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2º EM
                 Sociologia

      CAP 12 - Poder, Política e Estado




Prof.: Rodrigo
Poder, Política e Estado
O Brasil foi colônia de Portugal por mais de 300
anos. Com a independência, estabeleceu-se o
Estado monárquico. Na República, o Estado
brasileiro assumiu diferentes feições, sempre à
sombra do poder militar. Só a partir da
Constituição de 1988 o país passou a conviver
com a perspectiva de um Estado democrático,
mas também com uma política econômica
neoliberal, sem ter efetivamente passado por
um Estado de bem-estar social.
O Estado até o fim do século XIX

 •  Entre 1500 e 1822, todas as decisões políticas
relacionadas ao Brasil eram tomadas pelo soberano
português. Foi assim desde a criação das capitanias
hereditárias até a instituição do Governo Geral. Em
1808, ao fugir de Napoleão Bonaparte, Dom João VI
transplantou para cá a forma de Estado vigente em
                      Portugal.
Entre 1822 e 1889, havia no Brasil um Estado imperial
constitucional, com os poderes Executivo (Conselho de
Estado), Legislativo (Assembleia Geral, composta do
Senado e da Câmara dos Deputados) e Judiciário
(Supremo Tribunal de Justiça).

Essa contradição permaneceu porque a escravidão era
um dos elementos estruturais do Império. Ela foi abolida
em 1888 e a monarquia caiu em seguida.
Talvez o Brasil tenha sido o único país em que
     uma constituição liberal coexistiu com a
escravidão. Trata-se de uma grande contradição,
    pois esse documento dispõe que todos os
indivíduos são iguais perante a lei, ao passo que a
                                lei
     escravidão é a negação desse princípio.
O Estado republicano


  O Estado nascido com a
República
    caracterizou-se como
liberal conservador.
          Desde o início, a
presença dos militares foi
              marcante: na
 presidência da República
   ou nos bastidores, eles
    sempre influíram nas
     principais
      decisões políticas.
A República no Brasil surgiu de um movimento da
cúpula militar, sem a participação da população.

    Em 1891, foi promulgada uma constituição que
      instituiu a República Federativa do Brasil.

 As províncias (os atuais estados) tinham autonomia e
constituição própria, que definia o Judiciário, as Forças
    Armadas, os códigos eleitorais e a cobrança de
impostos. Mas a União podia intervir nas províncias em
        defesa da ordem e do pacto federativo.
República Velha (de 1889 a 1930)

Nesse período, o poder se caracterizava por duas
práticas: a política dos governadores e o coronelismo.

A política dos governadores expressava um acordo
entre o governo federal e as oligarquias regionais, por
meio da destinação de verbas da União para obras
públicas estaduais. Em troca, o governo federal recebia
apoio para a aprovação dos projetos de interesse do
Executivo.

Foi marcante a presença dos estados de Minas Gerais e
São Paulo no Executivo federal.
O coronelismo era uma forma de poder político,
econômico e social, encarnado pelo proprietário rural,
que controlava os meios de produção e os moradores
da zona rural e das pequenas cidades do interior.

A prática política e
social dos coronéis
  mantinha uma
 articulação local-
     regional e
 regional-federal
como nos tempos
    do Império.
Período Vargas (1930 a 1945)

   Dois golpes de Estado delimitam esse período: um
para colocar Getúlio Vargas no poder e outro para
derrubá-lo.

A atuação parlamentar, quando existiu, esteve
atrelada ao governo central.


               Houve duas constituições:
          • a de 1934 (de fundamento liberal);

   • a de 1937 (de inspiração fascista e autoritária).
Prenunciando a vitória
 nas eleições de 1950, a
charge da revista Careta,
 edição de setembro do
  mesmo ano, mostra
  Vargas sorridente e
        tranquilo.
Com Getúlio Vargas no poder, estabeleceu-se o
populismo: relação em que o governo buscava o apoio
dos trabalhadores e da burguesia industrial (setor que
de fato representava).


Isso criou uma divergência com o setor agrário
dominante, já que o objetivo era industrializar o país,
utilizando a modernização da estrutura estatal e a
incorporação, de modo controlado e subordinado, das
massas urbanas.
O Estado liberal (1945 a 1964)

   O Estado estruturou-se com a constituição de 1946,
considerada politicamente liberal. Mas a intervenção
estatal na economia era permitida, quando necessária
      à industrialização.

