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Pele e Ossos: Um olhar contemporâneo para o movimento1
Kiran - Giordani Gorki Queiroz2




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                                                   Ensaio escrito como um dos
                                                   produtos    finais  da Pesquisa
                                                   Teórico/Prática “Pele e Ossos”.
                                                   Projeto premiado com o Prêmio
                                                   Klauss Vianna de Dança 2008.




1   Ensaio produzido para a pesquisa prática Pele e Ossos, da Cia. Etc., através do Prêmio
    Funarte de Dança Klauss Vianna, realizada entre janeiro e junho de 2008.

2   Bacharel em Fisioterapia pela “Hogeschool van Amsterdam – European School of
    Physiotherapy”, pesquisador do movimento, professor de dança contemporânea, coreógrafo e
    integrante da Cia. Etc.
Ao iniciar este projeto, eu    conceito inicial do projeto,
não tinha muita certeza de como       mergulhamos nesta pesquisa
eu poderia ajudar no seu              com    muito    entusiasmo e
desenvolvimento e execução. Fui       dedicação.
convidado pelos participantes da
Cia. Etc. a oferecer orientação              Uma pesquisa é          um
como fisioterapeuta sobre os          processo de construção do
aspectos anatômicos, fisiológicos     conhecimento que tem como
e biomecânicos do movimento,          metas principais gerar novos
dentro          da        pesquisa    conhecimentos e/ou corroborar        2
teórico/prática Pele e Ossos, que     ou refutar algum conhecimento
eles haviam iniciado com o            já existente. É basicamente um
espetáculo Corpo-Massa: Pele e        processo de aprendizagem tanto
Ossos em 2007, pesquisa esta,         do indivíduo que a realiza
contemplada        pelo     Prêmio    quanto do ambiente na qual ele
Funarte      de    Dança    Klauss    está inserido. A pesquisa como
Vianna. Além disso, eu deveria        atividade regular também pode
dar       aulas      de      dança    ser definida como o conjunto de
contemporânea para o grupo,           atividades      orientadas       e
assim       como,      para      os   planejadas pela busca de um
participantes das duas oficinas       conhecimento. Ao contrário do
oferecidas durante o projeto,         grande desenvolvimento        nas
direcionadas a bailarinos e           áreas das Ciências Naturais,
atores da cidade do Recife. No        Humanas e Exatas, a pesquisa
decorrer do processo, entretanto,     em Arte, e mais especificamente
no intuito de poder melhor            em Dança, parece ter ficado um
desempenhar minhas funções,           pouco defasada, e por isto, vem
tive que me aprofundar nos            tentando nas últimas duas
temas pertinentes à pesquisa,         décadas recuperar o tempo
tais como: o bailarino em seus        perdido. Creio que isto se deva a
aspectos               anatômicos,    múltiplos fatores. Entre eles eu
fisiológicos,       cinesiológicos,   gostaria de citar a mudança de
biomecânicos e filosóficos; a         paradigma que vem ocorrendo
pedagogia em dança, o bailarino       na Dança, a qual somente
enquanto atleta e artista, seu        recentemente, nestes últimos
processo      de    formação      e   trinta     anos,     a      dança
aprimoramento técnico, técnicas       acompanhando       outras    artes
de     educação      somática     e   passa a ter um enfoque mais
metodologias de pesquisa em           conceitual.      Outro       fator
dança. À medida que eu me             importante é o surgimento no
aprofundava nestes assuntos,          âmbito     internacional,    neste
através da revisão bibliográfica,     mesmo período, dos cursos
muitas questões começaram a           universitários em Dança que
surgir, e com elas a necessidade      estimulariam a       reflexão, o
de tentar respondê-las. O grupo       questionamento e a pesquisa.
então      aceitou     os    meus     Outro ponto que em minha
questionamentos e juntamente          opinião também contribuiu para
com os que já faziam parte do         um certo atraso do interesse
pela pesquisa em dança é a           primários dos movimentos, com
extrema subjetividade que lhe é      foco na função dos exercícios e
característica, o que dificulta      não em sua forma. Gostaríamos
uma abordagem mais objetiva          também de investigar como
dentro dos parâmetros clássicos      estas técnicas influenciam o
da pesquisa e, não menos             tônus muscular, a percepção
importante, a dificuldade de         que o bailarino tem de si mesmo
estabelecer          metodologias    durante a execução de seus
coerentes, eficientes e eficazes.    movimentos e de como isto
                                     interfere   no    seu   processo     3
      No caso da Dança, é            criativo.
comum observar que os estudos
geralmente usam metodologias                O ponto de partida para a
de outras áreas para responder       abordagem                   deste
a     seus      questionamentos.     questionamento foi a seqüência
Pesquisas que buscam respostas       de exercícios apresentada à
ou elucidações sobre conceitos       companhia por um de seus
como     signo    e    significado   integrantes, José W Júnior. Esta
geralmente se apropriam de           “aula”    foi   elaborada     pela
metodologias      advindas      da   coreógrafa e bailarina francesa
semiótica,              enquanto     Marianne Isson com a qual este
questionamentos sobre o corpo        integrante da Cia. Etc. trabalhou
na dança usam metodologias           por três anos.
para pesquisa em Antropologia
ou Filosofia. No caso do corpo-            A minha função neste
atleta e do treinamento em           processo    foi   analisar   esta
dança,       geralmente        são   seqüência de exercícios, pelo
abordadas     metodologias      de   prisma     da    Anatomia,     da
pesquisas      produzidas      nos   Cinesiologia e da Biomecânica,
campos da Educação Física e          tentar identificar a função de
Pedagogia.                           cada um deles dentro de uma
                                     ordem coerente e sistemática, e
       A    presente      pesquisa   adaptá-los de forma a achar
compromete-se        a      tentar   uma máxima eficácia para sua
encontrar      respostas      para   aplicação    aos    corpos    dos
algumas        perguntas       que   bailarinos da companhia. Para
inquietam os integrantes desta       que os participantes do projeto
companhia ou, pelo menos,            não assumissem um papel
trilhar   caminhos      que    nos   passivo neste processo, decidi
conduzam a elas. A pergunta-         introduzi-los no conhecimento
chave que desencadeou uma            da Anatomia, da Cinesiologia e
série de questionamentos se          da Biomecânica através de aulas
refere    à    aplicabilidade    e   teóricas, tentando, desta forma,
efetividade das técnicas de          incentivar a reflexão e o
dança         existentes        na   questionamento     sobre    estes
contemporaneidade que focam          assuntos numa tentativa de
nos ossos e nas articulações         elucidar sua importância para a
como iniciadores e executores        dança, para o dançarino, e
sobretudo, para o projeto em                 O mundo contemporâneo
andamento.                             tende à interdisciplinaridade, ao
                                       híbrido, à aglutinação e soma de
       Durante este processo,          conceitos    e    valores    para
chegamos a um ponto onde nos           formação de novos. Estamos na
perguntamos        se     o     que    época da reciclagem. Tendo isto
estávamos         fazendo        era   em vista, acredito que a melhor
realmente pesquisa, pois não           forma de estimular e desenvolver
conseguíamos enquadrar nossa           metodologias de pesquisa em
metodologia em nenhum dos              arte também seja aglutinar           4
exemplos supracitados. Através         conhecimentos e métodos já
do estudo de métodos de                estabelecidos, para reciclá-los e
pesquisa,             conseguimos      adaptá-los        às      nossas
identificar      que       algumas     necessidades atuais.
