A revista Canavieiros de junho de 2009 destaca:
1) A realização da 5a edição da feira Agronegócios Copercana entre os dias 24 a 26 de junho, com mais de 60 expositores de insumos e máquinas agrícolas.
2) Entrevista com o professor Marcos Fava Neves, que analisa os resultados do Ethanol Summit e afirma que o pior momento para o setor sucroenergético já passou.
3) Matérias sobre lançamento de selo de qualidade da Abicab, resultados do
3. Editorial
Feira de bons
negócios
A
edição deste mês da Canavieiros destaca
a realização da quinta edição da Agronegócios Copercana, entre os dias 24, 25 e
26, e que promete ser uma ótima oportunidade de
bons negócios para aos cooperados e associados do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred.
Apesar da crise, é preciso garantir uma boa produção e a feira reunirá mais de 60 expositores de
insumos, máquinas e equipamentos para as culturas de amendoim, milho, soja e cana-de-açúcar.
E por falar em crise, o assunto ainda está em
pauta. Por isso, a entrevista deste mês é com o
professor da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), da USP, de Ribeirão Preto, Marcos Fava Neves. Ele faz um resumo das novidades apresentadas no Ethanol Summit, realizado pela Unica no início deste mês, analisa os gargalos que devem ser vencidos e anuncia a realização de uma radiografia de toda a cadeia produtiva da cana.
O Notícias Copercana deste mês destaca o lançamento do novo selo de qualidade da Abicab
(Associação Brasileira da Indústria de Chocolate,
Cacau, Amendoim, Bala e derivados) realizado em
São Paulo com a presença de representantes do
setor da Qualidade da Copercana e da CAP. Também são apresentados os primeiros resultados do
Projeto Soja da Copercana em parceira com a Uname (Unidade de Grãos) iniciado na safra 08/09.
O Netto Campello Hospital e Maternidade
traz em Notícias Canaoeste a ampliação da qualidade hospitalar por meio da humanização, que
veio com o objetivo de amenizar os receios,
medos e ansiedades das crianças que necessitam de hospitalização.
O presidente do Sistema OCB (Organização
das Cooperativas Brasileiras), Márcio de Freitas,
está no Ponto de Vista, onde aborda a importância e o significado de um sistema cooperativista
para a economia do país em meio a turbulências
que vivemos.
Os artigos técnicos desta edição são assinados pelo consultor da Canaoeste, Cleber Moraes,
e pela equipe do CTC. O primeiro trata das lições
das crises ocorridas ao longo dos anos de produção no Brasil. Já o segundo artigo aborda as perdas de cana e impurezas vegetais e minerais existentes na colheita mecanizada.
A seção Novas Tecnologias traz o investimento da Embrapa em variedade de cana tolerante à
seca, que é feito desde agosto do ano passado, e
também o lançamento do CTCSat, mais uma novidade do CTC para o setor canavieiro, que vai ser
disponibilizado aos seus fornecedores.
O advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti,
aborda em Assuntos Legais explicação sobre a
obrigatoriedade da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e também esclarece temas referentes à certificação sócio-ambiental, que é de extrema importância para a comercialização da produção agrícola.
Além disso, o engenheiro agrimensor e analista de geoprocessamento da Canaoeste, Luís Antônio dos Santos, apresenta os prazos da lei 10267,
que trata da obrigatoriedade do georreferenciamento do perímetro do campo em propriedades
com área abaixo de 500 hectares. Já o assistente
de controle agrícola da Canaoeste, Thiago Silva,
analisa o valor do ATR e da tonelada para fornecimento da safra 2008/2009.
O destaque deste mês é a estimativa de colheita de grãos da safra 2008/2009, que deverá ter
uma queda de 6,9% em relação ao ciclo anterior,
provocada pela estiagem no Sul e excesso de
chuvas no Nordeste.
V também não pode deixar de conferir as
ocê
informações setoriais do Assessor Técnico da
Canaoeste, Oswaldo Alonso, dica da leitura e a
agenda com eventos do setor para o mês de julho.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros Junho de 2009
Revista Canavieiros -- Junho de 2009
3
4. Indice
EXPEDIENTE
Capa
CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
V Agronegócios
Copercana
Feira promete bons
negócios com preços e
condições de pagamentos
melhores que no ano
passado
Pag.
Pag.
18
EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini – MTb 39.788
DESTA
DESTAQUES
OUTRAS
Entrevista
REPERCUTIU
DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo
CONSECANA
FOTOS:
Carla Rossini
Rafael H. Mermejo
VALOR
ATR
COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
INFORMAÇÕES
SETORIAIS
DEPARTAMENTO DE MARKETING
E COMUNICAÇÃO:
Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,
Carla Rossini, Daniel Pelanda,
Janaina Bisson, Letícia Pignata,
Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.
Marcos Fava Neves
Professor da FEA (Faculdade
de Economia, Administração
e Contabilidade), da USP, de
Ribeirão Preto
O pior já passou
05
P a g .
P a g .
P a g .
P a g .
09
13
P a g .
16
P a g .
24
P a g .
26
P a g .
3 1 TECNOLOGIAS
Ponto de vista
Márcio Lopes de Freitas
Presidente do Sistema OCB e
Sescoop
O cooperativismo e o setor
sucroalcooleiro
08
NOVAS
P a g .
P a g .
Notícias
10
Copercana
- Abicab lança novo selo de qualidade
- Projeto Soja 09/10: expectativa de
expansão de plantio
Notícias
Cocred
- Balancete Mensal
Notícias
P a g .
P a g .
P a g .
34
ASSUNTOS
LEGAIS
DESTAQUE
P a g .
12
37
P a g .
AGENDE-SE
P a g .
38
4
4
Revista Canavieiros - Junho de 2009
TIRAGEM:
12.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas
são de responsabilidade dos autores. A
reprodução parcial desta revista é
autorizada, desde que citada a fonte.
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311
Artigo Técnico II
Perdas de cana e impurezas vegetais e minerais na colheita mecanizada - A mudança no sistema de colheita da
cana, resultou inicialmente em elevação acentuada nas
perdas de cana e aumento nas impurezas vegetais e minerais.
IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora
35
CLASSIFICADOS
P a g .
13
Canaoeste
- Netto Campello Hospital & Maternidade
amplia a qualidade hospitalar por meio da
humanização do cuidado
ARTIGO
TÉCNICO
Pag.
28
w w w.r evistacanavieiros.com.br
redacao@revistacanavieiros.com.br
5. Entrevista
Marcos Fava Neves
Professor da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), da USP, de Ribeirão Preto
O pior já
passou
A
turbulência que atingiu o setor sucroenergético já está se
dissipando e os fundamentos
são muito bons para o açúcar, etanol
e energia. Essa é a opinião do professor da FEA (Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade), da
USP, de Ribeirão Preto, Marcos Fava
Neves, que também é fundador do grupo Markestrat (Centro de Pesquisas
e Projetos em Marketing e Estratégia).
Segundo ele, que participou do Ethanol Summit, realizado pela Unica no
início do mês, há muitas boas notícias para o setor e uma constatação: de
que há muito ainda a ser feito com a
cana e dela ainda surgirá muitos produtos. Nesta entrevista, que ele concedeu à Canavieiros na sede do Markestrat, ele também falou sobre o trabalho contratado pela Unica e que irá
mapear toda a cadeia produtiva. Leia
a íntegra, a seguir.
Cristiane Barão
Canavieiros: As discussões do
Ethanol Summit acabam produzindo uma fotografia do momento do
setor. Como é essa foto?
Marcos Fava Neves: É uma fotografia que mostra que o fundo do poço já
foi. Os projetos já estão sendo anunciados e os fundamentos são muito bons
para o açúcar, para o álcool e para a
energia. Foi uma mensagem de ligeiro
otimismo e de que a turbulência pelo
qual o setor passou já está se dissipando. As notícias foram boas em muitas áreas.
Canavieiros: Quais foram essas
notícias?
Fava Neves: Os motores grandes
a etanol, por exemplo. Duas empresas mostraram que estão com a tec-
nologia praticamente em ordem e que
neste ano ou no máximo no ano que
vem esses motores devem estar competitivos na ótica até econômica, não
somente ambiental. Para as usinas,
isso seria muito interessante. É um
novo mercado que se abre porque o
diesel representa 50% do nosso consumo de combustível. Outra notícia
veio da Petrobras, que acredita que,
dentro de cinco a oito anos, 80% do
combustível vendido no Brasil será
etanol e, portanto, a Petrobras irá se
tornar uma grande exportadora de gasolina e para isso ela vem se preparando. A Petrobras também anunciou
que 80% dos seus investimentos serão voltados ao etanol e que a empresa irá participar como minoritária
nas usinas.
Canavieiros: Em relação a novos
produtos, há boas notícias?
Fava Neves: Houve uma declaração
do presidente da Amyris (empresa
americana especializada em desenvolvimento de biocombustíveis) de que a
cana é a melhor planta que existe para
fornecer bioenergia. E isso também foi
confirmado pelo José Goldemberg , que
mostrou que a produtividade da cana
tem condições para saltar para mais de
200 toneladas por hectare em volume,
sem considerar a modificação genética, que permitiria dobrar o teor de sacarose dentro desse volume. Ou seja,
é uma opinião que eu sempre tive: que
há muito ainda o que se fazer com a
cana. Eu compartilho com a opinião que
foi colocada de que nós temos pelo
menos mais dez anos de supremacia
Revista Canavieiros - Junho de 2009
5
6. Entrevista
com relação ao etanol. E em relação aos
novos usos, já estão bastante avançados em relação ao diesel feito a partir
de cana e eles (Amyris) também estão
pesquisando a gasolina feita a partir
de cana. Assim, para a cana, há um
cenário bem mais confortável do que
para o etanol porque é da cana que vai
sair boa parte das coisas novas. Dificilmente vamos ter um competidor para
a cana nos próximos dez
ou 15 anos.
grandes fornecedores mundiais de
açúcar. Se esses países adotarem a mistura de etanol no combustível, e alguns
já a adotam, um pouco da cana deles
vai se transformar em etanol, o que vai
trazer um aumento no preço do açúcar
no mercado internacional. Todo mundo ganha com isso. Temos de desenvolver um pensamento estratégico
mais forte.
Canavieiros: Depois da radiografia do leite, do milho e da laranja,
vocês irão fazer a da cana. Como vai
ser feito esse trabalho?
