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OS MILAGRES
DE ELISEU
1º Trimestre de
      2013
    Lição 11
 Pr. Moisés Sampaio de Paula




                               1
TEXTO ÁUREO

• "Ora, o rei falava a Geazi,
  moço do homem de Deus,
  dizendo: Conta-me, peço-te,
  todas as grandes obras que
  Eliseu tem feito“
                      (2 Rs 8.4).


                    Pr. Moisés Sampaio de Paula   2
VERDADE PRÁTICA


• Os milagres realizados por
  Eliseu não visaram à
  glorificação pessoal do
  profeta, mas demonstraram
  o amor e a graça de Deus.



                 Pr. Moisés Sampaio de Paula   3
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1.Elencar os milagres de Eliseu.
2.Entender o que motivou os milagres de Eliseu.
3.Compreender os propósitos dos milagres de
  Eliseu.




                  Pr. Moisés Sampaio de Paula   4
Esboço da Lição
 I. OS MILAGRES DE PROVISÃO
    1. A multiplicação dos pães.
    2. Abundância de víveres.
 II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
    1. A ressurreição do filho da sunamita.
    2. O machado que flutuou.
 III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
    1. A cura de Naamã.
    2. As águas de Jericó.
 IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO
    1. Maldição dos rapazinhos.
    2. A doença de Geazi.

                             Pr. Moisés Sampaio de Paula   5
2 importantes perguntas


• "Você acredita em
  milagres?"

              •"Qual o verdadeiro
              objetivo de um milagre?“
              Pr. Moisés Sampaio de Paula   6
Veja bem
• Deus não mudou. Ele continua operando
  milagres e maravilhas.
• Todavia, os milagres são para aqueles
  que creem.
• Quem tem um coração duvidoso jamais
  poderá experimentar dos milagres
  divinos.

               Pr. Moisés Sampaio de Paula   7
Os milagres de Eliseu
                                              MILAGRES DE ELISEU

                   Milagres                               Referência                Fatores

 1. O rio Jordão é dividido                              2 Reis 2.13,14   Água

 2. A fonte purificada em Jericó                         2 Reis 2.19-22   Água

 3. O azeite da viúva é multiplicado                      2 Reis 4.1-7    Azeite

 4. Um menino morto e ressuscitado                       2 Reis 4.18-37   A vida de uma criança

 5. Um guisado envenenado é purificado                   2 Reis 4.38-41   Farinha

 6. A comida dos profetas é multiplicada                 2 Reis 4.42-44   Pão e grãos

 7. Naamã é curado da lepra                              2 Reis 5.1-14    Água

 8. Geazi torna-se leproso                               2 Reis 5.15-27   Somente palavras

 9. O ferro de um machado _utua                           2 Reis 6.1-7    Água

 10. O exército sírio torna-se cego                      2 Reis 6.8-23    Oração de Eliseu



                                           Pr. Moisés Sampaio de Paula                            8
Outra quantidade de
milagres
1.    2 Reis 2:14 bate na água do Jordão e elas se abrem para ele passar.
2.    2 Reis 2:19ss ele purifica as águas de uma fonte em Jericó, que eram ruins.
3.    Nos versículos seguintes (23-25) se conta como algumas crianças zombaram de Eliseu, chamando-o de
      careca. Então Eliseu lhes amaldiçoou e uma ursa despedaçou 40 deles.
4.    Em 3,16 seguintes: aparece na terra água para matar a sede do povo de Israel.
5.    No capítulo 4 temos a multiplica o óleo e a farinha de uma viúva em dificuldades;
6.    depois faz com que uma mulher estéril tenha um filho.
7.    Este mesmo filho, mais tarde, morre e é ressuscitado pelo profeta.
8.     Nos versículos 38-41 cria um antídoto à uma sopa envenenada.
9.    Nos seguintes versículos 42-44 conta-se uma multiplicação dos pães realizada por Eliseu.
10.   Em 2Reis 5 temos a cura de Naamã, chefe do exército do rei de Aram, que sofria de lepra.
11.   Em 2Reis 6:1-7 conta-se como Eliseu encontra facilmente um machado caído nas águas do Jordão.
12.   Depois disso, no mesmo capítulo, narra-se como o profeta captura com facilidade um grupo de
      soldados arameus.
13.   O capítulo 7 conta como a cidade de Samaria fica livre da ocupação graças às palavras eficazes de
      Eliseu.
14.   Finalmente, em 2Reis 13 é contado o último milagre de Eliseu, realizado já quando tinha morrido. Um
      defundo foi jogado no túmulo de Eliseu e quanto o defunto tocou os ossos de Eliseu, voltou à vida.


