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2
3
EXPEDIENTE
A Revista Painel é uma publicação do
CRECI-GO
O Conselho Regional de Corretores de
Imóveis da 5ª Região-GO é uma autarquia
federal de disciplina e fiscalização da
profissão de corretor de imóveis.
Regulamentada pela Lei Federal 6.530/
1978
Endereço: Av Anhanguera, 5674, Ed. Palácio do
Comércio, 5º andar, Centro, Goiânia - GO CEP 74043-
906 Fone/ fax: 62 3224 2299 Homepage:
www.crecigo.org.br E-mail: crecigo@crecigo.org.br
Diretoria: Oscar Hugo Monteiro Guimarães, Luiz
Roberto de Carvalho, Rafael Nascimento Aguirre, Maria
Aparecida Moreira, Juscemar Antônio de Oliveira,
José Arantes Costa, Jair Reis de Melo.
Conselheiros: Antônio Alves de Carvalho, Antônio
Rosa de Mesquita, Antônio Spinetti Alves, Eduardo
Coelho Seixo de Brito, Euclides Domingos Marcante,
Francisco Ludovico Martins, Geraldo Dias Filho,
Geraldo Pereira Braga, Jair Reis de Melo, Jackson
Jean Silva, João Benício Gomes, João Pedro Vieira,
José Arantes Costa, José Machado Resende,
Juscemar Antônio de Oliveira, Leandro Daher da
Costa, Luiz Robeto de Carvalho, Marcelo Alves
Simon, Márcio Antônio Ferreira Belo, Maria Francisca
Alves Carvalho, Oscar Hugo Monteiro Guimarães,
Rafael Nascimento Aguirre, Ricardo Alves Vieira,
Sérgio Teodoro da Cruz, Walter São Felipe, Wildes
Marcos Faustino.
Suplentes: Ademir Silva, Ana Mônica Barbosa da
Cunha, Arton Martins Peixoto, Celso Monteiro
Barbugiani, Cláudio Gonçalves de Araújo, Dionísio
Nascindo Gonçalves, Domingos Alves de Castro
Filho, Elmo Monteiro Clemente Aguirre, Evaldo Euler
Duarte de Almeida, Helder José Ferreira Paiva, João
Soares da Silva, José Humberto Martins Vieira
Carvalho, José Severino de Lima, Luis Clemente
Barbosa, Marco Antônio de Oliveira, Nagib de Paula
Sahb Novaes, Naidoson Bernades de Queiroz, Omar
Ataides de Castro, Rodrigo Paullus Barreto Machado,
Saul Pereira da Costa, Valgmar Domingos Tavares,
Valoni Adriano Procópio, Veronde Antônio de Oliveira,
Vilmar Pereira de Oliveira, Wilmar Viana.
Jornalista responsável e editora:
Raquel Pinho - GO 01752 JP
Projeto gráfico e diagramação:
Raquel Pinho
Estagiária de jornalismo:
Stephanie Silva (UFG)
Revisão jurídica:
Eduardo Felipe Silva - OAB 25566
Tiragem: 6000 exemplares
Fotolito e impressão:
Gráfica e Editora América
EmcontatocomosetordecomunicaçãodoCreci-GO:imprensa@crecigo.org.br
w w w . c r e c i g o . o r g . b r
Sumário
ProgramadeEducaçãoAmbiental
I Fórum de Desenolvimento Sustentável Imobiliário
Entrevista
Luiz Augusto Sorrenti - presidente da ONG Ecosustentável
8aCCA
Comissões perdidas à vista
Normatização
TAC disciplina anúncio de incorporação
ÉticaProfissional
Julgamento sem corporativismo
Social26CrecinaMídia27
CrecinaMídia30
8
Qualificação
Lei faculta mais tarefas para corretores imobiliários
Fiscalização
Contraventor preso com carteira falsificada
Capacitações elevam eficiência do trabalho da fiscalização
Prova é fundamental para condenar falso profissional
NovoRumo
Creci planeja seu futuro
Perfil
Profissão em alta: Corretor de Imovéis
6
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28
Hélio de Oliveira, o fo-
tógrafo que testemu-
nhou o crescimento
de Goiânia, será
palestrante do Fórum
do Desenvolvimento
Imobliário Sustentável,
página 7
4
INFORME
5
7
PalavradoPresidente
OSCARHUGOMONTEIROGUIMARÃES-presidentedoCrecideGoiás
hugo@oscarhugo.com.br Estamos assistindo, no mercado imobiliário de todo o Brasil, um crescimento
sustentado, ou seja, a ampliação da capacidade produtiva, de forma contínua e dura-
doura, assegurada pela queda dos juros e recursos para o financiamento habitacional.
Reflexo disto é a configuração de um país que tanto almejamos, com mais empregos,
com distribuição de renda, com mais gente com o sonho da casa própria realizado.
Estamos testemunhando a inclusão social acontecer.
Uma série de fatores veio fortalecer o mercado imobiliário. Um deles foi a Lei
10.931 de 2004, que trata da afetação do patrimônio incorporado e pode ser consi-
derada como ponto primordial para a geração de condições de retomada. Essa norma
garantiu maior segurança jurídica aos negócios imobiliários.
Somado a isto, o ambiente econômico favorável e política de redução da taxa bási-
ca de juros permitiram que o setor voltasse a crescer.Tivemos também o ingresso de
várias incorporadoras ao mercado acionário (BOVESPA), captando créditos mais ba-
ratos do que os bancários, havendo uma captação de mais de R$.14 bilhões, sendo
mais de 70% de capital externo.
Agora, com a inclusão do Brasil na relação de paises confiáveis para investimento
beneficia, em tese, todas as empresas do País, que terão custo de capital reduzido e
maior visibilidade aos olhos do investidor global. Analistas identificaram um impacto
mais imediato da notícia em ações de empresas ligadas aos setores imobiliário, de
consumo e financeiro. No início de maio, na Bolsa deValores de São Paulo (Bovespa),
os papéis da construção dispararam: Cyrela ON subiu 15,73% e liderou o Ibovespa;
Gafisa ON avançou 14,06%.
Após praticamente duas décadas de estagnação, ainda falta muito
para que esse processo de retomada, iniciado efetivamente em 2006,
dê lugar à produção em escala verificada na década de 1980.
Em 2007, já alcançamos números expressivos em toda cadeia pro-
dutiva do mercado imobiliário.Para aqueles que acreditavam que o cres-
cimento do setor chegaria aos 7%, esta marca foi ultrapassada e ainda
aumentou a participação do setor no PIB, passando de 4,5% para 5,5%. O
resultado mostra um avanço na realidade econômica brasileira que nos co-
loca em evidência e, podem escrever, 2008 será ainda melhor.
Os corretores de imóveis e a empresas imobiliárias tiveram uma participa-
ção primordial nesta virada, pois cabe a essa categoria transformar o objeto
construído na realização de um sonho do adquirente e, por outro lado,
em recursos para a empreendedor continuar investindo.
Em razão desse crescimento quantitativo e qualitativo do mercado
imobiliário, o CRECI-GO tem se preocupado em levar aos profissio-
nais e empresas o conhecimento, para que o crescimento seja harmô-
nico, e haja sempre um mercado pautado pela ética e seriedade.
Tempo de virada
6
Programa de Educação Ambiental
Fórum apontará
soluções sustentáveis
para o setor
imobiliário
Informações pontuais
analisadas por pales-
trantes especializados
pretendem fazer deste
evento uma referência
para quem investe na
qualidade de vida sus-
tentável. Atividades cul-
turais e revelação do
Corretor Ambientalista
2008 também estão in-
cluídas na programação.
Diante da de-
gradação do meio
ambiente, da neces-
sidade de produção
ascendente para
atender as carênci-
as da população
global, é possível
encontrar o equilí-
brio entre exploração e pre-
servação dos recursos natu-
rais? Como manter as como-
didades e facilidades da
contemporaneidade sem por
em risco a sobrevivência hu-
mana? Que ferramentas e
tecnologias já estão à dispo-
sição do setor imobiliário para
a promoção de empreendi-
mentos sustentá-
veis? De que forma
aproveitar o boom
imobiliário sem o
espantoso prog-
nóstico do aqueci-
mento global?
Estas e outras
questões serão dis-
cutidas em junho, durante o I
Fórum de Desenvolvimento
Imobiliário Sustentável, even-
to do Programa de Educação
Ambiental do Creci de Goiás
(PEA). Nos dias 17, 18 e 19,
renomados especialistas esta-
rão à frente de análises
atualizadas sobre o assunto.
O jornalista Washington
Novaes será um deles.
“Vamos oferecer
informações pontu-
ais e práticas, ligadas
ao universo do cor-
retor de imóveis e
agentes que operam
o mercado imobili-
ário”, salienta Oscar
Hugo Monteiro Gui-
marães, presidente
do Conselho.
Para o diretor
do PEA, Leandro
Daher da Costa, o
evento vem atender
a uma necessidade
premente dos em-
“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações
socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,
diretor do PEAdiretor do PEAdiretor do PEAdiretor do PEAdiretor do PEA
7
preendedores da área urba-
na ou rural.“O Fórum irá tra-
tar da responsabilidade indi-
vidual e empresarial dos agen-
tes do mercado imobiliário.
Goiânia está se tornando uma
metrópole e já carece de pre-
ocupações socioambientais.
Quanto à zona rural, é hora
de cuidarmos do cerrado,
bioma que exerce importan-
te papel no ecossistema e que
presenteia os goianos com sua
beleza singular”, diz.
O I Fórum de Desenvolvi-
mento Imobiliário Sustentável
será realizado no auditório
Jaime Câmara da Câmara
Municipal de Goiânia. A or-
ganização do evento está pre-
parando, além de palestras,
atrações culturais para con-
ferir um pouco de
descontração à platéia. Entre-
tanto, mais que proporcionar
diversão, elas contém uma
mensagem sustentável.
Um exemplo será o desfi-
le com roupas feitas de mate-
riais recicláveis, produzido
pelo curso de design de moda
da Universidade Católica de
Goiás, mostrará que é possí-
vel sim dar uma nova
destinação ao lixo. As inscri-
ções estão abertas, no Creci.
Durante o encerramento
do Fórum, será revelado quem
é o Corretor Ambientalista
2008. Estão concorrendo ao
título os profissionais que
participam das ativi-
dades do PEA des-
de seu lançamento,
em junho de 2007.
A participação
vale pontos. Quem
acumular a maior
soma, ganhará o
título e, ainda,
será presentea-
do com uma
viagem para o
litoral da
Bahia,eterádi-
reito a um
a c o m p a -
nhante.
O corre-
tor de imó-
veis Carlos
Massud é um
dos profissio-
nais na dispu-
ta e está oti-
mista com as
atividades do
PEA. “Em
Goiânia,os cor-
retores de imó-
Corretor Ambientalista
2008 será revelado
veis são pioneiros ao reunir o
setor e lutar pela causa do
meio ambiente porque, hoje,
o interesse em preservar é glo-
bal.” diz. Para ele, o Corretor
Ambientalista é aquele pre-
ocupado com a situação
ecológica mundial e local.
É esta consciência que
o PEA busca despertar na
categoria, lembra Lean-
dro Daher. “Muita
gente ainda
acha que
s u s t e n -
tabilidade é
a árvore do
cerrado.
Mas a sus-
t e n t a -
bilidade en-
volve a to-
dos. Na
área imobili-
ária, diz res-
peito ao cor-
retor de imó-
veis, à cons-
trutora,àspes-
soas que fazem
o Plano Dire-
tor etc. É uma
consciência”,
conclui.
O corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis Carlos
Massud está na corrida emMassud está na corrida emMassud está na corrida emMassud está na corrida emMassud está na corrida em
busca do título de Corretorbusca do título de Corretorbusca do título de Corretorbusca do título de Corretorbusca do título de Corretor
Ambientalista 2008Ambientalista 2008Ambientalista 2008Ambientalista 2008Ambientalista 2008
Ele começou a fotogra-
far Goiânia em suas primei-
ras décadas, a partir de
1951, como repórter foto-
gráfico do jornal O Popu-
lar. Também foi fotógrafo
dos governadores, até 1999.
Dos atos de Pedro Ludovico
aos de Marconi Perillo, é
uma testemunha viva. Ele é
Hélio de Oliveira, um dos
nomes que já fazem parte
da história da capital pla-
nejada e construída.
Já na infância, ele regis-
trava na memória os
primórdios de Goiânia, uma
vez que aqui aportara aos
Viagem histórica com
Hélio de Oliveira
Washington Novaes será
um dos palestrantes
Umdosmaioresnomes
nacionais do jornalismo
especializado em meio am-
biente,Washington Novaes
(foto) falará sobre Negóci-
oseBiodiversidadeaoscor-
retores de imóveis. O jor-
nalista, que é supervisor
geral do Repórter Eco, na
TV Cultura e colunista nos
jornais O Popular e O Es-
tado de São Paulo, aborda-
rá as contribuições que os
corretores de imóveis e
profissionais do mercado
imobiliário podem dar
para mudar os padrões de
ocupação do solo.
Novaes explica que a
busca pela sustentabilidade
é assunto urgente e
direcionado a todas as tri-
bos e povos. No próprio
Brasil, as mudanças do cli-
ma já produzem eventos
extremos que outrora não
faziam parte do cotidiano
dos brasileiros. O setor de
imóveis também terá de
adaptar-se a esses novos
tempos.“O mundo supor-
tava contra-sensos, como
projetos que prevêem luzes
acesas durante todo o dia
e desperdiçam a iluminação
natural, enquanto a popu-
lação era menor. A huma-
nidade levou 1850 anos
para somar um bilhão de
habitantes, mas bastou 170
anos para que chegasse a
seis.“E vamos chegar a 8,5
bilhões até 2050”, anuncia
o jornalista.
seis anos. “Vi Goiânia bro-
tar do nada e crescer”, diz.
Palestrante do Fórum
do Desenvolvimento Imobi-
liário Sustentável, sua par-
ticipação promete ser via-
gem história pelo desenvol-
vimento da capital com a
palestra“Passado e Presen-
te Urbanístico-Ambiental”.
Que Goiânia existe depois
de sete décadas de inter-
venção de tijolos, cimento,
projetos e obras?As lentes
de Hélio testemunharam
esta transformação urbana
e é esta dinâmica que ele
irá apresentar.
8
entrevistaespecial
LUIZAUGUSTOSORRENTI-presidentedaONGEcosustentável
sustentável
Um lugar para a vida
Luiz Augusto Sorrenti era engenheiro e atuava na área de
sensoriamento remoto.Tinha uma profissão interessante, uma carreira
sólida e um currículo, para muitos, invejável – em seu portifólio constam
a Kodac, o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) e, em 1997, foi
contratado para trabalhar no exterior. Este foi o motivo de sua mudança
para os Estados Unidos, mas foi lá que encerrou este capítulo de sua
história. Sorrenti estava vivendo em SpringValley, NovaYork, bem em
frente à Universidade Sun Bridge College. Em um dia frio de inverno –
isso foi em 2001 - sua filha chegou em casa com um panfleto da universi-
dade, que anunciava um curso sobre condomínios auto-sustentáveis,
ministrado por estudiosos da Austrália. Matriculou-se, assistiu às aulas e
ficou arrebatado.“Eu estava diante de uma das formas mais perfeitas de
ocupação. É um estilo de moradia que consegue recuperar o meio-
ambiente e as pessoas”, diz. Além de unidades habitacionais, o empreen-
dimento oferece itens de sustentabilidade – como pomar, fontes de
energia alternativa, unidades de reciclagem de lixo e unidade de trata-
mento de água.A grande diferença entre eles e os condomínios conven-
cionais que existem no mercado é que cada um destes benefícios é
administrado com ferramentas de gestão empresarial. Precisa ter um
plano de produção para atender a demanda, custos definidos, mão-de-
obra e assim por diante. Só não visa o lucro. O condômino consome o
serviço mais barato e pode pagar com dinheiro ou com trabalho volun-
tário.Assim, assegura Sorrenti, é possível garantir a sobrevivência no
próprio local.A descoberta mudou o rumo de sua vida. Sorrenti abando-
nou a engenharia, tornou-se corretor de imóveis, escreveu um livro
sobre o assunto e fundou a ONG Ecosustentável.Tudo para difundir os
condomínios auto-sustentáveis. Saiba mais nesta entrevista.
POR RAQUEL PINHO
9
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Por que se apaixonou
pelo condomínio auto-
sustentável?
SORRENTI – Eu me apai-
xonei pelo estilo de vida no
qual posso gerenciar os
itens de sobrevivência, ter
poder de decisão sobre
eles, sobreviver a preço de
custo, ao recuperar a na-
tureza e viver com alta qua-
lidade, e ainda pagar tudo
com trabalho voluntário.
Na realidade, meu entusi-
asmo era trazer a idéia dos
CAS (Condomínios Auto-
Sustentáveis) para o Brasil
como solução social. Em
pouco tempo todo e qual-
quer favelado ou depen-
dente social, por meio do
CAS, passaria a ter quali-
dade de vida e, ao mesmo
tempo, trabalharia para a
recuperação do meio am-
biente.Achei que,se os go-
vernos federal, estaduais e
municipais compreendes-
sem os fundamentos de um
CAS, iriam implementá-lo
para solucionar todos os
problemas ambientais, eco-
nômicos e sociais. Infeliz-
mente, estes governos ain-
da não se interessaram
como eu esperava.
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Como corretor de imó-
veis, de que forma apre-
sentaria um condomínio
auto-sustentável a um cli-
ente?
SORRENTI - Quem se in-
teressa pelo CAS não é
um cliente comum.Ele car-
rega uma consciência
ambiental e uma preocu-
pação com o futuro da hu-
manidade urbana. Ele é
“fisgado” pelo lado filosó-
fico e pela segurança de
vida. O CAS garante a so-
brevivência a preço de cus-
to e o consumo do que lá
é utilizado pode ser pago
com trabalho voluntário.
Um CAS é um jardim eco-
lógico auto-sustentável
que propicia segurança de
vida. Este é o foco que sen-
sibiliza as pessoas.
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Você compara o CAS
como aos kibutzim, isto
é, fazendas coletivas de
judeus que trabalhavam
livremente no espaço e
dividiam o lucro entre si
no início do século pas-
sado. Na sua opinião, o
segredo da tão sonhada
qualidade de vida está no
viver em comunidade?
SORRENTI - Os kibutzim
existem até hoje e, graças
a eles, Israel tornou-se o
grande país que é na atu-
alidade. Os CAS são uma
mistura de kibutzim, em-
presa, fazenda ecológica e
condomínio. Num CAS,
você é proprietário de sua
casa e co-proprietário de
todas as áreas comuns,
como num edifício. O se-
gredo da qualidade de vida
é você contar, no local
onde vive, com alimentos
orgânicos, energia alterna-
tiva, água coletada e
purificada, reciclagem de
100% dos efluentes e do
lixo.Tudo o que é básico
para se viver está nas áre-
as comuns, a preço de cus-
to - chega a ser 10 vezes
mais barato. Se estiver sem
dinheiro para viver,o CAS
lhe garante a sobrevivên-
cia em troca de seu traba-
lho voluntário. Segurança
também é qualidade de
vida.Veja a dificuldade que
tem um desempregado
com mais de 40 anos para
sobreviver. O “sistema” é
ingrato e está podre em
sua filosofia.
PAINELIMOBILIÁRIO-A
sociedade atual entrou
em um ciclo de extremo
individualismo.Você acha
que é fácil para as pesso-
as adaptarem-se a esta
cultura altruísta, de tra-
balhar em prol do coleti-
vo em detrimento dos in-
teresses pessoais?
SORRENTI - A administra-
ção dentro de um CAS é
empresarial. Não exige al-
truísmo nem adaptações
comunitárias.A coisa é bem
profissional, com treina-
mento, administração da
mão-de-obra, alocação de
custo, plano de produção
etc. As suas atividades po-
dem ser comparadas as de
um operário numa fábrica.