Fava Neves: Esse trabalho que a
Unica contratou é muito interessante. A ideia é pegar e mapear o tamanho da cadeia produtiva no ano de
2008 e atualizar a cada ano. A Unica
nos pediu até o final de agosto. Nós
sempre teremos o retrato
a ca"Para a cana, há um cenário bem mais do que movimenta todos
deia produtiva em
Canavieiros: Os paí- confortável do que para o etanol porque é da os seus elos. Vai ser leses reconhecem os benevantado desde pedágio,
fícios do etanol, mas re- cana que vai sair boa parte das coisas novas" até empresas de pesquisistem em abrir seus mersa, de bens de capital, a
cados. O que ainda precisa ser feito?
parte dos produtores, insumos, deFava Neves: Temos de analisar país
Canavieiros: No mercado interno, fensivos, a parte industrial. É um traa país. Com os Estados Unidos, a situ- as usinas estão desovando mais eta- balho de fôlego, que vai envolver uns
ação é mais confortável. Eles têm uma nol para fazer caixa e isso está pro- 10 pesquisadores em tempo integral.
meta de 36 bilhões de galões até 2017 e vocando um desequilíbrio na cadeia. Nesse aspecto de mapeamento da caeles fixaram em 15 bilhões (quota em Como resolver isso?
deia produtiva, esse trabalho nunca
galões) para o etanol de milho. O resFava Neves: Eu vejo duas formas: foi feito para a cana.
tante é para os outros produtos. Se es- que é o BNDES com essa questão do
ses produtos não surgirem economifinanciamento dos estoques de álcool
Canavieiros: Onde estão os garcamente, nós vamos poder entrar com e também a Petrobras entrando com galos ao longo da cadeia?
o etanol de cana nos Estados Unidos capital e adquirindo participação acioFava Neves: Em todos os setores,
porque eles precisarão. Acho que nós nária desses grupos que estão em mai- seja no elo agrícola ou no industrial,
temos de mudar um pouco a agenda: ores dificuldades. Acho que a Petro- ainda há gorduras para serem cortanão podemos nos confrontar com o
bras foi muito lenta. Ela deveria ter fei- das. Esse é um gargalo ainda. A agenpessoal do milho, mas trabalhar junto to esse movimento a partir de agosto/ da do produtor de cana já é bem avancom eles. O tamanho para eles já foi setembro do ano passado. Mas acho çada, como já comentei - que é partifixado e acho que temos muito mais a que o fundo do poço também já pas- cipar de associação, fazer as coisas
ganhar ao se juntar com eles. Acho que sou e a ideia é que a reestruturação em conjunto, compartilhar - , mas
dá para buscar mercado nos Estados esteja vindo.
sempre tem mais coisa para fazer. As
Unidos com o blendagem (mistura). Lá
usinas, com renovação de equipaeles utilizam 10% e eles têm medo que
Canavieiros: Já que o cenário para mentos, também tem chances de gao aumento (da mistura) estrague os a cana é mais positivo do que para o nhos. E para esse setor também sou
motores dos carros. Então, precisamos próprio etanol, o fornecedor de cana defensor de uma ideia meio polêmica
de que não faz sentido as usinas não
mostrar que isso não prejudica.
pode respirar com mais alívio?
Fava Neves: Eu acredito na melho- dominarem a distribuição. Estamos
Canavieiros: E em relação ao mer- ria nos próximos anos. É normal que caminhando para um cenário em que
cado europeu?
em dez anos, haja dois ou três não muito não será mais posto de gasolina, será
Fava Neves: Os europeus já estão bons. O fornecedor tem toda uma agen- posto de etanol. Um outro gargalo é
comprando e o principal desafio, colo- da típica, que ele nunca pode esque- tributário: a questão de acertar os tricado até pelo Bill Clinton (durante o cer, que é o controle absoluto de cus- butos na distribuição, para não haEthanol Summit), é um trabalho de for- tos, fazer coisas junto com outros pro- ver sonegação, e fazer com que o
miginha para convencê-los de que o dutores, diminuir os seus ativos, com- ICMS nos outros Estados fosse de,
etanol é sustentável. E para isso, as partilhar mais máquinas, participar mais no máximo, 12%. Os outros gargalos
estratégias são as mais distintas. É ter forte das associações, negociar em a Unica já está trabalhando, que é
selos, fazer organizações multilaterais conjunto. O fornecedor é muito impor- abertura de mercado internacional, a
de certificação, começar a reconhecer tante para essa cadeia produtiva. Eu certificação, o lindo trabalho que eles
as usinas que a Unica tem trabalhado sempre defendo esse elo e acho que estão fazendo de requalificação, june, com isso, se começa a abrir esse mer- os modelos mais modernos no futuro to com as empresas associadas, o
cado. É trabalhar um pouco mais a co- são aqueles onde as usinas não domi- próprio marketing do etanol. Aqui
municação. Temos de trabalhar também nam a cana. A cana é produzida por mesmo no Brasil é efervescente o que
com a indústria de cana da Austrália, agentes especializados. Nós já estamos está acontecendo com o etanol, mas
há muita gente a ser conquistada.
da Tailândia, da Índia, que são países vendo isso acontecer.
6
Revista Canavieiros - Junho de 2009
“
8. Ponto de Vista
O cooperativismo e o setor
O cooperativismo e o setor
sucroalcooleiro
sucroalcooleiro
Márcio Lopes de Freitas*
O
Sistema Cooperativista Brasileiro tem se consolidado como
grande força da economia do
país, por meio do desenvolvimento
sustentável e da geração de emprego e
renda para seus associados, contribuindo também para o crescimento das
comunidades onde se faz presente.
Hoje, vivenciando os reflexos de uma
crise financeira internacional, o cooperativismo tem se organizado e buscado
novas oportunidades nesse cenário. O
objetivo é minimizar esses impactos e
trabalhar para manter seus indicadores.
Resultado desse comportamento
se comprova com os dados das exportações das cooperativas brasileiras no
primeiro quadrimestre de 2009. O segmento sentiu os efeitos da crise, registrando uma queda de 8,6% quando
comparado ao mesmo período do ano
anterior, porém, com retração menor
que o total exportado pelo País, contabilizada em 17,53%.
Esse é um posicionamento também
do setor sucroalcooleiro, representado
nacionalmente por cooperativas consolidadas, com gestão profissionalizada e foco no negócio. Mesmo com as
dificuldades geradas pela crise financeira, como a retração dos mercados e
da oferta de crédito, decorrente da saída das traddings e, acima de tudo, uma
crise de credibilidade, o setor, mais uma
vez, apresentou aumento de produção.
Sua participação no total exportado
pelo cooperativismo brasileiro, de janeiro a dezembro de 2008, foi também expressiva. O segmento sucroalcooleiro
aparece com um dos principais grupos
de produtos, respondendo por 26,91%
do total (US$ 1,08 bilhão), que correspondem ao açúcar e ao álcool etílico. Já
no primeiro trimestre de 2009, o destaque ficou para o açúcar, com 91% em
2009 (US$ 150,9 milhões), frente a 59%
no primeiro trimestre de 2008 (US$ 86,4
milhões), e crescimento de 13,5%, totalizando US$ 165,8 milhões.
E as tendências para o setor são
positivas. O etanol, mesmo com preços
depressivos no momento, se apresenta
com uma alternativa de energia limpa,
caminho que deve ser seguido mundialmente. Isto implica dizer que a participação do produto tende a crescer consideravelmente, com retornos cada vez
mais positivos.
Já o açúcar está em franca expansão no mercado mundial. A Índia, um
dos principais produtores, vive uma
crise, com uma queda de safra ocasionada por problemas climáticos, e abre
espaço para outros países. Com isso,
o Brasil tende a aumentar a produção
de açúcar, que ganha mercado hoje
frente ao etanol.
Em momentos de crise, as dificuldades são diversas, ainda mais quando
vivenciadas individualmente. Esses
efeitos podem ser mitigados pelo processo cooperativo, com a organização
dos produtores em suas cooperativas,
que, fortalecidas, geram ganho de escala e maior poder de negociação. O
mesmo acontece com as cooperativas
que atuam na comercialização de produtos das cadeias de açúcar e álcool. É
importante fortalecer o cooperativismo,
forma de organização e ferramenta mais
adequada para mitigar os efeitos da crise, como propõe o tema do 87º Dia Internacional do Cooperativismo: "Impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperativas".
*presidente do Sistema OCB (Organização
das Cooperativas Brasileiras) e Sescoop
(Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo)
8
Revista Canavieiros - Junho de 2009
9. Repercutiu
"Escolheram o rabinho de capeta e agora fingem
defender a agricultura familiar. É conversa para boi
dormir. Não se deixem enganar. São vigaristas."
Do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc,
sobre a bancada ruralista, em discurso durante a
manifestação Grito da Terra
"Estou firme, firmíssimo. Poluidores, tremei."
Do ministro Carlos Minc, sobre se ficará no cargo, depois de ter ouvido uma "bronca" do presidente Lula pelas declarações contra os ruralistas
"Esses 'vigaristas' dão um terço dos
empregos do Brasil. Esses 'vigaristas'
são responsáveis por um terço das exportações brasileiras. Esses 'vigaristas'
fazem o setor que mantém a balança comercial do Brasil com um superávit de
26 bilhões de dólares. O Brasil pode viver muito bem sem o senhor, mas o Brasil sentirá muito se perder os seus produtores rurais."
Da senadora Kátia Abreu (DEMTO), presidente da CNA, em discurso no
Senado, em resposta ao ministro
"Como responder a um desqualificado moral como esse? Esse homem
não tem estatura, é irresponsável por
tratar um segmento, o setor produtivo rural, com essas palavras. É um palavreado característico dele, nos morros do Borel e da Rocinha com traficantes. Não venha trazer esse palavreado para cá."
Do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), sobre Minc
Revista Canavieiros - Junho de 2009
9
10. Notícias
Copercana
Abicab lança novo selo de
Abicab lança novo selo de
qualidade
qualidade
Da Redação
Segundo a associação, a crise financeira não terá reflexos para o setor
N
o dia 14 de Maio, a Abicab
(Associação Brasileira da
Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) realizou em São Paulo o lançamento oficial do novo selo do Programa PróAmendoim e de seu portal na internet.
Representantes do setor da Qualidade da Copercana e da CAP também participaram do evento, que reuniu mais de 80 pessoas, entre especialistas, jornalistas, associados da
ABICAB, pesquisadores, laboratórios e convidados.
O vice-presidente do setor de
amendoim da Abicab, Renato Fechino, apresentou dados sobre a safra,
exportação, e expectativa em relação
às festas juninas. Segundo ele, a crise mundial não afetará o setor
de amendoim, já que nesses momentos o consumidor acaba comprando mais produtos
mais acessíveis.
Além disso, um dos
fatores relevantes para o desenvolvimento da indústria de
produtos à base de amendoim no país
está no aumento da safra do grão. A
colheita deste ano tem projeção de alcançar 330 mil toneladas, aumento de
8% em relação ao último período. Outra
questão importante, está relacionada ao
fato do Brasil exportar produtos de
amendoim para outros países e adquirir
aceitação internacional. Pé-de-moleque
e a paçoca são exemplos de produtos
campeões de venda no Brasil e com
grande aceitação internacional.
Selo e portal: O selo SELO QUALIDADE CER TIFICADA PRÓAMENDOIM- ABICAB ganhou um
novo formato e cores que reforçam
melhor o posicionamento do progra10
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Representantes do setor da Qualidade da Copercana e da CAP compareceram ao evento.
Da esquerda para direita Nádia Strini -(Supervisora Industrial CAP, Presidente da Abicab Getulio
Ursulino Neto, Ercilia Silva Ferreira Mazza - Qualidade Copercana, Renato Fechino - Vice Presidente
Área de Amendoim, Vania Junqueira - Qualidade Copercana
ma, além de gerar maior visibilidade
e reconhecimento junto ao consumidor final. O selo começou a
ser utilizado em 2002 e a
partir de então, a quantidade de lotes que
apresentaram nãoconformidade na
qualidade caiu de 40
para apenas 7%.
