SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  14
Télécharger pour lire hors ligne
COMO SÃO FORMADAS AS CONCEPÇÕES DE MODELOS DOS
ALUNOS A PARTIR DA VISÃO DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS.
Anderson de Oliveira Santos1
Educação e Ensino de Ciências Exatas e Biológica.
RESUMO
Neste trabalho buscamos identificar quais as concepções alternativas os estudantes de uma
instituição de ensino da rede pública estadual de Sergipe possuem sobre átomos; quais
modelos científicos esses alunos elaboram e como essas concepções alternativas são afetadas
pela visão que seus professores possuem sobre modelos científicos. Podemos perceber a
presença da concepção de átomo como sendo à célula, visto que para a grande maioria dos
alunos pesquisados, os átomos podem ser visualizados pelo microscópio; cerca de 60% dos
modelos atômicos assemelharam-se a uma célula e/ou não se enquadraram em nenhum
modelo cientifico existente atualmente; essas visões dependem de como seus professores
concebem modelos científicos e tais concepções poderão ser mais acentuadas em seus alunos.
Palavras-Chave: Concepções Alternativas, modelos mentais atomísticos, formação de
professores de Química.
ABSTRACT
In this work we identify the alternative conceptions of students at a teaching institution in the
public state of Sergipe have about atoms, which these students develop scientific models and
how these alternative conceptions are affected by the view that their teachers have about
scientific models. We conclude that this design is very similar to the atom cell, since the vast
majority of respondents atoms can be viewed through the microscope, about 60% of atomic
models resembled a cell and/or did not fit in any currently existing scientific model, these
views depend on how teachers conceive their scientific models, such concepts may be more
pronounced in his students.
Keywords: Alternative Conceptions, atomistic mental models, teacher of chemistry.

1

Discente do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Sergipe. Bolsista do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/PIBID/CAPES/UFS/Química 2010-2011. Participante do Grupo
de Pesquisas em Ensino de Química – GRUPEQ do Departamento de Química – DQI da UFS, sob a
coordenação
da
Profa.
Dra.
Marlene
Rios
Melo.
E-mail
para
correspondência:
andersonoliveira.sergipe@bol.com.br

1
INTRODUÇÃO
Pesquisas no ensino de Química realizadas durante a década de 1970 demonstraram
que os estudantes possuem concepções alternativas sobre vários tópicos de ciências, e que
essas são encontradas nas crianças antes mesmo da aprendizagem formal, e ainda, são em
geral diferentes das que são aceitas pela comunidade cientifica, podendo ou não serem
influenciadas pelo ensino, mesmo que de forma superficial. (BASTOS e col, 2004).
A década de 1980 é considerada como sendo o marco inicial dos estudos sobre tais
concepções diferentes das aceitas cientificamente, chamada de movimento das concepções
alternativas (MCA). Estes estudos tinham como finalidade discutir os processos pelos quais
conduziriam os alunos a promoção da evolução conceitual, ou seja, que levaria o aluno a
abandonar suas idéias de senso comum por definições mais próximas da cientifica (BASTOS
e col, 2004). Para Romanelli (1996) o ensino é uma intensa negociação de significados
cabendo ao professor criar situações onde o aluno se torne insatisfeito com a sua concepção
atual, e deseje definições mais coerentes com a realidade proposta. Portanto, o professor pode
utilizar-se das mais variadas técnicas didáticas, sejam por meio de demonstrações, problemas,
experimentos, etc. que possam ser usados para a criação de um conflito cognitivo nos
estudantes. Portanto esse conflito seria um importante vínculo de estímulo, levando o aluno
ou a mudança conceitual ou a aproximação da concepção científica, isso ocorreria quando ele
percebesse que suas previsões não mais se confirmam, não funcionam ou são incoerentes com
a realidade proposta.
Os estudantes ao ingressarem no ensino médio possuem algumas concepções
alternativas sobre conceitos de grande importância no ensino de Química, e que essas são
universais (MORTIMER, 1995), como por exemplo, nas reações químicas (MIRANDA &
MORTIMER, 1995) quando os estudantes recorrem ao animismo para explicar diversas
transformações; em equilíbrio químico (ARAGÃO & MACHADO, 1996) quando os alunos
trazem consigo a concepções de que o equilíbrio é alcançado quando a massa entre reagentes
e produtos é igual; em soluções (ECHEVERRÍA, 1996) onde os alunos apresentam
concepções alternativas sobre a descontinuidade da matéria e em especial sobre o átomo
(MORTIMER, 1995) como a utilização também de idéias animistas e substancialista.
O conceito de átomo, entendido enquanto modelo, apresenta muitas concepções
alternativas devido à grande dificuldade de abstração e em transitar do nível macroscópico,
também chamado de fenomenológico, e o nível microscópico também chamado de atômicomolecular, ou seja, nível ao qual não conseguimos acessar, mas apenas abstrair.
2
Segundo a literatura (ARAGÃO & SCHNETZER, 1995), os sentimentos, as
concepções de ensino, aprendizagem e conhecimento de cada professor, refletem de forma
significativa em sua prática docente, sendo a linguagem utilizada em sala de aula um fator
extremamente importante a ser observado, para que sejam complementadas as concepções de
senso comum e as alternativas dos alunos com conceitos cientificamente corretos. Para tanto é
necessário que professores pesquisem sobre sua prática pedagógica em sala de aula, sejam professores reflexivos (SHÖN, 1992), principalmente quando esses entendem que em
processos de ensino-aprendizagem os alunos são considerados como “tábulas rasas”, e
solicitando apenas respostas corretas, não considerando o que eles realmente sabem sobre
aqueles conceitos (ARAGÃO & SCHNETZER, 1995), ou ainda, consideram que seus alunos
não apresentam nenhum conhecimento. Na realidade os alunos possuem alguma concepção
mesmo que de forma alternativa, e na maioria das vezes essas sofrem grandes resistências ao
ensino, sendo necessário não apenas transmitir o conhecimento na forma de ensino
transmissão-recepção, também chamado de ensino tradicional, mas promover uma mudança
conceitual sobre determinado conceito, tudo isso tem sido objetivo de pesquisas no ensino de
Química, visando à melhoria do trabalho docente em sala de aula principalmente com o
surgimento do movimento das concepções alternativas (MCA), assim como também estudos
que discutem a formação inicial e continuada de professores.
Em função da grande abstração empregada nas aulas de Química, sendo esse um dos
fatores responsáveis pelos problemas de aprendizagem encontrados em alguns alunos
referentes à compreensão de alguns conceitos. A concepção de átomo é um desses conceitos
que exige grande abstração e é de grande importância no estudo químico, já que leva á
compreensão de vários fenômenos do cotidiano, seja micro ou macroscópico. Em função
dessa importância têm surgido estudos sobre a utilização de modelos mentais no ensino de
ciências (Química, Física e Biologia) entre as quais citamos: BORGES, 1997; GRECA, 2006;
ABREU & OLIVEIRA, 2004; FERREIRA & JUSTI, 2005; JUSTI, 2006).
DEFINIÇÕES DE MODELOS
Um dos principais problemas referentes às dificuldades das relações de ensinoaprendizagem em Química envolvendo alunos do nível médio, apontado em diversas
pesquisas no ensino, é sobre modelos atômicos. Consequentemente surgem alguns conflitos
entre professores de Química apontados por Chassot (1996): “Qual o modelo de átomo que

devo ensinar? para o autor a resposta para esse problema é “depende”, ou seja, para o autor o
modelo a ser utilizado pelos professores de Química em sala de aula, depende da forma com
3
que esse modelo será usado em aulas posteriores para a explicação de determinados
fenômenos, visto que nem todos os modelos se adéquam para explicar determinadas
observações.
Encontramos ainda na literatura diversas definições de modelo entre as quais citamos
(JUSTI, 2006, p. 175): “Um modelo é uma representação de uma idéia, objeto,

acontecimento, processo ou sistema, criado com objetivo especifico”. (tradução nossa).
Para Justi um modelo é uma representação de um objeto ou outras formas, criado com
algum objetivo, no nosso caso para modelos atômicos é tentar fazer com que o aluno tenha
um maior entendimento sobre o conceito de átomo. Para Borges (1997, p. 207) modelos
podem ser definidos como sendo uma representação e que envolve o uso de analogias. “Um

modelo pode ser definido como uma representação de um objeto ou uma idéia, de um evento
ou de um processo, envolvendo analogias”. (BORGES, 1997 pg. 207).
Para Greca (2006) o modelo mental é utilizado para compreender o mundo físico
Um modelo mental é uma representação interna que atua como um análogo
estrutural de situações ou processos. Sua função é a de dar conta do
raciocínio dos indivíduos tanto quando tentam compreender o discurso como
quando procuram explicar ou predizer o comportamento do mundo físico
(GRACA, 2006 pg. 392).

