A força pode ser definida como a capacidade neuromuscular de superar uma resistência interna e externa. Basicamente, é a capacidade de gerar impulso, e seu desenvolvimento deve ser a prioridade de todo aquele que deseja melhorar o desempenho atlético (BOMPA, 2002).
1. FORÇA
AUTOR DESCONHECIDO
DEFINIÇÕES
A força pode ser definida como a capacidade neuromuscular de superar uma resistência
interna e externa. Basicamente, é a capacidade de gerar impulso, e seu desenvolvimento
deve ser a prioridade de todo aquele que deseja melhorar o desempenho atlético
(BOMPA, 2002).
É correto afirmar que a força é uma capacidade física natural, herdada geneticamente e
capaz de se manifestar em diferentes tipos de ações que envolvam movimento,
resistência e velocidade (deslocamento). Particularmente, a força isométrica não envolve
nem movimento e nem velocidade, mas necessita em grande parte da resistência para
manter a posição adotada.
Teoricamente, podemos entender que a força é uma característica mecânica e uma
capacidade humana (BOMPA, 2002).
Determina-se a força através da segunda lei da inércia de Newton: força é igual massa
vezes aceleração (F= m.a). Uma mudança em um ou em ambos os fatores (m ou a) pode
contribuir para melhorar a força de um individuo.
A velocidade e o tempo afetam diretamente a aplicação da força.
MECANISMOS FISIOLOGICOS DO TREINAMENTO DE FORÇA
Para que o desenvolvimento adequado da força ocorra é preciso que alguns mecanismos
fisiológicos aconteçam.
A coordenação intermuscular e a coordenação intramuscular são fatores determinantes
no treinamento de força.
A primeira refere-se à interação de vários grupos musculares durante o desempenho de
um determinado exercício enquanto a segunda relaciona-se à quantidade de unidades
neuromusculares que participam de uma tarefa.
É fundamental que as pessoas envolvidas em programas de exercícios entendam esses
fundamentos caso não queiram gastar seu tempo à toa ao se exercitarem. Uma vez
compreendidos tais fundamentos, tenho certeza de que olharão com outros olhos
quando forem realizar os exercícios que costumam fazer, muitas das vezes com pouca
concentração e sincronismo.
FORÇA E HIPERTROFIA
Seguindo um programa de treinamento de força, um músculo ou aumenta por si só ou
hipertrofia como resultado dos seguintes fatores:
Aumento das miofibrilas (as tiras finas de uma fibra muscular) por fibra muscular
(hipertrofia);
Aumento da densidade capilar por fibra muscular;
Aumento da quantidade de proteína;
Aumento do número total de fibras musculares.
Todas essas ocorrências podem levar ao aumento generalizado da área seccional
transversal de um músculo.
2. TIPOS DE FORÇA
É consenso que para produzir força os músculos precisam se contrair, mas existem
diferentes tipos de força que precisamos estar atentos a fim de conduzir um treino mais
efetivo. Ao observar esportes tais como maratona, levantamento de peso, futebol,
ginástica, lutas, entre outros, podemos concluir que para cada gesto esportivo específico
existe uma maneira particular de manifestação de força. Pensando nisso achei
importante abordar os tipos de força presentes no treinamento esportivo e que de
alguma maneira possam estar presentes também no cotidiano das pessoas.
A razão entre o peso corporal e a força é muito importante, principalmente nos
movimentos onde o aluno/atleta saia do chão.
Abaixo apresento os diferentes tipos de força e suas definições:
FORÇA GERAL
A força geral refere-se à força de um sistema muscular completo. Um baixo nível de
força geral pode ser um fator limitante para os progressos de um praticante.
FORÇA ESPECÍFICA
É a força dos músculos utilizados para um determinado gesto esportivo ou alguma
atividade da vida diária (AVD). O gesto de chutar a bola no futebol é um exemplo de
força especifica. O mesmo acontece nas lutas quando um adversário aplica um golpe no
seu oponente.
FORÇA MÁXIMA
A força máxima refere-se ao maior esforço que o sistema neuromuscular pode executar
durante uma contração voluntária máxima. É demonstrada pela carga mais alta que
um atleta pode levantar em uma única tentativa. No esporte, um bom exemplo é o
levantamento de peso olímpico onde o objetivo é levantar o maior peso possível nos
exercícios de arranco e arremesso.
FORÇA DE RESISTÊNCIA
Refere-se à capacidade muscular de sustentar o trabalho por um tempo prolongado.
Essa força é determinante em esportes como as corridas de fundo e meio fundo como
também em provas de ciclismo.
POTÊNCIA
Também conhecida como força explosiva, a potência é o produto das capacidades força
e velocidade. Refere-se à força máxima produzida no menor tempo possível.
FORÇA ABSOLUTA
É a capacidade de exercer força máxima independente do peso corporal. A quantidade
de força absoluta aumenta paralelamente com ganhos de peso corporal. Esse tipo de
força é importante para desportos como arremesso, categorias mais pesadas de
levantamento olímpico e lutas.
FORÇA RELATIVA
Representa a razão entre a força absoluta e o peso corporal de um atleta/aluno. É
importante em esportes ou ações onde os praticantes perdem o contato com o solo
durante o desempenho ou são divididos em categorias de peso, como é o caso das lutas.
Podemos ver um exemplo demonstrado pela força relativa ao pegarmos dois alunos e
3. analisarmos seus desempenhos no exercício agachamento.
Vamos dizer que o aluno 1 tem 100 kg de peso corporal e obteve 110 kg em uma
repetição máxima (1RM ou força absoluta) no agachamento e o aluno 2, com 60 kg de
peso corporal, obteve 70 kg em 1RM do agachamento. QUAL DOS DOIS É O MAIS
FORTE EM TERMOS DE FORÇA RELATIVA? Vamos às contas:
Aluno 1 – PC 100 kg/110 kg 1RM = 1,1
Aluno 2 – PC 60 kg/70 kg 1RM = 1,16
Esta aí o resultado que mostra que nem sempre quem levanta mais peso será o mais
forte quando o assunto for força explosiva e através da força relativa podemos analisar
isso de forma simples e fácil.
FORÇA FUNCIONAL
De acordo com D’Elia 2013, para desenvolver a força funcional você deve treinar os
movimentos ao invés dos músculos de forma isolada, treinar o centro antes das
extremidades construindo força de baixo para cima do corpo, incorporando
movimentos de puxar, empurrar e agachar gerando integração e aplicando o princípio
da sobrecarga.
Referências bibliográficas:
BOMPA, Tudor. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4.ed. São Paulo:
Phorte, 2002.
D’ELIA, Luciano. Guia completo de treinamento funcional. 1. Ed. São Paulo : Phorte,
2013.
GOMES, Antonio Carlos. Treinamento desportivo: estruturação e periodização. 2.ed.
Porto Alegre: Artmed, 2009.