O documento fornece um resumo da história da Igreja desde seus primórdios até os dias atuais, dividindo-a em fases. Apresenta brevemente o contexto histórico, religioso, cultural e social do mundo do Novo Testamento, com foco no período persa, grego e macabeu. Explora também temas como o gnosticismo, o montanismo e o sincretismo religioso nos primeiros séculos.
1. História da Igreja IHistória da Igreja I
Pr. Moisés Sampaio de Paula
IBBC - Aula 1
2. IntroduçãoIntrodução
A história da igreja tem o seu valor
não apenas como mero
conhecimento do passado, mas para
que compreendamos seu atual
momento, evitar os erros de antes e
garantir um futiro promissor.
2Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
3. ImportânciaImportância
Observância dos erros doutrinários e
teologia distorcida
Combate a pensamentos, praticas e
tendências atuais.
O estudo das escolas filosóficas,
pensamento cristão e até seitas heréticas
que prejudicaram o cristianismo
3Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
5. Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 5
IGREJA - conceitoIGREJA - conceito
Ekklesia
É um termo no grego clássico composto de
dois vocábulos:
“ek” - de, para fora,
“kalew” - chamar, convocar.
6. Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 6
IGREJA - conceitoIGREJA - conceito
ek + kalew
chamarpara fora
Chamados para foraChamados para fora
7. Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 7
Chamados para foraChamados para fora
Grego
Sair de casa para ir à reunião
8. Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 8
Chamados para foraChamados para fora
Igreja
Chamados para fora do mundo
9. Chamados para fora do domínio de Satanás
Chamados para fora do domínio do pecado
Chamados para fora da influência negativa
do mundo Sistêmico.
Chamados para fora do judaísmo
(Representante das religiões!)
IgrejaIgreja
9Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
10. IgrejaIgreja
A Igreja, que no sentido espiritual, é o
corpo místico de Jesus Cristo na terra,
organismo vivo e poderoso,
o qual se exterioriza por meio da igreja
visível e física,
tem pouco mais de 2000 mil anos,
e tem sua história está divida em fases.
10Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
11. Fases que dividem os 2000 anos de cristianismo...
- Igreja Apostólica – 30 até 100 d.C
- Igreja Patrística – 101 até 450 d.C
- Igreja Medieval – 451 até 1300 d.C
- Igreja Pré-Reforma – 1300 até 1500 d.C
- Igreja Reformadores – 1500 até 1600 d.C
- Igreja Avivalistas – 1600 até 1900 d.C
- Igreja Pentecostal – 1906 até dias atuais
- Igreja Neopentecostal – 1970 até dias atuais
- Igreja Evangélica Ecumênica – 2000 até dias atuais
Fases da História da IgrejaFases da História da Igreja
11Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
12. A ORIGEM DA IGREJAA ORIGEM DA IGREJA
A igreja de Cristo sempre existiu na
mente e coração do Pai, desde antes da
fundação do universo.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 12
Efésios 1 : 4 Como também nos elegeu nele antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor;
I Pedro 1 : 20 O qual, na verdade, em outro tempo foi
conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas
manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;
13. A ORIGEM DA IGREJAA ORIGEM DA IGREJA
O plano de Salvação estava traçado por
Deus desde o eterno passado. O sacrifício
fora feito antes da fundação do universo,
isto é, antes mesmo de ser efetuado no
calvário, o cordeiro já era conhecido pelo
Pai.
Em uma ordem lógica, podemos admitir que:
1. Deus fundou a Igreja,
2. Jesus Cristo formou a Igreja e o
3. Espírito Santo confirmou a Igreja.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 13
14. 3. Os Arianos3. Os Arianos
(Ário, condenado em Nice, 325) negavam a
integridade da natureza divina em Cristo. Eles
consideravam o Logos que se uniu à humanidade em
Cristo, não como possuído de divindade absoluta,
mas como o primeiro e mais elevado dos seres
criados. Este ponto de vista originou-se numa falsa
interpretação dos relatos escriturísticos do estado
de humilhação de Cristo e no equívoco da
subordinação temporária com a desigualdade original
e permanente
Pr. Moisés Sampaio de Paula 14
15. MontanismoMontanismo
O movimento fundado por Montano por volta de 156-
157 (ou 172),
Organizou-se e difundiu-se em comunidades na Ásia
Menor, em Roma e no Norte de África.
Montano era ex-sacerdote de uma deusa pagã, Cibele,
que se tinha convertido ao Cristianismo. Ele afirmava
possuir o dom da profecia, e que havia sido enviado por
Jesus Cristo para inaugurar a era do Paráclito. Duas
mulheres que o acompanhavam, Priscila (ou Prisca) e
Maximila, afirmavam que o Espírito Santo falava através
delas.
Tertuliano tornou-se o mais importante convertido ao
Montanismo. Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 15
16. MontanismoMontanismo
Durante os seus êxtases anunciavam o fim iminente do
mundo,
Conclamava os cristãos a se reunirem na cidade de
Pepusa, na Frígia, onde surgiria a Jerusalém celeste, uma
vez que uma nova era cristã se iniciava com esta nova
revelação divina.
Muitos deixaram as suas casas, trabalhos e seguiram-no
para levar uma vida acética, a fim de se prepararem para
a segunda vinda de Jesus.
Montano incitava as pessoas a desejarem o martírio, a
suportarem jejuns prolongados e faziam que todos
vivessem o celibato.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 16
17. GnosticismoGnosticismo
A primeira heresia que a igreja primitiva enfrentou foi
o gnosticismo, a qual contava com numerosos
mestres e seitas, que sustentavam uma diversidade de
ensinos.
Ensinavam que os homens e o mundo não foram
criados pelo Pai de Jesus. Ao invés, foi o Demiurgo:
um anjo malvado ou uma deidade inferior, quem os
criou. E, devido às imperfeições do Demiurgo, todas
as coisas materiais (incluindo a carne do homem) são
inerentemente imperfeitas e incapazes de salvação.
