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ALGUNS FENÓMENOS
            DA
PINTURA INTERNACIONAL



       PIEF OEIRAS – T1
         2010 -2011
Pintor holandês pós-impressionista, nasceu a 30 de
Março de 1853. Como Gauguin, é um apóstolo
retardatário da pintura. Abandonou a sua profissão em
1876 para se dedicar como pregador laico aos mineiros
de Borinage, no sul da Bélgica. No Verão de 1880,
decidiu consagrar-se à pintura com a mesma paixão
incontrolada e a mesma sede de absoluto com que
quisera servir as classes desfavorecidas.

A Arte, a Literatura e a Religião, concebia-as como várias
facetas de um mesmo mistério. Deixou a descrição das suas buscas, métodos
e intenções em inúmeras cartas escritas sobretudo ao irmão, Theo. A sua
carreira não iria durar mais do que uma década. Dois anos em Paris, de
Fevereiro de 1886 a Fevereiro de 1888, transformaram por completo as suas
concepções e a sua pintura. Nada o teria preparado para a visão dos quadros
impressionistas, as novas técnicas libertadoras, a explosão das cores. A paixão
pela cor, assim como um temperamento marginal, levou-o até Arles, na
Provença. Os Girassóis, A Ponte Levadiça (1888), o pomar de Pessegueiros
em Flor (1889) são os temas deste período. Os Ciprestes e Corvos sobre a
Seara pertencem à última fase, em que o equilíbrio emocional do pintor era
precário. No dia 29 de Julho de 1890, Van Gogh suicidou-se com um tiro.


Van Gogh desenvolveu uma pintura caracterizada por uma intensidade
emocional extrema. Mais do que pintar o que via, quis expressar o que sentia.
E se o mundo do Impressionismo se pode revelar em pequenos pontos de luz,
em Van Gogh esses pontos de luz tornam-se energia pura. Os objectos são
distorcidos, as proporções falseadas, e a própria textura torna-se um elemento
da expressão emocional do quadro. As cores são utilizadas no seu estado puro
e aplicadas com a espátula ou o pincel, criando um relevo, um padrão, um
ritmo insistente. A sua arte inicia o Expressionismo, valorizando o que é
significativo em detrimento dos padrões de beleza clássicos, de maneira a que
a pintura seja mais "verdadeira do que a própria verdade", nos dizeres do
próprio artista.

Quem nunca ouviu falar do pintor holandês que decepou a própria orelha e a
enviou à uma prostituta? Van Gogh trabalhou como artista somente nos últimos
dez anos de vida, isto é, dos 27 aos 37 anos, quando morreu. Durante os
primeiros dois anos, ele somente desenhava, procurando aprender a arte.

Em seu “Carpinteiro” (1880), Van Gogh ainda lutava com problemas de
proporção e posicionamento de formas. Mas, dois anos depois, podemos
constatar que ele já tinha superado suas dificuldades com o desenho e
aperfeiçoado a qualidade expressiva do seu trabalho.

Os trabalhos mais famosos de Van Gogh foram:

- Os comedores de batatas (1885)




- A italiana                                -A vinha encarnada
O    Edvard Munch nasceu em
Löten, na Noruega, em 12 de
Dezembro de 1863 e frequentou a
Escola de Artes e Ofícios de Oslo,
vindo a ser influenciado por
Courbet e Manet. No campo das
ideias, o pensamento de Henrik
Ibsen e bjornson marcou o seu
percurso inicial. A arte era
considerada como uma arma
destinada a lutar contra a
sociedade. Os temas sociais estão
assim presentes em O Dia
Seguinte e Puberdade de 1886.




