3. Editorial
Rumo a
Copenhague
M
aturidade. Segundo o empresário Maurílio Biagi Filho
essa é a principal característica que falta para o setor sucroalcooleiro desenvolver. Apesar de ser exemplo no que diz respeito à produção de
etanol, o Brasil ainda é precário em sua
comunicação. Na entrevista deste mês,
o empresário expõe sua visão do setor
e demonstra preocupação com a postura do país no encontro em Copenhague.
Em Assuntos Legais, o advogado da
Canaoeste, Juliano Bortoloti, fala sobre
a incompetência dos municípios em aplicarem as leis que proíbem a queima de
cana mesmo quando há legislação federal e estadual autorizada. E também traz
novidades sobre a renegociação das dívidas rurais, informando o novo prazo
de parcelamento e prorrogação.
O ATR Relativo da safra é o assunto
tratado no artigo técnico desta edição
pelo assistente de Controle Agrícola da
Canaoeste, Thiago Silva, que mostra o
impacto das chuvas na qualidade da cana
e também no ajuste do ATR.
A Reportagem de Capa traz a cobrança pelo uso da água na região que
deverá ser iniciada a partir de 1º de janeiro de 2011. O principal objetivo desta nova cobrança é a conscientização
do uso racional da água, e também a
captação de recursos que deverão ser
destinados para projetos a serem desenvolvidos na mesma bacia hidrográfica em que foram arrecadados.
O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, dá sua opinião sobre os problemas atuais, sendo o mais recente
deles, o apagão nacional ocorrido no
dia 10 de novembro. Para ele, isso mostra a fragilidade do sistema brasileiro.
No artigo, ele também aborda a importância dos canaviais brasileiros, que
têm o potencial de produção de energia de duas Itaipus.
A senadora Kátia Abreu está no
Ponto de Vista e expõe o que pensa sobre o encontro em Copenhague, a se
realizar no próximo mês, onde as nações
irão discutir suas metas e planos para
a redução de gás carbônico. Ela acredita que a solução está na política interna de cada um.
Em Notícias Canaoeste você poderá conferir o prêmio MasterCana 2009,
que destaca as pessoas mais influentes do setor. Este ano, os presidentes
da Copercana, Antônio Eduardo Tonielo, e da Canaoeste, Manoel Ortolan,
foram os premiados nas categorias
“Empresarial” e “Representação de
Classe”, respectivamente.
Em Destaque, temos a entrega do
título de “Cidadão Ribeiraopretano” ao
Sr. Antônio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana. A Câmara Municipal
de Ribeirão Preto homenageou-o no último dia 5. Familiares, amigos, autoridades estaduais e da cidade participaram da cerimônia.
Já nas Notícias Copercana você poderá conferir o encontro para produtores de amendoim, realizado pela Unidade de Grãos da Copercana, no dia 26 de
outubro. Os professores da Unesp apresentaram resultados de estudos e pesquisas feitos durante a safra 2008/2009
e também discutiram um possível cenário para 2010.
O mês de outubro também foi marcado pela reinauguração do Supermercado
Copercana e da Loja Magazine de Pitangueiras. Com uma estrutura ampla e moderna, agora a estrutura tem capacidade
para atender toda a necessidade dos clientes e cooperados da região.
Além disso, não deixe de conferir as
Informações Setoriais com o Assessor
Técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso,
dicas da Língua Portuguesa e leitura.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
3
3
4. Indice
EXPEDIENTE
Capa
CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Uso da água: cobrança
na região deve começar
em janeiro de 2011
Recursos deverão ser
empregados em projetos na
mesma bacia hidrográfica em
que foram arrecadados
22
Pag.
Pag.
OUTRAS
DESTA
DESTA QUES
Entrevista
Maurílio Biagi Filho
OPINIÃO - MANOEL
Pag.
16
ORTOLAN
Conselheiro de Desenvolvimento Econômico e Social da
Presidência da República (CDES)
"O setor precisa alcançar a
maturidade empresarial"
Pag.
Pag.
DESTAQUE
Pag.
05
Pag.
Ponto de vista
Kátia Abreu
Senadora da República (DEMTO) e Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
O Brasil real e Copenhague
Pag.
Pag.
Notícias
Cocred
- Balancete Mensal
28
30
Pag.
ARTIGO
TÉCNICO
ASSUNTOS
LEGAIS
32
10
DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo
EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Carla Rossini
Cristiane Barão
Rafael H. Mermejo
COMERCIAL E PUBLICIDADE:
Janaina Bisson
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora
TIRAGEM:
11.000 exemplares
Pag.
ISSN:
1982-1530
CULTURA DE
33
ROTAÇÃO
CULTURA
Pag.
Pag.
Pag.
36
AGENDE-SE
Pag.
18
37
CLASSIFICADOS
Pag.
38
ERRATA:
Na edição passada, a Canavieiros publicou na matéria sobre o Dia de Campo da Case IH, que
sua colhedora A4000 permite ao produtor colher até 58 toneladas por hectare e sua produtividade gira em torno de 20 toneladas por hora, quando na verdade esta colhedora permite uma
produtividade média de 85 toneladas por hectare.
4
4
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini – MTb 39.788
REPERCUTIU
Pag.
14
Canaoeste
- Manoel Ortolan e Antonio Tonielo estão entre os mais influentes do setor
Notícias
INFORMAÇÕES
26
SETORIAIS
Pag.
08
08
Copercana
- Copercana realiza encontro para
produtores de amendoim
- Supermercado Copercana de
Pitangueiras é reinaugurado
Notícias
Pag.
24
EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas
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redacao@revistacanavieiros.com.br
5. Entrevista
Maurílio Biagi Filho
Presidente do Conselho do Grupo Moema Açúcar e Álcool, Sistema COC de
Educação, CELEX e diversas outras empresas ; Presidente do Grupo Maubisa,
Presidente da Bioenergética Aroeira, Conselheiro de Desenvolvimento
Econômico e Social da Presidência da República (CDES)
"O setor precisa alcançar a
maturidade empresarial", diz
Maurílio Biagi
Carla Rossini
O
empresário Maurílio Biagi Filho acredita que as oscilações no preço do etanol serão resolvidas quando
o setor organizar sua oferta e alcançar a maturidade empresarial, o que, segundo ele, significa perseguir
menos os recordes de produção e mais a melhora dos índices de rentabilidade.
Ele afirma também que falta comunicação ao setor, que a internacionalização está em um ritmo mais rápido
do que previa e que os grupos estrangeiros terão um bom relacionamento com os fornecedores independentes
de cana. Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Canavieiros em seu escritório, em Ribeirão Preto.
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
5
6. Entrevista
Revista Canavieiros: A participa- comercial e trading e não pelo “farRevista Canavieiros: Essas oscilação do capital estrangeiro do setor é ming”. Preferem construir parcerias ções no preço na bomba não acabam
crescente. Até onde podemos chegar? com fornecedores, o que pode benefi- desgastando a cadeia produtiva e, de
Maurílio Biagi Filho: A internaci- ciar os produtores independentes.
certa forma, reduzindo a eficácia dos
onalização e concentração do setor são
trabalhos que vem sendo feitos para
crescentes. Hoje os trinta maiores gruRevista Canavieiros: Existe uma melhorar a imagem do setor?
pos econômicos controlam 91 usinas, solução definitiva para as oscilações
Maurílio: Sim, essas oscilações
processam quase 50% da cana e são no preço do etanol?
desgastam a cadeia e enfraquecem a
responsáveis por 54% da oferta de álMaurílio: Reitero o que tenho dito imagem do setor junto à opinião públicool da região Centro-Sul. O aumento nos últimos anos. O setor precisa al- ca nacional, como o próprio consumida concentração é reflexo da crise vivi- cançar a maturidade empresarial, o que dor. Mais uma vez aqui aponto a neda em 2008 e da grande excessidade fundamental de
"As tradings preferem construir
pansão que fizemos sem
organização da oferta.
respaldo econômico imeparcerias com fornecedores, pois não
diato. A tendência é que
Precisamos nos esforpossuem interesse em atuar
as unidades menos produçar para consolidar a imativas e que se endividagem positiva do etanol junno farming (na lavoura)"
ram sejam incorporadas.
to à opinião pública nacioNo início dessa década
nal e internacional, através
previ que em 2012, algo em torno de
significa perseguir menos os recordes da consolidação de medidas já em an20% de toda a cana processada no país de produção e mais a melhora dos ín- damento, como o zoneamento agroeestaria nas mãos de grupos estrangei- dices de rentabilidade. Considero fun- cológico da cana e a consolidação dos
ros. Agora vejo que, com os últimos damental, ainda, que o setor organize marcos regulatórios.
negócios realizados e os que estão em a sua oferta, ou seja, aprenda a venandamento, este percentual será ultra- der em doze meses aquilo que é proÉ preciso que tenhamos habilidade
passado ainda em 2010.
duzido em oito.
de comunicar, de forma clara e integraPor que agora o preço do etanol vai da, ou seja, diversas entidades envolSou absolutamente favorável ao ficar alto? Porque os estoques são pe- vidas num mesmo projeto de comunicapital estrangeiro. Obviamente trata- quenos.
cação, todos os benefícios ambientais
se de um setor estratégico e seria muiE vai ficar tão mais alto que vai do etanol. Não basta ser, é preciso ser
to desejável que fosse predominante- obrigar o governo a intervir como já e aparecer.
mente nacional, até porque não sabe- fez no passado. O governo tem papel
mos exatamente os reais interesses de importante no problema, pois não cumO que é preciso comunicar? Que
quem está chegando.
pre uma lei que existe, que é a dos es- apenas 2% da área agrícola brasileira é
toques estratégicos. O governo já dis- ocupada pela cultura da cana; que o
Vou te dar um exemplo. Quando nós se que não cumpri essa lei, sendo as- aumento da produção está ligado ao
administrávamos a SantaelisaVale, a sim só nos resta organizarmos o nos- aumento da produtividade; que as usiprefeitura de Sertãozinho tinha uma so estoque, considerando que o inte- nas não estão instaladas no bioma amaverdadeira parceria conosco, porque resse é nosso.
zônico ou no Pantanal. Há uma série
repassávamos verbas de arrecadação
para ajudar no desenvolvimento da cidade. Talvez essa não fosse a forma
mais correta do ponto de vista administrativo, mas o nosso carinho pela
cidade falava mais alto. Os administradores que vêm provavelmente só vão
pensar nos resultados da empresa. A
mesma coisa acontecia no caso dos
fornecedores de cana, suas associações e cooperativas.
