1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 600– ANO XIII Nº 19 – 30 de novembro de 2016
EDIÇÃO 600
Apenas um simples registro – seiscentas edições, desde julho de 2004,
quando se lançou o “protótipo”; AN-ZERO.
O CACAUEIRO PEDE SOCORRO.
Luiz Ferreira da Silva
O nosso livro- TRIBUTO À ANTIGA
CEPLAC. INSTITIUIÇÃO AGRÍCOLA ÚNICA -
é apenas um elo da cadeia CACAU. Não
basta a sua revitalização que deve ser vista
globalmente; entendendo - se a planta, quem
labuta com a terra e quem dá suporte técnico.
Ou seja: O CACAUEIRO, O CACAUICULTOR
E A CEPLAC.
Neste contexto, a solução financeira do
produtor de cacau vem em primeiro lugar,
condição fundamental à sobrevivência da
Cacauicultura, pois sem a sua capitalização o
cacaueiro pode entrar na lista de espécies em
vias de extinção como o jacarandá ou o mico
leão dourado. E a CEPLAC, seguir o mesmo
caminho. AMBOS À REBOQUE.
Portanto, se o Brasil deseja ter chocolate,
auferir dólares e distribuir rendas tem que
imediatamente implantar um programa amplo
em atendimento a esse tripé, sobretudo aos
seus requerimentos financeiros. Afora disso,
são remendos políticos que se rasgam
constantemente.
Com a introdução da vassoura de bruxa, em
maio 1989, o cacau baiano foi contaminado
exponencialmente, cuja doença se expandiu
rapidamente para todos os quadrantes da
região do cacau no sul da Bahia. Isso devido
a fatores altamente favoráveis para a
propagação do microrganismo, tais como:
áreas contínuas de extensas plantações
envelhecidas; topografia fortemente ondulada,
com altitude relativa de mais de 300 metros;
temperatura declinante no inverno (é a zona
de cacau mais fria do mundo) e rica
densidade da rede hidrográfica.
A distribuição regular das chuvas ao longo do
ano, sem períodos secos bem definidos,
propicia os lançamentos contínuos de ramos
e folhagem novos (flushing), o que é de
excepcional favorecimento para a vassoura-
de-bruxa.
A doença chegou ao sul da Bahia, numa hora
desvantajosa, crítica mesmo, quando a
cacauicultura se encontrava “quebrada”,
debilitada e mergulhada em grave crise de
produção. Os cacauais envelhecidos, sem
condições de competitividade.
A região se empobreceu e, decorridos quase
duas décadas, as dúvidas aumentam com
relação ao seu controle eficaz, haja vista a
falta de condições operacionais da CEPLAC,
uma organização sem liderança técnica, antes
um modelo eficaz; hoje, sem ânimos e sem
recursos, provida de ingerência política
insensata e incompetente, ademais da triste
omissão de seus funcionários e da sociedade
do cacau.
E, neste contexto, o “Theobroma” agoniza.
Ele passa a ser prioridade; uma questão de
2. sobrevivência do cultivo, que poderá
desaparecer, constituindo-se no primeiro caso
na história da agricultura brasileira.
Para reforçar essa premissa, basta se voltar a
1970 quando o café foi contaminado pela
terrível ferrugem. Em menos de 10 anos a
cafeicultura voltou ao seu patamar de
produção, porque possuía instituições
capazes de cuidar do cafeeiro, o que não está
acontecendo com o cacaueiro.
Vale a pena contextualizar: o país tem uma
dívida com o cacau, sejam pelo trabalho dos
pioneiros e posteriores abnegados
empreendedores e, principalmente, pelos
muitos anos de manutenção da lavoura
cacaueira a expensas de uma taxa
contributiva, devendo ser vista como
Patrimônio Nacional e deve ser “tombada” em
termos pragmáticos.
Duas ações são vitais para a recuperação da
lavoura cacaueira, que são interdependentes:
1. A implantação do PROCACAU-II, com base
na experiência adquirida com o PROCACAU-
I, que possibilitou expandir a lavoura sul
baiana em 600 mil hectares e consolidar dois
polos importantes na Amazônia
(Rondônia/Ariquemes, Jaru e Ouro Preto) e
no Pará (Transamazônica)
Nesta nova configuração, a Amazônia teria
uma visão diferenciada, pela experiência e
novos conhecimentos dos polos e,
principalmente, por dispor de uma imensidão
de terras mais baratas, providas de um
potencial de solos férteis, profundos e
produtivos, com um clima característico -
período seco bem determinado, que viabiliza
a convivência com a “vassoura-de-bruxa”, de
forma mais econômica e, tendo como
produtores, antigos “sem-terra”, que operam
suas propriedades com a força de trabalho do
conjunto familiar. Seria instituída uma meta de
plantio de 250 mil hectares para os próximos
10 anos, bem acima dos 150 mil hectares
propostos anteriormente.
