SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  8
Télécharger pour lire hors ligne
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares



     Síntese da Sessão 2




     Foram objectivos desta sessão:
             • Definir e entender o conceito de biblioteca escolar no contexto da mudança.
             • Perspectivar práticas adequadas a estes novos contextos.
             • Entender o valor e o papel da avaliação na gestão da mudança.


     As tarefas propostas consistiram:
     Numa primeira fase, com base no fornecimento de uma tabela matriz e partindo da leitura
dos textos obrigatórios e dos conhecimentos prévios dos formandos enquanto PROFESSORES
BIBLIOTECÁRIOS, foi-lhes solicitado que perspectivassem a situação actual da sua biblioteca
escolar identificando pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças e desafios principais de
acordo com um conjunto de áreas dadas.
     Na fase final da sessão, foi solicitado a cada formando que seleccionasse o contributo de um
dos colegas e fizesse um comentário fundamentado à análise por ele efectuada.


     Realização das tarefas:
     Em relação à realização das tarefas, participaram na unidade e elaboraram a sua tabela
matriz 31 formandos desta acção, exceptuando a Conceição Pimenta, o Luís Filipe Sousa, a Marisa
Banza, o Virgílio Fernandes e Ana Paula Souto que tiveram algumas dificuldades na gestão do
tempo, e cuja participação extemporânea será objecto de penalização. Apenas 21 formandos
fizeram, independentemente da sua heterogeneidade, algum tipo de comentário ao trabalho de
um colega.


     A realização desta tarefa apontava para o exercício de uma análise SWOT à biblioteca da sua
escola e verificámos que houve um número elevado de formandos que ainda demonstrou alguma
dificuldade na aplicação destes conceitos. Parece-nos assim importante começar por algum
enquadramento deste instrumento da gestão, que se revela essencial no diagnóstico da situação
actual da BE, para poder perspectivar um Plano de Acção (de Desenvolvimento ou Estratégico)
para os próximos 4 anos.
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares
      Gerir é, segundo a definição mais corrente, a arte de conduzir uma organização ou serviço
com vista ao cumprimento da sua missão e à prossecução dos seus objectivos. Por isso, organizar
e gerir os serviços de biblioteca exige do professor bibliotecário práticas capazes de fazer a
diferença e influenciar o sucesso da BE. É necessário estabelecer prioridades, delinear estratégias,
planear, executar programas e políticas e, ainda organizar recursos humanos e materiais. Contudo,
para que o planeamento seja o mais eficaz possível é necessário, em primeiro lugar, fazer o
diagnóstico. Não devemos basear o diagnóstico em impressões ou sensações, mas sim em
ferramentas de gestão.
       A análise de diferentes situações obriga-nos a recorrer a instrumentos diferenciados, a
análise SWOT é um desses instrumentos que se aplica em momentos de (re)definição das
estratégias organizacionais. SWOT é um termo inglês construído com as iniciais de “Strenghts”
(Forças), “Weakeness” (Fraquezas), “Opportunities” (Oportunidades) e Threats “Ameaças”.
     A clarificação dos conceitos é essencial para um bom entendimento desta ferramenta e
sucesso na sua aplicação.
                                                         Factores Internos
                                                                                  Aspectos Negativos
                               Aspectos Positivos




                                                         Pontos            Pont
                                                    fortes          os fracos
                                                         Oportuni          Ame
                                                    dades           aças
                                                         Factores externos


         •    as Forças (Strenghts) são os pontos positivos que caracterizam uma organização e
   que lhe permitem desenvolver a sua actividade com sucesso;
             • as Fraquezas (Weakeness) são os pontos que necessitam de melhoria associados ao
       funcionamento interno da organização, que interessa eliminar ou reduzir;
             • as Oportunidades (Opportunities) são os aspectos exteriores à organização, sobre
       os quais ela não tem influência directa, mas que se traduzem em factores positivos que
       interessa aproveitar e potencializar em favor do sucesso da organização;
             • as Ameaças (Threats ) são os factores negativos externos à organização, os quais
       interessa conhecer para prevenir, anular ou mesmo contrariar, convertendo-os em
       oportunidades, sempre que possível.
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares
     A análise SWOT integra-se numa prática do planeamento estratégico, essencial à boa gestão
da biblioteca escolar. Os professores bibliotecários devem agir como verdadeiros estrategas,
gestores e líderes de modo a ir transformando as ameaças possíveis em oportunidades de
desenvolvimento da biblioteca escolar e da promoção do sucesso das aprendizagens dos alunos.


     Síntese do preenchimento das Tabelas:


     Apesar de muitas vezes as referências serem inseridas em áreas e categorias diferentes,
devido à pouca segurança na aplicação dos conceitos anteriormente abordados, os aspectos mais
insistentemente assinalados foram:


     no que diz respeito aos aspectos críticos referenciados na literatura:
         •      O tipo e nível de conhecimentos, competências e atitudes do coordenador da BE;
         •      A integração da BE na escola e no desenvolvimento curricular através de um
   trabalho colaborativo com os docentes e órgãos de gestão pedagógica
         •      O desenvolvimento de programas eficazes de promoção da leitura e de literacia de
   informação, em ligação com o currículo;
         •      A assumpção da BE como um espaço formativo orientado para o sucesso educativo,
   a melhoria das aprendizagens e a construção do conhecimento;
         •      A existência de condições de espaço/tempo para uma boa utilização da biblioteca;
         •      A qualidade, quantidade, variedade e adequação e os sistemas de optimização e
   rentabilização dos recursos documentais, designadamente através do desenvolvimento de
   bibliotecas digitais e de um maior aproveitamento das potencialidades do trabalho em rede e
   da Web2.0 (muito pontualmente);
         •      A recolha de evidências para aferição da eficácia e impactos da BE junto do público-
   alvo nos diferentes domínios da sua intervenção.


