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FICHA RESUMO DO TEXTO
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel
Área: Subprojeto das Ciências Sociais
Nome do Bolsista: Cildete Lencine Ferraz
Referência Bibliográfica:
VEIGA-NETO, Alfredo José. Currículo, disciplina e interdisciplinaridade.
Titulo do texto: Currículo, disciplina e interdisciplinaridade
Corpo da ficha (texto)
Alfredo José da Veiga-Neto, em sua introdução chama a atenção e
questiona as campanhas em prol da interdisciplinaridade, assim como o número
de seminários e discursões que são realizados, na procura de integrar uma
disciplina exata com uma humana.
O autor relata que muito foram os pensamentos na busca de harmonizar
uma área com a outra, ocorrendo muitas frustações por não serem os
resultados e esforços recompensados, pois foi possível colocar as disciplinas
lado a lado, mas não em uma integração de conteúdos e quando houve
avanços esses atendiam a perspectivas da ação esperada.
Em meio a tantas dificuldades a culpa foi atribuída aos profissionais que
não sabiam pensar em conjunto, assim surgiu a necessidade de cursos para
ensinar a pensar a interdisciplinaridade, ocorreu então uma nova dificuldade,
visto que nem mesmo na universidade havia uma grande quantidade de
profissionais aptos para essa tarefa. O que levou segundo o autor a
questionamentos, como para que tanto esforço? Tanto gasto? O que estava
errado com o ensino, o currículo até então aplicado? O que aconteceu com os
movimentos interdisciplinares? E a pergunta principal que lições tirar de tudo
isso?
E são essas questões que o autor procura discutir e interpretar na busca
de respostas, mas ao mesmo tempo ele ressalta que sua intenção não é
desmitificar o movimento interdisciplinar, e sim trazer elementos que auxiliem na
construção do movimento, assim como contribuir para a verificação das
dificuldades de implantar esse sistema.
Segundo o autor o pós-segunda guerra mundial e a bomba de Hiroshima
e Nagasáqui, a Ciência passou a ser o mal da humanidade e até mesmo com o
poder de acabar com a vida na terra, a este contexto o autor diz que é preciso
somar a desordem do meio ambiente e o esgotamentos e todo o tipo de
agressão ao que o planeta está exposto, sendo atribuído a tecnologia a
responsabilidade pala destruição desses sistemas (Veiga, p.106).
Assim Veiga-Neto, cita Georges GUSDORF (1976, p. 19), que dizia “a
racionalidade cientifica desnatura a natureza e desumaniza o homem”, pois
para ele a harmonia do mundo foi destruída devido a ciência moderna e dizia
também que “ a inteligência humana, já é por essência interdisciplinar” (idem, p.
16). Veiga-Neto relata então que vários autores dizem que “na fragmentação do
objeto a conhecer, segundo o discurso de Descartes é que está o núcleo dos
males do conhecimento científico”(p. 107), visto que para eles é nas menores
partes que estaria o entendimento humano e a compreensão dos aspectos e
elementos morais que envolvem as atividades cientificas aos quais a Ciência
pode fazer uso(p. 107).
Para Veiga-Neto é nos “maus usos da Ciência que está o problema e a
fonte disso deve ser procurada no lado da separação cartesiana, entre a res
extensa e res cogitans (p. 107), visto que foi devido a essa separação que
ocorreu o afastamento com relação ao resto do mundo (107), sendo esse
afastamento que nos deixa sem compromisso com o destino do mundo e de
tudo que nos cerca, ao qual podemos ou não ter consciência desses males, e
as causas que acarretam ao mundo (p. 107), o autor então ressalta que essas
ideias não são propriamente de descartes, que essas raízes de distanciamento
são encontradas no pensamento de Sócrates e complementa com o
pensamento de Flickiger (1994), que diz “ à razão humana substitui a ideia do
saber que Deus instituiu (p. 108).
Segundo Veiga o que havia ou houve de errado é a separação dos
diferentes saberes, mas ao que Gusdorf diz que existe uma solução de corrigir
a Ciência e restaurar o elo perdido a partir de Descartes (108), essa ideia para
Veiga-Neto é a desfragmentação, a fusão de saberes e que isso deve ser
realizado através do currículo interdisciplinarmente, ou mesmo a
transinterdisciplinaridade, ao que para o autor levaria a novas formas de pensar
os conteúdos, levando as novas gerações a transformar o modo de pensar a
Ciência e os outros saberes (p. 108).