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Palavra chave: Milagre

• É uma suspenção
  temporária das leis
  da natureza visando
  a operação
  sobrenatural de
  Deus.


                Pr. Moisés Sampaio de Paula   10
TERMOS BÍBLICOS PARA MILAGRES
Para vislumbrarmos um quadro completo dos milagres bíblicos, é necessário conhecermos as
    peculiaridades dos termos empregados para descrever um "milagre" (Geisler (Idem, p. 40-
    43):
-   oth: termo hebraico para "sinal", usado em (Êx 3.12; 4.1-9, 30, 31; Nm 14.11, 22; Dt 6.22;
    26.8; Js 24.17; Sl 105.27; Jr 32.20-21).
-   mopheth: termo hebraico para "maravilhas", para descrever os mesmos eventos que são,
    em algumas partes das Escrituras chamados de "sinais" (Êx 7.9; Dt 29.5; Sl 78.43; 1 Rs 13.3,
    5).
-   teras: termo grego para "maravilha", utilizado dezesseis vezes no NT, geralmente se
    referindo a milagres (Mt 24.24; Mc 13.22; At 2.19; Jo 4.48; At 2.22, 43; 4.30; 14.3; 15.12; Rm
    15.195.12; Hb 2.3, 4). A palavra transmite a ideia de algo que é tremendo e estonteante.
-   dunamis: termo grego para "poder", utilizado para se referir aos milagres de Cristo (Mt
    15.38), aos dons espirituais (1 Co 12.10), ao derramamento do Espírito Santo no Pentecostes,
    e ao "poder" do evangelho para salvar os pecadores (Rm 1.16). A ênfase da palavra está no
    aspecto de energização divina que envolve um evento miraculoso.
Segundo Geisler, cada uma das três palavras que se referem a eventos sobrenaturais (sinal,
    maravilha e poder) envolve um aspecto do milagre: "Um evento incomum (maravilha) que
    transmite e confirma uma mensagem incomum (sinal) por intermédio de uma habilidade
    incomum (poder).
                                        Pr. Moisés Sampaio de Paula                                11
O PRÓPOSITO DOS MILAGRES

Os propósitos dos milagres em três:

(1) glorificar a natureza de Deus (Jo 2.11; 11.40);

(2) confirmar as credenciais de certas pessoas na posição
   de porta-vozes de Deus (At 2.22; Hb 2.3, 4;

(3) propiciar evidências para que haja fé em Deus (Jo 6.2,
   14; 20.30, 31).

                       Pr. Moisés Sampaio de Paula       12
Obreiros milagreiros
•   O fenômeno possue algumas características próprias, que já extrapolaram
    os círculos neopentecostais, encontrando guarida nas denominações
    pentecostais clássicas. Dentre essas características podemos citar:

1. A ênfase na glória do apóstolo ou profeta milagreiro, em vez da ênfase na
   glória de Deus;
2. A ênfase no milagre, em vez da ênfase na pregação
3. A criatividade dos milagreiros nas mais diversas maneiras e fórmulas de
   alcançar o milagre;
4. O agendamento do milagre com culto, dia e hora marcada;
5. O uso do milagre como meio de barganha (2 Rs 5.15-16), para a
   arrecadação de fundos, de grandes ofertas para o sustento de ministérios,
   programas de TV e impérios pessoais;

                             Pr. Moisés Sampaio de Paula                  13
INTRODUÇÃO
1.    Eliseu era um lavrador
   pertencente a uma família
   abastada de Israel, quando foi
   chamado a exercer o ministério
   profético (1 Rs 19.19-21).
2. Sem dúvida, era um dos sete
   mil que não haviam se dobrado
   diante de Baal.
3. Os milagres operados por Eliseu
   estudados aqui, servirão para
   ilustrar os propósitos divinos na
   vida de seu povo.
                          Pr. Moisés Sampaio de Paula   14
Para melhor entendermos...
• Os seus milagres foram divididos em quatro
  grupos, tornando o ensino mais didático:
  milagres de provisão, restituição, restauração e
  julgamento.
• Todas essas intervenções divinas operadas por
  Eliseu demonstram o poder de Deus.
• Os milagres tinham como único propósito
  evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso.
• A intenção não era jamais exaltar as virtudes do
  profeta.
                    Pr. Moisés Sampaio de Paula      15
I. OS MILAGRES DE PROVISÃO