“
Revista Canavieiros: Quais os desafios que a internacionalização do
setor impõe para os produtores independentes de cana?
Maurílio: As empresas estrangeiras se interessam pela parte industrial,
6
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
7. Entrevista
“Eu acho que o etanol tem
um futuro garantido com
perspectiva de aumento da
demanda no exterior”
“
produtos finais da cana, como o açúcar e o
etanol. Vários investimentos para o aumento da produção de açúcar nas usinas e,
ainda, para sua produção nas destilarias,
de maneira geral já ocorrem, juntamente com
um saneamento do setor, bem como a retomada de alguns investimentos paralisados
ou semi-paralisados.
infindável de benefícios que não são
conhecidos pela opinião pública.
O Brasil é o único país do mundo
em que o consumidor pode escolher
que combustível usar, um de origem
fóssil, mais caro, e outro, de fonte
renovável, mais barato. Porém, o benefício procurado pelo consumidor é
o preço e não a busca por maior sustentabilidade ambiental. Essa motivação equivocada é decorrência da falta de informação sobre todos os benefícios ambientais e sociais do etanol. O etanol deveria custar mais do
que a gasolina, considerando seu
custo de produção.
tunidade de firmar-se em Copenhague como liderança mundial, com
base nas vantagens comparativas
que possui (água, florestas, cana-deaçúcar, etc). Tais vantagens possibilitam que o país possua a matriz energética mais limpa do mundo, considerando que 50% dela é composta
por fontes renováveis.
A cana pode absorver em seu
desenvolvimento, grandes volumes
de CO2 ( na proporção de 650 Kg de
CO2 para cada tonelada de cana) e o
etanol, em uso veicular, emite 90%
menos CO2 que a gasolina. Desde
1975 o uso do etanol em substituição à gasolina permitiu a redução de
emissões de 600 milhões de toneladas de CO2, o equivalente ao plantio
de 2 bilhões de árvores e ao dobro
da meta estabelecida pelo Brasil a ser
apresentada em Copenhague.
Revista Canavieiros: Como deve
ser a postura do Brasil no encontro
de Copenhague?
Maurílio: O governo brasileiro
apontou na semana passada que pretende levar a Copenhague o compromisso de reduzir entre 36,1% e 38,9%
suas emissões de gases de efeito estufa até 2020. A redução resultará na
diminuição de 300 milhões de toneladas de gases ante o que o país emitiu
em 2005. Para atingir o objetivo, o governo fixou como meta reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% e do
cerrado em 40%. Trata-se de uma meta
voluntária que prevê medidas na área
de energia, siderurgia e agricultura.
Revista Canavieiros: A economia brasileira dá sinais de que se
recupera dos reflexos da crise financeira mundial. E o setor?
Maurílio: Sim, o Brasil dá sinais
de que já se recuperou da crise, tendo em vista todos os indicadores
econômicos positivos, como o crescimento do PIB, a retomada do crédito, o aumento das vendas no varejo,
entre outros.
Frente à posição da China e dos
EUA, o Brasil tem uma grande opor-
O setor também se recupera, graças aos preços remuneradores dos
Revista Canavieiros: As chuvas atrasaram a moagem nos meses de setembro e
outubro. Isso pode fazer com que uma safra emende à outra?
Maurílio: Não acredito que uma safra
emende à outra. Acredito que haverá volume significativo de cana no pé, fazendo com
que tenhamos mais matéria prima para moagem no próximo ano. Mas a safra vai parar
antes do Natal e deve voltar mais cedo porque teremos falta de produto, de etanol.
Revista Canavieiros: É possível traçar
um cenário para o setor em 2010?
Maurílio: A primeira coisa que previ
para 2010 e que não irá acontecer será a
quebra do ciclo de 10 anos de crescimento
da produção tanto de etanol como de açúcar. Como moemos menos cana esse ano,
em decorrência das chuvas, teremos mais
matéria –prima disponível para o próximo
ano. Estimativas indicam que serão processadas mais de 600 milhões de toneladas
de cana durante a safra 2009/2010.
O ano de 2010 continuará a ser um ano
de fusões e aquisições para o setor. Vejo
que a volta do interesse das grandes tradings agrícolas do mundo pelos benefícios
ambientais do etanol da cana-de-açúcar
concede à agroenergia brasileira papel de
destaque no cenário internacional. Nesse
sentido, cabe a nós nos posicionarmos de
forma estratégica diante dos grandes grupos internacionais, de forma a trazer retornos importantes para o setor.
As perspectivas estão traçadas para o
próximo ano. Temo, esperando estar errado, que sejamos capazes de estragar a festa, aqui e lá fora, pois teremos pouco álcool
e muito açúcar.
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
7
8. Ponto de Vista
O Brasil real e Copenhague
Kátia Abreu*
A
lguém disse certa vez, com muita propriedade, que a guerra é
um assunto sério demais para ficar a cargo apenas dos militares. O que
isso certamente significa: a guerra é um
processo não só complexo, mas abrangente, gerando consequências que afetam a vida econômica, social e política das
nações. Querer reduzi-la aos aspectos
militares é uma perigosa simplificação.
Penso que o mesmo raciocínio se
aplicaria hoje às tormentosas e polêmicas questões da defesa do meio ambiente. Também aqui me parece justo dizer que essas questões são sérias demais para serem deixadas a cargo apenas dos ambientalistas e suas organizações particulares ou governamentais.
Todos temos consciência de que o
crescimento demográfico e o aumento
generalizado da renda e do consumo
das populações dos países pobres e
dos emergentes, além dos hábitos de
consumo extravagantes das classes
afluentes em todo o mundo, estão a exercer pressão perigosa ou até crítica sobre os recursos naturais. Há também
consciência de que é preciso abrandar
essa pressão e reverter as tendências
destrutivas das últimas décadas.
O Protocolo de Kyoto foi até agora
pouco mais que um conjunto de generosas intenções e a nova Conferência
de Copenhague parece prestes a ser
vítima dos mesmos erros. A decisão de
cortar ou reduzir emissões de carbono
não é escolha trivial. Ao contrário, trata-se de dolorosa opção econômica que
implica a substituição de energia abundante e barata por fontes alternativas
muito mais caras e tecnologicamente
ainda inseguras e incipientes.
Embora injusta, não queremos desobedecer à lei, mas mudá-la. É inegável que uma forma de funcionamento
da economia está sendo posta em questão e o preço da mudança recairá sobre
todos, ricos, pobres e miseráveis. Trata-se, ainda, em alguns dos arranjos
8
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
aventados, da contenção
da expansão da produção
de alimentos, justamente
no momento em que a maior parte da população do
mundo começa a ter pela
primeira vez, desde o aparecimento do homem sobre
a Terra, a oportunidade de
se alimentar mais, melhor e
com mais prazer.
São questões que precisam do equilíbrio, da
abrangência de perspectivas e da capacidade de
compromisso que só a política e as instituições da democracia representativa podem fornecer. Acontece
que no âmbito do governo, sem nenhuma participação do Congresso, ou de
outras instâncias, o Ministério do Meio
Ambiente anuncia a redução de 40% de
nossas emissões de carbono, afastando-se das cautelosas posições de nossos pares emergentes, como China e Índia, e ganhando em audácia até dos países ricos mais ecologicamente corretos.
É na esteira dessa frivolidade, pois é
frivolidade ignorar o que isso significa
em termos do interesse nacional, que o
ministro, com os olhos voltados para
Copenhague e desviados de nossa terra
e de nosso povo, quer resolver a seu
modo a grave questão que ameaça a nossa agricultura: a recomposição de cobertura original em parte substancial das
áreas hoje em exploração produtiva.
Trata-se de exigência legal que não
tem similar em nenhum país relevante
do mundo e poderá causar redução de
20% a 30% da produção no campo.
Além de injusta, uma vez que onera apenas um segmento econômico, em nome
de um benefício que é coletivo, a lei é
irrealista por lançar na ilegalidade milhões de produtores de alimentos, tornando-os criminosos ambientais.
Não queremos, no entanto, desobedecer à lei. Queremos, pelos processos
previstos na nossa ordem constitucional, mudar a lei. Propomos abertamente
a mudança do Código Florestal para
dispensar os produtores da obrigação
de recompor as áreas que exploram, com
a exceção das áreas de proteção permanente - geralmente margens de cursos
d’água - e outras áreas sensíveis.