      O governo investiu em empresas siderúrgicas e
nacionalizou a produção e o refino de petróleo.
      O objetivo era diminuir as importações que ainda
abrangiam os bens de consumo duráveis, como os
eletrodomésticos em geral.
De 1956 a 1960, o governo de Juscelino Kubitschek
promoveu grande desenvolvimento econômico e
industrial graças à aliança entre investimentos do
Estado e dos capitais nacional e estrangeiro. A indústria
nacional de bens duráveis e a automobilística foram
implantadas.

Em 1961, Jânio Quadros foi eleito com a promessa de
varrer a corrupção e a dívida pública. Mas sua renúncia
desencadeou uma crise que culminou no golpe militar
de 1964, derrubando João Goulart.
República dos generais (1964 a 1985)
Esse período divide-se politicamente em três
momentos: de 1964 a 1968, de 1969 a 1973 e de 1974 a
1984.
No primeiro momento, os militares editaram atos
institucionais, suspendendo as eleições diretas para
cargos executivos e os direitos políticos de centenas de
pessoas.

Criou-se o bipartidarismo, com a Aliança Renovadora
Nacional (Arena), de apoio ao governo, e o Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), de oposição consentida.
Nos primeiros anos após o golpe de 1964, ocorreram
 manifestações públicas contra o regime militar. Logo
      passaram a ser reprimidas com violência.

   O Ato Institucional nº 5 (AI-5), editado em 13 de
dezembro de 1968, praticamente anulou a constituição
  de 1967 e tornou clara a implantação da ditadura.
No segundo momento, os chamados “anos de chumbo”,
a intensa repressão aumentou a oposição ao regime,
com a organização de movimentos guerrilheiros.

Os militares reagiram com violência, praticando
torturas, assassinatos e prisão de ativistas de esquerda
e de pessoas que eles diziam conspirar contra a
segurança nacional.

Nesse período, iniciou-se o processo do “milagre
econômico”, pois houve crescimento expressivo da
produção nacional.
A última fase do regime militar (1974-1984) foi
marcada, no plano econômico, pelas crises
internacionais decorrentes da elevação expressiva dos
preços do petróleo.

A oposição ao regime fortaleceu-se, tanto no plano
eleitoral quanto no plano dos movimentos populares.

O governo do general Ernesto Geisel (1974-1979)
conteve militares que queriam a continuidade do
regime, e iniciou uma transição lenta e gradual
para a democracia representativa.
O retorno à democracia (1985 a nossos dias)
O retorno à democracia iniciou-se com a eleição
indireta do primeiro presidente civil a substituir os
militares.

O presidente eleito, Tancredo Neves, morreu antes de
tomar posse. O vice, José Sarney, assumiu o poder.

Em 1988, foi promulgada a Constituição Cidadã,
fundamental para a democracia estável no país. Os
governantes seguintes foram eleitos pelo voto popular;
o Legislativo e o Judiciário desenvolveram suas
atividades plenamente.
A preocupação fundamental do Estado nesse
período foi a redução da inflação. Vários planos
econômicos foram criados para isso, mas somente o
Plano Real alcançou os objetivos propostos.

     O Estado neoliberal, que se implantou a partir
do governo Fernando Collor-Itamar Franco, criou um
“Estado do mal-estar social” com as políticas que
desenvolveu.
No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que
sucedeu ao de Fernando Henrique Cardoso, foi
necessário ampliar políticas de compensação à
concentração da renda e às desigualdades sociais,
que continuavam muito grandes. Essas políticas
estão, lentamente, provocando uma pequena
diminuição da desigualdade social no Brasil.
Exercícios
1. Observe a cronologia da charge abaixo e pesquise as
razões da rápida ascensão e queda de Fernando Collor
    no cenário político brasileiro. Depois, responda:


a) Quem era Collor antes
          de 1989?
 b) Que imagem dele os
   meios de comunicação
   projetaram em todo o
    território nacional?
2. De acordo com essa
charge de Angeli,
   produzida em 1994,
que grupos
  apoiavam Fernando