Já o novo portal, lançado em março de 2009, tornou-se mais interativo e
atraente, com uma linguagem coloquial que atinge todos os tipos de público, desde a dona de casa
ao pesquisador de amendoim. O portal aumenta
o seu número de visitas diariamente. Segundo dados colhidos do administrativo do site, o portal PróAmendoim espera atrair cerca de 10.000 visitas por mês. O endereço é www.proamendoim.com.br
11. Notícias
Copercana
Projeto Soja 09/10:
expectativa de
expectativa de
expansão de plantio
expansão de plantio
Da Redação
Na safra 08/09, Copercana recebeu cerca de 320 mil sacas;
projeto é feito em parceria
a safra 08/09, a Copercana,
por meio da UNAME - Unidade de Grãos, iniciou um
projeto com a cultura da soja, que
funciona nos mesmos moldes do
projeto de amendoim: a cooperativa
fornece, para pagamento pós-safra
a juros de crédito rural, o adubo, sementes, defensivos e recursos para
o custeio e o produtor tem o compromisso de entregar sua produção
para a cooperativa.
N
Segundo Zarinello, semanalmente foram coletadas amostras de folhas nas lavouras e levadas para análise nos laboratórios da universidade. A partir dos resultados, o produtor foi orientado a fazer ou não as
aplicações para o controle da doença. Grande parte dos produtores conseguiu reduzir uma aplicação no final
do ciclo da cultura, resultando em
redução de custos de sua lavoura,
sem prejudicar a produtividade.
De acordo como agrônomo Thiago Zarinello, a Copercana recebeu
cerca de 320.000 sacas. Os produtores contaram com assistência técnica capacitada de agrônomo e, por
meio de uma parceria firmada com a
Unesp de Jaboticabal, que permitiu
o apoio do professor Modesto Barreto, fez-se um acompanhamento da
ferrugem da soja.
Para a próxima safra, os objetivos
do projeto serão: aumentar a área de
plantio para cerca de 10.000 hectares,
estender as parcerias com órgãos de
pesquisas na área de adubação, escolha de variedades que proporcionem melhores resultados, além da
continuidade do monitoramento da
ferrugem asiática. Projeto Soja 09/10:
expectativa de expansão de plantio.
Os produtores interessados em participar do Projeto Soja
09/10 devem, para obter maiores informações, procurar no
Departamento Técnico de Grãos na Uname os
agrônomos Thiago e Edgard.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
11
13. Consecana
Notícias
Canaoeste
CIRCULAR Nº 05/09
DATA: 29 de maio de 2009
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Est ado de São Paulo
A
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de
emissão da Nota de Entrada de
cana entregue durante o mês de MAIO
de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de MAIO, referente à Safra 2009/2010, é de R$ 0,2884.
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, no mês de MAIO, são apresentados a seguir:
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados
pela ESALQ/CEPEA, no mês de ABRIL,
são apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado
Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol
anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são
líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR,
em R$/kg, por produto, obtidos no mês de
MAIO, calculados com base nas informações
contidas na Circular 01/09, são os seguintes:
14. Notícias
Canaoeste
Netto Campello Hospital
Netto Campello Hospital
& Maternidade amplia a
& Maternidade amplia a
qualidade hospitalar por meio da
qualidade hospitalar por meio da
humanização do cuidado
humanização do cuidado
Da redação
A
internação hospitalar, na maioria das vezes, vem acompanhada de receios, medos, irritação e ansiedade. As crianças, quando necessitam de hospitalização, estão
passando por um intenso sofrimento e
situações de estresse.
A humanização é um termo que vem
sendo usado com frequência na área
da saúde. Seu objetivo é melhorar a
qualidade de assistência prestada, aprimorando as relações entre profissionais, usuários e profissionais e entre o
hospital e a comunidade.
Ela depende da capacidade de falar
e de ouvir, não apenas como técnica de
comunicação verbal, mas como forma
de conhecer o outro, compreendê-lo e
atingir o estabelecimento de metas conjuntas, promovendo, assim, o bem-estar no ambiente hospitalar entre as crianças e a equipe multiprofissional.
“O HNC (Netto Campello Hospital
& Maternidade) apoia esta nova temática e, na grande maioria de seus setores, encontramos um ambiente humanizado. Dentre as estratégias adotadas
e implementadas está a construção de
uma pediatria totalmente humanizada,
com um amplo espaço destinado às crianças no qual está instalada a Brinquedoteca”, afirmam Cíntia Sicchieri Toniolo, terapeuta ocupacional, e Fábio
Veiga Schiaveto, enfermeiro coordenador da Vigilância Sanitária.
Segundo eles, a Brinquedoteca é um
ambiente confortável, onde as crianças
esquecem, por algum período, que estão
em um hospital. Nesse local, elas realizam atividades lúdicas e artísticas desenvolvidas e orientadas pela terapeuta ocupacional, com rotinas e brinquedos aprovados pela CCIH (Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar). “Isso significa
que tudo o que é realizado dentro desse
local é pensado nos mínimos detalhes
para oferecer segurança às crianças e
acompanhantes”, afirmam.
Em datas comemorativas são realizadas atividades temáticas, objetivando a diminuição do impacto ao qual as
crianças são submetidas com a quebra
do cotidiano, sendo que algumas atividades de sua rotina são reportadas
dentro do hospital.
“Brincar é a atividade mais importante da infância, que permite o desenvolvimento psicológico, cognitivo
Cíntia Sicchieri Toniolo, terapeut a
ocupacional do Netto Campello
e social, colaborando, assim, com o
tratamento. Além da pediatria, as unidades de UTI neonatal e pediátrica
também são contempladas com essas
atividades e, de acordo com o quadro
clínico da criança, algumas atividades
são trazidas da Brinquedoteca até o
leito da UTI, sendo que a criança sente-se mais segura expressando suas
emoções e sentimentos por meio das
atividades realizadas”, explicam Cíntia e Schiaveto.
De acordo com eles, algumas crianças passam um tempo prolongado na
UTI e acontecimentos importantes são
realizados também nesse período. Os
médicos e equipe valorizam muito a
comemoração destes momentos. Em
alguns casos são realizados batizados
e aniversários de uma forma segura.
“São por meio desses atos e com o
apoio da diretoria que o Netto Campello Hospital & Maternidade demonstra
sua preocupação e qualidade na assistência desses pequenos e importantes
pacientes”, finalizam.
14
Revista Canavieiros - Junho de 2009
16. Valor ATR
Safra 2008/2009: Valor do
ATR e da tonelada para
fornecimento
Thiago de Andrade Silva - Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE
o final da safra 2008/2009 foi
observada uma queda expressiva dos preços de etanol, principalmente o do hidratado.
N
0,93% no teor de ATR, verificou-se aumento de 14,61% no valor (em reais) do
kg de ATR e 13,61% no valor da tonelada de cana na Safra 2008/2009.
Nessa safra os produtores filiados
à CANAOESTE forneceram cerca de
11,2 milhões de toneladas de cana, com
teor médio de 145,63 kg de ATR analisado. O valor médio do ATR foi de R$
0,2864 / kg, resultando em um preço
médio de R$ 41,73 / t.
A Tabela 1 traz a quantidade de cana,
o teor médio de A e os valores do A
TR
TR
de fechamento da safra 2008/2009 de
acordo com o “mix” de produção de cada
unidade industrial. As Regiões 2 e 3 tiveram valor do ATR de fechamento maior
que R$ 0,2864 / kg de ATR, sendo que na
Região 2 as Usinas Santa Elisa e Santo
Antônio foram as únicas que tiveram valor superior à média do Estado de São
Paulo. Na Região 3, de uma forma geral,
todas as usinas contribuíram para apresentarem os maiores valores de ATR,
comparativamente as demais regiões.
Apenas relembrando que, na safra
2007/2008, a quantidade, o valor médio
de ATR e o da tonelada de cana foram
respectivamente 146,99 kg de ATR/t, R$
0,2499 / kg de ATR e R$ 36,73 / t. Entretanto, mesmo com uma redução de
TABELA 1 - ENTREGA DE CANA POR ASSOCIADOS CANAOESTE NA
SAFRA 2008/2009 E VALORES DE FECHAMENTO DO ATR
16
Revista Canavieiros - Junho de 2009
A Tabela 2 apresenta o ranking das
unidades industriais da Região de
Abrangência da CANAOESTE em
função dos valores (em Reais) do
ATR. Pode-se observar que, em relação ao valor do ATR, a unidade industrial que mais se destacou foi a
Usina Moreno. Todas as unidades
industriais que fecharam com valor
do ATR abaixo da média paulista, que
foi R$ 0,2782 / kg de ATR, ajustaramse à média do Estado.
18. Reportagem de Capa
V Agronegócios C
Carla Rodrigues
Feira promete bons negócios com preços e condições de pagamentos
melhores que no ano passado
O
Agronegócios Copercana
chega à sua quinta edição.
As boas condições de compra e de pagamento oferecidos aos
cooperados são o grande diferencial
da feira, que acontece nos dias 24,
25 e 26 de junho, no Clube de Campo
Vale do Sol, localizado na Rodovia
Atílio Balbo, Km 331- Sertãozinho. O
horário de funcionamento será das
10h às 18h.
Nesta edição, a feira vai contar
com mais de 60 expositores, que vão
comercializar diversos materiais para
o mercado agrícola, como adubos,
calcário, defensivos agrícolas, equipamentos e implementos para as culturas de amendoim, milho, soja e
cana-de-açúcar.
Desde sua primeira edição, o
Agronegócios Copercana é realizado no mesmo período. Isso se deve
ao fato do mês de junho representar
o final do primeiro semestre, que é
tradicional para as transações do setor canavieiro.
Para o presidente da Copercana e
da Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, os preços estarão melhores. “Os
preços caíram bastante, fazendo com
que o produtor faça um negócio muito melhor que no ano passado”, disse (leia entrevista nesta página).
Edição de 2008 do
Agronegócios Copercana
De acordo com o presidente da
Canaoeste, Manoel Ortolan, principalmente em momentos de crise, como
esse, o fundamental é manter uma boa
produção. “Promover uma feira numa
fase como essa pode até causar estranhamento, mas é exatamente neste
momento que o produtor deve garantir sua produção e um dos fatores é
investir em fertilização. E a feira oferece melhores condições para o produtor adquirir insumos e equipamentos”, disse.
O diretor da Copercana, Lelo Bighetti, acredita que a feira será de
suma importância aos cooperados e
associados, pois oferecerá a eles o
prazo que o agricultor precisa para
passar por esta fase de turbulência.
“Nós estamos fazendo esta feira pelo
diferencial que ela traz para os produtores que necessitam de preços,
prazos e condições de pagamentos
especiais”, assegura.
Em relação à crise financeira mundial, Lelo acredita que todo o setor
agrícola foi atingido pela escassez de
crédito. “Os bancos simplesmente
cortaram o dinheiro do dia para noite, deixando esse pessoal sem saber
para que lado ir. Hoje há muitas promessas sobre o fim da escassez de
crédito, mas somente promessas.
Felizmente nós, aqui da Copercana,
Presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan
Diretor da Copercana,
Lelo Bighetti
estamos conseguindo apoiar esses
trabalhadores no que é necessário.
Prova disso é a realização desta feira”, disse.
Assim como o ano passado, durante a feira será realizado um rali
voltado aos cooperados e associados do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. A prova dá direito a
participar do sorteio de três televisões LCD de 42 polegadas mas, para
isso, é necessário que o cooperado
ou associado visite os estandes e
preencha toda a cartela que será entregue na entrada do evento.
Vitrine - A feira será uma verdadeira vitrine de produtos e equipamentos para serem usados nas lavouras. Além disso, durante o evento
haverá palestras técnicas e os produtores terão atendimento especial
com os agrônomos da Canaoeste.
