Este documento discute os principais conceitos de climatologia e meteorologia. Em particular, descreve as camadas da atmosfera terrestre, os tipos de nuvens e chuvas, e as classificações climáticas mundiais e do Brasil.
1. CLIMATOLOGIA
é um ramo da ciência que é estudado tanto
pela geografia, quanto pela meteorologia.
Clima é o nome que se dá às condições atmosféricas
que costumam ocorrer num determinado lugar.
2. Atmosfera
é o nome dado à camada gasosa que
envolve os planetas. No caso
da atmosfera terrestre ela é composta
por inúmeros gases que ficam retidos
por causa da força da gravidade e do
campo magnético que envolve a Terra.
3. Importância
Do ponto de vista de um geólogo planetário, a
atmosfera é um agente evolucionário essencial
na morfologia de um planeta. Mudanças climáticas
podem influenciar a história geológica de um
planeta. De modo oposto, o estudo da superfície de
um planeta, primeiramente a Terra, pode levar a um
entendimento sobre a história da atmosfera e do
clima no planeta.
Para um meteorologista, a composição da
atmosfera determina o clima e suas variações.
Para um biólogo a composição atmosférica mantém
uma íntima relação com o aparecimento da vida e de
sua evolução.
4. Camadas
Para fins de estudos a atmosfera
terrestre é dividida em algumas
camadas de acordo com a variação das
transições de temperatura:
5. Troposfera
A troposfera, que geralmente se estende
a 12 km (entre 20 km no equador e 8 km
nos pólos). É nesta camada que
acontecem praticamente todos os
fenômenos que influenciam o tempo.
6. Estratosfera
A estratosfera, estende-se até
aproximadamente 50 km com
temperaturas parecidas com as da
troposfera até o limite de 20km. Esta
camada é mais quente por causa do
ozônio que se acumula e que absorve
os raios ultravioletas.
7. Mesosfera
Na mesosfera, a temperatura novamente
diminui. Esta camada vai até cerca de 80
km. A esta altura, a temperatura chega a
-90ºC!
8. Ionosfera
A ionosfera recebe esse nome por possuir uma
grande quantidade de íons, átomos
eletricamente carregados. Essa camada tem
uma espessura de aproximadamente 470km. O
ar da ionosfera é extremamente rarefeito e
ainda assim oferece suficiente resistência aos
meteoros, que bombardeiam diariamente a
Terra, fragmentando-os.
9. Exosfera
A exosfera é a camada mais externa da
atmosfera. Chega a confundir-se com o
espaço cósmico. O ar existente nessa
camada é tão rarefeito que os
grupamentos atômicos chegam a
atravessar distâncias enormes sem se
chocarem.
10.
11. Fatores do Clima
Latitude: A latitude é um dos fatores do clima
que influi na temperatura devido à forma
esférica da Terra. A insolação diminui a partir
do Equador, pois ali os raios solares incidem
perpendicularmente à superfície da Terra, em
direção aos pólos, onde há elevada inclinação
e reflexão dos raios solares. Então a regra
geral se define por a temperatura diminuir com
o aumento da latitude.
12. Altitude
Altitude: A altitude é um fator climático que
exerce grande influência sobre a
temperatura. Isso ocorre porque o calor é
irradiado da superfície terrestre, é refletido,
sendo enviado de volta, e a atmosfera se
aquece por irradiação. O ar se torna mais
rarefeito a medida que a altitude fica maior.
13. Correntes Maritimas
Correntes Marítimas: As correntes marítimas são
porções de água que se deslocam pelos oceanos.
Com características próprias elas apresentam:
temperatura, salinidade, pressão e velocidade. As
correntes marítimas distribuem o calor e influem no
clima. Elas resultam de diversos fatores, como
ventos, movimento de rotação da Terra, diferenças
de salinidade e temperatura das águas e
conformação das bacias oceânicas.
14. Massa de Ar
Massa de ar é uma parcela extensa e espessa
da atmosfera, com milhares de quilômetros
quadrados de extensão, que apresenta
características próprias
de pressão, temperatura e umidade, determinadas
pela região na qual se origina. Devido às
diferenças de pressão, as massas de ar que
compõem a atmosfera estão em constante
movimento.