     No que diz respeito às “vossas” bibliotecas
         Foram sobretudo considerados os seguintes, entre outros:
Pontos fortes                                      Oportunidades
 • Existência de professores bibliotecário e        • Representação da BE nos CPs;
 equipas da BE;                                     • Oferta de formação;
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares

• Progressos verificados, em termos gerais, no            • Disponibilidade de documentação de apoio
apetrechamento das BEs;                                    ao trabalho e avaliação das BE;
• Actividades de promoção do livro e da                   • Apoios financeiros da RBE e do PNL;
leitura;                                                  • Suporte das BM, SABEs, Coordenadores
• Avanços no tratamento documental e                       locais e inter-concelhios, Grupos de Trabalho
práticas de circulação e itinerância de fundos;            Concelhios, etc.;
• Maior inclusão nos PAs, reconhecimento e                • Possibilidade de actualização do parque
valorização do trabalho da BE no domínio das               informático das BEs aproveitando Plano
aprendizagens e da literacia de informação.                Tecnológico para a Educação;
                                                          • Desenvolvimento          de   novos    serviços     e
                                                           produtos assentes nos novos ambientes
                                                           digitais e tirando partido da motivação que
                                                           estes meios geram junto dos jovens;
                                                          • Existência de modelo de auto-avaliação para
                                                           as BEs.


  Foram sobretudo considerados os seguintes, entre outros:


  Pontos fracos                                            Ameaças
       • Deficiente gestão de tempo;                           • Resistência à mudança e inovação por
       • Falta de visibilidade do trabalho do                        parte dos docentes;
           professor-bibliotecário;                            • Instabilidade e fragilidade em número
       • Fraca    divulgação    e     utilização     de              e horas das equipas;
           modelos e standards de literacia de                 • Falta de reconhecimento do trabalho
           informação;                                               do professor-bibliotecário;
       • Deficit de formação, sobretudo nas                                o          Ausência      de        uma
           áreas das literacias tecnológica, digital                 cultura colaborativa de articulação
           e dos media;                                              entre a BE, os Departamentos e os
       • Políticas de gestão de colecções pouco                      docentes;
           consistentes;                                      •      Insuficiência        de     verbas       para
       • Trabalho de organização e gestão                            actualização das colecções
           burocratizado por alguns professores                •
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares
       bibliotecários,     não   utilizando   a
       planificação/avaliação e recolha de
       informação como instrumentos de
       melhoria contínua.


     Como principais desafios/acções a implementar foram apontadas, entre outras:


• Melhorar condições de estabilidade e trabalho das equipas;
• Maior investimento na formação do coordenador, das equipas, dos docentes e dos
   utilizadores, em geral;
• Aumentar diálogo com os órgãos de gestão;
• Melhoria da articulação curricular e do apoio dado aos utilizadores, designadamente no
   âmbito das ACNDs e da integração da literacia de informação nos programas da biblioteca
   escolar;
• Aposta mais forte em novos ambientes virtuais de aprendizagem e recursos de informação
   digitais;
• Desenvolvimento de políticas de gestão de colecções que definam uma verba anual para a
   biblioteca, esclareçam procedimentos e explorem o trabalho em rede e uma maior
   partilha de recursos;
• Reforço do trabalho colaborativo com os outros parceiros (internos e externos);
• Aprofundamento do trabalho em torno da recolha de evidências, aplicando o modelo de
   auto-avaliação, envolvendo mais os utilizadores na avaliação do desempenho dos serviços
   da biblioteca e no seu impacto nas aprendizagens dos alunos.


     Gestão da Mudança


  A biblioteca escolar, no actual contexto de mudança de paradigma educacional e
tecnológico, terá que encontrar um caminho onde o seu valor seja (re)encontrado, como o
centro da efectiva aprendizagem na escola. Para tal terá que dar a conhecer a todos os
actores que integram a organização escola, assim como à comunidade que a envolve, que a
sua utilização integrada na prática curricular dos docentes faz, de facto, a diferença nas
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares
    aprendizagens dos alunos e no seu percurso enquanto cidadãos aprendentes ao longo da
    vida.


Como principais factores de sucesso foram apontados, entre outros:


   • A existência de um professor-bibliotecário a tempo inteiro, com um claro perfil de
       liderança, que se assuma como motor da necessária mudança na escola, em colaboração
       com os órgãos de gestão da escola, coadjuvado por uma equipa que o auxilie no
       estabelecimento de “pontes” com os departamentos curriculares:
   • A institucionalização da BE através da sua “visibilidade” nos documentos estruturantes da
       escola /agrupamento e da presença do coordenador no órgão máximo de gestão
       pedagógica, o CP;
   • O apoio incondicional dos órgãos de gestão da escola;
   • Existência de políticas de Gestão Documental, de Literacia da Informação e de Promoção
       da Leitura para o agrupamento;
   • Práticas baseadas em recolha de evidências.


