O documento analisa a qualidade da água na sub-bacia do Rio Embu-Mirim por meio de uma metodologia que incluiu duas campanhas de coleta de dados e amostras em 25 pontos. Os resultados indicam que a qualidade da água no Rio Embu-Mirim vem piorando nos últimos anos e está abaixo dos padrões, com ocorrência de metais pesados. As áreas e ações prioritárias para a conservação dos recursos hídricos incluem o Alto Embu Mirim e região central de Embu devido aos impactos
2. ÍNDICE
1.O Projeto – das nascentes à foz das águas
limpas e abundantes
Objetivos e desdobramentos
2.Área de Estudo
Inserção Regional
Problemática e Relevância
3.Metodologia e Resultados
Uso e Ocupação do Solo
Legislação
Qualidade das Águas
4.Análise diagnóstica integrada
5.Áreas e ações prioritárias para a conservação
e recuperação dos recursos hídricos na
subBacia EMirim
3. QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
Questões orientadoras:
Qual o estado da água que o Rio Embu-Mirim entrega ao reservatório
Guarapíranga ? Como varia a qualidade da água ao longo de seu
curso ?
Como contribuem Ressaca e Itacoaxiara ? Eles pioram ou melhoram a
qualidada da água do Embu-Mirim ?
Qual o estado das microbacias de cabeceiras ? Se há degradação na
qualidade do ambiente aquático e da água, quais são elas,
especificamente, os impactos e os vetores ?
Quais seria as áreas e ações prioritárias para a conservação dos recuros
hídricosna sub-bacia ?Quais seriam as características de um Programa
de Monitoramento para a Sub-Bacia ?
4. METODOLOGIA
QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
Sub-bacia do
Rio Embu-MIrim
- pontos de
coleta de dados
e amostras
5. METODOLOGIA
QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
Diagrama unifilar situando os pontos
de coleta de dados e amostras ao
longo dos corpos dágua amostrados
6. METODOLOGIA
QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
Secundários CETESB, SABESP, Bases
Cientificas e Acadêmicas
Físicas e Virtuais
Fisicos Temperatura, Turbidez, Condutividade,
Potencial de Óxidorredução,
Quimicos pH, Oxigênio Dissolvido, Nitrogênio e
Fósforo Totais
Biológicos Coliformes fecais e totais,
macroinvertebrados bentônicos
bioindicadores
Sociais- Uso-ocupação do solo, cobertura
vegetal, impactos pontuais
econômicos
7. METODOLOGIA
QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
- 2 campanhas de coleta de dados e amostras
em campo (janeiro e setembro)
- um total de 25 pontos analisados
- interface com o Sistema de Informações
Geográficas do Projeto e disponibilização de
tabelas de dados associadas no BDG
8. METODOLOGIA
Qualidade de bacia hidrográfica : questões principais
A qualidade da água no Rio Embu-Mirim, tal como monitorada no ponto EMMI 02900 pela
CETESB, foi classificada entre regular e ruim no ano de 2010. Os dados deste trabalho
corroboram a classificação para este ano.
.
Em relação à conformidade aos limites previstos pela Res. CONAMA 357
para os corpos d'água classificados como de Classe II o Rio Embu Mirim
apresentou ocorrências de desconformidades em 10 parâmetros físico-
químicos e biológicos: Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica de
Oxigênio, Coliformes Termotolerantes e para os metais Ferro, Aluminio,
Manganês, Alumínio, Chumbo, Mercúrio, Cobre e Cádmio (dados deste
trabalho e da CETESB, 2009-10. Ver Anexo II)
9. RESULTADOS
QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
Análises de séries temporais indicam uma progressiva perda de qualidade da
água entre os anos de 2004 e 2009, caindo o IQA de 57 pontos em 2004 para 47 em
2009. No período observado o Rio Embu Mirim responde pela maior variação
negativa de IQA em toda a bacia da Guarapiranga. Caiu 10 pontos nos ultimos 6
anos, tendo-se obsevado uma queda radical entre os anos de 2004 e 2005.
13. RESULTADOS
QUALIDADE DE ÁGUA NA SUB-BACIA
Qual o estado da água que o Rio Embu-Mirim entrega ao reservatório
Guarapíranga ? Como varia a qualidade da água ao longo de seu curso ? O
Rio Embu Mirim está piorando a água do Reservatório Guarapiranga, e está inclusive pior do que a da
bacia irmã Embu Guaçu. Observada a ocorrência de desconformidades em relação a metais pesados e
relatos de descargas pontuais de efluentes industriais. Não foi constatada toxicidade aguda nos pontos
analisados.
