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Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett
Obs. O próprio autor fazia questão de ser chamado “Garréte”.
Classificação da obra: prosa (“romance”) histórica. A ação romanesca (a partir do
segundo quinto do livro) está encadeada às várias reflexões do narrador.
49 capítulos.
Ação principal: O autor resolve fazer uma viagem de Lisboa a Santarém, com a
intenção de conhecer as ricas várzeas desse Ribatejo, e assim saudar do alto cume a
mais histórica e monumental das vilas de Portugal. Paralelamente às paisagens visitadas
pelo autor e narrador, está presente um lindo caso de amor.
Narrador: Participante
Personagens Principais: Joaninha e Carlos, protagonistas da história de amor.
Personagens Secundárias: A avó de Joaninha – D. Francisca −, Frei Dinis, Georgina,
Júlia.
Tempo Histórico: década de 30 do séc. XIX
Linguagem: predomina o coloquialismo e a espontaneidade.
Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em dia
fazemos a nossa literatura. Já me não importa guardar segredo; depois desta desgraça,
não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te
fazemos ler.
Trata-se de um romance, de um drama. Cuidas que vamos estudar a História, a
natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da
época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres
e situações do vivo da natureza, colori-los das cores verdadeiras da História... isso é
trabalho difícil, longo, delicado; exige um estudo, um talento, e sobretudo um tacto!...
Não, senhor, a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico.
(cap. V)
Seis mil contos para isto, dez mil contos para aquilo!
Não tardam a contar por centenas de milhares.
Contar a eles não lhes custa nada.
A quem custa é a quem paga para todos esses balões de papel — a terra e a
indústria
........................................................................................................
.............................................................................................................................
..............................................................................................................................
Este capítulo deve ser considerado como introdução ao capítulo seguinte, em
que entra em cena Frei Dinis, o guardião de S. Francisco de Santarém.
(cap. XIII)
Resumo
Viagens na Minha Terra pode ser considerado uma narrativa contemporânea.
Um livro difícil de enquadrar em gênero literário, pelo hibridismo que apresenta; além
da viagem, que de fato acontece, paralelamente o autor conta um caso sentimental.
O conteúdo da obra parte, como já dissemos, de um fato real, uma viagem que
Garrett fez a Santarém e que teve o cuidado de situar no tempo. Além da viagem real,
Garrett, faz nas suas divagações, várias viagens paralelas. Tantas e tais viagens, que
numa delas o leva justamente, e pela mão de um companheiro de itinerário, a centrar-se
no drama sentimental de Carlos e a “menina dos rouxinois” – Joaninha.
Para mais realçar a beleza do quadro, vê-se por entre um claro das árvores a
janela meio aberta de uma habitação antiga mas não dilapidada — com certo ar de
conforto grosseiro, e carregada na cor pelo tempo e pelos vendavais do sul a que está
exposta. A janela é larga e baixa; parece-me mais ornada e também mais antiga que o
resto do edifício que todavia mal se vê...
Interessou-me aquela janela.
Quem terá o bom gosto e a fortuna de morar ali?
Parei e pus-me a namorar a janela.
Encantava-me, tinha-me ali como num feitiço.
Pareceu-me entrever uma cortina branca... e um vulto por detrás. Imaginação
decerto! Se o vulto fosse feminino!... era completo o romance.
Como há de ser belo ver o pôr o sol daquela janela!...
E ouvir cantar os rouxinóis!...
E ver raiar uma alvorada de maio!...
(cap. X)
O caso é a intricada história de uma velhinha com sua neta Joaninha. A menina-
moça tem um primo, filho da única filha da avó, que já falecera. A moça tinha só a avó.
Todas as semanas Frei Dinis vinha visitá-las, e algumas vezes trazia notícias de Carlos,
que já algum tempo, fazia parte do séquito de D. Pedro.
Só que a maneira como Frei Dinis falava de Carlos fazia perceber algo, que só a
idosa e Frei Dinis conheciam. Passara o ano de 1830, Carlos formara-se em Coimbra, e
só então visitou a família, mas com muitas reticências em relação à avó e Frei Dinis.
Carlos também pressentia que ele e a avó mantinham um segredo.
Carlos, nas suas andanças, já tinha eleito uma fidalga para ele: D. Georgina, mulher de
fino trato.
No entanto a guerra civil progredia, eram meados de 1833. Os
Constitucionalistas tinham tomado a Esquadra de D. Miguel, Lisboa estava em poder
deles, e Carlos era um dos guerreiros da parte Realista.