Henrique Cardoso?
                      E
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IECJ - CAP. 12 - Poder, política e Estado - 2º EM

  • 1. 2º EM Sociologia CAP 12 - Poder, Política e Estado Prof.: Rodrigo
  • 2. Poder, Política e Estado O Brasil foi colônia de Portugal por mais de 300 anos. Com a independência, estabeleceu-se o Estado monárquico. Na República, o Estado brasileiro assumiu diferentes feições, sempre à sombra do poder militar. Só a partir da Constituição de 1988 o país passou a conviver com a perspectiva de um Estado democrático, mas também com uma política econômica neoliberal, sem ter efetivamente passado por um Estado de bem-estar social.
  • 3. O Estado até o fim do século XIX • Entre 1500 e 1822, todas as decisões políticas relacionadas ao Brasil eram tomadas pelo soberano português. Foi assim desde a criação das capitanias hereditárias até a instituição do Governo Geral. Em 1808, ao fugir de Napoleão Bonaparte, Dom João VI transplantou para cá a forma de Estado vigente em Portugal.
  • 4. Entre 1822 e 1889, havia no Brasil um Estado imperial constitucional, com os poderes Executivo (Conselho de Estado), Legislativo (Assembleia Geral, composta do Senado e da Câmara dos Deputados) e Judiciário (Supremo Tribunal de Justiça). Essa contradição permaneceu porque a escravidão era um dos elementos estruturais do Império. Ela foi abolida em 1888 e a monarquia caiu em seguida.
  • 5. Talvez o Brasil tenha sido o único país em que uma constituição liberal coexistiu com a escravidão. Trata-se de uma grande contradição, pois esse documento dispõe que todos os indivíduos são iguais perante a lei, ao passo que a lei escravidão é a negação desse princípio.
  • 6. O Estado republicano O Estado nascido com a República caracterizou-se como liberal conservador. Desde o início, a presença dos militares foi marcante: na presidência da República ou nos bastidores, eles sempre influíram nas principais decisões políticas.
  • 7. A República no Brasil surgiu de um movimento da cúpula militar, sem a participação da população. Em 1891, foi promulgada uma constituição que instituiu a República Federativa do Brasil. As províncias (os atuais estados) tinham autonomia e constituição própria, que definia o Judiciário, as Forças Armadas, os códigos eleitorais e a cobrança de impostos. Mas a União podia intervir nas províncias em defesa da ordem e do pacto federativo.
  • 8. República Velha (de 1889 a 1930) Nesse período, o poder se caracterizava por duas práticas: a política dos governadores e o coronelismo. A política dos governadores expressava um acordo entre o governo federal e as oligarquias regionais, por meio da destinação de verbas da União para obras públicas estaduais. Em troca, o governo federal recebia apoio para a aprovação dos projetos de interesse do Executivo. Foi marcante a presença dos estados de Minas Gerais e São Paulo no Executivo federal.
  • 9. O coronelismo era uma forma de poder político, econômico e social, encarnado pelo proprietário rural, que controlava os meios de produção e os moradores da zona rural e das pequenas cidades do interior. A prática política e social dos coronéis mantinha uma articulação local- regional e regional-federal como nos tempos do Império.
  • 10. Período Vargas (1930 a 1945) Dois golpes de Estado delimitam esse período: um para colocar Getúlio Vargas no poder e outro para derrubá-lo. A atuação parlamentar, quando existiu, esteve atrelada ao governo central. Houve duas constituições: • a de 1934 (de fundamento liberal); • a de 1937 (de inspiração fascista e autoritária).
  • 11. Prenunciando a vitória nas eleições de 1950, a charge da revista Careta, edição de setembro do mesmo ano, mostra Vargas sorridente e tranquilo.
  • 12. Com Getúlio Vargas no poder, estabeleceu-se o populismo: relação em que o governo buscava o apoio dos trabalhadores e da burguesia industrial (setor que de fato representava). Isso criou uma divergência com o setor agrário dominante, já que o objetivo era industrializar o país, utilizando a modernização da estrutura estatal e a incorporação, de modo controlado e subordinado, das massas urbanas.