Como principais obstáculos a vencer foram apontados, entre outros:


   • Poucas práticas de avaliação sistemática e continuada como parte de todo o processo, não
       como um trabalho acrescido que “impossibilita” a realização de outras actividades.
   • A pouca importância atribuída à BE como factor determinante na qualidade das
       aprendizagens realizadas pelos alunos e no desenvolvimento de competências para uma
       aprendizagem ao longo da vida.
   • Inexistência de práticas de trabalho colaborativo entre docentes, que se estende ao
       trabalho com o professor bibliotecário.
   • A ideia de que a documentação escrita não serve para nada, a não ser para dar trabalho.
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares
Como principais acções prioritárias foram apontadas, entre outros:


   • Promover o acesso a/proporcionar formação aos docentes sobre o papel da BE no
       desenvolvimento curricular e a importância de alterar “estilos e métodos” de ensino
       aprendizagem para os adequar às necessidades dos cidadãos do séc. XXI;
   • Integrar a BE na documentação de referência da escola/agrupamento, prevendo o assento
       do coordenador em CP;
   • Institucionalizar práticas de trabalho colaborativo, criando espaços/tempos comuns que
       possibilitem a planificação conjunta entre docentes e BE;
   • Promover o debate de ideias e conceitos que conduzam à formalização de políticas claras
       de promoção da leitura e de desenvolvimento das literacias que orientem as práticas de
       todos os docentes da escola/agrupamento e que sejam claras para a comunidade
       envolvente;
   • Aplicar o Modelo de Auto-Avaliação das BEs, envolvendo toda a escola no processo.




     Na realização do seu trabalho, nem sempre os formandos reflectiram as leituras realizadas,
apesar de alguns citarem algumas frases ou expressões dos documentos. Também a maioria dos
comentários parte da simples comparação entre as diversas realidades em análise, fazendo pouca
referência aos factores apontados pela bibliografia indicada.


     Reforçando também esses documentos, sobre os processos de gestão da mudança, os
desafios que se colocam à BE e as oportunidades que lhe compete aproveitar, finalizamos esta
síntese, citando os aspectos chave que por que tem de passar esta mudança, segundo a CILIP:


     Abordagem tradicional: prática centrada            Nova abordagem: prática centrada na
na Gestão                                         Aprendizagem
         •    Instalações                                   •      Criação de um efectivo ambiente
         •    Recursos humanos                        de aprendizagem
         •    Recursos documentais                          •      Literacia da Informação
         •    Recursos TIC                                  •      Promoção da leitura
         •    Orçamento                                     •      Ênfase na aprendizagem
Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares

        •    Políticas e Planeamento                 •     TIC como ferramenta de ensino e
                                               aprendizagem
                                                     •     Inclusão
                                                     •     Colaboração
                                                     •     Gestão


     Felicitamos o conjunto da turma pelo trabalho desenvolvido e desejamos a todos a
continuação de um bom trabalho!


     As formadoras


     Margarida e Júlia

Contenu connexe

Tendances

Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)
Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)
Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)mariaemilianovais
 
4sessão domínios B1 B3
4sessão domínios B1 B34sessão domínios B1 B3
4sessão domínios B1 B3martamedeiros
 
1ª Parte Da 1ª Tarefa
1ª Parte Da 1ª Tarefa1ª Parte Da 1ª Tarefa
1ª Parte Da 1ª Tarefajoana56
 
Tarefa 2
Tarefa 2Tarefa 2
Tarefa 2filoru
 
Modelo Auto Avaliacao Be Bemag[1]
Modelo Auto Avaliacao Be   Bemag[1]Modelo Auto Avaliacao Be   Bemag[1]
Modelo Auto Avaliacao Be Bemag[1]mjoaocaldeira
 
Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas EscolaresModelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas EscolaresMaria Oliveira
 
Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4
Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4
Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4João Alves Dos Reis
 
Sintese Desafios Oportunidades Turma 2
Sintese Desafios Oportunidades Turma 2Sintese Desafios Oportunidades Turma 2
Sintese Desafios Oportunidades Turma 2franciscamonteiro
 

Tendances (13)

MABE
MABEMABE
MABE
 
Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)
Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)
Modelo de Auto-Avaliação da BE: Metodologias de operacionalização (parte I)
 
4sessão domínios B1 B3
4sessão domínios B1 B34sessão domínios B1 B3
4sessão domínios B1 B3
 
1ª Parte Da 1ª Tarefa
1ª Parte Da 1ª Tarefa1ª Parte Da 1ª Tarefa
1ª Parte Da 1ª Tarefa
 
Tarefa 2
Tarefa 2Tarefa 2
Tarefa 2
 
Sessão 3 pp 1º dia
Sessão 3   pp 1º diaSessão 3   pp 1º dia
Sessão 3 pp 1º dia
 
Modelo Auto Avaliacao Be Bemag[1]
Modelo Auto Avaliacao Be   Bemag[1]Modelo Auto Avaliacao Be   Bemag[1]
Modelo Auto Avaliacao Be Bemag[1]
 
Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas EscolaresModelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
 