Há quem chame isso de anistia. E
nos acusa e condena por isso. Não há
mal em que se chame essa providência tão razoável de anistia, porquanto
nela estão incluídos uma grande maioria que agiu ao amparo da lei e outros que agiram com a condescendência geral do Estado. A anistia, o esquecimento ou o perdão por atos contrários à lei positiva, é praticada pelas
sociedades desde os tempos mais remotos. Recorre-se à anistia sempre
que o perdão é mais útil ou conveniente do que a punição.
As anistias quase nunca são um
erro. São privilégio de sociedades maduras, civilizadas e que têm consciência de seus verdadeiros interesses. Portanto, se uma nova lei legalizar as áreas
de produção rural, o que se deve perguntar é se essa é a melhor solução do
ponto de vista do interesse coletivo. Ou
se, ao contrário, seria melhor punir produtores de alimentos que se encontram
desenquadrados em face da norma em
vigor, mas que, de resto, são cidadãos
9. Ponto de Vista
os olhos voltados para o futuro. O contrário disso é voltar o relógio da História e tentar recriar um ambiente natural
que já não existe. O Brasil real não é
uma paisagem cenográfica.
Usar o pretexto de Copenhague para
evitar uma solução correta e razoável para
esse contencioso é mais do que um erro.
É uma triste demonstração de complexo
de inferioridade, próprio de culturas colonizadas. Temos de resolver nossos
conflitos com base em nossos interesses e nossas condições próprias, não
para fazer boa figura em Copenhague.
Acordos internacionais, infelizmente, por
mais vistosos que sejam, não resolvem
problemas. Políticas internas adequadas
e que gozem do necessário consenso em
cada país é que podem fazê-lo.
corretos, produtivos e cumpridores da
lei. Bons brasileiros, em suma.
O que estamos propondo não é um
perdão puro e simples ou uma licença
para desmatar. O que propomos é a consolidação das áreas de produção há lon-
go tempo exploradas e incorporadas ao
capital produtivo da Nação e, ao mesmo tempo, a reafirmação das normas de
conservação e proteção florestal que vigorarão plenamente daqui para a frente, com o apoio de todos os agentes
interessados. Isso é conservação com
*Senadora da República (DEMTO) e Presidente da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Artigo publicado no Jornal O
Estado de S. Paulo de SegundaFeira - 09/11/2009.
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
9
10. Notícias
Copercana
Copercana realiza
encontro para produtores
de amendoim
Carla Rodrigues
Professores da Unesp apresentaram resultados de estudos e pesquisas feitos durante a safra
2008/2009; cenário para 2010 também foi discutido
A
Unidade de Grãos da Copercana realizou, no dia 26 de
outubro, a Reunião Técnica
para Produtores de Amendoim. O evento aconteceu no auditório da Canaoeste e reuniu mais de 60 pessoas.
Para o encontro, professores da
Unesp estiveram presentes e apresentaram resultados de estudos e pesquisas
feitos durante a safra 2008/2009, tendo
como referências, insetos (Prof. Dr. Odair Aparecido Fernandes – Unesp/FCAV),
doenças (Prof. Dr. Modesto Barreto UNESP/FCAV) e herbicidas (Prof. Dra.
Núbia Maria Correia – Unesp/FCAV).
Foram destacados alguns pontos
que os resultados dos experimentos apresentaram: o professor Fernandes ressaltou a ineficiência do ingrediente ativo
metamidofós no controle do tripes do
amendoim, também alertou para uma praga que vem se tornando problema sério
nos últimos anos, prejudicando o produto acabado que é o percevejo preto
(Cyrtomenus mirabilis) e será o foco de
pesquisa para a próxima safra.
O professor Barreto destacou que as
marcas comerciais do ingrediente ativo
Clorotalonil se apresentaram eficientes
10
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
no controle das cercosporioses. A professora Núbia ressaltou a necessidade
das empresas produtoras de herbicidas
registrarem seus produtos para utilização na cultura do amendoim, visto que o
número de registros é pequeno e não
atende às necessidades da cultura. Os
trabalhos de pesquisa continuarão na
safra 09/10 buscando obter resultados
que possibilitem orientar os produtores
de maneira segura e eficaz.
Os colaboradores dos Departamentos Técnico e de Qualidade da Uname
também conversaram com os produtores sobre qualidade, rastreabilidade e
BPA (boas práticas agrícolas) na cultura do amendoim. Foram feitas palestras informando ao produtor a importância de cada etapa desde o plantio
com a adoção das boas práticas agrícolas até as etapas de beneficiamento.
Uma cartilha contendo as recomendações para adoção das BPA, detalhando todas estas práticas será entregue
aos produtores do projeto pelo Departamento Técnico da Copercana. Dentre
estas práticas pode-se citar a utilização
de sementes certificadas, dimensionamento de estruturas de produção e colheita, época de plantio e ponto de maturação para colheita,
utilização de produtos
registrados para cultura do amendoim, adoção de práticas de colheita a fim de reduzir a
quantidade de impurezas no produto colhido, diminuindo assim
os descontos e também
problemas de desgastes e quebras de equipamentos.
Prof. Dr. Odair Fernandes
Prof. Dra. Núbia Maria Correia
Prof. Dr. Modesto Barreto
11. Notícias
Copercana
Também foi ressaltada a importância
do registro de todas as informações de
campo no Caderno de Campo com a finalidade de garantir a rastreabilidade do
amendoim e as evidências que as BPA
foram seguidas. Todas estas práticas são
fundamentais para garantir a qualidade
do amendoim de forma a atender os mercados interno e externo e a Instrução
Normativa N° 3, de 28 de janeiro de 2009
do MAPA, que estabelece os critérios e
procedimentos para controle higiênicosanitário do amendoim e seus subprodutos ao longo de toda cadeia produtiva.
Vânia Junqueira
Dep. de Qualidade da Uname
Márcio Fernandes
Dep. Técnico da Uname
Além disso, o gerente da Uname,
Augusto Strini, teve a oportunidade de
esclarecer dúvidas sobre as perspectivas
do mercado atual e futuro. Durante a reunião ele informou que os baixos preços
da safra 2008/2009 foram devidos à crise
econômica mundial que se instalou em
outubro de 2008, causando o adiamento
de contratos e a posterior baixa cambial.
Em relação à safra 2009/2010, lembrou que
devido à redução de áreas de plantio nos
EUA e na China tem-se uma boa expectativa para a safra brasileira.
Jonas Rodrigues do Nascimento
Dep. de Qualidade da CAP
Augusto Strini
Gerente da Uname
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
11
12. Notícias
Copercana
Supermercado Copercana de
Pitangueiras é reinaugurado
Carla Rodrigues
Espaço foi reestruturado para proporcionar maior conforto para seus clientes
E
m dezembro de 1994 foi inaugurado o Supermercado Copercana na cidade de Pitangueiras, o primeiro da rede - que hoje conta
com quatro unidades na região- a entrar em funcionamento.
Com o desenvolvimento da cidade, a procura pelos produtos oferecidos pelo supermercado também cresceu. Em razão disso, foi necessária a
ampliação da estrutura. Depois de onze
meses de trabalho, a reforma foi concluída e no dia 30 de outubro aconteceu a reinauguração do supermercado
e da Loja Magazine.
Para o gerente de Compras da Copercana, Ricardo Meloni, a cidade agora conta com tudo o que há de mais
moderno em mix de produtos, layout
de loja, estacionamento e dez checkouts, que possibilitam maior visibilidade, acesso e condições de escolha
de produtos.
“Pitangueiras é uma cidade que
cresceu bastante e nós não poderíamos deixar de oferecer comodidade aos
nossos clientes. Por isso, reformulamos a estrutura, com ambiente climatizado, uma loja de magazine bem moderna, enfim, tudo à altura de nossos
cooperados e clientes da cidade e região”, explicou.
Márcio, Antônio Roberto, Nilson, Juliano, Pedro Esrael Bighetti (diretor da Copercana),
Ricardo Meloni, Pedro, Rogério, Frederico Dalmaso e Valnei durante a reinauguração do
Supermercado e Magazine Copercana em Pitangueiras
Meloni ainda ressaltou que no
mesmo local onde o supermercado está
localizado, a Copercana dispõe de um
posto de combustíveis, um banco (Cocred) e também a loja de ferragens, que
será a próxima a passar por mudanças
na estrutura.
De acordo com o encarregado do
Supermercado, Marcio José Pires da
Costa, com a reforma, a área de vendas
da Copercana aumentou de 950 m² para
1479 m², levando-os a planejar novas
contratações. Além disso, há uma boa
expectativa para o aumento das vendas, de 15% a 20%.
“Agora nós temos um supermercado amplo, com estrutura para atender a
população de Pitangueiras e região. Continuaremos privilegiando a qualidade dos
produtos e, principalmente, o atendimento para satisfazer nossos clientes”, disse Marcio.
O diretor da Copercana,
Pedro Esrael Bighetti, espera que a população de Pitangueiras, que tão bem recebeu a Copercana na cidade,
desfrute dessa nova instalação. “Espero que agora,
com esta nova estrutura, os
clientes de Pitangueiras aco-
12
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Estrutura e comunicação visual reformuladas
lham ainda mais os serviços e produtos
oferecidos pela Copercana. Refizemos o
mercado e a loja Magazine com instalações modernas e de qualidade para proporcionar conforto e atender todas as necessidades de nossos clientes”, disse.
