DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Sensação de suicídio
1. Sensação de suicídio
Vulto que no vago sobrevivera
Legado da dor, violência do mar
Poeta de coração ao peito, de alma vazia,
Sensação de suicídio que o obscuro lhe decidiu mostrar.
Amante do vento, de sonhos ostracizados
Amante da briza melancólica do mar,
Entre recônditos e paixões pesarosas
Sonhos de poeta que no mar se tornaram chorar.
Sinto-lhe na pele a mágoa angustiante,
Abandonou seu velho barco sem a razão compreender,
O mundo morreu-lhe, sentiu um naufragar desesperante
E a vida pelas ondas deixou morrer.
No fundo sombrio do oceano onde vivera
O macabro passou a venerar,
De coração partido morrera
Poeta genuíno, de mente invulgar.
Corpo frio que te escreve
Alma destroçada, sentimento incomum,
O vazio entrelaçou-se no ódio que o consome
E o poeta fugiu, para lado nenhum.
João Diogo Matias – 8º A – nº12
2. Pergunto-te porquê…
Negras, sombrias, barulhentas,
Revoltadas sacodem e levam tudo,
No teu corpo imenso deslizam descontentes,
Como grandes tormentas.
És enorme e obscuramente assustador
Quem em ti navega, de ti teme a dor
Que vem a sofrer se, por ti, for esmagado
Nos rochedos a redor.
Não tens desgosto das vidas que levaste,
Dos barcos que naufragaste,
Das belas donzelas que choraram,
E para ti, achas que não amarguraram?!
Tu que guiaste em tão famosa vitória lusitana,
Lusos de alma e mente sana,
Em tempos para terras orientais,
Que graças a ti, foram considerados imortais!
Deixai de ser malvado, assim tão desalmado,
E sê clemente para aquela simples gente
Que se atreve a aventurar nas ondas imponentes,
Oh! Que gente tão inocente!
A ti não querem mal algum,
Apenas marear, navegar…
Alexandra Martins – 9ºB –nº 21
3. O mar
O mar é poesia,
E cantigas de embalar,
Sons de encantar,
Cores de espantar.
Animais sem parar,
Marinheiros a navegar,
Gaivotas a voar,
E barcos a varar.
Pescadores estão no mar,
Com barcos a pescar,
No mar estão peixes,
Que os vão sustentar.
O mar não se deixa enganar,
Os que lá estão temem, têm de se cuidar,
Pois à terra,
Muitos não irão regressar
Azul e amarelo,
Estas duas cores se encontram,
Num sítio muito especial, a praia.
Azul é o mar, amarelo é a areia.
O mar é vasto,
É grande, imenso,
É beleza e tristeza,
Como todos os outros lugares.
Ana Isabel Lopes – 9ºA –nº 3