Tarefa 2.Docx
Tarefa 2.DocxTarefa 2.Docx
Tarefa 2.Docx
 
Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4
Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4
Joao Alves Reis C1 C1.2 C1.4 SessãO4
 
Sintese Desafios Oportunidades Turma 2
Sintese Desafios Oportunidades Turma 2Sintese Desafios Oportunidades Turma 2
Sintese Desafios Oportunidades Turma 2
 
Ppt Mav SessãO3
Ppt Mav SessãO3Ppt Mav SessãO3
Ppt Mav SessãO3
 
4 SessãO
4 SessãO4 SessãO
4 SessãO
 

En vedette

Sebrae Pe Geor T1 2007 Comercio Garanhuns
Sebrae Pe Geor T1 2007 Comercio GaranhunsSebrae Pe Geor T1 2007 Comercio Garanhuns
Sebrae Pe Geor T1 2007 Comercio GaranhunsCompet
 
Catalogo Jaladeras
Catalogo JaladerasCatalogo Jaladeras
Catalogo Jaladerasguestaf5f031
 
Eleições2008-Santa Luzia
Eleições2008-Santa LuziaEleições2008-Santa Luzia
Eleições2008-Santa LuziaCompet
 
Mensajes 2006
Mensajes 2006Mensajes 2006
Mensajes 2006reygo72
 
Dia Da Mulher 00
Dia Da Mulher 00Dia Da Mulher 00
Dia Da Mulher 00guest81d89b
 
Autobiografia (charles darwin)
Autobiografia (charles darwin)Autobiografia (charles darwin)
Autobiografia (charles darwin)Clara Vieira
 
Jornal "União de Coura" - Março de 2010
Jornal "União de Coura" - Março de 2010Jornal "União de Coura" - Março de 2010
Jornal "União de Coura" - Março de 2010guest3a60014
 
Medidores De Vazão
Medidores De VazãoMedidores De Vazão
Medidores De Vazãojomartg
 
I Conferência Setor Elétrico Brasil
I Conferência Setor Elétrico BrasilI Conferência Setor Elétrico Brasil
I Conferência Setor Elétrico BrasilCPFL RI
 
Como posso ajudar o seu negócio?
Como posso ajudar o seu negócio?Como posso ajudar o seu negócio?
Como posso ajudar o seu negócio?Luiz Cezar Marinho
 
Gestao%20de%20conflitos tixa
Gestao%20de%20conflitos tixaGestao%20de%20conflitos tixa
Gestao%20de%20conflitos tixaguest09b5d02
 
AvaliaçãO Ige Amostragem
AvaliaçãO Ige   AmostragemAvaliaçãO Ige   Amostragem
AvaliaçãO Ige AmostragemNoemiaMaria
 

En vedette (20)

Sebrae Pe Geor T1 2007 Comercio Garanhuns
Sebrae Pe Geor T1 2007 Comercio GaranhunsSebrae Pe Geor T1 2007 Comercio Garanhuns
Sebrae Pe Geor T1 2007 Comercio Garanhuns
 
Aula classes sociais
Aula classes sociaisAula classes sociais
Aula classes sociais
 
Catalogo Jaladeras
Catalogo JaladerasCatalogo Jaladeras
Catalogo Jaladeras
 
Eleições2008-Santa Luzia
Eleições2008-Santa LuziaEleições2008-Santa Luzia
Eleições2008-Santa Luzia
 
Mensajes 2006
Mensajes 2006Mensajes 2006
Mensajes 2006
 
Dia Da Mulher 00
Dia Da Mulher 00Dia Da Mulher 00
Dia Da Mulher 00
 
Ut 1
Ut 1Ut 1
Ut 1
 
Hardware e software
Hardware e softwareHardware e software
Hardware e software
 
Articulo PLEP
Articulo PLEPArticulo PLEP
Articulo PLEP
 
Redes
RedesRedes
Redes
 
Pto de Contato - coworking @Brasil
Pto de Contato - coworking @BrasilPto de Contato - coworking @Brasil
Pto de Contato - coworking @Brasil
 
Autobiografia (charles darwin)
Autobiografia (charles darwin)Autobiografia (charles darwin)
Autobiografia (charles darwin)
 
Jornal "União de Coura" - Março de 2010
Jornal "União de Coura" - Março de 2010Jornal "União de Coura" - Março de 2010
Jornal "União de Coura" - Março de 2010
 
Medidores De Vazão
Medidores De VazãoMedidores De Vazão
Medidores De Vazão
 
Incentivo fiscal icms_apresentacao7
Incentivo fiscal icms_apresentacao7Incentivo fiscal icms_apresentacao7
Incentivo fiscal icms_apresentacao7
 
I Conferência Setor Elétrico Brasil
I Conferência Setor Elétrico BrasilI Conferência Setor Elétrico Brasil
I Conferência Setor Elétrico Brasil
 
Como posso ajudar o seu negócio?
Como posso ajudar o seu negócio?Como posso ajudar o seu negócio?
Como posso ajudar o seu negócio?
 
