
RESIDENTE: LUÍS ALBERTO F. FERREIRA
LAFF - OFTALMOLOGIA-HBDF 1
2. RETINOPATIA DIABÉTICA
EPIDEMIOLOGIA
- 1,5 MILHÃO DE DM (OMS)
- 1 A 3% DA POPULAÇÃO
- 30 – 69 ANOS: 7,6%
- SÃO PAULO, PORTO ALEGRE, JOÃO PESSOA
- 85% APÓS 40 ANOS
- 5% ANTES DOS 20 ANOS
- QUASE TODOS PACIENTES TIPO 1
- 60% DOS DM TIPO 2
3. RETINOPATIA DIABÉTICA
EPIDEMIOLOGIA
- 30% cegos nos países desenvolvidos
- RD (70%)
- CATARATA
- GLAUCOMA
- NEURO-OFTAMOPATIA
- CAUSA MULTIFATORIAL
4. RETINOPATIA DIABÉTICA
FATORES DE RISCO
- Tempo de evolução do DM
- Controle metabólico
- Tipo e tratamento do DM
- Hipertensão arterial
- Tabagismo
- Gravidez
- Nefropatia
- Genética
5. DIAGNÓSTICO
Oftalmoscopia Direta
Vantagens
Treinamento na graduação do curso médico
Equipamento de baixo custo
Mobilidade
Relatório no ato do exame
6. DIAGNÓSTICO
Oftalmoscopia Direta
Desvantagens
Baixo poder diagnóstico
Não documentação
7. DIAGNÓSTICO
Oftalmoscopia Indireta
Vantagens
Exame rápido
Bom poder diagnóstico
Baixo custo
Mobilidade
Relatório no exame
10. DIAGNÓSTICO
Retinografia
Vantagens
Pode ser operado por profissional treinado
Possibilita documentar o resultado do exame
Pode ser usado na telemedicina
Gold standard na Classificação de RD (Protocolo ETDRS)
Exame sem dilatação pupilar (Protocolo Escocês)
11. DIAGNÓSTICO
Retinografia
Desvantagens
Oftalmologista especializado para laudo
Relatório posterior
Alto custo
Dificuldade em relação à mobilidade
Dilatação da pupila (Protocolo ETDRS e EURODIAB)
12.
13.
14. • Edema intrarretiniano é causado por
disfunções da barreira hematorretiniana
interna. As células endoteliais de
microaneurismas, capilares e arteríolas
tornam-se hiperpermeáveis, promovendo
extravasamento plasmático depositado no
espaço intersticial. O edema macular
diabético é a principal complicação desse
extravasamento.
15.
16.
17. • MICROANEURISMAS
• Aparecem como pequenos pontos vermelhos
e arredondados. Seu número e tamanho
aumentam progressivamente com a evolução
da doença, aparecendo primeiro no pólo
posterior e, depois, na média periferia. Na
angiografia, aparecem como pontos
hiperfluorescentes nas fases venosas
precoces.
20. • DILATAÇÃO VENOSA DIFUSA
• É outra alteração precoce, de difícil
diagnóstico no início, podendo evoluir para
evidente ingurgitamento venoso e
tortuosidade vascular.
22. • EXSUDATOS DUROS
• Ocorrem como depósitos isolados,
agrupados em forma de anel, placas ou
estrela macular e derivam do extravasamento
plasmático dos microaneurismas.
23. • EXSUDATOS DUROS
• Edema macular focal com exsudatos duros em
formação circular (circinata)
24. • EXSUDATOS ALGODONOSOS
• São mais frequentes ao redor do NO e
correspondem ao sofrimento isquêmico
retiniano em zonas de não perfusão capilar,
que aparecem à angiografia como
hipofluorescências.
26. • IRMA
• Alterações arteriolares, descritas como
alterações microvasculares intrarretinianas
(IRMA), apresentam-se como capilares
intrarretinianos dilatados, retorcidos e com
calibre irregular, podendo ser considerados
um sinal de agravamento da doença.
27. • IRMA
• Angiografia apresentando veias em rosário,
IRMA e hipofluorescência por má perfusão
capilar.
28. • NEOVASOS
• Apresentam-se como capilares dilatados,
retorcidos, aglomerados em tufos. A
proliferação fibrovascular progressiva leva a
outras complicações tracionais, como o DR
tracional ou regmatogênico. A contínua
progressão dos neovasos pode alcançar a
CA, com neovascularização da íris e invasão
do trabeculado, levando a glaucoma
neovascular.
30. CLASSIFICAÇÃO - EVOLUÇÃO
• 1968: Classificação da Airlie House
• 1981: Classificação da Airlie House modificada
• 1986: Modificação no Estudo WESDR
• 2002: Nova classificação pela AAO
31. CLASSIFICAÇÃO DA RD (AAO)
• Ausente
• RDNP Leve - apenas microaneurismas
• RDNP Moderada - mais que microaneurismas, menos que
severa
• RDNP Severa - qualquer dos seguintes:
• Mais de 20 hemorragias em cada um dos 4 quadrantes
• Rosário venoso em 2 ou mais quadrantes
• IRMA (1)
• Ausência de neovasos
32.
33. CLASSIFICAÇÃO DA RD (AAO)
• Proliferativa – Neovasos ou Hemorragia vítrea
• Não Proliferativa Status pós Laser
• Proliferativa Status pós Laser
• Impossível – Desestruturação retiniana que impossibilita a
classificação
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35. Maculopatia Diabética
Edema Clinicamente Significativo
Definição - Espessamento de retina (200 micra)
– Edema retiniano que ocorre a uma distância de até 500 micra da fóvea
– Edema retiniano que ocorre a mais de 500 micra de distância da fóvea,
mas com presença de exsudatos duros em até 500 micra da fóvea
– Edema retiniano de uma área de disco ou maior, com qualquer parte
localizada a uma distância de até 1.500 micra da fóvea.