Sumário executivo do Plano Estratégico do Porto de Aveiro, apresentado à Comunidade Portuária de Aveiro a 3 de Abril de 2006, no decorrer do colóquio "Porto de Aveiro - Estratégia e Futuro”, que marcou a institucionalização do do Dia do Porto de Aveiro, tendo passado, a partir de 2006, a celebrar-se a 3 de Abril de cada ano.
Auditório do Museu Marítimo de Ílhavo.
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Plano Estratégico do Porto de Aveiro – Sumário executivo
1. Sumário Executivo do
Plano Estratégico do Porto de Aveiro
APA - Administração do Porto de Aveiro, SA
3 de Abril de 2006
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2. Índice
1 Introdução ................................................................................................ 2
2 Caracterização e Enquadramento .............................................................. 3
2.1 Caracterização Estrutural do Porto de Aveiro.................................................................... 3
2.1.1 Terminais Portuários..................................................................................................... 3
2.1.2 Acessos Terrestres........................................................................................................ 4
2.1.3 Acesso Marítimo ........................................................................................................... 4
2.2 Evolução do Tráfego........................................................................................................ 5
2.3 Análise SWOT ................................................................................................................. 6
3 Visão e Objectivos Estratégicos .................................................................. 8
3.1 Visão .............................................................................................................................. 8
3.2 Objectivos Estratégicos.................................................................................................... 8
3.2.1 Alargar e Potenciar o Hinterland.................................................................................... 8
3.2.2 Realizar o Potencial de Capacidade em Reserva............................................................ 9
3.2.3 Melhorar a Oferta de Serviços Portuários ..................................................................... 10
4 Plano de Acção....................................................................................... 11
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3. 1 Introdução
No final de 2006, ficará concluído o Plano de Investimentos de expansão de infra-estruturas
portuárias lançado pela APA - Administração do Porto de Aveiro, S.A. (“APA”) em 2000 e que
dotará o porto de Aveiro de uma capacidade de oferta de serviços diversificada e adaptável às
necessidades dos clientes, o que permitirá continuar e incrementar o processo de crescimento do
volume de mercadorias movimentadas no porto de Aveiro e impulsionar a economia nacional.
Neste contexto, a APA promoveu, em conjunto com os consultores Banco BPI e BCEOM
(“Consultores”), a realização de um Plano Estratégico do Porto de Aveiro, destinado a balizar e
orientar a estratégia de crescimento a privilegiar num horizonte de 10 anos, tendo presente as
características actuais do porto de Aveiro no contexto ibérico, as perspectivas e tendências dos
mercados nacional, regional e internacional de transporte de mercadorias.
O Plano Estratégico do Porto de Aveiro foi desenvolvido em 3 fases distintas e sequenciais,
nomeadamente:
Fase 1: caracterização, enquadramento e diagnóstico do porto de Aveiro, de que resultou a
respectiva análise SWOT (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças);
Fase 2: definição da visão e dos objectivos estratégicos do porto; e
Fase 3: programação indicativa, em termos físicos, temporais e financeiros do plano de
implementação e identificação dos respectivos agentes de desenvolvimento.
A metodologia de desenvolvimento dos trabalhos baseou-se, primeiro, numa estreita colaboração
entre o Conselho de Administração da APA, os Consultores e os quadros da APA, por forma a captar
um espectro de opiniões e contributos tão alargado quanto possível e a envolver o conjunto de
intervenientes internos à APA no processo de definição da estratégia a implementar para o porto.
Posteriormente, procedeu-se à apresentação e discussão do trabalho desenvolvido a um vasto
conjunto de entidades externas à APA, nomeadamente, os operadores, concessionários, agentes de
navegação, investidores, importadores e exportadores, empresas de logística, associações
portuárias, associações empresariais, sindicatos, associações de turismo, autoridades locais e
institucionais e outras entidades relevantes que contribuíram decisivamente para o aprofundamento
das conclusões e das ideias desenvolvidas internamente.
Através deste contributo a APA espera ter iniciado um processo dinâmico de permanente
envolvimento destas entidades na execução do Plano Estratégico, no crescimento do porto de Aveiro
e consequentemente no desenvolvimento regional e nacional.
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4. 2 Caracterização e Enquadramento
2.1 Caracterização Estrutural do Porto de Aveiro
Os aspectos estruturais que definem o grau de atractividade e competitividade de um porto
prendem-se fundamentalmente com três factores: as infra-estruturas e super estruturas portuárias,
os acessos terrestres e o acesso marítimo.
