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Editorial
Prof. Kleber Brito
EDITORIAL
• Definição
• Contexto de circulação
• Público
• Estrutura
• Linguagem
Definição
 O EDITORIAL é um gênero discursivo
  que tem a finalidade de manifestar
  a opinião de um jornal (ou algum
  órgão    de      imprensa)    sobre
  acontecimento      importante    no
  cenário nacional ou internacional.

 Não é assinado, porque não deve
  ser associado a um ponto de vista
  individual.
 Deve ser enfático, equilibrado e
  informativo.

 Deve apresentar os argumentos
  que sustentem a posição assumida
  pelo jornal.

 Costuma também resumir opiniões
  contrárias, para refutá-las.
Contexto de circulação

Os jornais diários são o espaço de circulação
dos editoriais, que têm neles uma seção fixa.
Geralmente essa seção aparece logo nas
primeiras páginas, próxima às colunas de opinião
que abordam temas da vida política nacional e
internacional.
Público
Buscam os editoriais os leitores que não se
contentam com as informações sobre os principais
acontecimentos nacionais e internacionais, e que
desejam ver tais acontecimentos analisados,
considerados a partir do contexto maior em que se
inserem.
Esses leitores são pessoas que procuram analisar os
fatos e, por isso, procuram textos analíticos e
argumentativos nos jornais que leem. Esperam
encontrar não só a opinião do jornal, mas também
uma confirmação da posição que elas mesmas
têm a respeito dos acontecimentos analisados.
Estrutura
A estrutura básica de um editorial deve trazer uma
introdução que contextualize a questão a ser
analisada; um desenvolvimento no qual são
apresentados argumentos que sustentem a análise
(e, se for o caso, refutados os argumentos
contrários); e uma conclusão que decorra da
argumentação feita.
A diferença básica entre um editorial e um artigo
de opinião, que são gêneros argumentativos, é,
por um lado, a extensão: enquanto os artigos são
mais longos, editoriais devem ser curtos, porém
mais enfáticos, tratando a questão central de
modo resumido e objetivo.
Por outro lado, diferenciam-se quanto à
perspectiva adotada para a análise: os editoriais
não são assinados, e não podem ser associados a
uma perspectiva subjetiva, já que têm como
função expressar o ponto de vista do periódico
em que são publicados.
Linguagem
O editorial é um texto explicitamente formal.
Representa o periódico no qual circula e, por esse
motivo, deve garantir que a imagem que dele
fazem os leitores seja a melhor possível. No caso
da linguagem, isso significa adotar como
referência o padrão culto da língua escrita.
Marcas de pessoalidade (1ª pessoa) não devem
aparecer nos editoriais.
EXEMPLO

                   Censura em rede
          A maior ameaça à liberdade de expressão no
  Brasil, hoje, parte do Judiciário. Se alguém alimentava
  dúvida sobre essa situação espantosa, a detenção do
  diretor de um serviço de publicação de vídeos na
  rede mundial de computadores, por determinação
  da Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul, se
  encarregou de desfazê-la.

   Questão polêmica
   contextualização
O juiz eleitoral Flávio Saad Peron determinara a
prisão porque não havia sido retirada do ar uma peça
com ataques a um candidato a prefeito, exigência
que se repete em dezenas de ações similares em 21
Estados. Como toda decisão judicial, era obrigatório
cumpri-la, ainda que fosse imediatamente seguida de
recurso à própria Justiça contra seu caráter abusivo.
      No Amapá, a Justiça Eleitoral obrigou a
empresa que edita o jornal "O Estado de S. Paulo" a
suprimir comentário de blogueiro sobre um
candidato local. Detalhe: sua nota informava que o
postulante responde a várias ações penais.
E não é só na esfera eleitoral que o vezo
censório se manifesta. Um juiz de São Paulo
determinou que a mesma organização retire da
rede em todo o Brasil o filmete que satiriza Maomé e
provocou reações violentas em países muçulmanos.
        Há outros episódios semelhantes, além de
vetos quase sistemáticos à divulgação de pesquisas
eleitorais que contrariem os interesses de algum
candidato. E, já que se fala de Judiciário e censura,
é oportuno lembrar que, devido a recorrentes
proibições, biografias se tornaram um gênero
literário ameaçado de extinção no país.
Admita-se: nem sempre é simples sopesar
               princípios constitucionais em choque e chegar a
               conclusões sobre casos concretos, missão mesma do
               Poder Judiciário. A julgar por uma série de decisões
               recentes, porém, muitos juízes parecem esquecidos
 Argumentos




               de que a regra geral é a liberdade, e não o
               contrário.
                      É verdade que o problema não está só na
               Justiça, que adere a um movimento maior de
               intolerância e moralismo. Num lance quase
               humorístico, o deputado Protógenes Queiroz (PC do
               B-SP) queria elevar para 18 anos a classificação de
               um filme porque um urso de pelúcia aparece nele
               fumando maconha.
Até a Academia Brasileira de Letras, que
deveria ser um bastião da liberdade de opinião,
censurou há pouco a transmissão de uma palestra
sobre história da arte e sexo.
        É claro que a ABL, instituição privada, é livre
para escolher o que vai exibir e parlamentares,
para fazer de tudo a fim de aparecer, mas seria
mais útil se usassem sua liberdade e seu poder para
aprovar o Marco Civil da Internet, de maneira a
clarificar de vez a questão da responsabilidade de
veiculadores e autores nesse meio de difusão.
Quanto à Justiça, não pode haver dúvida: é
imprescindível que magistrados, como guardiões da
Constituição, adotem uma interpretação consistente
das garantias da Carta para as liberdades de
pensamento, expressão e imprensa e se abstenham
definitivamente de qualquer forma de censura.