Os Gnosticos ensinavam que o Deus do Antigo
Testamento era severo e cruel; e este era o
Demiurgo. Alguns deles o chamaram o “Deus justo,”
em contraste ao Pai de Jesus que era o “Deus bom.”
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 17
18. GnosticismoGnosticismo
Alguns grupos Gnosticos ensinaram a
existência de numerosas divindades
inferiores e a maioria deles acreditavam em
a existência de deidades de sexo masculino e
feminino.
Certas seitas gnósticas praticavam um
ascetismo estrito, como os encratitas; em
mudança, outras, eram evidentemente
libertinas, como os nicolaítas, os cainitas e
os seguidores de Marco. Outras regiam suas
vidas em conformidade à lei dos judeus,
como os ebionitas.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 18
19. NeoplatonismoNeoplatonismo
O neoplatonismo é direcionado para os
aspectos espirituais e cosmológicos do
pensamento platónico,
Sintetizando o platonismo com a teologia
egípcia e judaica
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 19
20. O que significaO que significa
SINCRESTISMOSINCRESTISMO
SIGNIFICADO
Sincretismo é uma fusão de
doutrinas de diversas
origens, seja na esfera das
crenças religiosas, seja nas
filosóficas.
20Pr. Moisés Sampaio de Paula
21. Sincretismo – Como aconteceSincretismo – Como acontece
Pr. Moisés Sampaio de Paula 21
22. A origem histórica do sincretismoA origem histórica do sincretismo
religiosoreligioso
Após a queda de cada império mundial, um
novo império se levantava. O centro de cada
novo império possuía sua própria cultura,
costumes e religiões. Com vistas a não
perder suas próprias características e
manter a coesão política e social, seus
líderes sempre apelaram para o
SINCRETISMO RELIGIOSO.
Assíria, Babilônia, Medo-Persa, Grego e
Romano. As mesmas divindades são
incoporadas pelos novos impérios
emergentes, só que, com outros nomes.
22Pr. Moisés Sampaio de Paula
23. SINCRETISMO RELIGIOSO:SINCRETISMO RELIGIOSO:
em meio aos impérios mundiaisem meio aos impérios mundiais
Babilônia Egito Grécia
Roma
Deus sol Osiris Zeus
Júpiter
Lua (Rainha do céu) Izis Afrodite
Vênus
Filho do Sol Horus Eros
Cupido
23Pr. Moisés Sampaio de Paula
24. O sincretismo pelos impériosO sincretismo pelos impérios
24Pr. Moisés Sampaio de Paula
25. ESBOÇO - O que vamos estudarESBOÇO - O que vamos estudar
1. O mundo do Novo Testamento
2. O Judaísmo
3. Jesus Cristo – vida e obra
4. Os apóstolos
5. A origem da Igreja em Jerusalém
6. Apósotolo Paulo – Vida e Obra
25Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
26. Período Interbíblico
É um perído de cerca de 400 anos,
entre o antigo e o novo
testamento. Abrangendo desde
Malaquias até o surgimento de
Cristo
Pr. Moisés Sampaio de Paula 26
Malaquias Jesus
400 anos
27. O mundo do Novo Testamento
1. Fundo Histórico
2. Fundo Religioso
3. Fundo Cultural
4. Fundo Social
27Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
28. Fundo Histórico
Como fundo histório destacam-se 4
períodos na história dos judeus.
1. Império Persa (536 a.C. - 333 a.C)
2. Império Grego (331 a.C. - 323a.C)
3. Período Macabeu (165 a.C. - 63
a.C)
4. Império Romano (De 63a.C. -
470 d.C)
28
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
30. PeríodoPeríodo PersaPersa (536 a.C. - 333 a.C.)(536 a.C. - 333 a.C.)
Ciro reuniu as nações da Pérsia, Média e Lídia e
impôs a derrota do império babilônico e, 538
a.C.
Permitiu o retorno dos judeus, se dando em
três etapas:
1. Zorobabel – em 536 a.C. – 50.000 judeus
retornam e começam a rescontruir o templo
2. Esdras – em 458 a.C.
3. Neemias – em 444 a.C. - Levantados os muros
de Jerusalém
Pr. Moisés Sampaio de Paula 30
33. PeríodoPeríodo PersaPersa (331 a.C. - 323a.C.)(331 a.C. - 323a.C.)
Ciro reuniu as nações da Pérsia, Média e Lídia e
impôs a derrota do império babilônico e, 538
a.C.
Permitiu o retorno dos judeus, se dando em
três etapas:
1. Zorobabel – em 536 a.C. – 50.000 judeus
retornam e começam a rescontruir o templo
2. Esdras – em 458 a.C.
3. Neemias – em 444 a.C. - Levantados os muros
de Jerusalém
Pr. Moisés Sampaio de Paula 33
35. PeríodoPeríodo GregoGrego (331 a.C. - 323a.C.)(331 a.C. - 323a.C.)
Alexandre derrota os persas em 331.
Impôs sobre seu vasto império a CULTURA
HELENICA.
O KOINÊ tornou-se a lingua do império.
O dominio grego se deu em três etapas:
1. Alexandre o Grande (335-323)
2. Ptolemaico (323-204)
3. Selêucida (204-165) – Antíoco Epifânio -
persegui os judeus visando o politeismo
grego.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 35
37. PeríodoPeríodo MacabeuMacabeu (165 a.C. - 63 a.C.)(165 a.C. - 63 a.C.)
Revolta dos Macabeus
A revolta começou com Matatias, sacerdote em Modim
( 165 ) . Período de Independência, também chamado
de Hasmoneano. Matatias, era sacerdote patriota e de
imensa coragem, furioso com a tentativa de Antioco
Epifânio de destruir os judeus e sua religião, reuniu um
bando de leais compatriotas e defraudou a bandeira da
revolta.