Em 11 de Outubro, os soldados estão todos por volta de Lisboa, as tropas
Constitucionais vinham ao encalço das Realistas, e na batalha sangrenta, muitos ficaram
feridos. A casa de Joaninha foi tomada por soldados Realistas, que vigiavam a passagem
dos Constitucionalistas.
Numa das andanças de Joaninha, por perto de casa, encontra Carlos, ele pede
que não diga que ali está, mas abraçam-se e trocam juras de amor ali mesmo. Só que
Carlos sabia que Georgina o esperava, e a sua mente tornou-se confusa, já não sabia se
amava Georgina. Joaninha vai inúmeras vezes ver e ajudar Carlos durante a
enfermidade.
Certo dia Carlos depois de muita insistência de Joaninha foi ver a avó, e ficou
surpreso da cegueira da mesma, por lá encontrou Frei Dinis, e quanto mais o olhava,
menos gosto tinha.
Enquanto permaneceu por perto, Carlos e Joaninha mantiveram uma tórrida
paixão. Mas, Carlos, já refeito dos ferimentos, seguiu para a tropa, e antes passa na casa
da avó para se despedir. Implora que ela conte a verdade sobre o suspeito segredo.
Então Dona Francisca conta que Frei Dinis é o genitor de Carlos, que a sua mãe morreu
de desgosto, e para se defender Frei Dinis mata o pai de Joaninha, e o marido da sua
amante.
Com isso Carlos parte, deixando Joaninha desolada. Volta a viver com Georgina.
Escreve à prima contando todo o seu romance com Georgina, o que para a moça foi um
impacto terrível. Mais Tarde Carlos se fez Barão. Também abandona Georgina, que vira
abadessa. Joaninha enlouqueceu e morreu. Frei Dinis foi quem cuidou da velha senhora
até á morte.
E assim o autor retorna a Lisboa.
Avaliação da obra
As Viagens, publicadas em volume em 1846, são o ponto de arranque da
moderna prosa literária portuguesa: pela mistura de estilos e de gêneros, pelo
cruzamento de uma linguagem ora clássica ora popular, ora jornalística ora dramática,
ressaltando a vivacidade de expressões e imagens, pelo tom oralizante do narrador,
Garrett libertou o discurso da pesada tradição clássica, antecipando o melhor que a este
nível havia de realizar Eça de Queirós.
Mas as Viagens valem também pela análise da situação política e social do país e
pela simbologia que Frei Dinis e Carlos apresentam: no primeiro é visível o que ainda
restava de positivo e negativo do Portugal velho, absolutista; o segundo representa, até
certo ponto, o espírito renovador e liberal. No entanto, o fracasso de Carlos é em grande
parte o fracasso do país que acabava de sair da guerra civil entre miguelistas e liberais
e que dava os primeiros passos duma vivência social e política em moldes modernos.
No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era
geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. Sua
obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas
inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram.
Santarém é um livro de pedra em que a mais interessante e mais poética parte
das nossas crônicas está escrita. (...)
O povo, de cuja história ela é o livro, ainda existe; mas esse povo caiu em infância,
deram-lhe o livro para brincar, rasgou-o mutilou-o, arrancou-lhe folha a folha, e fez
papagaios e bonecas, fez carapuços com elas.
(cap. XXIX)
Questões
1. (FUVEST) "Neste despropositado e inclassificável livro (...), não é que se quebre,
mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e o
sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada."
Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz reflexões como esta: "o povo, o povo
está são; os corruptos somos nós os que cuidamos saber e ignoramos tudo."
Trata-se da obra:
a) Portugal, de Miguel Torga.
b) Quincas Borba, de Machado de Assis.
c) Os Maias, de Eça de Queirós.
d) Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
e) Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett.
2. (VUNESP)
Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em dia
fazemos a nossa literatura. Já me não importa guardar segredo; depois desta desgraça,
não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te
fazemos ler.
Trata-se de um romance, de um drama. Cuidas que vamos estudar a História, a
natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da
época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres
e situações do vivo da natureza, colori-los das cores verdadeiras da História... isso é
trabalho difícil, longo, delicado; exige um estudo, um talento, e sobretudo um tacto!...
Não, senhor, a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico.
Todo o drama e todo o romance precisa de:
Uma ou duas damas,
Um pai,
Dois ou três filhos de dezanove a trinta anos,
Um criado velho,
Um monstro, encarregado de fazer as maldades,
Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios.
Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eugénio Sue, de Vítor
Hugo, e recorta a gente, de cada um deles, as figuras que precisa, gruda-as sobre uma
folha de papel da cor da moda, verde, pardo, azul - como fazem as raparigas inglesas
aos seus álbuns e scrap-books; forma com elas os grupos e situações que lhe parece;
não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se às crônicas, tiram-
se uns poucos de nomes e palavrões velhos; com os nomes crismam-se os figurões; com
os palavrões iluminam-se... (estilo de pintor pinta-monos). - E aqui está como nós
fazemos a nossa literatura original.
(cap. V - fragmento) in Garrett, Almeida. "Obra Completa - I", Porto,
Lello & Irmão, 1963, pp. 27-28.
Almeida Garrett (1799-1854), que pertenceu à primeira fase do Romantismo português,
é poeta, prosador e dramaturgo dos mais importantes da Literatura Portuguesa. Em
Viagens na Minha Terra (1846), mistura, em prosa rica, variada e espirituosa, o relato
jornalístico, a literatura de viagens, as divagações sobre temas da época e os
comentários críticos, muitas vezes mordazes, sobre a literatura em voga, no período.
Releia o texto que lhe apresentamos e, a seguir, responda:
a) a que gêneros literários se refere Almeida Garrett?
b) quais os principais defeitos, segundo Garrett, dos escritores que elaboravam obras de
tais gêneros?
3.
ESTRANHA FORMA DE VIDA
Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade,
Que todos os ais são meus
Que é toda a minha saudade,
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
Tem este meu coração;
Vive de vida perdida
Quem lhe daria o condão,
Que estranha forma de vida!
Coração independente
Coração que não comando,
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando,
Coração independente!
Eu não te acompanho mais.
Para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
Por que teimas em correr?
Eu não te acompanho mais!
Se não sabes aonde vais,
Para, deixa de bater.
Eu não te acompanho mais!
(Amália Rodrigues e Alfredo Duarte)
Em Viagens na Minha Terra Carlos encontra-se dividido entre duas paixões.
a) Identifique as personagens que causam dúvida em Carlos e o que simbolizam na
obra.
b) Extraia do texto Estranha Forma de Vida alguma(s) passagem(ns) que demonstre(m)
o conflito vivido por Carlos.

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Viagens na minha terra

  • 1. Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett Obs. O próprio autor fazia questão de ser chamado “Garréte”. Classificação da obra: prosa (“romance”) histórica. A ação romanesca (a partir do segundo quinto do livro) está encadeada às várias reflexões do narrador. 49 capítulos. Ação principal: O autor resolve fazer uma viagem de Lisboa a Santarém, com a intenção de conhecer as ricas várzeas desse Ribatejo, e assim saudar do alto cume a mais histórica e monumental das vilas de Portugal. Paralelamente às paisagens visitadas pelo autor e narrador, está presente um lindo caso de amor. Narrador: Participante Personagens Principais: Joaninha e Carlos, protagonistas da história de amor. Personagens Secundárias: A avó de Joaninha – D. Francisca −, Frei Dinis, Georgina, Júlia. Tempo Histórico: década de 30 do séc. XIX Linguagem: predomina o coloquialismo e a espontaneidade. Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já me não importa guardar segredo; depois desta desgraça, não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler. Trata-se de um romance, de um drama. Cuidas que vamos estudar a História, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e situações do vivo da natureza, colori-los das cores verdadeiras da História... isso é trabalho difícil, longo, delicado; exige um estudo, um talento, e sobretudo um tacto!... Não, senhor, a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico. (cap. V) Seis mil contos para isto, dez mil contos para aquilo! Não tardam a contar por centenas de milhares. Contar a eles não lhes custa nada. A quem custa é a quem paga para todos esses balões de papel — a terra e a indústria ........................................................................................................ .............................................................................................................................
