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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE
Introdução


Toda substância pode ser considerada um
agente tóxico?



Depende das condições de exposição
Tempo
Via de absorção
Frequência
Concentração (dose)





Portanto......


É necessário conhecer as condições de uso
seguro de substâncias químicas para a saúde
humana e ambiental



Por um lado - toda substancia pode ser
tóxica...



Por outro - toda substancia pode ser usada
de forma segura
Como calcular a dose de um
agente tóxico
Relação dose-resposta
É a relação entre a concentração exposta e os
efeitos tóxicos observado


Estudos levam a DL50
A dose que pode levar a morte 50% de uma
população em condições experimentais
Classificação da toxicidade


Comunidade Europeia
Categoria

DL 50 oral para ratos
(mg/Kg peso corpóreo)

Muito Tóxico

Menor que 25

Tóxico

De 25 a 200

Nocivo

De 200 a 2000
Classificação da toxicidade


A partir da DL50 é possível estabelecer a

dose limite...


Dose mínima necessária para produzir uma
resposta detectável em uma população teste



Existe outra forma de avaliar veja......
Avaliação 2


Teste de dose fixa

A substância a ser testada é administrada em
um animal em uma dose específica
Avaliação 2


Recomenda-se 10 animais (5 fêmeas e 5
machos)



Dose de 500mg/Kg



Aguarda 14 dias em observação
Avaliação 2


Resultado



1 - Se não houver sinais de toxicidade a
substância não será classificada nas
categorias da CE





2 – Se houver manifestações de toxicidade
sem morte, será classificada como NOCIVA
3 - Se houver morte procede novo teste com
dose de 50mg/Kg e ai..........
Avaliação 2


Se houver ( na dose 50) sinais de toxicidade
será considerada TÒXICA



Se houver morte com esta dose, testa-se a
dose de 5mh/Kg
Caso apresente sinais de toxicidade com está
nova dose será considerado MUITO TÓXICA.


Tipos de testes toxicológicos
Tipos de testes toxicológicos


Para se conhecer os efeitos tóxicos de uma
substância, além da dose-resposta, é
necessário realizar testes toxicológicos.

Foram obrigados após...
1937 na Europa, intoxicação e morte por
dietilenoglicol - sulfanilamida
1959 – deformações congênitas por talidomida

Tipos de testes toxicológicos


No Brasil, pela Resolução 1/78 do CNS, cinco
tipos de ensaios de toxicidade



Aguda
Subcrônica
Crônica
Teratogenia
Embiotoxicidade





Tipos de testes toxicológicos
Pelo mundo temos....
 Informações preliminares
 Aguda
 Subcrônica
 Crônica
 Mutagênese e carcinogênese
 Reprodução e embriofetotoxicidade
 Toxicocinética
 Efeitos locais e sobre a pele e olhos
 ecotoxicidade
Informações preliminares
Tem por objetivo conhecer a substância antes
dos teste
 Conhecer a estrutura química
 Possui ou não impurezas
 Propriedades físico-químicas: odor, cor,
densidade, viscosidade, solubilidade,
volatilidade
 Possíveis níveis de exposição à população e
aos ambiente
Toxicidade aguda







Definido como efeitos adversos que ocorrem
dentro das primeiras 24 horas
Realizados em animais
Os resultados servem para conhecer a
toxicodinâmica e identificar os órgãos ou
sistemas afetados , bem determinar se os
efeitos são reversíveis ou não
Para isso são realizados exames anátomopatológico
Toxicidade subcrônica
Servem para obtenção de informações de
toxicidade após exposições repetidas - 21 a
90 dias







Verificar tecidos afetados no médio prazo
Há ou não acúmulo da substância no
organismo
No mínimo duas espécies de animais sendo
uma não-roedora
Examinar os animais pelo menos 1x ao dia
Toxicidade crônica
Determina efeitos tóxicos após exposição
prolongada






6 meses a 2 anos
Potencial carcinigênico
Parâmetros hematológicos, bioquímicos e
urina
Anátomo-patológico
Mutagênese e carcinogênese
Quantificar o perigo da lesão ao material
genético



Avalia alterações nos espermatozoides
Desenvolvimento do embrião e feto
Prever o desenvolvimento do câncer



Difícil reproduzir a condição humana



Toxicocinética


Estudo da cinética



O cão e o macaco reproduzem com mais
semelhanças ao homem
Efeitos locais sobre pele e
olhos


Cosméticos e domissanitários



O animal escolhido é o coelho (mais
sensíveis)