2.1.1 Terminais Portuários
No final do programa de investimentos em curso, o porto de Aveiro possuirá um conjunto de 5
terminais de movimentação de mercadorias tecnicamente adequados para movimentar todo o tipo
de mercadorias e dotados de:
i. uma capacidade de acostagem muito significativa - uma das maiores para terminais
multiusos nos portos nacionais;
ii. uma grande capacidade de terraplenos de serviço aos cais de acostagem, situação que
contrasta com os problemas de espaço noutros portos nacionais, designadamente nos de
Leixões e de Lisboa; e
iii. uma significativa área de terrenos, que lhe permitirá acolher operações de armazenamento
de longa duração e outras actividades logísticas, especializada na movimentação de
granéis líquidos e sólidos.
Terminal de Granéis Líquidos
Terminal de Granéis Sólidos
Terminal Norte - Multiusos
Terminal Ro-Ro / Contentores
Porto de Pesca de Largo inc.
Terminal Especializado de
Descarga de Pescado
Terminal Sul - Multiusos
Porto de Pesca Costeira
Adicionalmente, possui dois terminais especializados de pesca e uma reserva de terrenos de
extensão portuária, o que em conjunto com as infra-estruturadas dos terminais dotará o porto de
Aveiro com uma área de 190 ha, disponível para a implementação de actividades logísticas e
industriais.
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5. Caracterização e Enquadramento
2.1.2 Acessos Terrestres
O porto de Aveiro é servido por um conjunto de acessos rodoviários, com características de auto-
estrada, com grande fluidez e sem cruzamento de zonas densamente urbanizadas, o que contrasta
com o congestionamento dos acessos a outros portos da faixa atlântica central.
Além da ligação por auto-estrada desde o pórtico de entrada do porto até à A1 e à A29 (SCUT Costa
de Prata), servindo assim os clientes do eixo norte-sul da faixa atlântica, uma das regiões mais
dinâmicas e povoadas da Península Ibérica, a conclusão da abertura da auto-estrada IP5/A25
(Aveiro-Vilar Formoso) permitirá ao porto de Aveiro beneficiar de acessos rodoviários mais rápidos e
fluidos ao interior centro nacional e a Espanha, onde o porto de Aveiro possui vantagens
comparativas, em termos de proximidade geográfica, para a região a noroeste de Madrid
(Salamanca, Valhadolid,…).
Esta fluidez nos acessos é um critério particularmente importante para o desenvolvimento do
Transporte Marítimo de Curta Distância (TMDC) e das Auto-estradas do Mar.
Adicionalmente, encontra-se prevista a construção da ligação ferroviária do porto de Aveiro à Linha
do Norte, em Cacia, com uma extensão de 8,8 km, a qual será desenvolvida pela REFER e deverá
estar concluída em 2009, o que poderá ser fundamental para alargar a zona de influência do porto
a Espanha e para diversificar o tipo de cargas.
2.1.3 Acesso Marítimo
As características da barra de acesso ao porto de Aveiro, nomeadamente a cota de profundidade, a
largura e as condições de navegabilidade induzidas pelas marés, limitam o gabarito máximo dos
navios a cerca de 8 metros de calado e 140 metros de comprimento.
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6. Caracterização e Enquadramento
Estas limitações reduzem consideravelmente o potencial de mercado para linhas regulares de
tráfego contentorizado ou Ro-Ro, pelo que a APA já desenvolveu estudos para a estabilização da
barra à cota de – 12,5 metros Z. H..
2.2 Evolução do Tráfego
Nos últimos 20 anos, o porto de Aveiro tem evidenciado um significativo dinamismo, reflectido num
crescimento de tráfego apreciável e num aumento progressivo do grau de diversificação dos
produtos movimentados.
3.500
Terminal Sul
3.000 Terminal Norte
Terminal de Granéis Líquidos
2.500 Total
Milhares de Toneladas
2.000
1.500
1.000
500
0
1982
1983
1984
1988
1989
1990
1994
1995
1996
2000
2001
2002
1980
1981
1985
1986
1987
1991
1992
1993
1997
1998
1999
2003
2004
2005
Em 2005, o tráfego no porto de Aveiro atingiu 3,3 milhões de toneladas, o que se traduziu num novo
máximo histórico de movimentação portuária em Aveiro.