                       As Obras de Munch
Com A Menina doente (Das Kränke Mädchen -
1885) inicia uma temática que surgiria como uma
linha de força em todo o seu caminho artístico. Fez
inúmeras variações sobre este último trabalho,
assim como sobre outras obras, e os seus
sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham
marcado a sua infância (a mãe morreu quando ele
tinha 5 anos, a irmã mais velha faleceu aos 15 anos, a irmã mais nova sofria de
doença mental e uma outra irmã morreu meses depois de casar; o próprio
Edvard estava constantemente doente), assumem um significado mais vasto,
transformados em imagens que deixavam transparecer a fragilidade e a
transitoriedade da vida.Edvard Munch Em Paris, descobre a obra de Van Gogh
e Gauguin, e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças.
Em 1892 o convite para expor em Berlim torna-se num momento crucial da sua
carreira e da história da arte alemã. Inicia um projecto que intitula O Friso da
Vida. Edvard Munch representou a dança em 1950.

Aos trinta anos ele pinta O Grito, considerada a sua obra máxima, e uma das
mais importantes da história do expressionismo. O quadro retrata a angústia e
o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com
seus amigos. O Grito é uma das peças da série intitulada The Frieze off Life O
Friso da Vida. Os temas da série recorrem durante toda a obra de Munch, em
pinturas como A Menina Doente (1885), Amor e Dor (1893-94), Cinzas (1894) e
A Ponte. Rostos sem feições e figuras distorcidas fazem parte de seus
quadros.

Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo inovações nesta
técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável. Em 1914
inicia a execução do projecto para a decoração da Universidade de Oslo,
usando uma linguagem simples, com motivos da tradição popular.

Munch retratava as mulheres ora como sofredoras frágeis e inocentes (ver
Puberdade e Amor e Dor), ora como causa de grande anseio, ciúme e
desespero (ver Separação, Ciúmes e Cinzas). As últimas obras pretendem ser
um resumo das preocupações da sua existência: Entre o Relógio e a Cama,
Auto-Retrato de 1940. Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a
morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.
As cinzas




O amor e a dor




                 O Grito
Georges Seurat
                                 (1859 - 1891)



                Georges-Pierre    Seurat   nasceu   numa    abastada   família
                burguesa em Paris, e estudou na Escola de Belas Artes, para
                onde entrou em 1878. O seu trabalho, influenciado pelos
                mestres     da   renascença,     caracterizava-se   por    ser
                extremamente disciplinado e ordenado. Embora influenciado
                pelos impressionistas, apreciando os seus valores e alicerces
                científicos, Seurat rejeitou a espontaneidade e a ausência de
                forma destes, e reintroduziu a estrutura e a formalidade na
                pintura.




              A TÉCNICA DE SERAUT

A década de 80 foi um período florescente para as artes. Os jovens pintores
sentiam-se excitados com a perspectiva do próximo século e, adoptando novas
e científicas teorias da cor, procuravam criar um estilo moderno que
expressasse bem essa nova época. Seurat não foi excepção, dedicou-se à
técnica do impressionismo, assim como ao estudo da teoria da cor e à óptica.


Georges Seurat contribuiu para a pintura francesa ao introduzir uma técnica
mais sistemática e científica, chamada divisionismo ou pontilhismo a que ele
chamou Pintura Óptica. A técnica consiste em separar as cores nas suas
componentes, de maneira que, em vez de serem misturadas como pigmentos e
aplicadas à tela, são, desde que as vejamos à distância certa, misturadas pelo
olhar.
A técnica do divisionismo utilizada por Seurat deu origem ao neo-
impressionismo e foi extensivamente utilizada na arte do século XX. Pode-se
dizer que a teoria do divisionismo foi o precursor da televisão e da imagem
digital.
Tal como Mondrian e Leonardo da Vinci, Seurat também recorreu à técnica da
simetria dinâmica usando rectângulos de ouro nas suas pinturas.




           ALGUMAS OBRAS DE SERAUT




    “Baignade”


                  .