O nosso objetivo é atender cada vez
melhor os nossos clientes/cooperados, e
assim poder ampliar a rede de serviços
que oferecemos”, resumiu Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana.
13.
14. Notícias
Canaoeste
Manoel Ortolan e Antonio
Tonielo estão entre os
mais influentes do setor
Da redação
O
s presidentes da Copercana,
Antonio Eduardo Tonielo, e da
Canaoeste, Manoel Ortolan,
receberam o prêmio MasterCana 2009 os mais influentes do setor. A premiação aconteceu no Grand Hyatt Hotel
São Paulo, na noite de 20 de outubro, e
fez parte da programação do Brazilian
Sugar & Ethanol Dinner
Tendo em vista as profundas mudanças no perfil atual do setor sucroenergético e, consequentemente, de seus
principais players e agentes indutores,
a ProCana teve a iniciativa de fazer uma
pesquisa sobre quais seriam as
personalidades que atualmente
e efetivamente influenciam as
decisões e ações deste grande
mercado, em todas as áreas.
Toninho Tonielo recebeu o
prêmio na categoria “Empresarial”. Já Manoel Ortolan foi
agraciado na categoria “Representação de Classe”.
O Prêmio MasterCana Brasil foi encerrado com o espetáculo “Magia Sustentável”, do ilusionista brasileiro, Issao Imamura.
Consecana
CIRCULAR Nº 10/09
DATA: 30 de outubro de 2009
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
A
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue
durante o mês de OUTUBRO de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de OUTUBRO, referente à safra
2009/2010, é de R$ 0,3102.
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e
os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados
interno e externo, levantados pela
ESALQ/CEPEA, nos meses de
abril a outubro e os acumulados
até OUTUBRO, são apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços
do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à
indústria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE),
são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg,
por produto, obtidos nos meses de abril a outubro e os
acumulados até OUTUBRO, calculados com base nas
informações contidas na Circular 01/09, tabela a cima.
14
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
16. Opinião
Os problemas da vez
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*
C
om tantas prioridades a serem
resolvidas, o país não consegue se desvencilhar da rotina do “problema da vez”. São ciclos
de discussões exaustivas que contaminam todo o noticiário e que são
sempre deflagrados por um fato de
grande impacto. O país passa dias ou
semanas focado no assunto, até que
apareça um novo problema.
E discutir não significa resolver
ou encaminhar alguma solução. Infelizmente. Tanto é que os assuntos
vão se repetindo. Com o apagão do
início de novembro, o problema da
vez é o sistema elétrico nacional. Segundo o governo, o
mau tempo teria causado a desativação de três
linhas de transmissão
no Paraná e em São Paulo. Como o sistema é interligado e automático,
um problema localizado
provoca um efeito dominó por todo o país.
No final das contas,
dezoito Estados e o Distrito Federal ficaram sem
energia e o sistema só
foi restabelecido totalmente sete horas depois
da pane, que ocorreu
por volta das 22h13 de terça-feira, dia
10. E se ficar sem energia elétrica por
alguns minutos dentro de casa já é
um transtorno, para os serviços públicos os prejuízos são gigantescos.
Grandes centros como São Paulo e
Rio de Janeiro praticamente pararam.
Na região, segundo a CPFL, Sertãozinho foi uma das cidades mais atingidas e ficou no escuro até às 3h da
madrugada de quarta, 11.
Com as discussões sobre os motivos do apagão, vamos descobrindo que o sistema não é tão robusto
como alega o governo e que o país
está mais vulnerável do que imaginávamos. Uma pequena sabotagem
16
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
em uma das linhas de transmissão
para o país. Simples assim. E não era
para ser desse jeito porque já tivemos outros apagões. Em março de
99 dez Estados ficaram sem luz por
causa de um raio e em 2002 passamos por mais um apagão e enfrentamos um racionamento de energia por
conta da estiagem.
São históricos que deveriam servir de lição. Os especialistas já elencaram uma série de fragilidades a serem resolvidas no sistema energético. Por suas especificidades técnicas, não cabe a nós, que somos leigos, discutirmos. Mas um ponto
deve ser destacado, que é a necessidade da diversificação das fontes
de energia e o potencial que dispomos nessa área.
O Brasil é fortemente dependente das hidrelétricas – 90% da energia
gerada vem dos rios – e os grandes
centros consumidores dependem de
Itaipu – responsável por cerca de
20% da produção nacional e 60% da
energia consumida no Estado de São
Paulo. Até 2017 prevê-se a construção de 71 hidrelétricas na região norte do país, todas sem reservatórios,
o que, em tempos de aquecimento
global e iminência de estiagens, não
traduz muita segurança.
Por outro lado, os canaviais brasileiros têm o potencial de produção de energia de duas Itaipus, segundo levantamento da Unica, que
representa as unidades
industriais. E são várias as vantagens: as usinas estão concentradas nos centros de
grande demanda de
energia e nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste o potencial de eletricidade da biomassa é
maior entre os meses de
abril a novembro, época mais seca do ano e
quando os reservatórios estão baixos. Assim,
poderíamos ter usinas
geradoras de energia
em várias regiões, reduzindo a dependência de Itaipu. Isso
sem contar que se trata de uma fonte limpa e renovável.
É um potencial extraordinário que
o Brasil dispõe em um setor estratégico, que é a geração de energia. No
entanto, pouca atenção tem sido
dada a isso. Daqui a pouco o problema da vez será outro e serão precisos novos apagões para voltarmos à
discussão sobre o setor energético.
E, enquanto isso, o país vai perdendo oportunidades de ouro.
*presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do
Oeste do Estado de São Paulo)
22. Reportagem de Capa
Uso da água:
cobrança na região deve
começar em janeiro de 2011
Cristiane Barão
Recursos deverão ser empregados em projetos na mesma
bacia hidrográfica em que foram arrecadados
A
partir de 1º de janeiro de 2011,
a cobrança pelo uso da água
deverá ser iniciada na região. De
acordo com a Secretaria de Estado do
Meio Ambiente, a cobrança é instrumento de gestão que tem como um dos objetivos principais incentivar o uso racional e sustentável da água, além de obter
recursos financeiros para aplicação em
programas e intervenções contemplados
nos planos de recursos hídricos.
A lei 12.183, que estabelece a cobrança pelo uso da água de domínio
do Estado, foi regulamentada em março de 2006 por meio do decreto 50.667.
Em 2007, a cobrança começou a ser
aplicada nas bacias dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí e Paraíba do Sul e
em 2010, deverá começar nas bacias
do Sorocaba e Médio Tietê.
A lei também determina que os recursos sejam destinados à bacia hidrográfica em que forem arrecadados, devendo ser aplicados em planos, projetos e obras que tenham por objetivo
gerenciar, controlar, fiscalizar e recuperar os recursos hídricos.
São medidos três elementos para
aferir o uso da água: a captação, que
representa todo o volume de água bruta
(antes do tratamento) retirado diretamente dos rios ou do subsolo, o volume devolvido e o lançamento de efluentes, que é o volume restituído aos
rios, associado à carga da poluição
nele contida.
A cobrança total é calculada através da soma do volume de água captado, do volume de água não devolvido e do tipo de poluente lançado
nas águas. O preço da água é definido
pelos Comitês de Bacias Hidrográficas, de acordo com a necessidade de
custeio dos planos e projetos aprovados para um período de quatro anos.
22
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Também são levados
em consideração a
quantidade de água
disponível, o número de consumidores
pagadores e sua média de consumo.
Devem pagar
pelo uso da água os
usuários: industrial
(aquele que utiliza recurso hídrico em empreendimento industrial); urbano público
(que utiliza recurso
hídrico para abastecimento público, em
regime de concessão ou permissão
como SABESP, empresas municipais de
saneamento e serviços autônomos de
água e esgoto) e usuário urbano privado: utiliza água destinada principalmente ao consumo humano e captada
diretamente dos rios, reservatórios e
poços profundos como hotéis, condomínios, clubes, hospitais e shoppings
centers, entre outros.
Para se ter uma ideia, nas bacias do
PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) é
cobrado R$ 0,01 por metro cúbico para
a captação; R$ 0,02 para o consumo (que
não retorna ao rio nem mesmo em forma
de esgoto), e R$ 0,10 por quilo de carga
orgânica lançada, chamado de DBO (demanda bioquímica de oxigênio). Em
2007, primeiro ano da cobrança, foram
arrecadados R$ 8,7 milhões e no ano
passado, R$ 12,5 milhões.
Nessas bacias, a cobrança sobre os
produtores rurais ficou para mais tarde.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Canaoeste, Rodrigo Zardo,
que acompanha as discussões sobre a
cobrança na região, na PCJ a cobrança
sobre os agricultores começará só no
ano que vem. “A cobrança começou
pelos maiores consumidores, como indústrias, e há a percepção de que os
agricultores utilizam menos. Por isso,
ficaram para depois”, disse.
De acordo com o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, a associação acompanha as discussões nos cinco comitês de abrangência da Canaoeste, que são os comitês do Pardo, Baixo Pardo – Grande, Mogi Guaçu, Sapucaí – Grande e Turvo-Grande. Ele explica que os produtores também poderão apresentar projetos, por intermédio da associação ou das entidades que
representam o setor nos comitês, a serem desenvolvidos com os recursos
obtidos pela cobrança.
