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                                  AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PIAS
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                          Língua Portuguesa – Estudo Acompanhado
         Ficha de Trabalho – Texto Narrativo (Prova de Aferição de 2003)                           16 Novembro 2009

Nome: ______________________________________________________________                    Turma: _____         N.º: _____

Lê o texto de José Rodrigues Miguéis com muita atenção. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário
que é apresentado, por ordem alfabética, a seguir ao texto.

          Estava eu parado a olhar a montra quando notei que, a meu lado, um homem baixote e gordo me
      fazia sinais agitados: mais algum importuno a pedir um níquel ou um dime para o café. Corja de
      bêbados! Ia voltar-lhe as costas, mas ele agarrou-me pela manga do casaco e disse em voz surda e
      rouca:
 5        – Quer comprar uma pechincha? Um lindo anel com diamante?
          Atarracado e vermelhusco, de olhos redondos de sapo, e lacrimosos, tinha o que quer que fosse de
      piloto desempregado, em apuros. Puxou-me com vigor para o vão da porta, à direita da montra, e eu
      deixei-me levar, mais pela curiosidade que pelo convite.
          Não me era estranho o caso: um destes burlões que andam pelas vizinhanças das docas à caça dum
10    papalvo a quem possam impingir um pedaço de vidro mal lapidado como se fosse um diamante
      roubado ou passado aos direitos. Já várias vezes tinham tentado convencer-me a comprar um
      «autêntico relógio suíço», de dezassete rubis, pelo preço dum Roskoff...
          No entanto (ou talvez por isso mesmo) senti-me atraído pelo sujeito. Eu, que não tenho um anel,
      dera-me ultimamente para escrever pequenos episódios de furtos de jóias e pedras preciosas, e tinha
15    mesmo conseguido vender um conto do género a um magazine popular da especialidade. Era talvez em
      mim um desejo subconsciente (e vão) de riquezas.
          O homem olhou em torno, com prudência, abriu a mão e exibiu-me um anel com uma pedra incolor:
          – Tenho de voltar já para bordo, e preciso de me desfazer disto. Tem aí cem dólares?
          A psicologia destes tipos, que parecem adivinhar os secretos instintos predatórios da gente de bem!
20    Mas porque me teria ele escolhido a mim? Achou-me talvez cara de... «Daqui não levas nada!», pensei.
          – Tem cem dólares? Oitenta?
          – Não tenho nada, homem. Não compro disso.
          – Uma pechincha! Tem cinquenta? Veja lá quanto tem! – insistiu. Depois ergueu a mão e, com
      agilidade, deu um talho na vidraça da montra. – Viu? Um diamante autêntico!
25        A demonstração teria convencido qualquer leigo.
          – Não faça isso, que o podem prender.
          – Sch! Cinquenta? Trinta? Vá, que eu estou com pressa. Quanto dinheiro tem consigo?
          Escondia o anel na palma da mão grossa e (pensei eu) fingidamente nervosa.
          – Deixe-mo ver!
30        O homem rapou duma lupa e, mexendo o anel para lhe tirar rápidos reflexos, mostrou-mo assim. Era
      evidentemente uma pedra falsa, de brilho mortiço. Vidro, vidro é o que aquilo era. Sorri com sábio
      desdém, «a mim não me comes tu»... É certo que o risco na vidraça... Ele bateu as solas, de impaciência:
          – Quanto é que me dá? Trinta? Vinte? Despache-se, que eu tenho pressa. Isto é uma ocasião única.
      Vale duzentos bucks , um diamante perfeito, onde é que você encontra uma coisa parecida?
35        Olhava em redor como se todos os agentes do Tesouro e do FBI o espiassem das esquinas e portais,
      ou de entre o enxurro da gente que passava. Eram seis da tarde. Eu admirei-lhe a astúcia, a hipertensão,
      o senso histriónico com que representava o seu papel de contrabandista ansioso de alijar o corpo de
      delito. «Isto dava mas era uma história, caramba!» – e fitei-o com mais interesse.