características do nosso trabalho
encaixavam-se       em     algumas            Na função de pedagogo em
metodologias já estabelecidas.         dança, há algumas questões que
Enquadramos o nosso método             me acompanham já há muitos
como pesquisa aplicada, pois           anos. Como posso ajudar o
tínhamos como objetivo gerar           bailarino a melhor desempenhar
conhecimentos para aplicação           sua função de intérprete-criador,
prática dirigidos à solução de         levando em consideração tanto o
problemas               específicos    aspecto     técnico    quanto    o
envolvendo        realidades       e   artístico de seu treinamento?
interesses locais. Quanto à            Quais as atividades e práticas
forma de abordagem, podemos            que devem ser oferecidas ao
qualificá-la    como      pesquisa     bailarino em seu processo de
qualitativa, devido ao fato de         formação      e    aprimoramento
considerarmos a existência de          profissional, e que possam
uma relação dinâmica entre             ajudá-lo a desempenhar da
mundo real (o nosso processo) e        melhor forma possível o seu
sujeito (integrantes da pesquisa),     ofício? Como contribuir mais
assim como a análise subjetiva         eficientemente       para     sua
desta relação e dos dados              formação,        levando       em
coletados. Para nós, o processo        consideração que, na condição
foi o foco principal. Quanto aos       de um “corpo-atleta” ele precisa
objetivos, enquadramo-nos na           desenvolver habilidades físicas
pesquisa      exploratória,     pois   específicas para a dança e ao
tentávamos nos aprofundar em           mesmo tempo proteger-se de
um conhecimento que ainda não          lesões e, na condição de um
dominávamos.         Quanto       ao   “corpo-artista”, precisa exercitar
procedimento                técnico,   e desenvolver sua criatividade,
classificamos nosso processo           sua     sensibilidade,    e   sua
como        pesquisa-ação,       por   capacidade de reflexão sobre a
tentarmos achar a resolução de         arte que pratica?
um problema coletivo.
                                            Comecei a dar aulas de
                                       dança       moderna       e
contemporânea e trabalho de                maneira    de    executar   o
corpo para atores em meados                movimento.
dos anos 80 e, nesta época, eu
achava que a maioria dos                     Os      estudantes        e
professores      tinha      pouco     profissionais, na maioria das
embasamento teórico no que diz        vezes, não eram estimulados a
respeito       a       Anatomia,      improvisar e desenvolver seu
Cinesiologia e Pedagogia. As          potencial criativo e artístico,
aulas, em sua grande maioria,         sendo usados apenas como
eram     apenas    repetição   de     repetidores que tinham como
                                      objetivo básico a perfeição na        5
exercícios    aprendidos      em
workshops e oficinas com outros       repetição. Outro ponto que acho
professores que também não            importante é a ausência de
eram tão bem informados sobre         estímulo ao ato da reflexão, seja
estes assuntos. O resultado           ela de cunho artístico, estético,
disto foi que muitos dos              ou filosófico de uma maneira
bailarinos da minha geração           mais ampla. Nos últimos 20
acabaram adquirindo lesões de         anos,     porém,    devido      ao
caráter crônico, por razão de         surgimento de diversos cursos
práticas não fundamentadas nas        de graduação em dança, este
leis biomecânicas que regem o         quadro vem se transformando e
corpo humano.                         tanto os criadores como os
                                      intérpretes vêm buscando novas
      Além do aspecto técnico do      formas de abordar os aspectos
ensino de dança, percebo que,         técnicos, pedagógicos e artísticos
no aspecto artístico e criativo,      da dança. Vejo como tendência
até pouco tempo, a grande             atual a pesquisa, a reflexão, o
maioria das aulas tinha um            questionamento e a reciclagem
formato bastante hierarquizado,       de conceitos e práticas em
ou seja, o professor apresenta os     dança, no intuito de melhor
exercícios    e   as    variações     entender e aprimorar esta arte
coreográficas, e os bailarinos        tão complexa e cheia de
apenas       as      reproduzem,      especificidades.
buscando apenas a imitação da
forma, pois, na maioria das                 Existem               muitas
vezes, os próprios professores        proposições acerca da melhor
não sabem a função dos                forma     de    desenvolver      as
exercícios. Era como se a dança       habilidades físicas e artísticas do
não acontecesse no corpo do           bailarino. A maioria delas,
bailarino, mas sim no espelho.        entretanto,        parte         da
Segundo Llopart Castro (2007:         compreensão básica de que
124):                                 aulas de dança – sejam de balé
                                      clássico,       moderno          ou
    No ensino da dança atual, ainda   contemporâneo - são suficientes.
    predomina    a    imitação   do   Não podemos esquecer que
    movimento perfeito, deixando-se   atletas de outras modalidades
    de lado a percepção de cada       no intuito de melhorar o seu
    indivíduo em relação à sua
                                      desempenho na sua atividade
específica,   apropriam-se     de
outras técnicas e praticam-nas           A educação somática é um campo
paralelamente de acordo com              teórico e prático que se interessa
                                         pela consciência do corpo e seu
suas necessidades individuais.           movimento. Muito embora o campo
Acredito que, no caso do                 exista há mais de um século na
bailarino    contemporâneo,     é        Europa e na América do Norte, a
importante que ele também volte          denominação “educação somática”
o seu olhar para outras práticas         foi criada em 1995 pelos membros
                                         do Regroupement pour l’Éducation
que     possam      ajudá-lo    a        Somatique (RES) em Montreal,
desenvolver e aprimorar seu              Canadá. Sob a denominação de         6
potencial técnico e artístico.           educação somática reagrupam-se
                                         diferentes métodos, dentre os
       Questionar e investigar           quais se destacam: Antiginástica,
                                         Pilates, Técnica de Alexander,
formas coerentes e efetivas de           Feldenkrais, Eutonia, Ginástica
treinar o bailarino, respeitando         Holística etc.
todas as suas necessidades, é de
vital    importância     para     o         Alguns estudos, Velloso
desenvolvimento                   e   (2006), Fortin& Long (2005),
amadurecimento de habilidades         Long    (2002),   Eddy    (2006),
necessárias à profissão, sejam        Woodruff (1999), advogam que a
elas físicas (capacidade aeróbica,    integração    de   técnicas   de
força, equilíbrio, coordenação        educação somática às técnicas
etc.), ou artísticas (criatividade,   de dança pode prover um
expressividade, reflexão etc.).       caminho no qual bailarinos
                                      possam,     através    de    um
      Percebo, ainda, que, de         aprimoramento da percepção
forma geral, os bailarinos sabem      sensorial de seus movimentos,
muito pouco sobre o seu               estar mais aptos para as
instrumento de trabalho: o            diversas demandas da prática da
corpo. Este conhecimento pode         dança     contemporânea.     Nas
ajudá-los a utilizar seus corpos      técnicas de Educação Somática
com mais consciência e eficácia,      o foco não é no corpo como
prevenindo lesões. À medida que       instrumento, um corpo na 3ª
os bailarinos se interessarem         pessoa, mas no corpo como sede
pela     Anatomia       e    pela     da subjetividade e link com a
Cinesiologia aplicadas à dança,       consciência do individuo. O
será mais fácil para eles             importante não é o movimento
entender os seus corpos, o            que o corpo realiza, mas sim,
movimento e as suas leis,             como este movimento acontece;
favorecendo a diminuição do           quais suas qualidades internas e
número de lesões que acometem         o que se sente durante este
estes artistas. Outro tipo de         movimentar-se.
