O documento discute o significado e uso de símbolos na comunicação humana. Símbolos podem representar conceitos além de seu significado óbvio e são amplamente usados em religiões para expressar verdades espirituais. Mitos e ritos de iniciação também usam símbolos para representar transformações na vida dos indivíduos.
2. O homem utiliza a
palavra escrita ou
falada para expressar
o que deseja
transmitir.
Sua linguagem é
cheia de símbolos,
mas ele também,
muitas vezes, faz uso
de sinais ou imagens
3. Nova era
O que chamamos símbolo é um termo, um nome ou
mesmo uma imagem que nos pode ser familiar na
vida diária, embora possua conotações especiais
além do seu significado evidente.
4. Implica alguma coisa vaga, desconhecida ou oculta
para nós.
Assim, uma palavra ou uma imagem é simbólica
quando implica alguma coisa além do seu
significado manifesto e imediato.
5. A esquerda, três dos quatro Evangelistas (baixo-relevo
da Catedral de Chartres) representados sob a forma de
animais: o leão é Marcos, o boi, Lucas, a águia, João.
7. O homem é incapaz de descrever
um ser "divino".
Por existirem inúmeras coisas fora do
alcance da compreensão humana é que
frequentemente utilizamos termos
simbólicos como representação de
conceitos que não podemos definir
8. Esta é uma das razões por que todas as
religiões empregam uma linguagem
simbólica e se exprimem através de
imagens.
como animais aparecem três dos filhos do deus egípcio Horus (acima,
aproximadamente ano 1250 A.C.). Animais e grupos de quatro são símbolos
religiosos universais.
9. Decoração da parte posterior de um trono, que pertence ao século XIV
A.C. 0 faraó egípcio Tutancâmon está dominado por um disco solar.
10. Os símbolos
culturais, por
outro lado, são
aqueles que
foram
empregados para
expressar
"verdades
eternas" e que
ainda são
utilizados em
muitas religiões.
11. Passaram por inúmeras transformações e
reelaborações mais ou menos
conscientes, tornando-se assim imagens
coletivas aceitas pelas sociedades
civilizadas.
12. Estes símbolos culturais guardam, no entanto,
muito da sua "magia" , podendo fazer com
que as pessoas se emocionem a sua simples
visão.
13. Quando reprimidos a sua energia específica
desaparece no inconsciente com incalculáveis
conseqüências
Vai se dar vazão à nossa tendência
destruidora, nossa sombra, algo que estava
adormecido e foi desperto.
14. O homem moderno não entende o quanto o
seu "racionalismo" (que lhe destruiu a
capacidade para reagir a idéias e símbolos
numinosos) o deixou à mercê do "submundo"
psíquico.
Libertou-se das "superstições" (ou pelo menos
pensa ter feito), mas neste processo perdeu
seus valores espirituais em escala alarmante.
15. Quando uma sociedade primitiva sofre
impacto em seus valores espirituais, sua gente
perde o sentido da vida, sua organização
social se desintegra e os próprios indivíduos
entram em decadência moral.
É exatamente o ser humano moderno...
16. A medida que aumenta o conhecimento científico
diminui o grau de humanização do nosso mundo. O
homem sente-se isolado no cosmos porque, já não
estando envolvido com a natureza, perdeu a sua
identificação com os fenômenos naturais.
17. O trovão já não é a voz de um deus irado, nem o
raio o seu projétil vingador. Nenhum rio abriga mais
um espírito, nenhuma árvore é o princípio de vida do
homem, serpente alguma encarna a sabedoria e
nenhuma caverna é habitada por demônios.
18. Deixamos de acreditar em fórmulas mágicas;
restaram-nos poucos tabus e restrições
semelhantes; e nosso mundo parece ter sido
saneado de toda "superstição",
19. formas simbólicas podem ser encontradas, sem
sofrer qualquer mudança, nos ritos ou nos mitos de
pequenas sociedades tribais ainda existentes nas
fronteiras da nossa civilização.
20. O mito do herói é o mais comum e o mais
conhecido em todo o mundo
Encontramo-lo na mitologia clássica da Grécia
e de Roma, na Idade Média, no Extremo
Oriente e entre as tribos primitivas
contemporâneas.
21. Guardam uma forma universal mesmo quando
desenvolvidos por grupos ou indivíduos sem
qualquer contato cultural entre si
Ouvimos a mesma história do herói de
nascimento humilde, mas milagroso, provas
de sua força sobre-humana precoce, sua
ascensão rápida ao poder e à notoriedade,
sua luta triunfante contra as forças do mal.
