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CAOS, PLANEJAMENTO E ORDEM
Fernando Alcoforado*
Vivemos em um mundo caótico que, apesar das tentativas de planejamento econômico e
social em vários países capitalistas e socialistas, não tem havido sucesso na busca de seu
ordenamento e da estabilidade econômica e social. A União Soviética inaugurou a
tentativa de planejamento estatal centralizado que promoveu um extraordinário
crescimento econômico para o país até a década de 1970, mas não conseguiu impedir
seu declínio e desestruturação no final da década de 1980 do século XX. Alguns países
capitalistas centrais e periféricos, como o Brasil, planejaram suas economias com base
no modelo keynesiano após a Segunda Guerra Mundial obtendo elevado crescimento
econômico que não se tornou sustentado.
Com o fim da União Soviética e dos países socialistas do leste europeu e a vitória do
modelo neoliberal em todo o mundo a partir da década de 1990, o planejamento
governamental foi abandonado em todo o mundo capitalista como instrumento de
promoção do desenvolvimento econômico e social. Com a crise de 2008, o Estado vem
adotando políticas monetárias e fiscais com o propósito exclusivo de evitar a bancarrota
do sistema capitalista mundial. Prevalece ainda na operação do sistema capitalista
mundial em vários países a tese de que o Estado não deve intervir na economia
planejando o desenvolvimento econômico e social.
Ao longo da história, o desenvolvimento do capitalismo sempre andou de mãos dadas
com o caos econômico e social em todas as regiões do mundo. A história econômica de
vários países, inclusive do Brasil, demonstra que por mais que o capitalismo intervenha
nas fronteiras nacionais com a adoção de políticas de planejamento econômico e social
não terá êxito no ordenamento de suas economias e no seu desenvolvimento econômico
e social sustentado e muito menos viabilizará o ordenamento da economia mundial. Em
outras palavras, por mais que se planeje cada país, o caos econômico e social
prevalecerá em sua economia e, também, na economia mundial.
Tudo o que acaba de ser relatado demonstra que as antigas crenças no determinismo, no
controle e na previsibilidade dos modelos econômicos não se sustentam na era
contemporânea. O caos e a complexidade do ambiente de negócios fazem com que os
governos, as empresas e as pessoas sintam a sensação de estarem sendo arrastadas por
um furacão que permeia toda a vida política, econômica e social. Isto quer dizer que,
para compreender e gerir um sistema econômico e social complexo devemos pensar de
forma complexa e agir utilizando conceitos e práticas, no mínimo, comparáveis à
complexidade desse sistema.
As ciências clássicas que, no passado, nos ofereceram uma série de métodos para
entender a realidade e construir modelos econômicos e organizacionais já não atendem
as necessidades da era contemporânea. Vivemos e trabalhamos num mundo que não
pode mais ser analisado com base nos conceitos da mecânica de Newton, no
racionalismo de Descartes e no determinismo de Laplace. Não podemos continuar com
modelos econômicos e organizacionais em que tudo a eles relacionados seja tratado de
forma isolada e desconectada do todo.
2
Cada país do planeta e o mundo em que vivemos são constituídos por sistemas políticos,
econômicos e sociais caóticos, imprevisíveis e sensíveis às condições iniciais se
caracterizando pela incapacidade de prever seus estágios futuros porque uma pequena
mudança nas condições iniciais do sistema pode ocasionar grandes implicações em seu
comportamento futuro. Pode-se tomar como exemplo o mercado da bolsa de valores.
Após a compra de ações no mercado de capitais, pode-se estimar o preço futuro dessas
ações no curto prazo. Entretanto, à medida que o tempo passa, ou seja, a longo prazo,
obtém-se uma estimativa para o valor dessas ações, muito provavelmente, equivocada.
Pode-se afirmar que cada país e o mundo operam de acordo com a Teoria do Caos que é
uma das leis mais importantes do Universo presente na essência de quase tudo o que nos
cerca.
A ideia central da Teoria do Caos é a de que uma pequenina mudança no início de um
evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no
futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. A
imprevisibilidade ganhou ares de estudo científicos sério no início da década de 1960,
quando o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que fenômenos
aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida. Edward
Lorenz chegou a essa conclusão ao testar um programa de computador que simulava o
movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava os
cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o resultado
mudasse pouco. Mas a alteração insignificante transformou completamente o padrão das
massas de ar.
Com o tempo, cientistas concluíram que a mesma imprevisibilidade aparecia em quase
tudo, do ritmo dos batimentos cardíacos às cotações da Bolsa de Valores. Na década de
1970, o matemático polonês Benoit Mandelbrot deu um novo impulso à teoria ao notar
que as equações de Lorenz correspondiam com as que ele próprio havia feito quando
desenvolveu os fractais, figuras geradas a partir de fórmulas que retratam
matematicamente a geometria da natureza, como o relevo do solo ou as ramificações de
nossas veias e artérias.