Tinha cinco filhos:Judas, Jônatas, Simão , João e Eleazar.
Essa familia era chamada de Hasmoneanos, por causa de
Hasmom , bisavô de Matatias, ou de Macabeus, devido
ao apelido Macabeu ( Martelo ) conferido a Judas, um
dos filhos de Matatias.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 37
38. PeríodoPeríodo MacabeuMacabeu (165 a.C. - 63(165 a.C. - 63
a.C.)a.C.)
Judas Macabeu encabeçou uma campanha de
guerrilhas de extraordinário sucesso,até que os
judeus se viram capazes de derrotar os sírios em
campo de batalha regular.
A revolta dos Macabeus, entretanto , foi também
uma guerra civil deflagrada entre os judeus pró-
helenistas e anti – helenistas .
Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo , os
judeus recuperaram a liberdade religiosa, foi esta a
origem da Festa da Dedicação ( João 10:22) entre
165 e 164 a. C.
Os macabeus continuaram no poder até o ano 63
a.C. quando foram dominados pelo romano Pompeu.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 38
39. Restaurou a nação da decadência política e
religiosa.
Criou um espiríto nacionalista, uniu a nação
e suscitou virilidade.
Deu um novo impulso ao judaismo, novo
zelo pela lei e esperança messiânica.
Intensificou o desenvolvimentos dos dois
movimentos que se tornaram os Fariseus e
os Saduceus.
a- Os Fariseus surgiram do grupo purista e nacionalista.
b- Os Saduceus surgiram do grupo que se aliou com os
helenistas.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 39
Significância da revolta dosSignificância da revolta dos
macabeus:macabeus:
41. PeríodoPeríodo RomanoRomano (De 63a.C. -(De 63a.C. -
470 d.C.)470 d.C.)
Em 64 a.C. Pompeu torna a Síria em província
romana e finda o império selêucida .
Os judeus foram tratados com generosidade
durante o tempo em que foram submissos.
A religião judaica foi reconhecida e aceita
comouma das religiões do império.
Os judeus tinha seu corpo judicial e legislativo –o
sinédrio tinha jurisdição nas causas civis e criminais.
Herodes,o grande, foi o governador da Judéia.
(37aC a 4 aC)
A paz cessou quando começou a guerra Judaica-
Romana (de 66 d.C. - 70 d.C.) e Jerusalém soi
destruida.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 41
44. a- Um povo divinamente preparado
b- Um povo escolhido para ser testemunha entre
as nações
c- Escrituras proféticas predizendo a vinda do
Messias
d- A dispersão dos judeus em todo o mundo
conhecido
e- Sinagoga onde se estudava as Escrituras que
forneceriam local para a pregação do evangelho
f- Proselitismo que trouxe muitos gentios para o
judaísmo
Pr. Moisés Sampaio de Paula 44
ContribuiçãoContribuição JudaicaJudaica
45. g- Era o povo do Livro, Interessado na prática da
religião e na busca da salvação
h- Uma esperança da vinda do Messias foi
oferecida pelos judeus a um mundo de religiões
pagãs. Também o judaísmo ofereceu , pela
parte moral da Lei Judaica, o sistema de ética
mais puro do mundo. Mas o mais importante é
que os judeus prepararam o caminho para vinda
de Cristo pelo fornecimento de um Livro
Sagrado, o Velho Testamento.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 45
ContribuiçãoContribuição JudaicaJudaica
46. ContribuiçãoContribuição HelenaHelena
a- A filosofia grega que se aproximava do
monoteísmo, tendência para a
imortalidade, ênfase sobre a consciência e
dignidade humana e liberalismo de
pensamento.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 46
47. ContribuiçãoContribuição HelenaHelena
b- A língua grega
No primeiro século os romanos cultos
conheciam grego e também latim.
O dialeto grego usado no quinto século
a. C. , na época da glória de Atenas,
tornou-se o dialeto “Koiné”
( comum ) do primeiro século . A
língua universal.
O NT. Foi escrito nesse dialeto vulgar
( comum ). Pr. Moisés Sampaio de Paula 47
48. ContribuiçãoContribuição HelenaHelena
c- A cultura helenística em geral com seu
espírito cosmopolita, transcendendo as
barreiras, o judeu helenizado que serviria
como ponte entre o judeu e gentio e a
busca da salvação do mundo romano.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 48
49. ContribuiçãoContribuição RomanaRomana
1º) A unificação de terras e a
expansão deste império sobre
províncias e povos independentes
Ajudou a propagação do evangelho nos
países ao redor do Mediterrâneo, bem
como na Ásia, África e Europa.
A segurança de translado agora se
estabelecia pela ruptura de fronteiras,
estabelecida pela ocupação romana,
dando fim a muitas guerras.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 49
50. ContribuiçãoContribuição RomanaRomana
2º) O exército romano
Foi de marcante presença no
desenvolvimento de uma organização
universal, bem como na propagação do
evangelho.
Em muitos casos, soldados se converteram,
e levaram o cristianismo para outras regiões.
É provável que o cristianismo tenha chegado
à Bretanha através de esforços de soldados
cristãos.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 50
51. Paulo não era um preso
qualquer; sua segurança estava
sob os cuidados da guarda
pretoriana (1.13).