trabalho    que    pode    ajudar
bastante os bailarinos a melhor              O que significa dançar com
se conhecerem, e a seus corpos,       os ossos? É apenas uma
são as, hoje, conhecidas como         imagem, mais poética que
técnicas de educação somática.        objetiva, sem fundamento ou
Segundo Bolsanello (2006: 100)        aplicação    prática?    Qual   a
sensação que este dançar me           importante que a forma que o
proporciona? Este dançar com os       corpo    assume     enquanto    o
ossos     reflete-se     no    meu    executa. Se tentarmos chegar a
movimento e no meu processo           uma forma perfeita baseada no
criativo? Isto interfere na criação   corpo de outra pessoa (uso do
da minha poética? Como?               espelho) ou em um corpo ideal
                                      para a dança, iremos dificultar o
       Estas           perguntas      processo de programação de
nortearam       podo   o    nosso     sinergias musculares naturais
processo de pesquisa. Através da      pelo córtex cerebral e cerebelo,     7
prática nas aulas ministradas ao      será difícil aprimorar a nossa
grupo e da reflexão sobre as          interocepção,     ou    seja,   a
sensações sentidas por nós e          percepção        interna      do
pelos participantes das oficinas      movimento,           que        é
abertas, relatadas em diário,         essencialmente     individual   e
conseguimos identificar que o         intransferível.
foco da atenção nos ossos e
articulações       aumenta       a          2. Menos é mais!
consciência do movimento e                  Na      perspectiva      da
ajuda o bailarino a se enraizar       percepção interna (somática), e
no seu corpo, aprofundando o          do contato mais profundo com o
contato       consigo     mesmo.      movimento, abordamos a lei do
Constatamos também, que os            menor esforço como um modo
movimentos se tornam mais             para    alcançar    um     melhor
fáceis de executar e mais fluidos.    desempenho cinestésico, que
O      cérebro     não   trabalha     seria alcançado através da
comandando              músculos      eliminação     das      chamadas
individuais,      ele    trabalho     “contrações parasitas”, ou seja,
movimentando           segmentos      trabalho                 muscular
corporais, os ossos, através de       desnecessário ou sem função
sinergias musculares. Quando          para       um         determinado
nos        concentramos        em     movimento.     Isto irá conferir
estabelecer relações entre estes      uma      maior     eficiência   a
segmentos os músculos ficam           movimentação do bailarino.
livres de tensões desnecessárias
e o corpo como um todo                      Descobrir              uma
consegue se mover com mais            dança/movimentação na qual o
facilidade e fluidez.                 corpo/intérprete possa ser o
                                      mais funcional possível, tanto
      Existem dois conceitos          com relação à técnica quanto
fundamentais que norteiam esta        com relação à expressividade,
pesquisa:                             poderá     talvez    ajudar     os
      1. Forma segue função!          bailarinos a atingir este nível de
      Na natureza, a forma            desempenho no qual o corpo é
sempre segue uma função. No           encarado como um meio e não
treinamento do bailarino, a           como um fim em si mesmo.
função de um determinado
exercício   deveria ser  mais
Aprender a reconhecer          como       denominação          para
padrões         de        tensão     qualquer tipo de processo em
desnecessários e tentar eliminá-     dança.     Na      montagem        de
los através do uso da respiração     espetáculos, no desenvolvimento
e do movimento focado nos            de linguagens próprias, na
ossos e nas articulações, podem      investigação de métodos de
levar o corpo a se mover de uma      ensino,         em           estudos
forma mais econômica e eficaz,       coreográficos,                     no
podendo assim desempenhar            questionamento        de      valores
melhor sua função enquanto           culturais, entre tantos outros.         8
“corpo dançante”, ou “corpo que      Vejo      aqui      três      pontos
se move”.                            importantes para considerar:
                                     primeiramente,         existe      no
       Durante     a     pesquisa,   bailarino     contemporâneo,        a
durante      a    nossa    revisão   necessidade           do          um
bibliográfica, tentamos achar        embasamento        tanto      teórico
uma literatura que também            quanto     prático     através     da
tivesse     como    proposta     a   pesquisa; em segundo lugar, a
abordagem de alguns destes           dificuldade encontrada em se
questionamentos. Através dos         desenvolverem          metodologias
trabalhos que encontramos, nós       específicas       para      abordar
percebemos que tais temas de         questionamentos surgidos no
pesquisa sobre o corpo, o            seio desta comunidade artística
movimento, sobre o bailarino na      (bailarinos,            coreógrafos,
sua função de artista e atleta,      professores, etc.) talvez seja um
assim como pedagogia em              empecilho para muitos e, em
dança,      ainda    não    foram    terceiro lugar, é preciso ter
amplamente       abordados     por   cuidado      com     a    tendência
pesquisadores de dança. A            contemporânea            de        se
maioria dos artigos encontrados      glamourizar e fashionizar a tudo,
em nossa revisão bibliográfica       e transformar mos o conceito de
abordava estes temas pelo viés       pesquisa em apenas mais uma
da Fisioterapia, da Pedagogia, da    palavra muito usada em sem
Educação Física, etc. Talvez         signififado real.
porque, na Dança como campo
da pesquisa, ainda não existam              Ao final deste processo
metodologias        amadurecidas     tenho muito mais perguntas do
através do processo empírico. A      que respostas. Sei que achamos
maioria dos pesquisadores ainda      um      caminho    para    tentar
está       tentando      delimitar   respondê-las: o questionamento,
questões/problemas pertinentes       a reflexão e a pesquisa. Temos a
à especificidade da Dança e          intenção de dar continuidade a
achar metodologias coerentes e       este processo através de outro
efetivas para abordá-las.            projeto no qual desejamos
                                     aplicar       os       resultados
      A palavra “pesquisa” tem       encontrados, ou seja, a aula, a
sido   muito    usada,   quase       um maior número de bailarinos.
banalizada, nos últimos anos         Queremos, com isto, verificar se
esta forma de abordagem do           Muitas      pesquisas      ainda
treinamento em dança pode            precisam ser feitas nesta área;
ajudá-los em seus processos          metodologias    precisam      ser
individuais, como intérpretes-       testadas e melhor definidas, com
criadores e como isto acontece.      questionamentos    e    objetivos
Aqui nos deparamos com a             mais claros e relevantes para a
dificuldade de se estabelecer        comunidade da dança.
índices e parâmetros para serem
utilizados em pesquisas futuras.
O que devemos utilizar para                                                   9
identificar os efeitos desta
técnica nos corpos e nas             Referências:
subjetividades dos bailarinos?