A junção do experimento de Lorenz com a matemática de Mandelbrot indica que o caos
parece estar na essência de tudo, moldando o Universo. Pesquisas recentes mostraram
algo ainda mais surpreendente: equações idênticas aparecem em fenômenos caóticos
que não têm nada a ver uns com os outros. As equações de Lorenz para o caos
das massas de ar surgem também em experimentos com raio laser, e as mesmas
fórmulas que regem certas soluções químicas se repetem quando estudamos o ritmo
desordenado das gotas de uma torneira.
Prigogine elaborou a teoria das estruturas dissipativas que são aquelas longe do
equilíbrio. Em algumas fases, os elementos do sistema comportam-se de maneira
determinista e em outras fases - perto das chamadas bifurcações – opera de forma não
determinista (Ver o artigo Order Out of Chaos
de Ilya Prigogine & Isabelle Stengers publicado no website
<http://www.mountainman.com.au/chaos_02.htm>). Os modelos econômicos de
simulação determinísticos utilizados amplamente na atualidade não respondem aos
desafios da era contemporânea porque não contém variáveis aleatórias. Neste modelo,
para um conjunto conhecido de dados de entrada teremos um único conjunto de
resultados de saída. É preciso considerar o uso de modelos estocásticos, probabilísticos,
3
que possuem uma ou mais variáveis aleatórias como entrada, que levam a saídas
também aleatórias.
No Século XX, o determinismo científico criado pelas Ciências Clássicas entrou em
crise. A Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica refutaram a Mecânica de Newton
e o Racionalismo de Descartes. A partir da década de 1960, novas descobertas
científicas como a Teoria do Caos, que eliminou a fantasia laplaciana de previsibilidade
determinista, e a Teoria da Complexidade, que eliminou a idéia de que o mundo é
simples e que pode ser estudado por disciplinas isoladas, demonstraram que o mundo é
um fenômeno multi e transdisciplinar. As ciências, a partir de meados do século XX,
passaram a tratar do que é real no mundo, isto é, considerando complexo e
imprevisíveis a maioria dos fenômenos que nele acontecem. Portanto, os sistemas
humanos como as empresas, as economias e as sociedades devem ser considerados
como sistemas complexos.
Pelo exposto, cometem erros não apenas os tecnocratas formuladores dos modelos
econômicos que não funcionam e também a esfera política que idealiza transformação
da sociedade sem levar em conta a natureza do sistema econômico e social. A natureza
do sistema econômico e social não se sujeita a qualquer projeto político ou econômico
voluntarista. Tentativas de violentar a economia com objetivos que contradizem a lógica
econômica não tem, a longo prazo, estabilidade. Isto está comprovado no fracasso
econômico de industrializar algumas regiões periféricas, quanto na falência do
socialismo real, que teve que reconhecer sua própria irracionalidade econômica.
*Fernando Alcoforado, 74, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.
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Caos, planejamento e ordem

  • 1. 1 CAOS, PLANEJAMENTO E ORDEM Fernando Alcoforado* Vivemos em um mundo caótico que, apesar das tentativas de planejamento econômico e social em vários países capitalistas e socialistas, não tem havido sucesso na busca de seu ordenamento e da estabilidade econômica e social. A União Soviética inaugurou a tentativa de planejamento estatal centralizado que promoveu um extraordinário crescimento econômico para o país até a década de 1970, mas não conseguiu impedir seu declínio e desestruturação no final da década de 1980 do século XX. Alguns países capitalistas centrais e periféricos, como o Brasil, planejaram suas economias com base no modelo keynesiano após a Segunda Guerra Mundial obtendo elevado crescimento econômico que não se tornou sustentado. Com o fim da União Soviética e dos países socialistas do leste europeu e a vitória do modelo neoliberal em todo o mundo a partir da década de 1990, o planejamento governamental foi abandonado em todo o mundo capitalista como instrumento de promoção do desenvolvimento econômico e social. Com a crise de 2008, o Estado vem adotando políticas monetárias e fiscais com o propósito exclusivo de evitar a bancarrota do sistema capitalista mundial. Prevalece ainda na operação do sistema capitalista mundial em vários países a tese de que o Estado não deve intervir na economia planejando o desenvolvimento econômico e social. Ao longo da história, o desenvolvimento do capitalismo sempre andou de mãos dadas com o caos econômico e social em todas as regiões do mundo. A história econômica de vários países, inclusive do Brasil, demonstra que por mais que o capitalismo intervenha nas fronteiras nacionais com a adoção de políticas de planejamento econômico e social não terá êxito no ordenamento de suas economias e no seu desenvolvimento econômico e social sustentado e muito menos viabilizará o ordenamento da economia mundial. Em outras palavras, por mais que se planeje cada país, o caos econômico e social prevalecerá em sua economia e, também, na economia mundial. Tudo o que acaba de ser relatado demonstra que as antigas crenças no determinismo, no controle e na previsibilidade dos modelos econômicos não se sustentam na era contemporânea. O caos e a complexidade do ambiente de negócios fazem com que os governos, as empresas e as pessoas sintam a sensação de estarem sendo arrastadas por um furacão que permeia toda a vida política, econômica e social. Isto quer dizer que, para compreender e gerir um sistema econômico e social complexo devemos pensar de forma complexa e agir utilizando conceitos e práticas, no mínimo, comparáveis à complexidade desse sistema. As ciências clássicas que, no passado, nos ofereceram uma série de métodos para entender a realidade e construir modelos econômicos e organizacionais já não atendem as necessidades da era contemporânea. Vivemos e trabalhamos num mundo que não pode mais ser analisado com base nos conceitos da mecânica de Newton, no racionalismo de Descartes e no determinismo de Laplace. Não podemos continuar com modelos econômicos e organizacionais em que tudo a eles relacionados seja tratado de forma isolada e desconectada do todo.
