O documento discute a influência da violência na escola no aprendizado dos alunos e no desenvolvimento dos professores. A pesquisa mostra que diferentes tipos de violência, como agressão física e bullying, estão aumentando e afetando negativamente a aprendizagem e a permanência dos alunos na escola. A violência também está associada à rotatividade dos professores entre as turmas.
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A violência dentro da escola (TCD)
1. A violência dentro da Escola A influência da Violência no aprendizado dos alunos, e no desenvolvimento profissional dos professores. UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Rafael Moreira de Cerqueira matrícula: 2009016317. Renato Pereira Lopes
2. Objetivo: O presente artigo discute a problemática da violência no meio escolar e sua influência no aprendizado de alunos e do desenvolvimento profissional de professores no ensino fundamental e médio. Tendo como objetivo aferir sua intensidade, suas diferentes formas de manifestação e seus reflexos nas instituições de ensino. O estudo busca apresentar um diagnóstico geral que possa servir de subsídio para possíveis projetos de intervenção e prevenção desse fenomêno.
3. A importância da pesquisa se pauta na observação do aumento da agressão física e/ou moral (no caso do bulinyng), no interior das unidades escolares. Verificou-se que os tipos de violência que mais ameaçam o sistema de ensino, pertencem a um conjunto extremamente diverso de ações classificadas pelos pesquisadores da área como “microviolências” ou incivilidades
4. Introdução: Nota-se recentemente que educadores, pais, alunos e formuladores de políticas públicas estão bastante preocupados com a questão da violência nas escolas. O fenômeno da violência no meio escolar vem sendo discutido em todo mundo preocupando políticos, órgãos policiais e a sociedade como um todo. A preocupação é legítima, haja vista que as manifestações da violência induzem comportamentos nos agentes da educação que se contrapõem às metas de melhoria da qualidade de ensino e aumento da permanência na escola. Por um lado, a falta de segurança força os diretores e professores a reduzirem as exigências no processo de ensino-aprendizagem. Por outro os alunos, os alunos podem ter dificuldades de concentração nas aulas e, no limite, evadirem-se da escola.
5. Academicamente, o tema tem ganhado importância e acreditamos poder falar, não sem questões ainda polêmicas e pontos de divergência, na constituição de uma comunidade científica, preocupada com a questão. Diante desta realidade, perguntamos, quais as principais categorias de violência identificadas pelas escolas? Quais são seus principais atores e suas principais vítimas? Quais os reflexos da violência no cotidiano escolas? Apesar desse fatores se relacionarem diretamente com a acumulação de capital humano, quase não tem sido abordados na literatura econômica. Tento em vista a relevância social do problema, este trabalho procurou evidenciar a relação direta entre a violência no ambiente escolar e no entorno das escolas e a proficiência dos alunos e uma relação indireta entre essas variáveis que parece operar por meio da rotatividade de professores.
6. Base de dados : Essa base de dados contém informações de uma amostra de estudantes de escolas públicas e privadas. Cada aluno selecionado faz prova de uma única disciplina- Língua Portuguesa ou Matemática – e responde um questionário sobre seus hábitos de estudo e suas caracteristicas sócio-culturais. Metodologia: O objetivo deste estudo foi avaliar como a violência dentro e no entorno das escolas esta relacionada a proficiência dos alunos. Assim a variável dependente é a proficiência do estudante. Evidentemente, controlamos para diversas características dos alunos, dos professores, das turmas e das escolas, que são apresentadas nas tabelas das estatísticas descritivas
7. Como queríamos mostrar, a associação existente entre a violência na escola e a proficiência dos alunos e como alguns regressores de interesse interagiam com a violência, a equação que estimamos foi: (1) ln(Y ) = X ' .a +b .V + I ' .g +d .(V * I ) +e. Em que in(y) é o logaritmo da proficiência do aluno i da turma t e da escola e. Considere, por exemplo, a interação do numero de alunos em uma turma com a violência. Se o coeficiente dessa interação for negativo e significante, então os transbordamentos maléficos da violência são maiores em turmas mais numerosas, ampliando a correlação negativa.
8. Na escolas particulares, por exemplo é comum uma matéria ser ministrada por mais de um professor: um exemplo é a disciplina de língua portuguesa que pode ser lecionada por três professores – um de gramática, um de literatura, e outro de redação. Tendo feita essa considerações, construímos uma variável dependente categorizada da seguinte forma: - 0 se turma não teve professor durante o ano letivo; - 1 se a turma teve um único professor durante o ano letivo (condições normais) e; - Se a turma teve mais que um professor durante o ano letivo (rotatividade).
9. Utilizamos modelo multinominal logístico para estimar como os indicadores de violência estão associados as probabilidades de uma turma ter nenhum, ou um ou dois ou mais professores durante o ano letivo. Calculamos o impacto de mudanças marginais nas variáveis de violência sobre as probabilidades. Os efeitos marginais (as variações percentuais da probabilidade do evento ocorrer quando uma determinada variável independente é modificada) são calculados a partir dos coeficientes estimados.
10. Considerações Finais : Frequentemente, a mídia nos relata a ocorrência de diversos episódios nas dependências internas e externas da escola. Será que há uma relação direta entre a violência nesses colégios e um pior desempenho de seus alunos, controlando por características do corpo discente e docente e da infraestrutura dessas escolas? Mais ainda será que há alguma associação indireta entre violência nas escolas e performance dos alunos, que passa pela distorção de incentivos dos professores? De fato, mostramos que a ocorrência de fatos violentos numa escola está negativamente relacionada à probabilidade das turmas desse colégio terem um único professor durante o ano letivo, e positivamente associada à probabilidade dessas turmas sofrerem com o problema da rotatividade docente.
11. Assim, aliar investimento em educação com investimento em programas de combate à violência pode ser uma maneira eficaz de promover a inclusão social e a redução da desigualdade.