Constituída de 10 mil
soldados, esta guarda
encarregava-se de proteger os
representantes do Império
Romano em qualquer lugar do
mundo. Sua principal tarefa era
a proteção do imperador. 51Pr. Moisés Sampaio de Paula
O EXÉRCITO ROMANO E SUAO EXÉRCITO ROMANO E SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA ACONTRIBUIÇÃO PARA A
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHOPROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
52. ContribuiçãoContribuição RomanaRomana
3º) A falta de fé em seus deuses
pagãos
As conquistas romanas levaram muitos
povos a falta de fé em seus deuses
pagãos, desta forma, portas foram abertas
para que o evangelho fosse pregado,
devido a carência destes povos.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 53
53. ContribuiçãoContribuição RomanaRomana
4º) Cristo veio ao mundo época do
Império Romano. Todo o mundo ficou
sob um governo único, uma lei universal,
era possível obter cidadania romana,
ainda que a pessoa não fosse romana. O
império Romano mostrou as tendência
de unificar os povos de raças diferentes
numa organização política.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 54
54. ContribuiçãoContribuição RomanaRomana
5º) Havia paz na terra quando Cristo
nasceu . Os soldados romanos
asseguravam a paz nas estradas da Ásia,
África e Europa.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 55
55. ContribuiçãoContribuição RomanaRomana
6º) Construíram excelentes
estradas ligando Roma a todas
as partes do Império. As
estradas principais foram
construídas de concreto. As
estradas romanas e as cidades
estratégicas localizadas nos
caminhos eram indispensáveis a
evangelização do mundo no
primeiro século.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 56
57. Fundo Religioso
58
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
1. Fariseus
2. Saduceus
3. Essênios
4. Zelotes
5. Herodianos
6. Escribas
7. Publicanos
58. 59
FARISEUSFARISEUS
Ensinavam que a alma era imortal, que haveria um
arrebatamento, uma ressurreição corporal e
julgamento futuro com galardão ou castigo.
Acreditavam na existência de seres celestiais e
aguardavam o Messias (At 23.8).
Tinham duas escolas doutrinárias: Hillel (liberal) e
Shamai (conservadora).
Seguiam rigorosamente a Lei de Moisés, as
tradições e costumes (Mt 23.25-28).
Foi o único partido que sobreviveu à destruição
do templo em 70 d.C., são os genitores espirituais
do judaísmo.
Jesus não criticou sua doutrina e sim a sua prática
hipócrita (Mt 23:1-7);
59. 60
SADUCEUSSADUCEUS
Eram a elite sacerdotal, política e social.
Negavam a ressurreição, o juízo final, a existência de
anjos e espíritos e a vinda do Messias.
Não se davam com os Fariseus (At 23.6-8).
Enfatizavam a liberdade da vontade humana, rejeitando
o determinismo e o azar.
Tinham a Torah como única fonte de fé e prática.
Diziam-se descendentes do Sumo-Sacerdote Zadoque
(1Rs 2:35, 2 Sm.15:24); o nome Saduceu vem do
hebraico tzadokim = “descendentes de Zadoque”.
Enquanto os fariseus eram nacionalistas os saduceus
iam na direção da filosofia e cultura gregas.
Com a destruição do Templo, em 70 d.C., o partido se
extinguiu.
Pr. Moisés Sampaio de Paula60
60. 61
Tinham rigorosa observância da lei, mas consideravam
o sacerdócio do templo corrupto, rejeitavam boa
parte do rito e do sistema sacrificial.
Acrescentaram ritos ( por ex, cabala, castas de
anjos,...).
O termo vem do aramaico essenoi e do latim esseni,
ambos com o significado de “médico”;
No período hasmoneu, foram perseguidos e passaram
a viver no deserto da Judéia;
Muitos aceitam que a comunidade de Qumran, onde
foram encontrados os rolos do mar Morto, era de
essênios.
Vestiam-se de branco, não se casavam e aboliram a
propriedade privada.
Pr. Moisés Sampaio de Paula61
ESSÊNIOS (PIEDOSO)ESSÊNIOS (PIEDOSO)
61. Os herodianos eram mais um partido político que uma
seita religiosa, e criam que os melhores interesses do
judaísmo estavam na cooperação com os romanos,
porém sem se submeterem diretamente a eles. Essa
cooperação “indireta” aconteceria através do reinado
títere da dinastia herodiana. Seu nome foi tirado de
Herodes I, o Grande.
A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e
as reações religiosas expressas nas reações sectárias
dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o
referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo.
Frustrações e conflitos prepararam Israel para o
advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do
tempo” (Gálatas 4.4)
Pr. Moisés Sampaio de Paula 62
HERODIANOSHERODIANOS
62. 63
O nome do hebraico qanna: “zeloso” ou “devoto”;
Finéias foi o modelo dos zelotes (Nm 25:10 a 13);
Partido extremista com origem no final do sec. I
a.C, eram conhecidos como “sicários”, pois usavam
uma adaga (sicca) contra os seus adversários;
Legalistas e intolerantes contra o jugo de Israel
pelos romanos, não aceitavam o pagamento de
impostos;
Um dos discípulos de Jesus, cognominado Simão, o
Zelote, pertencia a esse partido (Lc 6:15);
Lideraram a revolta contra Roma, em 66Lideraram a revolta contra Roma, em 66
d.C., que levou à destruição de Jerusalém ed.C., que levou à destruição de Jerusalém e
do Templo;do Templo;
Sua última fortaleza, Massada, caiu em 73 d.C. e o
partido se extinguiu.
Pr. Moisés Sampaio de Paula63
ZELOTESZELOTES
63. Os escribas não eram, estritamente falando,
uma seita, mas sim, membros de uma profissão.
Eram, em primeiro lugar, copistas da Lei.
Vieram a ser considerados autoridades quanto
às Escrituras, e por isso exerciam uma função
de ensino.
Sua linha de pensamento era semelhante à dos
fariseus, com os quais aparecem
frequentemente associados no N.T.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 64
ESCRIBASESCRIBAS
64. Pr. Moisés Sampaio de Paula 65
A palavra “publicano” foi aplicada não apenas aos membros da
“ordo publicanorum”, mas a todos os contratados por esta para
trabalharem na cobrança de impostos para o império.
O desprezo de que os publicanos eram alvo por parte dos judeus
vinha de duas razões principais, sempre aliadas à revolta pelos
abusos cometidos:
1. Eles eram considerados “imundos”, por causa do constante
contato com os romanos, gentios e pagãos. Os escritos dos
rabinos não apenas os declaravam impuros, mas até mesmo
transmissores de impureza pela simples presença.