O CAS não interfere na sua
filosofia, religião, nem na
sua maneira de viver.Você
pode continuar sendo o
que sempre foi.A diferença
é que você e sua família,
num CAS, começarão a se
envolver com as
tecnologias sustentáveis e a
conhecer melhor a nature-
za, seus processos e suas
maravilhas. Ali verão tam-
bém o fruto de seu traba-
lho transformar-se em itens
de sobrevivência para to-
dos. Mas você não é obri-
gado a trabalhar. Pode pa-
gar o condomínio com seus
recursos, como é feito nas
moradias convencionais.
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Quais são os paradigmas
das pessoas em relação ao
assunto? Que preconcei-
“O CAS não interfere na sua filosofia,
religião, nem na sua maneira de viver.
Você pode continuar sendo o que
sempre foi. A diferença é que você e
sua família começarão a se envolver
com as tecnologias sustentáveis e a
conhecer melhor a natureza, seus
processos e suas maravilhas.”
LUIZ AUGUSTO SORRENTI
10
somem, quando o naufrágio
do sistema e as condições
climáticas começarem a
comprometeroesquemade
produção atual, quando a
energia começar a faltar de
novo e ficar ainda mais cara,
quando o meio ambiente
exigir uma postura de com-
portamentodiferente,quan-
do o paradigma antigo“pro-
duzir, se locomover, consu-
miredescartar”nãoformais
possível, o CAS será a saída
mais inteligente para se
reestruturar a sociedade.
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Onde existem CAS im-
plantados?
SORRENTI – Cinco funcio-
nam nos EUA, quatro no
Estado de Wisconsin e um
emBakersfield,naCalifórnia.
Na Austrália, onde surgiu,
existem mais de 30. Na Eu-
ropa, dois estão sendo
construídos: um na Sérvia e
outro na Dinamarca. Na
África, uma colega que fez o
curso comigo em 2001, está
tirando as pessoas da favela
para morar em um CAS,
tudo financiado pelo gover-
no do Marrocos.
PAINEL IMOBILIÁRIO – E
no Brasil?
SORRENTI – Já existem
CAS em implantação no
município de Urussanga
(SC). Em Parati (RJ), há uma
área de 263 hectares com-
prada para o empreendi-
mento. Em Curitiba,
estamos em fase de discus-
são do pré-projeto, assim
como em Goiânia (GO).
Aos poucos, algumas pre-
feituras também tem pro-
curado mais informações.
PAINELIMOBILIÁRIO-O
site da ONG
Ecosustentável é aberto
para inscrições de pesso-
as interessadas neste es-
tilo de vida. Qual é o per-
fil do público que se ins-
creve? De onde elas são?
SORRENTI -As pessoas da
classe A e B são as mais
interessados, e o traço em
comum entre eleas é o nível
de consciência. Não que o
produto não interesse às
classes mais baixas, mas
acredito que somos procu-
rados por pessoas de clas-
ses mais altas porque elas
têm uma percepção mais
ampla acerca dos proble-
mas do Planeta, da crise que
estamos vivendo em níveis
ambiental, econômico, soci-
al e ético. Enxergam que os
recursos naturais estão se
esgotando, que os itens de
sobrevivência são muito ca-
ros e contaminados, que a
natureza está cada vez mais
comprometida e que um
novo paradigma precisa ser
implantado: produção cons-
ciente, mínimo de locomo-
ção e distribuição, consumo
também consciente,
reciclagemmáxima,eimpac-
to ambiental mínimo. Prin-
cipalmente, elas vêem a ne-
cessidade de gerenciar ob-
jetivamente os itens de so-
brevivência. As localidades
com mais inscrições para
construção de CAS são nes-
ta ordem: Brasília, Curitiba,
Florianópolis, Porto Alegre,
Recife, Campinas, Sul de Mi-
nas, Goiânia, Belo Horizon-
te, Fortaleza e São Paulo.
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Como está o interesse
dos goianos, especifica-
mente, pelo CAS?
SORRENTI - O estado de
Goiás tem muita gente ins-
crita. Existem pessoas que
querem a construção de
um condomínio auto-sus-
tentável na capital e em
Pirenópolis, nesta ordem.
Creio que o Estado está en-
tre os dez de maior deman-
da.
tos possuem? Muitas as-
sociam um CAS a uma
comunidade alternativa
hippie? Qual é a diferen-
ça entre elas?
SORRENTI - Quando as
pessoas conhecem superfi-
cialmente o conceito do
CAS, elas realmente cha-
mam-no de “comunidade
alternativa”, mas as diferen-
ças são grandes. Nas comu-
nidades alternativas, as de-
cisões são pessoais e gera-
m conflito. Agora, quando
o grupo se organiza como
empresa, os conflitos diári-
os são minimizados pois as
ações são racionais e prag-
máticas. O CAS surgiu na
Austrália,em1988,apósdez
anos de estudos científicos.
Ele incorpora as
tecnologias sustentáveis às
atividades do condomínio,
assim como este inclui a
sala de ginástica, a piscina
e o salão de jogos. E tam-
bém administra estas
tecnologiaspormeiodetéc-
nicas empresarias usando a
mão-de-obra dos próprios
condôminos, quando estes
optam em lá trabalhar.
PAINEL IMOBILIÁRIO -
Você acha que, com o
anúncio do aquecimento
global, este estilo de vida
ganhará novos adeptos?
Ou as pessoas ainda não
estão conseguindo partir
para uma mudança mais
profunda em seus hábitos
e, assim, contribuir para o
equilíbrio ambiental?
SORRENTI - Quando as
pessoas se derem conta que
estãopagandoemmédiadez
vezes mais que o preço de
custo pelos seus itens bási-
cos de sobrevivência, que
elas não têm nenhum poder
de decisão sobre o que con-
“O cliente que se
interessa pelo CAS
carrega uma consciência
ambiental e uma
preocupação com o
futuro da humanidade
urbana. Ele é fisgado
pelo lado filosófico e
pela segurança de vida.”
LUIZ AUGUSTO SORRENTI
11
12
Fiscalização
Homem é preso por usar
carteira do Creci falsificada
Ele confessou que comprou carteira de estagiário falsificada por R$ 1.000.
Creci investiga existência de quadrilha com atuação no Estado.
Sem inscrição no Conse-
lho Regional de Corretores de
Imóveis de Goiás (Creci-GO),
Carlos Alberto Vieira atuava
tranqüilamente como corre-
tor de imóveis na porta de um
clube, em Caldas Novas, por-
tando uma carteira de estagi-
ário falsa, quando foi flagrado
pelos fiscais do Creci.
Este foi um dos resultados
da força-tarefa de carnaval do
Conselho, que contou com a
atuação dos fiscais e teve o
objetivo de varrer as irregu-
laridades do setor imobiliário
na cidade. No total, dez pes-
soas foram autuadas por exer-
cício ilegal da profissão. A
ação foi coordenada, pesso-
almente, pelo presidente do
Creci, Oscar Hugo Monteiro
Guimarães.
Ao se apresentar aos fis-
cais como corretor de imó-
veis, Carlos Alberto Vieira
mostrou o documento. Ime-
diatamente, os fiscais perce-
beram diferenças grotescas na
assinatura, cor, data de vali-
dade. Havia também a falta da
chancela do Creci. Ele foi pre-
so em flagrante, enquadrado
no artigo 304 do Código Pe-
nal Brasileiro.
Na delegacia, Carlos
Alberto confessou que com-
prou a carteira por mil reais,
mas não informou quem a
vendeu ilicitamente. A infor-
mação só veio a complemen-
tar uma investigação paralela
do Creci de que existe uma
quadrilha no Estado venden-
do carteiras falsificadas.
A carteira profissional
comprova que seu portador
tem as devidas prerrogativas
legais para trabalhar como
corretor de imóveis. Já a car-
teira de estagiário mostra que
seu portador é um profissio-
nal em formação. Cabe ao
Creci a emissão destes docu-
mentos. Para a sociedade, eles
representam a garantia de que
está sendo atendido por um
profissional devidamente qua-
lificado ou em formação.
Vitória também em
Catalão
O Juiz de Direito Sandro
Cássio de Melo Fagundes con-
denou Gélio Antônio Borges
a cumprir trinta dias de pri-
são por trabalhar como cor-
retor de imóveis sem ter for-
mação técnica e inscrição no
Creci, exigências da Lei Fede-
ral 6530/78. A decisão foi
proferida dia 12 de março.
“Recebemos com satisfa-
ção esta notícia, é sinal de que
o Creci está realmente traba-
lhando em defesa da catego-
ria. O Ministério Público tam-
bém tem sido muito atuante
no combate ao exercício ile-
gal da profissão”, disse o de-
legado do Creci na cidade,
Para evitar cair nas mãos de falsários, o
Creci orienta que, após solicitar a
carteira profissional de quem se
apresenta como corretor de imóveis, o
cidadão deve retirar, gratuitamente no
site www.crecigo.org.br, a Certidão de
Regularidade para conferir a veracidade
dos dados.
Veronde de Oliveira.
Ele conta que Gélio era um
contraventor contumaz em
Catalão. “Ele era atuante e
seus clientes acreditavam que
era um corretor de imóveis”,
conta. Entretanto, quando era
abordado pela fiscalização do
Creci, esquivava-se com res-
postas evasivas. Desde 2002,
a fiscalização do Creci vinha
autuando-o. Um processo
chegou ao judiciário, mas foi
arquivado por falta de provas.
Gélio teve seu nome ins-
crito no rol dos culpados. Em
razão do condenado reunir as
condições objetivas do Arti-
go 44 do Código Penal, a
pena privativa de liberdade
foi substituída por pagamen-
to de multa, que será destina-
da à Santa Casa de Misericór-
dia de Catalão.
CarCarCarCarCarlosloslosloslos AlberAlberAlberAlberAlbertototototo Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-
tarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novas
13
Em Catalão, casos do exercício ilegal
da profissão de corretor de imóveis che-
gam com freqüência à mesa do titular da
3ª Promotoria de Justiça da Comarca de
Catalão, o promotor de justiça Roni
AlvacirVargas.Fato que demonstra a atu-
ação contínua da fiscalização do Creci e
de seus representantes na cidade contra
o falso corretor de imóveis.
A eficiência do Conselho é um pon-
to positivo. Mas não finda a batalha. O
grande desafio para alcançar sucesso em
uma ação, contra aqueles que insistem
em atuar sem observar os pré-requisitos
legais, depende das provas. Este foi o foco
da palestra do promotor proferida du-
rante o X Encontro de Delegados do
Creci, que reuniu os representantes do
Conselho de vários pontos de Goiás em
Catalão.
O recado pode parecer elementar,
mas tem sua importância, especialmente
nas negociações imobiliárias. “Normal-
mente, os clientes são parte interessada
e, por isso, não colaboram no processo,
salvo se forem prejudicados”, observou
o promotor.
Dr. Roni explicou os aspectos práti-
cos do processo de contravenção que,
por ser de menor poder ofensivo, é en-
quadrado na Lei 9099/95, permitindo a
transação penal e a suspensão condicio-
nal do processo. Mas é possível, assim
mesmo, conter o exercício ilegal da pro-
fissão. É que uma das “medidas
despenalizadoras” deste instituto é o pa-
gamento de multa, ou seja, o caso é en-
cerrado mediante a contrapartida do acu-
sado em desembolsar a quantia estima-
da pelo Judiciário em prol de instituições
de atuação social.
Este valor pode se tornar penoso para
o réu, se o trabalho de investigação for
eficiente. “Normalmente, ao aplicarmos
a Lei 9099/95, nós avaliamos a capaci-
dade financeira de quem irá pagar a multa.
Portanto, se o processo trouxer prova
de que o réu tem boas condições, o fato
será considerado”, afirmou o promotor
Roni. Portanto, para levantar informa-
ções, todos devem ajudar, corretores de
imóveis e delegados, conclama o presi-
dente do Creci, Oscar Hugo Monteiro
Guimarães. “Afinal, o contraventor so-
mente macula nossa classe”, concluiu.
Promotor mostra a
importância das provas para
condenar contraventores
Tanto delegados quanto corretores de imóveis devem co-
laborar com as diligências realizadas pelos fiscais.
O crescimento do número de
contraventores condenados pela Jus-
tiça é resultado de uma equipe atuali-
zada,que age com padronização e har-
monia. Após investir na capacitação
contínua dos fiscais, nos últimos três
anos, esta é a constatação do Creci.
Os treinamentos foram responsáveis
por eliminar o índice de erros da equi-
pe na hora de lavrar os autos de in-
fração e, com isso, diminuiu a quanti-
dade de processos que eram arqui-
vados por vícios.“Agora o índice de
autos inválidos é quase zero” confir-
ma Francisco Freitas, coordenador de
fiscalização da instituição.
A última capacitação aconteceu
em fevereiro. Durante cinco dias, os
fiscais assistiram palestras de assun-
tos ligados a seu dia-a-dia: direção de-
fensiva, porque viajam e dirigem mui-
to; relações interpessoais e técnicas
de abordagem, porque abordam e
conversam com pessoas em suas in-
vestigações; processo administrativo
no Creci e o andamento do processo
na Polícia Civil, porque esta é a se-
qüência de seu trabalho; legislação,
que deve embasar todas as suas ações;
e Língua Portuguesa para que se ex-
pressem com maior precisão e objeti-
vidade.
A programação agradou. “A pa-
lestra que mais gostei foi a de direção
defensiva. Mas para os fiscais que en-
traram agora na equipe, achei mais
importante à palestra de legislação”
disse Emerson Pimentel. Fiscal há qua-
tro anos, ele dá um exemplo de seu
crescimento. “Antes eu fazia autos
com declarações e indícios, mas
aprendi que indícios não servem
como prova”.
Outra conquista das capacitações,
acrescenta o coordenador de fiscali-
zação Francisco Freitas, foi a padroni-
zação de ações.“O trabalho não fun-
ciona bem se não for uma engrena-
gem, todos devem trabalhar do mes-
mo jeito”, ressaltou. Ele salientou ain-
da que o evento também promoveu
o espírito de equipe.
Capacitações ele-
vam a eficiência
da fiscalização
O promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia e
valoriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCreci
ENCONTRO DE DELEGADOS
14
cia
15
novo rumo
Creci planeja seu futuro
Após permanecer por uma década entre os conselhos profissio-
nais mais atuantes do País, o Creci de Goiás vive uma nova fase. É
hora de analisar as conquistas e tomar fôlego para ampliar as
fronteiras de ação.
É com este espírito que o
planejamento estratégico está
sendo elaborado nos últimos
quatro meses: o de atualizar
as metas e buscar novos ho-
rizontes. Durante este perío-
do, a equipe da WM & Asso-
ciados dissecou toda a estru-
tura organizacional do Creci
e também seus projetos e
ações. Tudo para propor um
plano para que a instituição
seja reconhecida até 2013,
como uma entidade ética, cul-
ta, austera, disseminadora dos
conhecimentos imobiliários e
afins, preocupada com o bem-
estar dos colaboradores, da
sociedade goiana e do meio-
ambiente, cooperando com as
entidades do mercado imobi-
liário e o poder público – esta
é a visão do Creci de Goiás a
partir de agora.
“É hora de planejar o fu-
turo que desejamos”, diz Os-
car Hugo Monteiro Guima-
rães, presidente do Conselho.
“Com o planejamento estra-
tégico, a empresa ou institui-
ção define o que faz e onde
quer chegar. Tecnicamente,
isso se chama missão e visão”,
traduz Wagner Martins, con-
sultor e diretor daWM&A.
A definição da missão de
uma empresa ou instituição é
algo elementar,tarefa simples,
mas ignorada por muita gen-
te.“Por incrível que pareça, a
maioria das empresas e pes-
soas trabalha por trabalhar,
sem saber de onde vem e para
onde vai. Não tem objetivo,
nem aspiração. Fica absorta”,
diz o consultor. Para quem
imaginou o objetivo pode ser
o salário de cada mês,ele cor-
rige. “Isso não é o objetivo,
mas decorrência de uma boa
atuação”, diz. Ter visão tam-
bém é outra necessidade pri-
mária. “Visão é a
concretização de um sonho,
com data e hora”, define o
consultor.
A equipe técnica é o foco
das mudanças que acontece-
rão no Creci.“Devemos lem-
brar que uma empresa é um
ser vivo, pois é formado por
pessoas, daí o nosso cuidado
com elas”, afirma Martins. Os
profissionais foram ouvidos
para a elaboração do plano
de ação. Ferramentas de re-
cursos humanos serão pro-
postas para avaliar se o perfil
psicológico de cada profissi-
onal corresponde ao exigido
pelo cargo que ocupa.
A matemática entrará em
ação para analisar o desem-
penho da instituição. Em ou-
tras palavras, a produtivida-
de da equipe será mensurada
de forma imparcial, por meio
da linguagem dos números.
“A partir da definição do pla-
no de ação, definiremos indi-
cadores de produtividade, da
qualidade e da não-qualida-
de para cada setor.Se houver
aumento ou queda, será ana-
lisado”, explica o consultor.
Para a equipe interna, não
há motivo para temores ou
susto.“Pelo contrário, com o
planejamento estratégico, fica-
rá definido o papel de cada
um.A organização tornará os
gargalos mais evidentes, o que
facilitará sua resolução”, sali-
enta Oscar Hugo. Quem ga-
nha também são os correto-
res de imóveis.“Estamos indo
além de nossa missão legal de
fiscalizar o Creci. Nossa meta
é ficar próximo do mercado
imobiliário, propiciar o cresci-
mento qualitativo dos corre-
tores de imóveis e mais segu-
rança à sociedade. Tudo isso
começa a ser realizado a par-
tir de nossa organização inter-
na”, conclui o presidente.
Preparar os profissionais do mercado imobiliário do Estado de
Goiás, para que possam servir a sociedade com zelo, descrição e
ética, tendo consciência sócio-ambiental e apresentar à catego-
ria como uma solução para o uso e ocupação do solo.
MISSÃO DO CRECI-GO DE GOIÁS
VISÃO DO CRECI DE GOIÁS
• Ter ética
• Ser pontual
• Prestar um serviço com qualidade
• Valorizar os colaboradores
• Apoiar o Profissional Imobiliário
• Ser coercivo aos contraventores
• Apoiar o meio ambiente
• Disseminar os conhecimentos imobiliários
Ser reconhecida até 2013, como uma entidade ética, culta, auste-
ra, disseminadora dos conhecimentos imobiliários e afins, preo-
cupada com o bem-estar dos colaboradores, da sociedade goiana
e do meio-ambiente, cooperando com as entidades do mercado
imobiliário e o poder público.
VALORES DO CRECI DE GOIÁS
Wagner Martins, consultorWagner Martins, consultorWagner Martins, consultorWagner Martins, consultorWagner Martins, consultor
responsável peloresponsável peloresponsável peloresponsável peloresponsável pelo
planejamento estratégicoplanejamento estratégicoplanejamento estratégicoplanejamento estratégicoplanejamento estratégico
do Creci de Goiásdo Creci de Goiásdo Creci de Goiásdo Creci de Goiásdo Creci de Goiás
16
Perfil
Nos últimos três anos, a
abertura de capital das gran-
des incorporadoras e a políti-
ca habitacional do governo
trouxeram fartura de recursos,
a queda de juros e um prazo a
perder de vista para pagar o
imóvel.Ampliou-se a oferta, e
a variedade de produção para
públicos de todas as classes.
Finalmente, o
sonho da
casa própria
começou a
se tornar re-
alidade para
mais gente.
Mas não
foi so-
men-
te isso que aconteceu. O
boom imobiliário também co-
locou em evidência uma pro-
fissão que tem atraído gente
de todas as idades e de diver-
sas áreas: a de corretor de imó-
veis.
Com o volume de lança-
mentos nas alturas, está mais
que aberto o período de
contratação. As imobiliárias
estimulam que interessados
entrem para o ramo. Muita
gente tem atendido ao chama-
do. Na imobiliária dirigida por
Euclides Marcante, 90% de sua
equipe de vendas iniciou a pro-
fissão lá mesmo. “No nosso
quadro de profissionais temos
dois professores, três publici-
tários e quatro advogados” afir-
ma.