Quais os melhores métodos para       1. ABRÃO, Elisa. As relações entre
coleta de dados? Como validar             arte e tecnologia: a dança
as nossas escolhas e os nossos            híbrida do Cena 11. In: Revista
métodos?       Que      modelos           Pensar a Prática, vol. 10, no. 2,
metodológicos seguir?                     2007.
                                     2.   ASSUMPÇÃO, Andréa Christina
                                          Rufino. Balé clássico e a dança
      Acredito       que      para
                                          contemporânea na formação
estimular    o    interesse   pela        humana: caminhos para a
pesquisa em dança é necessário            emancipação. Paraná: Pensar a
fomentar projetos que tenham              Prática 6: 1-19, Jul./Jun. 2002-
como foco o processo reflexivo            2003.
sobre a ação criadora, seja ela      3.   BARKER, Sarah. (1991). A
cênica ou pedagógica. É através           técnica de Alexander:
deste exercício de indagação e            aprendendo a usar seu corpo
reflexão       que        podemos         para obter a energia total. São
desenvolver,      consolidar     e        Paulo: Summus Editorial, 1991.
aprimorar      epistemologias    e   4.   BOLSANELLO, Débora.
metodologias que melhor sirvam            Educação somática: o corpo
                                          enquanto experiência. Rio
aos questionamentos sobre a
                                          Claro, Motriz, v.11 n.2 p.99-106,
dança, favorecendo, assim, um
                                          mai./ago. 2005.
aprofundamento          e      um    5.   BRAGA, Marcos Moreira;
reconhecimento desta arte tão             BRAGA, Denise Botelho de
repleta de especificidades como           Oliveira. Manual para
uma      “área     específica   do        elaboração de artigos
conhecimento”.                            científicos. FAMATH, Niterói,
                                          RJ, 2007.
      Estamos no começo desta        6.   CASTRO, Daniela Liopart. O
jornada. Terminar esta pesquisa           aperfeiçoamento das técnicas
com tantas perguntas foi o                de movimento em dança. Porto
resultado mais proveitoso que             Alegre, Movimento; v.13, n. 01,
poderíamos ter. Agora temos a             p.121-130, janeiro/abril de
                                          2007.
certeza da relevância de projetos
                                     7.   CLIPPINGER, Karen Sue. Dance
como este e esperamos que mais
                                          Anatomy and Kinesiology.
indivíduos     e    grupos     se         Illinois; Human Kinetics, 2007.
interessem    por    este  tema.
8. Da SILVA, Maria Graziela            16. GODARD, Hubert. Gesto e
    Mazziotti Soares & SCHWARTZ,           percepção. In: SOTER, Silvia,
    Gisele Maria. Por um ensino            PEREIRA, Roberto (orgs.). Lições
    significativo da dança.                de dança. No. 3. Rio de Janeiro:
    Movimento - Ano VI - Nº 12 -           UniverCidade, 2002. pp. 11-35.
    2000/1.                            17. GREEN, Jill, Ph.D. Foucault and
9. DA SILVA, Maria Graziella               the Training of Docile Bodies
    Mazziotti Soares e SCHWARTZ,           in Dance Education. The
    Gisele Maria. A Expressividade         Journal of the Arts and Learning
    na Dança: Visão do                     Special Interest Group of the
    Profissional. Revista MOTRIZ -         American Education Research        10
    Volume 5, Número 2,                    Association. 2002-2003 Volume
    Dezembro/1999.                         19, Number 1.
10. DIBOIS, Kitsou. Analogy            18. KATZ, Helena (1994). Um. Dois,
    between Training for Dancers           Três. A Dança é o Pensamento
    and Problems of Adjustmnet to          do Corpo. FID Editorial, 2005.
    Microgravity: An Evaluation of     19. LAWRENCE, W.G. (2008). LEAD
    the Subjective Vertical in             ARTICLE: choreography and
    Dancers. Paris. Acta                   creativity.
    Astronautica Vol. 25, No. 8/9,         (http://choreograph.net/articles
    pp. 605-613, 1991.                     /choreography-and-creativity)
11. DINIZ, Isabel Cristina Vieira      20. LONG, Warwick. Sensing
    Coimbra (2004). Programa de            Difference: Student and
    Dança Experimental. Anais do           Teacher Perceptions on the
    2º Congresso Brasileiro de             Integration of the Feldenkrais
    Extensão Universitária. Belo           Method of Somatic Education
    Horizonte – 12 a 15 de setembro        and Contemporary Dance
    de 2004.                               Technique. New Zealand, Tese
12. DYCHTWALD, Ken.                        para o mestrado em Educação
    CORPOMENTE: uma síntese                Física na Universidade de
    dos caminhos do oriente e do           Ontago, Dunedin, New Zealand.
    ocidente para a auto-                  2002.
    consciência, saúde e               21. MCKECHNIE, Shirley.
    crescimento pessoal. São               Movement as Metaphor: The
    Paulo: Summus Editorial, 1984.         Construction of Meaning in the
13. ECO, Humberto. Como se faz             Choreographic Art. Apresentado
    uma tese. São Paulo:                   na 7a Conferência Internacional
    Perspectiva, 21 ed. 2007.              sobre Música, Percepção e
14. EDDY, Martha (2006). The               Cognição, Sydney, Australia.
    Practical Application of Body-         July 2002.
    Mind Centering® (BMC) in           22. MIRANDA, Regina. CORPO-
    Dance Pedagogy. New York:              ESPAÇO: aspectos de uma
    Journal of Dance Education             geofilosofia do corpo em
    Volume 6, Number 3 2006.               movimento. Rio de Janeiro:
15. FORTIN, Sylvie & LONG,                 7Letras, 2008.
    Warwick. Percebendo                23. MOEHLECKE, Vilene e
    Diferenças no Ensino e na              FONSECA, Tânia M. Galli (2005).
    Aprendizagem de Técnicas de            Da Dança e do Devir: O corpo
    Dança. Movimento, Porto Alegre,        no Regime Sutil. Revista do
    v. 11, n. 2, p.9-29, maio/agosto       Departamento de Psicologia -
    de 2005.                               UFF, v. 17 - nº 1, p. 29-44,
                                           Jan./Jun. 2005
24. MONNI, Kirsi. LEAD ARTICLE:          31. TREBELS, Andreas H. Uma
    exploring the sense and                  concepção dialógica e uma
    meaning in dance.                        teoria do movimento humano.
    (http://choreograph.net/articles         Perspectiva. Florianópolis,v.21,
    /exploring-the-sense-and-                n.01, p. 249-267, jan./jun.2003.
    meaning-in-dance).                   32. TREW, Marion & EVERETT,
25. NEUMAN, Donald A.                        Tony ().Human Movement: an
    Kinesiology of the                       introductory text. Elsevier
    Musculoskeletal System:                  Health Sciences, 4th Ed. 2001.
    Foundation for Physical              33. VELLOSO, Marila. Body-Mind
    Rehabilitation. Mosby Inc, 1st           Centering e os Sistemas            11
    Ed. 2002.                                Corporais: uma possibilidade
26. SANTANA, Ivani. A Imagem do              de integração no ensino da
    Corpo Através das Metáforas              dança. R. cient./FAP, Curitiba,
    (ocultas) na Dança                       v.1, p., jan./dez. 2006.