  • 13. O Estado liberal (1945 a 1964) O Estado estruturou-se com a constituição de 1946, considerada politicamente liberal. Mas a intervenção estatal na economia era permitida, quando necessária à industrialização. O governo investiu em empresas siderúrgicas e nacionalizou a produção e o refino de petróleo. O objetivo era diminuir as importações que ainda abrangiam os bens de consumo duráveis, como os eletrodomésticos em geral.
  • 14. De 1956 a 1960, o governo de Juscelino Kubitschek promoveu grande desenvolvimento econômico e industrial graças à aliança entre investimentos do Estado e dos capitais nacional e estrangeiro. A indústria nacional de bens duráveis e a automobilística foram implantadas. Em 1961, Jânio Quadros foi eleito com a promessa de varrer a corrupção e a dívida pública. Mas sua renúncia desencadeou uma crise que culminou no golpe militar de 1964, derrubando João Goulart.
  • 15. República dos generais (1964 a 1985) Esse período divide-se politicamente em três momentos: de 1964 a 1968, de 1969 a 1973 e de 1974 a 1984. No primeiro momento, os militares editaram atos institucionais, suspendendo as eleições diretas para cargos executivos e os direitos políticos de centenas de pessoas. Criou-se o bipartidarismo, com a Aliança Renovadora Nacional (Arena), de apoio ao governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição consentida.
  • 16. Nos primeiros anos após o golpe de 1964, ocorreram manifestações públicas contra o regime militar. Logo passaram a ser reprimidas com violência. O Ato Institucional nº 5 (AI-5), editado em 13 de dezembro de 1968, praticamente anulou a constituição de 1967 e tornou clara a implantação da ditadura.
  • 17. No segundo momento, os chamados “anos de chumbo”, a intensa repressão aumentou a oposição ao regime, com a organização de movimentos guerrilheiros. Os militares reagiram com violência, praticando torturas, assassinatos e prisão de ativistas de esquerda e de pessoas que eles diziam conspirar contra a segurança nacional. Nesse período, iniciou-se o processo do “milagre econômico”, pois houve crescimento expressivo da produção nacional.
  • 18. A última fase do regime militar (1974-1984) foi marcada, no plano econômico, pelas crises internacionais decorrentes da elevação expressiva dos preços do petróleo. A oposição ao regime fortaleceu-se, tanto no plano eleitoral quanto no plano dos movimentos populares. O governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) conteve militares que queriam a continuidade do regime, e iniciou uma transição lenta e gradual para a democracia representativa.
  • 19. O retorno à democracia (1985 a nossos dias) O retorno à democracia iniciou-se com a eleição indireta do primeiro presidente civil a substituir os militares. O presidente eleito, Tancredo Neves, morreu antes de tomar posse. O vice, José Sarney, assumiu o poder. Em 1988, foi promulgada a Constituição Cidadã, fundamental para a democracia estável no país. Os governantes seguintes foram eleitos pelo voto popular; o Legislativo e o Judiciário desenvolveram suas atividades plenamente.
  • 20. A preocupação fundamental do Estado nesse período foi a redução da inflação. Vários planos econômicos foram criados para isso, mas somente o Plano Real alcançou os objetivos propostos. O Estado neoliberal, que se implantou a partir do governo Fernando Collor-Itamar Franco, criou um “Estado do mal-estar social” com as políticas que desenvolveu.
  • 21. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que sucedeu ao de Fernando Henrique Cardoso, foi necessário ampliar políticas de compensação à concentração da renda e às desigualdades sociais, que continuavam muito grandes. Essas políticas estão, lentamente, provocando uma pequena diminuição da desigualdade social no Brasil.
  • 22. Exercícios 1. Observe a cronologia da charge abaixo e pesquise as razões da rápida ascensão e queda de Fernando Collor no cenário político brasileiro. Depois, responda: a) Quem era Collor antes de 1989? b) Que imagem dele os meios de comunicação projetaram em todo o território nacional?
  • 23. 2. De acordo com essa charge de Angeli, produzida em 1994, que grupos apoiavam Fernando Henrique Cardoso? E Lula? Quais eram os principais interesses de

Notes de l'éditeur

  1. www.professorrodrigoribeiro.com.br