2. Eles eram considerados traidores e agentes da dominação
estrangeira.
PUBLICANOSPUBLICANOS
65. Religião Romana do EstadoReligião Romana do Estado
Augusto também estabeleceu a religião do
Estado.
Conforme o seu desenvolvimento posterior, veio
ela a se constituir na veneração de imagens e
estátuas dos imperadores que então reinavam e
dos que os antecederam, como símbolos do
poder de Roma.
O Estado foi endeusado como nos modernos
regimes totalitários.
Tomaram vitalidade considerável certos cultos
primitivos e a adoração de divindades associadas
a certas localidades, ocupações ou profissões,
aspectos da vida, etc.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 66
66. Religiões OrientaisReligiões Orientais
Os antigos mistérios helênicos exerciam grande
atração sobre as massas.
Esses mistérios eram cerimônias secretas e
dramáticas que realçavam certas idéias
concernentes àperpetuação da vida.
O orfismo, antigo movimento grego da religião
mística que ensinava doutrinas de salvação e vida
depois da morte, era representado por muitas
irmandades.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 67
67. Religiões OrientaisReligiões Orientais
Mais poderosas e mais influentes, porém, eram as
religiões orientais que se espalharam pelas
margens do Mediterrâneo, tendo conseguido
muitos adeptos:
◦ Da Frígia, veio o culto da Mãe dos deuses e o culto
de Attis.
◦ Do Egito, veio o culto de Ísis com Serápis ou Osíris.
◦ A mais popular das religiões orientais, a da deusa
Mitras, veio do leste da Ásia Menor, e tomou-se a
deusa mascote do exército romano por onde ele ia.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 68
68. Religiões OrientaisReligiões Orientais
Essas religiões misteriosas tinham uma semelhança
superficial com o Cristianismo, por:
Se organizarem em sociedades, agrupando indivíduos
independentemente de raça ou posição social,
Faziam refeições em comum,
Praticavam certas purificações espirituais, e, em muitos
casos, pelo culto de divindades que supostamente
tinham sofrido morte e ressuscitado, comunicando,
assim, vida imortal aos seus seguidores.
Em aspectos mais profundos, essas religiões muito se
distanciavam do Cristianismo.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 69
69. Fundo Cultural
1. Helenismo
2. O idioma grego
3. A septuaginta
4. Os livros apocrifos
5. Livros Pseudepígrafos
70
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
70. Contexto Cultural - HelenismoContexto Cultural - Helenismo
O período conhecido como helenístico foi um marco
entre o domínio da cultura grega e o advento da
civilização romana.
Os sopros inspiradores da Grécia se disseminaram,
nesta época, por toda uma região exterior conquistada
por Alexandre Magno, rei da Macedônia.
Com suas investidas bélicas ele incorporou ao universo
grego o Egito, a Pérsia e parte do território oriental,
incluindo a Índia.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 71
71. Contexto Cultural - A lingua GregaContexto Cultural - A lingua Grega
O Veículo fundamental de difusão do modo de vida
grego no Oriente é a língua grega, conhecida neste
período sob a forma de koiné.
Koiné significa "comum", e designa a língua única,
comum a todos, que substitui, após as conquistas de
Alexandre Magno, a pluralidade dos dialetos gregos.
Esta língua, mais simples do que o grego clássico e mais
flexível na absorção de elementos novos, torna-se
instrumento indispensável para a comunicação dos
povos tão diferenciados que constituem as monarquias
helenísticas.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 72
72. Contexto Cultural - A lingua GregaContexto Cultural - A lingua Grega
A importância da koiné como instrumento de
helenização:
Os modos de circulação da koiné são os jogos, as artes
(poetas, músicos, atores), o comércio, a ciência, a filosofia, o
exército, a administração...
Os mercadores gregos negociavam nela [na koiné], tanto na
Báctria, nas fronteiras da Índia, quanto em Marselha;
As leis eram promulgadas nela e os tratados elaborados
segundo determinado esquema;
Era a língua do diplomata e do homem de letras; e qualquer
um que almejasse respeitabilidade social ou apenas a
reputação de ser um homem educado deveria ter um
impecável conhecimento dela.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 73
73. Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para o
grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro
século a.C. em Alexandria.
Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia
hebraica para o grego.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou
Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX),
pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos)
trabalharam nela e, segundo a história, teriam completado a
tradução em setenta e dois dias.
A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia
hebraica para os cristãos de língua grega 1 e foi usada como
base para diversas traduções da Bíblia.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 74
Septuaginta – maior legado para oSeptuaginta – maior legado para o
cristianismocristianismo
74. Contexto Cultural – Livros ApócrifosContexto Cultural – Livros Apócrifos
Os Livros apócrifos (grego: απόκρυφος; latim: apócryphus;
português: oculto ), também conhecidos como Livros Pseudo-
canônicos,
São os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou
seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os
pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a
Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo e, portanto, não
foram incluídos no cânon bíblico.
O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século,
para designar basicamente antigos documentos judaicos
escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas,
Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que não foram
inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 75
75. Contexto Cultural – Livros ApócrifosContexto Cultural – Livros Apócrifos
Destes fazem parte os livros:
I e II Esdras,
Tobias,
Judite,
I e II Macabeus,
Sabedoria de Salomão,
Eclesiástico (também chamado Sirácide ou Ben Sirá),
Baruc (ou Baruque) e
Epistolas de Jeremias
Oração de Azarias,
Oração de Manasses
também as adições em Ester e em Daniel - nomeadamente os
episódios da História de Susana e de Bel e o dragão
Pr. Moisés Sampaio de Paula 76
76. Contexto Cultural – LivrosContexto Cultural – Livros
PseudepígrafosPseudepígrafos
Pseudepigrafia (do grego ψευδεπιγραφία) é o
estudo dos pseudepígrafos ou pseudo-epígrafos,
que são textos antigos, aos quais é atribuída
falsa autoria.
