O documento descreve a história do povoamento de Goiás a partir das bandeiras no século XVII, com destaque para a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, que é considerada a descoberta de Goiás. Também aborda o contexto histórico do século XVIII, quando ocorreu o surgimento da mineração na região e Goiás pertenceu à capitania de São Paulo até 1749.
2. A primeira bandeira, que partindo de São
Paulo, possivelmente chegou até os sertões de Goiás no
leste do Tocantins, foi a de Antônio Macedo e Domingos
Luís Grau (1590-1593).
Depois seguiram-se a de Domingos
Rodrigues (1596-1600),
oOutras diversas aconteceram,
contudo a bandeira de Bartolomeu
Bueno da Silva Filho é considerada
a descoberta de Goiás.
oIsto não significa que ele fosse o
primeiro a chegar a Goiás, mas sim que
ele foi o primeiro em vir a Goiás com
intenção de se fixar aqui, (1690 1718).
3. Tem seu surgimento no
contexto histórico do Brasil no
séculoXVIII (mineração).
Em 1682 ocorre à chegada da
Bandeira do Anhanguera (Diabo
Velho) no RioVermelho.
Até 1749 Goiás pertenceu a
capitania de São Paulo.
4. Explorador brasileiro do século
XVII, aspirando explorar o sertão
goiano, organizou uma bandeira e partiu
para lá em 1682.
o Sendo acompanhado de seu filho, que
tinha apenas 12 anos de idade
(Bartolomeu Bueno da Silva Filho).
Descobriu muitas minas de ouro naquela
região, graças aos seus esforços que foram
recompensados no seu empreendimento.
5. Conta a lenda que Bartolomeu
Bueno da Silva, o “Anhanguera”,
procurava as ambicionadas minas,
quando deparou com índios, que
impediram a entrada da bandeira em
seu território.
Teve uma idéia:
o encheu uma pequena vasilha de
álcool e ateou fogo.
oOs índios acreditaram tratar-se de
água e diante da ameaça do
bandeirante de queimar-lhes os rios,
renderam-se.
Não só permitiram a entrada dos
exploradores em seus territórios, como
ainda lhes revelaram a localização das
minas.
6. Outra versão:
o Conta que o bandeirante
usou um recipiente de chifre
para conduzir água a qual
encheu de pólvora.
oEncostando-se a superfície do rio e acendendo fogo
à pólvora, deu aos Índios a impressão de que a água
jorrava numa fonte de fogo.
•Deste modo cognominou Anhanguera, que
significa "Diabo Velho" ou "Espírito Maligno”.
7. Quarenta anos depois seu filho Bartolomeu Bueno da
Silva Filho voltou com uma bandeira ao local das minas.
oDurante três anos, essa nova expedição,
sob o comando do segundo Anhangüera,
andou pelos sertões à procura dos antigos
sítios descoberto.
oNão os encontraram, mas chegaram a
fundar um núcleo chamado Barra, que
em 1727 foi transferido para as margens do
rio Vermelho com o nome de Santana,
mais tarde se tornando a Vila Bueno, que
hoje é a Cidade de Goiás.
oBartolomeu Bueno da Silva Filho foi
o último dos grandes bandeirantes
que desvendou os caminhos para o
oeste tornando conhecido o alto
sertão brasileiro.
8. Quinto: 1/5 da produção pertenceria a Coroa
Ouro em pó retirado das minas, corria como moeda
na Capitania.
Tudo se comprava ou vendia não com moeda cunhada, mas
com ouro em pó pesado em pequenas balanças.
Dobrões - Cunhados em 1724/27, por
ordem de D.João V (no auge do ciclo do
ouro),
Além de belíssimos no seu primoroso
desenho, apresentam quase 55 gramas de
ouro, sendo considerada a moeda de maior
valor intrínseco já circulada no mundo.
9. Capacitação: foi uma forma de cobrar o quinto
instituída precisamente por temor ao
contrabando.
Pagaria o imposto pelo número de escravos.
Este sistema de cobrança do quinto esteve em vigor
16 ano, de 1736-51; depois foi abolido
10. Derrama: foi uma espécie de cobrança forçada dos
impostos atrasados, criada pelo Marquês de Pombal, em
1751.
Correspondia a uma pesada taxa cobrada da população e
que, durante o governo do secretário de Estado (espécie de
primeiro-ministro) Sebastião José de Carvalho e Melo (ou
Marquês de Pombal),
Foi fixada em 100 arrobas anuais (1 arroba = 32 arráteis = ~ 15
quilos), ou seja, 1500 kg aproximadamente.