A profis-
são que, no
passado, chegou a ser depre-
ciada por alguns e vista com
desprezo por outros, agora é
a bola da vez. O grande nú-
mero de vagas disponíveis no
mercado aliada as vantagens
como a flexibilidade de horá-
rios, a dinamicidade, o conta-
to com o público, os altos ho-
norários e a ascensão rápida
são responsáveis por atrair os
olhos para a atividade. “Os
trêsmelhoresprofissionais,pre-
miados no fechamento do ano
de 2007, venderam 12 milhões
de reais, e obteram ganho
equivalente a 20 mil por mês”,
cita Marcante a pujança do
setor.
Foram estas características
que atraíram 532 estagiários
e 583 corretores de imóveis,
em 2007, registrou o Creci-
GO.Os estagiários,que repre-
sentam o público de
iniciantes, somaram 52%
a mais que no ano ante-
rior. E, seguindo as ten-
dências dos outros anos, a ju-
ventude tem apostado suas
carreiras no mercado imobili-
ário. Quase a metade dos es-
tagiários, 46%, tem entre 20 e
30 anos.
A corretora de imóveis
Sabrina Lucindo, 26, é um
exemplo. Depois de exercer a
advocacia por três anos, ela
estava cansada da profissão.
Sua rotina envolvia viagens ao
interior para verificar proces-
sos e muita correria para não
perder prazos.Para manter-se
no mercado, a jovem investia
em cursos, estudava muito,
mas, o retorno não lhe estava
agradando. “Eu vivia
estressada e o salário não
compensava tanto esforço”,
conta. Foi quando ela se lem-
Profissão em alta:
corretor de imóveis
Advogados, administradores, vendedores e até bancários dei-
xam suas antigas profissões e migram para a corretagem imo-
biliária. Atividade também está na mira da juventude. Altas
comissões, horários flexíveis e o bom momento do setor são
para eles as principais vantagens da profissão.
Por Raquel Pinho e Stephanie Silva
Agora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer se
especializar.especializar.especializar.especializar.especializar. “Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque
estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.
17
brou de seu tempo de estagiá-
ria de Direito no Conselho
Regional de Corretores de
Imóveis (Creci de Goiás), em
2003. “Vi como o mercado
imobiliário estava crescendo, e
também o avanço da profis-
são de corretor de imóveis,
cada vez mais valorizada e res-
peitada”, lembra a jovem. Sim-
pática e comunicativa, Sabrina
percebeu que tinha o perfil
para a área e resolveu arris-
car ser corretora de imóveis
no ano passado. Feliz da vida,
ela não ser arrependeu. Encon-
trou na profissão o respaldo
financeiro que desejava e a
dinamicidade que lhe agrada,
que lhe permite interagir com
pessoas novas e vender o que
gosta.“Meu diploma em Direi-
to é apenas um complemento
para minha atual profissão de
corretora de imóveis”.
No mesmo caminho tam-
bém está o corretor de imó-
veis Pedro Henrique de Oli-
veira, 28 anos. “Encontrei-me
profissionalmente, até minha
auto-estima melhorou”, diz.
Ele observa que as pessoas não
são estimuladas a escolherem
a profissão na adolescência ou
juventude, mas, durante sua
procura por um trabalho ren-
tável, descobrem a atividade e
se apaixonam por ela.“Só fica
quem gosta, quem se identifi-
ca com a profissão”, ressalta.
Aos poucos, esta realida-
de vem mudando. O jovem es-
tagiário Diego Souza Curado,
21 anos, é um exemplo. Co-
nheceu a profissão por meio
de sua mãe, que tornou-se
corretora de imóveis há dois
anos. No período, o rapaz que
estava passando pela fase de
escolha profissional, identifi-
cou-se com a atividade e de-
cidiu que era isso que queria
para seu futuro. “Eu não es-
tou corretor,eu sou corretor”
afirma.
Balzacos
Do outro lado da ponta,
gente amadurecida também
está abraçando a profissão de
corretor de imóveis. A busca
pela prosperidade, aliada à
qualidade de vida, é um dos
motivos que trouxeram 249
quarentões e quarentonas a
entrarem para o mercado imo-
biliário. Eles representam 43%
dos novos corretores inscritos
em 2007, no Creci.
Depois de se dedicar por
10 anos à profissão de bancá-
ria, Jusciene Schabbach, 38
anos, estava cansada da rigi-
dez de horários. Em sua posi-
ção, era complicado tirar uma
hora até mesmo para levar o
filho ao médico.“Buscava algo
que me desse tranqüilidade
para administrar minha vida
pessoal, e assim, equilibrar mi-
nha vida profissional também”,
disse. Neste período ela esta-
va concluindo o curso de Ad-
ministração e conheceu ami-
gos que faziam o curso de
Negócios Imobiliários. Estes
mostraram a profissão de cor-
retor de imóveis para Jusciene,
disseram que ela tinha o perfil
que se enquadrava na ativida-
de e a convidaram para en-
trar no ramo imobiliário. Foi
como juntar a fome com a
vontade de comer. Além de
ter mais controle sobre sua
profissão, ela teria mais domí-
nio sobre sua rotina e, ao mes-
mo tempo, poderia fazer seu
próprio ganho, outra vanta-
gem que ela viu na profissão.
Como uma boa bancária,
Jusciene decidiu então inves-
tir. Mas desta vez, não na área
das finanças, mas em uma nova
profissão. Concluiu Adminis-
tração, e logo em seguida co-
meçou a graduação de Negó-
cios Imobiliários. No mesmo
instante, começou a trabalhar
na parte administrativa de uma
imobiliária. ‘Fui contratada
para ser corretora, mas, quis
primeiro entender a parte bu-
rocrática de uma imobiliária,
todo o processo. Escolhi per-
correr o caminho mais longo
para entender bem, e fazer a
diferença na profissão” Além
de poder controlar sua carrei-
ra e o seu ganho, o que para
ela só depende do profissio-
nal, Jusciene, descobriu outra
vantagem no ramo imobiliário:
“Quanto mais velha é a pes-
soa, menor é a possibilidade
de crescer em uma empresa
comum, de ganhar uma pro-
moção. Já no mercado imobi-
liário acontece o inverso,por-
que com o passar do tempo
mais firmeza e confiança ela
passa para o cliente.” enfatiza
a ex-bancária e corretora de
imóveis há um ano e meio,
aproximadamente
“Apesar de ver mais jo-
“Quanto mais velha é a pessoa,
menor é a possibilidade de crescer
em uma empresa comum, de ganhar
uma promoção. Já no mercado
imobiliário acontece o inverso,
porque com o passar do tempo mais
firmeza e confiança ela passa para o
cliente”. JUSCIENE SCHABBACH
18
É fácil se tornar corretor de imóveis e ganhar gordas comissões? Nem tanto.
“O profissional vindo de outra área precisa buscar conhecimento para se manter
no mercado”, ressalta o empresário Domingos Euclides Marcante. Na imobiliária
que dirige, cursos, palestras e reuniões técnicas são oferecidos semanalmente com
este objetivo.Além disso, várias universidades oferecem a graduação tecnológica
em gestão imobiliária, com dois anos de duração.
“Antes para ser corretor você precisava ter um celular e um carro. Hoje isso
mudou, é essencial ser formado, ter carisma e ser comunicativo”, afirma Leandro
Daher, diretor de imobiliária. Ele aponta as vantagens de cada faixa etária.“Pesso-
as mais velhas têm a vantagem de já chegarem com experiência no mercado em
geral, e por isso possuem mais credibilidade. Já os jovens captam mais rápido as
informações.Ambos possuem pontos positivos, por isso o que faz a diferença é o
perfil comercial, essa é a nossa prioridade para contratar” ressalta Leandro.
A corretora de imóveis Nancy GonçalvesVieira,34, está na profissão há cerca
de um ano e também já aprendeu outra lição: quem entra no mercado com o foco
apenas no ganho financeiro não vai muito longe. “Ser um bom corretor não é
apenas ser um bom vendedor, saber contar uma boa história.Você tem que ser
ético, vender sem enganar. Não precisa ser metódico! Pode ser amigo e parceiro
do cliente se entender que neste negócio todo mundo tem que sair ganhando”
afirma. Saiba quais são os atributos que o setor imobiliário procura no corretor de
imóveis:
vens entrando no mercado,
acredito que para as imobiliá-
rias é mais interessante ter
pessoas maduras, porque elas
representam segurança para o
cliente” opina Fernando Cabral
Icassati, 54 anos, outro que de-
sembarcou no mercado imo-
biliário há cerca de um ano.
Após trabalhar como vende-
dor na Sadia e como auxiliar
de departamento em uma imo-
biliária, decidiu unir estes co-
nhecimentos e aceitar o desa-
fio de ser corretor imobiliário.
“Acho importante conhecer
da área administrativa e de
vendas. Isso facilita na hora de
ajudar o cliente a encontrar o
imóvel mais adequado para
ele” afirma,com planos de ter-
minar o curso de Administra-
ção e fazer ao mesmo tempo
um curso superior em Gestão
Imobiliária para se especializar
na área.“Quero buscar ainda
mais conhecimento, porque
estudo não tem idade, pode
sempre se ampliar e aperfei-
çoar” conclui.
O caminho
das pedras
“Ser um bom
corretor não é
apenas ser um
bom vendedor,
saber contar
uma boa história.
Você tem que ser
ético, vender sem
enganar. Pode
ser amigo e
parceiro do
cliente se
entender que
neste negócio
todo mundo tem
que sair
ganhando”.
NANCY GONÇALVES VIEIRA
Sabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliário
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Conexão
Lidar diariamente com as tecnologias e com os novos meios de comunicação é essencial, pois
o atual corretor de imóveis usa os smartphones, os palms tops, msn, googletalk, e outros
links da internet como ferramentas para agilizar seu trabalho.
Atitude
Para vender não basta ficar parado no stand de vendas à espera do cliente. É preciso ir atrás
dele, ser ousado, saber captá-lo e atrair sua atenção.
Atualização
O cliente quer que você demonstre porque a sua proposta é o melhor negócio. Por isso, é
indispensável estar por dentro das mudanças do mercado financeiro, da economia imobiliá-
ria, das modalidades de financiamentos habitacionais e de todas as informações necessárias
para uma boa argumentação.
Comunicação
Transmitir a transação imobiliária com clareza ao cliente faz toda a diferença. Uma pessoa
comunicativa não é aquela que fala pelos cotovelos, e “acaba dando bom dia aos cavalos”.
Pessoas comedidas também sabem se comunicar, porque o essencial não é ser extrovertido, e
sim, se posicionar e ter postura na hora de conversar com o cliente.
Dinamicidade
A geração do vap-vupt, exige que o profissional trabalhe com rapidez e prontidão para
facilitar a vida do cliente. O corretor de imóveis dinâmico consegue transformar em realidade
os desejos do comprador.
Empreendorismo
O crescimento do setor imobiliário abriu as portas para muitas pessoas entrarem na profissão.
Porém, para fazer a diferença no mercado é preciso investir na carreira.Além de ser graduado
em Negócios Imobilários ou ter o títuloTécnico emTransações Imobiliárias,o profissional deve
buscar por especializações.
Ética
Uma transação imobiliária bem feita, que satisfaz a todos, é mais importante que o valor da
comissão para um genuíno profissional. Preocupar-se em adequar o imóvel certo ao orça-
mento do cliente é uma primícia do corretor de imóveis ético e comprometido com o cliente,
do profissional que vende sem enganar.
Segurança
Estar preparado para imprevistos e saber lidar com a inconstância e a concorrência do ramo
é essencial para o profissional. O corretor de imóveis seguro tem estrutura emocional e sabe
lidar com as pressões.
Simpatia
Um sorriso contagiante e uma aparência elegante são a porta de entrada para um bom negó-
cio. Cultivar o bom humor e cuidar do visual são indispensáveis para conquistar o cliente.
Vocação
Ser um bom vendedor, identificar-se com o segmento imobiliário e com a área de construção
civil são características de quem tem vocação para a profissão. Quando a vocação está
presente, a satisfação em atender bem ao cliente está acima do ganho.
Fontes: Borges Landeiro, CIA - Lançamentos Imobiliários, Conectiva Imóveis,Tropical Imóveis, URBS –
Empreendimentos Imobiliários.
20
21
8ª CCA
Após intermediar com su-
cesso a venda de um aparta-
mento no Setor Nova Suíça,
em Goiânia, a cliente não pa-
gou sua comissão.A única al-
ternativa que restou ao cor-
retor de imóveis Giovani Lobo
foi buscar seus direitos na Jus-
tiça. Segundo o reclamante,
ela não quis pagar a comis-
são porque se sentiu prejudi-
cada com a demora do
refinanciamento“.Ela não en-
tendeu que a culpa não era
nossa pela demora, e sim do
agente bancário, o que pode-
ríamos fazer para facilitar fi-
zemos, porém, o restante só
dependia do banco”, explica.
Como ele já conhecia a 8ª
Corte de Conciliação eArbi-
tragem, a instância judicial fa-
zia parte de seus contratos, há
tempos. Foi lá onde o caso foi
apreciado. O corretor de imó-
veis reclamou o valor da co-
missão no valor de R$ 5 595
no mês de setembro. Em um
mês, o caso já estava resolvi-
do. Ele conseguiu fazer acor-
do com a cliente, recuperan-
do sua comissão paga em cin-
co parcelas no valor de R$
1000.“O jeito mais fácil e ágil
de se resolver um caso é por
meio de um acordo na Corte.
Se fosse procurar a justiça
comum seria muito mais de-
morado, nem sei quando iria
recuperar esta comissão”, diz.
A 8ª CCA oferece várias
vantagens ao cidadão e ao
corretor de imóveis. Os prin-
cipais são atendimento rápi-
do, de baixo custo e sem com-
plicação. Para protocolar uma
reclamação custa R$ 85, in-
dependente do valor da cau-
sa. Não é necessário consti-
tuir um advogado. Para cor-
retores de imóveis, o valor é
ainda menor, R$ 65. O tem-
po médio para a primeira au-
diência, é de somente 15 dias,
contados a partir da data de
entrada da reclamação.“Eco-
nomizamos custo por causa
dos descontos no processo e
tempo por causa da agilida-
de”, traduz o profissional.
Em razão de tantas vanta-
gens, Giovani tornou-se um
adepto da 8ª CCA, que é es-
pecializada no mercado imo-
biliário.“Ela é uma ferramen-
ta de apoio ao meu trabalho.
Eu entrei com as minhas cau-
sas lá e tive sucesso, as pes-
soas que conheço entram e
também obtém. Precisamos
ter o hábito de usá-la com
mais freqüência”, salienta .
Para fazer uso de suas van-
tagens, o corretor deve inse-
rir a cláusula compromissória
da 8ª CCA em seus contra-
tos. O conciliador-árbitro da
instância, Fernando de Pádua
Silva Leão Júnior, explica por
que é ela tão importante“Des-
ta forma, ficará pactuado que
esta será a instância definiti-
va para dirimir qualquer con-
trovérsia relativa ao contra-
to. Se o reclamado é citado e
não comparece, o processo
segue à revelia”, disse. Dife-
rentemente acontece quando
a cláusula compromissória
não faz parte do contrato ou
quando este não existe. Nes-
te caso, o reclamado é ape-
nas convidado a fazer um
acordo, não sendo obrigado
a comparecer na audiência
A 8ª CCA tem oito anos
de atuação. É referendada
pela Lei Federal 9307/1996 e
foi criada para dirimir toda e
qualquer demanda da socie-
dade relacionada a problemas
contratuais e patrimoniais e,
assim, desafogar o judiciário.
Na audiência, tenta-se primei-
ramente o acordo entre as
partes.Se não houver o acor-
do, o processo segue para ins-
trução arbitral.A decisão,seja
ela conciliada ou arbitrada, é
um título executivo judicial,
ao qual não cabe recurso. So-
mente no ano de 2007, foram
1735 audiências realizadas,
1108 reclamações
protocoladas, 820 acordos
realizados em audiência, 228
acordos realizados em extra-
autos, além de 83 julgamen-
tos arbitrais.
A instância funciona de se-
gunda à sexta-feira, das 8h às
18 horas, na Avenida
Anhanguera, 5674, Edifício
Palácio do Comércio, 7º an-
dar,Centro,Goiânia-GO.Para
obter mais informações, ligue:
(62) 3224 0984.
Comissões recuperadas
Instância é alternativa para corretores de imóveis e imobiliárias, que
muitas vezes enfrentam problemas para receber seus honorários
junto a clientes ou parceiros. Giovani Lobo foi um dos profissionais
que usufruíram de seus benefícios no último ano.
Giovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCA
22
Ajuste de conduta
com MP disciplina
anúncio de
incorporação
Breve, mais um lançamento
aqui. Já estava se tornando co-
mum ver placas com estes
dizeres em Goiânia. Constru-
toras e imobiliárias investiam
em anúncios à frente do ter-
reno para divulgar o empre-
endimento que estava a ca-
minho. Mas isto era possível
às construtoras e proibido às
imobiliárias. O impasse resol-
vido dia 21 de dezembro,
quando o promotor Maurício
José Nardini, titular da 8ª Pro-
motoria de Justiça – Urbanis-
mo, e os presidentes do Creci-
GO, Oscar Hugo Monteiro
Guimarães, do Sindimóveis-
GO,Antônio Rosa de Mesqui-
ta, e do Secovi-GO, Marcelo
Baiocchi, assinaram o Termo
e Compromisso de Ajusta-
mento de Conduta para dis-
ciplinar o anúncio de empre-
endimentos em fase de apro-
vação junto à prefeitura. A
assinatura ocorreu no audi-
tório do Creci de Goiás, con-
tando com a presença e ade-
são de imobiliárias da capital.
Com o termo, as imobiliá-
rias foram autorizadas a fixar
placas no local do futuro em-
preendimento para comuni-
car que ali haverá um lança-
mento, sempre com a ressal-
va de que ele encontra-se em
fase de aprovação. Em
contrapartida, se comprome-
tem em não realizar assinatu-
ra de contratos, vendas ou
reservas de unidades garanti-
das por dinheiro, cheque ou
qualquer outro título de va-
lor econômico e nem a reali-
zar anúncio fora do local do
empreendimento (exceto
internet).
Isto porque, a rigor, qual-
quer anúncio antes do regis-
tro de incorporação é proibi-
do pela legislação. Mas, en-
quanto as construtoras, que
são regidas pela Lei de Incor-
porações, a 4591/64, encon-
traram uma brecha legal para
fazer o anúncio (Leia mais em
“Brecha na Lei”), o decreto
que regulamenta a atividade
dos corretores de imóveis e
imobiliárias, 81.871/78, não
lhes deixa saída.
O resultado é que as
incorporadoras estavam pres-
sionando as imobiliárias.“Com
a nacionalização do mercado,
ou seja, a chegada de empre-
sasdeoutrosEstadosemGoiás,
estava sendo questionado por-
que não colocava a placa”, dis-
seValoni Procópio, diretor su-
perintendente daTropical Imó-
veis.
“Abrimos uma concessão
para as imobiliárias anuncia-
rem. Mas, em contrapartida,
elas reforçam o compromisso
de não efetuarem a venda sem
oregistrodeincorporação,sob
pena de receberem multa de
10 mil UFIRs diárias”, disse o
promotor de justiça Maurício
Nardini. Ele acredita que a
multa terá o papel de coibir a
O Termo e Compromisso de Ajustamento de Conduta
conseguiu contemplar necessidades até então considera-
das incompatíveis. Trouxe solução para as imobiliárias,
que solicitavam autorização para divulgar o produto e,
ainda, tem instrumento para coibir a venda camuflada de
empreendimentos sem registro de incorporação.
Por Raquel Pinho
Normatização
23
venda ilícita.
Venda
O problema do anúncio
antes do registro de incorpo-
ração não é necessariamente
a placa, mas o que está por
trás dela. As imobiliárias ale-
gam que, com elas, só querem
cadastrar clientes interessados
no empreendimento prestes a
ser lançado. Mas a fiscalização
do Creci já apurou que a ven-
da para os clientes também é
efetuada neste momento.