    Contemporânea. Trabalho              34. VISHNIVETZ, Berta. EUTONIA –
    apresentado no Núcleo de                 Educação do corpo para o ser.
    Comunicação Audiovisual, XXVI            Summus Editorial (1995)
    Congresso Anual em Ciência da        35. WOSNIACK, Cristiane.
    Comunicação, Belo                        Macromudanças de um Corpo
    Horizonte/MG, 02 a 06 de
                                             Virtual. Famecos/PUCRS Porto
    setembro de 2003.
                                             Alegre no 16. 2006.
27. SARAIVA, Maria do Carmo. O
    Sentido da Dança: Arte,
    Símbolo, Experiência vivida e
    Representação. Movimento,
    Porto Alegre, v. 11, n. 3, p. 219-
    242, setembro/dezembro de
    2005.
28. SETENTA, Jussara Sobreira. Da
    Potência ao Ato. Da Idéia para
    a Ação: O corpo em Estado de
    Definição. COGNITIO ESTUDOS
    – Revista Eletrônica de Filosofia.
    São Paulo; Vol.2 N.2. P105-111.
    2005.
29. SHUMMWAY-COOK, Anne &
    WOOLLACOTT, Marjory H.
    Motor Control: Theory and
    Practical Applications.
    Baltimore. Williams & Wilkins.
    2nd Ed. 2001.
30. SIQUEIRA, Denise Costa
    Oliveira. Corpo: instrumento de
    comunicação construído
    culturalmente. In: __________
    Corpo, comunicação e cultura:
    a dança contemporânea em
    cena. Campinas: Autores
    Associados, 2006. cap. 2. pp. 39-
    70.

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Pele e Ossos: Um olhar contemporâneo para o movimento

  • 1. Pele e Ossos: Um olhar contemporâneo para o movimento1 Kiran - Giordani Gorki Queiroz2 1 Ensaio escrito como um dos produtos finais da Pesquisa Teórico/Prática “Pele e Ossos”. Projeto premiado com o Prêmio Klauss Vianna de Dança 2008. 1 Ensaio produzido para a pesquisa prática Pele e Ossos, da Cia. Etc., através do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, realizada entre janeiro e junho de 2008. 2 Bacharel em Fisioterapia pela “Hogeschool van Amsterdam – European School of Physiotherapy”, pesquisador do movimento, professor de dança contemporânea, coreógrafo e integrante da Cia. Etc.
  • 2. Ao iniciar este projeto, eu conceito inicial do projeto, não tinha muita certeza de como mergulhamos nesta pesquisa eu poderia ajudar no seu com muito entusiasmo e desenvolvimento e execução. Fui dedicação. convidado pelos participantes da Cia. Etc. a oferecer orientação Uma pesquisa é um como fisioterapeuta sobre os processo de construção do aspectos anatômicos, fisiológicos conhecimento que tem como e biomecânicos do movimento, metas principais gerar novos dentro da pesquisa conhecimentos e/ou corroborar 2 teórico/prática Pele e Ossos, que ou refutar algum conhecimento eles haviam iniciado com o já existente. É basicamente um espetáculo Corpo-Massa: Pele e processo de aprendizagem tanto Ossos em 2007, pesquisa esta, do indivíduo que a realiza contemplada pelo Prêmio quanto do ambiente na qual ele Funarte de Dança Klauss está inserido. A pesquisa como Vianna. Além disso, eu deveria atividade regular também pode dar aulas de dança ser definida como o conjunto de contemporânea para o grupo, atividades orientadas e assim como, para os planejadas pela busca de um participantes das duas oficinas conhecimento. Ao contrário do oferecidas durante o projeto, grande desenvolvimento nas direcionadas a bailarinos e áreas das Ciências Naturais, atores da cidade do Recife. No Humanas e Exatas, a pesquisa decorrer do processo, entretanto, em Arte, e mais especificamente no intuito de poder melhor em Dança, parece ter ficado um desempenhar minhas funções, pouco defasada, e por isto, vem tive que me aprofundar nos tentando nas últimas duas temas pertinentes à pesquisa, décadas recuperar o tempo tais como: o bailarino em seus perdido. Creio que isto se deva a aspectos anatômicos, múltiplos fatores. Entre eles eu fisiológicos, cinesiológicos, gostaria de citar a mudança de biomecânicos e filosóficos; a paradigma que vem ocorrendo pedagogia em dança, o bailarino na Dança, a qual somente enquanto atleta e artista, seu recentemente, nestes últimos processo de formação e trinta anos, a dança aprimoramento técnico, técnicas acompanhando outras artes de educação somática e passa a ter um enfoque mais metodologias de pesquisa em conceitual. Outro fator dança. À medida que eu me importante é o surgimento no aprofundava nestes assuntos, âmbito internacional, neste através da revisão bibliográfica, mesmo período, dos cursos muitas questões começaram a universitários em Dança que surgir, e com elas a necessidade estimulariam a reflexão, o de tentar respondê-las. O grupo questionamento e a pesquisa. então aceitou os meus Outro ponto que em minha questionamentos e juntamente opinião também contribuiu para com os que já faziam parte do um certo atraso do interesse
  • 3. pela pesquisa em dança é a primários dos movimentos, com extrema subjetividade que lhe é foco na função dos exercícios e característica, o que dificulta não em sua forma. Gostaríamos uma abordagem mais objetiva também de investigar como dentro dos parâmetros clássicos estas técnicas influenciam o da pesquisa e, não menos tônus muscular, a percepção importante, a dificuldade de que o bailarino tem de si mesmo estabelecer metodologias durante a execução de seus coerentes, eficientes e eficazes. movimentos e de como isto interfere no seu processo 3 No caso da Dança, é criativo. comum observar que os estudos geralmente usam metodologias O ponto de partida para a de outras áreas para responder abordagem deste a seus questionamentos. questionamento foi a seqüência Pesquisas que buscam respostas de exercícios apresentada à ou elucidações sobre conceitos companhia por um de seus como signo e significado integrantes, José W Júnior. Esta geralmente se apropriam de “aula” foi elaborada pela metodologias advindas da coreógrafa e bailarina francesa semiótica, enquanto Marianne Isson com a qual este questionamentos sobre o corpo integrante da Cia. Etc. trabalhou na dança usam metodologias por três anos. para pesquisa em Antropologia ou Filosofia. No caso do corpo- A minha função neste atleta e do treinamento em processo foi analisar esta dança, geralmente são seqüência de exercícios, pelo abordadas metodologias de prisma da Anatomia, da pesquisas produzidas nos Cinesiologia e da Biomecânica, campos da Educação Física e tentar identificar a função de Pedagogia. cada um deles dentro de uma ordem coerente e sistemática, e A presente pesquisa adaptá-los de forma a achar compromete-se a tentar uma máxima eficácia para sua encontrar respostas para aplicação aos corpos dos algumas perguntas que bailarinos da companhia. Para inquietam os integrantes desta que os participantes do projeto companhia ou, pelo menos, não assumissem um papel trilhar caminhos que nos passivo neste processo, decidi conduzam a elas. A pergunta- introduzi-los no conhecimento chave que desencadeou uma da Anatomia, da Cinesiologia e série de questionamentos se da Biomecânica através de aulas refere à aplicabilidade e teóricas, tentando, desta forma, efetividade das técnicas de incentivar a reflexão e o dança existentes na questionamento sobre estes contemporaneidade que focam assuntos numa tentativa de nos ossos e nas articulações elucidar sua importância para a como iniciadores e executores dança, para o dançarino, e