    “La parade”
0000000000




                         “A ponte e o Cais”




             “Um Domingo a tarde na ilha Grande Jatte”




00                    “O Sena na Grande Jatte, Primavera”
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26
27     Giuseppe Arcimboldo 1527 — 1593 foi um pintor italiano.
28
29     Iniciou os seus trabalhos em Milão, com o seu pai, mas atingiu a fama
em Bilbau, sob a proteção do Imperador Rudolph I.
30
31     As suas obras principais incluem a série "As quatro estações", onde
usou, pela primeira vez, imagens da natureza, tais como frutas, verduras e
flores, para compor fisionomias humanas. A ideia de reproduzir as estações
como pessoas já era usada desda a época dos romanos, no entanto
Arcimboldo foi o pioneiro na utilização de vegetais de cada época, na
composição de rostos humanos.
32
33     Arcimboldo trabalhou inicialmente com seu o pai, no vitral da catedral de
Milão. A partir de 1562 morou em Praga, então capital do reino da Boémia e
hoje da República Checa, onde consolidou sua carreira como artista. Serviu na
corte de Fernando I e de seus sucessores, Maximiliano II e seu filho Rodolfo II,
grandes mecenas. Arcimboldo foi admirado como artista pelos três monarcas,
tornou-se pintor da corte e chegou a ser nomeado Conde Palatino. Praga
transformou-se no século XVI, principalmente por causa de Rodolfo II, um dos
maiores centros culturais da Europa, de intensa e diversa actividade cultural e
científica. Os seus governantes eram vistos, além de seus domínios, como
simpatizantes do exótico. Nesse contexto, as singularidades da arte de
Arcimboldo encontraram solo fértil para florescer.
34
35      Um exemplo, que explicita o ambiente cultural singular de Arcimboldo, é
a Câmara de Arte e Prodígios, um núcleo de museu de Praga. Durante os
reinados de Maximiliano II e Rodolfo II, com a ajuda de Arcimboldo, este núcleo
teve sua atenção focada em achados exóticos. A Câmara reunia os mais
diversos objetos estranhos, registos de pessoas com anomalias físicas (desde
anões até gigantes), animais, frutas, legumes de diversas espécies, provindos
de todos os continentes. Ali Arcimboldo teve condições de fazer estudos para
suas obras, observar o pormenor de cada elemento representado,
representando-os em seus mais ricos e finos detalhes.
36
37      No contexto histórico de Arcimboldo - posteriormente denominado
Maneirismo - a ênfase no aspecto espiritual da arte foi recorrente, como
podemos ver nas obras de El Greco e Tintoretto. No entanto, estes dois artistas
estiveram ligados à religiosidade católica e Arcimboldo não. Mesmo sendo
Praga uma corte católica, ela tinha total independência em relação à Igreja
Romana e seus monarcas eram de grande tolerância em relação a outras
religiões e crenças. Ali conviviam juntos judeus, cristãos e ocultistas.
38
39      O ocultismo foi uma referência importante para Arcimboldo, como vemos
em suas paisagens antropomorfas - nas quais corpos e faces humanas são
sugeridos pela representação dos relevos, das árvores, das pedras, e de outras
coisas de uma paisagem - e em suas séries ligadas à natureza, por exemplo,
em uma das séries de estações do ano feitas para Maximiliano II: Primavera,
Verão, Outono e Inverno. Nestas, o artista fez referência ao gênero do retrato,
preservando a opulência do retrato cortesão, mas construiu seus personagens
a partir de imagens da fauna e da flora, elementos que, no século XVII,
estariam presentes no novo gênero da natureza morta. A diversidade de
possibilidades de interpretação a partir das composições "estranhas" de
Arcimboldo é um dos motivos que levaram, durante muito tempo, ao seu
esquecimento pelos historiadores. Existe em sua Obra uma identidade dual,
tanto no jogo visual que proporciona - bastante explicito na obra O Cozinheiro -,
como em um jogo de sentidos ocultos que ele sugere - ponto que relaciona o
artista com seu antecessor, Bosch. Hauser fala de Arcimboldo como um
"maneirista pervertido" e estabelece conexões entre ele e o movimento
modernista do Surrealismo.
40
41      Assim como foi com a maioria dos artistas maneiristas, após a morte de
Arcimboldo o interesse por sua obra diminuiu, chegando quase ao
esquecimento, talvez pela estranheza que podem causar suas imagens. Foi
apenas no século XX que este e outros maneiristas foram resgatados,
recebendo a atenção e o valor que merecem.
ALGUMAS OBRAS DE ARCHIMBOLDO
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58   “ BIBLIOTECÁRIO “             “ O ADVOGADO “