18
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Revista Canavieiros - Junho de 2009
19. Reportagem de Capa
Copercana
O produtor de cana Sérgio Galdeano, por exemplo, é presença garantida em todas as edições da feira.
“Compareço a esta feira desde sua
primeira edição. Lá encontramos facilidade de compra de insumos, com
preços mais acessíveis e financiamentos mais baratos’, disse.
O produtor completa que, com a
chegada da crise econômica no Brasil,
a insegurança tomou conta tanto dos
produtores quanto dos usineiros, mas
garante que o otimismo vai superar
esse momento delicado. “Temos esperança que em breve tudo vai se normalizar, a produção será boa e teremos
um bom preço. São eventos como este
da Copercana que temos que aproveitar para adquirir novos produtos no
período certo”, destacou.
Assim como Galdeano, o produtor de cana Beto Bachega, cooperado e associado à Canaoeste há mais
de dez anos, participou de todas as
edições do Agronegócios Copercana e acredita na importância desta
feira para poder melhorar e qualificar
seu trabalho. “Vou à feira todos os
anos para conferir os produtos, preços, prazos e condições de pagamentos oferecidos. É sempre vantagem
para nós, cooperados, aguardarmos
este evento para fazermos novas
aquisições”, acredita Beto.
Presidente da Copercana e da Cocred,
Antonio Eduardo Tonielo
Entrevista com
Antonio Eduardo Tonielo,
presidente da Copercana e da Cocred
presidente da Copercana e da Cocred
"Preço melhor será a grande novidade"
Qual a importância da realização
desta quinta edição do Agronegócios
Copercana?
É muito importante por causa da
dificuldade de crédito. Acredito que, de
um modo geral, vamos conseguir essa
parte de crédito, junto aos nossos bancos e financiadores. Eu acho que os
preços caíram bastante, fazendo com
que o produtor faça um negócio muito
melhor que no ano passado.
Quais as novidades presentes na
feira este ano?
Eu acho que a grande novidade que
vamos ter é o preço, que está melhor
que o ano passado. Essa é a novidade
mais importante. A feira terá os mesmos produtos da edição passada: adubos, inseticidas, ferramentas, máquinas.
A crise atrapalhou muito o produtor de cana?
Os nossos preços caíram muito, as
compras ficaram caras para fazer esse
plantio e, desde então, viemos nos recuperando um pouco com a soja e açúcar, razoavelmente. Mas ainda tivemos
muitos respingos: má remuneração, preços terríveis para o amendoim, trazendo
até o produtor prejuízos significantes.
O pior da crise já passou?
Eu acho que o pior da crise já passou, mas ainda continuamos em crise.
Ainda temos bastante dificuldade com
a falta de crédito, muita preocupação,
cana com preço ruim e isso sempre acaba nos distanciando do mercado.
A oferta de crédito já voltou ao
normal ou ainda há escassez?
Acho que não voltou ao normal.
Ainda temos um longo caminho para
percorrer. Muita conversa de jornal e
televisão quanto ao BNDS, Banco do
Brasil, bancos particulares, mas o dinheiro ainda é muito curto pelo valor
de negócios que temos em nosso país
e isso faz com que a gente deixe de fazer outros negócios.
É claro que a Copercana faz um negócio a prazo, de acordo com o que ela
pode. Esperamos que agora, nos meses de junho/julho, nós teremos bas-
tante pagamento para fazer às empresas e, com isso, esperamos receber de
nossos cooperados para pagar os bancos, fazendo com que esse dinheiro
retorne para, assim, voltarmos a financiar nossos produtores ano que vem.
É possível fazer alguma previsão
para o preço da cana nesta safra?
Qual a tendência?
Eu acho que não. Qualquer coisa
que se fale em junho é muito prematura. De acordo com o meu conhecimento de tantos anos como produtor agrícola e comercial, acredito que vamos
ter uma expectativa até boa para a cana,
mas não podemos ter muita pressa. A
tendência é ter um fechamento melhor
que 2008. Estamos com o açúcar com
um preço bom e quem sabe a partir de
agosto não teremos uma recuperação
com o álcool, que é o grande peso no
preço da cana.
Mesmo com a crise, vale a pena
investir na cana?
Quem está na cana, não sai dela. Eu
acho que você tem que entrar na cana
ou em qualquer produto ou cultura no
momento em que está ruim porque quando você começa a colher vai ter uma
melhora. É claro que quando o cenário
está muito bom, acontece o que está
acontecendo com muitos: todos produziram e o preço caiu.
Foi assim com o amendoim, foi assim com a cana. Então eu acho que agora não é hora de sair da cana. É hora de
permanecer, sempre com muita atenção.
Não é porque o preço está ruim que
quer dizer que vai ficar melhor ou pior
amanhã. É hora de permanecer com os
pés no chão.
O senhor, que é uma liderança e
conhece profundamente o setor sucroenergético, qual o conselho que o senhor daria para o produtor de cana?
Cautela. Não adianta querer sair para
outro lugar que também não vai ter grandes fortunas. Tem que se adequar, ir
devagar, mas permanecer no setor e a
hora que dar a virada você estará preparado pra ganhar dinheiro.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
19
20. Opinião
Os prazos da Lei 10267
Luís Antônio dos Santos*
A
té o dia 23 de novembro de
2011, todas as propriedades
com área abaixo de 500 hectares terão de dispor, conforme a lei
10267/01 e decreto 5570/05, do georreferenciamento de seu perímetro segundo os padrões apresentados na
Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais elaborada
pelo INCRA (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária).
O INCRA, órgão ligado historicamente à reforma agrária e à colonização, não tem estrutura tecnológica e nem recursos humanos disponíveis e preparados para atender
a sociedade brasileira nesta empreitada que mesmo vultos da História,
como Napoleão Bonaparte, fracassaram. Sendo que a França é um
país muito menor e menos complexo que o Brasil.
Georreferenciar é medir as propriedades e apresentar as coordenadas dos seus vértices amarradas
(no jargão da mensuração) ao SGB
(Sistema Geodésico Brasileiro). O
SGB é uma rede de precisão de pontos que estão distribuídos pelo território brasileiro e é utilizada para
qualquer tido de levantamento topográfico ou científico.
A solução seria a criação de um
órgão nacional de cadastro e geodésia totalmente desvinculado das
questões fundiárias referentes à colonização e reforma agrária. Mas,
como as soluções não são fáceis e a
lei 10267 está sendo aplicada normalmente, somos obrigados a conviver
com a morosidade dos processos de
certificação e com a percepção que
todo esse trabalho será inútil, pois o
dinamismo das propriedades rurais compra, venda, desmembramentos,
expansão da fronteira agrícola - é
muito maior que a capacidade do
governo de obter, processar e gerenciar essa informação.
A idéia básica do georreferenciamento é trabalhar com informações
geográficas distintas que estão separadas em camadas ou feições, mas
que tenham origem comum, proporcionando a possibilidade do cruzamento dessas camadas de dados
para produzir uma série de informações relevantes para várias áreas do
conhecimento.
O georreferenciamento dos imóveis rurais visa cruzar informações
do cadastro do INCRA com as dos
registros dos Cartórios de Imóveis
para combater principalmente a grilagem de terras e a sobreposição de
títulos que poderão ser usados para
obter financiamentos.
Todo o processo que envolve o
georreferenciamento dos imóveis rurais
tem como fundamento histórico a formação e ocupação do território brasileiro, marcado por uma desorganização
fundiária - com latifúndios, minifúndios, terras devolutas federais e estaduais, além de um vazio cartográfico, como
o da região amazônica - que inviabiliza
projetos de desenvolvimento.
20
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Diante do que está disponível,
atualmente alguns otimistas falam em
trinta anos para completar este trabalho, sendo que os extremamente
pessimistas - baseados nos dados do
próprio INCRA em relação ao que foi
feito até o momento e o que falta fazer - estimam quatrocentos anos.
Podemos dizer que não será nem
oito nem oitenta, desde que alguma
coisa seja feita de forma rápida para
revolucionar o processo de certificação e mudar o paradigma dos gestores que estão conduzindo o trabalho
do georreferenciamento.
O programa Terra Legal, divisão
do Ministério do Desenvolvimento
Agrário, responsável por colocar em
prática um texto polêmico em discussão no Congresso – que é a Medida
Provisória 458/2009, que dispõe so-
bre a regularização fundiária da Amazônia Legal -, dá claros sinais de que,
apenas seguindo a lei 10267 e a Norma do INCRA, não vamos chegar a
lugar algum. Ou então, vamos chegar tarde demais.
Conversando com alguns profissionais que se especializaram em projetos de georrefernciamento de imóveis rurais em São Paulo, constatamos que a lentidão é a verdadeira
norma. Não vamos contar todos os
casos, mas há profissional que desde 2001, ano em que começou a certificação, protocolou sessenta processos, mas apenas 10 chegaram ao seu
destino final, que é a geração de uma
nova matrícula retificada no registro
de imóveis. Outro profissional, em
três anos, certificou e registrou 30
processos, uma média de 10 por ano.
Tentamos obter dados estatísticos sobre a evolução dos processos
de certificação, mas fomos informados que estes dados não estão disponíveis e que para obtê-los seria necessário fazer um requerimento à Superintendência do INCRA.
Portanto, a ideia de se fazer o georreferenciamento a “toque de caixa” certamente vai esbarrar na morosidade e na burocracia do trabalho
em si, no processo de certificação e
no próprio órgão responsável. Lembrando que a burocracia pode fazer
com que outros interesses se tornem
parte do processo.
*engenheiro agrimensor e
analista de geoprocessamento da
Canaoeste
24. Informações Setoriais
CHUVAS DE MAIO
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de Maio de 2009.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
Com exceção de FrancaIAC/Ciagro, Usinas Batatais, da
Pedra e Ibirá (nesta, foi muito
acima), em todos os demais locais observados, as chuvas anotadas durante o mês de MAIO deste ano "ficaram" abaixo das respectivas médias
históricas, possibilitando muito boa operacionalidade de colheita de cana.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo
entre 18 a 20 de MAIO de 2009.
O Mapa 1, acima, mostra que, no período de 18 a 20 de
MAIO, o índice de Água Disponível no Solo já se apresentava como médio a crítico em quase toda área sucroalcooleira do Estado de São Paulo. Excetuando-se as regiões extremo Noroeste, Leste (entre Franca e São João da Boa Vista) e
parte da região Sudoeste (Ourinhos a Avaré).
24
24
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final
de MAIO de 2008.
O Mapa 2 - MAIO de 2008 - mostra que a Disponibilidade
Hídrica do Solo encontrava-se crítica em partes das faixas
Norte e Leste do estado. Ao final de MAIO de 2009 (Mapa
3), acentuou-se a baixa e até crítica Disponibilidade Hídrica
do Solo observada até meados de MAIO (Mapa 1), estendendo-se para quase toda área Sucroalcooleira do Estado.
ÁGUA, usar s
ÁGUA, usar s
Protejam e preservem as n
Protejam e preservem as n
25. Informações Setoriais
Mapa 3:- Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final de
MAIO de 2009.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional
de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os
meses de junho a agosto.
· A temperatura média e as chuvas para os meses de junho a agosto
deverão ser próximas das normais climáticas em praticamente toda área canavieira da Região Centro Sul;
· Como referência de chuvas na região:- as médias históricas, pelo Centro
Apta-IAC - Ribeirão Preto, são de 25mm em junho e de 20mm em julho e agosto.