22. O herói muitas vezes é fundador da cultura
humana
Sidarta (Buda) e sua jornada
23. O herói muitas vezes é fundador da cultura
humana (heróis gêmeos)
Rômulo e Remo
Castor e Pólux
24. A batalha entre o herói e o dragão é a forma
mais atuante do mito do triunfo do ego sobre
as tendências negativas.
São Jorge mata um dragão para libertar uma
donzela (pintura italiana do século XV
25. A história antiga e os
rituais das sociedades
primitivas forneceram-nos
abundante material sobre
mitos e ritos de iniciação,
através dos quais jovens
são afastados de seus pais
e obrigados a se
integrarem no seu clã ou
na sua tribo.
o jovem é simbolicamente sacrificado,
renascendo numa nova vida.
26. O rito simbólico através do qual o homem jovem
renuncia à sua autonomia exclusivista e aceita uma
vida em comum, com um espírito de solidariedade
(mulher) chama-se casamento (abandono dos ritos
de herói).
27. Os rapazes normais têm boas razões para se
sentirem apreensivos com o ritual das bodas.
É essencialmente um rito de iniciação
feminina, no qual um homem pode sentir-se
tudo, menos um herói vencedor.
Por isso a despedida de solteiro é
o último ato heróico.
28. para esta cerimônia as mulheres se preparam
durante a adolescência através de vários
acontecimentos de caráter iniciatório.
O casamento religioso arquetípico (a união dos opostos, dos
princípios masculino e feminino), representado numa escultura
indiana do século XIX pelas divindades Xiva e Parvati.
29. A religião dionisíaca contém ritos orgiásticos que
implicam a necessidade de o iniciado abandonar-se à
sua natureza animal e, assim, experimentar em sua
plenitude o poder fertilizante da Mãe Terra.
30. O agente de iniciação a este "rito de passagem"
do culto a Dionísio era o vinho: este devia
produzir o enfraquecimento simbólico da
consciência, necessário para a introdução do
noviço nos segredos da natureza
31. A Igreja teve de incorporar aos seus ritos muitas
práticas pagãs do passado. As mais significativas
podem ser encontradas em velhos registros das
cerimônias do sábado de Aleluia e do Domingo de
Páscoa para celebrar a ressurreição de Cristo.
Páscoa = Easter = Astarte (Deusa da lua, da
fertilidade, da sexualidade e da guerra) Suméria
32. O rito que mais se
conservou e que ainda
guarda, para os devotos
católicos, o sentido
essencial dos mistérios da
iniciação é a elevação do
cálice. A elevação do
cálice para o alto prepara
a espiritualização. É o
mesmo para Dionísio
33. A Mãe Natureza, com todas as suas belas
transformações sazonais foi abandonada, em
troca da segurança espiritual cristã.
Alguns homens precisam ser provocados, e a
experiência da sua iniciação acontece com a
violência de um "rito de trovão" dionisíaco.
Outros têm de ser dominados e são levados à
submissão através da organizada planificação
dos templos ou lugares sagradas
34. Alguns símbolos dizem respeito à libertação do homem
— ou à sua transcendência — de qualquer forma
restritiva de vida, no curso da sua progressão para um
estágio superior ou mais amadurecido da sua evolução.
35. Assim os "símbolos de transcendência'' são
aqueles que representam a luta do homem para
alcançar o seu objetivo. Aqui o herói não tem
vez, brilha o feiticeiro.
Suas práticas mágicas intuições fazem dele um
mestre da iniciação. Sua força reside na
faculdade que lhe é atribuída de conseguir
separar-se do corpo para voar pelo universo,
sob a forma de um pássaro.
36. Neste caso, o pássaro é, efetivamente, o símbolo mais apropriado
da transcendência. Representa o caráter particular de uma
intuição que funciona através de um médium, isto é, de um
indivíduo capaz de ter conhecimento de acontecimentos distantes
— ou de fatos de que conscientemente nada sabe — entrando
num estado de transe.
37. O tema da jornada solitária ou peregrinação que, de um
certo modo, parece ser uma peregrinação experimental
em que o iniciado descobre a natureza da morte. Ele
sabe de alguma maneira que vai se transformar.
38. É uma jornada de
libertação, de
renúncia e
expiação, dirigida
e fomentada por
algum espírito
piedoso.
39. Se tivemos vidas aventurosas, pouco seguras ou
ricas de imprevistos, podemos desejar dias mais
tranqüilos e o conforto de uma convicção
religiosa.
Mas se vivemos dentro dos padrões sociais em
que fomos educados, podemos sentir uma
desesperada necessidade de uma mudança
libertadora.