  • 2. .............................................................................................................................. Este capítulo deve ser considerado como introdução ao capítulo seguinte, em que entra em cena Frei Dinis, o guardião de S. Francisco de Santarém. (cap. XIII) Resumo Viagens na Minha Terra pode ser considerado uma narrativa contemporânea. Um livro difícil de enquadrar em gênero literário, pelo hibridismo que apresenta; além da viagem, que de fato acontece, paralelamente o autor conta um caso sentimental. O conteúdo da obra parte, como já dissemos, de um fato real, uma viagem que Garrett fez a Santarém e que teve o cuidado de situar no tempo. Além da viagem real, Garrett, faz nas suas divagações, várias viagens paralelas. Tantas e tais viagens, que numa delas o leva justamente, e pela mão de um companheiro de itinerário, a centrar-se no drama sentimental de Carlos e a “menina dos rouxinois” – Joaninha. Para mais realçar a beleza do quadro, vê-se por entre um claro das árvores a janela meio aberta de uma habitação antiga mas não dilapidada — com certo ar de conforto grosseiro, e carregada na cor pelo tempo e pelos vendavais do sul a que está exposta. A janela é larga e baixa; parece-me mais ornada e também mais antiga que o resto do edifício que todavia mal se vê... Interessou-me aquela janela. Quem terá o bom gosto e a fortuna de morar ali? Parei e pus-me a namorar a janela. Encantava-me, tinha-me ali como num feitiço. Pareceu-me entrever uma cortina branca... e um vulto por detrás. Imaginação decerto! Se o vulto fosse feminino!... era completo o romance. Como há de ser belo ver o pôr o sol daquela janela!... E ouvir cantar os rouxinóis!... E ver raiar uma alvorada de maio!... (cap. X) O caso é a intricada história de uma velhinha com sua neta Joaninha. A menina- moça tem um primo, filho da única filha da avó, que já falecera. A moça tinha só a avó. Todas as semanas Frei Dinis vinha visitá-las, e algumas vezes trazia notícias de Carlos, que já algum tempo, fazia parte do séquito de D. Pedro. Só que a maneira como Frei Dinis falava de Carlos fazia perceber algo, que só a idosa e Frei Dinis conheciam. Passara o ano de 1830, Carlos formara-se em Coimbra, e só então visitou a família, mas com muitas reticências em relação à avó e Frei Dinis. Carlos também pressentia que ele e a avó mantinham um segredo. Carlos, nas suas andanças, já tinha eleito uma fidalga para ele: D. Georgina, mulher de fino trato.
  • 3. No entanto a guerra civil progredia, eram meados de 1833. Os Constitucionalistas tinham tomado a Esquadra de D. Miguel, Lisboa estava em poder deles, e Carlos era um dos guerreiros da parte Realista. Em 11 de Outubro, os soldados estão todos por volta de Lisboa, as tropas Constitucionais vinham ao encalço das Realistas, e na batalha sangrenta, muitos ficaram feridos. A casa de Joaninha foi tomada por soldados Realistas, que vigiavam a passagem dos Constitucionalistas. Numa das andanças de Joaninha, por perto de casa, encontra Carlos, ele pede que não diga que ali está, mas abraçam-se e trocam juras de amor ali mesmo. Só que Carlos sabia que Georgina o esperava, e a sua mente tornou-se confusa, já não sabia se amava Georgina. Joaninha vai inúmeras vezes ver e ajudar Carlos durante a enfermidade. Certo dia Carlos depois de muita insistência de Joaninha foi ver a avó, e ficou surpreso da cegueira da mesma, por lá encontrou Frei Dinis, e quanto mais o olhava, menos gosto tinha. Enquanto permaneceu por perto, Carlos e Joaninha mantiveram uma tórrida paixão. Mas, Carlos, já refeito dos ferimentos, seguiu para a tropa, e antes passa na casa da avó para se despedir. Implora que ela conte a verdade sobre o suspeito segredo. Então Dona Francisca conta que Frei Dinis é o genitor de Carlos, que a sua mãe morreu de desgosto, e para se defender Frei Dinis mata o pai de Joaninha, e o marido da sua amante. Com isso Carlos parte, deixando Joaninha desolada. Volta a viver com Georgina. Escreve à prima contando todo o seu romance com Georgina, o que para a moça foi um impacto terrível. Mais Tarde Carlos se fez Barão. Também abandona Georgina, que vira abadessa. Joaninha enlouqueceu e morreu. Frei Dinis foi quem cuidou da velha senhora até á morte. E assim o autor retorna a Lisboa. Avaliação da obra As Viagens, publicadas em volume em 1846, são o ponto de arranque da moderna prosa literária portuguesa: pela mistura de estilos e de gêneros, pelo cruzamento de uma linguagem ora clássica ora popular, ora jornalística ora dramática, ressaltando a vivacidade de expressões e imagens, pelo tom oralizante do narrador, Garrett libertou o discurso da pesada tradição clássica, antecipando o melhor que a este nível havia de realizar Eça de Queirós.