Mapa 4:- Prognósticos de chuvas - Consórcio INMET e INPE - no trimestre junho a agosto, onde azul corresponde a normalidade climática e, em verde, entre
próxima a acima da média histórica. A área em verde corresponde à
quase toda faixa sucroalcooleira da
Região Nordeste do Brasil. Elaboração
CANAOESTE.
Especificamente para a Região de
abrangência CANAOESTE, a SOMAR Meteorologia mostra que, na média dos meses junho
a agosto, o seu prognóstico será de chuvas dentro das médias históricas, a exemplo do INMET e INPE. Quanto às temperaturas, a SOMAR assinala que, até agosto, poderão se manifestar mais
dois episódios intensos de frio. Entretanto, sem poder afirmar, no momento, que ocorrerá geadas. A CANAOESTE estará divulgando as proximidades destes episódios.
Neste início de safra, evitem dúvidas quanto as sequências e procedimentos de colheita, tratos mecânicos e químicos de soqueiras. Consultem os Técnicos CANAOESTE.
sem abusar !
sem abusar !
nascentes e cursos d’água.
nascentes e cursos d’água.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Revista Canavieiros - Junho de 2009
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25
26. Artigo Técnico
Lições das crises
Lições das crises
Cleber Moraes, consultor da CANAOESTE
e M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda
J
á discutimos em outras edições
deste mesmo periódico a componente cíclica das crises do setor
sucroalcooleiro.
Figura 1 – Preços do Açúcar na Bolsa de Nova York na década de 70 e
início da década de 80:
No livro “A Desregulamentação
do Setor Sucroalcooleiro do Brasil”,
de Márcia Azanha Ferraz Dias de
Moraes (2000), é apresentado o gráfico abaixo que ilustra as crises dos
anos de 1976/1977 e 1981/1982. Posteriormente a essas crises vieram as
de 1990/1991, 1999/2000 e, a mais recente delas, a de 2007/2008.
Exceto entre as crises de 1976/
1977 e 1981/1982, cujo intervalo foi
de cinco anos, nas demais os intervalos circularam entre sete e nove
anos, dependendo do momento em
que se entende que as crises tenham
se iniciado.
No gráfico da figura 2 ao lado,
pode-se observar a produção brasileira de cana-de-açúcar a partir da safra 1990/1991. É possível notar que,
após os momentos de crise, há uma
redução significativa da produção
canavieira e que se reflete na recuperação dos preços, que pode ser
observado na figura 3.
Figura 2 – Produção Brasileira de Cana-de-açúcar:
Note-se também no gráfico 3 que,
quando há dois anos seguidos de
acréscimos significativos de açúcar
(maiores do que 4 milhões de toneladas) nos estoques mundiais de açúcar (barras em vermelho no gráfico
3), o setor passa por uma crise.
Os piores momentos da crise de
oferta e demanda do setor sucroalcooleiro, no histórico que estamos tratando, são as três safras seguintes ao
pico de preços. A repetir-se este cenário, as safras de 2007/2008, 2008/
2009 e 2009/2010 são as que maiores
estragos podem causar no setor.
Já é voz corrente nas principais
consultorias de mercado do setor
sucroalcooleiro, que na safra 2010/
26
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Fonte: UNICA/CONAB
2011 deverá haver uma queda na
moagem de cana no Brasil e que esse
cenário provocará uma recuperação
de preços. Entretanto, cumpre relembrar o ocorrido entre as safras 2000/
2001 e 2001/2002, em que o mesmo
cenário de recuperação dos preços
do açúcar em dólares, conjugado
com uma excelente condição climática no Brasil, ocasionou uma super-
27. Artigo Técnico
Figura 3 - Evolução dos Preços de Açúcar em NY e dos Estoques Mundiais de Açúcar
safra em 2002/2003 que ainda foi
favorecida por uma maxidesvalorização do real frente ao dólar, mas
que teve todos os reflexos negativos na safra 2003/2004.
Passados os três anos iniciais
de crise e com a recuperação dos
preços, na história destes mais de
30 anos do setor observa-se uma
corrida ao ouro com aumento das
reformas dos canaviais que fazem
por reforçar a recuperação de preços e uma forte expansão que redundará na crise seguinte.
É de suma importância que os
produtores de cana-de-açúcar te-
nham consciência desse ciclo e se
preparem para entrar mais fortalecidos na próxima crise que virá.
Os volumes de produção e os
montantes em valores monetários
do setor são cada vez maiores e as
crises tendem a ser cada vez mais
intensas com picos, que levam à
euforia, e vales, que podem levar
à falência.
É importante que na próxima
fase de recuperação do setor sucroalcooleiro, os produtores reduzam seus níveis de endividamento, evitem grandes expansões e aumentem suas escalas.
Parece ambígua a condição
proposta, pois evitar expansões
significa manter a escala de produção, mas o aumento de escala deverá ocorrer pela composição de sociedades onde dois,
três ou mais produtores formem
uma nova empresa e atuem
como sócios da mesma participando de sua gestão ou do seu
conselho.
Em abril de 2003, logo após
a fase mais difícil da crise de
1999/2000, fizemos um estudo e
uma série de palestras em todas
as filiais da CANAOESTE. O
momento é muito parecido e
voltamos a reforçar o que já foi
dito naquela data. O tema das
palestras foi “Estudo de escala
de Produção – Produtor de
Cana-de-açúcar” e as recomendações finais eram:
· Fornecedores agruparem-se em pools de no mínimo 50.000 ton;
· Evitar a terceirização de atividades fins:
- Plantio;
- Tratos Culturais.
· Envolver os herdeiros nas atividades da propriedade;
· Manter controle dos principais indicadores da empresa agrícola.
As recomendações continuam as mesmas e serão importantes para que um maior número de produtores usufrua da recuperação que virá e sobreviva à nova crise
do setor.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
27
28. Artigo Técnico II
Perdas de cana e impurezas
vegetais e minerais na
colheita mecanizada
Mauro Sampaio Benedini
Gerente Regional de Produto – CTC
José Guilherme Perticarrari
Coordenador de Pesquisa Tecnológica - CTC
Fernando Pedro Reis Brod
Pesquisador – Engº Agrícola – CTC
I
ntr odução - A mudança no siste
ma de colheita da cana, do corte
manual com carregamento mecanizado para totalmente mecanizado com
colhedoras e mais recentemente, corte
mecanizado sem queimar (cana crua),
resultou inicialmente em elevação acentuada nas perdas de cana, podendo
ultrapassar a 15% e aumento nas impurezas vegetais e minerais enviados à
indústria. A quantidade de matéria vegetal (palha, ponteiros e folhas verdes)
na cana crua é bem maior comparada à
cana queimada. Se não for expelida pela
colhedora durante o processo de co-
lheita, a densidade de carga diminui,
aumentando custos de transportes, bem
como a eficiência de extração do caldo
na indústria é menor.
Desta maneira, a quantificação de
perdas é indispensável para gerenciar o processo de colheita. Com o início da safra de 2009, vêm as dúvidas:
colher mais cana e impurezas vegetais e minerais ou cana mais limpa com
maiores perdas no campo? Avaliações
rotineiras de campo são necessárias
para definir melhor qual o procedimento a ser tomado.
Tipos de perdas de cana
As perdas de cana durante a colheita podem ser classificadas em visíveis e invisíveis. As perdas visíveis
são aquelas que podem ser detectadas no campo e ocorrem na forma de
cana inteira, toco, tolete e pedaço de
cana e são facilmente identificadas e
coletadas no campo. Além das perdas visíveis, outra parcela de cana é
perdida na colheita mecanizada, cha-
28
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Caldo
mada de perdas invisíveis que ocorrem na forma de caldo, serragem e pequenos estilhaços, durante o processamento interno da matéria-prima na
colhedora, devido aos impactos mecânicos dos sistemas de corte, picagem, transporte e limpeza. O CTC(Centro Tecnologia Canavieira) vem estudando e quantificando estes parâmetros
visando minimizá-los.
Perdas invisíveis
A denominação “perdas invisíveis” se deve ao fato destas serem
difíceis de serem identificadas e principalmente quantificadas no campo.
A magnitude das perdas invisíveis é
função de vários parâmetros, dentre
os quais merecem maior destaque: estado das facas dos discos de corte
de base e facão picador; tipo de lâmina do corte de base ou modelo de facão picador (síncrono ou rotativo);
velocidade de rotação dos extratores;
tamanho do tolete; variedade de cana
Figura 1: Perdas invisíveis na forma de caldo,
serragem e estilhaços.
Serragem
(propriedades físicas); tipo de colheita (com ou sem queima), e modelo de
colhedora. Seus valores podem se situar entre 2,0 e 5,5%.
O CTC realiza ensaios (em condições controladas) para quantificar estas perdas invisíveis objetivando conhecer as origens ou causas das perdas e atuar no processo e efetuar as
correções necessárias para a sua incidência (Figura 1).
Estilhaço
29. Artigo Técnico II
Perdas visíveis
Figura 5: Componente das perdas
denominado cana inteira.
As perdas visíveis estão associadas às características da área a ser colhida: 1- Varietais (produtividade, tombamento, teor de fibra, comprimento do
palmito, quantidade de palha, isoporização, etc.), 2- Preparação da área (padronização do espaçamento entre linhas, comprimento da área, sistematização do plantio, depressões e torrões,
quebras de lombo, qualidade de cultivo, dificuldade de visualização, etc.); e
também à operação em si da colheita
que envolve treinamento dos profissionais, velocidade da colhedora compatível com o estado do canavial e em
sincronismo com o reboque ou caminhão, situação dos equipamentos da
colhedora, principalmente facas de corte de base e do rolo picador de toletes,
velocidade do exaustor primário da colhedora, altura da carga, altura de corte
de base, manutenção do equipamento,
desponte, horário da colheita, altura de
carga, etc.
Figura 2: Demonstrativo do esquema de
amostragem.
Figura 3: Aspecto visual da área após a
coleta do material.
A quantificação destas perdas facilita as correções de falhas operacionais. As referentes às características do
canavial poderão ser apenas minimizadas, principalmente com a redução da
velocidade da colheita.
a) Metodologia de amostragem - A
representatividade de uma amostragem
depende da homogeneidade da área,
das repetições e do tamanho das parcelas. Deve-se amostrar no mínimo 10
pontos aleatórios por área liberada de
colheita e uma amostragem não deve
ultrapassar três hectares de representatividade. O CTC adota uma área de
parcela de 10 m2 (Figura 2 e Figura 3)
abrangendo duas linhas de cana (3,3m
x 3,0m = 2 linhas de 1,5m).
Cana Inteira - pedaço de cana igual ou maior que 2/3 do
tamanho normal da cana do canavial avaliado,
podendo ou não estar presa às raízes
Figura 6: Componente das perdas
denominado cana-ponta.
Cana Ponta - pedaço de cana agregada ao ponteiro. A
retirada de cana ponta é feita quebrando-se manualmente o colmo no ponto de menor resistência
Figura 7: Componente das perdas
denominado tolete.
Espaçamento entre linhas
As perdas são calculadas de forma absoluta (t/ha) multiplicando-se o valor
final em peso por 1.000, para a área de 10 m2. Para o valor em porcentagem dividese este valor pela produtividade + o valor:
Na área demarcada, as
sobras de cana são coletadas e os componentes são
separados e pesados da
seguinte forma: cana inteira, pedaços de cana, lascas,
toletes, toco e cana ponta
(cana agregada ao ponteiro). Estes componentes estão apresentados a seguir
(Figura 4 a Figura 9):
·
Figura 4: Componente das perdas denominado toco.