“E isto é grave, pois sem o
registro de incorporação, o
imóvel ainda não existe. Nos-
sa preocupação é com a se-
gurança do consumidor”, ob-
servou Oscar Hugo Monteiro
Guimarães durante as reuni-
ões com as imobiliárias.
Por isso, a permissão das
placas chegou acompanha-
O objeto do presenteTERMO E COMPROMISSO DEAJUSTAMENTO DE CONDUTAé a promoção de colaboração
entreossignatárioseaderentesdeformaacoibirpráticasilegaiseabusivas,bemcomodisciplinaroanúnciodeincorporações
econdomíniosantesdoregistronarespectivaserventiaimobiliária.
TERMOS E CONDIÇÕES
As partes signatárias e aderentes, a fim de atender ao objeto do presente TERMO E COMPROMISSO DE
AJUSTAMENTO DE CONDUTA, resolvem firmar as obrigações estabelecidas nas cláusulas seguintes:
CLÁUSULA PRIMEIRA
Preliminarmente, os COMPROMISSÁRIOS e ADERENTES reconhecem a atribuição constitucional do Ministério
Públiconoseudeverdepromoveradefesadosinteressesdifusosdeformaagarantirumavidadignaàspresentesefuturas
gerações,especialmentenoqueserefereàordemurbanística,ficandocientesdequeodescumprimentodopresenteTermo
podeseradimplidoforçosamenteatravésdeAçãodeExecução,vistoqueodocumentoemtelaserevestedeformacomo
título executivo extrajudicial, de acordo com o artigo 5º, § 6º da Lei 7.347/85.
CLÁUSULA SEGUNDA
A imobiliária e/ou corretor de imóveis que aderir formalmente às obrigações contidas no presente TERMO E
COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA fica compromissado, até a aprovação da incorporação do
empreendimentonaserventiaderegistroimobiliário,aobservarasseguintesregrasparaoanúnciopúblicoinstitucionalde
empreendimentoimobiliáriotipoincorporaçãoeconstrução:
I–oanúnciodeempreendimentoimobiliáriosomentepoderáserrealizadoapósoaderenteinformaraoCRECI/GOo
númerodoprotocoloeascaracterísticasdoprojetodeincorporaçãoprotocoladonoórgãocompetentedaPrefeituraMunicipal
deGoiânia;
II–oanúnciosomentepoderáserrealizadonolocaldoempreendimentoouatravésdainternet,vedadooanúncioem
qualqueroutromeiopublicitário,incluindojornais,folhetos,encartes,outdoorseplacasemoutraslocalidades;
III – no anúncio deverá constar a ressalva de que o empreendimento está em fase de aprovação com destaque na
mesmaproporçãodonomedoempreendimento;
IV–noanúnciopoderáconstarostelefonesdaincorporadora/construtora,docorretordeimóveisoudaimobiliária,mas
não poderá constar as expressões “vendas” ou “faça a reserva” e outros assemelhados;
V – no anúncio não poderá constar a tipologia da fração ideal, da área comum e nem as condições do negócio, a
exemplo:quantidadedequartos,metragem,equipamentosdelazer,segurança,formadepagamento,dentreoutros;
VI–nolocalnãopoderáfuncionarstanddevendasenempoderáserfirmadocontratopreliminardevendaoureserva
garantidapordinheiro,cheque,títuloouqualqueroutrovaloreconômico.
Parágrafo Único: a adesão da imobiliária e do corretor de imóveis aos termos do presente ajuste dar-se-á mediante
assinatura de Termo deAdesão junto ao CRECI/GO.
...
CLÁUSULA QUARTA
Ainobservânciadequalquerobrigaçãoaquiestabelecidaporpartedossignatárioseaderentesimplicaránaimposição
demultasdiárias,atéaregularizaçãodainfração,novalorde10.000(dezmil)UFIR,aserdepositadonoFundoMunicipal
de Desenvolvimento Urbano, sem prejuízo das responsabilidades administrativa, cível e criminal.
Principais trechos do Termo
PPPPPedro Bobroff:edro Bobroff:edro Bobroff:edro Bobroff:edro Bobroff: sem a autorização,sem a autorização,sem a autorização,sem a autorização,sem a autorização, as imobiliáriasas imobiliáriasas imobiliáriasas imobiliáriasas imobiliárias
ficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentos
24
A Lei 4591/64 classifica como crime contra a economia popular fazer
comunicação falsa ao público. Trocando em miúdos, quando o incorporador
afirma que “breve, mais um lançamento aqui”, ele está fazendo afirmação falsa
porqueoempreendimentosóexistiráquandoforaprovadopelaprefeituraetiver
registronoCartóriodeRegistrodeImóveiscompetente.Asconstrutoras,regidas
porestalei,encontraramasoluçãoparafazeroanúnciosemoregistro.Passaram
afazerressalvanoanúnciodequeoempreendimentoencontrava-seemfasede
aprovação. “A afirmação deixava de ser falsa”, explica o assessor jurídico do
Creci de Goiás, Eduardo Felipe Silva. Entretanto, se para as construtoras o
problema estava resolvido, para as imobiliárias, não. É que o Decreto que
regulamenta a atividade dos corretores de imóveis e imobiliárias, o 81.871/78,
não deixa saída para as imobiliárias. Define como infração o anúncio sem o
registro.Valeressaltar:semoTermodeAjustamentodeCondutacomoMinistério
Público,asimobiliáriascontinuamsujeitasaprocessodisciplinarnoConselhoe
podem ser penalizados com advertência, multa, suspensão ou cassação - caso
anunciemempreendimentoemfasedeaprovação.
Brecha na lei
imobiliárias, que solicitavam
uma solução para o impasse.
O maior receio dos empre-
sários era de serem descarta-
dos pelo incorporador no pro-
cesso de lançamento. “Se a
construtora pode colocar a
placa, ia chegar um ponto que
ela mesma iria cadastrar os
clientes e dispensar a imobi-
liária”, salientou Valoni.
“Vivemos da força capital.
Se não trabalharmos pelo
incorporador, perdemos a
conta”, concordou Pedro
da de rigorosa fiscalização,
que ficou sob a responsabili-
dade do Creci de Goiás. Para
ter autorização para colocá-
la no terreno no local do fu-
turo empreendimento, a imo-
biliária precisa assinar um ter-
mo de adesão no Conselho,
além de ficar obrigado a in-
formar também o número de
protocolo e as características
do projeto de incorporação
protocolado na prefeitura. Os
fiscais vão acompanhar in
loco se as vendas estão sen-
do realizadas.
Para o coordenador de fis-
calização, Francisco Freitas, a
mudança traz mais controle
ao setor imobiliário. Ele lem-
bra que a multa de 10 mil
UFIRs, prevista para quem in-
sistir em vender lançamento
ainda não aprovado pela pre-
feitura, é muito superior a da
penalidade do Creci. Além
disso, sua aplicação é muito
mais rápida, pois não depen-
de de processo. “Com isso,
certamente a venda antes do
registro de incorporação será
inibida”, afirmou.
Início
A assinatura doTermo foi
resultado de audiências reali-
zadas pelo Creci com várias
Bobroff, diretor da Cia Lan-
çamentos Imobiliários. Para
ele, era hora de atualizar as
normas ao momento atual,
em que a velocidade de ven-
da dá o tom do mercado.
“Caso contrário, ficamos na
contramão da rota dos inves-
timentos”, garantiu
Para o diretor da
Pontocom Imóveis, Brasil
Cintra, a regulamentação do
anúncio beneficia as imobili-
árias que se pautam pela le-
galidade. “Muito radicalismo
só prejudica, até porque a
imobiliária antiética não ob-
serva a legislação”, lembrou.
SERVIÇO:
Para usufruir doTermo de Ajus-
tamento de Conduta, as imobili-
árias devem assinar termo de
adesão na sede do Creci (3224
2299).Veja a íntegra do Ajuste
de Conduta no site
www.crecigo.org.br ou pegue a
versão impressa na sede do con-
selho.
Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini, Oscar Hugo,Oscar Hugo,Oscar Hugo,Oscar Hugo,Oscar Hugo, Antônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do Termo:ermo:ermo:ermo:ermo: concessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalização
Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,
assessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creci
25
Ética profissional
Relações permeadas pela
ética é uma demanda que está
ganhando fôlego nos últimos
anos. Cansadas de engodos,
trapaças e mentiras, as pesso-
as estão buscando, em pro-
gressão geométrica, relaciona-
mentos pautados pelo respei-
to, bom senso e coerência, tan-
to no âmbito particular quan-
to profissional.
Obviamente, a tendência
também afeta a realidade imo-
biliária. A sociedade já não
deixa passar em branco os
deslizes cometidos pelos cor-
retores de imóveis e imobiliá-
rias.Amostra disso é que, em
2007, o Creci recebeu 52 de-
núncias de comportamento
antiéticodecorretoresdeimó-
veis e imobiliárias. As denún-
cias são feitas também pelos
própriosprofissionaiseporins-
tituições, como o Ministério
Público.
O julgamento fica a cargo
do Tribunal Ético-Disciplinar
do Creci de Goiás, que se
empenha para dar uma res-
posta à altura ao anseio do
cidadão.“Nós nos desvencilha-
mos do corporativismo há
anos”, garante o coordenador
da 2ªTurma Julgadora do Con-
selho, Eduardo Seixo de Brito.
Ele cita o rigor da penali-
dade para uma das faltas mais
graves apontadas pelo Códi-
go de Ética, a apropriação
indébita de valores.“As deci-
sões têm sido convergentes no
sentido de cancelar a inscri-
ção do profissional ou empre-
sa que se presta a esta condu-
ta. Pode estar acabando o
mundo, mas o dinheiro do cli-
ente é sagrado”, diz.
Além destas situações, en-
tram em pauta também a falta
de clareza na apresentação de
contas e desentendimentos en-
tre corretores de imóveis por
causa de parcerias e divisão
de honorários.São casos hor-
ripilantes para a maioria e pra-
ticados por uma minoria - diga-
se de passagem. Mas é funda-
mental que venham à tona para
fomentar a cultura da ética.“Só
assim, o Creci toma conheci-
mento e pune a falha”, salienta
o coordenador da 1ª Turma
Julgadora do Conselho, José
Machado Rezende. Ele lembra
que a partir do momento em
que uma pessoa é ofendida, re-
clama e tem uma resposta co-
erente, ela fica satisfeita e di-
vulga o resultado, atraindo ou-
tras que também passam por
situações semelhantes.
A celeridade no julgamento
das denúncias é outro fator que
tem estimulado o cidadão a in-
sistir em seus diretos, avaliam
Brito e Rezende. Desde 2002,
o Conselho Federal de Corre-
tores de Imóveis (Cofeci) facul-
tou aos Conselhos Regionais a
divisão do Plenário em Turmas
Julgadoras.Em Goiás,foram for-
madas duas turmas, dobrando
assimacapacidadedejulgamen-
to,umavezqueosconselheiros
Julgamento sem
corporativismo
se dividiram em grupos para
apreciar mais casos.
Para quem ainda não sabe,
todo corretor de imóveis e
imobiliária precisam seguir a
um Código de Ética (disponí-
vel em www.crecigo.org.br).
Reclamações acerca da con-
duta dos profissionais e em-
presas que chega ao Creci, por
escrito,transformam-seemum
processo ético. Qualquer pes-
soa pode fazer a denúncia, in-
clusive os próprios profissio-
nais. A legislação faculta ao
Conselho o poder de aplicar
penalidades, que vão de cen-
sura, passam pela aplicação de
multas e chegam ao possível
cancelamento de inscrição,
para os casos denunciados.
Sociedade já não deixa passar em
branco os deslizes cometidos pelo
mercado imobiliário. O jugalmento
fica a cargo do Tribunal Ético-Disci-
plinar do Creci de Goiás, que se em-
penha para dar uma resposta à altu-
ra ao cidadão.
Conselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do Creci
26
social Maísa Rabelo confere o poder
da maquiagem depois de servir
como modelo para a aula de
make up realizada na I Semana
da Corretora de Imóveis (1).
Tempo de reconhecimento:o ad-
ministrador Ronaldo Odorico
Veiga recebeu homenagem das
mãos do conselheiro José Ma-
chado Rezende, por seus inúme-
ros préstimos durante onze anos
de dedicação (2); já os correto-
res de imóveis da Bahia atribuí-
ram ao presidente do Creci, Os-
car Hugo Monteiro Guimarães,
a responsabilidade pela revolu-
ção cultural existente hoje no
segmento imobiliário brasileiro.A
homenagem foi entregue pelo
vice-presidente do Creci da Bahia,
NilsonArthur Prado (3).
Caravana
Momento de integrar-se,
de conhecer e de tirar dúvi-
das. De entender melhor o
que faz o Creci, de desfazer
paradigmas e de se engajar
no seu projeto de desenvol-
vimento e crescimento da ca-
tegoria. É o que proporciona
o Programa Creci nas Em-
presas, uma iniciativa que já
dura anos, porque ganhou a
adesão dos corretores de
imóveis e deu certo. Em fe-
vereiro, a caravana do Creci
visitou a turma da imobiliá-
ria de Ricardo Fróes, a Open
Door.
Por amor
Sobrinha do proprietário
da Imobiliária Habitasul,
Michelly Rodrigues está na cor-
rida pela vida de seu irmão,
Rhanyer Rodrigues, 24. O ra-
paz está com leucemia e pre-
cisa de um transplante. Nin-
guém da família é compatível
com ele. Em março, ela
conclamou os corretores de
imóveis para doação de
medúla óssea, um procedi-
mento simples e que pode
salvar outras pessoas que pas-
sam pelo mesmo problema.
Saiba mais em www.
doemedula.com.
Luluzinhas
No passado, a corretagem
pertencia praticamente aos
homens, mas atualmente as
Luluzinhas representam mais
de 25% dos profissionais em
Goiás. Em homenagem a elas,
o Creci promoveu a I Semana
da Corretora de Imóveis, em
março. Mas, para não deixar
os Bolinhas de fora, eles fo-
ram convidados para o encer-
ramento, um happy hour com
direito a show de poprock di-
vertido com a Banda Capitão
Taberna.Na foto à esquerda,o
vocalista Gustavo Madeira com
a corretora Oleida Rodrigues.
1
2 3
27
Logo nos primeiros dias
do ano, o Creci apareceu nos
informativos do mercado imo-
biliário e nos principais jor-
nais de Goiânia para divulgar
a assinatura doTermo e Com-
promisso de Ajustamento de
Conduta para disciplinar o
anúncio de empreendimentos
em fase de aprovação junto à
prefeitura. Assunto foi pauta
da TVAnhanguera.
No carnaval, os veícu-
los de comunicação de
Caldas Novas abriram espa-
ço para o Creci apresentar ao
turista e sociedade local as
dicas para realizar uma com-
pra ou locação seguras. Du-
rante todo o feriado, os fiscias
realizaram uma campanha de
orientação e fizeram uma ver-
dadeira caça aos bruxos
contraventores, que resultou
inclusive em prisão em fla-
grante de um falso profissio-
nal. A RBC e o Jornal Da-
qui também repercutiram o
fato, em Goiânia.
 Primeiro evento
realizado pelo Progra-
ma de Educação
Ambiental, em 2008, a
Palestra sobre o Novo
Código de Edificações
virou notícia na TV
Anhanguera, dia 27
de fevereiro.
 Os projetos de
qualificação realizados
pelo presidente do
Creci de Goiás em todo
País tem repercutido na
imprensa de todo o
País. Em 31 de janeiro,
o jornal Gazeta deAlagoas
divulgou a chegada de Oscar
Hugo Monteiro Guimarães a
Maceió com objetivo de levar
ao estado os cursos superio-
res para a formação dos cor-
retores de imóveis.
crecinamídia
Em um caderno especial ela-
borado pelo Diário da Ma-
nhã com as perspectivas eco-
nômicas para 2008, Oscar
Hugo entrevistado falou sobre
o crescimento do setor. Em
outra entrevista,dia 13 de mar-
ço,comentouonde
comenta sobre o
valor dos terrenos
da Rua 115, que o
Judiciário decidiu
pertencer ao Esta-
do.
 Em matéria
no Classimóveis do
Diário da Ma-
nhã, dia 25 de março, o con-
selheiro do Creci,Walter São
Felipe, foi capa do suplemento
semanal e representou bem a
categoria,mostrando a impor-
tância do corretor de imóveis
em uma transação imobiliária.
No primeiro tri-
mestre de 2008, o es-
forço do Conselho Re-
gional de Corretores
de Imóveis de Goiás
pela regularização, qua-
lificação e organização
do mercado imobiliário
ganhou o reconheci-
mento dos veículos de
comunicação no Estado,
que repercutiram suas
principais ações. No pri-
meiro trimestre, foram
29 participações na im-
prensa. Confira, ao lado,
as principais manchetes.
2 matérias publi-
cadas em sites de
notícias;
 3 exibidas pela
televisão;
4 entrevistas con-
cedidas à rádios
 20 matérias
publicadas em veícu-
los impressos.
28
Qualificação
Lei faculta mais uma tarefa
para corretores de imóveis
Uma mudança no Códi-
go de Processo Civil
garantiu um novo nicho de
mercado aos corretores de
imóveis. Nos processos de
execução que envolvam pa-
gamento em valores mone-
tários e que o imóvel do
devedor seja penhorado
para quitar a dívida, é pos-
sível que um corretor de
imóveis seja nomeado
para realizar a venda an-
tes de o bem ir para hasta
pública (leilão).
Antes, no processo de
execução, o leilão aconte-
cia após a penhora do bem.
Se não houvesse arrema-
te, o credor poderia, só
então, adjudicá-lo. Agora, a
lei alterou essa ordem. Pe-
nhorado o imóvel, o cre-
dor optar por ficar com
ele ou fazer a venda por
iniciativa própria ou por
meio de um corretor de
imóveis. O leilão só acon-
tece se for esgotada estas
possibilidades.
A venda direta é uma
conquista para os corre-
tores de imóveis.A Lei está
lhe confiando uma atuação.
Isso é sinal de que a
confiabilidade da categoria
aumentou”, considera o
juiz corregedor Wilson
Safatle Faiad. Entretanto,
ele frisa, que a venda dire-
ta é uma faculdade das par-
tes. “A contratação do
profissional não é obrigató-
ria”, frisou.
Provimento
Se as partes concorda-
rem com a venda direta,
cabe ao juiz fazer a nome-
ação do profissional, fixar o
preço mínimo, o prazo para
a venda e a forma de publi-
cidade. Para definir os cri-
térios desta nomeação, a
Comissão de Legislação e
Controle de Atos Norma-
tivos da Corregedoria Ge-
ral de Justiça do Estado ela-
Nos processos de execução, o profissional pode ser nomeado para ven-
der imóvel dado como pagamento da dívida antes do leilão.
borou uma proposta, que
encontra-se na mesa do
Corregedor Geral de Justi-
ça, desembargador Floria-
no Gomes, e deve ser assi-
nada a qualquer momento.
“Caso seja aprovada,
será transformada em Pro-
vimento, válido para todo
Estado”, disse Faiad, que
preside a Comissão. Pela
proposta, poderão ser no-
meados apenas corretores
de imóveis com mais de cin-
co anos de exercício pro-
fissional e, ainda, que não
tenham sofrido sanção ou
punição em sanção de pro-
cesso ético ou criminal nos
últimos três anos. “É preci-
so selecionar profissionais
éticos, até para não macular
a imagem da categoria”,
observou.
Para ele, a venda direta
traz benefícios também para
as partes do processo, uma
vez que há possibilidade de
eliminar uma etapa morosa
do processo - o leilão.“Uma
das grandes preocupações
da Justiça é agilizar procedi-
mentos, por isso estamos
empenhados nesta regula-
mentação”, disse. Outra van-
tagem, observa o juiz
corregedor, são as chances
maiores de se vender o bem
pelo valor de mercado, já
que, por meio do leilão, o
imóvel acaba sendo vendido
pela metade de seu valor.