Dessa forma Veiga-Neto destaca o pensamento de Gusdorf que disse:
“ter procurado discutir a prática do conhecimento científico no mundo moderno,
e longe de uma posição positivista que vê esse conhecimento como uma prática
racional, que prefere interpretá-los como atividades humanas”, visto que se
reproduzem nas ações humanas em uma ação de racionalidade construída na
sociedade, ou seja, pelo construto social (p. 108)0, pois para o autor a Ciência
não é a vilã do mundo moderno e nem considera que os conhecimentos
científicos e tecnológicos corrompem o mundo atual (p. 109), pois considera
que sem esses não haveria mundo atual (p.109).
A interdisciplinaridade Como Terapêutica
O autor relata algumas ideias de autores europeus sobre as questões
disciplinares, esclarecendo alguns conceitos de disciplinas ou especialidades
que se encontram isoladas, em currículos onde as disciplinas se justapõem, não
ocorrendo uma conversa, visto que na pluralidade as disciplinas trocam ideias,
experiências e metodologia, mas sem se unirem em um conhecimento fora
delas e no interdisciplinar, há uma integração entre as diferentes disciplinas
podendo se criar um novo conhecimento, ao qual o autor chama de guarda-
chuva, ocorrendo uma conexão de diálogos entre os interessados (FAZENDA,
1993, p. 39), no transdisciplinar é o sistema que provoca uma fusão de ideias e
objetivos, não existindo limites entre os currículos (p. 109).
O que aconteceu com o “Movimento Interdisciplinar”?
Para o autor a forma como o ensino interdisciplinar foi pensada na
década de 70 está em desuso, pois existe no Brasil atualmente vários grupos
com trabalhos e publicações sobre o tema, mas que no entanto são raras as
campanhas em prol da interdisciplinaridade, pois na grande maioria dos casos
ela é pensada e trabalhada em relação com os conceitos aplicados à 20 anos
antes, ao que o autor diz: “a impressão que se tem é que muitos cansaram de
tentar colocar em prática currículos holísticos e assim houve um abandono ou
deslocamento da área”( p. 110), Veiga então se propõe fazer uma análise sobre
ambas, verificando onde e como deu certo esse movimento e com isso
responder a pergunta formulada (p.110).
Veiga-Neto relata em primeiro lugar que os resultados foram
desaminadores , porque o conhecimento disciplinar, não pode ser extinto, pelos
atos de vontade e decretos epistemológicos, que modificam o modo de pensar
que estão enraizados (p.110), segundo Foucault, (1989), as maneiras como
funcionam os poderes modernos e as relações de poder e saber tem implicados
em si, um saber que se faz necessariamente disciplinar (p. 111), visto que a
disciplinaridade não é uma doença que contamina nosso modo de pensar, mas
é o nosso modo de pensar, nossas relações com tudo que nos cerca, e alterar
as atuais relações de poder e saber, irá implicar em muito mais que mexer na
disciplinaridade (p. 111).
Em segundo lugar o autor diz que se há uma doença, essa está na
fragmentação cartesiana do objeto, pois para ele tentar fundir todo o
conhecimento transdisciplinar, holístico em uma perspectiva progressista e de
amadurecimento epistemológico, para autor não garantiria a cura dos males do
mundo atual.
No terceiro ponto Veiga-Neto relata que não há uma exterioridade a ser
compreendida pelo nosso conhecimento, e o que vemos como problemas
exteriores são construções contingentes, particulares, historicamente
determinadas, que estabelecem a partir de visões de mundo específicas, visto
que não há uma fusão, no máximo uma conversa entre as disciplinas e que se
houvesse uma fusão, surgiria uma nova disciplina e isso não representaria uma
síntese das disciplinas de origem (p. 111, 112).
No quarto ponto o autor destaca três exemplos de relações sutis e
complexos, o primeiro ponto, seria as diferentes teorias que mostram o quanto a
escala reproduz os arranjos sociais e o quanto são limitadas as possibilidades
de alterá-las, no segundo ponto a teoria do currículo revela o que e como se
ensina nas escolas e que não estão de todo visível, pois existe o jogo de poder,
o terceiro ponto nos remete a história dos currículos, ou seja o que se ensina
nas escolas não é o saber acadêmico, nem mesmo uma simplificação desse
saber, mas uma forma peculiar de conhecimento que é o saber da escola, que
teve sua origem na faculdade em um processo complicado de transposição
didática, que foi transformado, adaptado, reconstruído em muitos casos
mutilados, para depois ser ensinados (p.112).