Tocos - pedaço de colmo preso à soqueira, acima do solo e menor que
20cm. Acima desse tamanho é considerado pedaço (Figura 4):
Toletes - pedaço de cana esmagado ou não com corte
característico do facão picador ou corte de base em
ambas as extremidades
Figura 8: Componente das perdas denominado lascas.
Lascas - São fragmentos de cana
totalmente dilacerados
Revista Canavieiros - Junho de 2009
29
30. Artigo Técnico II
Figura 9: Componente das perdas
denominado pedaço.
cana que são diretamente influenciados pela rotação do extrator primário.
Á medida em que se aumenta a rotação, os toletes são succionados junto
com a palha e a terra. Ao passarem pelo
exaustor são dilacerados em pedaços,
lascas, serragem e caldo, estes dois últimos perdas invisíveis.
Impurezas mineral e vegetal
Pedaços - variações de cana que não se encaixam nas
definições anteriores; sem as características de toco, canas
inteiras, tolete, lasca e cana ponta
Após a separação do material, cada
um dos itens é pesado e os resultados
são anotados em planilhas padronizadas. Nestas planilhas devem ser anotadas as características da cana e do terreno onde os levantamentos foram feitos. Também devem ser anotadas quaisquer variáveis que podem interferir no
resultado das perdas, tais como irregularidades do terreno como sulco fundo,
infestação de mato, curvas de nível, abertura de aceiro, área com queda de toletes dos transbordos, pedras na área de
colheita, declividade do terreno, etc.
Para efeito de comparação, levanta-se a participação das perdas de acordo com as categorias apresentadas
anteriormente (tolete, cana inteira, lascas, pedaço, toco e cana ponta). A participação é expressa em porcentagem e
facilita a identificação de onde as perdas são originadas.
Após a obtenção dos índices de
perdas, pode-se fazer a classificação
dos resultados em perda alta, média ou
baixa, de acordo com os valores médios apresentados a seguir (Tabela 1).
O conhecimento dos tipos de perdas facilita a interpretação dos resultados e direcionam as correções. Percebe-se que o fator mais representativo
nas perdas são os pedaços (lascas) de
Tabela 1: Classificação das perdas
Nível de Perdas
Baixo
Médio
Alto
30
Percentual de
Perdas (%)
< 2,5
2,5 < 4,5
> 4,5
Revista Canavieiros - Junho de 2009
A carga resultante da colheita mecanizada deveria ser composta apenas
de cana. No entanto, ela apresenta também outros materiais indesejados, denominados impurezas que podem ser
de duas origens: mineral e vegetal. A
presença desse material na carga causa interferência no processo de fabricação de açúcar e álcool, causando desgastes em equipamentos e interferindo
na qualidade do produto final. Como a
limpeza do material é realizada pelos
extratores primário e secundário, há
uma relação direta entre perdas e impurezas. Caso a redução das perdas seja
priorizada, uma maior quantidade de
palha irá seguir para a usina junto com
a cana, reduzindo a densidade de carga e tornando o transporte mais oneroso. A tomada de decisão neste caso é
utilizar uma rotação dos extratores condizente com a variedade da cana e as
condições do canavial.
A impureza mineral é composta por
terra e pedriscos e a vegetal compõese de palha e ponteiros vindos da matéria-prima. O sistema de limpeza da
colhedora tem como função separar
esses materiais da carga. No entanto,
parte ainda permanece junto com a
cana, sendo levada para a usina onde
pode alterar a qualidade do açúcar. A
impureza mineral é extremamente danosa à indústria. Causa desgaste excessivo em inúmeros equipamentos industriais por abrasão, aumenta a perda de
sacarose, aumenta as paradas da usina
pelo desgaste, quebras de equipamentos e exige mudanças no processo. Valores aceitáveis (Tabela 2) de impurezas minerais estão entre 3 a 6 kg t-1 cana
(0,3 a 0,6%).
Tabela 2: Classificação de Impurezas minerais
Classificação das
impurezas minerais
Baixo
Médio
Alto
Percentual de impurezas
minerais (%)
< 0,3
0,4 < 0,6
> 0,6
A impureza vegetal resulta em menor peso de carga no transporte e menor eficiência de extração de caldo por
parte da indústria e a classificação utilizada pelo CTC está na Tabela 3.
Tabela 3:Classificação de Impurezas vegetais.
Classificação das
impurezas vegetais
Baixo
Médio
Alto
Percentual de impurezas
vegetais (%)
<3
4a6
>7
Considerações finais
A velocidade de rotação do extrator
primário é o principal elemento nas magnitudes das perdas de cana e impurezas
na matéria-prima, assim ressalta-se a
importância de se planejar a regulagem
da colhedora diante das diferentes condições que serão encontradas na colheita. Variedades com alta presença de
massa foliar exigiriam maior velocidade
de rotação, enquanto canaviais com
menor produtividade e consequentemente massa vegetal reduzida, poderiam ser colhidos com regulagens distintas da condição anterior. Avaliações periódicas das perdas e impurezas podem
ajudar na definição de rotações ótimas,
em função das diferentes condições de
colheita. A influência do componente
“lascas”, que basicamente são toletes
que foram succionados pelo fluxo de ar,
sendo assim dilacerados pelo choque
com as pás do extrator apresenta a maior variação conforme a rotação do extrator primário.
Para a redução das perdas o CTC
sugere treinamento dos operadores de
colhedora e acompanhamento da operação durante a safra por técnico da área
de Treinamento e Capacitação Tecnológica analisando as condições do talhão,
tombamento da cana, comprimento de
trabalho, sistema de caminhamento e aceiro, altura de trabalho do corte de base/
corte de ponta, velocidade da colhedora,
sincronização colhedora/caminhão, distribuição dos equipamentos na área, cultivo e quebra do meio (lombo).
31. Novas Tecnologias
Embrapa investe em
cana tolerante à seca
Da Redação
Variedade transgênica é voltada às novas fronteiras para a cultura
Foto: Leonardo Ferreira
A
Embrapa Agroenergia desde
agosto de 2008 trabalha com a
transformação genética de
cana-de-açúcar para tolerância à seca.
Em uma perspectiva técnica de até sete
anos, o setor sulcroalcooleiro poderá
contar com esta nova variedade. Atualmente, ainda não existe variedade de
cana-de-açúcar transgênica comercial.
De acordo com o pesquisador da
Embrapa Agroenergia, Hugo Molinari,
o método de transformação mediado
por biobalística é mais utilizado atualmente na produção de cana geneticamente melhorada devido à maior simplicidade e praticidade de aplicação.
“Quando se trabalha com transgênicos,
é preciso fazer vários estudos para provar que eles podem ser utilizados e que
são equivalentes a uma outra planta
que não sofreu a inserção da característica desejada”, salienta Molinari.
caso da pesquisa em andamento, o aumento da tolerância à seca.
O melhoramento clássico de canade-açúcar convencional é um processo
demorado e trabalhoso. Atualmente, com
este processo são necessários de 12 a
15 anos para obter uma nova variedade.
Por meio da transgenia é possível a redução do período para sete anos. Este
método oferece vantagem de modificar
somente a característica de interesse, no
A tecnologia desenvolvida pode ser
uma alternativa para o melhor aproveitamento de muda e eficiência de planta, visando impulsionar a produção de
cana-de-açúcar no Brasil para as áreas
de expansão. De forma geral, estas áreas têm como características solos com
baixa fertilidade, altas temperaturas e
baixa precipitação pulviométrica.
Laboratório da Embrapa serve de base para o desenvolvimento de variedade de cana tolerante à seca.
As pesquisas são desenvolvidas
em parceria nos laboratórios da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF), que possuem todas
as características exigidas pelas normas
da CTNBio para estudos com organismos geneticamente modificados. Além
dessa parceria, a Unidade conta com o
apoio da Japan Internacional Research
Center for Agricultural Sciences, Jircas,
empresa de pesquisa vinculada ao governo japonês.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
31
32. Novas Tecnologias II
CTCSat – Mais um produto
CTCSat
Mais um produto
do CTC disponibilizado aos
do CTC disponibilizado aos
fornecedores
fornecedores
Mauro Sampaio Benedini - Gerente Regional (CTC)
Jorge Luis Donzelli - Coordenador de Pesquisa Tecnológica (CTC)
I
NTRODUÇÃO – O CTC (Centro
de Tecnologia Canavieira) atua há
mais de 30 anos no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor canavieiro, realizando pesquisas
para toda a cadeia produtiva da canade-açúcar, do campo à indústria. Essa
ampla atuação garante que os esforços no desenvolvimento de novas tecnologias para o mercado se convertam
em benefícios para todo o setor, o que
garante seu desenvolvimento equilibrado e permite acumular ganhos de
eficiência nas diversas etapas do processo produtivo.
O NOVO PRODUTO CTCSat
O Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto aplicado à Cana-deAçúcar é uma das linhas de pesquisa
do CTC, que faz parte da Coordenadoria de P&D em Agronomia. Nesse programa são desenvolvidos trabalhos
com o objetivo de se obter ferramentas
e metodologias para auxílio na tomada
de decisão a partir do monitoramento e
gerenciamento agrícola utilizando geotecnologias como imagens de satélite, sistemas de informação geográfica,
GPS entre outras. Essa área de pesqui-
PRODUTOS CTC
O CTC se destaca por disponibilizar aos seus filiados além das variedades de cana melhoradas, também toda
a tecnologia da cadeia produtiva da
cana. Desde a sua fundação em 2004, o
CTC vem inovando no atendimento
aos associados com lançamento de
produtos CTC. O atendimento às associações é realizado pelos gerentes
regionais (Figura 1).
sa resultou no CTCSat - Monitoramento com Imagens de Satélite.
Esse novo produto institucional
tem como objetivo contribuir para maior competitividade de nossos associados por meio de um melhor controle da
extensa área plantada, aumentando a
eficiência no gerenciamento, visando
redução dos custos de produção e
maior agilidade na tomada de decisão.
Os trabalhos foram iniciados em
maio de 2009 por meio do recebimento
dos mapas de propriedades de filiados
às associações que aderiram ao programa e que, após o processamento com
imagens de satélite, deverão resultar em
Mapas Gerenciais mostrando alterações
no desenvolvimento/crescimento/produção da cana-de-açúcar.
Figura 2 – CTCSat. Maior agilidade no
gerenciamento das propriedades.
Figura 1 – Associações de fornecedores filiadas ao CTC e atividades desenvolvidas.
32
Revista Canavieiros - Junho de 2009
BENEFÍCIOS – Inúmeros são os
retornos econômicos esperados com a
visualização precoce de problemas de
produção nas áreas de um determinado produtor tais como, redução do número de amostragens para controle de
pragas e outras ocorrências; redução
no tempo de correção pela identificação precoce do problema com cana-deaçúcar; redução do custo de produção
agrícola; aumento da produtividade
agrícola; auxiliar na tomada de decisão
para o planejamento das áreas de reforma e monitoramento sistemático de
toda a área; entre outros.
33. Novas Tecnologias II
OUTROS PRODUTOS CTC
Os produtores filiados às Associações de Fornecedores de cana associadas ao CTC tem direito ao acesso às tecnologias desenvolvidas pelo
CTC, dentre elas:
Variedades CTC - O Programa de
Melhoramento Genético da Cana-deAçúcar, desenvolvido pelo Centro de
Tecnologia Canavieira, foi iniciado
em 1969 pela Copersucar que até 2004
lançou 53 variedades SP. Entre 2005
e 2008, foram liberadas comercialmente 18 variedades CTC, com rápida expansão na área (Figura 3).