                    Milagres não se explicam,
                    aceitam-se pela fé!
                    Aqueles que duvidam não
                    recebem nada de Deus.


                    1. A multiplicação dos pães.
                    2. Abundância de víveres.
           Pr. Moisés Sampaio de Paula             16
I. OS MILAGRES DE PROVISÃO
                 1. A multiplicação dos pães.
•   Eram cem os discípulos dos profetas e só
    havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs
    4.42-44).


    O que fazer diante da situação?
•   O profeta Eliseu não olha às evidencias
    naturais, mas seguindo a direção de Deus,
    profetiza que todos comeriam e ainda
    sobrariam pães! Como? Não havia lógica
    nenhuma nessa predição.
•   A graça de Deus em prover o necessário
    para os carentes fica em evidência.
                              Pr. Moisés Sampaio de Paula   17
I. OS MILAGRES DE PROVISÃO
                    2. Abundância de víveres.
•   A consequência das ações pecaminosas de
    Jorão, filho de Acabe, foi o cerco à cidade de
    Samaria promovida por Ben-Hadade II. A
    cidade foi sitiada e a escassez de alimentos se
    instaurou. Vendia-se desde cabeça de jumento
    até mesmo esterco de pombo na tentativa de
    amenizar a fome. Pressionado, o rei procurou
    o profeta Eliseu.
•   Então, o Senhor demonstra, mais uma vez, a
    sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o fim da
    fome!

     Como nos outros milagres, esse tem seu
     cumprimento de forma inteiramente sobrenatural e
     inexplicável.
                                   Pr. Moisés Sampaio de Paula   18
Verdade               • Milagres não se
                          explicam,
                     aceitam-se pela fé!




          Pr. Moisés Sampaio de Paula      19
II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO

                    Nada está fora de controle
                    quando Deus está no
                    comando. Ele é soberano!



                    1. A ressurreição do filho da
                       sunamita.
                    2. O machado que flutuou.
           Pr. Moisés Sampaio de Paula              20
II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
                 1. A ressurreição do filho da sunamita
•   Mesmo havendo deixado o filho morto
    em casa, a rica mulher de Suném
    demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.18-
    37). Quando a caminho, e interrogada
    por Geazi, servo de Eliseu, sobre como
    iam as coisas, ela respondeu: "Tudo
    bem!"
•   A sequência da história mostra o profeta
    Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo
    inerte do garoto (2 Rs 4.33,34).
•   O Senhor responde a oração do profeta e
    a vida volta novamente ao filho da
    sunamita (2 Rs 4.35-37).
                             Pr. Moisés Sampaio de Paula   21
Verdade




• Nada está fora de
  controle quando Deus
  está no comando.
                    Pr. Moisés Sampaio de Paula   22
II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
                 2.O machado que flutuou
•  Um dos discípulos dos profetas perdera a
   ferramenta que tomara emprestada (2 Rs
   6.1-7). Naqueles dias, os instrumentos de
   ferro eram escassos e valiosos. Daí o seu
   desespero. Duas coisas observamos nesse
   texto:
1. A motivação do milagre que está bem
   expressa no lamento daquele que perdera
   o machado. O que nos faz lamentar? A
   nossa motivação está correta?
2. Vemos o profeta procurando identificar o
   local onde a ferramenta havia caído.

                             Pr. Moisés Sampaio de Paula   23
Verdade
                                        • O Senhor está
                                          pronto a
                                          restituir o que
                                          perdemos, mas
                                          temos de ter
                                          consciência
                                          disso.




          Pr. Moisés Sampaio de Paula                 24
III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO

                     Deus não faz shows e não se
                     agrada daqueles que se
                     utilizam dos seus milagres
                     para se promoverem. O
                     Senhor não opera para
                     satisfazer nossa curiosidade.