Em quinto lugar Veiga-Neto fala de Hoski (1990), que denominou nexo
entre poder e saber para se entender a escola moderna, neste contexto a
escola é muito mais do que um pensamos, possuindo um papel muito maior do
que apenas ensinar conteúdos, valores, práticas e inculcar ideologias, que são
ressaltadas nas análises funcionalistas, ao que o autor relata que na visão de
Foucault a escola é um lócus em que é colocado em funcionamento às bases
da razão de estado, e esses princípios e métodos do governo estatal difere-se
da maneira que Deus governa o mundo, e na ausência do poder pastoral, o
individuo moderno tem que se autogovernar (p.112,113).
Nesta visão vem a análise de indissociabilidade entre os dois conjuntos
de acepções da palavra disciplina, o primeiro sendo uma ordem que convém no
funcionamento regular de uma organização, ou seja a relação de subordinação
aluno, professor e observação e submissão de regras (FERREIRA, 1994,
verbete disciplina), e o segundo é o conjunto de conhecimentos em cada
cadeira de um estabelecimento de ensino, currículo (idem, ibidem). Assim um
aponta para o seguimento de normas e o outro para o saber, o conhecimento,
epistemológico(p.113), ao que Veiga diz que os conceitos de Hoski, 1990,
Marshall, 1989, Donald, 1992 é possível compreender o eixo comum desses
dois pontos, quanto ao papel da escola de constituidor e constituído de poder,
visto que na escola há uma diversidade de culturas, tanto social como
econômica (113).
Para o autor a disciplina é muito mais que epistemológica e de resultados
estratégicos na busca de acumulação simbólicos e distinção (BOURDIEU,
1983), ela é parte constitutiva da escola moderna e da modernidade (p.114),
Veiga-Neto ressalta que apesar de todo o trabalho realizado até agora na
tentativa de se implantara interdisciplinaridade, o máximo que se conquistou foi
um currículo ou práticas pluridisciplinares, mas que isso não significa um
fracasso do movimento interdisciplinar, e sim que esse resultado é
consequência do movimento ter sido colocado na pluridisciplinaridade, diferente
do que se dizia (p. 114).
Fazenda (1993), em sua obra dizia que: “ na interdisciplinaridade a
colaboração entre diferentes disciplinas conduz a uma interação, e não
pretende a construção de uma superciência, mas uma mudança de atitude
frente ao problema do conhecimento” (p.114). Já Ferreira (1991, p. 34), disse
que”a interdisciplinaridade é norteada por eixos básicos como a intenção, a
humildade, a totalidade, o respeito pelo o outro, etc. e o que caracteriza uma
prática interdisciplinar é o sentimento intencional que ela carrega” (p. 114),
Delizoicov e Zanetic (1993, p. 13) diziam que “ao invés do professor polivalente
a interdisciplinaridade coloca a colaboração integrada das diferentes
especialidades, para a contribuição da análise de temas”(p. 115).
Já para Veiga-Neto o foco do movimento se coloca em uma atitude
dimensional, na busca de resgatar a dimensão humana, via práticas
pedagógicas, ou da dimensão epistemológica, que para ele vai muito além da
pluridisciplinaridade, de troca de conhecimento ou metodologias, e o
deslocamento ocorrido nos resultados do movimento interdisciplinares é o mais
importante (p. 115).
Que lições podemos tirar de tudo isso?
Para Veiga-Neto a questão disciplinar é um assunto com muita
relevância para a teoria e a prática pedagógica e se propõe fazer uma reflexão
sobre alguns aspectos do tema, ao qual ele atribuiu três eixos analíticos: a
reflexão epistemológica de Veiga-Neto, que seria em torno das discursões
sobre a possibilidade de se efetivar a interdisciplinaridade no campo acadêmico
ou no campo ensino escolar no âmbito filosófico, sociológico, psicológicos e
conhecimentos históricos, que por si só justificam o empreendimento. A
investigação epistêmica de Foucault, seria as investigações de como se deu a
gênese e quais foram os desdobramentos do movimento interdisciplinar no
Brasil, ao que ele relata que houve uma ampla gama investigativa, tanto para o
sistema epistemológico, quanto para a epistêmica (p.116).