Avalia a irritação (eritema, edema, corroção)
Ecotoxicidade
Estuda e avalia os efeitos tóxicos no ecossistema
 Interação com outros materiais
 Potencial de biodegradação
 Toxicidade a peixes, plantas, mamíferos
 Bioacumulação em rios, atmosfera, solo ou
animais
 Radiação


Realizar monitoração biológica: espessura da
casca de ovos de pássaros, morte de abelhas
(praguicidas)
AVALIAÇÃO DO RISCO
AVALIAÇÃO DO RISCO
Perigo
Capacidade da substância causar um efeito
adverso
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Risco
Probabilidade de ocorrência de perigo

O que é Avaliação do Risco?
É um processo sistemático através do qual o
perigo, a exposição e o risco são identificados
e quantificados

Avaliando os resultados, tal como benefício para
a sociedade, ocorre uma tomada de decisão a
fim de minimizar o risco ao homem
Histórico...








1940-1950: Conferência Americana
estabelece níveis de exposições toleráveis a
trabalhadores
1954: FDA publica a IDA (ingestão diária
aceitável) quantidade de agente presente no
alimento que pode ser ingerido sem provocar
riscos
1958: Lei norte americana que proíbe a adição
de substâncias carcinogênicas em alimentos
1970: surge a Avaliação do Risco, a partir
daqui o Brasil se enquadra......
Como avaliar um risco?
Etapas
 1 – Identificação do perigo


2 – Caracterização do perigo



3 – Avaliação da exposição



4 – Caracterização do risco
Identificação do perigo
Trata-se da avaliação da toxicidade
 Estudo com animais
 Estudo com humanos


Caracteriza-se aqui os efeitos adversos
Caracterização do perigo


É a avaliação da dose-resposta



Seu objetivo é quantificar o perigo
Avaliação da exposição


Medição da frequencia e da duração da
exposição ao agente toxicante



Via de exposição



Meio de exposição (meio ambiente, trabalho,
água, solo, alimentos, medicamentos)
Caracterização e manejo do
risco







Integração dos dados obtidos nas etapas
anteriores
Avaliar a importância social do risco
Caracterização do risco mínimo ou aceitável
Buscar alternativas para redução dos risco
Análise de fatores políticos e econômicos
FIM