Discussão no âmbito dos comitês
– desde 2008, há um grupo de trabalho formado por representantes de
todos os segmentos envolvidos discutindo o assunto no Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo. De acordo
com o secretário-executivo do comitê, Carlos Eduardo Nascimento Alencastre, as discussões estão adiantadas e o comitê trabalha agora na unificação dos cadastros da Cetesb e do
DAEE (Departamento de Águas e
Energia Elétrica) para que possam ser
23. Reportagem de Capa
feitas simulações do número de usuários e o valor a ser arrecadado.
Domínio das Águas
Com base nesse cadastro, os usuários que têm outorgas para captação
de água serão contactados para que
façam, se necessário, ajustes. “Há casos em que o usuário solicita autorização para a captação de um volume muito maior do que ele realmente usa. Nesse caso, ele pagará por isso. No chamamento que faremos, ele terá a oportunidade de reenquadrar as outorgas
para que venha a pagar apenas pelo
que ele precisa”, disse.
Os valores a serem cobrados estão
em estudo. De acordo com Alencastre,
a proposta para a cobrança será discutida em audiências públicas setoriais.
Só depois, será apreciado pelo comitê
e enviado para discussão no âmbito
do Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Depois de aprovado no conselho, será encaminhado ao governador
José Serra, que baixará decreto autorizando o início da cobrança.
Segundo Alencastre, os produtores rurais também começarão a pagar
pelo uso da água a partir de janeiro de
2011. No entanto, ele diz que a apreensão dos agricultores é desnecessária.
Ele cita exemplos de produtores rurais
que estão nas bacias onde a cobrança
já é feita e que pagam R$ 30 por ano.
E na região ainda há um detalhe: os
usuários que captam água de rios sob
domínio federal, que é o caso do Pardo, Sapucaí e Mogi Mirim, começarão
a pagar daqui a três ou quatro anos,
somente depois que o comitê que integrará as bacias de Minas Gerais e São
Paulo estiver em funcionamento.
Empresas de saneamento – Os maiores usuários de água devem ser as
empresas municipais de saneamento e
serviços autônomos de água e esgoto. Essas empresas pagarão pela captação e também pela carga orgânica que
despejarem nos rios. Estima-se que os
municípios onde o esgoto é 100% tratado, o valor a ser pago chega a ser
seis vezes menor do que onde não há
tratamento. Essas empresas poderão
ou não repassar o valor pelo uso da
água aos consumidores que elas atendem. Para fins de ilustração, uma família de quatro pessoas, considerando o
consumo diário per capta de 250 litros
de água, pagaria por ano R$ 3,65.
Águas de domínio estadual – são as águas superficiais quando nascem e
deságuam dentro do mesmo Estado (no mar ou como afluente de rio federal) e
todas as águas subterrâneas.
Águas de domínio federal - são águas de domínio da União dos rios (portanto, águas superficiais) quando atravessam mais de um Estado e/ou são fronteiras
com outros Estados ou países, ou águas acumuladas em reservatórios decorrentes de obras da União.
A gestão dos recursos
hídricos no Estado
Em São Paulo, o sistema de gestão está ancorado em três instâncias interdependentes:
- Plano estadual de
recursos hídricos: elaborado a partir dos planos de bacia preparados pelos comitês e
atualizado a cada quatro anos;
- Fundo financeiro:
Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), com recursos financeiros do tesouro
do Estado, dos royalties do setor elétrico e da cobrança pelo uso da água;
- Colegiados de decisão: integrados por representantes de órgãos e entidades
do Estado, dos municípios e da sociedade civil, com igual número por segmento.
Há um colegiado central – o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH),
constituído por 11 representantes de cada segmento e os colegiados regionais –
os Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs), igualmente constituídos de forma
tripartite, mas com número total de integrantes variável, segundo as características de cada bacia. Há em funcionamento no Estado 21 Comitês de Bacias.
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
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24. Destaque
Antonio Eduardo Tonielo
recebe Título de Cidadão
Ribeirãopretano
Carla Rossini
A honraria, concedida pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto,
é um reconhecimento à atuação de Tonielo em favor da cidade
O
presidente da Copercana e Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, recebeu na quinta-feira, 5
de novembro, o título de cidadão ribeirãopretano. A sessão solene para a entrega da homenagem ocorreu na Câmara Municipal de Ribeirão Preto e contou com a presença de cerca de 300
pessoas, entre prefeitos e vereadores
de toda a região, lideranças, familiares
e amigos do homenageado.
Compuseram a mesa de trabalhos o
presidente da Câmara, Cícero Gomes da
Silva, o deputado estadual, Davi Zaia,
o ex-prefeito de Ribeirão Preto, Welson
Gasparini, o vice-prefeito de Ribeirão
Preto, Marinho Sampaio - que na ocasião representou a prefeita Dárcy Vera,
e o prefeito Municipal de Sertãozinho,
Nério Costa. Todos fizeram uso da palavra para homenagear e lembrar a trajetória de sucesso, trabalho e dedicação de Antonio Eduardo Tonielo.
O título foi uma iniciativa do vereador Léo Oliveira e foi aprovado por
unanimidade. “É uma forma de reconhecimento à atuação de Toninho Tonielo
em prol da cidade de Ribeirão Preto.
Aqui, como em toda nossa região, este
homem empreendedor vem fazendo história”, disse o vereador.
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Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Rogério Magrini, Nicanor Lopes, Silvana Resende, Léo Oliveira, Capela Novas e Valter Gomes entregam
o título de Cidadão Ribeirãopretano a Antonio Eduardo Tonielo
O empresário Toninho Tonielo, líder do
Grupo Tonielo, possui
cinco empresas de comércio de veículos em
Ribeirão Preto: Atri Fiat
e Atri Locadora, Ortovel
Veículos e Ortovel Caminhões, Pegeout Orleans
e, em 2010, será inaugurada uma concessionáPrefeito Municipal de Sertãozinho Nério Costa, relembrou a trajetória de
ria Honda na cidade. As
dedicação de Antonio Eduardo Tonielo ao lado das autoridades: Welson
empresas geram empreGasparini, Cícero Gomes da Silva, Marinho Sampaio e Davi Zaia
gos, renda, desenvolvimento econômico e volvido na cidade e região. A entrega da
Público presente social, além de arrecaplaca em homenagem a Toninho Toniedação de impostos lo foi realizada pelos vereadores de Ripara o município de beirão, Léo Oliveira, Capela Novas, NiRibeirão.
canor Lopes, Silvana Resende e Walter
Gomes. Representando o Legislativo de
O presidente da Sertãozinho, o presidente da Câmara,
Câmara, Cícero Go- Rogério Magrini, participou da entrega.
mes da Silva, abriu a
cerimônia parabeniTonielo também recebeu homenazando o empresário gens do sistema Copercana, Canaoeste
pelo trabalho desen- e Cocred pelas mãos dos diretores Ma-
25. Destaque
noel Ortolan, Pedro Esrael Bighetti e Francisco César Urenha. Representando as
empresas do Grupo Tonielo, a homenagem foi realizada pelos sobrinhos do
empresário, Tiago e Alessandro Tonielo.
Manoel Ortolan, em nome do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred, ressaltou a admiração das pessoas que convivem com Toninho Tonielo. “Este título
de cidadão ribeirãopretano é sem dúvida
um reconhecimento do seu trabalho, dos
seus valores, da sua liderança e contribuição para o desenvolvimento da agricultura e, em especial, do setor sucroalcooleiro da nossa região”, afirmou.
Em nome da família, discursou a filha
e vereadora de Sertãozinho, Rita de Cássia Tonielo Felício. “Faltam-me palavras
para descrever tudo o que meu pai nos
representa. Sinto-me honrada em falar em
nome de nossa família nesse momento
especial que o senhor recebe um título
tão merecedor”, discursou Rita.
Ao som do Coral Vozes do Campo, da Virálcool, a vereadora Silvana Resende entregou
flores a Neli Tonielo, esposa do homenageado.
Em seu discurso de
agradecimento, muito
emocionado, Toninho
Tonielo, lembrou das
boas vindas que recebeu quando da decisão
de instalação de algumas de suas empresas
em Ribeirão. “Quando
Oliveira Jr. (ao fundo) aplaude Tonielo que exibe com
minha família, através
orgulho o título de cidadão Ribeirãopretano
do Grupo Toniello, decidiu instalar algumas de nossas em- tentado, com o trabalho, com o equilípresas em Ribeirão Preto, fomos aco- brio, inovação e o espírito empreendelhidos com respeito e entusiasmo, e pu- dor, o que traduz Ribeirão Preto como
demos perceber que as lideranças ri- autêntica metrópole em nossa região”.
beirãopretanas são diferenciadas em Ele finalizou seu discurso dizendo: “me
seu compromisso com a administração orgulho de ser o mais novo filho de
pública, com o desenvolvimento sus- Ribeirão Preto”.
Francisco Urenha, Pedro Esrael Bighetti e Manoel Ortolan entregam homenagem do
Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred a Antonio Eduardo Tonielo
Silvana Resende entrega flores a Neli
Tonielo, esposa de Antonio E. Tonielo
Família Tonielo assisti a cerimônia de entrega do título
Os sobrinhos Tiago e Alessandro Tonielo
fizeram uma homenagem em
nome do Grupo Toniello
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26. Informações Setoriais
CHUVAS DE OUTUBRO
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo são apresentadas as chuvas do mês de OUTUBRO de 2009.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
A média das observações de
chuvas durante o mês de OUTUBRO (126mm) "ficou" muito próxima da média das normais climáticas (121mm). Entretanto, observaram-se chuvas bem aquém das médias na Açúcar Guarani e Bebedouro (EECB) e
muito acima em Franca e nas Usinas da Pedra, Batatais e Andrade.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 18 de OUTUBRO de 2009.