  • 2. 2 Cada país do planeta e o mundo em que vivemos são constituídos por sistemas políticos, econômicos e sociais caóticos, imprevisíveis e sensíveis às condições iniciais se caracterizando pela incapacidade de prever seus estágios futuros porque uma pequena mudança nas condições iniciais do sistema pode ocasionar grandes implicações em seu comportamento futuro. Pode-se tomar como exemplo o mercado da bolsa de valores. Após a compra de ações no mercado de capitais, pode-se estimar o preço futuro dessas ações no curto prazo. Entretanto, à medida que o tempo passa, ou seja, a longo prazo, obtém-se uma estimativa para o valor dessas ações, muito provavelmente, equivocada. Pode-se afirmar que cada país e o mundo operam de acordo com a Teoria do Caos que é uma das leis mais importantes do Universo presente na essência de quase tudo o que nos cerca. A ideia central da Teoria do Caos é a de que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. A imprevisibilidade ganhou ares de estudo científicos sério no início da década de 1960, quando o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que fenômenos aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida. Edward Lorenz chegou a essa conclusão ao testar um programa de computador que simulava o movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o resultado mudasse pouco. Mas a alteração insignificante transformou completamente o padrão das massas de ar. Com o tempo, cientistas concluíram que a mesma imprevisibilidade aparecia em quase tudo, do ritmo dos batimentos cardíacos às cotações da Bolsa de Valores. Na década de 1970, o matemático polonês Benoit Mandelbrot deu um novo impulso à teoria ao notar que as equações de Lorenz correspondiam com as que ele próprio havia feito quando desenvolveu os fractais, figuras geradas a partir de fórmulas que retratam matematicamente a geometria da natureza, como o relevo do solo ou as ramificações de nossas veias e artérias. A junção do experimento de Lorenz com a matemática de Mandelbrot indica que o caos parece estar na essência de tudo, moldando o Universo. Pesquisas recentes mostraram algo ainda mais surpreendente: equações idênticas aparecem em fenômenos caóticos que não têm nada a ver uns com os outros. As equações de Lorenz para o caos das massas de ar surgem também em experimentos com raio laser, e as mesmas fórmulas que regem certas soluções químicas se repetem quando estudamos o ritmo desordenado das gotas de uma torneira. Prigogine elaborou a teoria das estruturas dissipativas que são aquelas longe do equilíbrio. Em algumas fases, os elementos do sistema comportam-se de maneira determinista e em outras fases - perto das chamadas bifurcações – opera de forma não determinista (Ver o artigo Order Out of Chaos de Ilya Prigogine & Isabelle Stengers publicado no website <http://www.mountainman.com.au/chaos_02.htm>). Os modelos econômicos de simulação determinísticos utilizados amplamente na atualidade não respondem aos desafios da era contemporânea porque não contém variáveis aleatórias. Neste modelo, para um conjunto conhecido de dados de entrada teremos um único conjunto de resultados de saída. É preciso considerar o uso de modelos estocásticos, probabilísticos,
  • 3. 3 que possuem uma ou mais variáveis aleatórias como entrada, que levam a saídas também aleatórias. No Século XX, o determinismo científico criado pelas Ciências Clássicas entrou em crise. A Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica refutaram a Mecânica de Newton e o Racionalismo de Descartes. A partir da década de 1960, novas descobertas científicas como a Teoria do Caos, que eliminou a fantasia laplaciana de previsibilidade determinista, e a Teoria da Complexidade, que eliminou a idéia de que o mundo é simples e que pode ser estudado por disciplinas isoladas, demonstraram que o mundo é um fenômeno multi e transdisciplinar. As ciências, a partir de meados do século XX, passaram a tratar do que é real no mundo, isto é, considerando complexo e imprevisíveis a maioria dos fenômenos que nele acontecem. Portanto, os sistemas humanos como as empresas, as economias e as sociedades devem ser considerados como sistemas complexos. Pelo exposto, cometem erros não apenas os tecnocratas formuladores dos modelos econômicos que não funcionam e também a esfera política que idealiza transformação da sociedade sem levar em conta a natureza do sistema econômico e social. A natureza do sistema econômico e social não se sujeita a qualquer projeto político ou econômico voluntarista. Tentativas de violentar a economia com objetivos que contradizem a lógica econômica não tem, a longo prazo, estabilidade. Isto está comprovado no fracasso econômico de industrializar algumas regiões periféricas, quanto na falência do socialismo real, que teve que reconhecer sua própria irracionalidade econômica. *Fernando Alcoforado, 74, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.
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