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Trabalho pintores internacionais

  • 1. ALGUNS FENÓMENOS DA PINTURA INTERNACIONAL PIEF OEIRAS – T1 2010 -2011
  • 2. Pintor holandês pós-impressionista, nasceu a 30 de Março de 1853. Como Gauguin, é um apóstolo retardatário da pintura. Abandonou a sua profissão em 1876 para se dedicar como pregador laico aos mineiros de Borinage, no sul da Bélgica. No Verão de 1880, decidiu consagrar-se à pintura com a mesma paixão incontrolada e a mesma sede de absoluto com que quisera servir as classes desfavorecidas. A Arte, a Literatura e a Religião, concebia-as como várias facetas de um mesmo mistério. Deixou a descrição das suas buscas, métodos e intenções em inúmeras cartas escritas sobretudo ao irmão, Theo. A sua carreira não iria durar mais do que uma década. Dois anos em Paris, de Fevereiro de 1886 a Fevereiro de 1888, transformaram por completo as suas concepções e a sua pintura. Nada o teria preparado para a visão dos quadros impressionistas, as novas técnicas libertadoras, a explosão das cores. A paixão pela cor, assim como um temperamento marginal, levou-o até Arles, na Provença. Os Girassóis, A Ponte Levadiça (1888), o pomar de Pessegueiros em Flor (1889) são os temas deste período. Os Ciprestes e Corvos sobre a Seara pertencem à última fase, em que o equilíbrio emocional do pintor era precário. No dia 29 de Julho de 1890, Van Gogh suicidou-se com um tiro. Van Gogh desenvolveu uma pintura caracterizada por uma intensidade emocional extrema. Mais do que pintar o que via, quis expressar o que sentia. E se o mundo do Impressionismo se pode revelar em pequenos pontos de luz, em Van Gogh esses pontos de luz tornam-se energia pura. Os objectos são distorcidos, as proporções falseadas, e a própria textura torna-se um elemento da expressão emocional do quadro. As cores são utilizadas no seu estado puro e aplicadas com a espátula ou o pincel, criando um relevo, um padrão, um ritmo insistente. A sua arte inicia o Expressionismo, valorizando o que é significativo em detrimento dos padrões de beleza clássicos, de maneira a que
  • 3. a pintura seja mais "verdadeira do que a própria verdade", nos dizeres do próprio artista. Quem nunca ouviu falar do pintor holandês que decepou a própria orelha e a enviou à uma prostituta? Van Gogh trabalhou como artista somente nos últimos dez anos de vida, isto é, dos 27 aos 37 anos, quando morreu. Durante os primeiros dois anos, ele somente desenhava, procurando aprender a arte. Em seu “Carpinteiro” (1880), Van Gogh ainda lutava com problemas de proporção e posicionamento de formas. Mas, dois anos depois, podemos constatar que ele já tinha superado suas dificuldades com o desenho e aperfeiçoado a qualidade expressiva do seu trabalho. Os trabalhos mais famosos de Van Gogh foram: - Os comedores de batatas (1885) - A italiana -A vinha encarnada
  • 4. O Edvard Munch nasceu em Löten, na Noruega, em 12 de Dezembro de 1863 e frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. No campo das ideias, o pensamento de Henrik Ibsen e bjornson marcou o seu percurso inicial. A arte era considerada como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em O Dia Seguinte e Puberdade de 1886. As Obras de Munch Com A Menina doente (Das Kränke Mädchen - 1885) inicia uma temática que surgiria como uma linha de força em todo o seu caminho artístico. Fez inúmeras variações sobre este último trabalho, assim como sobre outras obras, e os seus sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância (a mãe morreu quando ele tinha 5 anos, a irmã mais velha faleceu aos 15 anos, a irmã mais nova sofria de doença mental e uma outra irmã morreu meses depois de casar; o próprio Edvard estava constantemente doente), assumem um significado mais vasto, transformados em imagens que deixavam transparecer a fragilidade e a transitoriedade da vida.Edvard Munch Em Paris, descobre a obra de Van Gogh e Gauguin, e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças.