Recursos Humanos
Recursos HumanosRecursos Humanos
Recursos Humanos
 
Gestao%20de%20conflitos tixa
Gestao%20de%20conflitos tixaGestao%20de%20conflitos tixa
Gestao%20de%20conflitos tixa
 
AvaliaçãO Ige Amostragem
AvaliaçãO Ige   AmostragemAvaliaçãO Ige   Amostragem
AvaliaçãO Ige Amostragem
 

Similaire à Sintese Sessao 2

Sessão 3 Tarefa 2
Sessão 3   Tarefa 2Sessão 3   Tarefa 2
Sessão 3 Tarefa 2EB2 Mira
 
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-cThumbelina17
 
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-cThumbelina17
 
Modelo Auto-avaliação BE
Modelo Auto-avaliação BEModelo Auto-avaliação BE
Modelo Auto-avaliação BElidia76
 
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2João Alves Dos Reis
 
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3João Alves Dos Reis
 
Workshop Formativo Formacao
Workshop Formativo FormacaoWorkshop Formativo Formacao
Workshop Formativo FormacaoCelia Ganhao
 
Workshop Formativo Formacao
Workshop Formativo FormacaoWorkshop Formativo Formacao
Workshop Formativo Formacaoguest1042580
 
A presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolares
A presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolaresA presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolares
A presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolaresLeonor Otília Rocha Oliveira
 
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica MaabeBibJoseRegio
 
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica MaabeMaria Fernanda
 
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica MaabeBibJoseRegio
 
Ana Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª TarefaAna Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª Tarefaanabraga
 
4ª Tarefa D O M I N I O B
4ª Tarefa     D O M I N I O  B4ª Tarefa     D O M I N I O  B
4ª Tarefa D O M I N I O Baevisobibliovis
 

Similaire à Sintese Sessao 2 (20)

Sessão 3 Tarefa 2
Sessão 3   Tarefa 2Sessão 3   Tarefa 2
Sessão 3 Tarefa 2
 
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
 
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
4 maria jose_bernardes_-_dominio-c
 
Modelo Auto-avaliação BE
Modelo Auto-avaliação BEModelo Auto-avaliação BE
Modelo Auto-avaliação BE
 
2ªTarefa 1ªParte
2ªTarefa 1ªParte2ªTarefa 1ªParte
2ªTarefa 1ªParte
 
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
 
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
 
Workshop Formativo Formacao
Workshop Formativo FormacaoWorkshop Formativo Formacao
Workshop Formativo Formacao
 
Workshop Formativo Formacao
Workshop Formativo FormacaoWorkshop Formativo Formacao
Workshop Formativo Formacao
 
A presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolares
A presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolaresA presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolares
A presentação modelo de auto avaliação das bibliotecas escolares
 
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
 
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
 
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe2ª SessãO  Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
2ª SessãO Tarefa 1.AnáLise CríTica Maabe
 
Workshop
WorkshopWorkshop
Workshop
 
Ana Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª TarefaAna Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª Tarefa
 
4ª Tarefa Dominio B
4ª Tarefa    Dominio B4ª Tarefa    Dominio B
4ª Tarefa Dominio B
 
4ª Tarefa D O M I N I O B
4ª Tarefa     D O M I N I O  B4ª Tarefa     D O M I N I O  B
4ª Tarefa D O M I N I O B
 
4ª Tarefa Dominio B
4ª Tarefa    Dominio B4ª Tarefa    Dominio B
4ª Tarefa Dominio B
 
Plano - Workshop
Plano - WorkshopPlano - Workshop
Plano - Workshop
 
Plano - Workshop
Plano - WorkshopPlano - Workshop
Plano - Workshop
 

Plus de rbento

T3 Sintese Workshop
T3 Sintese WorkshopT3 Sintese Workshop
T3 Sintese Workshoprbento
 
T3 Sintese Da Sessao5
T3 Sintese Da Sessao5T3 Sintese Da Sessao5
T3 Sintese Da Sessao5rbento
 
Tabela D6
Tabela D6Tabela D6
Tabela D6rbento
 
Sintese 6 T3
Sintese 6 T3Sintese 6 T3
Sintese 6 T3rbento
 
TransformaçãO Dos Enunciados Descritivos
TransformaçãO Dos Enunciados DescritivosTransformaçãO Dos Enunciados Descritivos
TransformaçãO Dos Enunciados Descritivosrbento
 
Enunciados
EnunciadosEnunciados
Enunciadosrbento
 
Tabela
TabelaTabela
Tabelarbento
 
Plano De AcçãO
Plano De AcçãOPlano De AcçãO
Plano De AcçãOrbento
 
Plano De AcçãO
Plano De AcçãOPlano De AcçãO
Plano De AcçãOrbento
 
Tabela Av Externa Modelo Auto Av. Be
Tabela Av Externa Modelo Auto Av. BeTabela Av Externa Modelo Auto Av. Be
Tabela Av Externa Modelo Auto Av. Berbento
 
Tabela DomíNio D.1
Tabela   DomíNio D.1Tabela   DomíNio D.1
Tabela DomíNio D.1rbento
 
Tabela Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte Ii
Tabela   Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte IiTabela   Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte Ii
Tabela Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte Iirbento
 
Tabela DomíNio D Modelo De Auto
Tabela   DomíNio D    Modelo De AutoTabela   DomíNio D    Modelo De Auto
Tabela DomíNio D Modelo De Autorbento
 