                     1. A cura de Naamã.
                     2. As águas de Jericó.
            Pr. Moisés Sampaio de Paula         25
III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
                   1. A cura de Naamã
1. O general sírio fica indignado quando o
   profeta não age da forma que ele imaginou (2
   Rs 5.11).
2. Deus não estava interessado na análise lógica
   de Naamã (2 Rs 5.11,12), mas apenas em sua
   obediência.
3. Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão
   (2 Rs 5.14). Ninguém será restaurado se não
   descer! Naamã desceu e foi curado. Deus
   resiste aos soberbos, mas dá graça aos
   humildes (Tg 4.6).
4. Naamã tentou recompensar o profeta pelo
   milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu
   recusou! A graça não aceita pagamento por
   aquilo que faz.
                                Pr. Moisés Sampaio de Paula   26
Verdade




• Deus não faz shows, nem tampouco opera
  para satisfazer nossa curiosidade.
                Pr. Moisés Sampaio de Paula   27
III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
                   1. As águas de Jericó
•   Para as águas amargas de Jericó, o profeta
    pede um prato novo e, que neste, se
    coloque sal. Feito isso, ele profetiza que
    aquelas águas tornar-se-iam potáveis
    segundo a palavra do Senhor. Tais
    exigências possuíam um valor simbólico,
     – o sal representa um elemento purificador
       (Lv 2.13; Mt 5.13).
     – O prato novo simboliza um instrumento de
       dedicação especial ou exclusiva a Deus para
       aquele momento.
    Foi o poder de Deus que purificou as águas e não o
    poder desses objetos e ingredientes.
                                Pr. Moisés Sampaio de Paula   28
IV. OS MILAGRES DE
JULGAMENTO
                     Não se pode brincar com
                     as coisas sagradas e muito
                     menos escarnecer dos
                     servos de Deus


                     1. Maldição dos rapazinhos.
                     2. A doença de Geazi.
            Pr. Moisés Sampaio de Paula            29
IV. OS MILAGRES DE
                    JULGAMENTO
                 1. Maldição dos rapazinhos.
•   Certa vez, uns jovens debocharam de
    Eliseu, dizendo-lhe: "Sobe, calvo, sobe,
    calvo"! Reagindo à situação, o profeta
    invoca o julgamento divino sobre os
    zombadores, amaldiçoando-os em nome
    do Senhor (2 Rs 2.23-25). O efeito foi
    devastador.    Apareceram duas ursas
    selvagens, que se investiram contra os
    rapazes, matando quarenta e dois deles.

    Não se pode brincar com as coisas
    sagradas e muito menos escarnecer dos
    servos de Deus.
                             Pr. Moisés Sampaio de Paula   30
Pergunta

• O que você acha do fato de Eliseu ter
    amaldiçoado aqueles 42 jovens?




                     Pr. Moisés Sampaio de Paula   31
IV. OS MILAGRES DE
                      JULGAMENTO
                    1. A doença de Geazi
•    No relato de 2 Reis 5.20-27, observamos as
     razões pelas quais Geazi foi julgado.
1.   Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar
     os presentes de Naamã era apenas uma
     questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20).
2.   Resolveu tirar partido da situação.
3.   Usou o nome de Eliseu para validar sua cobiça,
     procurando tornar aceitável o que Deus havia
     abominado (2 Rs 5.22).
4.   Geazi trocou o arrependimento pelo
     fingimento e ainda trocou a bênção pela
     maldição (2 Rs 5.25,27). Em consequência,
     teve de conviver com a lepra pelo resto da sua
     vida!

                                  Pr. Moisés Sampaio de Paula   32
Lepra em Geazi - Advertência
• Esse incidente se apresenta como uma
  impressionante advertência a todos os servos do
  Senhor que colocam os interesses pessoais à frente
  da causa do Mestre"




                     Pr. Moisés Sampaio de Paula       33
Pergunta
• Deus não vende suas bênçãos, mas as dá
  gratuitamente.

• O que você acha
  desses que cobram
  para pregar/cantar na
  obra de Deus?