  • 4. sobretudo, para o projeto em O mundo contemporâneo andamento. tende à interdisciplinaridade, ao híbrido, à aglutinação e soma de Durante este processo, conceitos e valores para chegamos a um ponto onde nos formação de novos. Estamos na perguntamos se o que época da reciclagem. Tendo isto estávamos fazendo era em vista, acredito que a melhor realmente pesquisa, pois não forma de estimular e desenvolver conseguíamos enquadrar nossa metodologias de pesquisa em metodologia em nenhum dos arte também seja aglutinar 4 exemplos supracitados. Através conhecimentos e métodos já do estudo de métodos de estabelecidos, para reciclá-los e pesquisa, conseguimos adaptá-los às nossas identificar que algumas necessidades atuais. características do nosso trabalho encaixavam-se em algumas Na função de pedagogo em metodologias já estabelecidas. dança, há algumas questões que Enquadramos o nosso método me acompanham já há muitos como pesquisa aplicada, pois anos. Como posso ajudar o tínhamos como objetivo gerar bailarino a melhor desempenhar conhecimentos para aplicação sua função de intérprete-criador, prática dirigidos à solução de levando em consideração tanto o problemas específicos aspecto técnico quanto o envolvendo realidades e artístico de seu treinamento? interesses locais. Quanto à Quais as atividades e práticas forma de abordagem, podemos que devem ser oferecidas ao qualificá-la como pesquisa bailarino em seu processo de qualitativa, devido ao fato de formação e aprimoramento considerarmos a existência de profissional, e que possam uma relação dinâmica entre ajudá-lo a desempenhar da mundo real (o nosso processo) e melhor forma possível o seu sujeito (integrantes da pesquisa), ofício? Como contribuir mais assim como a análise subjetiva eficientemente para sua desta relação e dos dados formação, levando em coletados. Para nós, o processo consideração que, na condição foi o foco principal. Quanto aos de um “corpo-atleta” ele precisa objetivos, enquadramo-nos na desenvolver habilidades físicas pesquisa exploratória, pois específicas para a dança e ao tentávamos nos aprofundar em mesmo tempo proteger-se de um conhecimento que ainda não lesões e, na condição de um dominávamos. Quanto ao “corpo-artista”, precisa exercitar procedimento técnico, e desenvolver sua criatividade, classificamos nosso processo sua sensibilidade, e sua como pesquisa-ação, por capacidade de reflexão sobre a tentarmos achar a resolução de arte que pratica? um problema coletivo. Comecei a dar aulas de dança moderna e
  • 5. contemporânea e trabalho de maneira de executar o corpo para atores em meados movimento. dos anos 80 e, nesta época, eu achava que a maioria dos Os estudantes e professores tinha pouco profissionais, na maioria das embasamento teórico no que diz vezes, não eram estimulados a respeito a Anatomia, improvisar e desenvolver seu Cinesiologia e Pedagogia. As potencial criativo e artístico, aulas, em sua grande maioria, sendo usados apenas como eram apenas repetição de repetidores que tinham como objetivo básico a perfeição na 5 exercícios aprendidos em workshops e oficinas com outros repetição. Outro ponto que acho professores que também não importante é a ausência de eram tão bem informados sobre estímulo ao ato da reflexão, seja estes assuntos. O resultado ela de cunho artístico, estético, disto foi que muitos dos ou filosófico de uma maneira bailarinos da minha geração mais ampla. Nos últimos 20 acabaram adquirindo lesões de anos, porém, devido ao caráter crônico, por razão de surgimento de diversos cursos práticas não fundamentadas nas de graduação em dança, este leis biomecânicas que regem o quadro vem se transformando e corpo humano. tanto os criadores como os intérpretes vêm buscando novas Além do aspecto técnico do formas de abordar os aspectos ensino de dança, percebo que, técnicos, pedagógicos e artísticos no aspecto artístico e criativo, da dança. Vejo como tendência até pouco tempo, a grande atual a pesquisa, a reflexão, o maioria das aulas tinha um questionamento e a reciclagem formato bastante hierarquizado, de conceitos e práticas em ou seja, o professor apresenta os dança, no intuito de melhor exercícios e as variações entender e aprimorar esta arte coreográficas, e os bailarinos tão complexa e cheia de apenas as reproduzem, especificidades. buscando apenas a imitação da forma, pois, na maioria das Existem muitas vezes, os próprios professores proposições acerca da melhor não sabem a função dos forma de desenvolver as exercícios. Era como se a dança habilidades físicas e artísticas do não acontecesse no corpo do bailarino. A maioria delas, bailarino, mas sim no espelho. entretanto, parte da Segundo Llopart Castro (2007: compreensão básica de que 124): aulas de dança – sejam de balé clássico, moderno ou No ensino da dança atual, ainda contemporâneo - são suficientes. predomina a imitação do Não podemos esquecer que movimento perfeito, deixando-se atletas de outras modalidades de lado a percepção de cada no intuito de melhorar o seu indivíduo em relação à sua desempenho na sua atividade
  • 6. específica, apropriam-se de outras técnicas e praticam-nas A educação somática é um campo paralelamente de acordo com teórico e prático que se interessa pela consciência do corpo e seu suas necessidades individuais. movimento. Muito embora o campo Acredito que, no caso do exista há mais de um século na bailarino contemporâneo, é Europa e na América do Norte, a importante que ele também volte denominação “educação somática” o seu olhar para outras práticas foi criada em 1995 pelos membros do Regroupement pour l’Éducation que possam ajudá-lo a Somatique (RES) em Montreal, desenvolver e aprimorar seu Canadá. Sob a denominação de 6 potencial técnico e artístico. educação somática reagrupam-se diferentes métodos, dentre os Questionar e investigar quais se destacam: Antiginástica, Pilates, Técnica de Alexander, formas coerentes e efetivas de Feldenkrais, Eutonia, Ginástica treinar o bailarino, respeitando Holística etc. todas as suas necessidades, é de vital importância para o Alguns estudos, Velloso desenvolvimento e (2006), Fortin& Long (2005), amadurecimento de habilidades Long (2002), Eddy (2006), necessárias à profissão, sejam Woodruff (1999), advogam que a elas físicas (capacidade aeróbica, integração de técnicas de força, equilíbrio, coordenação educação somática às técnicas etc.), ou artísticas (criatividade, de dança pode prover um expressividade, reflexão etc.). caminho no qual bailarinos possam, através de um Percebo, ainda, que, de aprimoramento da percepção forma geral, os bailarinos sabem sensorial de seus movimentos, muito pouco sobre o seu estar mais aptos para as instrumento de trabalho: o diversas demandas da prática da corpo. Este conhecimento pode dança contemporânea. Nas ajudá-los a utilizar seus corpos técnicas de Educação Somática com mais consciência e eficácia, o foco não é no corpo como prevenindo lesões. À medida que instrumento, um corpo na 3ª os bailarinos se interessarem pessoa, mas no corpo como sede pela Anatomia e pela da subjetividade e link com a Cinesiologia aplicadas à dança, consciência do individuo. O será mais fácil para eles importante não é o movimento entender os seus corpos, o que o corpo realiza, mas sim, movimento e as suas leis, como este movimento acontece; favorecendo a diminuição do quais suas qualidades internas e número de lesões que acometem o que se sente durante este estes artistas. Outro tipo de movimentar-se. trabalho que pode ajudar bastante os bailarinos a melhor O que significa dançar com se conhecerem, e a seus corpos, os ossos? É apenas uma são as, hoje, conhecidas como imagem, mais poética que técnicas de educação somática. objetiva, sem fundamento ou Segundo Bolsanello (2006: 100) aplicação prática? Qual a