No caso da reestruturação da economia
cacaueira sul-baiana/capixaba, o enfoque seria a
replantação dos velhos cacauais infectados com
a vassoura-de-bruxa, estabelecendo-se uma
meta de 300 mil hectares.
Em complemento, um adicional programa de
erradicação das áreas “envassouradas”,
fontes de contaminação dos novos plantios
como salvaguarda futura.
2. E, ademais, a revitalização da pesquisa,
outra ação em concomitância e sine qua non,
haja vista a necessidade de se dispor de uma
nova base genética voltada à resistência
clonal, que exige maciço investimento em
recursos financeiros e, sobretudo, humanos,
eivados de pesquisadores capacitados e em
tempo integral.
Essa questão está a exigir outra CEPLAC
que, para voltar a ser proficiente, deve levar
tempo, haja vista se encontrar debilitada, com
o agravante que mais de 65% do seu corpo
funcional já recebem o adicional de pré-
aposentadoria e outros tantos se
descomprometeram, conforme reclamam os
produtores de cacau.
Com ou sem CEPLAC, é urgente se implantar
um PROJETO INTEGRADO DE PESQUISAS
VOLTADO AO CONTROLE DA VASSOURA
DE BRUXA, constituído de pesquisadores
habilitados nas áreas do melhoramento
genético, fisiologia vegetal, fitopatologia,
fitotecnia e bioquímica, sob a coordenação de
um líder de pesquisa.
Provavelmente, o Grupo seria alocado nas
dependências da CEPLAC pela estrutura
física existente, sobretudo de campo,
absorvendo a massa crítica disponível que se
incorporaria à Unidade com os pesquisadores
de outras Instituições, todos eles ligados
administrativamente às suas origens
institucionais e funcionalmente ao Projeto
Matricial.
Essa concepção de pesquisa integrada nada
tem a ver com projetos disciplinares efetuados
por Organizações em suas dependências,
sobretudo como “encomendas”, que mais
satisfazem à curiosidade científica e/ou a
produção técnica para fins de melhoria
curricular do pesquisador, inexistindo a
concentração holística no problema.
Sob as asas do Ministério da Agricultura estão
a CEPLAC e a EMBRAPA que já seriam duas
fontes de pesquisadores, somando-se outras
cabeças pensantes advindas de Instituições
consentâneas.
Este projeto teria um mandato de 5 anos,
prorrogável a mais 5, tempo em que se
3. formariam pesquisadores capazes de recompor
o grupo e seguir nas pesquisas sine die.
Para reforçar essa ideia, notadamente no
caso de ter a sua factibilidade contestada,
recorro ao Projeto Radam da década de 70.
Procedido ao levantamento radargramétrico
da Amazônia, de interesse estratégico do
Governo Brasileiro, foram recrutados de suas
Instituições os mais gabaritados técnicos, que
se estabeleceram em Belém na missão
decenal de orientar, coordenar e até executar
os mapeamentos climáticos, geológicos,
hidrológicos, pedológicos, florestais, uso da
terra, após o que todo o acervo foi absorvido
pelo IBGE e continuado com os trabalhos em
detalhamento com a equipe remanescente.
Havia, assim, uma determinação política-
institucional de interesse nacional.
O cacau pode muito bem ser assim
visualizado. A questão, pois, está nas mãos
do Governo Federal. O que o país almeja em
ternos de cacau, há de se perguntar?
E cabe a sociedade cacaueira, entendendo-se
o produtor, os organismos sindicais, os
chocolateiros e outros afins, reivindicar tal
comportamento do Estado Brasileiro.
Não há outro caminho, assim creio!
COISAS QUE VOCÊ NEM IMAGINAVA QUE TINHAM UM PROPÓSITO
Para que serve o buraco no cabo de sua
panela…
Claro, o principal motivo para esse buraco
estar lá é para pendurar sua panela, mas da
próxima vez que você precisar colocar uma
colher que vá reutilizar e você não quer sujar
sua pia, já sabe onde colocar.
Já notou um pequeno orifício na parte
inferior de um cadeado?