                 Pr. Moisés Sampaio de Paula   34
Conclusão
• Os milagres operados por
  Eliseu demonstram o poder
  divino.
• Todos tiveram um propósito
  específico de evidenciar a
  graça e a glória de Deus nas
  mais diferentes situações.
• Em nenhum momento, essas
  intervenções exaltam as
  virtudes do profeta.
                   Pr. Moisés Sampaio de Paula   35
Pr. Moisés Sampaio de Paula   36
Subsídio Bibliográfico
"Deus cura a lepra de Naamã
   O poder divino, o qual se manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o
   propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as divindades da
   Síria. O milagre aconteceu em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os
   israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para
   conquistar outros povos. Também está aqui evidente o ponto de vista profético de
   que o reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente relacionado
   com o cumprimento de Deus para seu povo.
   O desespero de Naamã, causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido
   provocado em parte pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar.
   Entretanto, a questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar
   adequadamente, e obedecer à ordem de Deus para obter a cura.
   O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da 'cura de leproso'.
   Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma -
   um grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3)
   Um pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura completa"
   (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 349).



                                 Pr. Moisés Sampaio de Paula                       37
Subsídio Bibliográfico
• "A fama de Eliseu (2 Rs 6.12)- Vários eventos claramente mostram que os
milagres de Eliseu foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como
dentro dos limites de Israel. A cura de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida
expondo os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio
para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à
igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites"
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 247).
• Geazi é atacado de lepra (2 Rs 5.20-27) - Naamã havia oferecido um presente a
Eliseu; porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que
ele prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois
jovens profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não
só porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu
interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do ministério de Eliseu
para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a
todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa
do Mestre" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
350).