O Mapa 1 ao lado, mostra que o
índice de Água Disponível no Solo, no
período de 14 a 16 de OUTUBRO, apresentava-se como médio a alto na região Centro-Sul do Estado até Bauru e
na região fronteiriça com o Estado de
Minas Gerais. Entretanto, níveis críticos foram observados na faixa entre o
Noroeste do Estado até a Região de
Piracicaba.
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Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
ÁGUA, usar s
ÁGUA, usar s
Protejam e preservem as n
Protejam e preservem as n
27. Informações Setoriais
Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de OUTUBRO de 2008.
· Prevê-se que a temperatura média nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste poderá ser acima
das normais climáticas e “ficar” entre próxima a
abaixo da normalidade climática na Região Sul;
· Quanto às chuvas, o Mapa 4, abaixo, ilustra os prognósticos de consenso INMET-INPE
para estes próximos três meses;
· Como referência, as médias históricas das
chuvas, pelo Centro de Cana-IAC - Ribeirão Preto, são de 170mm em novembro, 270mm em dezembro e 280mm em janeiro.
Mapa 4:- Prognóstico de chuvas de consenso entre INMET–INPE para os meses de novembro 2009 a janeiro 2010.
Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de OUTUBRO de 2009.
As previsões elaboradas pela SOMAR Meteorologia mostram, especificamente para região
de abrangência CANAOESTE (na oval em branco), que a média das chuvas em novembro será
bem próxima da normalidade, enquanto que, em
dezembro e janeiro, as chuvas poderão ser inferiores às respectivas médias históricas. Quanto
às temperaturas médias, prevê-se que durante
estes três próximos meses, serão bem próximas
das respectivas normais climáticas.
É notável a semelhança de localizações dos Índices de Água Disponível entre
os dois anos: praticamente se remontam, porém com maiores índices de umidade
do solo ao final de OUTUBRO deste ano.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume
o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de
novembro 2009 a janeiro 2010
sem abusar !
sem abusar !
Como já ocorre e prevê-se que, doravante, a
umidade do solo deverá se manter entre média a
alta, a CANAOESTE recomenda aos associados
ainda em safra, que fiquem atentos a pisoteios
durante as operações de colheita (carregamento) e transporte da cana, que poderão comprometer produtividades futuras.
Persistindo dúvidas, consulte o Técnico da
CANAOESTE mais próximo.
nascentes e cursos d’água.
nascentes e cursos d’água.
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
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27
28. Artigo Técnico
ATR Relativo na safra 2009/2010
Impacto das chuvas na qualidade
da cana e no ajuste do ATR
Thiago de Andrade Silva
Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE
O
ATR relativo tem a finalidade de proporcionalizar (linearizar) o fornecimento de cana
em relação à moagem da unidade industrial. O Termo de Acordo, assinado
em maio de 2005 pelos representantes
dos fornecedores de cana e industriais, faculta às unidades industriais a
aplicação do ATR relativo (r), que é calculado pela equação abaixo:
ATRr = ATRfq – ATRuq + ATRus, onde:
ATRfq = ATR da cana entregue pelo
fornecedor, por fundo agrícola, durante a quinzena;
ATRuq = ATR médio das canas
entregues pelos fornecedores e próprias. Cana própria é toda cana, menos
as de fornecedores;
ATRus = ATR médio de toda cana
processada pela unidade industrial na
safra, no período de abril a novembro;
ATRr é o ATR relativo das cana
entregues pelos fornecedores, por
fundo agrícola, durante a quinzena. Os
valores de ATR relativo, mensais e da
safra, são obtidos pela ponderação dos
valores quinzenais.
28
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Para a aplicação do ATR relativo,
inicialmente obtém-se o ATRus, que é
calculado pela média das canas próprias e de fornecedores das últimas cinco safras, compreendidas no período
de abril a novembro, se houver. O valor assim obtido é o ATRus provisório
durante a safra, que é estabelecido e
que pode ser alterado, sempre de comum acordo entre a unidade industrial
e a associação de classe dos fornecedores de cana. Ao encerrar a moagem,
calcula-se o ATRus da safra, sendo
considerado como o efetivo apurado,
a partir do qual efetuam-se as necessárias correções, para mais ou para menos, de todos os ATRr provisórios anteriormente calculados.
Entretanto, durante a presente safra (2009/2010), como fator imponderável, ocorreram muitas chuvas a partir de junho e, os excepcionais volumes em agosto e setembro, impactando negativamente a qualidade (ATR)
da cana. Até o fechamento da edição
desta revista, o diferencial de ATR
acumulado até outubro, comparativamente ao mesmo período da safra anterior, é superior a 10 kg de ATR/tonelada de cana, na região de abrangência da CANAOESTE.
Este diferencial, que possivelmente venha a ser o mesmo ao se apurar o
ATRus efetivo desta safra, certamente
será (bem) menor que o ATRus adotado como provisório ao se iniciar a moagem, devendo haver correção dos
ATR relativos calculados e pagos no
decorrer da safra.
Logo, os fornecedores de cana deverão se atentar para o ajuste do ATR
relativo ao final da moagem, no qual
será percebido o impacto das excepcionais chuvas que ocorreram de junho
a setembro.
Persistindo dúvidas, recomenda-se
contatar o Departamento de Planejamento e Controle ou Técnicos Regionais
CANAOESTE da Filial mais próxima.
30. Assuntos Legais
QUEIMA DE CANA
Poder Judiciário vem pacificando o
entendimento da incompetência dos
municípios legislarem, proibindo a queima
de cana quando houver legislação federal e
estadual autorizadora
E
stão pulando nos Estados de
São Paulo, Minas Gerais e Paraná, principalmente, diversas
leis municipais que proíbem imediatamente a queima de palha de cana-deaçúcar, desrespeitando, inclusive, o
prazo para eliminação gradativa de tal
prática, previsto no Decreto Federal nº
2.661/98 (que deve ser utilizado quando o Estado não possua legislação própria), assim como os prazos previstos
nas legislações estaduais.
Como já vimos informando
em várias edições desta revista, o STF (Supremo Tribunal Federal) vem concedendo liminares para suspender os efeitos
das leis municipais, conforme o
fez o ministro Eros Grau, do STF,
concedeu liminar em novembro
de 2008 para suspender os efeitos de lei municipal de PaulíniaSP, que proibia a queima de
cana. Outra decisão nesse sentido foi dada pelo presidente do
STF, ministro Gilmar Mendes,
que em janeiro de 2009 fez o mesmo em
relação à Lei 3.963/2005, de Limeira-SP.
Esta última decisão determinou,
ainda, que se observe a Lei nº 11.241/
2007, do Estado de São Paulo, que dispõe sobre a eliminação gradativa do
uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar.
Seguindo o mesmo entendimento, o
Tribunal de Justiça paulista, que tutela a
maior lavoura de cana-de-açúcar do país,
também vem pacificando o entendimento de que o município não pode criar lei
proibindo a queima da palha da cana se
há legislação estadual e/ou federal que
autoriza referido procedimento.
Esse entendimento foi refletido nos
recentes julgamentos das ADINs
30
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
(Ações Diretas de Inconstitucionalidades) ajuizadas pelo Siaesp (Sindicato
da Indústria do Açúcar de São Paulo)
e pelo Sifaesp (Sindicato da Indústria
de Fabricação de Álcool de São Paulo), contra as leis municipais de MogiMirim e Americana que proibiam a queima da cana.
Anteriormente, o mesmo tribunal já
se manifestara em ações semelhantes,
declarando a inconstitucionalidade das
leis municipais de Ribeirão Preto e Cedral.
Primeiro, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, por 14
votos a 7, em 28.01.2009, declarou inconstitucional a Lei nº 4.518/07, do
município de Mogi Mirim, que impedia
a queima da palha da cana-de-açúcar
como método de pré-colheita. Depois,
em 04.02.2009, tomou decisão no mesmo sentido, por 16 votos a 6, em desfavor da Lei nº 4.504/2007, do município
de Americana.
Na ADIN de Mogi Mirim, relatada
pelo desembargador Paulo Travain, firmou o entendimento de que cabe à União
criar normas gerais sobre meio ambiente
e aos estados legislar sobre normas suplementares. Já a ADIn de Americana,
relatada pelo desembargador Oscarlino
Moeller, fixou que cabe à União criar normas gerais sobre meio ambiente e aos
estados legislar sobre normas suplementares.
Em seu voto
de 14 páginas, o
desembargador
Juliano Bortoloti - Advogado
paulista Oscarlino
Departamento Jurídico Canaoeste
Moeller defendeu
que o município não pode tratar de
questões ambientais quando já existem normas federais e lei estadual tratando do mesmo tema, no que complementou o desembargador Palma Bisson, ao dizer que “tratase de uma brutal inconstitucionalidade das leis municipais”.