I e II Enoque
II e III Baruque
Testamento de Jó
Vida de Adão e Eva e etc.
Pr. Moisés Sampaio de Paula 77
77. Fundo Social
1. Família
2. Moradia
3. Idioma
4. Trabalho
5. Entretenimentos
6. Alimentação
7. Vestuário e moda
78
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
78. Fundo Social – Família (Pai)
Pai
O Talmude diz que o pai tinha quatro
responsabilidades para com o filho, além de
ensinar-lhe a Lei.
1. Ele devia circuncidar o filho (cf. Gênesis
17:12-13),
2. redimi-lo de Deus se ele fosse o
primogênito (cf. Números 18:15-16),
3. achar-lhe uma esposa (cf. Gênesis
24:4), e
4. ensinar-lhe uma profissão.
79
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
79. Fundo Social – Família (Pai)
Assumia a liderança espiritual da família; ele
funcionava como seu sacerdote (cf. Gênesis 12:8; Jó
1:5). Esperava-se que ele conduzisse a família na
observância dos vários ritos religiosos, tais como a
Páscoa (Êxodo 12:3).
Juntamente com a esposa, o pai devia ensinar "a
criança no caminho em que deve andar..." (Provérbios
22:6). O pai tinha, também, de transmitir aos filhos toda
a lei escrita. (Deuteronômio 6:7-9).
O pai tinha de infligir castigo físico quando
necessário. Isto devia ser feito de tal modo que não
provocasse "vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina
e na admoestação do Senhor" (Efésios 6:4).
80
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
80. Fundo Social – Família (Pai)
O homem que não sustentasse adequadamente
a família era culpado de ofensa grave. O homem que
falhava neste ponto era evitado e escarnecido pela
sociedade (cf. Provérbios 6:6-11; 19:7). Paulo escreveu:
"Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé,
e é pior do que o descrente" (1 Timóteo 5:8).
Como esposo e pai, o homem defendia os
direitos da família perante os juizes quando se
fizesse necessário (veja Deuteronômio 22:13-19). "O
órfão e a viúva" não tinham um homem que defendesse
seus direitos, por isso com freqüência lhes era negada a
justiça (cf. Deuteronômio 10:18).
81
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
81. Fundo Social – Família (Pai)
Pensava nos filhos como seres humanos
completos, e respeitava seus sentimentos e
capacidades. Disse um erudito judeu daquele tempo
que um bom pai devia "afastá-los com a mão esquerda e
puxá-los para junto de si com a mão direita". Este
delicado equilíbrio entre firmeza e afeição tipificava o
pai judeu ideal.
82
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
82. Fundo Social – Família (Esposa)
Esposa. No casamento, espontaneamente a mulher
assumia um lugar de submissão ao companheiro.
A responsabilidade da esposa era a de
"auxiliadora" do marido (Gênesis 2:18), aquela que
"lhe faz bem, e não mal, todos os dias de sua vida"
(Provérbios 31:12).
Sua principal responsabilidade girava em torno
do lar e dos filhos, mas às vezes se estendia ao
mercado e a outras áreas que afetavam o bem-estar da
família (cf. Provérbios 31:16, 25).
83
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
83. Fundo Social – Família (Esposa)
O alvo primário da esposa era dar filhos ao
marido. O porta-voz da família de Rebeca
disse-lhe: "És nossa irmã: sê tu a mãe de
milhares de milhares, e que a tua descendência
possua a porta dos seus inimigos" (Gênesis
24:60).
A família judia esperava que a esposa se
tornasse como uma videira frutífera, enchendo
a casa de filhos (Salmo 128:3). Assim, a mãe
saudava o primeiro filho com muita felicidade e
alívio.
84
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
84. Fundo Social – Família (Esposa)
À medida que os filhos iam chegando, a mãe ia ficando
mais presa ao lar.
Ela amamentava cada criança até à idade de dois ou três
anos,
além de vestir e alimentar O restante da família.
Diariamente gastava horas preparando refeições e
fazendo roupas de lã.
Quando necessário, a esposa ajudava o marido nos
campos, plantando ou colhendo.
85
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
85. Fundo Social – Família (Esposa)
A mãe participava da responsabilidade de
educar os filhos. Estes passavam os primeiros
anos formativos da vida junto à mãe.
Finalmente, os filhos varões tinham idade
suficiente para acompanhar os pais aos campos
ou a outro lugar de emprego (cf. Provérbios
31:1-9).
A mãe voltava, então, suas atenções mais
plenamente para as filhas, ensinando-lhes como
ser esposas e mães bem-sucedidas.
86
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
86. Fundo Social – Família (Esposa)
O desempenho das tarefas de uma mulher determinava
o fracasso ou o êxito da família. Os sábios diziam: "A
mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que
procede vergonhosamente é como podridão nos seus
ossos" (Provérbios 12:4).
Se a esposa trabalhava com afinco na tarefa que tinha
pela frente, o marido era grandemente beneficiado.
Os judeus acreditavam que um homem poderia galgar
posição, entre os líderes de Israel, somente no caso de
sua esposa ser sábia e talentosa (cf. Provérbios 31:23).
87
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
87. Nos tempos bíblicos, os filhos varões tinham de
sustentar os pais quando estes envelhecessem,
e dar-lhes sepultamento digno.
Por este motivo, o casal geralmente esperava
ter muitos filhos, "Como flechas na mão do
guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o
homem que enche deles a sua aljava: não será
envergonhado, quando pleitear com os inimigos
à porta" (Salmo 127:4-5).
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 88
Fundo Social – Família (Filhos)
88. O primogênito mantinha um lugar de honra
muito especial no seio da família. Esperava-se
que ele fosse o próximo cabeça da casa.