Como contribuem Ressaca e Itacoaxiara ? Eles pioram ou melhoram a
qualidada da água do Embu-Mirim ? Os Ribeirões Ressaca e Itacoaxiara apresentam água
de melhor qualidade, e contribuem sobremaneira para reduzir os efeitos da alta degrdação do Rio Embu-
Mirim. .
Qual o estado das microbacias de cabeceiras ? Se há degradação na
qualidade do ambiente aquático e da água, quais são elas, especificamente,
os impactos e os vetores ? Presença ubíqua e elevada de contaminação fecal potencialmente
patogênica em todas a bacia. Foi observado contato direto de humanos com vários cursos dágua,
especialmente crianças, compondo um quadro de vulnerabilidade severa.
Quais seria as áreas e ações prioritárias para a conservação dos recuros
hídricosna sub-bacia ?Quais seriam as características de um Programa de
Monitoramento para a Sub-Bacia ? A unidade espacial que mais contribui para a
degradação da bacia enquanto recurso hídrico é o Alto Embu Mirim e região central de Embu, Itapecerica
da Serra e as bacias gragárias de pequeno porte próximas ao setor Baixo Embu-Mirim. As atividades
industriais e o aporte de efluentes domésticos parecem ser as maiores fontes
14. O PROJETO
Nascentes:
Programa de monitoramento
- rede heterogenea – habitantes locais, organizações, técnicos voluntários
- rede basica detalhada participativa interativa de baixo custo
- analises mais especificas e caras sob demanda
- estrutura de absorção-aplicação dos dados
- articulação com rede de fomento a projetos
15. RESULTADOS
ÁREAS E AÇÔES PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÂO DOS
RECURSOS HÍDRICOS
Categorias de áreas Usos Base diagnóstica Ações de conservação e recuperação
representativos
Impacto pontual severo Mineração, lixões, Alterações pontuais severas incluindo - controle ambiental (licenciamento, denuncia, fiscalização, ações civis públicas)
solo exposto bacias de pequena escala, em - projetos de revegetação, em especial de matas ciliares
parâmetros como condutividade, - projetos físico-químicos e ecotecnológicos de tratamento de efluentes especificos (sedimentos, chorume, etc)
turbidez, demanda bioquímica de
oxigênio, metais pesados
Alto risco e toxicidade Indústria, rodovia Presença de metais pesados em - controle ambiental (licenciamento, denuncia, fiscalização, ações civis públicas)
concentrações desconformes no Rio - monitoramento ambiental técnico e comunitário/participativo (comportamento e propriedades cursos dágua)
Embu-Mirim - tratamento de efluentes industriais
Contaminação fecal Chácaras Presença em níveis elevados de - educação ambiental para ocupação (APPs, Reserva Legal, planejamento ambiental)
difusa coliformes fecais em setores com baixa - programas de construção de sistemas ecotecnológicos de tratamento de efluentes domésticos (canteiros
densidade demográfica e ocupação biossépticos, wetlands, multisoil layering, etc)
- controle (fiscalização, denúncia, ação civil pública)
Águas eutróficas Ocupação intensa, Contaminação fecal em niveis - educação ambiental para ocupação (APPs, Reserva Legal, planejamento ambiental)
desordenada, favelas elevadíssimos, baixíssima - programas de construção de sistemas ecotecnológicos de tratamento de efluentes domésticos (canteiros
concentração de oxigênio dissolvido, biossépticos, wetlands, multisoil layering, etc)
altos niveis de fósforo e nitrogênio - controle (fiscalização, denúncia, ação civil pública)
- programas de urbanização, relocação, parques lineares, etc
Produção hídrica Bacias de pequena Presença de bacias bem preservadas - educação ambiental para ocupação (APPs, Reserva Legal, planejamento ambiental)
escala altamente produzindo água de qualidade que dilui - mobilização e advocacy para criação de Áreas Protegidas
florestadas - chácaras poluentes do Embu Mirim,
espacialmente no Itacoaxiara e
Ressaca
Várzeas campo-capoeira-mata Planícies de extravasamento do rio em - educação ambiental para ocupação (APPs, Reserva Legal, planejamento ambiental)
seus cursos médio e baixoEfeito - mobilização e advocacy para criação de Áreas Protegidas
autodepurativo observado