Na última década, o tráfego do porto de Aveiro apresentou um crescimento médio anual de 4,1%,
cinco vezes superior ao crescimento do conjunto dos portos portugueses passando a ser o principal
porto português na movimentação de produtos metalúrgicos e um importante porto, no contexto
nacional, na movimentação de carga fraccionada.
Este crescimento contínuo foi possível devido à abertura, em 1988, da operação do Terminal Norte,
o qual esgotou a sua capacidade de tráfego ao fim de 10 anos, esperando-se que a conclusão dos
investimentos em curso imprima um novo impulso ao crescimento do porto de Aveiro.
Em termos de tipos de tráfego, o porto de Aveiro movimenta essencialmente cargas fraccionadas,
(designadamente produtos metalúrgicos e produtos florestais), granéis sólidos (designadamente
produtos agro-alimentares e cimento) e granéis líquidos (constituídos principalmente por produtos
químicos), perspectivando-se que estes últimos venham a registar um incremento assinalável nos
próximos anos, devido à projectada instalação de tanques de armazenagem de produtos petrolíferos
da BP e da AVIA, em 2007, e aos planos de produção de biodiesel.
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7. Caracterização e Enquadramento
2.3 Análise SWOT
Paralelamente à análise das características estruturais e da evolução do tráfego, foi efectuado o
diagnóstico dos aspectos funcionais e organizacionais do porto de Aveiro e foram identificadas as
perspectivas e tendências de evolução do mercado portuário nacional e internacional.
Com base nesse diagnóstico, elaborou-se a seguinte matriz de pontos fortes, pontos fracos,
oportunidades e ameaças (matriz SWOT), que sintetiza as conclusões da caracterização e
enquadramento do porto de Aveiro.
Pontos Fortes Pontos Fracos
1. Situação Geográfica – Aveiro encontra-se no centro 1. Acesso marítimo deficiente – as características do
de um importante eixo de comunicações, sendo a canal de acesso ao porto limitam o gabarito
sua zona de influência bastante industrializada e máximo dos navios a cerca de 8 m de calado e
dinâmica; 140 m de comprimento e, em caso de más
2. Grande capacidade de acostagem, que deverá condições marítimas e meteorológicas, restringem
suprir, a longo prazo, todas as esperas dos navios e o acesso ao porto;
será uma das maiores dos portos portugueses nos 2. Inexistência de acesso ferroviário, o qual poderá
terminais multiusos; ser importante para alargar a zona de influência
3. Grande superfície de terraplenos, devidamente económica do porto;
infra-estruturados; 3. Equipamento insuficiente e desadequado,
4. Possibilidade de extensão dos terminais portuários sobretudo no Terminal Norte;
e grande reserva de terraplenos (190 ha), 4. Insuficiência de armazéns cobertos;
disponível para a implementação de actividades 5. Proveitos da prestação de serviços insuficientes
logísticas e industriais; para cobrir os respectivos custos operacionais;
5. Boas acessibilidades rodoviárias – os acessos 6. Escasso dinamismo comercial e de marketing, com
rodoviários têm características técnicas de auto- falta de orientação para o cliente;
estradas e não se encontram congestionados, o 7. Dispersão das competências relacionadas com a
que é particularmente importante no que respeita movimentação portuária, exercidas por três
ao TMCD; unidades organizacionais distintas;
6. Ausência de pressão urbanística junto das 8. Inexistência de plano de qualidade e de um
instalações portuárias; regulamento de exploração integrado;
7. Bons sistemas de segurança; 9. Complexidade dos procedimentos administrativos e
8. Boas práticas ambientais – o sistema de gestão aduaneiros, embora esteja em curso vários
ambiental (SGA), criado em 2001, está em programas de desburocratização;
processo final de certificação; 10. Rigidez do quadro legal relativo à utilização de
9. Imagem de eficácia na prestação de serviços e de mão-de-obra portuária.
tarifas competitivas junto dos clientes.
