apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
Figuras de linguagem
1. FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de palavras
As figuras de palavras consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele
convencionalmente empregado, a fim de conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
1. METÁFORA
Pode ser entendida com uma transferência valorativa conotativa.
Ex.: “O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais”. (Carlos Drummond de Andrade)
2. COMPARAÇÃO
Tipo de metáfora que apresenta conectivos comparativos.
Ex.: “A liberdade das almas, frágil, como vidro”. (Cecília Meireles)
3. SINESTESIA
Tipo de metáfora que consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão.
Ex.: “Olívia era atraente, tinha uns olhos quentes, uma boca vermelha de lábios cheios”. ( sensação
visual, sensação tátil – térmica) (Clarice Lispector)
4. CATACRESE
É um tipo especial de metáfora, é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente
nenhum vestígio de inovação.
São exemplos de catacrese:
Folhas de livro
Pé de mesa
Dente de alho
Braço do rio
Céu da boca
5. ALEGORIA
Acúmulo de metáforas referindo-se ao mesmo objeto.
Ex.: “A vida é uma Ópera, é uma grande Ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença
do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em
presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há numerosos, muitos bailados, e orquestra é
excelente...” (Machado de Assis)
6. METONÍMIA
Substituição valorativa conotativa em que as palavras apresentam algum grau de semelhança, relação,
proximidade de sentido, ou implicação mútua. Tal substituição realiza-se de inúmeros modos:
a) O continente pelo conteúdo e vice-versa:
Ex.: Antes de sair, tomamos um cálice de licor. (= o conteúdo de uma cálice)
b) A causa pelo efeito e vice-versa:
c) O lugar de origem ou de produção pelo produto?
Ex.: Comprei uma garrafa do legítimo porto. (=vinho da cidade do Porto)
d) O autor pela obra;
Ex.: Ela parecia ler Jorge Amado. (= a obra de Jorge Amado)
e) O abstrato pelo concreto e vice-versa:
Ex.: Não devemos contar com o seu coração. (=sentimento)
f) O símbolo pela coisa simbolizada
Ex.: Não te afastes da cruz. (=cristianismo)
2. g) A matéria pelo produto e vice-versa.
Ex.: Lento, o bronze soa. (=o sino)
h) O inventor pelo invento.
Ex.: Edson ilumina o mundo. (=a energia elétrica)
i) A coisa pelo lugar:
Ex.: Vou à Prefeitura. (= ao edifício da Prefeitura)
j) O instrumento pela pessoa que o utiliza:
Ex.: Ele é um bom garfo. (= guloso).
7. SINÉDOQUE
Tipo de metonímia que consiste na substituição de um termo por outro, havendo ampliação.
Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
a) O todo pela parte e vice-versa:
Ex.: “A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos
de seu cavalo”. (I = povo, II = parte das patas). (J. Cândido de Carvalho).
b) O singular pelo plural e vice-versa:
Ex.: O paulista é tímido; o carioca, atrevido. (= todos os paulistas, todos os cariocas).
c) O indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Ex.: Para os artistas ele foi um mecenas. (= protetor).
8. ANTONOMÁSIA
Tipo de metonímia que ocorre quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou
fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome.
Ex.: “E ai rabi simples, que a igualdade prega, rasga e enlameia a túnica inconsútil”. (Cristo). (Raimundo
Correia).
9. PERÍFRASE
Tipo de metonímia que consiste no torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente
geográfico, ou situação que não se quer nomear.
Ex.: “Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil”. (André Filho)
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu ??????
1. IRONIA
Pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou
orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Ex.: “Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor”. (Mário de
Andrade)
2. ANTÍTESE
Apresentação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Ex.: “Amigos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal e fazem-nos o bem.
Outros nos almejam o bem e nos fazem o mal”. (Rui Barbosa)
3. PARADOXO
Consiste na aproximação de palavras ou expressões que, em tese, são inaproximáveis. É uma verdade
enunciada com aparência de mentira.
Ex.: “O mito é o nada que é tudo”. (Fernando Pessoa)
3. 4. PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
Atribui-se movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres
inanimados ou imaginários.
Ex.: “Um frio inteligente (...) percorria o jardim...” (Clarice Lispector)
5. EUFEMISMO
Uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida com penosa, desagradável
chocante.