Quanto ao terceiro eixo, que o autor considera o político se constitui de
questões referentes aos resultados práticos, que ele supõe possível se obter
com a aproximação entre as disciplinas, esse ponto busca encaminhamentos
práticos e soluções pedagógicas, ao que Veiga salienta que o convívio
disciplinar não precisa e não deve se apoiar em uma “promessa messiânica ou
redentora” de cunho epistemológico (p.116), visto que é um convívio eticamente
autodefensável, mas que não se pode pensar em um convívio livre de tensões e
conflitos, ou seja o autor não coloca como fim a chegada a um estágio superior,
nem a um equilíbrio entre os diferentes conceitos que não encontram abrigo na
perspectiva que ele propõe (p. 116).
Segundo o autor a pluridisciplinaridade é a aceitação da legitimidade das
disciplinas, tanto no sentido epistemológico, quanto no contextual prático, ao
que Regner (1993), esclarece que a “contextualidade abre caminho privilegiado
para se pensar a questão da interdisciplinaridade” ( idem, p. 6), quer seja para
determinar o campo disciplinar, ou para que se defina o sentido de tensão entre
a disciplinaridade e a interdisciplinaridade no ponto de vista epistemológico
(idem, p. 8), Veiga-Neto então diz que é preciso explorar essa tensão, para
assim se dar espaço e voz à todos (p. 117).
Análise crítica do texto:
Ao término da leitura do texto foi possível concluir que a busca por uma
harmonia entre as disciplinas, os sistemas, o trabalho e a relação interdisciplinar
é uma busca de vários teóricos, e que acontece a muitos anos, e que essa
busca procura uma eficácia que traga uma maior aceitação do aluno, assim
como um compromisso, ao se identificarem com as aulas práticas e
motivadoras, assim como as inovações e tecnologias do mundo moderno, pois
é notório as dificuldades que as escolas e professores encontram em todos os
aspectos e esferas para despertar o interesse do aluno. Nesse sentido vale a
torcida para que sempre existam pessoas sensatas na busca pela qualidade da
educação, do ensino e da aprendizagem, que seja possível englobar todos os
níveis, pois todos sabemos que existe muita teoria e que no papel e no discurso
tudo é muito bonito, perfeito, mas que nem sempre há uma aplicabilidade, uma
praticidade nas ações que são propostas para a educação.

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Currículo, disciplina e interdisciplinaridade segundo Veiga-Neto

  • 1. FICHA RESUMO DO TEXTO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel Área: Subprojeto das Ciências Sociais Nome do Bolsista: Cildete Lencine Ferraz Referência Bibliográfica: VEIGA-NETO, Alfredo José. Currículo, disciplina e interdisciplinaridade. Titulo do texto: Currículo, disciplina e interdisciplinaridade Corpo da ficha (texto) Alfredo José da Veiga-Neto, em sua introdução chama a atenção e questiona as campanhas em prol da interdisciplinaridade, assim como o número de seminários e discursões que são realizados, na procura de integrar uma disciplina exata com uma humana. O autor relata que muito foram os pensamentos na busca de harmonizar uma área com a outra, ocorrendo muitas frustações por não serem os resultados e esforços recompensados, pois foi possível colocar as disciplinas lado a lado, mas não em uma integração de conteúdos e quando houve avanços esses atendiam a perspectivas da ação esperada. Em meio a tantas dificuldades a culpa foi atribuída aos profissionais que não sabiam pensar em conjunto, assim surgiu a necessidade de cursos para ensinar a pensar a interdisciplinaridade, ocorreu então uma nova dificuldade, visto que nem mesmo na universidade havia uma grande quantidade de profissionais aptos para essa tarefa. O que levou segundo o autor a questionamentos, como para que tanto esforço? Tanto gasto? O que estava errado com o ensino, o currículo até então aplicado? O que aconteceu com os movimentos interdisciplinares? E a pergunta principal que lições tirar de tudo isso? E são essas questões que o autor procura discutir e interpretar na busca de respostas, mas ao mesmo tempo ele ressalta que sua intenção não é desmitificar o movimento interdisciplinar, e sim trazer elementos que auxiliem na construção do movimento, assim como contribuir para a verificação das dificuldades de implantar esse sistema. Segundo o autor o pós-segunda guerra mundial e a bomba de Hiroshima e Nagasáqui, a Ciência passou a ser o mal da humanidade e até mesmo com o poder de acabar com a vida na terra, a este contexto o autor diz que é preciso somar a desordem do meio ambiente e o esgotamentos e todo o tipo de agressão ao que o planeta está exposto, sendo atribuído a tecnologia a responsabilidade pala destruição desses sistemas (Veiga, p.106). Assim Veiga-Neto, cita Georges GUSDORF (1976, p. 19), que dizia “a racionalidade cientifica desnatura a natureza e desumaniza o homem”, pois para ele a harmonia do mundo foi destruída devido a ciência moderna e dizia também que “ a inteligência humana, já é por essência interdisciplinar” (idem, p.