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8. Caracterização e Enquadramento
Oportunidades Ameaças
1. Projectos de instalação de empresas petrolíferas 1. Vulnerabilidade da actividade do porto a mudanças
(BP e AVIA) e de produção de biodiesel no porto de nos países de origem e de destino das mercadorias
Aveiro; e/ou na dimensão dos navios utilizados, dadas as
2. Aproveitamento das potencialidades conferidas limitações do seu acesso marítimo;
para a implementação de uma zona franca na zona 2. Aumento da concorrência de outros portos,
portuária; designadamente dos de Leixões e Vigo;
3. Possibilidades de alargamento do hinterland e da 3. Concentração oligopolística dos operadores que
capacidade de atrair outros clientes decorrentes: pode prejudicar o porto de Aveiro através da
- da concretização da ligação ferroviária do porto de concentração de tráfego noutros portos onde já
Aveiro à Linha do Norte; possuam concessões;
- da conclusão da totalidade da rede de auto- 4. Dificuldades de concretização de projectos de
estradas nacionais A25/IP5 e A 29; e desenvolvimento do porto devido a
- da criação de plataformas intermodais – “porto condicionalismos ambientais;
seco” de Salamanca e da Guarda; 5. Enfraquecimento da situação financeira da APA
4. Política europeia e nacional de promoção dos por diminuição dos proveitos relacionados com a
projectos de TMCD e das Auto-Estradas do Mar, redução do valor de venda de inertes.
para os quais o porto de Aveiro tem boas vantagens
comparativas: posição geográfica central a nível
nacional, acessos rodoviários muito fluidos e
grande capacidade de acostagem;
5. Problemas em Leixões e Lisboa devido ao défice de
espaço, dificuldades de expansão e
congestionamento dos acessos rodoviários; e
6. Potencial de desenvolvimento da náutica de recreio
e movimentação de navios de cruzeiro.
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9. 3 Visão e Objectivos Estratégicos
3.1 Visão
Tendo em conta a fase de transição que caracteriza actualmente o porto de Aveiro e o imperativo
primário de aproveitamento e potenciação das suas novas valências infra-estruturais no contexto do
mercado nacional, ibérico e internacional, a Visão do porto no horizonte de 2015 foi definida
fundamentalmente com base nas características endógenas do porto de Aveiro, por forma a
valorizar e explorar os seus pontos fortes e a eliminar, ou minimizar, os seus pontos fracos.
Assim, a Visão perspectivada para 2015 é a seguinte: “O porto de Aveiro será um dos mais
dinâmicos e competitivos portos da Faixa Atlântica da Península Ibérica no transporte de curta e
média distância, e possuirá um amplo pólo de desenvolvimento logístico e industrial”.
3.2 Objectivos Estratégicos
Para a prossecução desta Visão foram definidos três objectivos estratégicos:
1º - alargar e potenciar o hinterland;
2º - realizar o potencial de capacidade em reserva;
3º - melhorar a oferta de serviços portuários.
Com os dois primeiros objectivos, pretende-se, fundamentalmente, potenciar os factores de
competitividade endógena do porto, aproveitando:
− a boa inserção territorial do porto, decorrente do dinamismo económico do hinterland, da
posição geográfica central do porto nesse mesmo hinterland, dos bons acessos terrestres e da
ausência de pressão urbanística; e
− a grande capacidade em reserva ao nível da acostagem de navios, da utilização de terraplenos
e da valorização dos terrenos em reserva para a instalação de actividades logístico-industriais.
Com o terceiro objectivo, pretende-se minimizar os obstáculos ao desenvolvimento do porto,
decorrentes das limitações do seu acesso marítimo, e superar os constrangimentos detectados ao
nível dos processos de gestão e operação portuária.
3.2.1 Alargar e Potenciar o Hinterland
O primeiro objectivo encerra duas perspectivas: uma geográfica e outra económica.
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10. Visão e Objectivos Estratégicos
Na perspectiva geográfica, pretende-se alargar o
actual hinterland do porto de Aveiro ao interior do
País e à região a noroeste de Madrid, em função
da melhoria dos acessos rodoviários (IP5/A25) e
da integração na rede ferroviária.
Na perspectiva económica, pretende-se potenciar
o dinamismo económico do hinterland, através do
aumento e diversificação das mercadorias
movimentadas, abrangendo novos mercados,
incluindo a introdução de nichos de mercado de
contentores e TMCD, e aumentando o número de
clientes, com especial enfoque para os clientes
instalados no porto, designadamente nos espaços
em reserva.
3.2.2 Realizar o Potencial de Capacidade em Reserva
A realização do potencial de capacidade em reserva contempla igualmente duas ópticas de
abordagem.