Ex.: “O rapaz saltou da ponte da vida”. (Manuel Bandeira)
6. HIPÉRBOLO
Exagero de uma ideia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Ex.: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!”(Olavo Bilac)
7. GRADAÇÃO
Sequência de palavras que intensificam uma mesma ideia.
Ex.: “Dissecou-a, a tal ponto, e com tal arte, que ela / rota, baça, nojenta, vil / Sucumbiu...”(Raimundo
Correia)
8. APÓSTROFE
Invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde
ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Ex.: “Deus! Ó Deus! Onde estás, que não respondes?” (Castro Alves)
FIGURAS DE HARMONIA
Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons, ou
ainda quando se procura “imitar” sons produzidos por coisas ou seres.
1. ALITERAÇÃO
Repetição do mesmo som consonantal, geralmente em posição inicial da palavra.
Ex.: “Toda gente homenageia Januária na janela”. (Chico Buarque)
2. ASSONÂNCIA
Repetição do mesmo som consonantal, geralmente em posição inicial da palvra.
Ex.: “A ponte aponta
E se desaponta.
A tontinha tenta
Limpar a tinta
Ponto por ponto
E pinta por pinta...”(Cecília Meireles)
3. PARANOMÁSIA
Reprodução de sons semelhantes em palavras de significações diversas.
Ex.: “Que a morte apressada seja tributo do entendimento, e a vida larga atributo da ignorância”.
(Vieira)
4. ONOMATOPEIA
Uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.
Ex.: “Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r- eterno”. (Fernando Pessoa)
4. EXERCÍCIOS
1. Leia o texto e responda a questão abaixo.
Canção
Pus meu sonho num navio e o navio em cima do mar; – depois, abri o mar com as mãos para o meu sonha
naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos colore
as areias desertas.
O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um
navio...
Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho
desapareça.
Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos, com pedras e as minhas duas mãos
quebradas.
Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você tem, em cada item, primeiro os versos e depois, o
nome de uma dessas figuras. Observe:
I. Minhas mãos ainda estão molhadas /do azul das ondas entreabertas (sinestesia)
II. E a cor que escorre dos meus dedos (metonímia)
III. O vento vem vindo de longe (aliteração)
IV. A noite se curva de frio (personificação)
V. E o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça (polissídeto)
Considerando-se a relação verso / figura de linguagem, pode-se afirmar que:
a) Apenas I, II e III estão corretas.
b) Apenas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas II está correta.
d) Apenas I, IV e V estão corretas.
e) Todas estão corretas.
2. A conhecida ironia de Machado de Assis fica evidente na seguinte passagem do romance “Memórias
póstumas de Brás Cubas”:
“... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis...”
Nesse, corno em muitos outros trechos de seus romances, o escritor usa com maestria as palavras, obtendo, por
meio de sua combinação, o efeito cômico desejado. Diga qual é a ironia presente na passagem citada e explique
de que maneira Machado consegue obter o efeito cômico por meio das relações de significação que se
estabelecem entre as palavras que ele escolheu.
3. Em “Dizem que os cariocas somos pouco aos jardins públicos”, há
a) Pleonasmo
b) Hipérbato de pessoa.
c) Silepse de gênero.
d) Silepse de pessoa.
e) Silepse de número.
4. Identifique nos textos abaixo os recursos estilísticos empregados. Trata-se de metáfora, comparação ou
metonímia.
a) Para a florista
as flores são como beijos,
são como fadas disfarçadas. (Roseana Murray)
b) Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou ouro em seu brasão
Sou metal: me sabe o sopro do dragão. (Legião Urbana)
5. c) O que eu posso ser para você?
Um atalho para casa, uma filha no vento
Um gesto gentil de alguém
Um agasalho quando escurecer
O que eu posso ser para você?
d) O trem da juventude é veloz
Quando foi olhar já passou
Os trilhos do destino cruzando entre nós
Pela vida trazendo o novo (Hebert Viana)
e) O bonde passa cheio de pernas
Pernas brancas pretas e amarelas (Carlos Drummond)
f) Os barcos são a alegria deste lugar
Toda tarde tem festa
Quando chegam do mar
Os velhos numa mesa
São como uma visão
Bebendo a tarde inteira
Cantando uma canção (Hebert Viana)
5. Identifique nas frases abaixo os recursos estilísticos empregados.
a) Diante de tanta tristeza, ela preferiu faltar com a verdade.
b) Estou esperando você há séculos.
c) Pela lente do amor
Vejo tudo crescer,
Vejo a vida mil vezes melhor. (Gilberto Gil)
d) Porque o sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum. (Fernando Pessoa)
e) O cipreste inclina-se em fina reverência
e as margaridas estremecem, sobressaltadas. (Cecília Meireles)
f) Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
g) A ventania às vezes surpreendia
As janelas abertas do meu lar
E então as doces sombras se moviam,
Trêmulas, trêmulas a bailar. (Jorge de Lima)
h) De repente, porém,
Como se o País tivesse saído
Da beira do abismo,
Mil bocas de alto-falantes
Exclamam alucinadas pela amplidão
- Gôôô...ol!!! (Ascenso Ferreira)
i) Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- “Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” (Machado de Assis).