O corretor de imóveis Horley Maciel Melo
já sentiu os benefícios da mudança. Neste
ano, foi intimado pela 9ªVara Cível para
apresentar proposta de honorários para
fazer a venda de um imóvel penhorado em
processo de execução.“Foi uma surpresa,
não sabia desta nova incumbência”,disse.
Satisfeito, ele considera que “a credibilidade
depositada em nós, como categoria, é a
maior conquista”.
REFLEXO
29
Gráfica e
editora
América
30
pararefletir REVERÊNCIA
AO DESTINO
Falar é completamente fá-
cil, quando se tem palavras em
mente que expressem sua
opinião. Difícil é expressar por
gestos e atitudes o que real-
mente queremos dizer,o quan-
to queremos dizer, antes que
a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que
estão sendo expostas pelas cir-
cunstâncias. Difícil é encontrar
e refletir sobre os seus erros,
ou tentar fazer diferente algo
que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer
companhia a alguém, dizer o
que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas
as horas e dizer sempre a ver-
dade quando for preciso.
E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação
alheia e poder aconselhar so-
bre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situa-
ção e saber o que fazer ou ter
coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e
impaciência quando algo o
deixa irritado. Difícil é expres-
sar o seu amor a alguém que
CARLOS DRUMMOND
DE ANDRADE
realmente te conhece, te res-
peita e te entende.
Fácil é viver sem ter que se
preocupar com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar
melhorar suas atitudes impul-
sivas e as vezes impetuosas, a
cada dia que passa.
Fácil é ver o que queremos
enxergar. Difícil é saber que
nos iludimos com o que achá-
vamos ter visto. Admitir que
nos deixamos levar, mais uma
vez, isso é difícil.
Fácil é dizer“oi” ou“como
vai?”Difícil é dizer “adeus”,
principalmente quando somos
culpados pela partida de al-
guém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as
mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é
transmitida.Aquela que toma
conta do corpo como uma
corrente elétrica quando to-
camos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente
só.Amar de verdade, sem ter
medo de viver, sem ter medo
do depois.
Fácil é ouvir a música que
toca. Difícil é ouvir a sua cons-
ciência, acenando o tempo
todo, mostrando nossas esco-
lhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.Ter a noção
exata de nossas próprias vi-
das, ao invés de ter noção das
vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que de-
seja saber. Difícil é estar pre-
parado para escutar esta res-
posta ou querer entender a
resposta.
Fácil é chorar ou sorrir
quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de
chorar ou chorar de rir,de ale-
gria.
Fácil é sonhar todas as
noites. Difícil é lutar por um
sonho.
Eterno, é tudo aquilo que
dura uma fração de segundo,
mas com tamanha intensida-
de, que se petrifica, e nenhu-
ma força jamais o resgata.
31
1ª edição da Revista Painel Imobiliário

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1ª edição da Revista Painel Imobiliário

  • 1.
  • 2. 2
  • 3. 3 EXPEDIENTE A Revista Painel é uma publicação do CRECI-GO O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 5ª Região-GO é uma autarquia federal de disciplina e fiscalização da profissão de corretor de imóveis. Regulamentada pela Lei Federal 6.530/ 1978 Endereço: Av Anhanguera, 5674, Ed. Palácio do Comércio, 5º andar, Centro, Goiânia - GO CEP 74043- 906 Fone/ fax: 62 3224 2299 Homepage: www.crecigo.org.br E-mail: crecigo@crecigo.org.br Diretoria: Oscar Hugo Monteiro Guimarães, Luiz Roberto de Carvalho, Rafael Nascimento Aguirre, Maria Aparecida Moreira, Juscemar Antônio de Oliveira, José Arantes Costa, Jair Reis de Melo. Conselheiros: Antônio Alves de Carvalho, Antônio Rosa de Mesquita, Antônio Spinetti Alves, Eduardo Coelho Seixo de Brito, Euclides Domingos Marcante, Francisco Ludovico Martins, Geraldo Dias Filho, Geraldo Pereira Braga, Jair Reis de Melo, Jackson Jean Silva, João Benício Gomes, João Pedro Vieira, José Arantes Costa, José Machado Resende, Juscemar Antônio de Oliveira, Leandro Daher da Costa, Luiz Robeto de Carvalho, Marcelo Alves Simon, Márcio Antônio Ferreira Belo, Maria Francisca Alves Carvalho, Oscar Hugo Monteiro Guimarães, Rafael Nascimento Aguirre, Ricardo Alves Vieira, Sérgio Teodoro da Cruz, Walter São Felipe, Wildes Marcos Faustino. Suplentes: Ademir Silva, Ana Mônica Barbosa da Cunha, Arton Martins Peixoto, Celso Monteiro Barbugiani, Cláudio Gonçalves de Araújo, Dionísio Nascindo Gonçalves, Domingos Alves de Castro Filho, Elmo Monteiro Clemente Aguirre, Evaldo Euler Duarte de Almeida, Helder José Ferreira Paiva, João Soares da Silva, José Humberto Martins Vieira Carvalho, José Severino de Lima, Luis Clemente Barbosa, Marco Antônio de Oliveira, Nagib de Paula Sahb Novaes, Naidoson Bernades de Queiroz, Omar Ataides de Castro, Rodrigo Paullus Barreto Machado, Saul Pereira da Costa, Valgmar Domingos Tavares, Valoni Adriano Procópio, Veronde Antônio de Oliveira, Vilmar Pereira de Oliveira, Wilmar Viana. Jornalista responsável e editora: Raquel Pinho - GO 01752 JP Projeto gráfico e diagramação: Raquel Pinho Estagiária de jornalismo: Stephanie Silva (UFG) Revisão jurídica: Eduardo Felipe Silva - OAB 25566 Tiragem: 6000 exemplares Fotolito e impressão: Gráfica e Editora América EmcontatocomosetordecomunicaçãodoCreci-GO:imprensa@crecigo.org.br w w w . c r e c i g o . o r g . b r Sumário ProgramadeEducaçãoAmbiental I Fórum de Desenolvimento Sustentável Imobiliário Entrevista Luiz Augusto Sorrenti - presidente da ONG Ecosustentável 8aCCA Comissões perdidas à vista Normatização TAC disciplina anúncio de incorporação ÉticaProfissional Julgamento sem corporativismo Social26CrecinaMídia27 CrecinaMídia30 8 Qualificação Lei faculta mais tarefas para corretores imobiliários Fiscalização Contraventor preso com carteira falsificada Capacitações elevam eficiência do trabalho da fiscalização Prova é fundamental para condenar falso profissional NovoRumo Creci planeja seu futuro Perfil Profissão em alta: Corretor de Imovéis 6 12 15 16 21 22 25 28 Hélio de Oliveira, o fo- tógrafo que testemu- nhou o crescimento de Goiânia, será palestrante do Fórum do Desenvolvimento Imobliário Sustentável, página 7
  • 5. 5 7 PalavradoPresidente OSCARHUGOMONTEIROGUIMARÃES-presidentedoCrecideGoiás hugo@oscarhugo.com.br Estamos assistindo, no mercado imobiliário de todo o Brasil, um crescimento sustentado, ou seja, a ampliação da capacidade produtiva, de forma contínua e dura- doura, assegurada pela queda dos juros e recursos para o financiamento habitacional. Reflexo disto é a configuração de um país que tanto almejamos, com mais empregos, com distribuição de renda, com mais gente com o sonho da casa própria realizado. Estamos testemunhando a inclusão social acontecer. Uma série de fatores veio fortalecer o mercado imobiliário. Um deles foi a Lei 10.931 de 2004, que trata da afetação do patrimônio incorporado e pode ser consi- derada como ponto primordial para a geração de condições de retomada. Essa norma garantiu maior segurança jurídica aos negócios imobiliários. Somado a isto, o ambiente econômico favorável e política de redução da taxa bási- ca de juros permitiram que o setor voltasse a crescer.Tivemos também o ingresso de várias incorporadoras ao mercado acionário (BOVESPA), captando créditos mais ba- ratos do que os bancários, havendo uma captação de mais de R$.14 bilhões, sendo mais de 70% de capital externo. Agora, com a inclusão do Brasil na relação de paises confiáveis para investimento beneficia, em tese, todas as empresas do País, que terão custo de capital reduzido e maior visibilidade aos olhos do investidor global. Analistas identificaram um impacto mais imediato da notícia em ações de empresas ligadas aos setores imobiliário, de consumo e financeiro. No início de maio, na Bolsa deValores de São Paulo (Bovespa), os papéis da construção dispararam: Cyrela ON subiu 15,73% e liderou o Ibovespa; Gafisa ON avançou 14,06%. Após praticamente duas décadas de estagnação, ainda falta muito para que esse processo de retomada, iniciado efetivamente em 2006, dê lugar à produção em escala verificada na década de 1980. Em 2007, já alcançamos números expressivos em toda cadeia pro- dutiva do mercado imobiliário.Para aqueles que acreditavam que o cres- cimento do setor chegaria aos 7%, esta marca foi ultrapassada e ainda aumentou a participação do setor no PIB, passando de 4,5% para 5,5%. O resultado mostra um avanço na realidade econômica brasileira que nos co- loca em evidência e, podem escrever, 2008 será ainda melhor. Os corretores de imóveis e a empresas imobiliárias tiveram uma participa- ção primordial nesta virada, pois cabe a essa categoria transformar o objeto construído na realização de um sonho do adquirente e, por outro lado, em recursos para a empreendedor continuar investindo. Em razão desse crescimento quantitativo e qualitativo do mercado imobiliário, o CRECI-GO tem se preocupado em levar aos profissio- nais e empresas o conhecimento, para que o crescimento seja harmô- nico, e haja sempre um mercado pautado pela ética e seriedade. Tempo de virada
  • 6. 6 Programa de Educação Ambiental Fórum apontará soluções sustentáveis para o setor imobiliário Informações pontuais analisadas por pales- trantes especializados pretendem fazer deste evento uma referência para quem investe na qualidade de vida sus- tentável. Atividades cul- turais e revelação do Corretor Ambientalista 2008 também estão in- cluídas na programação. Diante da de- gradação do meio ambiente, da neces- sidade de produção ascendente para atender as carênci- as da população global, é possível encontrar o equilí- brio entre exploração e pre- servação dos recursos natu- rais? Como manter as como- didades e facilidades da contemporaneidade sem por em risco a sobrevivência hu- mana? Que ferramentas e tecnologias já estão à dispo- sição do setor imobiliário para a promoção de empreendi- mentos sustentá- veis? De que forma aproveitar o boom imobiliário sem o espantoso prog- nóstico do aqueci- mento global? Estas e outras questões serão dis- cutidas em junho, durante o I Fórum de Desenvolvimento Imobiliário Sustentável, even- to do Programa de Educação Ambiental do Creci de Goiás (PEA). Nos dias 17, 18 e 19, renomados especialistas esta- rão à frente de análises atualizadas sobre o assunto. O jornalista Washington Novaes será um deles. “Vamos oferecer informações pontu- ais e práticas, ligadas ao universo do cor- retor de imóveis e agentes que operam o mercado imobili- ário”, salienta Oscar Hugo Monteiro Gui- marães, presidente do Conselho. Para o diretor do PEA, Leandro Daher da Costa, o evento vem atender a uma necessidade premente dos em- “Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações“Goiânia já carece de preocupações socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher,socioambientais”, afirma Leandro Daher, diretor do PEAdiretor do PEAdiretor do PEAdiretor do PEAdiretor do PEA
  • 7. 7 preendedores da área urba- na ou rural.“O Fórum irá tra- tar da responsabilidade indi- vidual e empresarial dos agen- tes do mercado imobiliário. Goiânia está se tornando uma metrópole e já carece de pre- ocupações socioambientais. Quanto à zona rural, é hora de cuidarmos do cerrado, bioma que exerce importan- te papel no ecossistema e que presenteia os goianos com sua beleza singular”, diz. O I Fórum de Desenvolvi- mento Imobiliário Sustentável será realizado no auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal de Goiânia. A or- ganização do evento está pre- parando, além de palestras, atrações culturais para con- ferir um pouco de descontração à platéia. Entre- tanto, mais que proporcionar diversão, elas contém uma mensagem sustentável. Um exemplo será o desfi- le com roupas feitas de mate- riais recicláveis, produzido pelo curso de design de moda da Universidade Católica de Goiás, mostrará que é possí- vel sim dar uma nova destinação ao lixo. As inscri- ções estão abertas, no Creci. Durante o encerramento do Fórum, será revelado quem é o Corretor Ambientalista 2008. Estão concorrendo ao título os profissionais que participam das ativi- dades do PEA des- de seu lançamento, em junho de 2007. A participação vale pontos. Quem acumular a maior soma, ganhará o título e, ainda, será presentea- do com uma viagem para o litoral da Bahia,eterádi- reito a um a c o m p a - nhante. O corre- tor de imó- veis Carlos Massud é um dos profissio- nais na dispu- ta e está oti- mista com as atividades do PEA. “Em Goiânia,os cor- retores de imó- Corretor Ambientalista 2008 será revelado veis são pioneiros ao reunir o setor e lutar pela causa do meio ambiente porque, hoje, o interesse em preservar é glo- bal.” diz. Para ele, o Corretor Ambientalista é aquele pre- ocupado com a situação ecológica mundial e local. É esta consciência que o PEA busca despertar na categoria, lembra Lean- dro Daher. “Muita gente ainda acha que s u s t e n - tabilidade é a árvore do cerrado. Mas a sus- t e n t a - bilidade en- volve a to- dos. Na área imobili- ária, diz res- peito ao cor- retor de imó- veis, à cons- trutora,àspes- soas que fazem o Plano Dire- tor etc. É uma consciência”, conclui. O corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis CarlosO corretor de imovéis Carlos Massud está na corrida emMassud está na corrida emMassud está na corrida emMassud está na corrida emMassud está na corrida em busca do título de Corretorbusca do título de Corretorbusca do título de Corretorbusca do título de Corretorbusca do título de Corretor Ambientalista 2008Ambientalista 2008Ambientalista 2008Ambientalista 2008Ambientalista 2008 Ele começou a fotogra- far Goiânia em suas primei- ras décadas, a partir de 1951, como repórter foto- gráfico do jornal O Popu- lar. Também foi fotógrafo dos governadores, até 1999. Dos atos de Pedro Ludovico aos de Marconi Perillo, é uma testemunha viva. Ele é Hélio de Oliveira, um dos nomes que já fazem parte da história da capital pla- nejada e construída. Já na infância, ele regis- trava na memória os primórdios de Goiânia, uma vez que aqui aportara aos Viagem histórica com Hélio de Oliveira Washington Novaes será um dos palestrantes Umdosmaioresnomes nacionais do jornalismo especializado em meio am- biente,Washington Novaes (foto) falará sobre Negóci- oseBiodiversidadeaoscor- retores de imóveis. O jor- nalista, que é supervisor geral do Repórter Eco, na TV Cultura e colunista nos jornais O Popular e O Es- tado de São Paulo, aborda- rá as contribuições que os corretores de imóveis e profissionais do mercado imobiliário podem dar para mudar os padrões de ocupação do solo. Novaes explica que a busca pela sustentabilidade é assunto urgente e direcionado a todas as tri- bos e povos. No próprio Brasil, as mudanças do cli- ma já produzem eventos extremos que outrora não faziam parte do cotidiano dos brasileiros. O setor de imóveis também terá de adaptar-se a esses novos tempos.“O mundo supor- tava contra-sensos, como projetos que prevêem luzes acesas durante todo o dia e desperdiçam a iluminação natural, enquanto a popu- lação era menor. A huma- nidade levou 1850 anos para somar um bilhão de habitantes, mas bastou 170 anos para que chegasse a seis.“E vamos chegar a 8,5 bilhões até 2050”, anuncia o jornalista. seis anos. “Vi Goiânia bro- tar do nada e crescer”, diz. Palestrante do Fórum do Desenvolvimento Imobi- liário Sustentável, sua par- ticipação promete ser via- gem história pelo desenvol- vimento da capital com a palestra“Passado e Presen- te Urbanístico-Ambiental”. Que Goiânia existe depois de sete décadas de inter- venção de tijolos, cimento, projetos e obras?As lentes de Hélio testemunharam esta transformação urbana e é esta dinâmica que ele irá apresentar.