Esperava-se que ele assumisse maior
responsabilidade por seus atos e pelos atos de
seus irmãos.
Ao morrer o pai, o primogênito recebia uma
porção dobrada da herança da família
(Deuteronômio 21:17; 2 Crônicas 21:2-3).
Tanto o pai quanto a mãe deviam receber a
mesma soma de respeito.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 89
Fundo Social – Família (Filhos)
89. A filha estava sob o domínio legal do pai até que se
casasse.
O pai tomava por ela todas as decisões importantes,
tais como com quem ela devia casar-se. Mas a filha era
solicitada a dar seu consentimento na escolha de um
noivo, e às vezes até lhe era permitido declarar
preferência (Gênesis 24:58; 1 Samuel 18:20).
O pai aprovava todos os votos da filha antes de se
tornarem obrigatórios (Números 30:1-5).
Se a família não tinha filhos varões, as filhas podiam
herdar as possessões do pai (Números 27:5-8); mas só
poderiam conservar a herança se se casassem dentro
de sua própria tribo (Números 36:5-12).
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 90
Fundo Social – Família (Filhas)
90. Fundo Social - Família
Casamento
Função _ O casamento era a condição natural para
homens e mulheres. Um adulto solteiro era tão
raro quanto um homem com várias esposas.
Não se tratava de uma união romântica, mas de
um acerto entre famílias. Na época de Jesus, era
normal haver o consentimento da noiva.
Idade _ As mulheres casavam logo após a
puberdade, raramente após os 15 anos. Maria
era adolescente quando teve Jesus. Os homens
contraíam matrimônio mais tarde, mas antes
dos 25 anos.
. 91
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
91. Fundo Social - Família
Viuvez _ Por causa da diferença de idade entre os
noivos, havia muitas viúvas jovens. Como as
escrituras não fazem menção a José depois dos
12 anos de Jesus, presume-se que ele já estava
morto.
Filhos _ A maioria dos casais tinha dois ou três
filhos. Eram comuns famílias numerosas.
Entretanto, métodos de prevenção a gravidez e
abortivos eram bem conhecidos.
92
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
92. Fundo Social - Família
Educação
◦ A escola ficava na sinagoga e era só para
meninos. Eles aprendiam a ler, escrever e
fazer contas. Também recebiam algumas
noções de geografia.
93
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
93. Fundo Social - Moradia
Ricos viviam em mansões com água
corrente.
Havia prédios de apartamentos na Judeia,
mas as pessoas mais pobres moravam em
casas pequenas, de um ou dois aposentos.
Em uma passagem de Mateus, Jesus dá a
entender que uma única lamparina a óleo era
suficiente para iluminar um lar.
94
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
94. Fundo Social - Moradia
O teto das residências era achatado, porque
quase não chovia.
Como faltava espaço nas ruas, os judeus
usavam a laje para tomar sol ou ar fresco.
Nas noites quentes, dormiam no telhado.
95
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
95. VIDA NAS CIDADES
As cidades da Galileia e da Judeia que Jesus percorreu
eram locais insalubres, barulhentos e perigosos.
Como muralhas cercavam essas povoações, o espaço
era restrito.
Quase não havia praças, quintais ou árvores.
Todo terreno costumava ser ocupado por construções,
que compartilhavam paredes.
As portas abriam direto na rua.
A violência era epidêmica, e não existia polícia. Logo,
ninguém se arriscava na rua depois do anoitecer.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 96
Fundo Social - Moradia
96. Fundo Social - Idioma
Quatro idiomas eram amplamente
usados no tempo da Igreja:
1. Aramaico _ Língua que se aprendia na primeira
infância e se usava no dia-a-dia e em família. A
estrutura das frases e o vocabulário de Jesus
indicam que ele pregava nesse idioma.
2. Hebraico _ Idioma litúrgico judaico, que as
crianças aprendiam na escola da sinagoga,
estudando as escrituras. Pelo conhecimento dos
textos da Torá, Jesus sabia hebraico.
97
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
97. Fundo Social - Idioma
3. Grego _ O Império Romano tinha dois idiomas,
latim e grego. A oriente, o grego era a língua franca,
com papel semelhante ao que o inglês tem hoje,
sendo usado em documentos e contratos legais.
Permitia falar com gente de todas as regiões. Os
pais queriam que seus filhos o aprendessem, para
subir na vida. Essa foi provavelmente a língua que
Jesus usou ao falar com Pilatos.
4. Latim – Era a lingua oficial do império romano,.
Todavia,foi substituido pelo grego.
98
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
98. Fundo Social - Trabalho
A maior parte das pessoas tirava o sustento
da agricultura.
As famílias costumavam viver em povoados e
cultivar um pedaço de terra nas redondezas.
As propriedades da Galileia tinham em média
sete hectares.
Plantava-se grãos, oliveiras e legumes.
Vinhedos eram comuns. As árvores
frutíferas tinham de ser vigiadas, por causa
de ladrões.
99
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
99. Fundo Social - Trabalho
Pastoreio _ Quase sempre de animais
menores, como ovelhas e cabras. Gado
bovino era raro. Algumas famílias
criavam galinhas ou pombos, usados
em sacrifícios.
Pesca _ Existia uma importante
indústria pesqueira na Galileia. Essa é a
razão para haver pescadores entre os
discípulos de Jesus
100
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
100. Fundo Social - Trabalho
Apicultura _ Havia criadores de abelhas,
para produção de mel
Ofícios manuais _ Eram transmitidos de pai
para filho. Existiam ferreiros, oleiros,
tecelões, marceneiros, pedreiros e
curtidores (que trabalhavam fora do
povoado, por causa do cheiro)
101
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
101. As classe sociais
◦ Classe alta: formada pela nobreza sacerdotal
e por altos funcionários, latifundiários e
grandes comerciantes
◦ Classe média: incluía pequenos
proprietários rurais, artesãos e comerciantes
◦ Classe inferior: eram os escravos e os
jornaleiros, que trabalhavam na terra dos
outros
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 102
Fundo Social - Trabalho
102. Carga tributária
Os romanos ficavam com 12,5% da
produção agrícola.