  • 2. 16). Veiga-Neto relata então que vários autores dizem que “na fragmentação do objeto a conhecer, segundo o discurso de Descartes é que está o núcleo dos males do conhecimento científico”(p. 107), visto que para eles é nas menores partes que estaria o entendimento humano e a compreensão dos aspectos e elementos morais que envolvem as atividades cientificas aos quais a Ciência pode fazer uso(p. 107). Para Veiga-Neto é nos “maus usos da Ciência que está o problema e a fonte disso deve ser procurada no lado da separação cartesiana, entre a res extensa e res cogitans (p. 107), visto que foi devido a essa separação que ocorreu o afastamento com relação ao resto do mundo (107), sendo esse afastamento que nos deixa sem compromisso com o destino do mundo e de tudo que nos cerca, ao qual podemos ou não ter consciência desses males, e as causas que acarretam ao mundo (p. 107), o autor então ressalta que essas ideias não são propriamente de descartes, que essas raízes de distanciamento são encontradas no pensamento de Sócrates e complementa com o pensamento de Flickiger (1994), que diz “ à razão humana substitui a ideia do saber que Deus instituiu (p. 108). Segundo Veiga o que havia ou houve de errado é a separação dos diferentes saberes, mas ao que Gusdorf diz que existe uma solução de corrigir a Ciência e restaurar o elo perdido a partir de Descartes (108), essa ideia para Veiga-Neto é a desfragmentação, a fusão de saberes e que isso deve ser realizado através do currículo interdisciplinarmente, ou mesmo a transinterdisciplinaridade, ao que para o autor levaria a novas formas de pensar os conteúdos, levando as novas gerações a transformar o modo de pensar a Ciência e os outros saberes (p. 108). Dessa forma Veiga-Neto destaca o pensamento de Gusdorf que disse: “ter procurado discutir a prática do conhecimento científico no mundo moderno, e longe de uma posição positivista que vê esse conhecimento como uma prática racional, que prefere interpretá-los como atividades humanas”, visto que se reproduzem nas ações humanas em uma ação de racionalidade construída na sociedade, ou seja, pelo construto social (p. 108)0, pois para o autor a Ciência não é a vilã do mundo moderno e nem considera que os conhecimentos científicos e tecnológicos corrompem o mundo atual (p. 109), pois considera que sem esses não haveria mundo atual (p.109). A interdisciplinaridade Como Terapêutica O autor relata algumas ideias de autores europeus sobre as questões disciplinares, esclarecendo alguns conceitos de disciplinas ou especialidades que se encontram isoladas, em currículos onde as disciplinas se justapõem, não ocorrendo uma conversa, visto que na pluralidade as disciplinas trocam ideias, experiências e metodologia, mas sem se unirem em um conhecimento fora delas e no interdisciplinar, há uma integração entre as diferentes disciplinas podendo se criar um novo conhecimento, ao qual o autor chama de guarda- chuva, ocorrendo uma conexão de diálogos entre os interessados (FAZENDA, 1993, p. 39), no transdisciplinar é o sistema que provoca uma fusão de ideias e objetivos, não existindo limites entre os currículos (p. 109). O que aconteceu com o “Movimento Interdisciplinar”? Para o autor a forma como o ensino interdisciplinar foi pensada na
  • 3. década de 70 está em desuso, pois existe no Brasil atualmente vários grupos com trabalhos e publicações sobre o tema, mas que no entanto são raras as campanhas em prol da interdisciplinaridade, pois na grande maioria dos casos ela é pensada e trabalhada em relação com os conceitos aplicados à 20 anos antes, ao que o autor diz: “a impressão que se tem é que muitos cansaram de tentar colocar em prática currículos holísticos e assim houve um abandono ou deslocamento da área”( p. 110), Veiga então se propõe fazer uma análise sobre ambas, verificando onde e como deu certo esse movimento e com isso responder a pergunta formulada (p.110). Veiga-Neto relata em primeiro lugar que os resultados foram desaminadores , porque o conhecimento disciplinar, não pode ser extinto, pelos atos de vontade e decretos epistemológicos, que modificam o modo de pensar que estão enraizados (p.110), segundo Foucault, (1989), as