Como não raramente, o quinto
não era pago integralmente e os
valores não pagos eram
acumulativos, era preciso
intensificar a cobrança,
confiscando-se bens.
11. A primeira região ocupada foi a região do rio
Vermelho.
oFundou-se o arraial de Sant’Ana, que depois seria chamado
Vila Boa, e mais tarde, Cidade de Goiás, sendo durante 200
anos a capital do território.
O povoamento determinado pela mineração de ouro é
povoamento mais irregular e mais instável, sem
nenhuma ordem.
Quando o ouro se esgota,
os mineiros mudam-se para
outro lugar e a povoação
definha ou desaparece.
12. Três zonas de povoamento (Século
XVIII)
Centro-Sul, com uma serie
desconexa de arraias no
caminho de São Paulo ou
nas proximidades: Santa
Cruz, Santa Luzia
(Luziânia), Meia Ponte
(Pirenópolis),
Meia Ponte era o principal centro de comunicações,
chegando a disputar com Vila Boa e categoria de sede
do governo,
13. A segunda zona na
“região de Tocantins”,
no alto do Tocantins
ou Maranhão: Traíras,
Água Quente, São Jose
(Niquelândia), Santa
Rita, Muquém, etc
14. É, por fim, o verdadeiro Norte da
capitania abrangendo uma extensa zona
entre zona entre o Tocantins e os
chapadões dos limites com a Bahia arraias:
São Felix, Cavalcante,
Natividade, São Jose do
Duro (Dianópolis), Porto
Real (Porto Nacional), o
arraiá mais setentrional.
15. A ocupação humana destas zonas processar-
se-ia com a extensão da pecuária e da lavoura,
durante os séculos XIX e XX.
17. Até 1750 o ouro foi lucrativo, já de 1751 a 1770 se
tornou arriscado e após 1770 ruinoso.
No final do século XVIII, ocorreu a
decadência da mineração.
oCom isso vários arraias desapareceram ou
definharam sua agricultura de subsistência.
o Já no século XIX a imagem de Goiás era de
atraso, preguiça, indolência e decadência.
Em meados do século XIX a pecuária tirou Goiás
do estado de marasmo, o gado se tornou
mercadoria e mola propulsora da economia
Dom Marcos de Noronha goiana.
(Conde dos Arcos)
• 1º Governador de Goiás.
18. Em 1888, a lei Áurea
praticamente não mudou
a estrutura social de
Goiás
19. Goiás no século XIX.
A independência do Brasil não alterou o quadro
econômico de Goiás.
Contudo trouxe a centralização política nas mãos
dos grupos oligárquicos.
20.
21. A instalação da República Federativa do Brasil foi
um importante passo para a consolidação definitiva
dos coronéis no poder político.
Por se tratar de uma República federalista, foram criados
Estados que apresentavam uma certa “independência”
política, não tão subordinada a um poder central como no
Império.
Surgiram as eleições regionais, o
paraíso para os coronéis.
Por trás do interesse pela questão
federativa, situava-se o desenvolvimento
sistemático da apropriação integral da
direção do poder local.
22. Com toda a influência, os coronéis armam
esquemas para a ascensão ao poder estadual: o curral
eleitoral.
80% da população vivia no campo, sendo os grandes
latifundiários justamente pertencentes aos coronéis.
Assim criam os círculos
eleitorais, envolvendo os seus
subordinados.
Podemos, sem qualquer
antecipação, concluir que o
fenômeno do coronelismo está
inexoravelmente ligado à terra.
23. O fraco processo eleitoral
brasileiro facilitava a situação.
A manipulação ideológica dos
subordinados era feita pelo
sistema de favores, atuando o
coronel como um “padrinho”
ou “bem-feitor”.
O uso da violência era
recorrido em caso de
intimidação ou conflito entre
oligarquias rivais.
24. Eram poucos os partidos representativos em Goiás até o inicio
do século XX:
PRG (Partido Republicano de Goiás),
PRF (Partido Republicano Federal)
PD (Partido Democrata).
-De 1889 a 1910 ocorreu a
hegemonia política dos
Bulhões.
- De 1914 a 1930 Período
Caiadista.
25. As disputas entre oligarquias eram constantes.
Os Bulhões buscavam a ascensão após o crescimento do
grupo político de José Xavier de Almeida, desafeto de
Leopoldo de Bulhões.