  • 4. Mas as Viagens valem também pela análise da situação política e social do país e pela simbologia que Frei Dinis e Carlos apresentam: no primeiro é visível o que ainda restava de positivo e negativo do Portugal velho, absolutista; o segundo representa, até certo ponto, o espírito renovador e liberal. No entanto, o fracasso de Carlos é em grande parte o fracasso do país que acabava de sair da guerra civil entre miguelistas e liberais e que dava os primeiros passos duma vivência social e política em moldes modernos. No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. Sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Santarém é um livro de pedra em que a mais interessante e mais poética parte das nossas crônicas está escrita. (...) O povo, de cuja história ela é o livro, ainda existe; mas esse povo caiu em infância, deram-lhe o livro para brincar, rasgou-o mutilou-o, arrancou-lhe folha a folha, e fez papagaios e bonecas, fez carapuços com elas. (cap. XXIX) Questões 1. (FUVEST) "Neste despropositado e inclassificável livro (...), não é que se quebre, mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e o sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada." Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz reflexões como esta: "o povo, o povo está são; os corruptos somos nós os que cuidamos saber e ignoramos tudo." Trata-se da obra: a) Portugal, de Miguel Torga. b) Quincas Borba, de Machado de Assis. c) Os Maias, de Eça de Queirós. d) Vidas Secas, de Graciliano Ramos. e) Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett. 2. (VUNESP) Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já me não importa guardar segredo; depois desta desgraça, não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler. Trata-se de um romance, de um drama. Cuidas que vamos estudar a História, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e situações do vivo da natureza, colori-los das cores verdadeiras da História... isso é
  • 5. trabalho difícil, longo, delicado; exige um estudo, um talento, e sobretudo um tacto!... Não, senhor, a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico. Todo o drama e todo o romance precisa de: Uma ou duas damas, Um pai, Dois ou três filhos de dezanove a trinta anos, Um criado velho, Um monstro, encarregado de fazer as maldades, Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios. Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eugénio Sue, de Vítor Hugo, e recorta a gente, de cada um deles, as figuras que precisa, gruda-as sobre uma folha de papel da cor da moda, verde, pardo, azul - como fazem as raparigas inglesas aos seus álbuns e scrap-books; forma com elas os grupos e situações que lhe parece; não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se às crônicas, tiram- se uns poucos de nomes e palavrões velhos; com os nomes crismam-se os figurões; com os palavrões iluminam-se... (estilo de pintor pinta-monos). - E aqui está como nós fazemos a nossa literatura original. (cap. V - fragmento) in Garrett, Almeida. "Obra Completa - I", Porto, Lello & Irmão, 1963, pp. 27-28. Almeida Garrett (1799-1854), que pertenceu à primeira fase do Romantismo português, é poeta, prosador e dramaturgo dos mais importantes da Literatura Portuguesa. Em Viagens na Minha Terra (1846), mistura, em prosa rica, variada e espirituosa, o relato jornalístico, a literatura de viagens, as divagações sobre temas da época e os comentários críticos, muitas vezes mordazes, sobre a literatura em voga, no período. Releia o texto que lhe apresentamos e, a seguir, responda: a) a que gêneros literários se refere Almeida Garrett? b) quais os principais defeitos, segundo Garrett, dos escritores que elaboravam obras de tais gêneros? 3. ESTRANHA FORMA DE VIDA Foi por vontade de Deus Que eu vivo nesta ansiedade, Que todos os ais são meus Que é toda a minha saudade, Foi por vontade de Deus. Que estranha forma de vida Tem este meu coração; Vive de vida perdida
  • 6. Quem lhe daria o condão, Que estranha forma de vida! Coração independente Coração que não comando, Vives perdido entre a gente Teimosamente sangrando, Coração independente! Eu não te acompanho mais. Para, deixa de bater. Se não sabes aonde vais, Por que teimas em correr? Eu não te acompanho mais! Se não sabes aonde vais, Para, deixa de bater. Eu não te acompanho mais! (Amália Rodrigues e Alfredo Duarte) Em Viagens na Minha Terra Carlos encontra-se dividido entre duas paixões. a) Identifique as personagens que causam dúvida em Carlos e o que simbolizam na obra. b) Extraia do texto Estranha Forma de Vida alguma(s) passagem(ns) que demonstre(m) o conflito vivido por Carlos.