                                                                       José Rodrigues Miguéis, «O Anel de Contrabando»,
                                                                   Gente da Terceira Classe, 4.ª ed., Lisboa, Estampa, 1984



Questões de Exame 1 (Texto Narrativo)                                                                             Página 1
VOCABULÁRIO:
                   alijar – desembaraçar-se de.
                   buck (palavra inglesa) – dólar (moeda dos Estados Unidos da América).
                   corja – bando de pessoas desprezíveis.
                   corpo de delito – prova do crime.
                   desdém – desprezo.
                   dime (palavra inglesa) – moeda de pouco valor, dos Estados Unidos da América.
                   doca – parte de um porto onde atracam os navios para carga e descarga.
                   FBI – Serviço Federal de Investigação dos Estados Unidos da América (polícia de
                   investigação criminal).
                   hipertensão – estado tenso.
                   lapidado – polido.
                   leigo – ignorante num assunto.
                   níquel – moeda de pouco valor.
                   passar aos direitos – fazer contrabando, contrabandear.
                   predatório – relativo a roubos.
                   Roskoff – marca de relógios que comercializava modelos baratos; relógio sem qualidade.
                   senso histriónico – capacidade de representar própria de um actor.
                   talho – corte.

 O questionário que se segue fornece-te, para cada questão, várias hipóteses de resposta.
    Assinala com X o quadrado que corresponde à alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto.

1. A acção localiza-se
        dentro de uma loja, perto de umas docas.
        junto de uma vitrina, numa zona portuária.
        dentro de um café, numa zona alfandegária.
        num porto, dentro de um navio fundeado.

2. Ao longo do diálogo, o narrador pensa que o vendedor do anel é
        um vigarista que o quer enganar.
        um contrabandista em fuga.
        um vendedor de relógios suíços.
        um negociante de pedras raras.

3. A partir da informação do texto, o leitor pode afirmar que a pedra do anel tem um valor
        elevado.
        insignificante.
        razoável.
        desconhecido.

4. As reticências na frase «É certo que o risco na vidraça...» (linha 32) indicam que o narrador
         fica absolutamente certo de que a pedra é falsa.
        fica com algumas dúvidas sobre o valor real da pedra.
         suspeita do comportamento estranho do homem.
         desconhece o que o risco na vidraça poderá indicar.

5. A metáfora «enxurro da gente que passava» (linha 36) significa que
       as pessoas que passavam faziam grande alarido.
       muita gente escorregava por causa da lama.
       as pessoas eram muitas e caminhavam apressadas.
       a multidão que passava tinha um ar desvairado.


Questões de Exame 1 (Texto Narrativo)                                                                 Página 2
Responde, agora, às questões que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
    6. Indica cinco dos traços que caracterizam fisicamente o vendedor.
       Cinco traços que caracterizam fisicamente o vendedor são: “homem baixote”, “gordo”,
       “atarracado”, “vermelhusco” e com “olhos redondos de sapo”.
         (Outros traços possíveis: “voz surda e rouca”, olhos lacrimosos e “mãos grossas”.)

    7. Relativamente ao vendedor, o narrador manifesta ora uma atitude de desprezo ora de curiosidade e
       interesse. Comprova cada uma dessas atitudes do narrador com uma frase ou expressão transcrita do
       texto.
      Atitude de desprezo: “Ia voltar-lhe as costas”.
      Atitude de curiosidade e interesse: “Eu admirei-lhe a astúcia, a hipertensão, o senso
      histórico com que representava o seu papel de contrabandista”.

    8. Dois leitores do texto, a Amélia e o Fernando, discutem o comportamento do narrador.




      Com qual das opiniões estás de acordo? Justifica a resposta, fundamentando-a em duas frases do texto.
      1ª HIPÓTESE – Concordância com a opinião de Amélia
      Resposta pessoal, com apresentação de uma argumentação plausível, fundamentada nas seguintes
      frases: “Era talvez em mim um desejo subconsciente (e vão) de riquezas.”; “É certo que o risco na
      vidraça…”.

      2ª HIPÓTESE – Concordância com a opinião de Fernando
      Resposta pessoal, com apresentação de uma argumentação plausível, fundamentada nas seguintes
      frases: “Eu, que não tenho um anel, dera-me ultimamente para escrever pequenos episódios de furtos
      de jóias e pedras preciosas, e tinha mesmo conseguido vender um conto do género a um magazine
      popular da especialidade.”; “Isto dava mas era uma história, caramba!”.