6. QUESTÕES E TESTES DE VESTIBULARES E DO ENEM
O texto a seguir servirá de base para as questões de 1 a 3
Um dia, sem querer, você mãe, abre uma das gavetas do seu filho adolescente e encontra um cigarro de
maconha. A sensação é de decepção, medo, angústia, seguida da terrível constatação: “Mau filho é um
drogado”. Enquanto torce mentalmente para que ele não esteja viciado, você, sem perceber, se vê abrindo a
gaveta de remédios para retirar o calmante que usa nos momentos de tensão, antevendo a inevitável e difícil
conversa que precisará travar quando ele chegar. É nessa gaveta de medicamentos que você encontra o alívio
para o corpo e a alma. São analgésicos para a dor, ansiolíticos para relaxar, anti-inflamatórios e até mesmo
comprimidos de anfetamina usados para conter o apetite que tantas vezes você não consegue controlar
naturalmente.
Em meio ao nervosismo, você não se dá conta de que alguns desses remédios ingeridos diariamente
podem causar mais danos e dependência que as substâncias que você conhece como “drogas ilícitas”. Esteja
certo: se um químico fizesse uma análise fria das substâncias encontradas na sua gaveta e na do seu filho, o
garoto não seria o único a precisar de uma conversa séria sobre o perigo de se amparar em muletas psicoativas.
“Do ponto de vista científico, não há diferença entre um dependente de cocaína e um viciado em
remédios que contêm anfetamina”, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira.
Enquanto prevalece uma estranha cortina de silêncio sobre o problema da farmacodependência,
milhares de pessoas que ingerem medicamentos correm, sem saber, risco de se tornarem dependentes. Um
problema que conta com a irresponsabilidade de alguns médicos e os interesses bilionários de uma das mais
poderosas forças econômicas mundiais: a indústria farmacêutica.
(Adaptado da Revista Superinteressante, fev. 2003)
1. (Cefet-PR) Segundo o texto, é incorreto afirmar que:
a) Os pais viciados em remédios são responsabilizados pelo uso abusivo que os filhos fazem de substâncias
tóxicas, pois dão o exemplo.
b) As atitudes da mãe e do filho são comparadas através do uso que ambos fazem de algum tipo de
substância tóxica.
c) Tanto a mãe como o filho, do ponto de vista científico, podem ser considerados viciados.
d) Alguns remédios, ou drogas lícitas, podem prejudicar mais seu dependente do que as “drogas ilícitas”.
e) A indústria farmacêutica negligenciada o problema por interesses econômicos.
2. (Cefet-PR) O texto dado não apresenta característica:
a) Narrativa.
b) Publicitária.
c) Opinativa.
d) Informativa.
e) Argumentativa.
3. (Cefet-PR) Assinale a alternativa correta de acordo com o texto.
a) No texto, não há metáforas ou palavras usadas em sentido figurado por se tratar aqui de um texto
com bases científicas.
b) Trata-se de um texto exclusivamente científico por apresentar palavras de uso específico da área da
bioquímica.
c) O texto estabelece uma comparação central entre os interesses dos pais e os interesses da indústria
farmacêutica.
d) O termo “drogas ilícitas” refere-se, no texto, aos remédios usados abusivamente como se fossem
entorpecentes.
e) O uso da segunda pessoa você, no texto, tem a intenção de aproximar o leitor do problema, e não
pode ser considerado um erro.
7. 4. (Cefet-PR) Leia o texto publicitário a seguir e assinale a alternativa correta.
“Pense rápido. Pense Celta Energy 1.4.
