3. O óleo de cozinha já utilizado
contamina milhares de litros de água
se descartado de maneira incorreta.
Porém, a partir do descarte correto, é
possível fazer sabão, tintas e até
combustível.
4.
5. Todo mundo sabe que o óleo comestível,
normalmente chamado de óleo de
cozinha, é reciclável, mas ainda restam
muitas dúvidas por aí:
Como descartá-lo,
por que não podemos jogá-lo na pia
ou nos bueiros?
Quais os tipos de óleos?
O que podemos fazer com o óleo
usado?
Como armazená-lo?
6.
7. • Os óleos são formados por substâncias
insolúveis em água (lipídeos).
• Não existe muita diferença entre óleo e
gordura - a única que existe, de acordo com
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), tem relação com a temperatura:
a 25°C o óleo vegetal é líquido e a gordura é
sólida.
8. • A classificação entre óleo virgem, extra virgem (azeite) e
óleo bruto (de soja, milho, girassol) está relacionada aos
processos de extração e de purificação desses óleos vegetais.
Os óleos extra virgens ou virgens apenas necessitam de uma
filtração para retirar partículas sólidas após o processo de
prensagem (que retira o óleo da semente, fruta ou folha); já
o óleo bruto é extraído por meio de um solvente e passa por
muitas outras fases para ficar pronto.
• Os óleos e gorduras de origem animal podem ser obtidos
por meio da trituração, altas temperaturas e pressão.
• As gorduras vegetais hidrogenadas são obtidas por meio de
processos de hidrogenação para aumentar seus prazos de
validade.
• Óleo não pode ir pelo ralo
9. • Todos os tipos de óleos apresentados anteriormente não podem ter
como destino pias, bueiros, ralos ou guias da calçada porque
impactam negativamente o encanamento da sua casa e também
poluem a água, além de contribuírem para morte de seres vivos.
• No encanamento das residências, existe um equipamento chamado
caixa de gordura que armazena gordura proveniente das pias. A
caixa de gordura normalmente é feita de plástico PVC ou de
concreto. O descarte incorreto na pia de óleo de cozinha usado
provocará o entupimento dos encanamentos e acúmulo de gordura
na caixa citada. Quando isso ocorre, é necessário um processo
trabalhoso para limpá-la, além de realizar o mesmo processo nos
encanamento. Por isso, evite ter esse trabalhão ao não jogar fora o
óleo usado de cozinha na pia (conheça receita para desentupir o ralo
de maneira sustentável).
10. A outra parte do óleo descartado que passou pelos
encanamentos e não ficou retido na caixa de gordura,
chega às redes que coletam o esgoto doméstico. É possível
que o óleo siga por dois caminhos distintos: para uma
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), para um rio ou
mesmo o mar. Para chegar a uma ETE, é preciso que o óleo
misturado com água e outros resíduos passe por uma rede
coletora - nesta passagem é que o óleo obstrui o fluxo de
esgoto que iria para a ETE. Descartando o óleo
indevidamente, você não só prejudica a estrutura do seu
encanamento como também pode causar o refluxo do
esgoto para outras residências.
11. Quando o esgoto sem tratamento chega a um rio, o óleo
misturado ao esgoto irá poluir esse corpo hídrico, porém
isso depende da carga de esgoto que o rio suporta. O
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
apresenta uma resolução que estabelece limites para
lançamento de óleos vegetais e gorduras animais em corpos
hídricos receptores de esgoto (efluente) de até 50
miligramas por litro (mg/L), sendo que a partir deste valor,
o óleo de fritura polui mais 25 mil litros de água, o que já é
um valor bem alto. O impacto causado pelo óleo é a
diminuição de oxigênio dissolvido na água, por meio da
atividade de micro-organismos que degradam o óleo e ao
mesmo tempo consomem muito oxigênio - isso provoca a
morte da fauna aquática.
12.
13.
14. Então, o que fazer com o óleo?
• Após utilizar o óleo de fritura velho (de preferência em pouca
quantidade), você pode armazená-lo em uma garrafa PET. Utilize um
funil para facilitar a entrada do óleo na garrafa. Conforme for utilizando
o óleo, vá armazenando desse modo e lembre-se de sempre fechar bem
as garrafas para evitar vazamentos, mantendo também fora do alcance
de crianças e animais de estimação que podem ser atraídos pelo cheiro
do óleo ou pela simples curiosidade. Após preencher algumas garrafas
PETs, procure empresas e ONGs especializadas neste tipo de coleta
seletiva, assim como postos de entrega voluntária para descartar o seu
óleo de forma correta.
• A quantidade armazenada de óleo irá variar de acordo com o local em
que você for realizar o descarte. Por isso, procure saber o local em que
você irá descartar, para então obter a informação de quantos litros são
necessários para realizar a entrega. Encontre aqui os postos para
destinação correta de óleo mais próximos da sua residência.
15. • Lembre-se que 50 mg de óleo provocam a poluição de mais
de 25 mil litros de água. Mesmo que você utilize uma
pequena quantidade de óleo de cozinha, é importante
armazenar na garrafa PET, e não descartá-lo na pia, ralo ou
bueiro.