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Editorial

  • 2. EDITORIAL • Definição • Contexto de circulação • Público • Estrutura • Linguagem
  • 3. Definição  O EDITORIAL é um gênero discursivo que tem a finalidade de manifestar a opinião de um jornal (ou algum órgão de imprensa) sobre acontecimento importante no cenário nacional ou internacional.  Não é assinado, porque não deve ser associado a um ponto de vista individual.
  • 4.  Deve ser enfático, equilibrado e informativo.  Deve apresentar os argumentos que sustentem a posição assumida pelo jornal.  Costuma também resumir opiniões contrárias, para refutá-las.
  • 5. Contexto de circulação Os jornais diários são o espaço de circulação dos editoriais, que têm neles uma seção fixa. Geralmente essa seção aparece logo nas primeiras páginas, próxima às colunas de opinião que abordam temas da vida política nacional e internacional.
  • 6. Público Buscam os editoriais os leitores que não se contentam com as informações sobre os principais acontecimentos nacionais e internacionais, e que desejam ver tais acontecimentos analisados, considerados a partir do contexto maior em que se inserem.
  • 7. Esses leitores são pessoas que procuram analisar os fatos e, por isso, procuram textos analíticos e argumentativos nos jornais que leem. Esperam encontrar não só a opinião do jornal, mas também uma confirmação da posição que elas mesmas têm a respeito dos acontecimentos analisados.
  • 8. Estrutura A estrutura básica de um editorial deve trazer uma introdução que contextualize a questão a ser analisada; um desenvolvimento no qual são apresentados argumentos que sustentem a análise (e, se for o caso, refutados os argumentos contrários); e uma conclusão que decorra da argumentação feita.
  • 9. A diferença básica entre um editorial e um artigo de opinião, que são gêneros argumentativos, é, por um lado, a extensão: enquanto os artigos são mais longos, editoriais devem ser curtos, porém mais enfáticos, tratando a questão central de modo resumido e objetivo.
  • 10. Por outro lado, diferenciam-se quanto à perspectiva adotada para a análise: os editoriais não são assinados, e não podem ser associados a uma perspectiva subjetiva, já que têm como função expressar o ponto de vista do periódico em que são publicados.
  • 11. Linguagem O editorial é um texto explicitamente formal. Representa o periódico no qual circula e, por esse motivo, deve garantir que a imagem que dele fazem os leitores seja a melhor possível. No caso da linguagem, isso significa adotar como referência o padrão culto da língua escrita. Marcas de pessoalidade (1ª pessoa) não devem aparecer nos editoriais.
  • 12. EXEMPLO Censura em rede A maior ameaça à liberdade de expressão no Brasil, hoje, parte do Judiciário. Se alguém alimentava dúvida sobre essa situação espantosa, a detenção do diretor de um serviço de publicação de vídeos na rede mundial de computadores, por determinação da Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul, se encarregou de desfazê-la.  Questão polêmica  contextualização
  • 13. O juiz eleitoral Flávio Saad Peron determinara a prisão porque não havia sido retirada do ar uma peça com ataques a um candidato a prefeito, exigência que se repete em dezenas de ações similares em 21 Estados. Como toda decisão judicial, era obrigatório cumpri-la, ainda que fosse imediatamente seguida de recurso à própria Justiça contra seu caráter abusivo. No Amapá, a Justiça Eleitoral obrigou a empresa que edita o jornal "O Estado de S. Paulo" a suprimir comentário de blogueiro sobre um candidato local. Detalhe: sua nota informava que o postulante responde a várias ações penais.
  • 14. E não é só na esfera eleitoral que o vezo censório se manifesta. Um juiz de São Paulo determinou que a mesma organização retire da rede em todo o Brasil o filmete que satiriza Maomé e provocou reações violentas em países muçulmanos. Há outros episódios semelhantes, além de vetos quase sistemáticos à divulgação de pesquisas eleitorais que contrariem os interesses de algum candidato. E, já que se fala de Judiciário e censura, é oportuno lembrar que, devido a recorrentes proibições, biografias se tornaram um gênero literário ameaçado de extinção no país.
  • 15. Admita-se: nem sempre é simples sopesar princípios constitucionais em choque e chegar a conclusões sobre casos concretos, missão mesma do Poder Judiciário. A julgar por uma série de decisões recentes, porém, muitos juízes parecem esquecidos  Argumentos de que a regra geral é a liberdade, e não o contrário. É verdade que o problema não está só na Justiça, que adere a um movimento maior de intolerância e moralismo. Num lance quase humorístico, o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) queria elevar para 18 anos a classificação de um filme porque um urso de pelúcia aparece nele fumando maconha.
  • 16. Até a Academia Brasileira de Letras, que deveria ser um bastião da liberdade de opinião, censurou há pouco a transmissão de uma palestra sobre história da arte e sexo. É claro que a ABL, instituição privada, é livre para escolher o que vai exibir e parlamentares, para fazer de tudo a fim de aparecer, mas seria mais útil se usassem sua liberdade e seu poder para aprovar o Marco Civil da Internet, de maneira a clarificar de vez a questão da responsabilidade de veiculadores e autores nesse meio de difusão.
  • 17. Quanto à Justiça, não pode haver dúvida: é imprescindível que magistrados, como guardiões da Constituição, adotem uma interpretação consistente das garantias da Carta para as liberdades de pensamento, expressão e imprensa e se abstenham definitivamente de qualquer forma de censura. http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1160538-editorial-censura-em-rede.shtml