O celta possui o motor mais potente da categoria. Foi feito na medida para você, que exige alta
tecnologia num carro econômico. É ver para crer.” (Fonte: www.chevrolet.com.br. – 2 out. 2003)
a) O termo rápido pode ser substituído por rapidamente, sem que a mensagem publicitária seja
alterada.
b) A propaganda é enganosa, pois é impossível aliar alta tecnologia à economia.
c) A expressão “da categoria” deveria ser eliminada, pois restringe a ideia de potência.
d) No texto, há recursos que visam à interação com o leitor, que é tratado como pessoa criteriosa em
matéria de carros.
e) A expressão “É ver *para crer”, por ser de uso corrente, não deveria ser usada nessa modalidade de
texto escrito.
Texto de referência para as questões de 5 a 8.
Belicismo de Bush rende Nobel a Carter
O ex-presidente norte-americano Jimmy Carter foi apontado, ontem, como o ganhador do Prêmio
Nobel da Paz deste ano, numa inusitada e pouco velada crítica à política militarista do atual presidente dos EUA,
George W. Bush.
O presidente da Comissão Nobel, Gunnar Berge, disse depois de anunciar Carter como o ganhador do
prêmio, que a escolha poderia e deveria ser interpretada como uma crítica à linha que a atual administração
(americana) está adotando, numa referência à escalada da retórica de guerra de Washington contra o Iraque.
Mas outros membros da comissão – que normalmente não expressam suas posições sobre questões
políticas – desmentiram que a crítica a Bush tivesse motivado a escolha de Carter. “Essa não é a opinião da
comissão”, declarou uma das juradas do Nobel, Inger Marie Ytterhorn.
Gazeta do Povo, 12 out. 2002.
5. (Cefet-PR) Assinale a alternativa correta a respeito do texto.
a) As ações de George W. Bush em questões bélicas assemelham-se às de Jimmy Carter.
b) As ações militaristas de Bush favoreceram a escolha de Carter como ganhador do prêmio Nobel da Paz,
segundo Gunnar Berge.
c) O prêmio não deveria ser de Carter porque os EUA constantemente estão envolvidos em conflitos
bélicos.
d) Nem todos os membros da comissão acham que o prêmio deveria ser de Carter.
e) Inger Marie Ytterhorn, costumeiramente, desmentiu Gunnar Berge.
6. (Cefet-PR) Os termos “inusitada”, “pouco velada” e “retórica” significam, no texto, respectivamente:
a) Incomum, mal disfarçada, discurso.
b) Memorável, brilhante, fala.
c) Rara, clara, ataque.
d) Abrangente, pouco oculta, política.
e) Total, esclarecedora, crítica.
7. (Cefet-PR) Assinale a alternativa que não reescreve corretamente o segundo parágrafo do texto.
a) Depois de anunciar Carter como o ganhador do prêmio, o presidente da Comissão Nobel, Gunnar
Berge, disse que a escolha poderia e deveria ser interpretada como uma crítica à linha que a atual
administração (americana) está adotando, numa referência à escalada da retórica de guerra de
Washington contra o Iraque.
b) Numa referência à escalada da retórica de guerra de Washington contra o Iraque, o presidente da
Comissão Nobel, Gunnar Berge, disse, depois de anunciar Carter como o ganhador do prêmio, que a
escolha poderia e deveria ser interpretada como uma crítica à linha que a atual administração
(americana) está adotando.
8. c) A escolha que poderia e deveria ser interpretada como uma crítica à linha que a atual administração
(americana) está adotando, disse o presidente da Comissão Nobel, Gunnar Berge, depois de anunciar
Carter como o ganhador do prêmio, uma referência à escalada da retórica de guerra de Washington
contra o Iraque.
d) Gunnar Berge, presidente da Comissão Nobel, depois de anunciar Carter como o ganhador do prêmio,
disse que a escolha poderia e deveria ser interpretada como uma crítica à linha que a atual
administração (americana) está adotando, numa referência à escalada da retórica de guerra de
Washington contra o Iraque.
e) O presidente da Comissão Nobel, Gunnar Berge, depois de anunciar Carter como ganhador do prêmio,
disse que a escolha poderia e deveria ser interpretada como uma crítica à linha que a atual
administração (americana) está adotando, numa referência à escalada da retórica de guerra de
Washington contra o Iraque.
8. (Cefet-PR) Assinale a alternativa incorreta a respeito do texto.
a) O terceiro parágrafo introduz uma ideia nova ao texto.
b) O segundo parágrafo complementa e esclarece as informações dadas no primeiro.
c) As informações do terceiro parágrafo se opõem às do segundo.
d) A ideia contida no título é sustentada pelas informações do segundo parágrafo.
e) As informações do segundo e do terceiro parágrafo se opõem às do primeiro.