Portanto modelo atômico é uma construção humana que tem por intenção tentar
explicar um fenômeno microscópico, através da utilização de analogias e abstrações que
poderão levar o aluno a abandonar suas concepções alternativas por definições mais coerentes
do ponto de vista cientifico, e um maior entendimento sobre o conceito de átomo.
Ainda para Chassot (1996), construímos modelos com a finalidade de facilitar nas
diversas situações, fazendo inferências e previsões de propriedades. O conceito de modelos é
frequentemente utilizado em salas de aula com a finalidade da melhoria do aprendizado por
parte dos alunos sobre determinadas fenômenos químicos, principalmente quando o que o
professor deseja ensinar em sala de aula requer um grande nível de abstração para a
compreensão, então recorremos as representação, sejam elas mentais ou visuais.
DIFERENÇAS ENTRE MODELOS
Os modelos mentais ou visuais são utilizados em diversas áreas do conhecimento
como, Química, Física e Biologia, tendo como principal objetivo facilitar o aprendizado sobre
determinados conceitos. Entretanto o uso de modelos nas diversas áreas do conhecimento
apresenta diferenças entre si, como por exemplo, se o modelo representado para determinado
conceito pode ser visível de alguma forma, como por exemplo, os modelos para a célula,
4
utilizados em aulas de Biologia que mesmo sendo de origem micro podemos visualizá-lo
através de aparelhos sofisticados como o microscópio e temos a certeza da sua existência. Em
oposição aos modelos biológicos temos os químicos, como por exemplo, o átomo pela qual
não temos a real convicção de que ele realmente exista ou como ele é realmente, mas apenas
sua teoria é construída ao longo dos anos, aliás, o modelo atômico quântico é construído única
e exclusivamente com equações matemáticas.
Diante desta problemática surge a seguinte reflexão: como os modelos científicos são
utilizados em aulas de Química em comparação com os modelos utilizados em aulas de
Biologia? Como as concepções alternativas atomísticas dos alunos são afetadas pela visão que
seus professores possuem sobre modelos científicos? Nas aulas de química criamos modelos
para representação de conceitos que requerem um grande nível de abstração, cabendo ao
professor o papel da mediação ou negociação de significados que levará o aluno a promoção
da evolução conceitual, além da discussão em sala de aula de que a representação que está
sendo idealizada não é uma representação fidedigna, mas uma representação que poderá ser
ou não verdadeira. Já nas aulas de Biologia os modelos criados podem ser vistos, mesmo que
com aparelhos sofisticados e a aproximação do macro ao micro é facilitada.
METODOLOGIA DE PESQUISA
A pesquisa empregada nesse trabalho segue a linha quantitativa e qualitativa. Para
Ludke & André (1996), a pesquisa qualitativa apresenta com as seguintes características:
1) A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de
dados e o pesquisador como seu principal instrumento [...]; 2) Os dados são
predominantes descritivos [...]; 3) A preocupação com o processo é muito
maior do que o produto [...]; 4) O “significado” que as pessoas dão as coisas
e a sua idéia são focos de atenção pelo pesquisador [...]; 5) A análise dos
dados tende a seguir um processo indutivo [...] (p. 11-13).

Na análise dos resultados encontramos muita descrição e não nos preocupamos em
definir hipóteses antes do inicio da pesquisa.
OBJETIVOS DA PESQUISA
Verificar quais concepções alternativas os alunos possuem sobre átomos e como essas
concepções foram afetadas pela visão de seus professores sobre modelos científicos.
SUJEITOS DE PESQUISA
A pesquisa foi realizada em um colégio da rede pública estadual de ensino do
município de Lagarto/SE, e envolveu a participação de 35 alunos de uma turma do 1° ano do
ensino médio.
COLETA DE DADOS
5
A coleta de dados foi realizada através da utilização de questionário estruturado. Os
alunos em sala de aula foram divididos em grupos de no máximo 4 integrantes e orientados a
discutir as questões propostas, no total de cinco e em seguida responde-las por escrito.
ANÁLISE E DISCUSSÕES
As respostas de cada aluno foram agrupadas em categorias para melhor compreensão,
na qual apresentaremos e analisaremos a seguir (tabela 1).
Você acredita que o átomo exista, ou ainda, é visível de alguma forma? Justifique
sua resposta?
I- Átomo visível
através de um
microscópio.
62,55%

II- Átomo
divisível e visível
por um
microscópio.
4,15%
“Sim. Ele pode ser
“Sim, pois ao ser
visível através de um dividido sempre irá
aparelho apropriado sobrar uma parte da
como um
matéria, que irá ser
microscópio”.
vista, com a ajuda
de um
microscópio”.
“Sim. Pois com a
tecnologia que temos
hoje é possível
através de um
equipamento
chamado
microscópio”.

III- Átomo indivisível
e visível por um
microscópio. 25%

IV- Átomo
indivisível e visível
de alguma forma.
4,15%

“Sim, por meio do
microscópio. Por que o
átomo é a menor partícula
de uma molécula, e é
indivisível”.

“Sim, é visível de
alguma forma porque é
a menor partícula
indivisível da matéria
que forma as
moléculas”.

“Sim, porque o átomo é a
menor partícula
indivisível da matéria que
forma as moléculas

“O átomo existe, não
podemos ver a olho
nu só podemos ver
com um
microscópio”.
“o átomo existe e é
visível com
microscópio”.
“Sim, com
microscópio”.
Tabela 1: Categorias para primeira questão.

Observamos que os alunos ao responderem a primeira pergunta todos afirmaram
acreditar na existência do átomo. Para Romanelli, (1996) casos como esses podem ser
6
originários da forma com que o ensino é praticado em sala de aula no estilo transmissãorecepção, sem levar em consideração os modelos mentais que estão sendo construindo durante
a aula.
Ainda referente a essa questão observamos que 91,65% dos entrevistados afirmaram
em suas falas que o átomo pode ser visualizado por um microscópio, 4,15% afirmaram que
possa ser visto de alguma forma não explicitando como, 4,15% que o átomo não pode ser
dividido, 25% que pode ser dividido, e 4,15% das respostas não atingiram nosso objetivo
referente a esse pergunta. Portanto é muito presente nos alunos dessa instituição de ensino a
concepção de que o átomo possa ser visualizado pelo microscópio como uma célula humana
por exemplo.
Baseado em seus conhecimentos de Química desenhe uma figura que represente um
átomo? Justifique seu desenho?
Feitas as analises dos desenhos elaborados pelos alunos criamos quatro categorias, na qual
apresentaremos e analisaremos a seguir (tabela 2):
I
20%

II
28,57%

III
2,86%

IV
48,57%

Tabela 2: Categorias para a segunda questão.

Analisando os desenhos propostos pelos estudantes agrupamos nas seguintes
categorias: I- para modelos semelhantes a uma célula; II- modelo similar ao de Dalton; IIImodelo do sistema planetário de Rutherford e IV- modelos que não se assemelharam a
nenhum modelo aceito cientificamente.
Observando a tabela 2 nota-se que 20% dos desenhos se assemelharam a uma célula
com todas as suas partes constituintes; 28,57% das representações foram parecidas com o
modelo de Dalton; 2,86% dos desenhos se assemelharam ao sistema planetário de Rutherford
e 48,57% das figuras não se enquadraram em nenhum dos modelos aceitos cientificamente
7
desses 54,54% traziam em suas representações traços que lembravam os níveis de energia do
modelo de Bohr, entretanto nenhuns dos estudantes em suas falas afirmaram que estavam se
referindo a tal modelo, assim como tais representações si distanciaram muito do modelo de
Bohr enquadramos na categoria na qual seus desenhos não se assemelharam a nenhum
modelo cientifico.
Encontramos em algumas respostas dos alunos quando esses tentaram explicar seus
desenhos o que Mortimer (1995), definiu como sendo concepção atomista substancialista:

“Faz parte de uma concepção que chamamos “atomismo substancialista”, uma vez que
propriedades macroscópicas das sustâncias, como dilatar e mudar de estado, são atribuídas a
átomos e moléculas”. (pg. 24).
Alguns alunos ao justificarem seus desenhos propuseram propriedades macroscópicas a
situações microscópicas, como podemos observar em duas falas de estudantes. O aluno 2 comparou
um átomo a um pedaço de rocha, como podemos observar abaixo:

A1: “Por eles (átomos) serem tão pequenos, acho que não tem uma forma 100% redonda
oval ou quadrada”.
A2: “Eu imagino que o átomo é como um pedaço de rocha que não pode ser derretido”.
Portanto encontramos nessas duas respostas dos alunos dessa instituição de ensino o que
Mortimer (1995) chamou de atomismo substancialista.
Notamos também uma confusão por parte de alguns alunos no que se refere ao conceito de
átomo e o que é uma molécula como podemos observar no discurso de um aluno:

A1: “É um conjunto de bolas que se junta e se forma um átomo”.
Esse estudante na verdade estava de referindo a moléculas e não a átomos. Essa confusão foi
observada também no trabalho de Echeverría (1996).
Cite exemplos do seu dia-a-dia onde podemos encontrar átomos, por exemplo, na planta
tem átomos? Na madeira tem? Na célula? Onde podemos encontrar mais exemplos que tenham
átomos? Justifique sua resposta?
Assim como nas demais perguntas criamos as seguintes categorias para melhor compreensão
tabela 3.
I- Todo tipo de
matéria, inclusive na
célula. 50%

II- Todo tipo de
matéria, não cita célula
como forma de
encontramos átomos.
37,50%

III- Qualquer coisa
que seja
“quebradiça”.
6,25%

IV- Nos
alimentos e
plantas. 6,25%

8
“Ovos: Na película do ovo “Na folha de papel, na
contem átomos, batata, blusa, na borracha, porque
alface, couve, células”.
tudo é matéria, e matéria é
constituído de átomos”.