Já o Tribunal de Justiça de
Minas Gerais, ao julgar improcedente em maio de 2009, por
maioria, sua primeira Ação Direta de Inconstitucionalidade
(processo nº 1.0000,07,4549429/000) contra lei municipal que
proibiu imediatamente a queima
da palha de cana, mesmo não
havendo peculiaridade regional que
justificasse tal proibição, veio na contramão do entendimento do Supremo
Tribunal Federal, do Superior Tribunal
de Justiça e do Tribunal de Justiça de
São Paulo, pioneiro em ações desta natureza.
Cabe, então, às entidades representativas de classe mineira reverter
tal situação perante o próprio Poder
Judiciário, visto que a questão envolve outras questões de ordem constitucional e de cunho social (direito dos
trabalhadores, manutenção do emprego e da continuidade da atividade,
etc.),evitando-se, assim, insegurança
jurídica no setor produtivo em detrimento de interesses meramente ideológico-eleitoreiros apartados da realidade econômico-ambiental-social.
31. Assuntos Legais
Renegociação de dívidas rurais:
reaberto o prazo para parcelamento
e prorrogação
O
Conselho Monetário Nacional (CMN), ao regulamentar a
Lei nº 12.058, de 14 de agosto
de 2009, reabriu o parcelamento e a prorrogação das dívidas rurais dos programas em que o Tesouro Nacional assume o risco das operações, sendo eles:
Securitização 1 e 2, Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção
Agropecuária (Recoop), Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé),
Fundo Geral do Cacau, Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa),
crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) para custeio da reforma agrária e crédito de investimento dos Fundos Constitucionais. Para os demais
programas não listados, manteve-se o
prazo de 12 de dezembro de 2008.
A partir desta nova legislação, a data limite para
a adesão, que havia terminado em 12 de dezembro
de 2008, fica adiada para 30 de novembro de 2009
e, o prazo para fazer o pagamento mínimo, expirado em 30 de junho de 2009, agora vai até 30 de
dezembro de 2009.
O secretário-adjunto de Política Econômica
do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, segundo Welton Máximo, da Agência Brasil
(www.agenciabrasil.gov.br), esclareceu que isso
se deu porque “a renegociação das operações com risco bancário [empréstimos
rurais concedidos pelos bancos oficiais] andou mais rapidamente que as operações com risco da União”, frustrando as expectativas do governo.
A adesão do produtor rural é de suma importância para possibilitar que torne
a ficar regular perante o sistema financeiro nacional, deixando de ser inadimplente
e, consequentemente, podendo contrair novos créditos para utilizá-los em sua
atividade. Bittencourt afirmou, no entanto, que “essa será a última chance para
que os agricultores regularizem a situação”.
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
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32. Repercutiu
"Nesses últimos sete anos o que nós fizemos de linha de transmissão equivale a 30% de tudo que já tinha sido feito em 123 anos".
Presidente Lula, rebatendo as críticas de José Aníbal.
"O sistema elétrico brasileiro, loteado politicamente
pelo governo Lula, está à deriva. Não há segurança para
hospitais, cidadãos, cidades, empresas. O apagão histórico
de 9/11 evidenciou a incapacidade gerencial do governo petista. Não foi o clima".
José Aníbal, líder do PSDB na Câmara dos Deputados.
"Dilma vendia uma imagem de técnica competente, mas agora mostrou
que é incompetente na área em que ela tratava como a menina de seus olhos".
Deputado Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM
"Além do dito pelo ministro Edison Lobão, não temos
nada a falar do acidente em si. Tudo o que o governo sabe é
o que o Lobão está dizendo".
Ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata
do PT à sucessão presidencial
32
32
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
"Buscamos a causa do problema e resolvemos. O problema está encerrado. Cada parte do sistema se empenhou em resolver o problema a
tempo. Todos chegaram à conclusão que foram descargas atmosféricas,
ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá (SP). Houve uma concentração desses fenômenos atmosféricos ali. O que provocou um curto
circuito nos três circuitos que levam a Itaberá, que vêm de Itaipu".
Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, reunião com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em 12/11.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Fotos: Agência Brasil
33. Cultura de Rotação
Soja é a cultura que mais
cresce na safra atual
A
opção dos produtores pelo
plantio da soja na temporada
agrícola 2009/10 vai levar o
Brasil a colher, no próximo ano, entre
62,50 e 63,60 milhões de toneladas da
oleaginosa.
Se confirmado o intervalo superior,
que representa 11,4% a mais que o período passado, este será o melhor resultado da história. Quando somadas
às demais culturas, a safra total de
grãos ficará entre139,04 e 141,69 milhões de toneladas, ou 3% a 5% a mais
que as 135 milhões de toneladas da
anterior. Os números foram divulgados
no início de novembro pela Conab e
fazem parte do segundo levantamento
da produção nacional.
Este incremento se deve, principalmente, à recuperação da produtividade
das principais culturas e à estabilidade
do clima prevista para os próximos meses, o que beneficiará a semeadura das
lavouras, que ocorre até o final de dezembro nos estados do Centro-Sul. A
previsão é de que a área a ser plantada
em todo o país fique entre 47,44(-0,5%)
e 48,18 (+1,1%) milhões de hectares.
A projeção do milho primeira safra,
que teve o plantio iniciado em agosto e
será colhido a partir de janeiro, é de
32,79 (-2,6%) a 34,06 (1,2%) milhões de
toneladas. Já o feijão primeira safra, em
fase de frutificação e maturação em algumas regiões, está entre 1,39(+2,9%)
e 1,43 milhão t (+6,3%). O arroz, por
outro lado, tem redução média de 3,8%,
ficando entre 12,06 e 12,18 milhões de
toneladas. O algodão em pluma segue
a mesma tendência, oscilando entre 1,13
e 1,21 milhões de toneladas, ou uma
queda média de 2,1%.
Para avaliar o comportamento das
culturas de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a Conab utilizou
os dados da pesquisa realizada com
produtores, agrônomos, cooperativas
rurais, secretarias de estado da agricultura, órgãos de assistência técnica e
agentes financeiros. Nos estados onde
o plantio ainda não começou, como nos
do Nordeste, o estudo manteve a área
da safra anterior e, para fins de produção, levou em consideração a produtividade média dos últimos cinco anos,
descartando-se os períodos atípicos.
Trigo– O trigo, uma das culturas
de inverno, vem sofrendo com o excesso de chuva na fase final do cultivo. A produção registra diminuição e
deve fechar em 5,04 milhões de toneladas (-14,3%). Em São Paulo, Minas
Gerais, Goiás e Distrito Federal a colheita já foi concluída. No Paraná resta uma pequena parcela e, no Rio Grande do Sul, está em fase inicial.
A maior parte do cereal está concentrada no Paraná (1,29 milhão de
hectares), seguido do Rio Grande do
Sul (882,3 mil ha), Santa Catarina
(121,1 mil ha) e São Paulo (61,3 mil
ha). A pesquisa foi realizada entre os
dias 19 e 23 de outubro.
Fonte: Conab
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
33
36. Biblioteca
Cultura
Cultivando
a Língua Portuguesa
“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
TEORIA BÁSICA DAS ANÁLISES
SUCROALCOOLEIRAS
Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português
Celso Caldas
"Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser
chamado e não saber como ir" Clarice Lispector
1) Maria apreciou o voo do “ Bem te Vi” pela janela...
Sem tirar a paisagem poética de Maria e o pássaro, prezado Renata Carone
Sborgia*
amigo leitor, o vôo não aconteceu.
Com o Novo Acordo Ortográfico para o Bem-te-Vi voar há uma regra: compostos que designam espécies botânicas e zoológicas como bem-te-vi, porco-daíndia, ipê-do-cerrado... emprega-se o hífen.
O correto: BEM-TE-VI.
2) Dizem que o gênero feminino aprecia um “blá blá blá”...
Prezado amigo leitor, em especial a “ala feminina”, isto é “ intriga da oposição”!
O gênero masculino adora também um blá-blá-blá !
A nova regra ortográfica, quanto ao uso do hífen diz: emprega-se o hífen nos
vocábulos onomatopaicos (uso de palavras ou formação de palavras que imitam
os sons ligados aos objetos e ações a que elas se referem. Ex.: bum!) formados por
elementos repetitivos, com ou sem alternância de vogal ou consoante.
Ex.: blá-blá-blá, tique-taque...
Caso alguém insista no blá-blá-blá feminino, dizemos do lenga-lenga
masculino!!!(corretas as ortografias de ambos)
Brincadeirinha, meus queridos amigos leitores!
3)Bateu o carro?
O “ pára-choque” quebrou?
Depende, prezado amigo leitor...
Com acento ou sem acento?
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, quanto à acentuação gráfica, quando
usado como diferencial em para, flexão do verbo parar, como em para-choque,
para-brisa... foi eliminado o acento agudo (mas não o hífen: “traço” entre as
palavras).
Portanto, prezado amigo leitor, para-choque para (preposição) estar quebrado: SEM ACENTO.
PARA VOCÊ PENSAR:
Lua Adversa
Cecília Meireles
Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida.
Perdição da vida minha.
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso.
Não me encontro com ninguém
tenho fases como a lua...
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
* Advogada e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em
Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)
com Miriam M. Grisolia
36
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
E
ste livro traz aspectos de grande importância dos processos de fabricação de
açúcar e álcool, assim como em outros processos produtivos, que possuem suas particularidades e são fundamentais para a fábrica
como um todo, que vai desde a plantação da
cana-de-açúcar até sua análise em laboratório. Nesta obra, o autor, Celso Caldas, em parceria com a Usina Coruripe, buscou trazer crescimento profissional e melhoria no processo
de controle de qualidade.