  • 8. 8 entrevistaespecial LUIZAUGUSTOSORRENTI-presidentedaONGEcosustentável sustentável Um lugar para a vida Luiz Augusto Sorrenti era engenheiro e atuava na área de sensoriamento remoto.Tinha uma profissão interessante, uma carreira sólida e um currículo, para muitos, invejável – em seu portifólio constam a Kodac, o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) e, em 1997, foi contratado para trabalhar no exterior. Este foi o motivo de sua mudança para os Estados Unidos, mas foi lá que encerrou este capítulo de sua história. Sorrenti estava vivendo em SpringValley, NovaYork, bem em frente à Universidade Sun Bridge College. Em um dia frio de inverno – isso foi em 2001 - sua filha chegou em casa com um panfleto da universi- dade, que anunciava um curso sobre condomínios auto-sustentáveis, ministrado por estudiosos da Austrália. Matriculou-se, assistiu às aulas e ficou arrebatado.“Eu estava diante de uma das formas mais perfeitas de ocupação. É um estilo de moradia que consegue recuperar o meio- ambiente e as pessoas”, diz. Além de unidades habitacionais, o empreen- dimento oferece itens de sustentabilidade – como pomar, fontes de energia alternativa, unidades de reciclagem de lixo e unidade de trata- mento de água.A grande diferença entre eles e os condomínios conven- cionais que existem no mercado é que cada um destes benefícios é administrado com ferramentas de gestão empresarial. Precisa ter um plano de produção para atender a demanda, custos definidos, mão-de- obra e assim por diante. Só não visa o lucro. O condômino consome o serviço mais barato e pode pagar com dinheiro ou com trabalho volun- tário.Assim, assegura Sorrenti, é possível garantir a sobrevivência no próprio local.A descoberta mudou o rumo de sua vida. Sorrenti abando- nou a engenharia, tornou-se corretor de imóveis, escreveu um livro sobre o assunto e fundou a ONG Ecosustentável.Tudo para difundir os condomínios auto-sustentáveis. Saiba mais nesta entrevista. POR RAQUEL PINHO
  • 9. 9 PAINEL IMOBILIÁRIO - Por que se apaixonou pelo condomínio auto- sustentável? SORRENTI – Eu me apai- xonei pelo estilo de vida no qual posso gerenciar os itens de sobrevivência, ter poder de decisão sobre eles, sobreviver a preço de custo, ao recuperar a na- tureza e viver com alta qua- lidade, e ainda pagar tudo com trabalho voluntário. Na realidade, meu entusi- asmo era trazer a idéia dos CAS (Condomínios Auto- Sustentáveis) para o Brasil como solução social. Em pouco tempo todo e qual- quer favelado ou depen- dente social, por meio do CAS, passaria a ter quali- dade de vida e, ao mesmo tempo, trabalharia para a recuperação do meio am- biente.Achei que,se os go- vernos federal, estaduais e municipais compreendes- sem os fundamentos de um CAS, iriam implementá-lo para solucionar todos os problemas ambientais, eco- nômicos e sociais. Infeliz- mente, estes governos ain- da não se interessaram como eu esperava. PAINEL IMOBILIÁRIO - Como corretor de imó- veis, de que forma apre- sentaria um condomínio auto-sustentável a um cli- ente? SORRENTI - Quem se in- teressa pelo CAS não é um cliente comum.Ele car- rega uma consciência ambiental e uma preocu- pação com o futuro da hu- manidade urbana. Ele é “fisgado” pelo lado filosó- fico e pela segurança de vida. O CAS garante a so- brevivência a preço de cus- to e o consumo do que lá é utilizado pode ser pago com trabalho voluntário. Um CAS é um jardim eco- lógico auto-sustentável que propicia segurança de vida. Este é o foco que sen- sibiliza as pessoas. PAINEL IMOBILIÁRIO - Você compara o CAS como aos kibutzim, isto é, fazendas coletivas de judeus que trabalhavam livremente no espaço e dividiam o lucro entre si no início do século pas- sado. Na sua opinião, o segredo da tão sonhada qualidade de vida está no viver em comunidade? SORRENTI - Os kibutzim existem até hoje e, graças a eles, Israel tornou-se o grande país que é na atu- alidade. Os CAS são uma mistura de kibutzim, em- presa, fazenda ecológica e condomínio. Num CAS, você é proprietário de sua casa e co-proprietário de todas as áreas comuns, como num edifício. O se- gredo da qualidade de vida é você contar, no local onde vive, com alimentos orgânicos, energia alterna- tiva, água coletada e purificada, reciclagem de 100% dos efluentes e do lixo.Tudo o que é básico para se viver está nas áre- as comuns, a preço de cus- to - chega a ser 10 vezes mais barato. Se estiver sem dinheiro para viver,o CAS lhe garante a sobrevivên- cia em troca de seu traba- lho voluntário. Segurança também é qualidade de vida.Veja a dificuldade que tem um desempregado com mais de 40 anos para sobreviver. O “sistema” é ingrato e está podre em sua filosofia. PAINELIMOBILIÁRIO-A sociedade atual entrou em um ciclo de extremo individualismo.Você acha que é fácil para as pesso- as adaptarem-se a esta cultura altruísta, de tra- balhar em prol do coleti- vo em detrimento dos in- teresses pessoais? SORRENTI - A administra- ção dentro de um CAS é empresarial. Não exige al- truísmo nem adaptações comunitárias.A coisa é bem profissional, com treina- mento, administração da mão-de-obra, alocação de custo, plano de produção etc. As suas atividades po- dem ser comparadas as de um operário numa fábrica. O CAS não interfere na sua filosofia, religião, nem na sua maneira de viver.Você pode continuar sendo o que sempre foi.A diferença é que você e sua família, num CAS, começarão a se envolver com as tecnologias sustentáveis e a conhecer melhor a nature- za, seus processos e suas maravilhas. Ali verão tam- bém o fruto de seu traba- lho transformar-se em itens de sobrevivência para to- dos. Mas você não é obri- gado a trabalhar. Pode pa- gar o condomínio com seus recursos, como é feito nas moradias convencionais. PAINEL IMOBILIÁRIO - Quais são os paradigmas das pessoas em relação ao assunto? Que preconcei- “O CAS não interfere na sua filosofia, religião, nem na sua maneira de viver. Você pode continuar sendo o que sempre foi. A diferença é que você e sua família começarão a se envolver com as tecnologias sustentáveis e a conhecer melhor a natureza, seus processos e suas maravilhas.” LUIZ AUGUSTO SORRENTI
  • 10. 10 somem, quando o naufrágio do sistema e as condições climáticas começarem a comprometeroesquemade produção atual, quando a energia começar a faltar de novo e ficar ainda mais cara, quando o meio ambiente exigir uma postura de com- portamentodiferente,quan- do o paradigma antigo“pro- duzir, se locomover, consu- miredescartar”nãoformais possível, o CAS será a saída mais inteligente para se reestruturar a sociedade. PAINEL IMOBILIÁRIO - Onde existem CAS im- plantados? SORRENTI – Cinco funcio- nam nos EUA, quatro no Estado de Wisconsin e um emBakersfield,naCalifórnia. Na Austrália, onde surgiu, existem mais de 30. Na Eu- ropa, dois estão sendo construídos: um na Sérvia e outro na Dinamarca. Na África, uma colega que fez o curso comigo em 2001, está tirando as pessoas da favela para morar em um CAS, tudo financiado pelo gover- no do Marrocos. PAINEL IMOBILIÁRIO – E no Brasil? SORRENTI – Já existem CAS em implantação no município de Urussanga (SC). Em Parati (RJ), há uma área de 263 hectares com- prada para o empreendi- mento. Em Curitiba, estamos em fase de discus- são do pré-projeto, assim como em Goiânia (GO). Aos poucos, algumas pre- feituras também tem pro- curado mais informações. PAINELIMOBILIÁRIO-O site da ONG Ecosustentável é aberto para inscrições de pesso- as interessadas neste es- tilo de vida. Qual é o per- fil do público que se ins- creve? De onde elas são? SORRENTI -As pessoas da classe A e B são as mais interessados, e o traço em comum entre eleas é o nível de consciência. Não que o produto não interesse às classes mais baixas, mas acredito que somos procu- rados por pessoas de clas- ses mais altas porque elas têm uma percepção mais ampla acerca dos proble- mas do Planeta, da crise que estamos vivendo em níveis ambiental, econômico, soci- al e ético. Enxergam que os recursos naturais estão se esgotando, que os itens de sobrevivência são muito ca- ros e contaminados, que a natureza está cada vez mais comprometida e que um novo paradigma precisa ser implantado: produção cons- ciente, mínimo de locomo- ção e distribuição, consumo também consciente, reciclagemmáxima,eimpac- to ambiental mínimo. Prin- cipalmente, elas vêem a ne- cessidade de gerenciar ob- jetivamente os itens de so- brevivência. As localidades com mais inscrições para construção de CAS são nes- ta ordem: Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Campinas, Sul de Mi- nas, Goiânia, Belo Horizon- te, Fortaleza e São Paulo. PAINEL IMOBILIÁRIO - Como está o interesse dos goianos, especifica- mente, pelo CAS? SORRENTI - O estado de Goiás tem muita gente ins- crita. Existem pessoas que querem a construção de um condomínio auto-sus- tentável na capital e em Pirenópolis, nesta ordem. Creio que o Estado está en- tre os dez de maior deman- da. tos possuem? Muitas as- sociam um CAS a uma comunidade alternativa hippie? Qual é a diferen- ça entre elas? SORRENTI - Quando as pessoas conhecem superfi- cialmente o conceito do CAS, elas realmente cha- mam-no de “comunidade alternativa”, mas as diferen- ças são grandes. Nas comu- nidades alternativas, as de- cisões são pessoais e gera- m conflito. Agora, quando o grupo se organiza como empresa, os conflitos diári- os são minimizados pois as ações são racionais e prag- máticas. O CAS surgiu na Austrália,em1988,apósdez anos de estudos científicos. Ele incorpora as tecnologias sustentáveis às atividades do condomínio, assim como este inclui a sala de ginástica, a piscina e o salão de jogos. E tam- bém administra estas tecnologiaspormeiodetéc- nicas empresarias usando a mão-de-obra dos próprios condôminos, quando estes optam em lá trabalhar. PAINEL IMOBILIÁRIO - Você acha que, com o anúncio do aquecimento global, este estilo de vida ganhará novos adeptos? Ou as pessoas ainda não estão conseguindo partir para uma mudança mais profunda em seus hábitos e, assim, contribuir para o equilíbrio ambiental? SORRENTI - Quando as pessoas se derem conta que estãopagandoemmédiadez vezes mais que o preço de custo pelos seus itens bási- cos de sobrevivência, que elas não têm nenhum poder de decisão sobre o que con- “O cliente que se interessa pelo CAS carrega uma consciência ambiental e uma preocupação com o futuro da humanidade urbana. Ele é fisgado pelo lado filosófico e pela segurança de vida.” LUIZ AUGUSTO SORRENTI
  • 11. 11
  • 12. 12 Fiscalização Homem é preso por usar carteira do Creci falsificada Ele confessou que comprou carteira de estagiário falsificada por R$ 1.000. Creci investiga existência de quadrilha com atuação no Estado. Sem inscrição no Conse- lho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO), Carlos Alberto Vieira atuava tranqüilamente como corre- tor de imóveis na porta de um clube, em Caldas Novas, por- tando uma carteira de estagi- ário falsa, quando foi flagrado pelos fiscais do Creci. Este foi um dos resultados da força-tarefa de carnaval do Conselho, que contou com a atuação dos fiscais e teve o objetivo de varrer as irregu- laridades do setor imobiliário na cidade. No total, dez pes- soas foram autuadas por exer- cício ilegal da profissão. A ação foi coordenada, pesso- almente, pelo presidente do Creci, Oscar Hugo Monteiro Guimarães. Ao se apresentar aos fis- cais como corretor de imó- veis, Carlos Alberto Vieira mostrou o documento. Ime- diatamente, os fiscais perce- beram diferenças grotescas na assinatura, cor, data de vali- dade. Havia também a falta da chancela do Creci. Ele foi pre- so em flagrante, enquadrado no artigo 304 do Código Pe- nal Brasileiro. Na delegacia, Carlos Alberto confessou que com- prou a carteira por mil reais, mas não informou quem a vendeu ilicitamente. A infor- mação só veio a complemen- tar uma investigação paralela do Creci de que existe uma quadrilha no Estado venden- do carteiras falsificadas. A carteira profissional comprova que seu portador tem as devidas prerrogativas legais para trabalhar como corretor de imóveis. Já a car- teira de estagiário mostra que seu portador é um profissio- nal em formação. Cabe ao Creci a emissão destes docu- mentos. Para a sociedade, eles representam a garantia de que está sendo atendido por um profissional devidamente qua- lificado ou em formação. Vitória também em Catalão O Juiz de Direito Sandro Cássio de Melo Fagundes con- denou Gélio Antônio Borges a cumprir trinta dias de pri- são por trabalhar como cor- retor de imóveis sem ter for- mação técnica e inscrição no Creci, exigências da Lei Fede- ral 6530/78. A decisão foi proferida dia 12 de março. “Recebemos com satisfa- ção esta notícia, é sinal de que o Creci está realmente traba- lhando em defesa da catego- ria. O Ministério Público tam- bém tem sido muito atuante no combate ao exercício ile- gal da profissão”, disse o de- legado do Creci na cidade, Para evitar cair nas mãos de falsários, o Creci orienta que, após solicitar a carteira profissional de quem se apresenta como corretor de imóveis, o cidadão deve retirar, gratuitamente no site www.crecigo.org.br, a Certidão de Regularidade para conferir a veracidade dos dados. Veronde de Oliveira. Ele conta que Gélio era um contraventor contumaz em Catalão. “Ele era atuante e seus clientes acreditavam que era um corretor de imóveis”, conta. Entretanto, quando era abordado pela fiscalização do Creci, esquivava-se com res- postas evasivas. Desde 2002, a fiscalização do Creci vinha autuando-o. Um processo chegou ao judiciário, mas foi arquivado por falta de provas. Gélio teve seu nome ins- crito no rol dos culpados. Em razão do condenado reunir as condições objetivas do Arti- go 44 do Código Penal, a pena privativa de liberdade foi substituída por pagamen- to de multa, que será destina- da à Santa Casa de Misericór- dia de Catalão. CarCarCarCarCarlosloslosloslos AlberAlberAlberAlberAlbertototototo Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força-Vieira foi preso em flagrante durante força- tarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novastarefa em Caldas Novas
  • 13. 13 Em Catalão, casos do exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis che- gam com freqüência à mesa do titular da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Catalão, o promotor de justiça Roni AlvacirVargas.Fato que demonstra a atu- ação contínua da fiscalização do Creci e de seus representantes na cidade contra o falso corretor de imóveis. A eficiência do Conselho é um pon- to positivo. Mas não finda a batalha. O grande desafio para alcançar sucesso em uma ação, contra aqueles que insistem em atuar sem observar os pré-requisitos legais, depende das provas. Este foi o foco da palestra do promotor proferida du- rante o X Encontro de Delegados do Creci, que reuniu os representantes do Conselho de vários pontos de Goiás em Catalão. O recado pode parecer elementar, mas tem sua importância, especialmente nas negociações imobiliárias. “Normal- mente, os clientes são parte interessada e, por isso, não colaboram no processo, salvo se forem prejudicados”, observou o promotor. Dr. Roni explicou os aspectos práti- cos do processo de contravenção que, por ser de menor poder ofensivo, é en- quadrado na Lei 9099/95, permitindo a transação penal e a suspensão condicio- nal do processo. Mas é possível, assim mesmo, conter o exercício ilegal da pro- fissão. É que uma das “medidas despenalizadoras” deste instituto é o pa- gamento de multa, ou seja, o caso é en- cerrado mediante a contrapartida do acu- sado em desembolsar a quantia estima- da pelo Judiciário em prol de instituições de atuação social. Este valor pode se tornar penoso para o réu, se o trabalho de investigação for eficiente. “Normalmente, ao aplicarmos a Lei 9099/95, nós avaliamos a capaci- dade financeira de quem irá pagar a multa. Portanto, se o processo trouxer prova de que o réu tem boas condições, o fato será considerado”, afirmou o promotor Roni. Portanto, para levantar informa- ções, todos devem ajudar, corretores de imóveis e delegados, conclama o presi- dente do Creci, Oscar Hugo Monteiro Guimarães. “Afinal, o contraventor so- mente macula nossa classe”, concluiu. Promotor mostra a importância das provas para condenar contraventores Tanto delegados quanto corretores de imóveis devem co- laborar com as diligências realizadas pelos fiscais. O crescimento do número de contraventores condenados pela Jus- tiça é resultado de uma equipe atuali- zada,que age com padronização e har- monia. Após investir na capacitação contínua dos fiscais, nos últimos três anos, esta é a constatação do Creci. Os treinamentos foram responsáveis por eliminar o índice de erros da equi- pe na hora de lavrar os autos de in- fração e, com isso, diminuiu a quanti- dade de processos que eram arqui- vados por vícios.“Agora o índice de autos inválidos é quase zero” confir- ma Francisco Freitas, coordenador de fiscalização da instituição. A última capacitação aconteceu em fevereiro. Durante cinco dias, os fiscais assistiram palestras de assun- tos ligados a seu dia-a-dia: direção de- fensiva, porque viajam e dirigem mui- to; relações interpessoais e técnicas de abordagem, porque abordam e conversam com pessoas em suas in- vestigações; processo administrativo no Creci e o andamento do processo na Polícia Civil, porque esta é a se- qüência de seu trabalho; legislação, que deve embasar todas as suas ações; e Língua Portuguesa para que se ex- pressem com maior precisão e objeti- vidade. A programação agradou. “A pa- lestra que mais gostei foi a de direção defensiva. Mas para os fiscais que en- traram agora na equipe, achei mais importante à palestra de legislação” disse Emerson Pimentel. Fiscal há qua- tro anos, ele dá um exemplo de seu crescimento. “Antes eu fazia autos com declarações e indícios, mas aprendi que indícios não servem como prova”. Outra conquista das capacitações, acrescenta o coordenador de fiscali- zação Francisco Freitas, foi a padroni- zação de ações.“O trabalho não fun- ciona bem se não for uma engrena- gem, todos devem trabalhar do mes- mo jeito”, ressaltou. Ele salientou ain- da que o evento também promoveu o espírito de equipe. Capacitações ele- vam a eficiência da fiscalização O promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia eO promotor de justiça, Roni Alvacir apoia e valoriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCrecivaloriza a ação fiscalizadora doCreci ENCONTRO DE DELEGADOS
  • 15. 15 novo rumo Creci planeja seu futuro Após permanecer por uma década entre os conselhos profissio- nais mais atuantes do País, o Creci de Goiás vive uma nova fase. É hora de analisar as conquistas e tomar fôlego para ampliar as fronteiras de ação. É com este espírito que o planejamento estratégico está sendo elaborado nos últimos quatro meses: o de atualizar as metas e buscar novos ho- rizontes. Durante este perío- do, a equipe da WM & Asso- ciados dissecou toda a estru- tura organizacional do Creci e também seus projetos e ações. Tudo para propor um plano para que a instituição seja reconhecida até 2013, como uma entidade ética, cul- ta, austera, disseminadora dos conhecimentos imobiliários e afins, preocupada com o bem- estar dos colaboradores, da sociedade goiana e do meio- ambiente, cooperando com as entidades do mercado imobi- liário e o poder público – esta é a visão do Creci de Goiás a partir de agora. “É hora de planejar o fu- turo que desejamos”, diz Os- car Hugo Monteiro Guima- rães, presidente do Conselho. “Com o planejamento estra- tégico, a empresa ou institui- ção define o que faz e onde quer chegar. Tecnicamente, isso se chama missão e visão”, traduz Wagner Martins, con- sultor e diretor daWM&A. A definição da missão de uma empresa ou instituição é algo elementar,tarefa simples, mas ignorada por muita gen- te.“Por incrível que pareça, a maioria das empresas e pes- soas trabalha por trabalhar, sem saber de onde vem e para onde vai. Não tem objetivo, nem aspiração. Fica absorta”, diz o consultor. Para quem imaginou o objetivo pode ser o salário de cada mês,ele cor- rige. “Isso não é o objetivo, mas decorrência de uma boa atuação”, diz. Ter visão tam- bém é outra necessidade pri- mária. “Visão é a concretização de um sonho, com data e hora”, define o consultor. A equipe técnica é o foco das mudanças que acontece- rão no Creci.“Devemos lem- brar que uma empresa é um ser vivo, pois é formado por pessoas, daí o nosso cuidado com elas”, afirma Martins. Os profissionais foram ouvidos para a elaboração do plano de ação. Ferramentas de re- cursos humanos serão pro- postas para avaliar se o perfil psicológico de cada profissi- onal corresponde ao exigido pelo cargo que ocupa. A matemática entrará em ação para analisar o desem- penho da instituição. Em ou- tras palavras, a produtivida- de da equipe será mensurada de forma imparcial, por meio da linguagem dos números. “A partir da definição do pla- no de ação, definiremos indi- cadores de produtividade, da qualidade e da não-qualida- de para cada setor.Se houver aumento ou queda, será ana- lisado”, explica o consultor. Para a equipe interna, não há motivo para temores ou susto.“Pelo contrário, com o planejamento estratégico, fica- rá definido o papel de cada um.A organização tornará os gargalos mais evidentes, o que facilitará sua resolução”, sali- enta Oscar Hugo. Quem ga- nha também são os correto- res de imóveis.“Estamos indo além de nossa missão legal de fiscalizar o Creci. Nossa meta é ficar próximo do mercado imobiliário, propiciar o cresci- mento qualitativo dos corre- tores de imóveis e mais segu- rança à sociedade. Tudo isso começa a ser realizado a par- tir de nossa organização inter- na”, conclui o presidente. Preparar os profissionais do mercado imobiliário do Estado de Goiás, para que possam servir a sociedade com zelo, descrição e ética, tendo consciência sócio-ambiental e apresentar à catego- ria como uma solução para o uso e ocupação do solo. MISSÃO DO CRECI-GO DE GOIÁS VISÃO DO CRECI DE GOIÁS • Ter ética • Ser pontual • Prestar um serviço com qualidade • Valorizar os colaboradores • Apoiar o Profissional Imobiliário • Ser coercivo aos contraventores • Apoiar o meio ambiente • Disseminar os conhecimentos imobiliários Ser reconhecida até 2013, como uma entidade ética, culta, auste- ra, disseminadora dos conhecimentos imobiliários e afins, preo- cupada com o bem-estar dos colaboradores, da sociedade goiana e do meio-ambiente, cooperando com as entidades do mercado imobiliário e o poder público. VALORES DO CRECI DE GOIÁS Wagner Martins, consultorWagner Martins, consultorWagner Martins, consultorWagner Martins, consultorWagner Martins, consultor responsável peloresponsável peloresponsável peloresponsável peloresponsável pelo planejamento estratégicoplanejamento estratégicoplanejamento estratégicoplanejamento estratégicoplanejamento estratégico do Creci de Goiásdo Creci de Goiásdo Creci de Goiásdo Creci de Goiásdo Creci de Goiás
  • 16. 16 Perfil Nos últimos três anos, a abertura de capital das gran- des incorporadoras e a políti- ca habitacional do governo trouxeram fartura de recursos, a queda de juros e um prazo a perder de vista para pagar o imóvel.Ampliou-se a oferta, e a variedade de produção para públicos de todas as classes. Finalmente, o sonho da casa própria começou a se tornar re- alidade para mais gente. Mas não foi so- men- te isso que aconteceu. O boom imobiliário também co- locou em evidência uma pro- fissão que tem atraído gente de todas as idades e de diver- sas áreas: a de corretor de imó- veis. Com o volume de lança- mentos nas alturas, está mais que aberto o período de contratação. As imobiliárias estimulam que interessados entrem para o ramo. Muita gente tem atendido ao chama- do. Na imobiliária dirigida por Euclides Marcante, 90% de sua equipe de vendas iniciou a pro- fissão lá mesmo. “No nosso quadro de profissionais temos dois professores, três publici- tários e quatro advogados” afir- ma. A profis- são que, no passado, chegou a ser depre- ciada por alguns e vista com desprezo por outros, agora é a bola da vez. O grande nú- mero de vagas disponíveis no mercado aliada as vantagens como a flexibilidade de horá- rios, a dinamicidade, o conta- to com o público, os altos ho- norários e a ascensão rápida são responsáveis por atrair os olhos para a atividade. “Os trêsmelhoresprofissionais,pre- miados no fechamento do ano de 2007, venderam 12 milhões de reais, e obteram ganho equivalente a 20 mil por mês”, cita Marcante a pujança do setor. Foram estas características que atraíram 532 estagiários e 583 corretores de imóveis, em 2007, registrou o Creci- GO.Os estagiários,que repre- sentam o público de iniciantes, somaram 52% a mais que no ano ante- rior. E, seguindo as ten- dências dos outros anos, a ju- ventude tem apostado suas carreiras no mercado imobili- ário. Quase a metade dos es- tagiários, 46%, tem entre 20 e 30 anos. A corretora de imóveis Sabrina Lucindo, 26, é um exemplo. Depois de exercer a advocacia por três anos, ela estava cansada da profissão. Sua rotina envolvia viagens ao interior para verificar proces- sos e muita correria para não perder prazos.Para manter-se no mercado, a jovem investia em cursos, estudava muito, mas, o retorno não lhe estava agradando. “Eu vivia estressada e o salário não compensava tanto esforço”, conta. Foi quando ela se lem- Profissão em alta: corretor de imóveis Advogados, administradores, vendedores e até bancários dei- xam suas antigas profissões e migram para a corretagem imo- biliária. Atividade também está na mira da juventude. Altas comissões, horários flexíveis e o bom momento do setor são para eles as principais vantagens da profissão. Por Raquel Pinho e Stephanie Silva Agora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer seAgora que entrou para o ramo, Fernando Cabral quer se especializar.especializar.especializar.especializar.especializar. “Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque“Quero buscar ainda mais conhecimento porque estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.estudo não tem idade”diz.