“Na planta tem átomos, na
madeira e nas células
também,
podemos
encontrar átomos em tudo
que ocupa um lugar no
espaço inclusive o próprio
ar”.
“Existe no sal, no açúcar,
principalmente
nas
células”.

“Sim. Em qualquer
objeto
que
seja
quebrável, pois vai
partindo até chegar na
menor
partícula
possível
de
ser
quebrada”.

“Encontramos nos
alimentos
como:
ovos, carne, peixes,
nas plantas, comigo
ninguém
pode,
roseira, entre outros
tipos de plantas”.

“Em tudo tem átomos. Em
tudo porque tudo que existe
no espaço é constituído por
átomos”.

“Sim. Porque o sal e açúcar
são formados por dois
elementos atômicos, como
por exemplo, o sal é
formado
por
Na++Cl(Sódio + Cloro) Cloreto de
sódio.

“Na planta, na madeira e na
célula tem átomos, também
tem em outras coisas como
no ferro, sal, açúcar,
plásticos, papeis, etc.”.
Tabela 3: Categorias para a terceira questão.

Observamos que a metade dos pesquisados afirmaram que na célula contem átomos e
37,50% que não. A categoria que mais nos chamou a atenção foi a III, na qual os estudantes
afirmaram que os átomos existem em objetos que ao se tentar quebrá-lo haverá certo momento na
qual não se conseguira mais quebrá-lo, logo existem átomos. Portanto novamente idéias
substancialista.
No sal de cozinha e no açúcar existem átomos? Desenhe duas figuras que representem
microscopicamente como você imagina ser o sal de cozinha e o açúcar respectivamente? Quais as
diferenças desses dois exemplos do seu cotidiano? Justifique sua resposta?
Nas representações elaboradas pelos alunos, criamos as seguintes categorias para o açúcar e
sal de cozinha respectivamente tabelas 4 e 5:
I. Modelo celular 11,42%

II. Visão Substancialista
22,85%

III. Outras
representações 65,73%

9
Tabela 4: Categorias para os modelos para o açúcar.

I. Modelo celular 14,28%

II. Visão Substancialista
5,71%

III. Outras representações
80,01%

Tabela 5: Categorias para os modelos para o sal de cozinha.

Dos modelos propostos pelos alunos para o açúcar percebeu-se que: 11,42% dos desenhos se
assemelharam a uma célula; 22,85% a uma visão substancialista, ou seja, que os átomos presentes
no açúcar eram de forma quadrada; e 65,73% a outras formas onde desses, predomina o modelo de
Dalton, tabela 4.
Com relação aos modelos para a sal de cozinha (NaCl), novamente 14,28% dos desenhos se
assemelharam a uma célula; 5,71% a visão substancialista, pois para eles os átomos do sal de
conzinha são quadrados ou redondo, esse ultimo semelhante ao modelo de Dalton; 80,01% a outras
representações não cientificas. Sendo dessa forma nenhum dos modelos propostos para o sal e o
açúcar se aproximou de modelos aceitos cientificamente.
Em seguida os alunos tentaram justificar seus desenhos propostos para o açúcar e o sal de
cozinha, na qual também agrupamos em categorias (tabela 6).
10
I- Sal salgado e
Açúcar doce. 17,64%

II- Um tem mais
átomos que o
outro. 11,76%

III- Forma do sal e
açúcar são diferentes
(Geometria). 52,94%

“O Açúcar contém varias
listras onde ocorre o
espalhamento do doce em
todo conteúdo”.

“A diferença do sal “Sim. Por ele ser quadrado”
para o açúcar é que o (Açúcar). “Sim por ele ser
sal contém mais redondo” (Sal).
átomos e o açúcar é
mais cristalizado”.

“O átomo no açúcar e que
no açúcar ele vai sente o
gosto mais doce”. O
átomo no sal ele vai sente
o gosto mais salgado”.

“A diferença é que o
açúcar é formado por
pequenos
grãos
maiores que a do sal
então acho que a
estrutura do açúcar
seja mais resistente”.

IV- Outros. 17,66%

“Entre essas estrelinhas
estão o sabor salgado”.
Com
essas
linhas
(Açúcar) o doce se
espalha entre os blocos de
açúcar...”

“Eu imagino que o
átomo esteja dentro do
grauzinho do sal. Já no
açúcar imagino que
esteja
fora
do
grauzinho”.
“Sim. Um é quadrado” “Existe átomo tanto
(Açúcar). Sim e o outro é fora do sal como
redondo” (Sal).
dentro também tem. Se
existir no açúcar é
dentro do grãozinho”.
“Sim esse é quadrado” “No açúcar o átomo
(Açúcar). Sim esse é obtem mais espaço e
redondo” (Sal).
possui total liberdade
de deslocamento no
minúsculo grão de
açúcar”. No sal o
átomo não tem total
liberdade...”
“Serve para dar sabor para
os alimentos ele é diferente
(sal) do açúcar pela
formação de seus átomos”.
“A diferença é que os dois
tem moléculas que faz uma
grande mudança em seus
dois elementos”.
“A olho nu podemos
observar que no sal tem
uma
forma
mais
arredondada”.
“É assim (Sal) porque
podemos ver que ele tem
uma forma arredondada”.
“Pode-se notar-se que
açúcar
ele
é
mais
quadricular. O Sal ele no
olho nu pode-se ver que é
mais arredondado”.
i) “Eu desenhei assim
(Açúcar) porque eu acho
que ele parece com um
prisma”.

Tabela 6: Categorias para as diferenças entre o açúcar e o sal de cozinha.

11
Ao questionar os estudantes sobre as possíveis diferenças entre o sal de cozinha (NaCl) e o
açúcar, perceberam-se que: 17,64% afirmaram ser o gosto o fator a diferi essas duas substancias,
portanto percebe-se nas respostas dos alunos a visão novamente substancialista; 11,76% afirmaram
um tem mais átomos que o outro; 52,94% que seriam a geometria responsáveis pelas diferenças
entre os dois, um sendo quadrado e o outro redondo; e 17,66% outras formas como visto na tabela
6. Em nenhum momento foi apontado pelos estudantes que no sal de cozinha encontramos íons que
por uma força eletrostática mantém unidos formando um reticulo cristalino, confundem íons e
átomos, entidades mentalmente construída com os cristais de sal e do açúcar.
Qual a entidade presente no átomo de maior importância no estudo da química?
Justifique sua resposta?
Essa pergunta gerou em alguns alunos certa dúvida exigindo uma maior explicação, e as
repostas formas agrupadas em categorias:
I- Elétrons na
formação de ligações
Químicas. 28,57%
“Química
está
relacionada com átomos
porque
tem
suas
principais tendências com
elétrons, que os átomos
ligam-se entre si, essa
ligação é denominada
ligação química, porque o
átomo cede elétrons
enquanto outro recebe”.
“Os elétrons, pois é
responsável por um
átomo ser positivo ou
negativo”.

II- Elétrons, Prótons e
Nêutrons. 28,57%

III- Prótons.
21,43%

IV- Células, Prótons,
Elétrons e Prótons.
21,43%

“Prótons,
elétrons
e “Prótons, porque “Células, Prótons, elétrons
nêutrons, ele necessita dos é o núcleo do e nêutrons”.
três para existirem”.
átomo”.

“Os prótons, os nêutrons e “Prótons”.
os elétrons, pois o átomo
precisa de todos eles”.

Tabela 7: Categorias para a quinta questão.