A “Revolução de 1909” legitima a ascensão dos Caiado,
tendo à frente do grupo Antônio Ramos Caiado.
Xavier de Almeida parte para o ostracismo político em
Morrinhos.
Leopoldo de Bulhões, apesar de recuperar seu prestígio
político, não contém a ascensão de Totó Caiado e Eugênio
Jardim.
26. Não se trata de uma revolução social, pois nada mudou
na situação das camadas populares, com exceção da classe
dominante, que sofreu uma reviravolta em seu poderio
administrativo.
Portanto, a Revolução não foi uma forma de protesto
contra a administração do grupo de Xavier de Almeida,
e sim um meio para substituí-la.
Não estava em evidência a
integridade do governo, e sim
quem o controlava.
A revolta apenas propiciou
uma mudança no controle
administrativo do Estado de
Goiás.
27. Um aspecto importante na Revolução de 1909 foi a união de
famílias consideradas rivais para derrotar o grupo de Xavier de
Almeida.
No levante de 1º de maio, liderado por Eugênio Jardim,
encontrava-se a famosa conjuntura Bulhões-Caiado-Jardim-
Fleury-Jayme-Abrantes.
Com a união de poderosas oligarquias, criou-se uma situação
política em Goiás totalmente desfavorável à participação popular.
A transferência dos mandatos administrativos seguiam os
rumos traçados pelos coronéis, e não a vontade da população.
Trata-se da mais cabal conseqüência das regras eleitorais até
então vigentes.
28. A derrocada dos Bulhões ocorre com o
enfraquecimento do grupo no cenário nacional.
As oligarquias goianas dividiram-se em duas facções:
a que apoiava Hermes da Fonseca e a outra, a
candidatura civil de Rui Barbosa.
No âmbito estadual, houve a
cisão do Partido Democrata
(1911-1912) entre:
Urbano Gouvêa (bulhonista)
Totó Caiado-Eugênio Jardim.
A grande força do partido (Gonzaga
Jayme-Braz Abrantes-Sebastião Fleury)
colocou-se ao lado de Caiado-Jardim.
29.
30. Em 1930 Getúlio
Vargas após a
revolução, nomeou
interventor goiano
Pedro Ludovico
Teixeira
(grande opositor dos Caiados).
31. Nasceu na cidade de Goiás em 1891.
Cursou medicina na Universidade do Brasil.
Engajou-se na revolução de 1930 em
Rio Verde onde morava e exercia a
profissão de médico.
Com o movimento vitorioso, ele, que
havia sido preso e estava sendo
conduzido para a cidade de Goiás,
Foi posto em liberdade e formou a junta
governativa com três membros.
32. No mesmo ano que assumiu o
governo Pedro Ludovico inicia a
Marcha para o oeste (Projeto de
Modernização)
•ocorre a construção de Goiânia
(Campinas).
Estratégia política para enfraquecer o coronelismo, na época
representado pelo Caiadismo.
A mudança do centro administrativo da área de influência dos Caiado.
•Na realidade, a idéia de mudar a capital de Goiás não era um desejo só
de Pedro Ludovico Teixeira - fundador de Goiânia.
•Em 1830, o segundo governador de Goiaz no Império, Marechal de
campo Miguel Lino de Morais já manifestava, pela primeira vez, esse
desejo.
33. Em 1932, foi assinado o
decreto nº 2.737, de 20
de
dezembro, nomeando
uma comissão que, sob
a presidência de
D. Emanuel Gomes
de Oliveira, então
bispo de
Goiás, escolhesse o
local onde seria
edificada a nova capital
do estado.
34. Reunida em 4 de março de 1933, a comissão
concluiu pela escolha da região de Campinas.
A 24 de outubro do mesmo ano, houve o lançamento
da pedra fundamental, no local onde está a sede do
governo estadual.
35. Em 1821, tem inicio o projeto de criação
do Estado de Tocantins.
Criado em 5 de outubro de 1988, o estado do
Tocantins foi oficialmente instalado em 1º de
janeiro de 1989.
36. História de Goiás
Fontes:
Terra do Anhanguera - História de Goiás - Polonial, Juscelino
Objetivo – Sistema de Ensino
COC – Sistema de Ensino
Expoente – Sistema de Ensino
Prof. Rogério Ribeiro Rodrigues
email: profrogerio1@hotmail.com
http://lattes.cnpq.br/4912035968628922