Texto para as questões 9 e 10.
“Vi Cidade de Deus de Fernando Meirelles. Gostei. Vi Carandiru, de Hector Babenco, um dos bons cineastas do
mundo. Gostei também, a despeito de algumas reservas que só têm relação com o ritmo da narrativa. A crítica
sendo a qual ambos os filmes são lenientes com a violência e tentam estetizá-la, endeusando a bandidagem, é
coisa de gente botocuda, que supõe (ou faz de conta que supõe) que um filme deva ser dirigido como um
tribunal, resguardando o direito de defesa. Cineastas, a exemplo de romancistas e quaisquer outros artistas,
têm o direito de eleger à vontade seus bandidos e heróis. Devem satisfação apenas a si mesmos e a seu público.
AZEVEDO, Reinaldo. Bravo!, set. 2003.
9. (Cefet-PR) Os trechos das alternativas a seguir são sequências do texto dado, com adaptações. Assinale
a que não complementa ou não reitera as ideias nele postuladas.
a) A obra de arte não tem nenhuma obrigação de ser moral, justa ou ética. Aliás até prefiro que não
seja.
b) De todo modo, confesso que minha tolerância com dramas sociais no cinema atingiu o ponto de
saturação com O homem do ano, de J. H. Fonseca.
c) A sordidez costuma ser um terreno mais fértil para as paixões humanas do que os bons
sentimentos.
d) Gente normal é agradável à convivência, mas raramente sustentam mais de um parágrafo
interessante ou uma sequência que nos mantenha presos à poltrona.
e) Cineastas não precisam nortear seus trabalhos pela crítica de cinema.
10. (Cefet-PR) Assinale a alternativa correta.
a) “A despeito de” pode ser substituído por “apesar de”, sem prejuízo para o sentido do texto.
b) “Que” tem como referência o “ritmo da narrativa”.
c) “Só”, no texto, tem o mesmo sentido de “só” em “antes só do que mal acompanhado”.
d) “Segundo” pode ser substituído, no texto, por “cuja” sem alteração de sentido.
e) “Deva” não está atendendo à língua padrão e deveria ser substituído por “deve”.
Leia atentamente o texto e responda às questões de 11 a 14.
A última das três abordagens, entre as teorias idealistas, é a que considera cultura como sistemas
simbólicos. Esta posição foi desenvolvida nos Estados Unidos principalmente por antropólogos: o já conhecido
Clifford Geertz e David Schneider.
9. O primeiro deles busca uma definição de homem baseada na definição de cultura.
Para isto, refuta a ideia de uma forma ideal de homem, decorrente do iluminismo e da antropologia
clássica, perto da qual as demais eram distorções ou aproximações, e tenta resolver o paradoxo (...) de uma
imensa variedade cultural que contrasta com a unidade da espécie humana.
Para isto, a cultura deve ser considerada “não um complexo de comportamentos concretos mas um
conjunto de mecanismos de controle, planos, receitas, regras, instruções (que os técnicos de computadores
chamam programa) para governar o comportamento”. Assim, para Geertz, todos os homens são geneticamente
aptos para receber um programa, e este programa é o que chamamos cultura. E esta formulação – que
consideramos uma nova maneira de encarar a unidade da espécie – permitiu a Geertz afirmar que “um dos mais
significativos fatos sobre nós pode ser finalmente a constatação de que todos nascemos com um equipamento
para viver mil vidas, mas terminamos no fim tento vivido uma só!”
LARAIA, Roque de Barros. Cultura, um conceito antropológico. 16 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003, p. 62.
11. (FGV-SP) Assinale a alternativa correta.
a) Geertz define o homem com base na cultura.
b) Geertz não encontra uma definição de homem baseada na cultura.
c) Geertz rejeita a noção de homens ideais, cujas ideias provêm do Iluminismo.
d) O autor do livro rejeita a noção do homem ideal, característica do Iluminismo.
e) É paradoxal a ideia de que o homem seja definido por sua cultura.
12. (FGV-SP) O texto introduz parágrafos duas vezes com a expressão “Para isto”. Assinale a alternativa
correta em relação a essa expressão no texto.
a) Na primeira ocorrência, “isto” significa definição de cultura.
b) Na primeira ocorrência, “isto” significa cultura.
c) Na segunda ocorrência, “isto” significa resolver o paradoxo.
d) Na segunda ocorrência, “isto” significa refutar uma forma ideal de homem.
e) Na segunda ocorrência, “isto” significa a cultura deve ser considerada um programa.