Aquele pequeno buraco está lá por alguns
motivos. O primeiro é que ele permite a
drenagem de água do cadeado se você
estiver usando-o ao ar livre, por isso não vai
enferrujar na chuva ou congelar e quebrar no
inverno rigoroso. O furo também pode ser
utilizado para colocar óleo e mantê-lo
funcionando bem.
APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA
Luis Fernando Veríssimo
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite
dessas notei que havia alguém andando
sorrateiramente no quintal de casa. Levantei
em silêncio e fiquei acompanhando os leves
ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com
grades nas janelas e trancas internas nas
portas, não fiquei muito preocupado, mas era
claro que eu não ia deixar um ladrão ali,
espiando tranquilamente. Liguei baixinho para
a polícia, informei a situação e o meu
endereço.Perguntaram-me se o ladrão estava
armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não
havia nenhuma viatura por perto para ajudar,
mas que iriam mandar alguém assim que
fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com
a voz calma:
4. — Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém
no meu quintal. Não precisa mais ter pressa.
Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta
calibre 12, que tenho guardada em casa para estas
situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na
minha rua cinco carros da polícia, um
helicóptero, uma unidade do resgate , uma
equipe de TV e a turma dos direitos humanos,
que não perderiam isso por nada neste
mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que
ficava olhando tudo com cara de assombrado.
Talvez ele estivesse pensando que aquela era
a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou
de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o
ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia
ninguém disponível.
SOU UM PROFESSOR...
Postagem: Aloisio Guimarães
(www.terradosxucurus,blogspot.com.br)
Sou um professor que pensa...
...pensa em sair correndo toda vez que é
convocado para uma reunião, que certamente
o responsabilizará mais uma vez, pelo
insucesso do aluno.
Sou um professor que luta...
...luta dentro da sala de aula, com os alunos,
para que eles não matem uns aos outros. Que
luta contra seus próprios princípios de
educação, ética e moral.
Sou um professor que compreende...
...compreende que não vale a pena lutar
contra as regras do sistema, ele é sempre o
lado mais forte.
Sou um professor que critica...
...critica a si mesmo por estar fazendo o papel
de vários outros profissionais como:
psicólogo, médico, assistente social, mas não
consegue fazer o próprio papel que é o de
ensinar.
Sou um professor paciente...
...que tem esperança, e espera que a
qualquer momento chegue um "estranho" que
nunca entrou em uma sala de aula, impondo o
modo de ensinar e avaliar.
Sou um professor que sonha...
...sonha com um aluno interessado... sonha
com pais responsáveis... sonha com um
salário melhor, um mundo melhor.
Enfim, sou um professor que representa...
...representa a classe mais desprestigiada e
discriminada, e que é incentivada a trabalhar
só pelo amor à profissão. Representa um
palhaço para os alunos. Representa o
fantoche nas mãos do sistema, concordando
com as falsas metodologias de ensino.
PODEROSAS FRASES DE FILÓSOFOS
“O homem ideal carrega os acidentes da vida
com dignidade e graça, tomando a melhor das
circunstâncias” – Aristóteles
“Se você não desenvolver a coragem de ser
feliz em seus relacionamentos diários, você
não a desenvolverá para sobreviver aos
tempos difíceis de adversidades desafiadoras”
– Epicuro
“O caráter de um homem é o seu destino” –
Heráclito
“Não importa o quão devagar você vá, desde
que você não pare” – Confúcio
“Você pode ter poder sobre a sua mente – e
não eventos externos. Perceba isso e
encontre a força” – Marcus Aurelius
“A felicidade de sua vida depende da
qualidade de seus pensamentos” – Marcus
Aurelius
“A vida de um homem é o que os seus
pensamentos fazem dela” – Marcus Aurelius
5. “Empregue o seu tempo em melhorar a si
mesmo pelos escritos de outros homens, para
que você possa facilmente ganhar aquilo pelo
qual os outros têm trabalhado duro para
conseguir” – Sócrates
A POESIA DA SEMANA
METADE
Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre
amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que
resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu
mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...
Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na
infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que
fui,
A outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma
simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la
florescer;
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
A PIADA DA SEMANA
Um casal vinha por uma estrada do interior,
sem dizer uma palavra.
Uma discussão anterior havia levado a uma
briga, e nenhum dos dois queria dar o braço a
torcer. Ao passarem por uma fazenda em que
havia mulas e porcos, o marido perguntou,
sarcástico:
– Parentes seus?
– Sim, respondeu ela. Cunhados e sogra…
oOo
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