maneiras como funcionam os poderes modernos e as relações de poder e saber tem implicados em si, um saber que se faz necessariamente disciplinar (p. 111), visto que a disciplinaridade não é uma doença que contamina nosso modo de pensar, mas é o nosso modo de pensar, nossas relações com tudo que nos cerca, e alterar as atuais relações de poder e saber, irá implicar em muito mais que mexer na disciplinaridade (p. 111). Em segundo lugar o autor diz que se há uma doença, essa está na fragmentação cartesiana do objeto, pois para ele tentar fundir todo o conhecimento transdisciplinar, holístico em uma perspectiva progressista e de amadurecimento epistemológico, para autor não garantiria a cura dos males do mundo atual. No terceiro ponto Veiga-Neto relata que não há uma exterioridade a ser compreendida pelo nosso conhecimento, e o que vemos como problemas exteriores são construções contingentes, particulares, historicamente determinadas, que estabelecem a partir de visões de mundo específicas, visto que não há uma fusão, no máximo uma conversa entre as disciplinas e que se houvesse uma fusão, surgiria uma nova disciplina e isso não representaria uma síntese das disciplinas de origem (p. 111, 112). No quarto ponto o autor destaca três exemplos de relações sutis e complexos, o primeiro ponto, seria as diferentes teorias que mostram o quanto a escala reproduz os arranjos sociais e o quanto são limitadas as possibilidades de alterá-las, no segundo ponto a teoria do currículo revela o que e como se ensina nas escolas e que não estão de todo visível, pois existe o jogo de poder, o terceiro ponto nos remete a história dos currículos, ou seja o que se ensina nas escolas não é o saber acadêmico, nem mesmo uma simplificação desse saber, mas uma forma peculiar de conhecimento que é o saber da escola, que teve sua origem na faculdade em um processo complicado de transposição didática, que foi transformado, adaptado, reconstruído em muitos casos mutilados, para depois ser ensinados (p.112). Em quinto lugar Veiga-Neto fala de Hoski (1990), que denominou nexo entre poder e saber para se entender a escola moderna, neste contexto a escola é muito mais do que um pensamos, possuindo um papel muito maior do que apenas ensinar conteúdos, valores, práticas e inculcar ideologias, que são ressaltadas nas análises funcionalistas, ao que o autor relata que na visão de Foucault a escola é um lócus em que é colocado em funcionamento às bases
  • 4. da razão de estado, e esses princípios e métodos do governo estatal difere-se da maneira que Deus governa o mundo, e na ausência do poder pastoral, o individuo moderno tem que se autogovernar (p.112,113). Nesta visão vem a análise de indissociabilidade entre os dois conjuntos de acepções da palavra disciplina, o primeiro sendo uma ordem que convém no funcionamento regular de uma organização, ou seja a relação de subordinação aluno, professor e observação e submissão de regras (FERREIRA, 1994, verbete disciplina), e o segundo é o conjunto de conhecimentos em cada cadeira de um estabelecimento de ensino, currículo (idem, ibidem). Assim um aponta para o seguimento de normas e o outro para o saber, o conhecimento, epistemológico(p.113), ao que Veiga diz que os conceitos de Hoski, 1990, Marshall, 1989, Donald, 1992 é possível compreender o eixo comum desses dois pontos, quanto ao papel da escola de constituidor e constituído de poder, visto que na escola há uma diversidade de culturas, tanto social como econômica (113). Para o autor a disciplina é muito mais que epistemológica e de resultados estratégicos na busca de acumulação simbólicos e distinção (BOURDIEU, 1983), ela é parte constitutiva da escola moderna e da modernidade (p.114), Veiga-Neto ressalta que apesar de todo o trabalho realizado até agora na tentativa de se implantara interdisciplinaridade, o máximo que se conquistou foi um currículo ou práticas pluridisciplinares, mas que isso não significa um fracasso do movimento interdisciplinar, e sim que esse resultado é consequência do movimento ter sido colocado na pluridisciplinaridade, diferente do que se dizia (p. 114). Fazenda (1993), em sua obra dizia que: “ na interdisciplinaridade a