Por um lado, pretende-se transformar a capacidade disponível de acostagem e de terraplenos num
factor de melhoria da operação portuária, através, nomeadamente, da minimização do tempo de
espera dos navios e da maximização do aproveitamento da capacidade de armazenagem.
Por outro lado, dever-se-á potenciar as vantagens estratégicas da grande reserva de terrenos
disponíveis, cerca de 190 ha, decorrentes da sua boa inserção geográfica e do acesso a cais de
acostagem (possibilidade de cais de uso privativo), para a instalação de actividades logísticas e
industriais utilizadoras do porto, transformando o espaço num pólo de desenvolvimento económico
da região.
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11. Visão e Objectivos Estratégicos
3.2.3 Melhorar a Oferta de Serviços Portuários
A melhoria da oferta de serviços portuários deverá ser suportada na resolução de um conjunto de
constrangimentos, de forma a aumentar a competitividade do porto e a sua capacidade de resposta
às necessidades dos clientes. Desses constrangimentos, destaca-se:
− a melhoria do acesso marítimo ao porto;
− a concretização da ligação à rede ferroviária;
− a adequação da oferta de super-estruturas e equipamentos às solicitações do mercado;
− a flexibilização e aumento da produtividade das operações de estiva;
− a modernização (informatização e simplificação) dos procedimentos administrativos e
aduaneiros; e
− a optimização da organização funcional das operações portuárias e a coordenação entre os
diferentes agentes e actores portuários.
Alguns destes constrangimentos não são específicos do porto de Aveiro mas sim de âmbito
nacional, tendo, contudo, reflexos negativos na competitividade dos portos nacionais face aos portos
espanhóis.
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12. 4 Plano de Acção
Para atingir os Objectivos acima descritos, foram identificadas seis Linhas Estratégicas de
Desenvolvimento, desdobradas num conjunto de 34 acções/projectos que foram explicitadas em
termos descritivos, temporais, financeiros e organizacionais (agentes responsáveis e executores)
através da elaboração de fichas de acção individuais.
As linhas estratégicas de desenvolvimento e as acções/projectos correspondentes são
resumidamente as seguintes:
Linhas Estratégicas de
Acções/Projectos
Desenvolvimento
Estudo de navegabilidade do acesso ao porto
Dragagens de estabilização do acesso ao porto
Melhoria dos Acessos Estudo de reconfiguração do acesso/barra do porto
Reconfiguração do acesso /barra do porto
Construção do acesso ferroviário
Conclusão da 3ª fase da via de cintura portuária
Criação da Zona de Actividades Logísticas e Industriais
(ZALI)
Elaboração do plano da zona transição entre a ZALI e a
Ordenamento Territorial
zona urbana envolvente
Implementação de um sistema de informação geográfica
Concretização do projecto da marina da Barra
Preparação do concurso público internacional para a
concessão dos terminais de carga seca da zona norte
Lançamento do concurso público internacional para a
Passagem para o Modelo de concessão dos terminais de carga seca da zona norte
Landlord port Adjudicação da concessão dos terminais de carga seca
da zona norte
Reorganização dos serviços de exploração portuária,
decorrente da concessão
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13. Plano de Acção
Linhas Estratégicas de
Acções/Projectos
Desenvolvimento
Elaboração do Regulamento de Exploração
Conclusão da actualização do sistema Gespor
Conclusão da implementação do sistema de informação
de gestão da APA (GIAF)
Melhoria do enquadramento Implementação do sistema VTS
organizacional e regulamentar Reorganização dos serviços de coordenação e controlo
do movimento portuário dos navios
Conclusão do processo de certificação ambiental
Implementação do sistema de qualidade interno da APA
Clarificação do quadro de intervenção da mão-de-obra
portuária
Elaboração de um estudo de mercado
Elaboração de um plano de actuação comercial
Elaboração de um plano de promoção e relações
Promoção da actuação comercial externas
Criação na APA de um observatório de mercado
Elaboração de um dossier do investidor da ZALI
Criação na APA de um gabinete de apoio ao cliente
Institucionalização de um órgão com funções
consultivas envolvendo toda a comunidade portuária
Parcerias com a comunidade intraportuária
Envolvimento da comunidade Parcerias com a comunidade extraportuária
portuária Simplificação e informatização dos procedimentos
administrativos e aduaneiros
Elaboração da carta de qualidade do porto de Aveiro
Promoção conjunta do porto de Aveiro
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