O Templo, somando diferentes tributos,
arrecadava outros 22%.
Como um quinto do que se colhia era
reservado como semente, sobrava menos
da metade da colheita para o agricultor.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 103
Fundo Social - Trabalho
103. Fundo Social - Entretenimentos
1. Jogos Romanos: Lutas entre
gladiadores, corrida de bigas.
2. Jogos olímpicos
3. Representaçoes teatrais,
múcicas e literatura.
104
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
104. Fundo Social - Alimentação
CARNE E ALIMENTOS AFINS
O consumo de carne é mencionado no concerto que Deus fez
com Noé: "Tudo o que se move, e vive, ser-vos-á para
alimento" (Gênesis 9:3). Embora a dieta normal dos hebreus
consistisse em vegetais e frutas, eles comiam carne,
especialmente nos banquetes e festas.
A. Novilho.
B. Cabrito ou bode.
C. Aves.
D. Peixes.
E. Ovelha (Cordeiro).
F. Gordura.
105
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
105. Fundo Social - Alimentação
LACTICÍNIOS
"Terra que mana leite e mel" foi prometida aos israelitas (Josué
5:6), e nessa promessa eles divisaram abundância e
prosperidade. Os hebreus bebiam o leite de camelas, ovelhas e
cabras. O leite de camela era especialmente rico e forte, mas
não era doce. Por todo o Antigo Testamento encontram-se
referências ao leite (cf. Provérbios 27:27; Deuteronômio
32:14).
A. Manteiga.
B. Queijo.
106
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
106. FRUTAS
Um alimento predileto dos hebreus eram as frutas que cresciam
em abundância no clima quente daquela parte do mundo. Os espias
que Moisés enviou a Canaã trouxeram um ramo de videira com
um cacho de uvas, tão grande que o transportaram numa vara.
Também trouxeram romãs e figos (Números 13:23). Esses e uma
variedade de outros frutos eram apreciados como parte da dieta
regular.
A. Uvas.
B. Passas.
C. Bolo de passas.
D. Romã.
E. Melão.
F. Maçã.
G. Figo.
H. Oliva.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 107
Fundo Social - Alimentação
107. Fundo Social - Vestuário e moda
Roupas
As roupas da Palestina no tempo de Jesus
seguiam a moda do mundo greco-romano:
Túnica _ Roupa casual, feita de linho ou
algodão, era colocada pelo pescoço e tinha
mangas. Existiam modelos diferentes para
homens e mulheres. As peças coloridas eram
mais difundidas entre as mulheres.
Cinto _ Um cinto era colocado ao redor da
túnica, permitindo baixar ou elevar a altura
do traje conforme a necessidade.
108
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
108. Fundo Social - Vestuário e moda
Manto _ Enrolado no corpo, por cima da
túnica, em ocasiões formais ou nos dias frios.
Incômodo, era removido para atividades
físicas. Por ser caro, era alvo de ladrões. Só
os abastados possuíam mais de um.
Roupa de baixo _ Os homens às vezes
usavam uma espécie de tanga, feita de
algodão ou lã. No trabalho sob o sol quente,
essa podia ser a única vestimenta. As
mulheres vestiam uma peça desse tipo
quando menstruadas.
109
O mundo do Novo Testamento
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I
109. Sandálias. As mulheres judias usavam
sandálias, como o faziam os homens.
Havia muitas variações da sandália
comum.
Em sua mais simples forma, a sandália era
um solado de madeira preso com
correias ou tiras de couro. Os discípulos
de Jesus usavam este tipo de sandálias
(Marcos 6:9).
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 110
Fundo Social - Vestuário e moda
110. Beleza
Perfumes, pentes, espelhos, cosméticos e depilações eram comuns
no mundo em que Jesus viveu:
Cosméticos _ Eram amplamente usados pelas mulheres, que
almejavam uma tez pálida. Na Palestina, a maquiagem ao redor dos
olhos e do nariz prevenia o ressecamento provocado pelo clima
árido.
Cabelos _ De forma geral, os homens usavam cabelo curto. Entre
os judeus, no entanto, podiam ser mais longos, acompanhados de
barba. As mulheres mantinham o cabelo comprido, arranjado em
penteados elaborados, envolvendo coques, tranças e enfeites,
conforme a moda do momento.
Salões de beleza _ Havia barbeiros e cabeleireiros, que também
prestavam serviços de manicure e pedicure.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 111
Fundo Social - Vestuário e moda
111. COSTUMESCOSTUMES
Divisão do dia
Não havia relógios nem medição precisa do tempo _ as pessoas
sequer sabiam direito sua idade.
O dia começava com o raiar do sol.
A manhã era destinada ao trabalho.
Depois do almoço, mais ou menos entre as 13h e as 16h, vinha
o momento de relaxar: era comum dormir ou ir ao banho público.
Quando o sol se punha, todos estavam em casa, porque as ruas
eram perigosas.
Hora grega _ Os gregos desenvolveram a ideia de que o dia era
dividido em 12 horas, sendo que cada hora correspondia a um
duodécimo do período de luz solar. Como o tempo diário de sol
variava conforme as estações, a duração da hora não era fixa.
Pr Moises Sampaio - História da Igreja I 112
112. HigieneHigiene
A imundície era generalizada, porque lixo
e dejetos eram despejados na rua.
Havia latrinas públicas em algumas
cidades, mas elas eram evitadas pelas
condições repulsivas.
Os moradores tinham penicos _ que
despejavam pela janela, não raro sobre a
cabeça de alguém.
113Pr Moises Sampaio - História da Igreja I