Tabela Domínio D Modelo De Auto
Tabela    Domínio  D     Modelo De  AutoTabela    Domínio  D     Modelo De  Auto
Tabela Domínio D Modelo De Autorbento
 
Tabela DomíNio D Modelo De Auto
Tabela   DomíNio D    Modelo De AutoTabela   DomíNio D    Modelo De Auto
Tabela DomíNio D Modelo De Autorbento
 
Guia Out2009
Guia Out2009Guia Out2009
Guia Out2009rbento
 
Sintese T3 Sessao 4
Sintese T3 Sessao 4Sintese T3 Sessao 4
Sintese T3 Sessao 4rbento
 
Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09
Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09
Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09rbento
 
Metodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO IMetodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO Irbento
 
Metodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO IMetodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO Irbento
 

Plus de rbento (20)

T3 Sintese Workshop
T3 Sintese WorkshopT3 Sintese Workshop
T3 Sintese Workshop
 
T3 Sintese Da Sessao5
T3 Sintese Da Sessao5T3 Sintese Da Sessao5
T3 Sintese Da Sessao5
 
Tabela D6
Tabela D6Tabela D6
Tabela D6
 
Sintese 6 T3
Sintese 6 T3Sintese 6 T3
Sintese 6 T3
 
TransformaçãO Dos Enunciados Descritivos
TransformaçãO Dos Enunciados DescritivosTransformaçãO Dos Enunciados Descritivos
TransformaçãO Dos Enunciados Descritivos
 
Enunciados
EnunciadosEnunciados
Enunciados
 
Tabela
TabelaTabela
Tabela
 
Plano De AcçãO
Plano De AcçãOPlano De AcçãO
Plano De AcçãO
 
Plano De AcçãO
Plano De AcçãOPlano De AcçãO
Plano De AcçãO
 
Tabela Av Externa Modelo Auto Av. Be
Tabela Av Externa Modelo Auto Av. BeTabela Av Externa Modelo Auto Av. Be
Tabela Av Externa Modelo Auto Av. Be
 
Tabela DomíNio D.1
Tabela   DomíNio D.1Tabela   DomíNio D.1
Tabela DomíNio D.1
 
Tabela Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte Ii
Tabela   Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte IiTabela   Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte Ii
Tabela Metodologias De OperacionalizaçãO, Parte Ii
 
Tabela DomíNio D Modelo De Auto
Tabela   DomíNio D    Modelo De AutoTabela   DomíNio D    Modelo De Auto
Tabela DomíNio D Modelo De Auto
 
Tabela Domínio D Modelo De Auto
Tabela    Domínio  D     Modelo De  AutoTabela    Domínio  D     Modelo De  Auto
Tabela Domínio D Modelo De Auto
 
Tabela DomíNio D Modelo De Auto
Tabela   DomíNio D    Modelo De AutoTabela   DomíNio D    Modelo De Auto
Tabela DomíNio D Modelo De Auto
 
Guia Out2009
Guia Out2009Guia Out2009
Guia Out2009
 
Sintese T3 Sessao 4
Sintese T3 Sessao 4Sintese T3 Sessao 4
Sintese T3 Sessao 4
 
Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09
Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09
Texto Metodologias Parte1 Nov 16 11 09
 
Metodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO IMetodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO I
 
Metodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO IMetodologias De OperacionalizaçãO I
Metodologias De OperacionalizaçãO I
 