Durante a leitura, você encontrará diversos temas abordados, como: soluções, densimetria, refratometria, polarimetria, espectrofotometria, potenciometria, gravimetria, titrimetria, neutralização, oxiredução, precipitação,
complexação, condutimetria, fotometria de
chama e turbidimetria.
Como adquirir:
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Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar
a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto
Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone
(16)3946-3300 - Ramal 2016
marcia.biblioteca@canaoeste.com.br
37. Agende-se
Dezembro
de 2009
7º TREINAMENTO AVANÇADO DE
NUTRIÇÃO DE BOVINOS
Empresa Promotora: FEALQ
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 01/12/2009
Fim do Evento: 03/12/2009
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Centro de Treinamento de R.H.,
Esalq/USP - Av. Pádua Dias, 11
Informações com: FEALQ
Site: www.fealq.org.br
Telefone: (19) 3417-6604
E-mail: cdt@fealq.org.br
I ENCONTRO PECUÁRIACOMPETITIVA: GESTÃO,
TECNOLOGIAE SUSTENTABILIDADE
Empresa Promotora: Coan Consultoria e Scot Consultoria
Tipo de Evento: Encontro / Simpósio
Início do Evento: 02/12/2009
Fim do Evento: 04/12/2009
Estado: SP
Cidade: Jaboticabal
Localização do Evento: Unesp
Informações com: Coan Consultoria e Scot Consultoria
Site: www.coanconsultoria.com.br
Telefone: (16) 3209-1300
E-mail: coanconsultoria@coanconsultoria.com.br
BIONAT EXPO 2009
Empresa Promotora: Produtores Sem Fronteiras
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 03/12/2009
Fim do Evento: 06/12/2009
Estado: RS
Cidade: Porto Alegre
Localização do Evento: Armazéns A e B do Cais do Porto Mauá
Informações com: Vera Marsicano
Site: www.bionatexpo.com
Telefone: (51) 3228-8692
E-mail: info@bionatexpo.com
VISITATÉCNICA: LEITE ORGÂNICO,
HORTICULTURA, TURISMO RURAL
Empresa Promotora:Associação deAgricultura Orgânica -AAO
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 05/12/2009
Fim do Evento: 05/12/2009
Estado: SP
Cidade: Serra Negra
Localização do Evento: Fazenda Sula
Informações com: AAO
Site: www.aao.org.br
Telefone: (11) 3875.2625
E-mail: cursos@aao.org.br
CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE DE GRÃOS (TURMA 4)
Empresa Promotora: CENTREINAR - Centro Nacional de
Treinamento em Armazenagem
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 07/12/2009
Fim do Evento: 11/12/2009
Estado: MG
Cidade: Viçosa
Localização do Evento: Sede do CENTREINAR
Informações com: Centreinar
Site: www.centreinar.org.br
Telefone: (31) 3899-2783/3891-2270
E-mail: jussara@centreinar.org.br
3º LEILÃO DORPER CHRISTMAS
Empresa Promotora: VPJ Pecuária, Fazenda Alvorada,
RHO, Cabanha Interlagos e AC Agromercantil
Tipo de Evento: Leilão / Remate
Início do Evento: 08/12/2009
Fim do Evento: 08/12/2009
Estado: SP
Cidade: São Paulo
Localização do Evento: Gallery Eventos - Rua Haddock
Lobo, 1.626
Informações com: Agreste Leilões
Site: www.vpjpecuaria.com.br
Telefone: (19) 3867-7007
E-mail: controle.pecuaria@vpjpecuaria.com.br
SHOW RURAL COOPAVEL 2010
Empresa Promotora: Coopavel Cooperativa Agroindustrial
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 08/02/2010
Fim do Evento: 12/02/2010
Estado: PR
Cidade: Cascavel
Localização do Evento: Show Rural Coopavel
Informações com: Coopavel
Site: www.showrural.com.br
Telefone: (45) 3225-6885
E-mail: showrural@coopavel.com.br
4º TREINAMENTO EM MANEJO DE PRAGAS
DE CANA-DE-AÇÚCAR
Dias: 11 e 12 de dezembro
Local: Centro Universitário Moura Larcerda.
Cidade: Ribeirão Preto
Mais informações: www.mouralacerda.edu.br
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
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38. VENDEM-SE
- 01 caminhão canavieiro, Scania, ano
e modelo 84, traçado
- 01 reboque canavieiro, Rondon, ano
e modelo 82.
Tratar com Marcelo Benedini pelo
telefone: 3662-6052 - Batatais.
VENDE-SE
- Caminhão Mercedes Benz Axor 2831
- Branco, 2006/2006 Chassis
Tratar com Alexandre pelo telefone:
(16) 9254 7879
VENDEM-SE
- 02 caminhões canavieiros - Mercedes Benz - Modelo: 2635 Top Break 6x4
c/ 3º eixo, Ano: 1997, Km: 175.000 - Carroceria: CAMAQ cana inteira, muito reforçada.
Descrição: novíssimos, usados apenas 3 a 4 meses por ano em safra particular do proprietário. Quilometragem
original, comprados na concessionária
MB de Jaboticabal/SP, todas as revisões a manutenções feitas na autorizada. Manual todo carimbado.
Valor: R$ 215.000,00 cada com carroceria.
- 01 carregadeira - Massey Fergusson - 290R 4x4
Ano: 1994 - Horas: 2.900horas
Descrição: novíssima, cabinada com
ventilador, usada de 3 a 4 meses por
ano em safra particular do proprietário.
Comprada na concessionária MF de
Jaboticabal/SP, todas as revisões a
manutenções feitas na autorizada.
Valor: R$ 49.900,00
Tratar com Fernando pelo telefone:
(16) 9103-1071
VENDEM-SE
- 1 Plantadeira Jumil, 9 linhas, ano 2000;
- 1 Tanque de água de 6000 Lts;
- 1 Tanque de água de 3000 Lts;
- 1 Bomba de Pulverização Jacto de
600 Lts;
38
Revista Canavieiros - Novembro de 2009
- 1 Grade Niveladora Piccin de 32 discos (de arrasto);
- 1 Enleiradeira de palha EMB;
- 1 Pá Carregadeira traseira;
- 1 D-20 Custom, ano 1994, turbo, cor
vinho, completa.
Tratar com Valdemir Dandaro pelo
telefone (16) 3942-4486.
VENDEM-SE
- 1 Colhedora de Cana Case A7000
ano 2004
- 1 trator New Holland TM 180 ano
2006 com cabine cambio semi Power
shifit
- 1 Trator Massey Ferguson 680 ano
2007 com cabine Ribcardam
- 1 Trator Massey Ferguson
265 ano 1975
Tratar com Marcelo pelos telefones
(16) 3957 1238 ou 3957 1227
ARRENDAMENTO
Fazenda de 1.280,00 hectares no município de Santa Fé de Minas - MG, possui 2 casas, barracão, curral, energia. A
Fazenda é toda plana e boa de água,
montada para pecuária, com cochos
cobertos, curral, pastagens. É ideal para
lavoura, pivot ou reflorestamento. Se o
arrendamento for realizado através de
imobiliária ou corretor, pago comissão
de 10% sobre o valor do arrendamento.
O valor do arrendamento é de R$ 120,00
por hectare por ano.
Mais informações pelos telefones:
(34) 3214 9703 ou (34) 9974 7500, e-mail
ozireseduardo@netsite.com.br ou pelo
site www.fazendaplana.com.br
VENDEM-SE
- cultivador de cana DMB
- pulverizador jacto 600
- semeato ph 2700 5 linhas
- grade tatu 44x22 e 36x20
- transbordo de amendoim 3000kg
- colhedora Double Master 2003 - 3un.
Tratar com Eduardo pelo telefone
(16) 3942 2895
VENDE-SE
- Barra de irrigação Metal Lavras de
54 metros com carrinho - R$ 12.000,00
Tratar com Antonio José pelo telefone (16) 8122 2472.
VENDEM-SE
- Cobridor de cana - modelo CCC 2L,
marca Civemasa
- Cultivador adubador de cana, com
disco de corte, modelo CATP 2L - marca Civemasa
- Kit Sulcador
OBS - Nunca foram usados (estão
guardados). O custo dos implementos
(todos) é R$ 20.000,00.
Tratar com Valmir Domingos pelo
telefone (14) 9707 3732 das 07:00 às
12:00 hrs.
VENDE-SE
- Caminhão Cargo 2428E Truck Caçamba, 12M3, Ano 2006. Tratar com Elias, pelo telefone: (11) 4359 9022 ou pelo
email: elias@aptacaminhoes.com.br
VENDE-SE
- caminhao traçado; mb 2213, mb
2318, vw 26260. Tratar com Patito pelo
telefone:(16) 9187 1901 ou pelo email:
paulistacaminhoes@uol.com.br
VENDE-SE
- fabrica de aguardente. 02 ternos 18/24 completos, 02 colunas
para aguardente capacidade 1000
lts/hora, dornas de madeira para
deposito, dornas de chapa para deposito. Vendo completo ou parcial.
Tratar com Marcio Viana pelo telefone: (31) 9932 3470 ou pelo email:
aguardenteurucania@bol.com.br
VENDE-SE
- Julieta de cana, ano 1986, marca Rodoviária para cana inteira. Valor:
R$17.000,00. Tratar com Otavio pelo telefone: (14) 9651 2917 ou pelo email:
biabauer@hotmail.com