40. Mas nenhuma
mudança externa
solucionará o problema
se não houver alguma
transcendência interior
de velhos valores para
criar, e não apenas
inventar, um novo
padrão de vida.
41. o deus egípcio Tote com uma cabeça de pássaro (um íbis),
num alto-relevo do ano 3500 A.C. Tote é uma figura do
mundo "subterrâneo" associado à transcendência; era ele
quem julgava as almas dos mortos.
42. este símbolo (o
caduceu) foi levado
para Roma pelo deus
Mercúrio (num bronze
italiano do século
XVI), que também
possuía asas,
lembrando o pássaro
como símbolo da
transcendência
espiritual.
43. O deus grego Hermes,
cujo epíteto era
psicopompo (guia das
almas) tinha por
função conduzir os
mortos ao mundo
subterrâneo. É o Deus
das encruzilhadas e
penetra, portanto, do
mundo conhecido para
o desconhecido,
buscando uma
mensagem espiritual
de libertação e de
cura.
44. Qualquer um de nós pode facilmente
verificar que existe em nossas vidas um
conflito entre aventura e disciplina, mal e
virtude, ou liberdade e segurança.
Os ritos podem tornar possível ao indivíduo,
ou aos grupos, a união das suas forças de
oposição, permitindo-lhes alcançar um
equilíbrio duradouro em suas vidas
45. Observamos nos mitos que a magia ou o
talismã capaz de curar a desgraça de um rei
ou de seu país é sempre alguma coisa muito
peculiar.
Seja ele qual for, o remédio para afastar o mal
é sempre único e difícil de ser encontrado.
46. cristais e pedras sejam símbolos
reconhecidos como aceitos devido à
"exatidão" da sua natureza
Muitas pessoas não resistem ao impulso de apanhar
pedras de cor ou forma pouco comuns para guardálas, sem saber por que o fazem
47. É como se as pedras contivessem um mistério vivo
que as fascina. Os homens colecionam pedras
desde o início dos tempos, e aparentemente
admitiram que algumas delas são receptáculos de
força vital
48. Os antigos germânicos, por exemplo, acreditavam
que os espíritos dos mortos continuavam a existir
nas lápides dos seus túmulos. O costume de colocar
pedras sobre os túmulos deve ter surgido da idéia
simbólica de que algo eterno do morto subsiste, e
encontra nas pedras a sua representação mais
adequada.
49. A necessidade existente em
quase todas as civilizações
de erigir monumentos de
pedra a homens famosos
ou nos cenários de
acontecimentos
importantes vem,
provavelmente, deste
mesmo significado
simbólico da pedra.
50. Não nos surpreende que tantas religiões usem
uma pedra para representar Deus ou para marcar
o local de um culto. O santuário mais sagrado do
mundo islâmico é o de Ka'aba, a pedra negra de
Meca, aonde todo muçulmano piedoso espera um
dia chegar em peregrinação.
51. Os alquimistas medievais que buscavam com um
método pré-científico o segredo da matéria, na
esperança de assim encontrar Deus, ou ao menos
alguma ação divina, julgavam que este segredo
estaria encerrado na famosa "pedra filosofal".
52. Sabemos que mesmo a pedra não trabalhada tinha
uma significação altamente simbólica para as
sociedades antigas e primitivas. Pedras naturais e
em forma bruta eram, muitas vezes, consideradas
morada de espíritos ou deuses
53. As figuras de animais recuam até o último período
glaciário (entre 60.000 e 10.000 anos A.C.). Foram
descobertas nas paredes de cavernas da França e da
Espanha no final do último século, mas só no início deste
século é que os arqueólogos começaram a perceber sua
extrema importância e a pesquisar o seu significado.
54. Os habitantes das regiões da África, Espanha,
França e Escandinávia onde estas pinturas foram
encontradas recusavam-se a chegar perto destas
cavernas
um estranho sortilégio
parece assombrar as
cavernas onde estão os
baixos-relevos e as
pinturas
55. No entanto há detalhes que mostram ter havido a
intenção de fazer das figuras mais do que simples
reproduções.
Estas imagens sugerem uma espécie de magia,
como a praticada hoje pelas tribos de caçadores
da África. O animal pintado tem a função de um
substituto. Com o seu massacre simbólico os
caçadores antecipam e asseguram a morte do
animal verdadeiro.
56. Há uma forte identificação entre o ser vivo e sua
imagem, que é considerada a alma daquele ser.
(Esta é uma das razões por que um grande
número de gente primitiva, hoje em dia, evita ser
fotografada.)