Sintese Sessao 2

  • 1. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares Síntese da Sessão 2 Foram objectivos desta sessão: • Definir e entender o conceito de biblioteca escolar no contexto da mudança. • Perspectivar práticas adequadas a estes novos contextos. • Entender o valor e o papel da avaliação na gestão da mudança. As tarefas propostas consistiram: Numa primeira fase, com base no fornecimento de uma tabela matriz e partindo da leitura dos textos obrigatórios e dos conhecimentos prévios dos formandos enquanto PROFESSORES BIBLIOTECÁRIOS, foi-lhes solicitado que perspectivassem a situação actual da sua biblioteca escolar identificando pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças e desafios principais de acordo com um conjunto de áreas dadas. Na fase final da sessão, foi solicitado a cada formando que seleccionasse o contributo de um dos colegas e fizesse um comentário fundamentado à análise por ele efectuada. Realização das tarefas: Em relação à realização das tarefas, participaram na unidade e elaboraram a sua tabela matriz 31 formandos desta acção, exceptuando a Conceição Pimenta, o Luís Filipe Sousa, a Marisa Banza, o Virgílio Fernandes e Ana Paula Souto que tiveram algumas dificuldades na gestão do tempo, e cuja participação extemporânea será objecto de penalização. Apenas 21 formandos fizeram, independentemente da sua heterogeneidade, algum tipo de comentário ao trabalho de um colega. A realização desta tarefa apontava para o exercício de uma análise SWOT à biblioteca da sua escola e verificámos que houve um número elevado de formandos que ainda demonstrou alguma dificuldade na aplicação destes conceitos. Parece-nos assim importante começar por algum enquadramento deste instrumento da gestão, que se revela essencial no diagnóstico da situação actual da BE, para poder perspectivar um Plano de Acção (de Desenvolvimento ou Estratégico) para os próximos 4 anos.
  • 2. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares Gerir é, segundo a definição mais corrente, a arte de conduzir uma organização ou serviço com vista ao cumprimento da sua missão e à prossecução dos seus objectivos. Por isso, organizar e gerir os serviços de biblioteca exige do professor bibliotecário práticas capazes de fazer a diferença e influenciar o sucesso da BE. É necessário estabelecer prioridades, delinear estratégias, planear, executar programas e políticas e, ainda organizar recursos humanos e materiais. Contudo, para que o planeamento seja o mais eficaz possível é necessário, em primeiro lugar, fazer o diagnóstico. Não devemos basear o diagnóstico em impressões ou sensações, mas sim em ferramentas de gestão. A análise de diferentes situações obriga-nos a recorrer a instrumentos diferenciados, a análise SWOT é um desses instrumentos que se aplica em momentos de (re)definição das estratégias organizacionais. SWOT é um termo inglês construído com as iniciais de “Strenghts” (Forças), “Weakeness” (Fraquezas), “Opportunities” (Oportunidades) e Threats “Ameaças”. A clarificação dos conceitos é essencial para um bom entendimento desta ferramenta e sucesso na sua aplicação. Factores Internos Aspectos Negativos Aspectos Positivos Pontos Pont fortes os fracos Oportuni Ame dades aças Factores externos • as Forças (Strenghts) são os pontos positivos que caracterizam uma organização e que lhe permitem desenvolver a sua actividade com sucesso; • as Fraquezas (Weakeness) são os pontos que necessitam de melhoria associados ao funcionamento interno da organização, que interessa eliminar ou reduzir; • as Oportunidades (Opportunities) são os aspectos exteriores à organização, sobre os quais ela não tem influência directa, mas que se traduzem em factores positivos que interessa aproveitar e potencializar em favor do sucesso da organização; • as Ameaças (Threats ) são os factores negativos externos à organização, os quais interessa conhecer para prevenir, anular ou mesmo contrariar, convertendo-os em oportunidades, sempre que possível.
  • 3. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares A análise SWOT integra-se numa prática do planeamento estratégico, essencial à boa gestão da biblioteca escolar. Os professores bibliotecários devem agir como verdadeiros estrategas, gestores e líderes de modo a ir transformando as ameaças possíveis em oportunidades de desenvolvimento da biblioteca escolar e da promoção do sucesso das aprendizagens dos alunos. Síntese do preenchimento das Tabelas: Apesar de muitas vezes as referências serem inseridas em áreas e categorias diferentes, devido à pouca segurança na aplicação dos conceitos anteriormente abordados, os aspectos mais insistentemente assinalados foram: no que diz respeito aos aspectos críticos referenciados na literatura: • O tipo e nível de conhecimentos, competências e atitudes do coordenador da BE; • A integração da BE na escola e no desenvolvimento curricular através de um trabalho colaborativo com os docentes e órgãos de gestão pedagógica • O desenvolvimento de programas eficazes de promoção da leitura e de literacia de informação, em ligação com o currículo; • A assumpção da BE como um espaço formativo orientado para o sucesso educativo, a melhoria das aprendizagens e a construção do conhecimento; • A existência de condições de espaço/tempo para uma boa utilização da biblioteca; • A qualidade, quantidade, variedade e adequação e os sistemas de optimização e rentabilização dos recursos documentais, designadamente através do desenvolvimento de bibliotecas digitais e de um maior aproveitamento das potencialidades do trabalho em rede e da Web2.0 (muito pontualmente); • A recolha de evidências para aferição da eficácia e impactos da BE junto do público- alvo nos diferentes domínios da sua intervenção. No que diz respeito às “vossas” bibliotecas Foram sobretudo considerados os seguintes, entre outros: Pontos fortes Oportunidades • Existência de professores bibliotecário e • Representação da BE nos CPs; equipas da BE; • Oferta de formação;