                              Pr. Moisés Sampaio de Paula                        38

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Os milagres de Eliseu

  • 1. OS MILAGRES DE ELISEU 1º Trimestre de 2013 Lição 11 Pr. Moisés Sampaio de Paula 1
  • 2. TEXTO ÁUREO • "Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito“ (2 Rs 8.4). Pr. Moisés Sampaio de Paula 2
  • 3. VERDADE PRÁTICA • Os milagres realizados por Eliseu não visaram à glorificação pessoal do profeta, mas demonstraram o amor e a graça de Deus. Pr. Moisés Sampaio de Paula 3
  • 4. OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: 1.Elencar os milagres de Eliseu. 2.Entender o que motivou os milagres de Eliseu. 3.Compreender os propósitos dos milagres de Eliseu. Pr. Moisés Sampaio de Paula 4
  • 5. Esboço da Lição I. OS MILAGRES DE PROVISÃO 1. A multiplicação dos pães. 2. Abundância de víveres. II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO 1. A ressurreição do filho da sunamita. 2. O machado que flutuou. III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO 1. A cura de Naamã. 2. As águas de Jericó. IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO 1. Maldição dos rapazinhos. 2. A doença de Geazi. Pr. Moisés Sampaio de Paula 5
  • 6. 2 importantes perguntas • "Você acredita em milagres?" •"Qual o verdadeiro objetivo de um milagre?“ Pr. Moisés Sampaio de Paula 6
  • 7. Veja bem • Deus não mudou. Ele continua operando milagres e maravilhas. • Todavia, os milagres são para aqueles que creem. • Quem tem um coração duvidoso jamais poderá experimentar dos milagres divinos. Pr. Moisés Sampaio de Paula 7
  • 8. Os milagres de Eliseu MILAGRES DE ELISEU Milagres Referência Fatores 1. O rio Jordão é dividido 2 Reis 2.13,14 Água 2. A fonte purificada em Jericó 2 Reis 2.19-22 Água 3. O azeite da viúva é multiplicado 2 Reis 4.1-7 Azeite 4. Um menino morto e ressuscitado 2 Reis 4.18-37 A vida de uma criança 5. Um guisado envenenado é purificado 2 Reis 4.38-41 Farinha 6. A comida dos profetas é multiplicada 2 Reis 4.42-44 Pão e grãos 7. Naamã é curado da lepra 2 Reis 5.1-14 Água 8. Geazi torna-se leproso 2 Reis 5.15-27 Somente palavras 9. O ferro de um machado _utua 2 Reis 6.1-7 Água 10. O exército sírio torna-se cego 2 Reis 6.8-23 Oração de Eliseu Pr. Moisés Sampaio de Paula 8
  • 9. Outra quantidade de milagres 1. 2 Reis 2:14 bate na água do Jordão e elas se abrem para ele passar. 2. 2 Reis 2:19ss ele purifica as águas de uma fonte em Jericó, que eram ruins. 3. Nos versículos seguintes (23-25) se conta como algumas crianças zombaram de Eliseu, chamando-o de careca. Então Eliseu lhes amaldiçoou e uma ursa despedaçou 40 deles. 4. Em 3,16 seguintes: aparece na terra água para matar a sede do povo de Israel. 5. No capítulo 4 temos a multiplica o óleo e a farinha de uma viúva em dificuldades; 6. depois faz com que uma mulher estéril tenha um filho. 7. Este mesmo filho, mais tarde, morre e é ressuscitado pelo profeta. 8. Nos versículos 38-41 cria um antídoto à uma sopa envenenada. 9. Nos seguintes versículos 42-44 conta-se uma multiplicação dos pães realizada por Eliseu. 10. Em 2Reis 5 temos a cura de Naamã, chefe do exército do rei de Aram, que sofria de lepra. 11. Em 2Reis 6:1-7 conta-se como Eliseu encontra facilmente um machado caído nas águas do Jordão. 12. Depois disso, no mesmo capítulo, narra-se como o profeta captura com facilidade um grupo de soldados arameus. 13. O capítulo 7 conta como a cidade de Samaria fica livre da ocupação graças às palavras eficazes de Eliseu. 14. Finalmente, em 2Reis 13 é contado o último milagre de Eliseu, realizado já quando tinha morrido. Um defundo foi jogado no túmulo de Eliseu e quanto o defunto tocou os ossos de Eliseu, voltou à vida. Pr. Moisés Sampaio de Paula 9
  • 10. Palavra chave: Milagre • É uma suspenção temporária das leis da natureza visando a operação sobrenatural de Deus. Pr. Moisés Sampaio de Paula 10
  • 11. TERMOS BÍBLICOS PARA MILAGRES Para vislumbrarmos um quadro completo dos milagres bíblicos, é necessário conhecermos as peculiaridades dos termos empregados para descrever um "milagre" (Geisler (Idem, p. 40- 43): - oth: termo hebraico para "sinal", usado em (Êx 3.12; 4.1-9, 30, 31; Nm 14.11, 22; Dt 6.22; 26.8; Js 24.17; Sl 105.27; Jr 32.20-21). - mopheth: termo hebraico para "maravilhas", para descrever os mesmos eventos que são, em algumas partes das Escrituras chamados de "sinais" (Êx 7.9; Dt 29.5; Sl 78.43; 1 Rs 13.3, 5). - teras: termo grego para "maravilha", utilizado dezesseis vezes no NT, geralmente se referindo a milagres (Mt 24.24; Mc 13.22; At 2.19; Jo 4.48; At 2.22, 43; 4.30; 14.3; 15.12; Rm 15.195.12; Hb 2.3, 4). A palavra transmite a ideia de algo que é tremendo e estonteante. - dunamis: termo grego para "poder", utilizado para se referir aos milagres de Cristo (Mt 15.38), aos dons espirituais (1 Co 12.10), ao derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, e ao "poder" do evangelho para salvar os pecadores (Rm 1.16). A ênfase da palavra está no aspecto de energização divina que envolve um evento miraculoso. Segundo Geisler, cada uma das três palavras que se referem a eventos sobrenaturais (sinal, maravilha e poder) envolve um aspecto do milagre: "Um evento incomum (maravilha) que transmite e confirma uma mensagem incomum (sinal) por intermédio de uma habilidade incomum (poder). Pr. Moisés Sampaio de Paula 11