  • 17. 17 brou de seu tempo de estagiá- ria de Direito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci de Goiás), em 2003. “Vi como o mercado imobiliário estava crescendo, e também o avanço da profis- são de corretor de imóveis, cada vez mais valorizada e res- peitada”, lembra a jovem. Sim- pática e comunicativa, Sabrina percebeu que tinha o perfil para a área e resolveu arris- car ser corretora de imóveis no ano passado. Feliz da vida, ela não ser arrependeu. Encon- trou na profissão o respaldo financeiro que desejava e a dinamicidade que lhe agrada, que lhe permite interagir com pessoas novas e vender o que gosta.“Meu diploma em Direi- to é apenas um complemento para minha atual profissão de corretora de imóveis”. No mesmo caminho tam- bém está o corretor de imó- veis Pedro Henrique de Oli- veira, 28 anos. “Encontrei-me profissionalmente, até minha auto-estima melhorou”, diz. Ele observa que as pessoas não são estimuladas a escolherem a profissão na adolescência ou juventude, mas, durante sua procura por um trabalho ren- tável, descobrem a atividade e se apaixonam por ela.“Só fica quem gosta, quem se identifi- ca com a profissão”, ressalta. Aos poucos, esta realida- de vem mudando. O jovem es- tagiário Diego Souza Curado, 21 anos, é um exemplo. Co- nheceu a profissão por meio de sua mãe, que tornou-se corretora de imóveis há dois anos. No período, o rapaz que estava passando pela fase de escolha profissional, identifi- cou-se com a atividade e de- cidiu que era isso que queria para seu futuro. “Eu não es- tou corretor,eu sou corretor” afirma. Balzacos Do outro lado da ponta, gente amadurecida também está abraçando a profissão de corretor de imóveis. A busca pela prosperidade, aliada à qualidade de vida, é um dos motivos que trouxeram 249 quarentões e quarentonas a entrarem para o mercado imo- biliário. Eles representam 43% dos novos corretores inscritos em 2007, no Creci. Depois de se dedicar por 10 anos à profissão de bancá- ria, Jusciene Schabbach, 38 anos, estava cansada da rigi- dez de horários. Em sua posi- ção, era complicado tirar uma hora até mesmo para levar o filho ao médico.“Buscava algo que me desse tranqüilidade para administrar minha vida pessoal, e assim, equilibrar mi- nha vida profissional também”, disse. Neste período ela esta- va concluindo o curso de Ad- ministração e conheceu ami- gos que faziam o curso de Negócios Imobiliários. Estes mostraram a profissão de cor- retor de imóveis para Jusciene, disseram que ela tinha o perfil que se enquadrava na ativida- de e a convidaram para en- trar no ramo imobiliário. Foi como juntar a fome com a vontade de comer. Além de ter mais controle sobre sua profissão, ela teria mais domí- nio sobre sua rotina e, ao mes- mo tempo, poderia fazer seu próprio ganho, outra vanta- gem que ela viu na profissão. Como uma boa bancária, Jusciene decidiu então inves- tir. Mas desta vez, não na área das finanças, mas em uma nova profissão. Concluiu Adminis- tração, e logo em seguida co- meçou a graduação de Negó- cios Imobiliários. No mesmo instante, começou a trabalhar na parte administrativa de uma imobiliária. ‘Fui contratada para ser corretora, mas, quis primeiro entender a parte bu- rocrática de uma imobiliária, todo o processo. Escolhi per- correr o caminho mais longo para entender bem, e fazer a diferença na profissão” Além de poder controlar sua carrei- ra e o seu ganho, o que para ela só depende do profissio- nal, Jusciene, descobriu outra vantagem no ramo imobiliário: “Quanto mais velha é a pes- soa, menor é a possibilidade de crescer em uma empresa comum, de ganhar uma pro- moção. Já no mercado imobi- liário acontece o inverso,por- que com o passar do tempo mais firmeza e confiança ela passa para o cliente.” enfatiza a ex-bancária e corretora de imóveis há um ano e meio, aproximadamente “Apesar de ver mais jo- “Quanto mais velha é a pessoa, menor é a possibilidade de crescer em uma empresa comum, de ganhar uma promoção. Já no mercado imobiliário acontece o inverso, porque com o passar do tempo mais firmeza e confiança ela passa para o cliente”. JUSCIENE SCHABBACH
  • 18. 18 É fácil se tornar corretor de imóveis e ganhar gordas comissões? Nem tanto. “O profissional vindo de outra área precisa buscar conhecimento para se manter no mercado”, ressalta o empresário Domingos Euclides Marcante. Na imobiliária que dirige, cursos, palestras e reuniões técnicas são oferecidos semanalmente com este objetivo.Além disso, várias universidades oferecem a graduação tecnológica em gestão imobiliária, com dois anos de duração. “Antes para ser corretor você precisava ter um celular e um carro. Hoje isso mudou, é essencial ser formado, ter carisma e ser comunicativo”, afirma Leandro Daher, diretor de imobiliária. Ele aponta as vantagens de cada faixa etária.“Pesso- as mais velhas têm a vantagem de já chegarem com experiência no mercado em geral, e por isso possuem mais credibilidade. Já os jovens captam mais rápido as informações.Ambos possuem pontos positivos, por isso o que faz a diferença é o perfil comercial, essa é a nossa prioridade para contratar” ressalta Leandro. A corretora de imóveis Nancy GonçalvesVieira,34, está na profissão há cerca de um ano e também já aprendeu outra lição: quem entra no mercado com o foco apenas no ganho financeiro não vai muito longe. “Ser um bom corretor não é apenas ser um bom vendedor, saber contar uma boa história.Você tem que ser ético, vender sem enganar. Não precisa ser metódico! Pode ser amigo e parceiro do cliente se entender que neste negócio todo mundo tem que sair ganhando” afirma. Saiba quais são os atributos que o setor imobiliário procura no corretor de imóveis: vens entrando no mercado, acredito que para as imobiliá- rias é mais interessante ter pessoas maduras, porque elas representam segurança para o cliente” opina Fernando Cabral Icassati, 54 anos, outro que de- sembarcou no mercado imo- biliário há cerca de um ano. Após trabalhar como vende- dor na Sadia e como auxiliar de departamento em uma imo- biliária, decidiu unir estes co- nhecimentos e aceitar o desa- fio de ser corretor imobiliário. “Acho importante conhecer da área administrativa e de vendas. Isso facilita na hora de ajudar o cliente a encontrar o imóvel mais adequado para ele” afirma,com planos de ter- minar o curso de Administra- ção e fazer ao mesmo tempo um curso superior em Gestão Imobiliária para se especializar na área.“Quero buscar ainda mais conhecimento, porque estudo não tem idade, pode sempre se ampliar e aperfei- çoar” conclui. O caminho das pedras “Ser um bom corretor não é apenas ser um bom vendedor, saber contar uma boa história. Você tem que ser ético, vender sem enganar. Pode ser amigo e parceiro do cliente se entender que neste negócio todo mundo tem que sair ganhando”. NANCY GONÇALVES VIEIRA Sabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliárioSabrina Lucindo deixou a advocacia para se dedicar ao mercado imobiliário
  • 19. 19 Conexão Lidar diariamente com as tecnologias e com os novos meios de comunicação é essencial, pois o atual corretor de imóveis usa os smartphones, os palms tops, msn, googletalk, e outros links da internet como ferramentas para agilizar seu trabalho. Atitude Para vender não basta ficar parado no stand de vendas à espera do cliente. É preciso ir atrás dele, ser ousado, saber captá-lo e atrair sua atenção. Atualização O cliente quer que você demonstre porque a sua proposta é o melhor negócio. Por isso, é indispensável estar por dentro das mudanças do mercado financeiro, da economia imobiliá- ria, das modalidades de financiamentos habitacionais e de todas as informações necessárias para uma boa argumentação. Comunicação Transmitir a transação imobiliária com clareza ao cliente faz toda a diferença. Uma pessoa comunicativa não é aquela que fala pelos cotovelos, e “acaba dando bom dia aos cavalos”. Pessoas comedidas também sabem se comunicar, porque o essencial não é ser extrovertido, e sim, se posicionar e ter postura na hora de conversar com o cliente. Dinamicidade A geração do vap-vupt, exige que o profissional trabalhe com rapidez e prontidão para facilitar a vida do cliente. O corretor de imóveis dinâmico consegue transformar em realidade os desejos do comprador. Empreendorismo O crescimento do setor imobiliário abriu as portas para muitas pessoas entrarem na profissão. Porém, para fazer a diferença no mercado é preciso investir na carreira.Além de ser graduado em Negócios Imobilários ou ter o títuloTécnico emTransações Imobiliárias,o profissional deve buscar por especializações. Ética Uma transação imobiliária bem feita, que satisfaz a todos, é mais importante que o valor da comissão para um genuíno profissional. Preocupar-se em adequar o imóvel certo ao orça- mento do cliente é uma primícia do corretor de imóveis ético e comprometido com o cliente, do profissional que vende sem enganar. Segurança Estar preparado para imprevistos e saber lidar com a inconstância e a concorrência do ramo é essencial para o profissional. O corretor de imóveis seguro tem estrutura emocional e sabe lidar com as pressões. Simpatia Um sorriso contagiante e uma aparência elegante são a porta de entrada para um bom negó- cio. Cultivar o bom humor e cuidar do visual são indispensáveis para conquistar o cliente. Vocação Ser um bom vendedor, identificar-se com o segmento imobiliário e com a área de construção civil são características de quem tem vocação para a profissão. Quando a vocação está presente, a satisfação em atender bem ao cliente está acima do ganho. Fontes: Borges Landeiro, CIA - Lançamentos Imobiliários, Conectiva Imóveis,Tropical Imóveis, URBS – Empreendimentos Imobiliários.
  • 20. 20
  • 21. 21 8ª CCA Após intermediar com su- cesso a venda de um aparta- mento no Setor Nova Suíça, em Goiânia, a cliente não pa- gou sua comissão.A única al- ternativa que restou ao cor- retor de imóveis Giovani Lobo foi buscar seus direitos na Jus- tiça. Segundo o reclamante, ela não quis pagar a comis- são porque se sentiu prejudi- cada com a demora do refinanciamento“.Ela não en- tendeu que a culpa não era nossa pela demora, e sim do agente bancário, o que pode- ríamos fazer para facilitar fi- zemos, porém, o restante só dependia do banco”, explica. Como ele já conhecia a 8ª Corte de Conciliação eArbi- tragem, a instância judicial fa- zia parte de seus contratos, há tempos. Foi lá onde o caso foi apreciado. O corretor de imó- veis reclamou o valor da co- missão no valor de R$ 5 595 no mês de setembro. Em um mês, o caso já estava resolvi- do. Ele conseguiu fazer acor- do com a cliente, recuperan- do sua comissão paga em cin- co parcelas no valor de R$ 1000.“O jeito mais fácil e ágil de se resolver um caso é por meio de um acordo na Corte. Se fosse procurar a justiça comum seria muito mais de- morado, nem sei quando iria recuperar esta comissão”, diz. A 8ª CCA oferece várias vantagens ao cidadão e ao corretor de imóveis. Os prin- cipais são atendimento rápi- do, de baixo custo e sem com- plicação. Para protocolar uma reclamação custa R$ 85, in- dependente do valor da cau- sa. Não é necessário consti- tuir um advogado. Para cor- retores de imóveis, o valor é ainda menor, R$ 65. O tem- po médio para a primeira au- diência, é de somente 15 dias, contados a partir da data de entrada da reclamação.“Eco- nomizamos custo por causa dos descontos no processo e tempo por causa da agilida- de”, traduz o profissional. Em razão de tantas vanta- gens, Giovani tornou-se um adepto da 8ª CCA, que é es- pecializada no mercado imo- biliário.“Ela é uma ferramen- ta de apoio ao meu trabalho. Eu entrei com as minhas cau- sas lá e tive sucesso, as pes- soas que conheço entram e também obtém. Precisamos ter o hábito de usá-la com mais freqüência”, salienta . Para fazer uso de suas van- tagens, o corretor deve inse- rir a cláusula compromissória da 8ª CCA em seus contra- tos. O conciliador-árbitro da instância, Fernando de Pádua Silva Leão Júnior, explica por que é ela tão importante“Des- ta forma, ficará pactuado que esta será a instância definiti- va para dirimir qualquer con- trovérsia relativa ao contra- to. Se o reclamado é citado e não comparece, o processo segue à revelia”, disse. Dife- rentemente acontece quando a cláusula compromissória não faz parte do contrato ou quando este não existe. Nes- te caso, o reclamado é ape- nas convidado a fazer um acordo, não sendo obrigado a comparecer na audiência A 8ª CCA tem oito anos de atuação. É referendada pela Lei Federal 9307/1996 e foi criada para dirimir toda e qualquer demanda da socie- dade relacionada a problemas contratuais e patrimoniais e, assim, desafogar o judiciário. Na audiência, tenta-se primei- ramente o acordo entre as partes.Se não houver o acor- do, o processo segue para ins- trução arbitral.A decisão,seja ela conciliada ou arbitrada, é um título executivo judicial, ao qual não cabe recurso. So- mente no ano de 2007, foram 1735 audiências realizadas, 1108 reclamações protocoladas, 820 acordos realizados em audiência, 228 acordos realizados em extra- autos, além de 83 julgamen- tos arbitrais. A instância funciona de se- gunda à sexta-feira, das 8h às 18 horas, na Avenida Anhanguera, 5674, Edifício Palácio do Comércio, 7º an- dar,Centro,Goiânia-GO.Para obter mais informações, ligue: (62) 3224 0984. Comissões recuperadas Instância é alternativa para corretores de imóveis e imobiliárias, que muitas vezes enfrentam problemas para receber seus honorários junto a clientes ou parceiros. Giovani Lobo foi um dos profissionais que usufruíram de seus benefícios no último ano. Giovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCAGiovani Lobo recuperou R$ 5 mil de honorários após recorrer à 8ª CCA
  • 22. 22 Ajuste de conduta com MP disciplina anúncio de incorporação Breve, mais um lançamento aqui. Já estava se tornando co- mum ver placas com estes dizeres em Goiânia. Constru- toras e imobiliárias investiam em anúncios à frente do ter- reno para divulgar o empre- endimento que estava a ca- minho. Mas isto era possível às construtoras e proibido às imobiliárias. O impasse resol- vido dia 21 de dezembro, quando o promotor Maurício José Nardini, titular da 8ª Pro- motoria de Justiça – Urbanis- mo, e os presidentes do Creci- GO, Oscar Hugo Monteiro Guimarães, do Sindimóveis- GO,Antônio Rosa de Mesqui- ta, e do Secovi-GO, Marcelo Baiocchi, assinaram o Termo e Compromisso de Ajusta- mento de Conduta para dis- ciplinar o anúncio de empre- endimentos em fase de apro- vação junto à prefeitura. A assinatura ocorreu no audi- tório do Creci de Goiás, con- tando com a presença e ade- são de imobiliárias da capital. Com o termo, as imobiliá- rias foram autorizadas a fixar placas no local do futuro em- preendimento para comuni- car que ali haverá um lança- mento, sempre com a ressal- va de que ele encontra-se em fase de aprovação. Em contrapartida, se comprome- tem em não realizar assinatu- ra de contratos, vendas ou reservas de unidades garanti- das por dinheiro, cheque ou qualquer outro título de va- lor econômico e nem a reali- zar anúncio fora do local do empreendimento (exceto internet). Isto porque, a rigor, qual- quer anúncio antes do regis- tro de incorporação é proibi- do pela legislação. Mas, en- quanto as construtoras, que são regidas pela Lei de Incor- porações, a 4591/64, encon- traram uma brecha legal para fazer o anúncio (Leia mais em “Brecha na Lei”), o decreto que regulamenta a atividade dos corretores de imóveis e imobiliárias, 81.871/78, não lhes deixa saída. O resultado é que as incorporadoras estavam pres- sionando as imobiliárias.“Com a nacionalização do mercado, ou seja, a chegada de empre- sasdeoutrosEstadosemGoiás, estava sendo questionado por- que não colocava a placa”, dis- seValoni Procópio, diretor su- perintendente daTropical Imó- veis. “Abrimos uma concessão para as imobiliárias anuncia- rem. Mas, em contrapartida, elas reforçam o compromisso de não efetuarem a venda sem oregistrodeincorporação,sob pena de receberem multa de 10 mil UFIRs diárias”, disse o promotor de justiça Maurício Nardini. Ele acredita que a multa terá o papel de coibir a O Termo e Compromisso de Ajustamento de Conduta conseguiu contemplar necessidades até então considera- das incompatíveis. Trouxe solução para as imobiliárias, que solicitavam autorização para divulgar o produto e, ainda, tem instrumento para coibir a venda camuflada de empreendimentos sem registro de incorporação. Por Raquel Pinho Normatização
  • 23. 23 venda ilícita. Venda O problema do anúncio antes do registro de incorpo- ração não é necessariamente a placa, mas o que está por trás dela. As imobiliárias ale- gam que, com elas, só querem cadastrar clientes interessados no empreendimento prestes a ser lançado. Mas a fiscalização do Creci já apurou que a ven- da para os clientes também é efetuada neste momento. “E isto é grave, pois sem o registro de incorporação, o imóvel ainda não existe. Nos- sa preocupação é com a se- gurança do consumidor”, ob- servou Oscar Hugo Monteiro Guimarães durante as reuni- ões com as imobiliárias. Por isso, a permissão das placas chegou acompanha- O objeto do presenteTERMO E COMPROMISSO DEAJUSTAMENTO DE CONDUTAé a promoção de colaboração entreossignatárioseaderentesdeformaacoibirpráticasilegaiseabusivas,bemcomodisciplinaroanúnciodeincorporações econdomíniosantesdoregistronarespectivaserventiaimobiliária. TERMOS E CONDIÇÕES As partes signatárias e aderentes, a fim de atender ao objeto do presente TERMO E COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA, resolvem firmar as obrigações estabelecidas nas cláusulas seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA Preliminarmente, os COMPROMISSÁRIOS e ADERENTES reconhecem a atribuição constitucional do Ministério Públiconoseudeverdepromoveradefesadosinteressesdifusosdeformaagarantirumavidadignaàspresentesefuturas gerações,especialmentenoqueserefereàordemurbanística,ficandocientesdequeodescumprimentodopresenteTermo podeseradimplidoforçosamenteatravésdeAçãodeExecução,vistoqueodocumentoemtelaserevestedeformacomo título executivo extrajudicial, de acordo com o artigo 5º, § 6º da Lei 7.347/85. CLÁUSULA SEGUNDA A imobiliária e/ou corretor de imóveis que aderir formalmente às obrigações contidas no presente TERMO E COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA fica compromissado, até a aprovação da incorporação do empreendimentonaserventiaderegistroimobiliário,aobservarasseguintesregrasparaoanúnciopúblicoinstitucionalde empreendimentoimobiliáriotipoincorporaçãoeconstrução: I–oanúnciodeempreendimentoimobiliáriosomentepoderáserrealizadoapósoaderenteinformaraoCRECI/GOo númerodoprotocoloeascaracterísticasdoprojetodeincorporaçãoprotocoladonoórgãocompetentedaPrefeituraMunicipal deGoiânia; II–oanúnciosomentepoderáserrealizadonolocaldoempreendimentoouatravésdainternet,vedadooanúncioem qualqueroutromeiopublicitário,incluindojornais,folhetos,encartes,outdoorseplacasemoutraslocalidades; III – no anúncio deverá constar a ressalva de que o empreendimento está em fase de aprovação com destaque na mesmaproporçãodonomedoempreendimento; IV–noanúnciopoderáconstarostelefonesdaincorporadora/construtora,docorretordeimóveisoudaimobiliária,mas não poderá constar as expressões “vendas” ou “faça a reserva” e outros assemelhados; V – no anúncio não poderá constar a tipologia da fração ideal, da área comum e nem as condições do negócio, a exemplo:quantidadedequartos,metragem,equipamentosdelazer,segurança,formadepagamento,dentreoutros; VI–nolocalnãopoderáfuncionarstanddevendasenempoderáserfirmadocontratopreliminardevendaoureserva garantidapordinheiro,cheque,títuloouqualqueroutrovaloreconômico. Parágrafo Único: a adesão da imobiliária e do corretor de imóveis aos termos do presente ajuste dar-se-á mediante assinatura de Termo deAdesão junto ao CRECI/GO. ... CLÁUSULA QUARTA Ainobservânciadequalquerobrigaçãoaquiestabelecidaporpartedossignatárioseaderentesimplicaránaimposição demultasdiárias,atéaregularizaçãodainfração,novalorde10.000(dezmil)UFIR,aserdepositadonoFundoMunicipal de Desenvolvimento Urbano, sem prejuízo das responsabilidades administrativa, cível e criminal. Principais trechos do Termo PPPPPedro Bobroff:edro Bobroff:edro Bobroff:edro Bobroff:edro Bobroff: sem a autorização,sem a autorização,sem a autorização,sem a autorização,sem a autorização, as imobiliáriasas imobiliáriasas imobiliáriasas imobiliáriasas imobiliárias ficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentosficariam na contramão da rota dos investimentos