28,57% das repostas afirmavam ser os elétrons a principal partícula importante para o estudo
químico, visto que para os alunos são esses os responsáveis pela formação das ligações químicas
e/ou um átomo ser positivo ou negativo, em nenhum momento foi citado algum tipo de ligação
Química (iônica, covalente e metálica), demonstrando o pouco conhecimento dos estudantes com o
tema e a razão pela qual não encontramos modelos que representassem de forma adequada o sal de
cozinha inclusive suas diferenças em relação ao açúcar, no item anterior.
CONSIDERAÇÔES FINAIS
Os resultados da pesquisa nos possibilitaram concluir que:
12
• Os estudantes têm grandes dificuldades de abstração referentes a temas como modelos
atômicos, principalmente a nível microscópico.
• A linguagem que o professor utiliza em sala de aula é um fator importante a ser
observado, a fim de complementemos as concepções de senso comum dos estudantes,
em definições cientificamente coerentes.
• É muito presente nos alunos dessa instituição a concepção alternativa de que átomo
possa ser semelhante a uma célula, visto que 20% dos desenhos atômicos propostos
foram similares a uma célula, e ainda cerca de 90% dos estudantes afirmaram que o
átomo pode ser visualizado pelo microscópio.
• Encontramos idéias animistas e substancialista para o átomo como discutido por
Mortimer (1995).
• Em casos como esses, na qual alunos possuem varias concepções alternativas
atomísticas o professor poderá recorrer a historia da Química, com a finalidade de
tentar superar essas dificuldades (MORTIMER, 1995).
AGRADECIMENTOS
Agradecemos tanto a professora Lucia Prata pela disponibilidade dos horários de aula
para a aplicação da pesquisa, ao Colégio Estadual e alunos participantes pela oportunidade de
reflexão sobre o ensinar e aprender Química, quanto à Profª. Drª. Marlene Rios Melo pela
orientação na elaboração desse trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, M. A. F. & OLIVEIRA, R. R. A construção de modelos anatômicos pelo aluno, uma
proposta de ação pedagógica alternativa. In: NARDI, R; BASTOS, F; DINIZ, R. E. S. (org).
Pesquisa em ensino de ciências contribuições para a formação de professore; Ed. Escritura,
São Paulo, 2004.
ARAGÃO, R. M. R. & MACHADO, A. H. Como os estudantes concebem o estado de
Equilíbrio Químico. Química Nova na Escola, n. 4, p. 18-20, 1996.
ARAGÃO, R. M. R. & SCHNETZLER, R. P. Importância, sentido e contribuições de
pesquisas para o ensino de Química. Química Nova na Escola, n. 1, p. 27-31, 1995.
BASTOS, F.; CALDEIRA, A. M. A.; DINIZ, R. E. S. & NARDI, R. Da necessidade de uma
pluralidade de interpretações acerca do processo de ensino e aprendizagem em ciências. In:
NARDI, R; BASTOS, F; DINIZ, R. E. S. (org). Pesquisa em ensino de ciências contribuições
para a formação de professores; Ed. Escritura, São Paulo, 2004.
BORGES, A. T. Um estudo de modelos mentais. Investigações em Ensino de Ciências. V. 2
(3), p. 207-226, 1997.
13
CARMO, M. P.; FRANÇA, A. C. G.; & MARCONDES M. E. R. Estrutura atômica e
formação dos íons: Uma análise das idéias dos alunos do 3° ano do Ensino Médio. Química
Nova na Escola, v. 31, n. 4, p. 275-282, 2009.
CARVALHO, A. M. P. Uma metodologia de pesquisa para estudar os processos de ensino e
aprendizagem em salas de aula. In: SANTOS, F. M. T; GRECA, J. M. A pesquisa em ensino
de ciências no Brasil e suas metodologias. Ed. Unijui, Ijuí, RS, 2006.
CHASSOT, A. Sobre prováveis modelos de átomos. Química Nova na Escola, n. 3, p. 3,
1996.
ECHEVERRÍA, A. R. Como os estudantes concebem a formação de soluções. Química Nova
na Escola, n. 3, p. 15-18, 1996.
FERREIRA, P. F. M. & JUSTI, R. S. Atividades de Construção de modelos e ações
envolvidas. V ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS.
2005. ISSN 1809-5100
FURIÓ, C. & FURIÓ C. Dificultades conceptuales y epistemológicas en el aprendizaje de los
procesos químicos. Educación Química, v. 11 (3), p. 300-308, 2000.
GRECA, I. M. Algumas metodologias para o estudo de modelos mentais. In: SANTOS, F. M.
T; GRECA, J. M. A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias. Ed.
Unijui, Ijuí, RS, 2006.
JUSTI, R. S. La Enseñanza de Ciencias Basada en la Elaboración de Modelos. Enseñanza de
las Ciencias, 24 (2), p. 173-184, 2006.
MORTIMER, E. F. & MIRANDA, L. C. Transformações concepções de estudantes sobre
reações Químicas. Química Nova na Escola, n. 2, p. 23-26, 1995.
MORTIMER, E. F. Concepções atomistas dos estudantes. Química Nova na Escola, n. 1, p.
23-26, 1995.
ROMANELLI, L. I. O papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem do
conceito átomo. Química Nova na Escola, n.3, p. 27-31, 1996.
SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In A. Nóvoa (Ed.), Os
professores e a sua formação (pp. 79-91). Lisboa: D. Quixote (1992).

14

Contenu connexe

Tendances

Ciências da natureza
Ciências da naturezaCiências da natureza
Ciências da naturezaalaecioramos
 
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...Anderson Oliveira
 
Ciências naturais no terceiro ciclo
Ciências naturais no terceiro cicloCiências naturais no terceiro ciclo
Ciências naturais no terceiro ciclopibidbio
 
Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...
Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...
Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...ednilson73
 
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...ProfessorPrincipiante
 
A educação ambiental conceitos e abordagens pelos
A educação ambiental conceitos e abordagens pelosA educação ambiental conceitos e abordagens pelos
A educação ambiental conceitos e abordagens pelosVanessa Marcondes
 
1 praia - quadro das teorias abordagem geral
1  praia - quadro das teorias abordagem geral1  praia - quadro das teorias abordagem geral
1 praia - quadro das teorias abordagem geralSandra Mónica Costa Lima
 
Pesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasilPesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasilEsterLopes8
 
A aprendizagem significativa e o ensino das ciências hoje
A aprendizagem significativa e o ensino das ciências hojeA aprendizagem significativa e o ensino das ciências hoje
A aprendizagem significativa e o ensino das ciências hojeEvelyn Fernandes
 
Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...
Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...
Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...Marcos Vinícius Ferreira Vilela
 
O professor, seu saber, sua pesquisa menga ludke
O professor, seu saber, sua pesquisa menga ludkeO professor, seu saber, sua pesquisa menga ludke
O professor, seu saber, sua pesquisa menga ludkeJéssica Rodrigues'
 
41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado
41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado
41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisadoFabiano Antunes
 

Tendances (20)

Ciências da natureza
Ciências da naturezaCiências da natureza
Ciências da natureza
 
Artigo para resenha
Artigo para resenhaArtigo para resenha
Artigo para resenha
 
P192
P192P192
P192
 
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
Representações, limitações conceituais e concepções alternativas sobre equilí...
 
Ciências naturais no terceiro ciclo
Ciências naturais no terceiro cicloCiências naturais no terceiro ciclo
Ciências naturais no terceiro ciclo
 
03
0303
03
 
Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...
Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...
Instrução por modelagem de David Hestenes: uma proposta de ciclo de modelagem...
 
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
 
A educação ambiental conceitos e abordagens pelos
A educação ambiental conceitos e abordagens pelosA educação ambiental conceitos e abordagens pelos
A educação ambiental conceitos e abordagens pelos
 
Artigo ana angélica
Artigo   ana angélicaArtigo   ana angélica
Artigo ana angélica
 
1 praia - quadro das teorias abordagem geral
1  praia - quadro das teorias abordagem geral1  praia - quadro das teorias abordagem geral
1 praia - quadro das teorias abordagem geral
 
000822123
000822123000822123
000822123
 
56 201-1-pb
56 201-1-pb56 201-1-pb
56 201-1-pb
 
Pesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasilPesquisa educacional no brasil
Pesquisa educacional no brasil
 
Artigo sintec
Artigo sintecArtigo sintec
Artigo sintec
 
A aprendizagem significativa e o ensino das ciências hoje
A aprendizagem significativa e o ensino das ciências hojeA aprendizagem significativa e o ensino das ciências hoje
A aprendizagem significativa e o ensino das ciências hoje
 
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativaAprendizagem significativa
Aprendizagem significativa
 
Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...
Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...
Nvestigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletrici...
 
O professor, seu saber, sua pesquisa menga ludke
O professor, seu saber, sua pesquisa menga ludkeO professor, seu saber, sua pesquisa menga ludke
O professor, seu saber, sua pesquisa menga ludke
 
41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado
41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado
41 a historia-da-ciencia-no-ensino-da-termodinamica-revisado
 

Similaire à COMO SÃO FORMADAS AS CONCEPÇÕES DE MODELOS DOS ALUNOS A PARTIR DA VISÃO DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS.

Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...
Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...
Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...Anderson Oliveira
 
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdfMETODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdfJulianoRibasignez1
 
INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)
INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)
INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)ednilson73
 
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunesTeoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunesPROIDDBahiana
 
Modelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científicaModelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científicaednilson73
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...Anderson Oliveira
 
analogiasemlivrosdidaticos
analogiasemlivrosdidaticosanalogiasemlivrosdidaticos
analogiasemlivrosdidaticoscurtindoaquimica
 
Proj. integrador (1)
Proj. integrador (1)Proj. integrador (1)
Proj. integrador (1)Bruna Gomes
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...ProfessorPrincipiante
 
Psicologia e aprendizagem texto 02
Psicologia e aprendizagem   texto 02Psicologia e aprendizagem   texto 02
Psicologia e aprendizagem texto 02Rosi Whindson
 
Psicologia e aprendizagem texto 02
Psicologia e aprendizagem   texto 02Psicologia e aprendizagem   texto 02
Psicologia e aprendizagem texto 02Rosi Whindson
 
Os paradigmas em educação
Os paradigmas em educaçãoOs paradigmas em educação
Os paradigmas em educaçãoAndréa Kochhann
 
Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...
Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...
Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...hawbertt
 
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...Anderson Oliveira
 

Similaire à COMO SÃO FORMADAS AS CONCEPÇÕES DE MODELOS DOS ALUNOS A PARTIR DA VISÃO DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS. (20)

Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...
Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...
Oficinas temáticas como alternativas para abordagem dos modelos científicos p...
 
Livreto quimica
Livreto quimicaLivreto quimica
Livreto quimica
 
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdfMETODOLOGIAS ATIVAS  DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
METODOLOGIAS ATIVAS DO QUE ESTAMOS FALANDO.pdf
 
INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)
INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)
INSTRUÇÃO POR MODELAGEM (MODELING INSTRUCTION) NO ENSINO DE FÍSICA (resumo)
 
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunesTeoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
Teoria pesquisa-e-pratica-em-educacao-debora-r.p.-nunes
 
Modelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científicaModelagem matemática na educação científica
Modelagem matemática na educação científica
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
 
analogiasemlivrosdidaticos
analogiasemlivrosdidaticosanalogiasemlivrosdidaticos
analogiasemlivrosdidaticos
 
Pcn Quimica
Pcn QuimicaPcn Quimica
Pcn Quimica
 
Proj. integrador (1)
Proj. integrador (1)Proj. integrador (1)
Proj. integrador (1)
 
Budel
BudelBudel
Budel
 
analise quimica.pdf
analise  quimica.pdfanalise  quimica.pdf
analise quimica.pdf
 
analise quimica.pdf
analise  quimica.pdfanalise  quimica.pdf
analise quimica.pdf
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
 
Vt6[1]
Vt6[1]Vt6[1]
Vt6[1]
 
Psicologia e aprendizagem texto 02
Psicologia e aprendizagem   texto 02Psicologia e aprendizagem   texto 02
Psicologia e aprendizagem texto 02
 
Psicologia e aprendizagem texto 02
Psicologia e aprendizagem   texto 02Psicologia e aprendizagem   texto 02
Psicologia e aprendizagem texto 02
 
Os paradigmas em educação
Os paradigmas em educaçãoOs paradigmas em educação
Os paradigmas em educação
 
Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...
Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...
Contextulização e Experimentação na revita Química Nova na Escola: uma anális...
 
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...
 

Plus de Anderson Oliveira

The nature of science in science education an introduction science & educat...
The nature of science in science education an introduction   science & educat...The nature of science in science education an introduction   science & educat...
The nature of science in science education an introduction science & educat...Anderson Oliveira
 
CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.
CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.
CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.Anderson Oliveira
 
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.Anderson Oliveira
 
Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...
Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...
Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...Anderson Oliveira
 
Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...
Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...
Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...Anderson Oliveira
 
Ações do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leite
Ações do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leiteAções do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leite
Ações do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leiteAnderson Oliveira
 
Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...
Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...
Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...Anderson Oliveira
 

Plus de Anderson Oliveira (7)

The nature of science in science education an introduction science & educat...
The nature of science in science education an introduction   science & educat...The nature of science in science education an introduction   science & educat...
The nature of science in science education an introduction science & educat...
 
CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.
CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.
CONCEPÇÕES ATOMÍSTICAS DE ESTUDANTES DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.
 
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
 
Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...
Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...
Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médi...
 
Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...
Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...
Jogos didáticos como estratégia motivadora para aprendizagem de conceitos quí...
 
Ações do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leite
Ações do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leiteAções do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leite
Ações do PIBID/UFS na escola – Oficina temática a química do leite
 
Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...
Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...
Ações do PIBID/UFS/Química: investigando concepções de alunos da 1ª série do ...
 

Dernier

About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 

Dernier (20)

About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 

COMO SÃO FORMADAS AS CONCEPÇÕES DE MODELOS DOS ALUNOS A PARTIR DA VISÃO DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS.