  • 12. O PRÓPOSITO DOS MILAGRES Os propósitos dos milagres em três: (1) glorificar a natureza de Deus (Jo 2.11; 11.40); (2) confirmar as credenciais de certas pessoas na posição de porta-vozes de Deus (At 2.22; Hb 2.3, 4; (3) propiciar evidências para que haja fé em Deus (Jo 6.2, 14; 20.30, 31). Pr. Moisés Sampaio de Paula 12
  • 13. Obreiros milagreiros • O fenômeno possue algumas características próprias, que já extrapolaram os círculos neopentecostais, encontrando guarida nas denominações pentecostais clássicas. Dentre essas características podemos citar: 1. A ênfase na glória do apóstolo ou profeta milagreiro, em vez da ênfase na glória de Deus; 2. A ênfase no milagre, em vez da ênfase na pregação 3. A criatividade dos milagreiros nas mais diversas maneiras e fórmulas de alcançar o milagre; 4. O agendamento do milagre com culto, dia e hora marcada; 5. O uso do milagre como meio de barganha (2 Rs 5.15-16), para a arrecadação de fundos, de grandes ofertas para o sustento de ministérios, programas de TV e impérios pessoais; Pr. Moisés Sampaio de Paula 13
  • 14. INTRODUÇÃO 1. Eliseu era um lavrador pertencente a uma família abastada de Israel, quando foi chamado a exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21). 2. Sem dúvida, era um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. 3. Os milagres operados por Eliseu estudados aqui, servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo. Pr. Moisés Sampaio de Paula 14
  • 15. Para melhor entendermos... • Os seus milagres foram divididos em quatro grupos, tornando o ensino mais didático: milagres de provisão, restituição, restauração e julgamento. • Todas essas intervenções divinas operadas por Eliseu demonstram o poder de Deus. • Os milagres tinham como único propósito evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso. • A intenção não era jamais exaltar as virtudes do profeta. Pr. Moisés Sampaio de Paula 15
  • 16. I. OS MILAGRES DE PROVISÃO Milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Aqueles que duvidam não recebem nada de Deus. 1. A multiplicação dos pães. 2. Abundância de víveres. Pr. Moisés Sampaio de Paula 16
  • 17. I. OS MILAGRES DE PROVISÃO 1. A multiplicação dos pães. • Eram cem os discípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44). O que fazer diante da situação? • O profeta Eliseu não olha às evidencias naturais, mas seguindo a direção de Deus, profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como? Não havia lógica nenhuma nessa predição. • A graça de Deus em prover o necessário para os carentes fica em evidência. Pr. Moisés Sampaio de Paula 17
  • 18. I. OS MILAGRES DE PROVISÃO 2. Abundância de víveres. • A consequência das ações pecaminosas de Jorão, filho de Acabe, foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-Hadade II. A cidade foi sitiada e a escassez de alimentos se instaurou. Vendia-se desde cabeça de jumento até mesmo esterco de pombo na tentativa de amenizar a fome. Pressionado, o rei procurou o profeta Eliseu. • Então, o Senhor demonstra, mais uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o fim da fome! Como nos outros milagres, esse tem seu cumprimento de forma inteiramente sobrenatural e inexplicável. Pr. Moisés Sampaio de Paula 18
  • 19. Verdade • Milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Pr. Moisés Sampaio de Paula 19
  • 20. II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO Nada está fora de controle quando Deus está no comando. Ele é soberano! 1. A ressurreição do filho da sunamita. 2. O machado que flutuou. Pr. Moisés Sampaio de Paula 20
  • 21. II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO 1. A ressurreição do filho da sunamita • Mesmo havendo deixado o filho morto em casa, a rica mulher de Suném demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.18- 37). Quando a caminho, e interrogada por Geazi, servo de Eliseu, sobre como iam as coisas, ela respondeu: "Tudo bem!" • A sequência da história mostra o profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo inerte do garoto (2 Rs 4.33,34). • O Senhor responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2 Rs 4.35-37). Pr. Moisés Sampaio de Paula 21
  • 22. Verdade • Nada está fora de controle quando Deus está no comando. Pr. Moisés Sampaio de Paula 22
  • 23. II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO 2.O machado que flutuou • Um dos discípulos dos profetas perdera a ferramenta que tomara emprestada (2 Rs 6.1-7). Naqueles dias, os instrumentos de ferro eram escassos e valiosos. Daí o seu desespero. Duas coisas observamos nesse texto: 1. A motivação do milagre que está bem expressa no lamento daquele que perdera o machado. O que nos faz lamentar? A nossa motivação está correta? 2. Vemos o profeta procurando identificar o local onde a ferramenta havia caído. Pr. Moisés Sampaio de Paula 23
  • 24. Verdade • O Senhor está pronto a restituir o que perdemos, mas temos de ter consciência disso. Pr. Moisés Sampaio de Paula 24