13. (FGV-SP) De acordo com o texto:
a) Para Geertz, é um paradoxo a cultura assemelhar-se a um programa de computador.
b) Para Geertz, a noção de cultura se assemelha à noção de programa de computador.
c) Para o autor do texto, é um paradoxo a cultura assemelhar-se a um programa de computador.
d) Não fosse pelo fato de referir-se a computador, a noção de programa seria semelhante à noção de
cultura.
e) O autor do texto é contrário às opiniões de Geertz sobre cultura.
14. (FGV-SP) Leia a afirmação de Geertz, transcrita nas últimas linhas do texto. Com base nessa afirmação,
podemos dizer que:
a) O equipamento para viver mil vidas, com o qual nascemos, é alterado pela cultura para que vivamos
poucas das possibilidades.
b) Ao nascer, o homem tem condições potenciais de viver vários programas, mas vai escolher um só.
c) O ser humano tem condições potenciais de viver aquele que lhe oferece a cultura em que nasce.
d) É uma pena a cultura restringir as opções de estilo de vida do homem.
e) A vida que vivemos é determinada pelo equipamento com que nascemos.
15. (FGV-SP) Assinale a alternativa que não é abonada pela norma culta, quanto à regência.
a) Tratou-o com fidalguia, como a um padre.
b) Não lhe perguntou nada, apenas concordou com o que ele dizia.
c) É claro que Jesus a ama!
d) José agradeceu o homem que lhe trouxera o presente e retirou-se.
e) O chefe não lhe permitiu atender o cliente.
10. 16. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que um verbo, tomando outro sentido, tem alterada a sua
predicação.
a) O alfaiate virou e desvirou o terno, à procura de um defeito. / Francisco virou a cabeça para o lado,
indiferente.
b) Clotilde anda rápido como um raio. / Clotilde anda adoentada ultimamente.
c) A mim não me negam lugar na fila. / Neguei o acesso ao prédio, como me cabia faze.
d) Não assiste ao prefeito o direito de julgar essa questão. / Não assisti ao filme que você mencionou.
e) Visei o alvo e atirei. / As autoridades portuárias visaram o passaporte.
17. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que a ausência da preposição, antes do pronome relativo que, está
de acordo com a norma culta.
a) É uma quantia vultosa, que o Estado não dispõe: falta-lhe numerário.
b) Vi claramente o bolso que você pôs o dinheiro nele.
c) Não interessava perguntar qual a agência que remetente enviou a carta.
d) A garota que eu gosto não está namorando mais. Chegou a minha oportunidade.
e) Essa era a declaração que o alcaide insistia em fazer.
18. (FGV-SP) Das alternativas abaixo, assinale aquela em que a oração destacada indica uma condição.
a) A menos que ele faça o pagamento da fatura, seu crédito não será restabelecido.
b) Não sabia se devia esperar pelo chefe naquela rua deserta.
c) Se o trator derrubar o casebre, seus moradores vão ficar na rua.
d) O garoto não era assim tão forte; por isso, devia-se ajuda-lo.
e) Ei-la que passa sem perceber que é bonita como uma deusa.
19. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que o uso dos verbos “fazer”, “haver” e “ser” está de acordo com a
norma culta.
a) Ele não se olhava no espelho haviam três dias. A esposa se queixava muito daquela situação.
b) Faziam dias alegres naquele verão. Muito calor e muita mulher bonita.
c) Não houveram mais casos de dengue nas redondezas, desde a intervenção do médico.
d) Meu maior incômodo são as aves noturnas que vêm fazer ninho no forro da casa.
e) Agora são meio-dia. As pessoas que fazem a sesta se dirigem a casa.
20. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que a grafia das palavras está correta.
a) Beneficiente, asterístico, Ciclano, sobrancelha, excessão.
b) Estorno, beneficente, pretensão, Sicrano, assessor.
c) Auto-falante, eletricista, asterístico, exceção, losângulo.
d) Estorno, previlégio, prazeiroso, sombramcelha, pretenção.
e) Estorno, privilégio, beneficiente, acessor, celebral.
21. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas “mal” ou “mau” estão utilizadas de acordo com a
norma culta.
a) Mau-agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensa.
b) Seu mal humor ultrapassava os limites do suportável.
c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.
d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência
correta.
e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém o observava.