• Existe também a possibilidade de armazenar uma
determinada quantidade de óleo (preferencialmente em
uma garrafa PET) e fabricar o seu próprio sabão caseiro
feito de óleo de cozinha. Clique aqui e saiba como fazer.
• O óleo descartado corretamente é utilizado para produção
de biodiesel, sabão, tintas a óleo, massa de vidraceiro e
outros produtos. Isso preserva matéria-prima, incentiva a
reciclagem e evita que mais litros de óleo sejam
descartados de maneira incorreta.
16. Portanto, para colaborar com a preservação do ecossistema,
dê uma utilidade ao óleo usado: o reaproveitamento. Assim,
você elimina o problema de um item que, apesar de
biodegradável, é um poluidor e grande contaminante, e dá
uma nova utilidade para ele, evitando que cause riscos à
saúde.
A sustentabilidade agradece.
17.
18.
19. Essa receita de sabão é de alta
qualidade, livre de química nociva e
mais amigável ao meio ambiente
20. COMO FAZER SABÃO CASEIRO
Ingredientes
1 quilo de óleo de cozinha usado;
140 mililitros de água;
135 gramas de soda cáustica em escamas (concentração superior a
95%);
25 mililitros de álcool.
Extras (opcionais)
30 gramas de aromatizantes (preferencialmente óleos essenciais sem
parabenos e ftalatos na composição).
10 gramas de conservante alecrim em pó (saiba onde encontrar aqui).
Materiais
Recipientes para o molde do sabão (formas específicas, bandejas de
plástico ou embalagens longa vida);
1 colher de pau;
1 par de luvas para lavar louças;
1 máscara descartável;
óculos de proteção;
1 balde.
21.
22. Modo de preparo
Em primeiro lugar, coloque os óculos de proteção, as luvas e a máscara. A
soda cáustica é altamente corrosiva e deve ser manuseada com muito
cuidado. Vamos ao passo-a-passo:
1. Esquente a água até que ela fique morna (em torno de 40°C). Feito isso,
despeje-a no balde e coloque a soda cáustica lentamente e em pequenas
porções no mesmo recipiente, misturando sempre a cada adição. Nunca
adicione água fria sobre a soda! A ordem dos ingredientes também deve
ser respeitada: colocar soda sobre a água, e nunca a água sobre a soda -
isso provocar uma reação forte e causar acidentes. É super importante
utilizar um balde ou recipiente plástico de material grosso e resistente, e
nunca utilizar garrafas PET para fazer a diluição da soda, pois elas não
suportam a temperatura que a reação atinge, podendo romper e vazar
esse material extremamente corrosivo.
2.Mexa com a colher de pau até diluir completamente a soda, de modo
que não haja mais escamas. Atenção: não utilize recipientes de alumínio
descartável em conjunto com a soda cáustica e certifique-se de que eles
sejam suficientemente altos, pois essa dissolução pode efervescer e causar
espuma
23.
24. 3.Depois de retirar as impurezas do óleo (é possível fazer
isso com uma peneira), esquente-o um pouco (a uma
temperatura de 40°C) e adicione-o ao balde que será
utilizado para colocar todos os demais ingredientes. Em
seguida, insira a soda bem lentamente, em pequenas
porções e misturando continuamente. Esse cuidado
aumenta a sua segurança, pois a reação com a soda cáustica
libera muito calor, além de produzir um sabão de boa
qualidade - se você colocar a soda de uma única vez ou
muito rápido sem a agitação adequada, o sabão pode
empelotar e ficará difícil reverter isso.
25.
26. 4.Misture somente o óleo e a soda por cerca de 20 minutos.
A consistência final ideal deve ser parecida com a do leite
condensado. É necessário respeitar esse tempo de mistura
para que haja a reação entre óleo e a soda.
5.Após esse tempo de mistura, tem início o momento ideal
para adicionar os demais ingredientes. Coloque o
aromatizante e conservante (caso queira). Misture bem até
que esses ingredientes se incorporem plemamente à
mistura.
27.
28. 6. Caso a massa final de sabão esteja muito líquida, insira o álcool lentamente
e mexa bem por dez minutos para que a mistura não empelote. Nessa etapa, a
massa de sabão ganhará consistência rapidamente. É recomendável que a
forma em que será colocado sabão já esteja preparada e próxima.
32. Pronto!
Agora é só cortar e você terá pedaços de sabão para usar no
seu dia a dia. Recomenda-se, ainda, deixar em processo de
cura por mais 15 dias, de preferência em um recipiente
opaco, que fique num lugar fresco e sob abrigo do Sol. Esse
processo visa garantir a reação completa da soda cáustica,
além de permitir ao sabão perder a umidade excessiva. Esse
tempo poderá variar de acordo com as condições climáticas
locais. Exemplo: se o clima estiver mais chuvoso, pode ser
que sejam necessários mais dias; ocorre o contrário caso o
tempo esteja mais seco.