    9. Reescreve o terceiro parágrafo do texto (linhas 6-9), introduzindo as alterações necessárias para que o
       narrador passe de participante a não participante.
      Atarracado e vermelhusco, de olhos redondos de sapo, e lacrimosos, tinha o que quer
      que fosse de piloto desempregado, em apuros. Puxou-o com vigor para o vão da porta, à
                                                        -
      direita da montra, e ele deixou-se levar, mais pela curiosidade que pelo convite.
                               deixou-

Questões de Exame 1 (Texto Narrativo)                                                                 Página 3

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Questões de Exame 1 Resolvido Texto Narrativo

  • 1. Ano Lectivo: 2009/2010 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PIAS Escola Básica Integrada com Jardim de Infância de Pias 9º Ano Língua Portuguesa – Estudo Acompanhado Ficha de Trabalho – Texto Narrativo (Prova de Aferição de 2003) 16 Novembro 2009 Nome: ______________________________________________________________ Turma: _____ N.º: _____ Lê o texto de José Rodrigues Miguéis com muita atenção. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário que é apresentado, por ordem alfabética, a seguir ao texto. Estava eu parado a olhar a montra quando notei que, a meu lado, um homem baixote e gordo me fazia sinais agitados: mais algum importuno a pedir um níquel ou um dime para o café. Corja de bêbados! Ia voltar-lhe as costas, mas ele agarrou-me pela manga do casaco e disse em voz surda e rouca: 5 – Quer comprar uma pechincha? Um lindo anel com diamante? Atarracado e vermelhusco, de olhos redondos de sapo, e lacrimosos, tinha o que quer que fosse de piloto desempregado, em apuros. Puxou-me com vigor para o vão da porta, à direita da montra, e eu deixei-me levar, mais pela curiosidade que pelo convite. Não me era estranho o caso: um destes burlões que andam pelas vizinhanças das docas à caça dum 10 papalvo a quem possam impingir um pedaço de vidro mal lapidado como se fosse um diamante roubado ou passado aos direitos. Já várias vezes tinham tentado convencer-me a comprar um «autêntico relógio suíço», de dezassete rubis, pelo preço dum Roskoff... No entanto (ou talvez por isso mesmo) senti-me atraído pelo sujeito. Eu, que não tenho um anel, dera-me ultimamente para escrever pequenos episódios de furtos de jóias e pedras preciosas, e tinha 15 mesmo conseguido vender um conto do género a um magazine popular da especialidade. Era talvez em mim um desejo subconsciente (e vão) de riquezas. O homem olhou em torno, com prudência, abriu a mão e exibiu-me um anel com uma pedra incolor: – Tenho de voltar já para bordo, e preciso de me desfazer disto. Tem aí cem dólares? A psicologia destes tipos, que parecem adivinhar os secretos instintos predatórios da gente de bem! 20 Mas porque me teria ele escolhido a mim? Achou-me talvez cara de... «Daqui não levas nada!», pensei. – Tem cem dólares? Oitenta? – Não tenho nada, homem. Não compro disso. – Uma pechincha! Tem cinquenta? Veja lá quanto tem! – insistiu. Depois ergueu a mão e, com agilidade, deu um talho na vidraça da montra. – Viu? Um diamante autêntico! 25 A demonstração teria convencido qualquer leigo. – Não faça isso, que o podem prender. – Sch! Cinquenta? Trinta? Vá, que eu estou com pressa. Quanto dinheiro tem consigo? Escondia o anel na palma da mão grossa e (pensei eu) fingidamente nervosa. – Deixe-mo ver! 30 O homem rapou duma lupa e, mexendo o anel para lhe tirar rápidos reflexos, mostrou-mo assim. Era evidentemente uma pedra falsa, de brilho mortiço. Vidro, vidro é o que aquilo era. Sorri com sábio desdém, «a mim não me comes tu»... É certo que o risco na vidraça... Ele bateu as solas, de impaciência: – Quanto é que me dá? Trinta? Vinte? Despache-se, que eu tenho pressa. Isto é uma ocasião única. Vale duzentos bucks , um diamante perfeito, onde é que você encontra uma coisa parecida? 35 Olhava em redor como se todos os agentes do Tesouro e do FBI o espiassem das esquinas e portais, ou de entre o enxurro da gente que passava. Eram seis da tarde. Eu admirei-lhe a astúcia, a hipertensão, o senso histriónico com que representava o seu papel de contrabandista ansioso de alijar o corpo de delito. «Isto dava mas era uma história, caramba!» – e fitei-o com mais interesse. José Rodrigues Miguéis, «O Anel de Contrabando», Gente da Terceira Classe, 4.ª ed., Lisboa, Estampa, 1984 Questões de Exame 1 (Texto Narrativo) Página 1