  • 1. COMO SÃO FORMADAS AS CONCEPÇÕES DE MODELOS DOS ALUNOS A PARTIR DA VISÃO DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS. Anderson de Oliveira Santos1 Educação e Ensino de Ciências Exatas e Biológica. RESUMO Neste trabalho buscamos identificar quais as concepções alternativas os estudantes de uma instituição de ensino da rede pública estadual de Sergipe possuem sobre átomos; quais modelos científicos esses alunos elaboram e como essas concepções alternativas são afetadas pela visão que seus professores possuem sobre modelos científicos. Podemos perceber a presença da concepção de átomo como sendo à célula, visto que para a grande maioria dos alunos pesquisados, os átomos podem ser visualizados pelo microscópio; cerca de 60% dos modelos atômicos assemelharam-se a uma célula e/ou não se enquadraram em nenhum modelo cientifico existente atualmente; essas visões dependem de como seus professores concebem modelos científicos e tais concepções poderão ser mais acentuadas em seus alunos. Palavras-Chave: Concepções Alternativas, modelos mentais atomísticos, formação de professores de Química. ABSTRACT In this work we identify the alternative conceptions of students at a teaching institution in the public state of Sergipe have about atoms, which these students develop scientific models and how these alternative conceptions are affected by the view that their teachers have about scientific models. We conclude that this design is very similar to the atom cell, since the vast majority of respondents atoms can be viewed through the microscope, about 60% of atomic models resembled a cell and/or did not fit in any currently existing scientific model, these views depend on how teachers conceive their scientific models, such concepts may be more pronounced in his students. Keywords: Alternative Conceptions, atomistic mental models, teacher of chemistry. 1 Discente do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Sergipe. Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/PIBID/CAPES/UFS/Química 2010-2011. Participante do Grupo de Pesquisas em Ensino de Química – GRUPEQ do Departamento de Química – DQI da UFS, sob a coordenação da Profa. Dra. Marlene Rios Melo. E-mail para correspondência: andersonoliveira.sergipe@bol.com.br 1
  • 2. INTRODUÇÃO Pesquisas no ensino de Química realizadas durante a década de 1970 demonstraram que os estudantes possuem concepções alternativas sobre vários tópicos de ciências, e que essas são encontradas nas crianças antes mesmo da aprendizagem formal, e ainda, são em geral diferentes das que são aceitas pela comunidade cientifica, podendo ou não serem influenciadas pelo ensino, mesmo que de forma superficial. (BASTOS e col, 2004). A década de 1980 é considerada como sendo o marco inicial dos estudos sobre tais concepções diferentes das aceitas cientificamente, chamada de movimento das concepções alternativas (MCA). Estes estudos tinham como finalidade discutir os processos pelos quais conduziriam os alunos a promoção da evolução conceitual, ou seja, que levaria o aluno a abandonar suas idéias de senso comum por definições mais próximas da cientifica (BASTOS e col, 2004). Para Romanelli (1996) o ensino é uma intensa negociação de significados cabendo ao professor criar situações onde o aluno se torne insatisfeito com a sua concepção atual, e deseje definições mais coerentes com a realidade proposta. Portanto, o professor pode utilizar-se das mais variadas técnicas didáticas, sejam por meio de demonstrações, problemas, experimentos, etc. que possam ser usados para a criação de um conflito cognitivo nos estudantes. Portanto esse conflito seria um importante vínculo de estímulo, levando o aluno ou a mudança conceitual ou a aproximação da concepção científica, isso ocorreria quando ele percebesse que suas previsões não mais se confirmam, não funcionam ou são incoerentes com a realidade proposta. Os estudantes ao ingressarem no ensino médio possuem algumas concepções alternativas sobre conceitos de grande importância no ensino de Química, e que essas são universais (MORTIMER, 1995), como por exemplo, nas reações químicas (MIRANDA & MORTIMER, 1995) quando os estudantes recorrem ao animismo para explicar diversas transformações; em equilíbrio químico (ARAGÃO & MACHADO, 1996) quando os alunos trazem consigo a concepções de que o equilíbrio é alcançado quando a massa entre reagentes e produtos é igual; em soluções (ECHEVERRÍA, 1996) onde os alunos apresentam concepções alternativas sobre a descontinuidade da matéria e em especial sobre o átomo (MORTIMER, 1995) como a utilização também de idéias animistas e substancialista. O conceito de átomo, entendido enquanto modelo, apresenta muitas concepções alternativas devido à grande dificuldade de abstração e em transitar do nível macroscópico, também chamado de fenomenológico, e o nível microscópico também chamado de atômicomolecular, ou seja, nível ao qual não conseguimos acessar, mas apenas abstrair. 2
  • 3. Segundo a literatura (ARAGÃO & SCHNETZER, 1995), os sentimentos, as concepções de ensino, aprendizagem e conhecimento de cada professor, refletem de forma significativa em sua prática docente, sendo a linguagem utilizada em sala de aula um fator extremamente importante a ser observado, para que sejam complementadas as concepções de senso comum e as alternativas dos alunos com conceitos cientificamente corretos. Para tanto é necessário que professores pesquisem sobre sua prática pedagógica em sala de aula, sejam professores reflexivos (SHÖN, 1992), principalmente quando esses entendem que em processos de ensino-aprendizagem os alunos são considerados como “tábulas rasas”, e solicitando apenas respostas corretas, não considerando o que eles realmente sabem sobre aqueles conceitos (ARAGÃO & SCHNETZER, 1995), ou ainda, consideram que seus alunos não apresentam nenhum conhecimento. Na realidade os alunos possuem alguma concepção mesmo que de forma alternativa, e na maioria das vezes essas sofrem grandes resistências ao ensino, sendo necessário não apenas transmitir o conhecimento na forma de ensino transmissão-recepção, também chamado de ensino tradicional, mas promover uma mudança conceitual sobre determinado conceito, tudo isso tem sido objetivo de pesquisas no ensino de Química, visando à melhoria do trabalho docente em sala de aula principalmente com o surgimento do movimento das concepções alternativas (MCA), assim como também estudos que discutem a formação inicial e continuada de professores. Em função da grande abstração empregada nas aulas de Química, sendo esse um dos fatores responsáveis pelos problemas de aprendizagem encontrados em alguns alunos referentes à compreensão de alguns conceitos. A concepção de átomo é um desses conceitos que exige grande abstração e é de grande importância no estudo químico, já que leva á compreensão de vários fenômenos do cotidiano, seja micro ou macroscópico. Em função dessa importância têm surgido estudos sobre a utilização de modelos mentais no ensino de ciências (Química, Física e Biologia) entre as quais citamos: BORGES, 1997; GRECA, 2006; ABREU & OLIVEIRA, 2004; FERREIRA & JUSTI, 2005; JUSTI, 2006). DEFINIÇÕES DE MODELOS Um dos principais problemas referentes às dificuldades das relações de ensinoaprendizagem em Química envolvendo alunos do nível médio, apontado em diversas pesquisas no ensino, é sobre modelos atômicos. Consequentemente surgem alguns conflitos entre professores de Química apontados por Chassot (1996): “Qual o modelo de átomo que devo ensinar? para o autor a resposta para esse problema é “depende”, ou seja, para o autor o modelo a ser utilizado pelos professores de Química em sala de aula, depende da forma com 3
  • 4. que esse modelo será usado em aulas posteriores para a explicação de determinados fenômenos, visto que nem todos os modelos se adéquam para explicar determinadas observações. Encontramos ainda na literatura diversas definições de modelo entre as quais citamos (JUSTI, 2006, p. 175): “Um modelo é uma representação de uma idéia, objeto, acontecimento, processo ou sistema, criado com objetivo especifico”. (tradução nossa). Para Justi um modelo é uma representação de um objeto ou outras formas, criado com algum objetivo, no nosso caso para modelos atômicos é tentar fazer com que o aluno tenha um maior entendimento sobre o conceito de átomo. Para Borges (1997, p. 207) modelos podem ser definidos como sendo uma representação e que envolve o uso de analogias. “Um modelo pode ser definido como uma representação de um objeto ou uma idéia, de um evento ou de um processo, envolvendo analogias”. (BORGES, 1997 pg. 207). Para Greca (2006) o modelo mental é utilizado para compreender o mundo físico Um modelo mental é uma representação interna que atua como um análogo estrutural de situações ou processos. Sua função é a de dar conta do raciocínio dos indivíduos tanto quando tentam compreender o discurso como quando procuram explicar ou predizer o comportamento do mundo físico (GRACA, 2006 pg. 392). Portanto modelo atômico é uma construção humana que tem por intenção tentar explicar um fenômeno microscópico, através da utilização de analogias e abstrações que poderão levar o aluno a abandonar suas concepções alternativas por definições mais coerentes do ponto de vista cientifico, e um maior entendimento sobre o conceito de átomo. Ainda para Chassot (1996), construímos modelos com a finalidade de facilitar nas diversas situações, fazendo inferências e previsões de propriedades. O conceito de modelos é frequentemente utilizado em salas de aula com a finalidade da melhoria do aprendizado por parte dos alunos sobre determinadas fenômenos químicos, principalmente quando o que o professor deseja ensinar em sala de aula requer um grande nível de abstração para a compreensão, então recorremos as representação, sejam elas mentais ou visuais. DIFERENÇAS ENTRE MODELOS Os modelos mentais ou visuais são utilizados em diversas áreas do conhecimento como, Química, Física e Biologia, tendo como principal objetivo facilitar o aprendizado sobre determinados conceitos. Entretanto o uso de modelos nas diversas áreas do conhecimento apresenta diferenças entre si, como por exemplo, se o modelo representado para determinado conceito pode ser visível de alguma forma, como por exemplo, os modelos para a célula, 4