15. Tipos de Nuvens
Para que haja a formação de nuvens é
necessário que parte do vapor d’água
contido na atmosfera se condense,
formando pequenas gotículas de água, ou
solidifique, formando minúsculos cristais de
gelo. A esta formação, ou aglomerado de
cristais de gelo e gotículas damos o nome
de nebulosidade.
16. Cumulus : nuvens isoladas que
apresentam uma base sensivelmente
horizontal, tem contornos bem definidos,
uma cor bem branca quando iluminada
pelo sol, provoca chuvas na forma de
pancadas, constituídas principalmente por
gotículas de água, mas podem conter
cristais de gelo no topo.
17.
18. Congestus: tem bordas
protuberantes no topo e
considerável desenvolvimento
vertical, indica profunda
instabilidade e favorecimento por
escoamento ciclônico em altitude.
19.
20. Cumulonimbus : com grande
desenvolvimento vertical apresenta a
forma de uma montanha e sua forma só
pode ser vista de longe devido ao seu
tamanho. No topo, geralmente
apresenta a forma característica de uma
bigorna. É uma nuvem mais escura
formada por grandes gotas de água e
granizo, podendo conter cristais de gelo
no topo. Está associada a tempestades
fortes com raios e trovões.
21.
22. Stratocumulus : cinzentas ou
esbranquiçadas é formada por
gotículas de água e estão
associadas a chuvas fracas.
23.
24. Stratus : nuvem cinzenta que
provoca chuvisco. De cor cinza
forte com base uniforme, costuma
encobrir o sol ou a lua.
25.
26. Nimbostratus : nuvens de
grande extensão e base difusa
formadas por gotas de chuva,
cristais ou flocos de gelo com
cor bastante escura.
27.
28. Altostratus : assemelham-se a um
lençol cinzento, às vezes azulado,
sempre tem umas partes finas que
permitem ver o sol. É formada por
gotas de chuvas e cristais de gelo.
29.
30. Altocumulus : nuvem cinza (às
vezes branca) que apresenta
sombras próprias e tem a forma de
rolos ou lâminas fibrosas ou
difusas. Raramente contém cristais
de gelo e por entre as nuvens deste
tipo é possível enxergar pedaços
do céu claro.
31.
32. Cirrus : nuvens com brilho
sedoso, isoladas e formadas
por cristais de gelo parecendo
convergir para o horizonte.
Podem se formar da evolução
da bigorna da cumulusnimbus.
33.
34. Cirrocumulus : nuvens braças
compostas quase
exclusivamente por cristais de
gelo agrupados em grânulos
semi-transparentes.
35.
36. Cirrostratus : nuvens
parecidas com um véu
transparente que dão ao céu
um aspecto leitoso.
Constituída por cristais de
gelo.
37.
38. Tipos de Chuva
Chuva é um
fenômeno meteorológico que consiste
na precipitação de gotas d'água no
estado líquido sobre a superfície
da Terra.
39. Chuva Orográfica
É originada quando uma massa de ar úmido
que se desloca, encontra uma barreira
topográfica (serra, montanha, etc), e é
forçada a elevar-se, ocorrendo queda de
temperatura seguida da condensação do
vapor d’água e formação de nuvens. Chuvas
orográficas apresentam pequena
intensidade, e longa duração.
40.
41. Chuvas Ciclonicas ou Frontais
Ocorrem no encontro de massas de ar
de características distintas (ar quente +
ar frio). São caracterizadas por, serem
contínuas, apresentarem intensidade
baixa a moderada e abrangem grande
área.
42.
43. Chuvas convectivas
São chuvas causadas pelo movimento de
massas de ar mais quentes que sobem e
condensam. As chuvas convectivas
ocorrem principalmente, devido à diferença
de temperatura nas em camadas próximas
da atmosfera terrestre. São caracterizadas
por serem de curta duração porém de alta
intensidade e abrangem pequenas áreas.
44.
45. Classificação Climáticas
Classificação Climática de Köpen: nesta
classificação são adotadas duas ou três
letras para classificar o clima. Ela é mais
usada para estudos climáticos mais amplos
que englobam grandes regiões.