  • 24. 24 A Lei 4591/64 classifica como crime contra a economia popular fazer comunicação falsa ao público. Trocando em miúdos, quando o incorporador afirma que “breve, mais um lançamento aqui”, ele está fazendo afirmação falsa porqueoempreendimentosóexistiráquandoforaprovadopelaprefeituraetiver registronoCartóriodeRegistrodeImóveiscompetente.Asconstrutoras,regidas porestalei,encontraramasoluçãoparafazeroanúnciosemoregistro.Passaram afazerressalvanoanúnciodequeoempreendimentoencontrava-seemfasede aprovação. “A afirmação deixava de ser falsa”, explica o assessor jurídico do Creci de Goiás, Eduardo Felipe Silva. Entretanto, se para as construtoras o problema estava resolvido, para as imobiliárias, não. É que o Decreto que regulamenta a atividade dos corretores de imóveis e imobiliárias, o 81.871/78, não deixa saída para as imobiliárias. Define como infração o anúncio sem o registro.Valeressaltar:semoTermodeAjustamentodeCondutacomoMinistério Público,asimobiliáriascontinuamsujeitasaprocessodisciplinarnoConselhoe podem ser penalizados com advertência, multa, suspensão ou cassação - caso anunciemempreendimentoemfasedeaprovação. Brecha na lei imobiliárias, que solicitavam uma solução para o impasse. O maior receio dos empre- sários era de serem descarta- dos pelo incorporador no pro- cesso de lançamento. “Se a construtora pode colocar a placa, ia chegar um ponto que ela mesma iria cadastrar os clientes e dispensar a imobi- liária”, salientou Valoni. “Vivemos da força capital. Se não trabalharmos pelo incorporador, perdemos a conta”, concordou Pedro da de rigorosa fiscalização, que ficou sob a responsabili- dade do Creci de Goiás. Para ter autorização para colocá- la no terreno no local do fu- turo empreendimento, a imo- biliária precisa assinar um ter- mo de adesão no Conselho, além de ficar obrigado a in- formar também o número de protocolo e as características do projeto de incorporação protocolado na prefeitura. Os fiscais vão acompanhar in loco se as vendas estão sen- do realizadas. Para o coordenador de fis- calização, Francisco Freitas, a mudança traz mais controle ao setor imobiliário. Ele lem- bra que a multa de 10 mil UFIRs, prevista para quem in- sistir em vender lançamento ainda não aprovado pela pre- feitura, é muito superior a da penalidade do Creci. Além disso, sua aplicação é muito mais rápida, pois não depen- de de processo. “Com isso, certamente a venda antes do registro de incorporação será inibida”, afirmou. Início A assinatura doTermo foi resultado de audiências reali- zadas pelo Creci com várias Bobroff, diretor da Cia Lan- çamentos Imobiliários. Para ele, era hora de atualizar as normas ao momento atual, em que a velocidade de ven- da dá o tom do mercado. “Caso contrário, ficamos na contramão da rota dos inves- timentos”, garantiu Para o diretor da Pontocom Imóveis, Brasil Cintra, a regulamentação do anúncio beneficia as imobili- árias que se pautam pela le- galidade. “Muito radicalismo só prejudica, até porque a imobiliária antiética não ob- serva a legislação”, lembrou. SERVIÇO: Para usufruir doTermo de Ajus- tamento de Conduta, as imobili- árias devem assinar termo de adesão na sede do Creci (3224 2299).Veja a íntegra do Ajuste de Conduta no site www.crecigo.org.br ou pegue a versão impressa na sede do con- selho. Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini,Promotor Maurício Nardini, Oscar Hugo,Oscar Hugo,Oscar Hugo,Oscar Hugo,Oscar Hugo, Antônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do TAntônio Mesquita e Marcelo Baiocchi durante a assintura do Termo:ermo:ermo:ermo:ermo: concessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalizaçãoconcessão acompanhada de fiscalização Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva,Eduardo Felipe Silva, assessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creciassessor jurídico do Creci
  • 25. 25 Ética profissional Relações permeadas pela ética é uma demanda que está ganhando fôlego nos últimos anos. Cansadas de engodos, trapaças e mentiras, as pesso- as estão buscando, em pro- gressão geométrica, relaciona- mentos pautados pelo respei- to, bom senso e coerência, tan- to no âmbito particular quan- to profissional. Obviamente, a tendência também afeta a realidade imo- biliária. A sociedade já não deixa passar em branco os deslizes cometidos pelos cor- retores de imóveis e imobiliá- rias.Amostra disso é que, em 2007, o Creci recebeu 52 de- núncias de comportamento antiéticodecorretoresdeimó- veis e imobiliárias. As denún- cias são feitas também pelos própriosprofissionaiseporins- tituições, como o Ministério Público. O julgamento fica a cargo do Tribunal Ético-Disciplinar do Creci de Goiás, que se empenha para dar uma res- posta à altura ao anseio do cidadão.“Nós nos desvencilha- mos do corporativismo há anos”, garante o coordenador da 2ªTurma Julgadora do Con- selho, Eduardo Seixo de Brito. Ele cita o rigor da penali- dade para uma das faltas mais graves apontadas pelo Códi- go de Ética, a apropriação indébita de valores.“As deci- sões têm sido convergentes no sentido de cancelar a inscri- ção do profissional ou empre- sa que se presta a esta condu- ta. Pode estar acabando o mundo, mas o dinheiro do cli- ente é sagrado”, diz. Além destas situações, en- tram em pauta também a falta de clareza na apresentação de contas e desentendimentos en- tre corretores de imóveis por causa de parcerias e divisão de honorários.São casos hor- ripilantes para a maioria e pra- ticados por uma minoria - diga- se de passagem. Mas é funda- mental que venham à tona para fomentar a cultura da ética.“Só assim, o Creci toma conheci- mento e pune a falha”, salienta o coordenador da 1ª Turma Julgadora do Conselho, José Machado Rezende. Ele lembra que a partir do momento em que uma pessoa é ofendida, re- clama e tem uma resposta co- erente, ela fica satisfeita e di- vulga o resultado, atraindo ou- tras que também passam por situações semelhantes. A celeridade no julgamento das denúncias é outro fator que tem estimulado o cidadão a in- sistir em seus diretos, avaliam Brito e Rezende. Desde 2002, o Conselho Federal de Corre- tores de Imóveis (Cofeci) facul- tou aos Conselhos Regionais a divisão do Plenário em Turmas Julgadoras.Em Goiás,foram for- madas duas turmas, dobrando assimacapacidadedejulgamen- to,umavezqueosconselheiros Julgamento sem corporativismo se dividiram em grupos para apreciar mais casos. Para quem ainda não sabe, todo corretor de imóveis e imobiliária precisam seguir a um Código de Ética (disponí- vel em www.crecigo.org.br). Reclamações acerca da con- duta dos profissionais e em- presas que chega ao Creci, por escrito,transformam-seemum processo ético. Qualquer pes- soa pode fazer a denúncia, in- clusive os próprios profissio- nais. A legislação faculta ao Conselho o poder de aplicar penalidades, que vão de cen- sura, passam pela aplicação de multas e chegam ao possível cancelamento de inscrição, para os casos denunciados. Sociedade já não deixa passar em branco os deslizes cometidos pelo mercado imobiliário. O jugalmento fica a cargo do Tribunal Ético-Disci- plinar do Creci de Goiás, que se em- penha para dar uma resposta à altu- ra ao cidadão. Conselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do CreciConselheiro Márcio Belo faz o relato de processo julgado pela 1ª Turma Julgadora do Creci
  • 26. 26 social Maísa Rabelo confere o poder da maquiagem depois de servir como modelo para a aula de make up realizada na I Semana da Corretora de Imóveis (1). Tempo de reconhecimento:o ad- ministrador Ronaldo Odorico Veiga recebeu homenagem das mãos do conselheiro José Ma- chado Rezende, por seus inúme- ros préstimos durante onze anos de dedicação (2); já os correto- res de imóveis da Bahia atribuí- ram ao presidente do Creci, Os- car Hugo Monteiro Guimarães, a responsabilidade pela revolu- ção cultural existente hoje no segmento imobiliário brasileiro.A homenagem foi entregue pelo vice-presidente do Creci da Bahia, NilsonArthur Prado (3). Caravana Momento de integrar-se, de conhecer e de tirar dúvi- das. De entender melhor o que faz o Creci, de desfazer paradigmas e de se engajar no seu projeto de desenvol- vimento e crescimento da ca- tegoria. É o que proporciona o Programa Creci nas Em- presas, uma iniciativa que já dura anos, porque ganhou a adesão dos corretores de imóveis e deu certo. Em fe- vereiro, a caravana do Creci visitou a turma da imobiliá- ria de Ricardo Fróes, a Open Door. Por amor Sobrinha do proprietário da Imobiliária Habitasul, Michelly Rodrigues está na cor- rida pela vida de seu irmão, Rhanyer Rodrigues, 24. O ra- paz está com leucemia e pre- cisa de um transplante. Nin- guém da família é compatível com ele. Em março, ela conclamou os corretores de imóveis para doação de medúla óssea, um procedi- mento simples e que pode salvar outras pessoas que pas- sam pelo mesmo problema. Saiba mais em www. doemedula.com. Luluzinhas No passado, a corretagem pertencia praticamente aos homens, mas atualmente as Luluzinhas representam mais de 25% dos profissionais em Goiás. Em homenagem a elas, o Creci promoveu a I Semana da Corretora de Imóveis, em março. Mas, para não deixar os Bolinhas de fora, eles fo- ram convidados para o encer- ramento, um happy hour com direito a show de poprock di- vertido com a Banda Capitão Taberna.Na foto à esquerda,o vocalista Gustavo Madeira com a corretora Oleida Rodrigues. 1 2 3
  • 27. 27 Logo nos primeiros dias do ano, o Creci apareceu nos informativos do mercado imo- biliário e nos principais jor- nais de Goiânia para divulgar a assinatura doTermo e Com- promisso de Ajustamento de Conduta para disciplinar o anúncio de empreendimentos em fase de aprovação junto à prefeitura. Assunto foi pauta da TVAnhanguera. No carnaval, os veícu- los de comunicação de Caldas Novas abriram espa- ço para o Creci apresentar ao turista e sociedade local as dicas para realizar uma com- pra ou locação seguras. Du- rante todo o feriado, os fiscias realizaram uma campanha de orientação e fizeram uma ver- dadeira caça aos bruxos contraventores, que resultou inclusive em prisão em fla- grante de um falso profissio- nal. A RBC e o Jornal Da- qui também repercutiram o fato, em Goiânia.  Primeiro evento realizado pelo Progra- ma de Educação Ambiental, em 2008, a Palestra sobre o Novo Código de Edificações virou notícia na TV Anhanguera, dia 27 de fevereiro.  Os projetos de qualificação realizados pelo presidente do Creci de Goiás em todo País tem repercutido na imprensa de todo o País. Em 31 de janeiro, o jornal Gazeta deAlagoas divulgou a chegada de Oscar Hugo Monteiro Guimarães a Maceió com objetivo de levar ao estado os cursos superio- res para a formação dos cor- retores de imóveis. crecinamídia Em um caderno especial ela- borado pelo Diário da Ma- nhã com as perspectivas eco- nômicas para 2008, Oscar Hugo entrevistado falou sobre o crescimento do setor. Em outra entrevista,dia 13 de mar- ço,comentouonde comenta sobre o valor dos terrenos da Rua 115, que o Judiciário decidiu pertencer ao Esta- do.  Em matéria no Classimóveis do Diário da Ma- nhã, dia 25 de março, o con- selheiro do Creci,Walter São Felipe, foi capa do suplemento semanal e representou bem a categoria,mostrando a impor- tância do corretor de imóveis em uma transação imobiliária. No primeiro tri- mestre de 2008, o es- forço do Conselho Re- gional de Corretores de Imóveis de Goiás pela regularização, qua- lificação e organização do mercado imobiliário ganhou o reconheci- mento dos veículos de comunicação no Estado, que repercutiram suas principais ações. No pri- meiro trimestre, foram 29 participações na im- prensa. Confira, ao lado, as principais manchetes. 2 matérias publi- cadas em sites de notícias;  3 exibidas pela televisão; 4 entrevistas con- cedidas à rádios  20 matérias publicadas em veícu- los impressos.
  • 28. 28 Qualificação Lei faculta mais uma tarefa para corretores de imóveis Uma mudança no Códi- go de Processo Civil garantiu um novo nicho de mercado aos corretores de imóveis. Nos processos de execução que envolvam pa- gamento em valores mone- tários e que o imóvel do devedor seja penhorado para quitar a dívida, é pos- sível que um corretor de imóveis seja nomeado para realizar a venda an- tes de o bem ir para hasta pública (leilão). Antes, no processo de execução, o leilão aconte- cia após a penhora do bem. Se não houvesse arrema- te, o credor poderia, só então, adjudicá-lo. Agora, a lei alterou essa ordem. Pe- nhorado o imóvel, o cre- dor optar por ficar com ele ou fazer a venda por iniciativa própria ou por meio de um corretor de imóveis. O leilão só acon- tece se for esgotada estas possibilidades. A venda direta é uma conquista para os corre- tores de imóveis.A Lei está lhe confiando uma atuação. Isso é sinal de que a confiabilidade da categoria aumentou”, considera o juiz corregedor Wilson Safatle Faiad. Entretanto, ele frisa, que a venda dire- ta é uma faculdade das par- tes. “A contratação do profissional não é obrigató- ria”, frisou. Provimento Se as partes concorda- rem com a venda direta, cabe ao juiz fazer a nome- ação do profissional, fixar o preço mínimo, o prazo para a venda e a forma de publi- cidade. Para definir os cri- térios desta nomeação, a Comissão de Legislação e Controle de Atos Norma- tivos da Corregedoria Ge- ral de Justiça do Estado ela- Nos processos de execução, o profissional pode ser nomeado para ven- der imóvel dado como pagamento da dívida antes do leilão. borou uma proposta, que encontra-se na mesa do Corregedor Geral de Justi- ça, desembargador Floria- no Gomes, e deve ser assi- nada a qualquer momento. “Caso seja aprovada, será transformada em Pro- vimento, válido para todo Estado”, disse Faiad, que preside a Comissão. Pela proposta, poderão ser no- meados apenas corretores de imóveis com mais de cin- co anos de exercício pro- fissional e, ainda, que não tenham sofrido sanção ou punição em sanção de pro- cesso ético ou criminal nos últimos três anos. “É preci- so selecionar profissionais éticos, até para não macular a imagem da categoria”, observou. Para ele, a venda direta traz benefícios também para as partes do processo, uma vez que há possibilidade de eliminar uma etapa morosa do processo - o leilão.“Uma das grandes preocupações da Justiça é agilizar procedi- mentos, por isso estamos empenhados nesta regula- mentação”, disse. Outra van- tagem, observa o juiz corregedor, são as chances maiores de se vender o bem pelo valor de mercado, já que, por meio do leilão, o imóvel acaba sendo vendido pela metade de seu valor. O corretor de imóveis Horley Maciel Melo já sentiu os benefícios da mudança. Neste ano, foi intimado pela 9ªVara Cível para apresentar proposta de honorários para fazer a venda de um imóvel penhorado em processo de execução.“Foi uma surpresa, não sabia desta nova incumbência”,disse. Satisfeito, ele considera que “a credibilidade depositada em nós, como categoria, é a maior conquista”. REFLEXO
  • 30. 30 pararefletir REVERÊNCIA AO DESTINO Falar é completamente fá- cil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que real- mente queremos dizer,o quan- to queremos dizer, antes que a pessoa se vá. Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas cir- cunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a ver- dade quando for preciso. E com confiança no que diz. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar so- bre esta situação. Difícil é vivenciar esta situa- ção e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer. Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expres- sar o seu amor a alguém que CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE realmente te conhece, te res- peita e te entende. Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã... Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impul- sivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa. Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achá- vamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil. Fácil é dizer“oi” ou“como vai?”Difícil é dizer “adeus”, principalmente quando somos culpados pela partida de al- guém de nossas vidas... Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida.Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando to- camos a pessoa certa. Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só.Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua cons- ciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas esco- lhas erradas. Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las.Ter a noção exata de nossas próprias vi- das, ao invés de ter noção das vidas dos outros. Fácil é perguntar o que de- seja saber. Difícil é estar pre- parado para escutar esta res- posta ou querer entender a resposta. Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir,de ale- gria. Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho. Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensida- de, que se petrifica, e nenhu- ma força jamais o resgata.
  • 31. 31