  • 25. III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO Deus não faz shows e não se agrada daqueles que se utilizam dos seus milagres para se promoverem. O Senhor não opera para satisfazer nossa curiosidade. 1. A cura de Naamã. 2. As águas de Jericó. Pr. Moisés Sampaio de Paula 25
  • 26. III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO 1. A cura de Naamã 1. O general sírio fica indignado quando o profeta não age da forma que ele imaginou (2 Rs 5.11). 2. Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã (2 Rs 5.11,12), mas apenas em sua obediência. 3. Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14). Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e foi curado. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). 4. Naamã tentou recompensar o profeta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu recusou! A graça não aceita pagamento por aquilo que faz. Pr. Moisés Sampaio de Paula 26
  • 27. Verdade • Deus não faz shows, nem tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade. Pr. Moisés Sampaio de Paula 27
  • 28. III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO 1. As águas de Jericó • Para as águas amargas de Jericó, o profeta pede um prato novo e, que neste, se coloque sal. Feito isso, ele profetiza que aquelas águas tornar-se-iam potáveis segundo a palavra do Senhor. Tais exigências possuíam um valor simbólico, – o sal representa um elemento purificador (Lv 2.13; Mt 5.13). – O prato novo simboliza um instrumento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele momento. Foi o poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e ingredientes. Pr. Moisés Sampaio de Paula 28
  • 29. IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus 1. Maldição dos rapazinhos. 2. A doença de Geazi. Pr. Moisés Sampaio de Paula 29
  • 30. IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO 1. Maldição dos rapazinhos. • Certa vez, uns jovens debocharam de Eliseu, dizendo-lhe: "Sobe, calvo, sobe, calvo"! Reagindo à situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-25). O efeito foi devastador. Apareceram duas ursas selvagens, que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e dois deles. Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus. Pr. Moisés Sampaio de Paula 30
  • 31. Pergunta • O que você acha do fato de Eliseu ter amaldiçoado aqueles 42 jovens? Pr. Moisés Sampaio de Paula 31
  • 32. IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO 1. A doença de Geazi • No relato de 2 Reis 5.20-27, observamos as razões pelas quais Geazi foi julgado. 1. Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). 2. Resolveu tirar partido da situação. 3. Usou o nome de Eliseu para validar sua cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado (2 Rs 5.22). 4. Geazi trocou o arrependimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção pela maldição (2 Rs 5.25,27). Em consequência, teve de conviver com a lepra pelo resto da sua vida! Pr. Moisés Sampaio de Paula 32
  • 33. Lepra em Geazi - Advertência • Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre" Pr. Moisés Sampaio de Paula 33
  • 34. Pergunta • Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente. • O que você acha desses que cobram para pregar/cantar na obra de Deus? Pr. Moisés Sampaio de Paula 34
  • 35. Conclusão • Os milagres operados por Eliseu demonstram o poder divino. • Todos tiveram um propósito específico de evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais diferentes situações. • Em nenhum momento, essas intervenções exaltam as virtudes do profeta. Pr. Moisés Sampaio de Paula 35
  • 36. Pr. Moisés Sampaio de Paula 36
  • 37. Subsídio Bibliográfico "Deus cura a lepra de Naamã O poder divino, o qual se manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as divindades da Síria. O milagre aconteceu em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para conquistar outros povos. Também está aqui evidente o ponto de vista profético de que o reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente relacionado com o cumprimento de Deus para seu povo. O desespero de Naamã, causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entretanto, a questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar adequadamente, e obedecer à ordem de Deus para obter a cura. O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da 'cura de leproso'. Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma - um grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3) Um pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura completa" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 349). Pr. Moisés Sampaio de Paula 37
  • 38. Subsídio Bibliográfico • "A fama de Eliseu (2 Rs 6.12)- Vários eventos claramente mostram que os milagres de Eliseu foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como dentro dos limites de Israel. A cura de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 247). • Geazi é atacado de lepra (2 Rs 5.20-27) - Naamã havia oferecido um presente a Eliseu; porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do ministério de Eliseu para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 350). Pr. Moisés Sampaio de Paula 38