Muda Sadia - O produto Muda Sadia, com sua equipe regionalizada,
iniciou em 2006 a orientação e treinamento de técnicos das associadas
com uma série de atividades: disponibiliza os clones promissores que
serão futuras variedades CTC; acompanha e auxilia na condução técnica
dos viveiros de mudas; tratamento
térmico, roguing; capacita o corpo
técnico da associada com diagnóstico, mapeamento e controle de pragas e doenças, auxilia no planejamento varietal e ainda oferece diversos
treinamentos. Estima-se que haja um
ganho em torno de 3 tc/h/ano com a
utilização deste produto.
Carta de Solos e Ambientes de
Produção - A partir de maio de 2008,
todas as associadas ao CTC tiveram
o direito ao início do mapeamento e
classificação dos solos em suas áreas com a implantação do produto
"Carta de solos e Ambientes de Produção". Todas as associadas que
aderirem ao programa terão 100% da
área mapeada em cinco anos, visando alocação das variedades nos ambientes de produção recomendados,
utilizando-os de forma otimizada, aumentando a produtividade.
Cursos pela internet (à distância) - Desde o início de 2008, o CTC
vem disponibilizando em seu site
www.ctcanavieira.com.br cursos diversos, seminários, palestras e artigos técnicos, com acesso permitido a todos os fornecedores de
Figura 3 – Previsão de plantio de variedades comerciais em 2009.
cana das associações filiadas ao
CTC. São mais de 20 cursos disponibilizados e 18 artigos técnicos,
estes com enfoque exclusivo aos
fornecedores de cana.
Proficiência interlaboratorial - O
programa de controle de qualidade do
caldo é oferecido pelo CTC desde
1992, e nesta safra teve a participação
de seis associações de fornecedores,
que são as que possuem laboratórios
próprios de análise de cana. Este programa tem como objetivo determinar
o desempenho dos laboratórios das
associadas e contribuir na ampliação
da credibilidade dos resultados nas
análises realizadas.
NOVAS FORMAS DE
ATUAÇÃO DO CTC
O CTC apresentada as seguintes novidades para o ano de 2009:
Ambientes de produção edafocli- tindo maiores incrementos na promáticos – Devido à alta diversidade dutividade. A análise dos novos
climática da região canavieira atual- materiais genéticos via validação
mente atendida pelo CTC, um mesmo agronômica em todas as associaambiente edafo submetido a regimes das, aliada ao melhoramento e enclimáticos diferentes apresentam pro- saios experimentais regionais, produtividades diferentes. O CTC irá porcionará resultados significaticaracterizar todos os ambientes cli- vos na seleção regionalizada.
máticos das associadas no ano de
Nova Biofábrica - Devido à cres2009 e disponibilizá-los aos que estiverem caracterizando seus ambientes cente demanda por mudas de variede produção pelo produto Carta de dades, o CTC irá disponibilizar anualmente alguns milhões de mudas de
Solos.
meristema com a sua nova biofábrica
Pólos de pesquisa em cada as- que irá acelerar a multiplicação de
sociada - Desenvolver variedades variedades, conforme solicitação anperfeitamente adaptadas às condi- tecipada e com maior segurança fições edafoclimáticas e de manejo tossanitária e redução de custos com
de cada associada do CTC, permi- o tratamento térmico.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
33
34. Assuntos Legais
Art - anotação de responsabilidade
técnica: Obrigatoriedade
A
Lei Federal Nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977, instituiu em nosso sistema a ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica), documento que deve ser emitido para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes
à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia.
A AR T define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia, sendo expedida pelo
profissional ou pela empresa no CREA
(Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia), de acordo
com Resolução própria do CONFEA
(Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), órgão incumbido de fixar os critérios e os valores
das taxas da ART ad referendum do
Ministro do Trabalho.
Referida legislação determina que
a falta de registro de ART em empreendimentos nessas áreas ensejará a notificação por exercício ilegal da profissão, se não houver participação de profissional habilitado ou de notificação
por falta de ART, se houver a presença
de profissional legalmente registrado
no sistema CONFEA-CREA.
Cumpre esclarecer que os valores
arrecadados com a ART se prestam a
cobrir os custos de registro e viabilizar as ações de fiscalização, normatização da legislação, dentre outras atinentes ao CONFEA e aos CREAs, bem
como as ações de desenvolvimento
técnico e social dos profissionais.
Os profissionais do próprio
Sistema CREACONFEA poderão
fiscalizar se a legislação está sendo
respeitada e aplicar
as penalidades legais (notificação,
multa, etc.), dando
prazo para que o
fiscalizado possa
se defender.
Juliano Bortoloti - Advogado
Departamento Jurídico Canaoeste
Em vista do exposto, cumpre-nos esclarecer que, na área rural, quando o produtor for contratar profissionais para a
prestação de serviços agronômicos, deverá exigir a expedição da ART, sob pena
de ser notificado e, após, multado por
estar desrespeitando a legislação.
Certificação sócio-ambiental:
A chave para comercialização da produção
P
rezados produtores rurais e industriais, é pública e notória a pressão
que a sociedade vem fazendo junto ao
setor do agronegócio para que a produção
seja sócio, econômico e ambientalmente sustentável. Isso está se refletindo na comercialização dos produtos oriundos da terra. O
mercado consumidor, principalmente o internacional, exige que o produto final seja
produzido de acordo com determinadas regras de conduta sócio-econômico-ambientais.
Reportagem veiculada no jornal Valor
Econômico, de 29/05/2009, de Bettina Barros, denominada “Cana-de-açúcar agora
terá certificação global”, informa que o Brasil está liderando um movimento para “lançar mão de certificação global que garanta
melhores práticas agrícolas, ambientais e
sociais ”, em razão de pressão da comunidade internacional sobre a sustentabilidade da
produção do setor sucroalcooleiro.
Na mesma reportagem, a assessora internacional da União da Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), Geraldine Kutas, informa que
“a certificação deve começar em 2010” e que
“Cerca de 70% do setor mundial de cana-deaçúcar está envolvida na iniciativa. Queremos que seja um negócio ´mainstream´ (global) e não apenas de nicho ”
34
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Ainda segundo o jornal, para obter a
certificação do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola),
único apto a auditar projetos no Brasil até
o momento, visando obter o selo Rainforest Alliance, criado pela Rede de Agricultura Sustentável nos anos 90, há a necessidade de seguir dez princípios e 100 critérios nas áreas ambiental, social e agronômica
e, ainda, que já há duas empresas brasileiras
que demonstraram interesse na certificação:
o grupo Balbo, de Sertãozinho (SP) e o Adecoagro, com sua usina em Angélica (MS).
a compatibilidade desses programas e,
para isso, o Brasil precisa apresentar o
realizado aqui para um debate junto à
União Europeia”.
Nesse sentido, em reportagem veiculada no sítio eletrônico ambientebrasil.com.br,
de 04.06.2009, cuja fonte é o Estadão Online, tem-se a notícia que a União Européia,
convencida de que não conseguirá produzir
e terá que importar biocombustíveis para
cumprir a meta de adicionar 10% de renováveis em sua matriz de combustíveis até
2020, já se manifestou por meio do conselheiro da delegação da Comissão Europeia
no Brasil, Fabian Delcros, de que o combustível, incluindo o etanol, terá de ser certificado e dentro dos padrões da União Europeia, pois “Quem quiser exportar para
a Europa precisa ter sustentabilidade e o
Brasil até tem um programa nesse sentido”, acrescentando que “a questão é se há
Nesse sentido, os produtores rurais terão de se adequar às referidas normas, sob
pena de não conseguirem, em um futuro
próximo, comercializar sua produção junto
às unidades industriais, tendo em vista que
estas, ao se certificarem, certamente irão
exigir o mesmo de seus fornecedores.
Verificamos, então, que os empreendimentos certificados, inclusive a produção
agrícola da cana-de-açúcar, poderão se utilizar da certificação em materiais de divulgação, o que permite ao consumidor identificar produtos agrícolas de origem responsável e, certamente, abrir portas para uma
melhor comercialização.
Nessa esteira, o Protocolo de Cooperação Agroambiental, entabulado pelo governo do Estado de São Paulo e o setor sucroalcooleiro (UNICA e ORPLANA), se torna um importante instrumento para comprovar a sustentabilidade sócio-econômico-ambiental do produtor rural e do industrial, com vistas a uma melhor comercialização de seus produtos.
35. Destaque
Safra de grãos
será 6,9% menor
Da redação
Estiagem no Sul e o excesso de chuvas no Nordeste reduziram previsão de colheita
A
safra de grãos 2008/2009 deve alcançar 134,1 milhões de tonela
das, queda de 6,9% na colheita em relação à safra 2007/08, quando foram colhidas 144,1 milhões/toneladas, quase 10 milhões de
toneladas a menos, por conta da estiagem no Sul e o excesso de chuvas
no Nordeste. No entanto, a área plantada aumentou de 47,4 para 47,6
milhões de hectares. É o que mostra levantamento da Conab divulgado
no último dia 8.
A região Sul, responsável por 39,8% da produção nacional, foi a área
mais afetada pelo clima, com diminuição de 10,2% da produção, estimada agora em 53,5 milhões/toneladas. No Centro-Oeste a safra será de 48
milhões/toneladas, no Sudeste 16,7 milhões/toneladas e Norte com 3,8
milhões/toneladas. No Nordeste, as chuvas nos estados do Maranhão,
Piauí e Bahia, comprometeram a produção, que será 4,9% menor, com
11,9 milhões de toneladas.
Amendoim – a produção total de amendoim (primeira e segunda safras) deve atingir 294,2 mil toneladas, de acordo com o levantamento
divulgado dia 8. Na safra 2007/08, a produção foi de 303,1 mil toneladas.
Em São Paulo, a safra 08/09 está prevista em 227,8 mil toneladas, enquanto no ciclo passado foi de 236,4 mil/ton.
Soja - As lavouras de soja também serão reduzidas em 4,8%, passando de 60 para 57,1 milhões de toneladas. O estado que mais sofreu foi o
Paraná, que colheu 9,5 milhões de toneladas, queda de 20%.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
35
36. Biblioteca
Cultura
Cultivando
a Língua Portuguesa
“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
História da Cana-de-açúcar
José Roberto Miranda
Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português
“Ser feliz não é uma obra do destino, mas uma conquista
de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser” ad
1) O chefe do departamento tem que olhar a sua equipe
“sobre o ponto de vista” humano...
Com o erro da preposição, o chefe não está olhando nada! Renata Carone
Sborgia*
Lembrando: “a expressão “ponto de vista” tem origem nas
artes plásticas. O ponto de vista é aquele escolhido por um pintor ou por um
desenhista para melhor observar um objeto ou para colocá-lo em perspectiva.
Esse sentido ganhou extensão figurativa e passamos a empregar a expressão
como a maneira de considerar ou de entender um assunto.”
Entretanto, não quer dizer que qualquer preposição possa ser empregada
para indicar o ponto do qual se observa ou considera algo.
O uso “sobre o ponto de vista” quer dizer em cima do ponto de vista e se fosse
“sob o ponto de vista” o sentido é abaixo do ponto de vista.