  • 5. utilizados em aulas de Biologia que mesmo sendo de origem micro podemos visualizá-lo através de aparelhos sofisticados como o microscópio e temos a certeza da sua existência. Em oposição aos modelos biológicos temos os químicos, como por exemplo, o átomo pela qual não temos a real convicção de que ele realmente exista ou como ele é realmente, mas apenas sua teoria é construída ao longo dos anos, aliás, o modelo atômico quântico é construído única e exclusivamente com equações matemáticas. Diante desta problemática surge a seguinte reflexão: como os modelos científicos são utilizados em aulas de Química em comparação com os modelos utilizados em aulas de Biologia? Como as concepções alternativas atomísticas dos alunos são afetadas pela visão que seus professores possuem sobre modelos científicos? Nas aulas de química criamos modelos para representação de conceitos que requerem um grande nível de abstração, cabendo ao professor o papel da mediação ou negociação de significados que levará o aluno a promoção da evolução conceitual, além da discussão em sala de aula de que a representação que está sendo idealizada não é uma representação fidedigna, mas uma representação que poderá ser ou não verdadeira. Já nas aulas de Biologia os modelos criados podem ser vistos, mesmo que com aparelhos sofisticados e a aproximação do macro ao micro é facilitada. METODOLOGIA DE PESQUISA A pesquisa empregada nesse trabalho segue a linha quantitativa e qualitativa. Para Ludke & André (1996), a pesquisa qualitativa apresenta com as seguintes características: 1) A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento [...]; 2) Os dados são predominantes descritivos [...]; 3) A preocupação com o processo é muito maior do que o produto [...]; 4) O “significado” que as pessoas dão as coisas e a sua idéia são focos de atenção pelo pesquisador [...]; 5) A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo [...] (p. 11-13). Na análise dos resultados encontramos muita descrição e não nos preocupamos em definir hipóteses antes do inicio da pesquisa. OBJETIVOS DA PESQUISA Verificar quais concepções alternativas os alunos possuem sobre átomos e como essas concepções foram afetadas pela visão de seus professores sobre modelos científicos. SUJEITOS DE PESQUISA A pesquisa foi realizada em um colégio da rede pública estadual de ensino do município de Lagarto/SE, e envolveu a participação de 35 alunos de uma turma do 1° ano do ensino médio. COLETA DE DADOS 5
  • 6. A coleta de dados foi realizada através da utilização de questionário estruturado. Os alunos em sala de aula foram divididos em grupos de no máximo 4 integrantes e orientados a discutir as questões propostas, no total de cinco e em seguida responde-las por escrito. ANÁLISE E DISCUSSÕES As respostas de cada aluno foram agrupadas em categorias para melhor compreensão, na qual apresentaremos e analisaremos a seguir (tabela 1). Você acredita que o átomo exista, ou ainda, é visível de alguma forma? Justifique sua resposta? I- Átomo visível através de um microscópio. 62,55% II- Átomo divisível e visível por um microscópio. 4,15% “Sim. Ele pode ser “Sim, pois ao ser visível através de um dividido sempre irá aparelho apropriado sobrar uma parte da como um matéria, que irá ser microscópio”. vista, com a ajuda de um microscópio”. “Sim. Pois com a tecnologia que temos hoje é possível através de um equipamento chamado microscópio”. III- Átomo indivisível e visível por um microscópio. 25% IV- Átomo indivisível e visível de alguma forma. 4,15% “Sim, por meio do microscópio. Por que o átomo é a menor partícula de uma molécula, e é indivisível”. “Sim, é visível de alguma forma porque é a menor partícula indivisível da matéria que forma as moléculas”. “Sim, porque o átomo é a menor partícula indivisível da matéria que forma as moléculas “O átomo existe, não podemos ver a olho nu só podemos ver com um microscópio”. “o átomo existe e é visível com microscópio”. “Sim, com microscópio”. Tabela 1: Categorias para primeira questão. Observamos que os alunos ao responderem a primeira pergunta todos afirmaram acreditar na existência do átomo. Para Romanelli, (1996) casos como esses podem ser 6
  • 7. originários da forma com que o ensino é praticado em sala de aula no estilo transmissãorecepção, sem levar em consideração os modelos mentais que estão sendo construindo durante a aula. Ainda referente a essa questão observamos que 91,65% dos entrevistados afirmaram em suas falas que o átomo pode ser visualizado por um microscópio, 4,15% afirmaram que possa ser visto de alguma forma não explicitando como, 4,15% que o átomo não pode ser dividido, 25% que pode ser dividido, e 4,15% das respostas não atingiram nosso objetivo referente a esse pergunta. Portanto é muito presente nos alunos dessa instituição de ensino a concepção de que o átomo possa ser visualizado pelo microscópio como uma célula humana por exemplo. Baseado em seus conhecimentos de Química desenhe uma figura que represente um átomo? Justifique seu desenho? Feitas as analises dos desenhos elaborados pelos alunos criamos quatro categorias, na qual apresentaremos e analisaremos a seguir (tabela 2): I 20% II 28,57% III 2,86% IV 48,57% Tabela 2: Categorias para a segunda questão. Analisando os desenhos propostos pelos estudantes agrupamos nas seguintes categorias: I- para modelos semelhantes a uma célula; II- modelo similar ao de Dalton; IIImodelo do sistema planetário de Rutherford e IV- modelos que não se assemelharam a nenhum modelo aceito cientificamente. Observando a tabela 2 nota-se que 20% dos desenhos se assemelharam a uma célula com todas as suas partes constituintes; 28,57% das representações foram parecidas com o modelo de Dalton; 2,86% dos desenhos se assemelharam ao sistema planetário de Rutherford e 48,57% das figuras não se enquadraram em nenhum dos modelos aceitos cientificamente 7
  • 8. desses 54,54% traziam em suas representações traços que lembravam os níveis de energia do modelo de Bohr, entretanto nenhuns dos estudantes em suas falas afirmaram que estavam se referindo a tal modelo, assim como tais representações si distanciaram muito do modelo de Bohr enquadramos na categoria na qual seus desenhos não se assemelharam a nenhum modelo cientifico. Encontramos em algumas respostas dos alunos quando esses tentaram explicar seus desenhos o que Mortimer (1995), definiu como sendo concepção atomista substancialista: “Faz parte de uma concepção que chamamos “atomismo substancialista”, uma vez que propriedades macroscópicas das sustâncias, como dilatar e mudar de estado, são atribuídas a átomos e moléculas”. (pg. 24). Alguns alunos ao justificarem seus desenhos propuseram propriedades macroscópicas a situações microscópicas, como podemos observar em duas falas de estudantes. O aluno 2 comparou um átomo a um pedaço de rocha, como podemos observar abaixo: A1: “Por eles (átomos) serem tão pequenos, acho que não tem uma forma 100% redonda oval ou quadrada”. A2: “Eu imagino que o átomo é como um pedaço de rocha que não pode ser derretido”. Portanto encontramos nessas duas respostas dos alunos dessa instituição de ensino o que Mortimer (1995) chamou de atomismo substancialista. Notamos também uma confusão por parte de alguns alunos no que se refere ao conceito de átomo e o que é uma molécula como podemos observar no discurso de um aluno: A1: “É um conjunto de bolas que se junta e se forma um átomo”. Esse estudante na verdade estava de referindo a moléculas e não a átomos. Essa confusão foi observada também no trabalho de Echeverría (1996). Cite exemplos do seu dia-a-dia onde podemos encontrar átomos, por exemplo, na planta tem átomos? Na madeira tem? Na célula? Onde podemos encontrar mais exemplos que tenham átomos? Justifique sua resposta? Assim como nas demais perguntas criamos as seguintes categorias para melhor compreensão tabela 3. I- Todo tipo de matéria, inclusive na célula. 50% II- Todo tipo de matéria, não cita célula como forma de encontramos átomos. 37,50% III- Qualquer coisa que seja “quebradiça”. 6,25% IV- Nos alimentos e plantas. 6,25% 8
  • 9. “Ovos: Na película do ovo “Na folha de papel, na contem átomos, batata, blusa, na borracha, porque alface, couve, células”. tudo é matéria, e matéria é constituído de átomos”. “Na planta tem átomos, na madeira e nas células também, podemos encontrar átomos em tudo que ocupa um lugar no espaço inclusive o próprio ar”. “Existe no sal, no açúcar, principalmente nas células”. “Sim. Em qualquer objeto que seja quebrável, pois vai partindo até chegar na menor partícula possível de ser quebrada”. “Encontramos nos alimentos como: ovos, carne, peixes, nas plantas, comigo ninguém pode, roseira, entre outros tipos de plantas”. “Em tudo tem átomos. Em tudo porque tudo que existe no espaço é constituído por átomos”. “Sim. Porque o sal e açúcar são formados por dois elementos atômicos, como por exemplo, o sal é formado por Na++Cl(Sódio + Cloro) Cloreto de sódio. “Na planta, na madeira e na célula tem átomos, também tem em outras coisas como no ferro, sal, açúcar, plásticos, papeis, etc.”. Tabela 3: Categorias para a terceira questão. Observamos que a metade dos pesquisados afirmaram que na célula contem átomos e 37,50% que não. A categoria que mais nos chamou a atenção foi a III, na qual os estudantes afirmaram que os átomos existem em objetos que ao se tentar quebrá-lo haverá certo momento na qual não se conseguira mais quebrá-lo, logo existem átomos. Portanto novamente idéias substancialista. No sal de cozinha e no açúcar existem átomos? Desenhe duas figuras que representem microscopicamente como você imagina ser o sal de cozinha e o açúcar respectivamente? Quais as diferenças desses dois exemplos do seu cotidiano? Justifique sua resposta? Nas representações elaboradas pelos alunos, criamos as seguintes categorias para o açúcar e sal de cozinha respectivamente tabelas 4 e 5: I. Modelo celular 11,42% II. Visão Substancialista 22,85% III. Outras representações 65,73% 9