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  • 2. Introdução  Toda substância pode ser considerada um agente tóxico?  Depende das condições de exposição Tempo Via de absorção Frequência Concentração (dose)    
  • 3. Portanto......  É necessário conhecer as condições de uso seguro de substâncias químicas para a saúde humana e ambiental  Por um lado - toda substancia pode ser tóxica...  Por outro - toda substancia pode ser usada de forma segura
  • 4. Como calcular a dose de um agente tóxico Relação dose-resposta É a relação entre a concentração exposta e os efeitos tóxicos observado  Estudos levam a DL50 A dose que pode levar a morte 50% de uma população em condições experimentais
  • 5. Classificação da toxicidade  Comunidade Europeia Categoria DL 50 oral para ratos (mg/Kg peso corpóreo) Muito Tóxico Menor que 25 Tóxico De 25 a 200 Nocivo De 200 a 2000
  • 6. Classificação da toxicidade  A partir da DL50 é possível estabelecer a dose limite...  Dose mínima necessária para produzir uma resposta detectável em uma população teste  Existe outra forma de avaliar veja......
  • 7. Avaliação 2  Teste de dose fixa A substância a ser testada é administrada em um animal em uma dose específica
  • 8. Avaliação 2  Recomenda-se 10 animais (5 fêmeas e 5 machos)  Dose de 500mg/Kg  Aguarda 14 dias em observação
  • 9. Avaliação 2  Resultado  1 - Se não houver sinais de toxicidade a substância não será classificada nas categorias da CE   2 – Se houver manifestações de toxicidade sem morte, será classificada como NOCIVA 3 - Se houver morte procede novo teste com dose de 50mg/Kg e ai..........
  • 10. Avaliação 2  Se houver ( na dose 50) sinais de toxicidade será considerada TÒXICA  Se houver morte com esta dose, testa-se a dose de 5mh/Kg Caso apresente sinais de toxicidade com está nova dose será considerado MUITO TÓXICA. 
  • 11. Tipos de testes toxicológicos
  • 12. Tipos de testes toxicológicos  Para se conhecer os efeitos tóxicos de uma substância, além da dose-resposta, é necessário realizar testes toxicológicos. Foram obrigados após... 1937 na Europa, intoxicação e morte por dietilenoglicol - sulfanilamida 1959 – deformações congênitas por talidomida 
  • 13. Tipos de testes toxicológicos  No Brasil, pela Resolução 1/78 do CNS, cinco tipos de ensaios de toxicidade  Aguda Subcrônica Crônica Teratogenia Embiotoxicidade    
  • 14. Tipos de testes toxicológicos Pelo mundo temos....  Informações preliminares  Aguda  Subcrônica  Crônica  Mutagênese e carcinogênese  Reprodução e embriofetotoxicidade  Toxicocinética  Efeitos locais e sobre a pele e olhos  ecotoxicidade
  • 15. Informações preliminares Tem por objetivo conhecer a substância antes dos teste  Conhecer a estrutura química  Possui ou não impurezas  Propriedades físico-químicas: odor, cor, densidade, viscosidade, solubilidade, volatilidade  Possíveis níveis de exposição à população e aos ambiente
  • 16. Toxicidade aguda     Definido como efeitos adversos que ocorrem dentro das primeiras 24 horas Realizados em animais Os resultados servem para conhecer a toxicodinâmica e identificar os órgãos ou sistemas afetados , bem determinar se os efeitos são reversíveis ou não Para isso são realizados exames anátomopatológico
  • 17. Toxicidade subcrônica Servem para obtenção de informações de toxicidade após exposições repetidas - 21 a 90 dias     Verificar tecidos afetados no médio prazo Há ou não acúmulo da substância no organismo No mínimo duas espécies de animais sendo uma não-roedora Examinar os animais pelo menos 1x ao dia
  • 18. Toxicidade crônica Determina efeitos tóxicos após exposição prolongada     6 meses a 2 anos Potencial carcinigênico Parâmetros hematológicos, bioquímicos e urina Anátomo-patológico
  • 19. Mutagênese e carcinogênese Quantificar o perigo da lesão ao material genético  Avalia alterações nos espermatozoides Desenvolvimento do embrião e feto Prever o desenvolvimento do câncer  Difícil reproduzir a condição humana  
  • 20. Toxicocinética  Estudo da cinética  O cão e o macaco reproduzem com mais semelhanças ao homem
  • 21. Efeitos locais sobre pele e olhos  Cosméticos e domissanitários  O animal escolhido é o coelho (mais sensíveis)  Avalia a irritação (eritema, edema, corroção)
  • 22. Ecotoxicidade Estuda e avalia os efeitos tóxicos no ecossistema  Interação com outros materiais  Potencial de biodegradação  Toxicidade a peixes, plantas, mamíferos  Bioacumulação em rios, atmosfera, solo ou animais  Radiação  Realizar monitoração biológica: espessura da casca de ovos de pássaros, morte de abelhas (praguicidas)
  • 24. AVALIAÇÃO DO RISCO Perigo Capacidade da substância causar um efeito adverso  Risco Probabilidade de ocorrência de perigo 
  • 25. O que é Avaliação do Risco? É um processo sistemático através do qual o perigo, a exposição e o risco são identificados e quantificados Avaliando os resultados, tal como benefício para a sociedade, ocorre uma tomada de decisão a fim de minimizar o risco ao homem
  • 26. Histórico...     1940-1950: Conferência Americana estabelece níveis de exposições toleráveis a trabalhadores 1954: FDA publica a IDA (ingestão diária aceitável) quantidade de agente presente no alimento que pode ser ingerido sem provocar riscos 1958: Lei norte americana que proíbe a adição de substâncias carcinogênicas em alimentos 1970: surge a Avaliação do Risco, a partir daqui o Brasil se enquadra......
  • 27. Como avaliar um risco? Etapas  1 – Identificação do perigo  2 – Caracterização do perigo  3 – Avaliação da exposição  4 – Caracterização do risco
  • 28. Identificação do perigo Trata-se da avaliação da toxicidade  Estudo com animais  Estudo com humanos  Caracteriza-se aqui os efeitos adversos
  • 29. Caracterização do perigo  É a avaliação da dose-resposta  Seu objetivo é quantificar o perigo
  • 30. Avaliação da exposição  Medição da frequencia e da duração da exposição ao agente toxicante  Via de exposição  Meio de exposição (meio ambiente, trabalho, água, solo, alimentos, medicamentos)
  • 31. Caracterização e manejo do risco      Integração dos dados obtidos nas etapas anteriores Avaliar a importância social do risco Caracterização do risco mínimo ou aceitável Buscar alternativas para redução dos risco Análise de fatores políticos e econômicos
  • 32. FIM