Não estamos nem em cima nem embaixo do ponto de vista.Assumimos um
ponto de vista e dele observamos a paisagem ou a questão ou algo em debate.
O ideal é empregar a preposição DE com a expressão PONTO DE VISTA.
Ex. :O chefe do departamento tem que olhar sua equipe “do ponto de vista”
humano.
2) A surpresa: Maria está grávida!
Apenas com alguns “enjôos”...
Prezado amigo leitor com o Novo Acordo sem enjoos!
Regra Nova-Novo Acordo: paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima da direita
para a esquerda) com acento circunflexo no penúltimo O do hiato oo(s) (hiato:é o
encontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronunciado numa sílaba e o
outro na sílaba imediatamente posterior) perdem o acento.
Ex.: Maria está grávida!
Apenas com alguns enjoos
3) Eles “crêem” na política brasileira...
Cada um tem a sua crença!
Com o “crêem” escrito ANTES do Novo Acordo Ortográfico, poderíamos crer
em tudo!
Depois do Novo Acordo ,para a crença valer, prezados amigos leitores, usar
SEM acento.
Regra Nova: paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima da direita para a esquerda) com acento circunflexo no penúltimo E do hiato ee(s) (hiato:é o encontro
de dois sons vocálicos , um dos quais pronunciado numa sílaba e o outro na
sílaba imediatamente posterior) perdem o acento.
Antes: crêem Depois: creem
PARAVOCÊ PENSAR:
“Para dobrar o índice de sucessos,
triplique seu índice de fracassos”
(Wolf J. Rink)
“A história tem mostrado que os mais notáveis
vencedores normalmente encontraram
obstáculos dolorosos antes de triunfarem.
Venceram porque se negaram a serem
desencorajados por suas derrotas.”
( B.C.Forbes)
* Advogada e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em
Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)
com Miriam M. Grisolia
36
Revista Canavieiros - Junho de 2009
C
om o objetivo de revelar um pouco mais
sobre uma das mais importantes plantas de nosso país, o autor do livro "História da cana-de-açúcar", José Roberto Miranda, com o apoio da Syngenta, trás informações úteis para aqueles que a plantam e
cultivam, e também àqueles que só a conhecem após virar garapa, aguardente, açúcar, fermentos, dentre outros.
Trazendo informações de onde se originou a cana e quem foram seus primeiros
produtores, esse livro também aborda outros temas, tais como a criação dos engenhos, o mercado brasileiro, do monopólio à
crise, as influências dos índios, brancos e
negros na gastronomia e nas sobremesas
brasileira.
Além disso, esta obra também destaca
o presente e o futuro da cana-de-açúcar,
nos dando, assim, uma visão mais rica e
ampla sobre o assunto.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar
a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto
Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone
(16)3946-3300 - Ramal 2016
37. VENDEM-SE
-01 Cobridor de cana de duas linhas
marca DMB, em ótimo estado, valor R$
5.000,00.
-01 Triturador marca Penha TH-3.500,
Motor 15 AP, c/chave triangulo, valor
R$1.000,00.
-01 Moto Bomba de 15 AP, valor R$
1.000,00.
-01 Carroceria de ferro de 8 MTS p/
plantio de cana, valor de R$ 4.000,00.
-01 Carroceria de ferro de 8 MTS p/
cana inteira c/cambão e cabos de aço
(completa), valor R$ 5.000,00.
-01 Carroceria de ferro p/plantio de
cana, nova e reforçada.
-01 Carroceria de ferro p/cana inteira,
marca FACHINI c/cabos de aço e cambão, ano 2000.
-01 Cambão p/descarga de cana inteira de 7 MTS, valor R$ 200,00.
-01 Cultivador de cana, Marca DMB
de 2 linhas completo, valor R$ 1.500,00.
-01 Caminhão Ford Cargo Plataforma, modelo 2626 e ano 2003, semi-novo
com 120.000 KM, cor Prata, pneus seminovos, com facilidade p/pagamento.
-Pneus p/caminhão 1000 / 1100 c/câmaras e protetores.
Tratar com Marcus ou Nelson pelos
telefones: (17) 3281-5120 ou 3281-8556
Olímpia-SP
VENDE-SE
-01 Colhedeira de Amendoim, Dobler
Master II, ano 2001. Tratar com Sérgio
pelos telefones: 3942-2856 ou 9773-3334.
VENDEM-SE
-01 Colheitadeira de Grãos Massey
Fergunson 5650 Advanced, ano 2003
com 1560 horas, com plataforma de soja
de 19 pés e plataforma de milho PL-80
de 5 linhas;
-01 Trator Massey Fergunson 650, ano
2003 com 3000 horas e uma Grade Aradora de 14 discos de 32 polegadas Baldan.
Tratar com Mauro pelo telefone:
(34) 9937-0810 ou 3821-1724.
VENDE-SE
-01 Caminhão chevrolet D-60, ano 78,
com motor e câmbio do MB-1113, todo
revisado em excelente estado de conservação. Tratar com Milton pelo telefone 91749650 ou Leonardo pelo telefone 91776227.
- 01 sulcador de 2 linhas DMB
- postes de aroeira
- terças, caibros e porteiras
- tambores plásticos vazios de
200 lts
Tratar com Wilson - 17.9739.2000 Viradouro - SP
VENDEM-SE
-Lascas e roliços de aroeira;
-Curral aroeira e ipê roxo, mais brete,
balança, completo. Próximo a Jaú.
R$45.000,00;
-Sulcador/Cultivador para três linhas,
tríplice operação, R$18.000,00;
- Cobridor de cana com tanque aplicador de inseticida para três linhas,
R$7.500,00;
-Rolo faca "icma" 10 facas, super
pesado, R$ 28.000,00;
-Carreta para plantio de cana, um eixo,
pneus 1.000 x 20, R$5.500,00;
Tratar com João Ferreira pelo telefone: (14) 9792 1571
VENDEM-SE
-V
ALTRA 1880-S, ANO 1998
- VALTRA 1880-S, ANO 2001 c/ serviço
de reboque
-V
ALTRA BH-180, ANO 2002
-V
ALTRABH-180, ANO 2003 c/ serviço de reboque
-V
ALTRABH-160, ANO 2005 c/ serviço de reboque
-V
ALTRABH-160, ANO 2006 c/ serviço de reboque
- Tratores c/ kits de freio + Cab Parts
-V
ALTRA BH-180, ANO 2008
Cabine original, 280hrs, tanque p/
diesel, 5000 lts c/ bomba, filtro, bico e
mangueira. Baú p/ transporte de pessoas(16), marca Rio Preto, novo.
Tratar com João Carlos Martins de
Freitas pelos telefones (17) 3343-7203/
(16) 3957-1254 / 9137-8389.
VENDEM-SE
Curral de Aroeira para trabalhar com
1.000 bois - Idade: + ou - 35 anos
Tábua de aroeira e ipê, sendo 10
repartições,tronco e seringa
-02 barracões, sendo um que cobre o
tronco e o outro para leite.
Preço a combinar
Obs: Aceita-se como pagamento tratores, caminhões e semoventes.
Localidade: Município de Mesopolis na região de Jales - SP
Tratar com Marco Aurélio Junqueira
pelos telefones: (17) 9611-1480 ou (17)
9777-4678.
VENDEM-SE
- F350 ano 2001 com baú
- 01 Transformador de 15 KVA
-01 Transformador de 45 KVA
- 01 Transformador de 75 KVA
- Tijolos antigos e telhas
- Lascas, palanques e mourões de
aroeira
VENDE-SE
- 01 caminhão mercedes benz Axor
2831 ano 2007
Em caso de interesse, entre em contato com o Sra. Nair Francisca,
Pelo telefone:(14) 9753 3666 ou pelo
email: nfrancisca55@itelefonica.com.br.
VENDE-SE
- Carroçaria cana picada p/ Scania,
comprimento 8200mm, Altura do giro
Mancal 3900mm, Lado tombador Motorista Altura total 4300mm
R$8.000,00 +32x1160, consórcio cor
Amarelo.
Em caso de interesse, entre em contato com o Sr. Noel Rosa,
Pelo telefone:(19) 9697 7408 ou pelo
email: noelrosasilva@gmail.com.
Revista Canavieiros - Junho de 2009
37
38. Agende-se
Julho
de 2009
Simtec 2009 - Simpósio Internacional e Mostra de
Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira
Período: 30/06/2009 a 03/07/2009
Segmentos: Encontro, Exposição
Cidade: Piracicaba/SP
País: Brasil
Telefone: 19 3417-8604
E-mail: simtec@simtec.com.br
24º SEMINÁRIO COOPLANTIO
Empresa Promotora: Cooplantio - Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto
Tipo de Evento: Seminário / Jornada
Início do Evento: 01/07/2009
Fim do Evento: 03/07/2009
Estado: RS
Cidade: Gramado
Localização do Evento: Hotel Serrano
Informações com: Cooplantio
Site: www.cooplantio.com.br/seminario
Telefone: 51 3481-3333
E-mail: cooplantio@cooplantionet.com.br
EXPOSIÇÃOAGROPECUÁRIA - LUZ
Início do Evento: 02/07/2009
Fim do Evento: 05/07/2009
Segmentos: Exposição
Cidade: Luz/MG
País: Brasil
E-mail: sinluz@catedralnet.com.br]
EAPIC - EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA, INDUSTRIAL
E COMERCIAL - SÃO JOÃO DABOA VISTA
Início do Evento: 03/07/2009
Fim do Evento: 12/07/2009
Segmentos: Exposição
Cidade: São João da Boa Vista/SP
País: Brasil
EXPOAGRÍCOLA DE LINS E REGIÃO
Início do Evento: 03/07/2009
Fim do Evento: 13/07/2009
Segmentos: Exposição
Cidade: Lins/SP
País: Brasil
Telefone: (14) 3522-3855
38
38
Revista Canavieiros - Junho de 2009
Revista Canavieiros - Junho de 2009
FEXPOAN - EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA,
COMERCIAL E INDUSTRIAL DE ANDRADINA
Início do Evento: 03/07/2009
Fim do Evento: 13/07/2009
Segmentos: Exposição
Cidade: Andradina/SP
País: Brasil
Telefone: (18) 3722-3469
IV SIMPÓSIO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
DE CANA-DE-AÇÚCAR
Promotora: GAPE - Grupo de Apoio a Pesquisa e Extensão
Tipo de Evento: Encontro / Simpósio
Início do Evento: 06/07/2009
Fim do Evento: 08/07/2009
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Teatro Unimep - Campus Taquaral
Informações com: GAPE - Grupo de Apoio a Pesquisa e
Extensão
Site: www.gape-esalq.com.br/simposios/cana/
Telefone: 19 3417-2138
E-mail: gape@esalq.usp.br
simposiocana2009@hotmail.com
CURSO DE GESTÃO TRANSFORME SUA FAZENDA:
GESTÃO, LIDERANÇA E TECNOLOGIA
Empresa Promotora: CRV Lagoa
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 06/07/2009
Fim do Evento: 10/07/2009
Estado: SP
Cidade: Sertãozinho
Localização do Evento: Sede da Central
Informações com: CRV Lagoa
Site: www.crvlagoa.com.br
Telefone: 16 2105-2299
E-mail: renata.ribas@crvlagoa.com.br
EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE ARAÇATUBA
Início do Evento: 08/07/2009
Fim do Evento: 18/07/2009
Segmentos: Exposição
Cidade: Araçutuba/SP
País: Brasil
Telefone: (18) 3607-7826