  • 10. Tabela 4: Categorias para os modelos para o açúcar. I. Modelo celular 14,28% II. Visão Substancialista 5,71% III. Outras representações 80,01% Tabela 5: Categorias para os modelos para o sal de cozinha. Dos modelos propostos pelos alunos para o açúcar percebeu-se que: 11,42% dos desenhos se assemelharam a uma célula; 22,85% a uma visão substancialista, ou seja, que os átomos presentes no açúcar eram de forma quadrada; e 65,73% a outras formas onde desses, predomina o modelo de Dalton, tabela 4. Com relação aos modelos para a sal de cozinha (NaCl), novamente 14,28% dos desenhos se assemelharam a uma célula; 5,71% a visão substancialista, pois para eles os átomos do sal de conzinha são quadrados ou redondo, esse ultimo semelhante ao modelo de Dalton; 80,01% a outras representações não cientificas. Sendo dessa forma nenhum dos modelos propostos para o sal e o açúcar se aproximou de modelos aceitos cientificamente. Em seguida os alunos tentaram justificar seus desenhos propostos para o açúcar e o sal de cozinha, na qual também agrupamos em categorias (tabela 6). 10
  • 11. I- Sal salgado e Açúcar doce. 17,64% II- Um tem mais átomos que o outro. 11,76% III- Forma do sal e açúcar são diferentes (Geometria). 52,94% “O Açúcar contém varias listras onde ocorre o espalhamento do doce em todo conteúdo”. “A diferença do sal “Sim. Por ele ser quadrado” para o açúcar é que o (Açúcar). “Sim por ele ser sal contém mais redondo” (Sal). átomos e o açúcar é mais cristalizado”. “O átomo no açúcar e que no açúcar ele vai sente o gosto mais doce”. O átomo no sal ele vai sente o gosto mais salgado”. “A diferença é que o açúcar é formado por pequenos grãos maiores que a do sal então acho que a estrutura do açúcar seja mais resistente”. IV- Outros. 17,66% “Entre essas estrelinhas estão o sabor salgado”. Com essas linhas (Açúcar) o doce se espalha entre os blocos de açúcar...” “Eu imagino que o átomo esteja dentro do grauzinho do sal. Já no açúcar imagino que esteja fora do grauzinho”. “Sim. Um é quadrado” “Existe átomo tanto (Açúcar). Sim e o outro é fora do sal como redondo” (Sal). dentro também tem. Se existir no açúcar é dentro do grãozinho”. “Sim esse é quadrado” “No açúcar o átomo (Açúcar). Sim esse é obtem mais espaço e redondo” (Sal). possui total liberdade de deslocamento no minúsculo grão de açúcar”. No sal o átomo não tem total liberdade...” “Serve para dar sabor para os alimentos ele é diferente (sal) do açúcar pela formação de seus átomos”. “A diferença é que os dois tem moléculas que faz uma grande mudança em seus dois elementos”. “A olho nu podemos observar que no sal tem uma forma mais arredondada”. “É assim (Sal) porque podemos ver que ele tem uma forma arredondada”. “Pode-se notar-se que açúcar ele é mais quadricular. O Sal ele no olho nu pode-se ver que é mais arredondado”. i) “Eu desenhei assim (Açúcar) porque eu acho que ele parece com um prisma”. Tabela 6: Categorias para as diferenças entre o açúcar e o sal de cozinha. 11
  • 12. Ao questionar os estudantes sobre as possíveis diferenças entre o sal de cozinha (NaCl) e o açúcar, perceberam-se que: 17,64% afirmaram ser o gosto o fator a diferi essas duas substancias, portanto percebe-se nas respostas dos alunos a visão novamente substancialista; 11,76% afirmaram um tem mais átomos que o outro; 52,94% que seriam a geometria responsáveis pelas diferenças entre os dois, um sendo quadrado e o outro redondo; e 17,66% outras formas como visto na tabela 6. Em nenhum momento foi apontado pelos estudantes que no sal de cozinha encontramos íons que por uma força eletrostática mantém unidos formando um reticulo cristalino, confundem íons e átomos, entidades mentalmente construída com os cristais de sal e do açúcar. Qual a entidade presente no átomo de maior importância no estudo da química? Justifique sua resposta? Essa pergunta gerou em alguns alunos certa dúvida exigindo uma maior explicação, e as repostas formas agrupadas em categorias: I- Elétrons na formação de ligações Químicas. 28,57% “Química está relacionada com átomos porque tem suas principais tendências com elétrons, que os átomos ligam-se entre si, essa ligação é denominada ligação química, porque o átomo cede elétrons enquanto outro recebe”. “Os elétrons, pois é responsável por um átomo ser positivo ou negativo”. II- Elétrons, Prótons e Nêutrons. 28,57% III- Prótons. 21,43% IV- Células, Prótons, Elétrons e Prótons. 21,43% “Prótons, elétrons e “Prótons, porque “Células, Prótons, elétrons nêutrons, ele necessita dos é o núcleo do e nêutrons”. três para existirem”. átomo”. “Os prótons, os nêutrons e “Prótons”. os elétrons, pois o átomo precisa de todos eles”. Tabela 7: Categorias para a quinta questão. 28,57% das repostas afirmavam ser os elétrons a principal partícula importante para o estudo químico, visto que para os alunos são esses os responsáveis pela formação das ligações químicas e/ou um átomo ser positivo ou negativo, em nenhum momento foi citado algum tipo de ligação Química (iônica, covalente e metálica), demonstrando o pouco conhecimento dos estudantes com o tema e a razão pela qual não encontramos modelos que representassem de forma adequada o sal de cozinha inclusive suas diferenças em relação ao açúcar, no item anterior. CONSIDERAÇÔES FINAIS Os resultados da pesquisa nos possibilitaram concluir que: 12
  • 13. • Os estudantes têm grandes dificuldades de abstração referentes a temas como modelos atômicos, principalmente a nível microscópico. • A linguagem que o professor utiliza em sala de aula é um fator importante a ser observado, a fim de complementemos as concepções de senso comum dos estudantes, em definições cientificamente coerentes. • É muito presente nos alunos dessa instituição a concepção alternativa de que átomo possa ser semelhante a uma célula, visto que 20% dos desenhos atômicos propostos foram similares a uma célula, e ainda cerca de 90% dos estudantes afirmaram que o átomo pode ser visualizado pelo microscópio. • Encontramos idéias animistas e substancialista para o átomo como discutido por Mortimer (1995). • Em casos como esses, na qual alunos possuem varias concepções alternativas atomísticas o professor poderá recorrer a historia da Química, com a finalidade de tentar superar essas dificuldades (MORTIMER, 1995). AGRADECIMENTOS Agradecemos tanto a professora Lucia Prata pela disponibilidade dos horários de aula para a aplicação da pesquisa, ao Colégio Estadual e alunos participantes pela oportunidade de reflexão sobre o ensinar e aprender Química, quanto à Profª. Drª. Marlene Rios Melo pela orientação na elaboração desse trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, M. A. F. & OLIVEIRA, R. R. A construção de modelos anatômicos pelo aluno, uma proposta de ação pedagógica alternativa. In: NARDI, R; BASTOS, F; DINIZ, R. E. S. (org). Pesquisa em ensino de ciências contribuições para a formação de professore; Ed. Escritura, São Paulo, 2004. ARAGÃO, R. M. R. & MACHADO, A. H. Como os estudantes concebem o estado de Equilíbrio Químico. Química Nova na Escola, n. 4, p. 18-20, 1996. ARAGÃO, R. M. R. & SCHNETZLER, R. P. Importância, sentido e contribuições de pesquisas para o ensino de Química. Química Nova na Escola, n. 1, p. 27-31, 1995. BASTOS, F.; CALDEIRA, A. M. A.; DINIZ, R. E. S. & NARDI, R. Da necessidade de uma pluralidade de interpretações acerca do processo de ensino e aprendizagem em ciências. In: NARDI, R; BASTOS, F; DINIZ, R. E. S. (org). Pesquisa em ensino de ciências contribuições para a formação de professores; Ed. Escritura, São Paulo, 2004. BORGES, A. T. Um estudo de modelos mentais. Investigações em Ensino de Ciências. V. 2 (3), p. 207-226, 1997. 13
  • 14. CARMO, M. P.; FRANÇA, A. C. G.; & MARCONDES M. E. R. Estrutura atômica e formação dos íons: Uma análise das idéias dos alunos do 3° ano do Ensino Médio. Química Nova na Escola, v. 31, n. 4, p. 275-282, 2009. CARVALHO, A. M. P. Uma metodologia de pesquisa para estudar os processos de ensino e aprendizagem em salas de aula. In: SANTOS, F. M. T; GRECA, J. M. A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias. Ed. Unijui, Ijuí, RS, 2006. CHASSOT, A. Sobre prováveis modelos de átomos. Química Nova na Escola, n. 3, p. 3, 1996. ECHEVERRÍA, A. R. Como os estudantes concebem a formação de soluções. Química Nova na Escola, n. 3, p. 15-18, 1996. FERREIRA, P. F. M. & JUSTI, R. S. Atividades de Construção de modelos e ações envolvidas. V ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS. 2005. ISSN 1809-5100 FURIÓ, C. & FURIÓ C. Dificultades conceptuales y epistemológicas en el aprendizaje de los procesos químicos. Educación Química, v. 11 (3), p. 300-308, 2000. GRECA, I. M. Algumas metodologias para o estudo de modelos mentais. In: SANTOS, F. M. T; GRECA, J. M. A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias. Ed. Unijui, Ijuí, RS, 2006. JUSTI, R. S. La Enseñanza de Ciencias Basada en la Elaboración de Modelos. Enseñanza de las Ciencias, 24 (2), p. 173-184, 2006. MORTIMER, E. F. & MIRANDA, L. C. Transformações concepções de estudantes sobre reações Químicas. Química Nova na Escola, n. 2, p. 23-26, 1995. MORTIMER, E. F. Concepções atomistas dos estudantes. Química Nova na Escola, n. 1, p. 23-26, 1995. ROMANELLI, L. I. O papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem do conceito átomo. Química Nova na Escola, n.3, p. 27-31, 1996. SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In A. Nóvoa (Ed.), Os professores e a sua formação (pp. 79-91). Lisboa: D. Quixote (1992). 14