  • 5. Em 1892 o convite para expor em Berlim torna-se num momento crucial da sua carreira e da história da arte alemã. Inicia um projecto que intitula O Friso da Vida. Edvard Munch representou a dança em 1950. Aos trinta anos ele pinta O Grito, considerada a sua obra máxima, e uma das mais importantes da história do expressionismo. O quadro retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos. O Grito é uma das peças da série intitulada The Frieze off Life O Friso da Vida. Os temas da série recorrem durante toda a obra de Munch, em pinturas como A Menina Doente (1885), Amor e Dor (1893-94), Cinzas (1894) e A Ponte. Rostos sem feições e figuras distorcidas fazem parte de seus quadros. Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável. Em 1914 inicia a execução do projecto para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com motivos da tradição popular. Munch retratava as mulheres ora como sofredoras frágeis e inocentes (ver Puberdade e Amor e Dor), ora como causa de grande anseio, ciúme e desespero (ver Separação, Ciúmes e Cinzas). As últimas obras pretendem ser um resumo das preocupações da sua existência: Entre o Relógio e a Cama, Auto-Retrato de 1940. Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.
  • 6. As cinzas O amor e a dor O Grito
  • 7. Georges Seurat (1859 - 1891) Georges-Pierre Seurat nasceu numa abastada família burguesa em Paris, e estudou na Escola de Belas Artes, para onde entrou em 1878. O seu trabalho, influenciado pelos mestres da renascença, caracterizava-se por ser extremamente disciplinado e ordenado. Embora influenciado pelos impressionistas, apreciando os seus valores e alicerces científicos, Seurat rejeitou a espontaneidade e a ausência de forma destes, e reintroduziu a estrutura e a formalidade na pintura. A TÉCNICA DE SERAUT A década de 80 foi um período florescente para as artes. Os jovens pintores sentiam-se excitados com a perspectiva do próximo século e, adoptando novas e científicas teorias da cor, procuravam criar um estilo moderno que expressasse bem essa nova época. Seurat não foi excepção, dedicou-se à técnica do impressionismo, assim como ao estudo da teoria da cor e à óptica. Georges Seurat contribuiu para a pintura francesa ao introduzir uma técnica mais sistemática e científica, chamada divisionismo ou pontilhismo a que ele chamou Pintura Óptica. A técnica consiste em separar as cores nas suas componentes, de maneira que, em vez de serem misturadas como pigmentos e aplicadas à tela, são, desde que as vejamos à distância certa, misturadas pelo olhar. A técnica do divisionismo utilizada por Seurat deu origem ao neo- impressionismo e foi extensivamente utilizada na arte do século XX. Pode-se
  • 8. dizer que a teoria do divisionismo foi o precursor da televisão e da imagem digital. Tal como Mondrian e Leonardo da Vinci, Seurat também recorreu à técnica da simetria dinâmica usando rectângulos de ouro nas suas pinturas. ALGUMAS OBRAS DE SERAUT “Baignade” . “La parade”
  • 9. 0000000000 “A ponte e o Cais” “Um Domingo a tarde na ilha Grande Jatte” 00 “O Sena na Grande Jatte, Primavera”
