O documento descreve o projeto "Comunidade Envolvida Escola Protegida" que tem como objetivo conscientizar sobre os perigos das drogas e promover um ambiente escolar saudável através do engajamento da comunidade. O projeto inclui atividades extracurriculares, debates sobre drogas, melhorias na escola, e tratamento delicado dos casos de uso de drogas entre os alunos. A interação com a comunidade é apontada como fator chave para reduzir a violência e o uso de drogas.
2. ELABORADA PELOS PROFESSORES
ANTONIO CARLOS BARROSO
BARBARA VILLENE
ITANA DAMASCENO
LUCILENE LOPES
LUCIVALDA AQUINO
MARA NÚBIA
“ O JOVEM NÃO É PROBLEMA , O
JOVEM É SOLUÇÃO”
3. Introdução
O Projeto COMUNIDADE ENVOLVIDA ESCOLA PROTEGIDA partiu da
elaboração de uma proposta metodológica para inserir na rotina escolar um
ambiente que possa propiciar um combate ao uso de droga não superficial e
sim com uma abordagem sobre os aspectos positivos de ter vida saudável.
Para ampliar sua área de abrangência, bem como os seus objetivos de divulgar
e difundir o Não uso das drogas deve-se promover a interatividade, divulgando
materiais didáticos como textos, artigos, link levando, assim, conteúdos
significativos para a comunidade do bairro de Valéria em Salvador.
Iniciou-se uma discussão sobre o tema drogas onde os educando
pesquisaram números alarmantes onde de cada dez escolas públicas de
Salvador oito enfrentam problemas de violência. Os casos mais comuns são os
de depredações, invasões e pichações. Em menor grau, registram-se também
episódios mais graves, envolvendo ameaças de morte a funcionários, assaltos
e tráfico de drogas. Os dados fazem parte da pesquisa “Violência nas Escolas
— Um Caso Sério realizado pela primeira vez em outubro de 1995 pelo
Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de
Salvador. Um ano depois, em resposta a uma nova bateria de questionários,
55% dessas mesmas escolas relataram uma piora no quadro. A quarta edição
da pesquisa, realizada em 2006, ainda não foi concluída, mas já há uma boa
notícia a ser devidamente comemorada: algumas escolas aprenderam a reduzir
os índices de violência graças a uma receita simples e, se executada com
paciência e determinação, quase infalível.
Elas abriram as portas para a comunidade, e: tornar a escola um espaço
onde as pessoas respeitam e são respeitadas." Entre as atividades
extracurriculares criadas tanto para os alunos quanto para suas família
assumiriam o respeito de todos os moradores e, com base nesse envolvimento,
promoveram um elevado grau de conscientização a respeito de sua
importância na vida local. De ânimo novo, alunos, pais e professores acabaram
engajados em projetos bem-sucedidos de melhoria na qualidade do ensino. A
interação social com a comunidade é apontada também como o principal fator
para o combate à violência escolar ao uso de drogas e tráfico. O estudo
mostra que, se não houver a participação da comunidade na discussão do
problema do uso das drogas a violência irá aumentar e, de pouco adiantam
ações como o patrulhamento ostensivo da polícia. Mais de 70% das escolas
vítimas de vandalismo mantêm os portões constantemente trancados,
funcionário na portaria e vigia noturno.
Essa violência é decorrência do uso de drogas e discussões familiares,
falta de limites, falta de amor, perdemos os limites o amor aos próximos a o
respeito. É imprescindível tomar atitudes que possam melhorar a estima
desses jovens, mostrar outras possibilidades de recuperação para os que já
estão envolvidos. O projeto dando resultados positivos, ganha a comunidade,
os pais, os professores e muito
mais aos alunos.
4. OBJETIVOS
1 Conscientizar a comunidade escolar sobre o perigo do uso de drogas.
2. Promover o debate entre escolas para a veiculação de iniciativas comuns e
troca de informações sobre o assunto.
3 Reduzir o uso de drogas entre os alunos
4 Diminuir a violência escolar
5 Criar um ambiente educacional próprio a debates e discussões
6 Interagir com os pais , alunos, ex-alunos e comunidade criando uma
atmosfera educacional
7 Elevar a auto –estima de todos , pais, alunos, funcionários, ex-alunos e
professores
5. DESENVOLVIMENTO
COMUNIDADE ENVOLVIDA ESCOLA PROTEGIDA
1.1Projetos de Aula Vaga
Escola promove reuniões periódicas com pais para iniciar processo de
revitalização "Projeto de Aula Vaga", que consiste em oferecer sempre
alguma atividade ao aluno, nos três períodos, sobretudo quando o professor se
ausenta. Temas como drogas e sexualidade são debatidos periodicamente; os
estudantes têm acesso a jornais, revistas, TV e vídeo, e contam com um
serviço de som ambiente. As salas serão pintadas e ganharam cortinas.
Grupos de pais desenvolvem atividades artísticas, como artesanato. Em
setembro deste ano, os alunos expuseram pinturas a óleo em um shopping da
cidade. E a escola passou a abrir suas portas também aos sábados e aos
domingos, para aulas de Educação Física e encontros promovidos pela
comunidade. As merendas dos alunos são hoje servidas em pratos, copos e
talheres de vidro, inox e louça, em substituição ao antigo material, feito de
plástico. O êxito do projeto de revitalização da escola pode ser medido pelo
fato de que a procura por vagas tornou-se maior do que a oferta.