  • 4. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares • Progressos verificados, em termos gerais, no • Disponibilidade de documentação de apoio apetrechamento das BEs; ao trabalho e avaliação das BE; • Actividades de promoção do livro e da • Apoios financeiros da RBE e do PNL; leitura; • Suporte das BM, SABEs, Coordenadores • Avanços no tratamento documental e locais e inter-concelhios, Grupos de Trabalho práticas de circulação e itinerância de fundos; Concelhios, etc.; • Maior inclusão nos PAs, reconhecimento e • Possibilidade de actualização do parque valorização do trabalho da BE no domínio das informático das BEs aproveitando Plano aprendizagens e da literacia de informação. Tecnológico para a Educação; • Desenvolvimento de novos serviços e produtos assentes nos novos ambientes digitais e tirando partido da motivação que estes meios geram junto dos jovens; • Existência de modelo de auto-avaliação para as BEs. Foram sobretudo considerados os seguintes, entre outros: Pontos fracos Ameaças • Deficiente gestão de tempo; • Resistência à mudança e inovação por • Falta de visibilidade do trabalho do parte dos docentes; professor-bibliotecário; • Instabilidade e fragilidade em número • Fraca divulgação e utilização de e horas das equipas; modelos e standards de literacia de • Falta de reconhecimento do trabalho informação; do professor-bibliotecário; • Deficit de formação, sobretudo nas o Ausência de uma áreas das literacias tecnológica, digital cultura colaborativa de articulação e dos media; entre a BE, os Departamentos e os • Políticas de gestão de colecções pouco docentes; consistentes; • Insuficiência de verbas para • Trabalho de organização e gestão actualização das colecções burocratizado por alguns professores •
  • 5. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares bibliotecários, não utilizando a planificação/avaliação e recolha de informação como instrumentos de melhoria contínua. Como principais desafios/acções a implementar foram apontadas, entre outras: • Melhorar condições de estabilidade e trabalho das equipas; • Maior investimento na formação do coordenador, das equipas, dos docentes e dos utilizadores, em geral; • Aumentar diálogo com os órgãos de gestão; • Melhoria da articulação curricular e do apoio dado aos utilizadores, designadamente no âmbito das ACNDs e da integração da literacia de informação nos programas da biblioteca escolar; • Aposta mais forte em novos ambientes virtuais de aprendizagem e recursos de informação digitais; • Desenvolvimento de políticas de gestão de colecções que definam uma verba anual para a biblioteca, esclareçam procedimentos e explorem o trabalho em rede e uma maior partilha de recursos; • Reforço do trabalho colaborativo com os outros parceiros (internos e externos); • Aprofundamento do trabalho em torno da recolha de evidências, aplicando o modelo de auto-avaliação, envolvendo mais os utilizadores na avaliação do desempenho dos serviços da biblioteca e no seu impacto nas aprendizagens dos alunos. Gestão da Mudança A biblioteca escolar, no actual contexto de mudança de paradigma educacional e tecnológico, terá que encontrar um caminho onde o seu valor seja (re)encontrado, como o centro da efectiva aprendizagem na escola. Para tal terá que dar a conhecer a todos os actores que integram a organização escola, assim como à comunidade que a envolve, que a sua utilização integrada na prática curricular dos docentes faz, de facto, a diferença nas
  • 6. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares aprendizagens dos alunos e no seu percurso enquanto cidadãos aprendentes ao longo da vida. Como principais factores de sucesso foram apontados, entre outros: • A existência de um professor-bibliotecário a tempo inteiro, com um claro perfil de liderança, que se assuma como motor da necessária mudança na escola, em colaboração com os órgãos de gestão da escola, coadjuvado por uma equipa que o auxilie no estabelecimento de “pontes” com os departamentos curriculares: • A institucionalização da BE através da sua “visibilidade” nos documentos estruturantes da escola /agrupamento e da presença do coordenador no órgão máximo de gestão pedagógica, o CP; • O apoio incondicional dos órgãos de gestão da escola; • Existência de políticas de Gestão Documental, de Literacia da Informação e de Promoção da Leitura para o agrupamento; • Práticas baseadas em recolha de evidências. Como principais obstáculos a vencer foram apontados, entre outros: • Poucas práticas de avaliação sistemática e continuada como parte de todo o processo, não como um trabalho acrescido que “impossibilita” a realização de outras actividades. • A pouca importância atribuída à BE como factor determinante na qualidade das aprendizagens realizadas pelos alunos e no desenvolvimento de competências para uma aprendizagem ao longo da vida. • Inexistência de práticas de trabalho colaborativo entre docentes, que se estende ao trabalho com o professor bibliotecário. • A ideia de que a documentação escrita não serve para nada, a não ser para dar trabalho.
  • 7. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares Como principais acções prioritárias foram apontadas, entre outros: • Promover o acesso a/proporcionar formação aos docentes sobre o papel da BE no desenvolvimento curricular e a importância de alterar “estilos e métodos” de ensino aprendizagem para os adequar às necessidades dos cidadãos do séc. XXI; • Integrar a BE na documentação de referência da escola/agrupamento, prevendo o assento do coordenador em CP; • Institucionalizar práticas de trabalho colaborativo, criando espaços/tempos comuns que possibilitem a planificação conjunta entre docentes e BE; • Promover o debate de ideias e conceitos que conduzam à formalização de políticas claras de promoção da leitura e de desenvolvimento das literacias que orientem as práticas de todos os docentes da escola/agrupamento e que sejam claras para a comunidade envolvente; • Aplicar o Modelo de Auto-Avaliação das BEs, envolvendo toda a escola no processo. Na realização do seu trabalho, nem sempre os formandos reflectiram as leituras realizadas, apesar de alguns citarem algumas frases ou expressões dos documentos. Também a maioria dos comentários parte da simples comparação entre as diversas realidades em análise, fazendo pouca referência aos factores apontados pela bibliografia indicada. Reforçando também esses documentos, sobre os processos de gestão da mudança, os desafios que se colocam à BE e as oportunidades que lhe compete aproveitar, finalizamos esta síntese, citando os aspectos chave que por que tem de passar esta mudança, segundo a CILIP: Abordagem tradicional: prática centrada Nova abordagem: prática centrada na na Gestão Aprendizagem • Instalações • Criação de um efectivo ambiente • Recursos humanos de aprendizagem • Recursos documentais • Literacia da Informação • Recursos TIC • Promoção da leitura • Orçamento • Ênfase na aprendizagem
  • 8. Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares • Políticas e Planeamento • TIC como ferramenta de ensino e aprendizagem • Inclusão • Colaboração • Gestão Felicitamos o conjunto da turma pelo trabalho desenvolvido e desejamos a todos a continuação de um bom trabalho! As formadoras Margarida e Júlia