46. A classificação climática de Köppen-Geiger
divide os climas em 5 grandes grupos ("A",
"B", "C", "D", "E") e diversos tipos e
subtipos. Cada clima é representado por
um conjunto variável de letras (com 2 ou 3
caracteres) com a seguinte significação:
Primeira letra: — uma maiúscula ("A", "B",
"C", "D", "E") que denota a característica
geral do clima de uma região, constituindo
o indicador do grupo climático (em grandes
linhas, os climas mundiais escalonam-se
de "A" a "E", indo do equador aos pólos);
47. Segunda letra: — uma minúscula, que
estabelece o tipo de clima dentro do grupo,
e denota as particularidades do regime
pluviométrico, isto é a quantidade e
distribuição da precipitação (apenas
utilizada caso a primeira letra seja "A", "C"
ou "D"). Nos grupos cuja primeira letra seja
"B" ou "E", a segunda letra é também uma
maiúscula, denotando a quantidade da
precipitação total anual (no caso "B") ou a
temperatura média anual do ar (no caso
"E");
48. Terceira letra: — minúscula,
denotando a temperatura média
mensal do ar dos meses mais
quentes (nos casos em que a
primeira letra seja "C" ou "D") ou a
temperatura média anual do ar (no
caso da primeira letra ser "B").
49. Principais Tipos De Climas Do
Mundo
No mundo existem vários tipos de
climas que se diferem de acordo com a
localização geográfica, são
determinados principalmente pela
inclinação solar, ou seja, o modo como
os raios incidem na superfície terrestre.
50. Equatorial: ocorrem em áreas próximas à
linha do equador, é caracterizado por altas
temperaturas e grande concentração de
umidade. As médias anuais de temperatura
e os índices pluviométricos variam em
distintos pontos da Terra.
51. Tropical: possui duas estações bem
definidas, uma seca e outra chuvosa, a
primeira ocorre entre os meses de maio
a setembro e a segunda de outubro a
abril. Os índices pluviométricos giram
em torno de 1.000 a 2.000 mm.
52. Subtropical: é caracterizado por
apresentar uma grande amplitude
térmica no decorrer do ano, as
chuvas são bem distribuídas e há
ocorrência de queda de temperatura
na estação do inverno, chegando a
nevar. No verão as temperaturas são
semelhantes às de clima tropical.
53. Temperado Oceânico: também chamado
de maritimidade, o mar influencia as
temperaturas tornando os invernos
menos intensos, além de amenizar a
estação do verão.
Temperado continental: ocorre uma
grande disparidade de temperaturas
entre inverno e verão, isso significa que
no inverno as temperaturas são
extremamente baixas até 0º e no verão
as temperaturas são elevadíssimas.
54. Mediterrâneo: nesse restrito clima é
possível perceber todas as estações do
ano, apresenta verões quentes e
invernos chuvosos.
Desértico: enorme amplitude térmica e
índices pluviométricos baixos, algo em
torno de 250 mm anuais.
55. Semi-árido: possui temperaturas
elevadas durante o ano e chuvas
irregulares, com isso os índices
pluviométricos não superam 600
mm anuais.
Subpolar: os índices
pluviométricos variam de 200 a
1.000 mm ao ano, na estação do
inverno as temperaturas são
abaixo de 0ºC e no verão se elevam
para uma média de 10ºC.
56. Frio de montanha: independentemente do
lugar do planeta, quanto mais eleva a
altitude menor é a temperatura.
Polar: é caracterizado pela presença
constante de neve e gelo e as temperaturas
registradas sempre se encontram abaixo de
zero, os invernos são extremamente
rigorosos e os verões secos.
57. Tipos Climáticos do Brasil
Para classificar um clima, devemos
considerar a temperatura, a umidade, as
massas de ar, a pressão atmosférica,
correntes marítimas e ventos, entre
muitas outras características
58. Clima Subtropical: presente na região sul
dos estados de São Paulo e Mato Grosso
do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Caracteriza-se por verões
quentes e úmidos e invernos frios e secos.
Chove muito nos meses de novembro à
março. O índice pluviométrico anual é de,
aproximadamente, 2000 mm. As
temperaturas médias ficam em torno de 20º
C. Recebe influência, principalmente no
inverno, das massas de ar frias vindas
da Antártida.