. A associação de moradores do bairro ira usar as instalações da escola para
promover seus eventos, inclusive encontros de natureza religiosa palestras
1.2 Delicadeza no combate ao uso de drogas
Ao valorizar apenas as atitudes consideradas positiva fazer com que os alunos
perceberem que ações destrutivas caem no vazio
De centro de violência marcado por casos de depredação, tumulto e tráfico de
drogas
Desenvolver um trabalho intensivo de orientação tanto de alunos quanto de
pais. Os casos mais sérios ganharam acompanhamento psicológico.
Uma das estratégias que devem ser adotadas pela escola foi o "reforço
positivo": todo comportamento negativo era absolutamente ignorado, ao passo
que as atitudes consideradas positivas eram valorizadas Dávamos cartolina e
tinta para quem desistisse de pichar e resol-vesse pintar", Em comum acordo
com os próprios alunos, para a aquisição de material de pintura. A partir das
sugestões feita pelo s estudante, alunos e professores resolveram criar um
"painel de pichação", espaço de dois metros de largura por um metro e
quarenta de altura, onde não há censura de nenhuma espécie. Ali, cada um
pinta, desenha ou escreve o que bem entender.
O problema do consumo de drogas entre os jovens é tratado com muita
delicadeza. Considera fundamental oferecer uma "saída honrosa", tanto para o
6. aluno quanto para os pais, e tratar o assunto, caso a caso, com muita
naturalidade alunos envolvidos com drogas são também encaminhados ao
Grupo Cradis organização dedicada à recuperação de jovens que se reúne na
igreja do bairro e, à maneira dos AAA (Associação dos Alcoólatras Anônimos) e
dos NA (Narcóticos Anônimos), é conduzido por um ex-dependente. Debaixo
do manto protetor da própria comunidade, os estudantes abandonam a idéia de
que o processo de recuperação seja policialesco e assustador, jamais em tom
acusatório, evitando a todo custo a humilhação ou discriminação do
adolescente
1.3 Escolas amada, escola cuidada “
Novo visual da escola também motivara ex-alunos pichadores a se
rematricularem, retomando os estudos
É necessário recuperar ou mesmo fazer nascer a auto Um grande passo para
restituir a confiabilidade e o respeito será a criação do "Projeto Grafite: Escola
Amada, Escola Cuidada", -estima dos alunos. Eles vêm de lares muito carentes
e, como não estão acostumados a que se confie neles, também desconfiam de
tudo e de todos.
Os pichadores e todo o corpo de alunos foram convidados a desenhar e colorir
as paredes da escola, cobrindo as antigas garatujas. Tornaram-se, assim,
grafiteiros, e perceberam a diferença entre arte e vandalismo. Ex-alunos
pichadores ficaram fascinados com o novo visual da escola e incorporaram-se
ao projeto. Entre eles, houve casos de estudantes problemáticos que se
rematricularam e retomaram os estudos. A comunidade aprovou o processo e
deu seu apoio através de doações de tintas e de outros materiais.
O interesse despertado nos alunos foi canalizado também para oficinas de
pintura de panos de prato, embalagens para presentes e culinária.
1.4 Diálogos aberto
Conversa franca e direta. Essa receita vale também para combater o uso de
drogas
programa de prevenção às drogas começa na Educação Infantil, com uma
abordagem sobre os aspectos positivos de ter vida e alimentação saudáveis.
Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o estudo do aparelho digestivo
vira pano de fundo para expor os malefícios do cigarro. Nas aulas de circulação
sangüínea abre-se a discussão sobre Aids. "Não basta ensinar o aluno a dizer
não às drogas", . "Ao promover a qualidade de vida, é possível envolver todas
as disciplinas."
Para as turmas de 5ª a 8ª série, a orientação é feita por estudantes do Ensino
Médio. Os maiores criam jogos com dados, tabuleiros e dominós, que são
usados nas conversas sobre drogas com os colegas menores. "O trabalho fica
mais eficiente quando todos assumem a responsabilidade pela prevenção",
“Se o aluno gosta do professor, se sente seguro ao conversar com ele, tem
mais chances de largar a droga”
1.5Parceiros na batalha
7. OS educadores propuseram incluir o tema no dia-a-dia da sala de aula, com
palestras e dinâmicas de grupo,visitações a centro de recuperação , feiras ,
passeata pela paz
As discussões sobre sexo e drogas viraram rotina em várias disciplinas.
1.6 Identifiquem a cultura da escola e estabeleça um código de
comportamento
• Não exponha nem inferiorize o aluno por ter agido de maneira inesperada
pelo grupo
• Imponha limites sem traumatizar
• No caso de gravidez, mostre à aluna os recursos que ela tem à disposição e
oriente-a a buscar a ajuda de um adulto que assuma com ela a gravidez
perante a família. Ofereça condições para ela continuar os estudos
• Use sempre termos científicos
• Procure ajuda se não se sentir seguro para falar do assunto
CONCLUSÃO
O projeto será desenvolvido de maneia processual e contínua, a
todo instante estaremos envolvendo os alunos, pais, família e
comunidade para debater o tema e executar as tarefas propostas.
Todos aqueles que apoiarem e participarem do projeto serão
homenageados com medalhas e camisas elaboradas pelos próprios
alunos.
No final do ano letivo será feita um culminância onde todos deverão
depor sobre o projeto filmar, editar e criar um Filme para ser passado por
toda a comunidade e nos anos seguintes.
Esperamos que o projeto tenha êxito e inspire outras escolas a
aderir a comunidade na escola.