As Conferências das Partes sobre Clima (COPs) existem desde 1995 e reúnem representantes de países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas para discutir ações de combate às mudanças climáticas. A COP15 em Copenhague não atingiu os objetivos esperados de um acordo pós-2012, mas documentos paralelos importantes foram assinados. Governos locais brasileiros participaram da conferência para pressionar pela inclusão de suas demandas.
2. As Conferências das Partes sobre Clima (COPs)
existem desde 1995, quando os representantes
dos países signatários da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
iniciaram as suas reuniões anuais.
3. COP 1: Berlim, em 1995;
COP 2: Genebra, em 1996;
COP 3: Kyoto, em 1997;
COP 4: Buenos Aires, em 1998;
COP 5: Bonn, em 1999;
COP 6: Haia, em 2000 / COP (EXTRAORDINÁRIA) 6: Bonn, em 2001;
COP 7: Marrakesh, em 2001;
COP 8: Delhi, em 2002;
COP 9: Milão, em 2003;
COP 10: Buenos Aires, em 2004;
COP 11: Montreal, em 2005;
COP 12: Nairobi, em 2006;
COP 13: Bali, em 2007;
COP 14: Poznan, em 2008;
COP 15: Copenhagen, em 2009.
4. COP 15 – Copenhagen, Dinamarca
(Entre 7 e 18 de dezembro de 2009).
A reunião foi presidida por Connie Hedegaard
até ao dia 16 de Dezembro, quando resignou ao
cargo, sendo substituída pelo primeiro ministro
dinamarquês Lars Loekke Rasmussen.
5. A recente Conferência do Clima realizada em
Copenhague (COP15) não atingiu os objetivos
aguardados por toda a população mundial. O
mundo esperava que os governos nacionais
chegassem a um acordo formal que definiria
as políticas de combate às mudanças
climáticas após 2012.
6. Foi considerada pela imprensa mundial como
uma conferência um tanto polêmica e que não
atingiu os planos de discussão almejados.
O planeta continua esperando resultados e ações
práticas dos governos nacionais para mitigar os
danos causados pelo aquecimento global.
7. Por outro lado, a grande presença de
representantes de governos locais e nacionais,
de todas as partes do mundo no evento,
demonstra que é possível acreditar em medidas
eficazes de combate às mudanças climáticas.
8. Mesmo sem o ansiado acordo final com
chancela da ONU, documentos paralelos, como
o que levou a assinatura dos Estados Unidos,
Brasil, China, Índia e Rússia, foram essenciais.
Os países se comprometeram a realizar
investimentos e trabalharem juntos para limitar
o aumento da temperatura global em 2 graus
centígrados até o fim do século 21.
10. Belo Horizonte, Brasil
• Publicação do documento
“Diretrizes sobre Mudanças
Climáticas e Ecoeficiência em • Lei que institui a Política
Belo Horizonte” pelo Comitê Municipal de Incentivo ao
Municipal sobre Mudanças Uso de Formas
Climáticas e Ecoeficiência Alternativas de Energia,
tais como a energia solar
• Entre 2000 e 2007, segundo o e a energia a gás.
Inventário Municipal de GEE,
houve um aumento do • Alta incidência solar: é a
consumo de etanol hidratado cidade com maior
maior que o de gasolina concentração de
edificações com sistema
de aquecimento solar da
América do Sul
Photo by PMBH
11. Belo Horizonte, Brasil
• Publication of the document
“Guidelines about Climate Change • Between 2000 and 2007,
and Eco-efficiency in Belo according to the
Horizonte” by the Municipal Municipal Inventory of
Committee about Climate Change Emissions of GHG, there
and Eco-efficiency was an increase in
consumption of ethanol
• Law that established the Municipal hydrous higher than
Policy to Encourage the Use of gasoline.
Alternative Forms of Energy, such
as solar and gas energy. • High solar irradiation: is
the city with the highest
concentration of buildings
with solar heating system
in South America
Photo by PMBH
12. A delegação de governos locais brasileiros
levada pelo ICLEI à Copenhague foi
composta por municípios de diferentes
tamanhos e regiões do país. Grandes
capitais como São Paulo, Belo Horizonte e
Porto Alegre estavam representadas.
Cidades pequenas como Apuí e Cotriguaçu
também estiveram presentes.
13. Secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre
Professor Garcia, Vereadores de Porto Alegre Carlos
Todeschini e Fernanda Melchionna, Secretário do
Meio Ambiente de Belo Horizonte Ronaldo
Vasconcellos na Visita Técnica
15. Visita técnica a um projeto piloto de
bairro sustentável na cidade de Malmo
na Suécia.
Essa comunidade, construída na degradada
região portuária leva em conta a
sustentabilidade em todos os seus aspectos
com construções sustentáveis, telhados verdes,
geração de energia a partir dos resíduos
sólidos orgânicos e outras ações.
16. É de vital importância a continuidade da
pressão dos governos locais e nacionais
para que suas demandas sejam incluídas
nesse novo acordo, pois sem a
participação efetiva dos governos
nenhuma ação de combate às mudanças
climáticas será efetivamente
implementada.
18. Secretário do Meio Ambiente de Belo Horizonte Ronaldo
Vasconcellos, Prefeito de Apuí Antônio Marcos, Coordenador de
Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente de Mato
Grosso, Mauricio Philipp, Secretário de Meio Ambiente de
Cuiabá Archimedes Lima Neto.
19. Mesmo não tendo chegado a um acordo
formal Pós-2012 que demonstre a
importância dos governos locais na
implementação de políticas de combate
às mudanças climáticas, o ICLEI e os
governos locais do mundo seguirão
acompanhando o desenrolar das
negociações pós-Copenhague.
20. Daqui para frente, não faltarão recursos
financeiros e esforços para a defesa do
meio ambiente, controle das mudanças
climáticas e do aquecimento global.
“O desafio será transformar aquilo com que
concordamos politicamente em algo real”.
Yvo de Boer
Secretário Executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.