57. Quanto mais primitiva e mais próxima à natureza
for a sociedade, mais ao pé da letra devem ser
considerados estes títulos. Um chefe primitivo
não se disfarça apenas de animal; quando
aparece nos ritos de iniciação inteiramente
vestido com sua roupa de animal, ele é o animal.
58. Nestas ocasiões ele
encarna ou representa o
ancestral da tribo e do
clã, portanto o próprio
deus original
Com o passar dos tempos, a roupa ou
a fantasia completa de animal foi
substituída, em muitos lugares, por
máscaras de animais e de demônios
59. Nas religiões e na arte religiosa de quase todas as
raças os atributos animais associam-se aos deuses
supremos
Os antigos babilônios projetavam seus
deuses nos céus, sob a forma dos signos
do Zodíaco: o Leão, o Escorpião, o
Touro, o Peixe etc
60. Na mitologia grega encontramos inúmeros
símbolos animais. Zeus, o pai dos deuses, muitas
vezes se aproxima das jovens a quem ama sob a
forma de um cisne, um touro ou uma águia.
O próprio Cristo aparece simbolicamente como o
Cordeiro de Deus ou como o Peixe; é também a
serpente, louvada na cruz, o leão, e, em alguns
casos raros, um unicórnio.
61. Ichthys = peixe em grego
I (iota) = Iesous = Jesus
ch (chi, tem a forma latina de um X
quando maiúscula) = Christós = Cristo
th (theta) = toû Theoû = de Deus
y (ípsilon) = (h)uiós = Filho
s (sigma) = sotêr = Salvador
Portanto, com um símbolo tão simples afirma-se
"Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador".
62. Outros símbolos
Água. A SS durante a II
Grande Guerra, forçou os
homossexuais nos campos
de concentração a utilizar um
triângulo rosa em suas
roupas como elemento de
distinção.
Representa a purificação, a regeneração, a
profundeza e o infinito. Em quase todas as culturas,
a água aparece como símbolo da força feminina e
da emoção, associada à fertilidade e à vida.
63. Outros símbolos
Cruz Ankh
Simboliza a vida ou a vida eterna e estava sempre
associado com a água (por ser geradora da vida).
Os deuses egípcios são sempre mostrados
carregando estas cruzes..
64. Outros símbolos
O pentagrama.
Provavelmente seu mais
antigo uso era como uma
representação astronômica
na região do EUFRATESTIGRES cerca de 6000
anos atrás.
O pentagrama também diz respeito a estrela Easter (estrela
da manhã) que é o planeta vênus também conhecido como
as deusas Ishtar ou Astarte. Note que é muito popular em
meios militares e está conectada ao poder e a dominação. A
visão moderna faz referência à magia e traz bons pressagios.
65. Outros símbolos
A estrela de David.
Também conhecida como
escudo de David, sua
origem remete a tempos
muito distantes, desde as
primeiras comunidades.
Trata-se da combinação simbólica da união e harmonia,
conjugando as forças masculinas e femininas. No entanto está
fortemente associado à representação do povo judeu, pelo uso
messiânico (rei) e declaração de sabedoria (selo de Salomão)
66. Outros símbolos
A cruz latina
É a mais popular forma de
cruz
Durante os 3 primeiros séculos do cristianismo a cruz era rara
como símbolo (aparecia em moedas, medalhas e ornamentos
anteriores ao cristianismo). Representa um marco, define uma
coordenada, usada para representar um ponto no plano
espacial.
67. Outros símbolos
A Caveira
Associamos com sociedades
secretas, substâncias tóxicas e
até mesmo na bandeira rebelde
dos piratas. Em todo caso é um
aviso de que nossa vida está em
risco.
Emblema lúgubre da mortalidade humana, vitoria da morte
sobre a vida. A caveira nos avisa sobre a imortalidade, na
crença que uma parte espiritual sobrevive aos nossos restos
mortais.
68. Outros símbolos
A Suástica
Também chamada de
cruz da Índia
A “swastika” é um símbolo muito antigo que vem sendo usado
por 4000 anos. Significa prosperidade; representa o sol, o
movimento da roda da vida. Na sua tradução literal do sânscrito
significa: “sva” (senhor de tudo) e “astika” (isto pertence).
69. Outros símbolos
Playboy
A idéia da sofisticação
A idéia da imagem de um coelho é passar vitalidade e
juventude (os coelhos adoram sexo!Muito!). Uma gravata dá o
tom do charme e sofisticação. É o ícone dos vencedores, dos
bon vivants, das badalações e de como se deve viver a vida.
Deu origem a diversos outros mundos de vencedores.