colaboração entre diferentes disciplinas conduz a uma interação, e não pretende a construção de uma superciência, mas uma mudança de atitude frente ao problema do conhecimento” (p.114). Já Ferreira (1991, p. 34), disse que”a interdisciplinaridade é norteada por eixos básicos como a intenção, a humildade, a totalidade, o respeito pelo o outro, etc. e o que caracteriza uma prática interdisciplinar é o sentimento intencional que ela carrega” (p. 114), Delizoicov e Zanetic (1993, p. 13) diziam que “ao invés do professor polivalente a interdisciplinaridade coloca a colaboração integrada das diferentes especialidades, para a contribuição da análise de temas”(p. 115). Já para Veiga-Neto o foco do movimento se coloca em uma atitude dimensional, na busca de resgatar a dimensão humana, via práticas pedagógicas, ou da dimensão epistemológica, que para ele vai muito além da pluridisciplinaridade, de troca de conhecimento ou metodologias, e o deslocamento ocorrido nos resultados do movimento interdisciplinares é o mais importante (p. 115). Que lições podemos tirar de tudo isso? Para Veiga-Neto a questão disciplinar é um assunto com muita relevância para a teoria e a prática pedagógica e se propõe fazer uma reflexão sobre alguns aspectos do tema, ao qual ele atribuiu três eixos analíticos: a reflexão epistemológica de Veiga-Neto, que seria em torno das discursões sobre a possibilidade de se efetivar a interdisciplinaridade no campo acadêmico ou no campo ensino escolar no âmbito filosófico, sociológico, psicológicos e conhecimentos históricos, que por si só justificam o empreendimento. A
  • 5. investigação epistêmica de Foucault, seria as investigações de como se deu a gênese e quais foram os desdobramentos do movimento interdisciplinar no Brasil, ao que ele relata que houve uma ampla gama investigativa, tanto para o sistema epistemológico, quanto para a epistêmica (p.116). Quanto ao terceiro eixo, que o autor considera o político se constitui de questões referentes aos resultados práticos, que ele supõe possível se obter com a aproximação entre as disciplinas, esse ponto busca encaminhamentos práticos e soluções pedagógicas, ao que Veiga salienta que o convívio disciplinar não precisa e não deve se apoiar em uma “promessa messiânica ou redentora” de cunho epistemológico (p.116), visto que é um convívio eticamente autodefensável, mas que não se pode pensar em um convívio livre de tensões e conflitos, ou seja o autor não coloca como fim a chegada a um estágio superior, nem a um equilíbrio entre os diferentes conceitos que não encontram abrigo na perspectiva que ele propõe (p. 116). Segundo o autor a pluridisciplinaridade é a aceitação da legitimidade das disciplinas, tanto no sentido epistemológico, quanto no contextual prático, ao que Regner (1993), esclarece que a “contextualidade abre caminho privilegiado para se pensar a questão da interdisciplinaridade” ( idem, p. 6), quer seja para determinar o campo disciplinar, ou para que se defina o sentido de tensão entre a disciplinaridade e a interdisciplinaridade no ponto de vista epistemológico (idem, p. 8), Veiga-Neto então diz que é preciso explorar essa tensão, para assim se dar espaço e voz à todos (p. 117). Análise crítica do texto: Ao término da leitura do texto foi possível concluir que a busca por uma harmonia entre as disciplinas, os sistemas, o trabalho e a relação interdisciplinar é uma busca de vários teóricos, e que acontece a muitos anos, e que essa busca procura uma eficácia que traga uma maior aceitação do aluno, assim como um compromisso, ao se identificarem com as aulas práticas e motivadoras, assim como as inovações e tecnologias do mundo moderno, pois é notório as dificuldades que as escolas e professores encontram em todos os aspectos e esferas para despertar o interesse do aluno. Nesse sentido vale a torcida para que sempre existam pessoas sensatas na busca pela qualidade da educação, do ensino e da aprendizagem, que seja possível englobar todos os níveis, pois todos sabemos que existe muita teoria e que no papel e no discurso tudo é muito bonito, perfeito, mas que nem sempre há uma aplicabilidade, uma praticidade nas ações que são propostas para a educação.