  • 7. sensação que este dançar me importante que a forma que o proporciona? Este dançar com os corpo assume enquanto o ossos reflete-se no meu executa. Se tentarmos chegar a movimento e no meu processo uma forma perfeita baseada no criativo? Isto interfere na criação corpo de outra pessoa (uso do da minha poética? Como? espelho) ou em um corpo ideal para a dança, iremos dificultar o Estas perguntas processo de programação de nortearam podo o nosso sinergias musculares naturais processo de pesquisa. Através da pelo córtex cerebral e cerebelo, 7 prática nas aulas ministradas ao será difícil aprimorar a nossa grupo e da reflexão sobre as interocepção, ou seja, a sensações sentidas por nós e percepção interna do pelos participantes das oficinas movimento, que é abertas, relatadas em diário, essencialmente individual e conseguimos identificar que o intransferível. foco da atenção nos ossos e articulações aumenta a 2. Menos é mais! consciência do movimento e Na perspectiva da ajuda o bailarino a se enraizar percepção interna (somática), e no seu corpo, aprofundando o do contato mais profundo com o contato consigo mesmo. movimento, abordamos a lei do Constatamos também, que os menor esforço como um modo movimentos se tornam mais para alcançar um melhor fáceis de executar e mais fluidos. desempenho cinestésico, que O cérebro não trabalha seria alcançado através da comandando músculos eliminação das chamadas individuais, ele trabalho “contrações parasitas”, ou seja, movimentando segmentos trabalho muscular corporais, os ossos, através de desnecessário ou sem função sinergias musculares. Quando para um determinado nos concentramos em movimento. Isto irá conferir estabelecer relações entre estes uma maior eficiência a segmentos os músculos ficam movimentação do bailarino. livres de tensões desnecessárias e o corpo como um todo Descobrir uma consegue se mover com mais dança/movimentação na qual o facilidade e fluidez. corpo/intérprete possa ser o mais funcional possível, tanto Existem dois conceitos com relação à técnica quanto fundamentais que norteiam esta com relação à expressividade, pesquisa: poderá talvez ajudar os 1. Forma segue função! bailarinos a atingir este nível de Na natureza, a forma desempenho no qual o corpo é sempre segue uma função. No encarado como um meio e não treinamento do bailarino, a como um fim em si mesmo. função de um determinado exercício deveria ser mais
  • 8. Aprender a reconhecer como denominação para padrões de tensão qualquer tipo de processo em desnecessários e tentar eliminá- dança. Na montagem de los através do uso da respiração espetáculos, no desenvolvimento e do movimento focado nos de linguagens próprias, na ossos e nas articulações, podem investigação de métodos de levar o corpo a se mover de uma ensino, em estudos forma mais econômica e eficaz, coreográficos, no podendo assim desempenhar questionamento de valores melhor sua função enquanto culturais, entre tantos outros. 8 “corpo dançante”, ou “corpo que Vejo aqui três pontos se move”. importantes para considerar: primeiramente, existe no Durante a pesquisa, bailarino contemporâneo, a durante a nossa revisão necessidade do um bibliográfica, tentamos achar embasamento tanto teórico uma literatura que também quanto prático através da tivesse como proposta a pesquisa; em segundo lugar, a abordagem de alguns destes dificuldade encontrada em se questionamentos. Através dos desenvolverem metodologias trabalhos que encontramos, nós específicas para abordar percebemos que tais temas de questionamentos surgidos no pesquisa sobre o corpo, o seio desta comunidade artística movimento, sobre o bailarino na (bailarinos, coreógrafos, sua função de artista e atleta, professores, etc.) talvez seja um assim como pedagogia em empecilho para muitos e, em dança, ainda não foram terceiro lugar, é preciso ter amplamente abordados por cuidado com a tendência pesquisadores de dança. A contemporânea de se maioria dos artigos encontrados glamourizar e fashionizar a tudo, em nossa revisão bibliográfica e transformar mos o conceito de abordava estes temas pelo viés pesquisa em apenas mais uma da Fisioterapia, da Pedagogia, da palavra muito usada em sem Educação Física, etc. Talvez signififado real. porque, na Dança como campo da pesquisa, ainda não existam Ao final deste processo metodologias amadurecidas tenho muito mais perguntas do através do processo empírico. A que respostas. Sei que achamos maioria dos pesquisadores ainda um caminho para tentar está tentando delimitar respondê-las: o questionamento, questões/problemas pertinentes a reflexão e a pesquisa. Temos a à especificidade da Dança e intenção de dar continuidade a achar metodologias coerentes e este processo através de outro efetivas para abordá-las. projeto no qual desejamos aplicar os resultados A palavra “pesquisa” tem encontrados, ou seja, a aula, a sido muito usada, quase um maior número de bailarinos. banalizada, nos últimos anos Queremos, com isto, verificar se
  • 9. esta forma de abordagem do Muitas pesquisas ainda treinamento em dança pode precisam ser feitas nesta área; ajudá-los em seus processos metodologias precisam ser individuais, como intérpretes- testadas e melhor definidas, com criadores e como isto acontece. questionamentos e objetivos Aqui nos deparamos com a mais claros e relevantes para a dificuldade de se estabelecer comunidade da dança. índices e parâmetros para serem utilizados em pesquisas futuras. O que devemos utilizar para 9 identificar os efeitos desta técnica nos corpos e nas Referências: subjetividades dos bailarinos? Quais os melhores métodos para 1. ABRÃO, Elisa. As relações entre coleta de dados? Como validar arte e tecnologia: a dança as nossas escolhas e os nossos híbrida do Cena 11. In: Revista métodos? Que modelos Pensar a Prática, vol. 10, no. 2, metodológicos seguir? 2007. 2. ASSUMPÇÃO, Andréa Christina Rufino. Balé clássico e a dança Acredito que para contemporânea na formação estimular o interesse pela humana: caminhos para a pesquisa em dança é necessário emancipação. Paraná: Pensar a fomentar projetos que tenham Prática 6: 1-19, Jul./Jun. 2002- como foco o processo reflexivo 2003. sobre a ação criadora, seja ela 3. BARKER, Sarah. (1991). A cênica ou pedagógica. É através técnica de Alexander: deste exercício de indagação e aprendendo a usar seu corpo reflexão que podemos para obter a energia total. São desenvolver, consolidar e Paulo: Summus Editorial, 1991. aprimorar epistemologias e 4. BOLSANELLO, Débora. metodologias que melhor sirvam Educação somática: o corpo enquanto experiência. Rio aos questionamentos sobre a Claro, Motriz, v.11 n.2 p.99-106, dança, favorecendo, assim, um mai./ago. 2005. aprofundamento e um 5. BRAGA, Marcos Moreira; reconhecimento desta arte tão BRAGA, Denise Botelho de repleta de especificidades como Oliveira. Manual para uma “área específica do elaboração de artigos conhecimento”. científicos. FAMATH, Niterói, RJ, 2007. Estamos no começo desta 6. CASTRO, Daniela Liopart. O jornada. Terminar esta pesquisa aperfeiçoamento das técnicas com tantas perguntas foi o de movimento em dança. Porto resultado mais proveitoso que Alegre, Movimento; v.13, n. 01, poderíamos ter. Agora temos a p.121-130, janeiro/abril de 2007. certeza da relevância de projetos 7. CLIPPINGER, Karen Sue. Dance como este e esperamos que mais Anatomy and Kinesiology. indivíduos e grupos se Illinois; Human Kinetics, 2007. interessem por este tema.