  • 10. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Giuseppe Arcimboldo 1527 — 1593 foi um pintor italiano. 28 29 Iniciou os seus trabalhos em Milão, com o seu pai, mas atingiu a fama em Bilbau, sob a proteção do Imperador Rudolph I. 30 31 As suas obras principais incluem a série "As quatro estações", onde usou, pela primeira vez, imagens da natureza, tais como frutas, verduras e flores, para compor fisionomias humanas. A ideia de reproduzir as estações como pessoas já era usada desda a época dos romanos, no entanto Arcimboldo foi o pioneiro na utilização de vegetais de cada época, na composição de rostos humanos. 32 33 Arcimboldo trabalhou inicialmente com seu o pai, no vitral da catedral de Milão. A partir de 1562 morou em Praga, então capital do reino da Boémia e hoje da República Checa, onde consolidou sua carreira como artista. Serviu na corte de Fernando I e de seus sucessores, Maximiliano II e seu filho Rodolfo II, grandes mecenas. Arcimboldo foi admirado como artista pelos três monarcas, tornou-se pintor da corte e chegou a ser nomeado Conde Palatino. Praga
  • 11. transformou-se no século XVI, principalmente por causa de Rodolfo II, um dos maiores centros culturais da Europa, de intensa e diversa actividade cultural e científica. Os seus governantes eram vistos, além de seus domínios, como simpatizantes do exótico. Nesse contexto, as singularidades da arte de Arcimboldo encontraram solo fértil para florescer. 34 35 Um exemplo, que explicita o ambiente cultural singular de Arcimboldo, é a Câmara de Arte e Prodígios, um núcleo de museu de Praga. Durante os reinados de Maximiliano II e Rodolfo II, com a ajuda de Arcimboldo, este núcleo teve sua atenção focada em achados exóticos. A Câmara reunia os mais diversos objetos estranhos, registos de pessoas com anomalias físicas (desde anões até gigantes), animais, frutas, legumes de diversas espécies, provindos de todos os continentes. Ali Arcimboldo teve condições de fazer estudos para suas obras, observar o pormenor de cada elemento representado, representando-os em seus mais ricos e finos detalhes. 36 37 No contexto histórico de Arcimboldo - posteriormente denominado Maneirismo - a ênfase no aspecto espiritual da arte foi recorrente, como podemos ver nas obras de El Greco e Tintoretto. No entanto, estes dois artistas estiveram ligados à religiosidade católica e Arcimboldo não. Mesmo sendo Praga uma corte católica, ela tinha total independência em relação à Igreja Romana e seus monarcas eram de grande tolerância em relação a outras religiões e crenças. Ali conviviam juntos judeus, cristãos e ocultistas. 38 39 O ocultismo foi uma referência importante para Arcimboldo, como vemos em suas paisagens antropomorfas - nas quais corpos e faces humanas são sugeridos pela representação dos relevos, das árvores, das pedras, e de outras coisas de uma paisagem - e em suas séries ligadas à natureza, por exemplo, em uma das séries de estações do ano feitas para Maximiliano II: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Nestas, o artista fez referência ao gênero do retrato, preservando a opulência do retrato cortesão, mas construiu seus personagens a partir de imagens da fauna e da flora, elementos que, no século XVII, estariam presentes no novo gênero da natureza morta. A diversidade de possibilidades de interpretação a partir das composições "estranhas" de Arcimboldo é um dos motivos que levaram, durante muito tempo, ao seu esquecimento pelos historiadores. Existe em sua Obra uma identidade dual, tanto no jogo visual que proporciona - bastante explicito na obra O Cozinheiro -, como em um jogo de sentidos ocultos que ele sugere - ponto que relaciona o artista com seu antecessor, Bosch. Hauser fala de Arcimboldo como um "maneirista pervertido" e estabelece conexões entre ele e o movimento modernista do Surrealismo. 40 41 Assim como foi com a maioria dos artistas maneiristas, após a morte de Arcimboldo o interesse por sua obra diminuiu, chegando quase ao esquecimento, talvez pela estranheza que podem causar suas imagens. Foi apenas no século XX que este e outros maneiristas foram resgatados, recebendo a atenção e o valor que merecem.
  • 12. ALGUMAS OBRAS DE ARCHIMBOLDO 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 “ BIBLIOTECÁRIO “ “ O ADVOGADO “ 59