  • 2. VOCABULÁRIO: alijar – desembaraçar-se de. buck (palavra inglesa) – dólar (moeda dos Estados Unidos da América). corja – bando de pessoas desprezíveis. corpo de delito – prova do crime. desdém – desprezo. dime (palavra inglesa) – moeda de pouco valor, dos Estados Unidos da América. doca – parte de um porto onde atracam os navios para carga e descarga. FBI – Serviço Federal de Investigação dos Estados Unidos da América (polícia de investigação criminal). hipertensão – estado tenso. lapidado – polido. leigo – ignorante num assunto. níquel – moeda de pouco valor. passar aos direitos – fazer contrabando, contrabandear. predatório – relativo a roubos. Roskoff – marca de relógios que comercializava modelos baratos; relógio sem qualidade. senso histriónico – capacidade de representar própria de um actor. talho – corte. O questionário que se segue fornece-te, para cada questão, várias hipóteses de resposta. Assinala com X o quadrado que corresponde à alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto. 1. A acção localiza-se dentro de uma loja, perto de umas docas. junto de uma vitrina, numa zona portuária. dentro de um café, numa zona alfandegária. num porto, dentro de um navio fundeado. 2. Ao longo do diálogo, o narrador pensa que o vendedor do anel é um vigarista que o quer enganar. um contrabandista em fuga. um vendedor de relógios suíços. um negociante de pedras raras. 3. A partir da informação do texto, o leitor pode afirmar que a pedra do anel tem um valor elevado. insignificante. razoável. desconhecido. 4. As reticências na frase «É certo que o risco na vidraça...» (linha 32) indicam que o narrador fica absolutamente certo de que a pedra é falsa. fica com algumas dúvidas sobre o valor real da pedra. suspeita do comportamento estranho do homem. desconhece o que o risco na vidraça poderá indicar. 5. A metáfora «enxurro da gente que passava» (linha 36) significa que as pessoas que passavam faziam grande alarido. muita gente escorregava por causa da lama. as pessoas eram muitas e caminhavam apressadas. a multidão que passava tinha um ar desvairado. Questões de Exame 1 (Texto Narrativo) Página 2
  • 3. Responde, agora, às questões que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 6. Indica cinco dos traços que caracterizam fisicamente o vendedor. Cinco traços que caracterizam fisicamente o vendedor são: “homem baixote”, “gordo”, “atarracado”, “vermelhusco” e com “olhos redondos de sapo”. (Outros traços possíveis: “voz surda e rouca”, olhos lacrimosos e “mãos grossas”.) 7. Relativamente ao vendedor, o narrador manifesta ora uma atitude de desprezo ora de curiosidade e interesse. Comprova cada uma dessas atitudes do narrador com uma frase ou expressão transcrita do texto. Atitude de desprezo: “Ia voltar-lhe as costas”. Atitude de curiosidade e interesse: “Eu admirei-lhe a astúcia, a hipertensão, o senso histórico com que representava o seu papel de contrabandista”. 8. Dois leitores do texto, a Amélia e o Fernando, discutem o comportamento do narrador. Com qual das opiniões estás de acordo? Justifica a resposta, fundamentando-a em duas frases do texto. 1ª HIPÓTESE – Concordância com a opinião de Amélia Resposta pessoal, com apresentação de uma argumentação plausível, fundamentada nas seguintes frases: “Era talvez em mim um desejo subconsciente (e vão) de riquezas.”; “É certo que o risco na vidraça…”. 2ª HIPÓTESE – Concordância com a opinião de Fernando Resposta pessoal, com apresentação de uma argumentação plausível, fundamentada nas seguintes frases: “Eu, que não tenho um anel, dera-me ultimamente para escrever pequenos episódios de furtos de jóias e pedras preciosas, e tinha mesmo conseguido vender um conto do género a um magazine popular da especialidade.”; “Isto dava mas era uma história, caramba!”. 9. Reescreve o terceiro parágrafo do texto (linhas 6-9), introduzindo as alterações necessárias para que o narrador passe de participante a não participante. Atarracado e vermelhusco, de olhos redondos de sapo, e lacrimosos, tinha o que quer que fosse de piloto desempregado, em apuros. Puxou-o com vigor para o vão da porta, à - direita da montra, e ele deixou-se levar, mais pela curiosidade que pelo convite. deixou- Questões de Exame 1 (Texto Narrativo) Página 3