  • 10. 8. Da SILVA, Maria Graziela 16. GODARD, Hubert. Gesto e Mazziotti Soares & SCHWARTZ, percepção. In: SOTER, Silvia, Gisele Maria. Por um ensino PEREIRA, Roberto (orgs.). Lições significativo da dança. de dança. No. 3. Rio de Janeiro: Movimento - Ano VI - Nº 12 - UniverCidade, 2002. pp. 11-35. 2000/1. 17. GREEN, Jill, Ph.D. Foucault and 9. DA SILVA, Maria Graziella the Training of Docile Bodies Mazziotti Soares e SCHWARTZ, in Dance Education. The Gisele Maria. A Expressividade Journal of the Arts and Learning na Dança: Visão do Special Interest Group of the Profissional. Revista MOTRIZ - American Education Research 10 Volume 5, Número 2, Association. 2002-2003 Volume Dezembro/1999. 19, Number 1. 10. DIBOIS, Kitsou. Analogy 18. KATZ, Helena (1994). Um. Dois, between Training for Dancers Três. A Dança é o Pensamento and Problems of Adjustmnet to do Corpo. FID Editorial, 2005. Microgravity: An Evaluation of 19. LAWRENCE, W.G. (2008). LEAD the Subjective Vertical in ARTICLE: choreography and Dancers. Paris. Acta creativity. Astronautica Vol. 25, No. 8/9, (http://choreograph.net/articles pp. 605-613, 1991. /choreography-and-creativity) 11. DINIZ, Isabel Cristina Vieira 20. LONG, Warwick. Sensing Coimbra (2004). Programa de Difference: Student and Dança Experimental. Anais do Teacher Perceptions on the 2º Congresso Brasileiro de Integration of the Feldenkrais Extensão Universitária. Belo Method of Somatic Education Horizonte – 12 a 15 de setembro and Contemporary Dance de 2004. Technique. New Zealand, Tese 12. DYCHTWALD, Ken. para o mestrado em Educação CORPOMENTE: uma síntese Física na Universidade de dos caminhos do oriente e do Ontago, Dunedin, New Zealand. ocidente para a auto- 2002. consciência, saúde e 21. MCKECHNIE, Shirley. crescimento pessoal. São Movement as Metaphor: The Paulo: Summus Editorial, 1984. Construction of Meaning in the 13. ECO, Humberto. Como se faz Choreographic Art. Apresentado uma tese. São Paulo: na 7a Conferência Internacional Perspectiva, 21 ed. 2007. sobre Música, Percepção e 14. EDDY, Martha (2006). The Cognição, Sydney, Australia. Practical Application of Body- July 2002. Mind Centering® (BMC) in 22. MIRANDA, Regina. CORPO- Dance Pedagogy. New York: ESPAÇO: aspectos de uma Journal of Dance Education geofilosofia do corpo em Volume 6, Number 3 2006. movimento. Rio de Janeiro: 15. FORTIN, Sylvie & LONG, 7Letras, 2008. Warwick. Percebendo 23. MOEHLECKE, Vilene e Diferenças no Ensino e na FONSECA, Tânia M. Galli (2005). Aprendizagem de Técnicas de Da Dança e do Devir: O corpo Dança. Movimento, Porto Alegre, no Regime Sutil. Revista do v. 11, n. 2, p.9-29, maio/agosto Departamento de Psicologia - de 2005. UFF, v. 17 - nº 1, p. 29-44, Jan./Jun. 2005
  • 11. 24. MONNI, Kirsi. LEAD ARTICLE: 31. TREBELS, Andreas H. Uma exploring the sense and concepção dialógica e uma meaning in dance. teoria do movimento humano. (http://choreograph.net/articles Perspectiva. Florianópolis,v.21, /exploring-the-sense-and- n.01, p. 249-267, jan./jun.2003. meaning-in-dance). 32. TREW, Marion & EVERETT, 25. NEUMAN, Donald A. Tony ().Human Movement: an Kinesiology of the introductory text. Elsevier Musculoskeletal System: Health Sciences, 4th Ed. 2001. Foundation for Physical 33. VELLOSO, Marila. Body-Mind Rehabilitation. Mosby Inc, 1st Centering e os Sistemas 11 Ed. 2002. Corporais: uma possibilidade 26. SANTANA, Ivani. A Imagem do de integração no ensino da Corpo Através das Metáforas dança. R. cient./FAP, Curitiba, (ocultas) na Dança v.1, p., jan./dez. 2006. Contemporânea. Trabalho 34. VISHNIVETZ, Berta. EUTONIA – apresentado no Núcleo de Educação do corpo para o ser. Comunicação Audiovisual, XXVI Summus Editorial (1995) Congresso Anual em Ciência da 35. WOSNIACK, Cristiane. Comunicação, Belo Macromudanças de um Corpo Horizonte/MG, 02 a 06 de Virtual. Famecos/PUCRS Porto setembro de 2003. Alegre no 16. 2006. 27. SARAIVA, Maria do Carmo. O Sentido da Dança: Arte, Símbolo, Experiência vivida e Representação. Movimento, Porto Alegre, v. 11, n. 3, p. 219- 242, setembro/dezembro de 2005. 28. SETENTA, Jussara Sobreira. Da Potência ao Ato. Da Idéia para a Ação: O corpo em Estado de Definição. COGNITIO ESTUDOS – Revista Eletrônica de Filosofia. São Paulo; Vol.2 N.2. P105-111. 2005. 29. SHUMMWAY-COOK, Anne & WOOLLACOTT, Marjory H. Motor Control: Theory and Practical Applications. Baltimore. Williams & Wilkins. 2nd Ed. 2001. 30. SIQUEIRA, Denise Costa Oliveira. Corpo: instrumento de comunicação construído culturalmente. In: __________ Corpo, comunicação e cultura: a dança contemporânea em cena. Campinas: Autores Associados, 2006. cap. 2. pp. 39- 70.