59. Clima Semi-árido: presente,
principalmente, no sertão nordestino,
caracteriza-se pela baixa umidade e
pouquíssima quantidade de chuvas. As
temperaturas são altas durante quase
todo o ano.
60. Clima Equatorial: encontra-se na
região da Amazônia. As temperaturas
são elevadas durante quase todo o
ano. Chuvas em grande quantidade,
com índice pluviométrico acima de
2500 mm anuais.
Clima Tropical: temperaturas elevadas
(média anual por volta de 20°C),
presença de umidade e índice de
chuvas de médio a elevado.
61. Clima Tropical de altitude: ocorre
principalmente nas regiões serranas do
Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da
Mantiqueira. As temperatura médias variam de
15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e
no inverno sofre a influência das massas de ar
frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode
apresentar geadas no inverno.
62. Clima Tropical Atlântico (tropical
úmido): presente, principalmente, nas
regiões litorâneas do Sudeste,
apresenta grande influência da umidade
vinda do Oceano Atlântico. As
temperaturas são elevadas no verão
(podendo atingir até 40°C) e amenas no
inverno (média de 20º C). Em função da
umidade trazida pelo oceano, costuma
chover muito nestas áreas.
63. Efeito Estufa
Efeito estufa é um fenômeno natural de
aquecimento térmico da Terra. É
imprescindível para manter a
temperatura do planeta
em condições ideais de sobrevivência.
Sem ele, a Terra seria muito fria,
dificultando o desenvolvimento das
espécies.
64. Nas ultimas décadas, contudo, a
concentração natural desses gases
isolantes tem sido aumentada
demasiadamente pela ação do homem,
como a queima de combustíveis
fósseis, o desmatamento e a ação das
indústrias, aumentando a poluição do
ar. O excesso dessa camada está
fazendo que parte desses raios não
consigam voltar para o espaço,
provocando uma elevação na
temperatura de todo o planeta,
o aquecimento global. Por isso, o nome
estufa é usado para descrevê-lo.
65. Chuva Ácida
As chuvas ácidas são precipitações na forma
de água e neblina que contêm ácido nítrico e
sulfúrico. Elas decorrem da queima de
enormes quantidades de combustíveis fósseis,
como petróleo e carvão, utilizados para a
produção de energia nas refinarias e usinas
termoelétricas, e também pelos veículos.
66. Durante o processo de queima, milhares
de toneladas de compostos
de enxofre e óxido de nitrogênio são
lançados na atmosfera, onde sofrem
reações químicas e se transformam em
ácido nítrico e sulfúrico.
67. Camada de Ozônio
A camada de ozônio é uma região
existente na atmosfera que filtra
a radiação ultravioleta provinda do Sol.
Devido processo de filtragem, os
organismos da superfície terrestre ficam
protegidos das radiações.
68. A diminuição da
camada de ozônio
está ocorrendo
devido ao aumento da
concentração dos
gases CFC (cloro-
flúor-carbono)
presentes no
aerossol, em fluidos
de refrigeração que
poluem as camadas
superiores da
atmosfera atingindo a
estratosfera.
69. Inversão Térmica
A inversão térmica é um fenômeno
natural que ocorre devido ao rápido
aquecimento e resfriamento da
superfície em alguns locais e é
agravado, nos grandes centros urbanos,
devido à presença de poluentes como o
gás carbônico.
70. Em condições normais
o ar presente nos 10
primeiros quilômetros
da atmosfera
(troposfera – a altitude
varia de 20 a 8 km)
costuma circular em
movimentos verticais
devido à diferença de
temperatura existente
entre o ar das camadas
mais baixas e o ar das
camadas mais altas.
71. Acontece que em alguns dias, com mais
frequência durante o inverno quando as
noites são mais longas e a umidade cai, a
superfície da terra sobre alguns locais resfria
muito rápido criando uma camada de ar frio
abaixo da primeira camada de ar quente.
O ar frio, como é menos denso tende a ficar
retido pela camada de ar quente que está
acima dele e a reter todos os poluentes
consigo, uma vez que o ar não circula mais.
Assim, temos uma inversão térmica que
costumamos ver sob a forma de uma faixa
cinza alaranjada no horizonte.