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                                    PESQUISA DE JUROS
    Após várias reduções as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas em
    junho/2012.

    Estas elevações podem ser atribuídas à piora no cenário econômico por conta da crise na Europa
    e a expectativa de menor crescimento econômico no Brasil bem como ao aumento nos índices de
    inadimplência.

 Pessoa Física

 Das seis linhas de crédito pesquisadas, uma apresentou estabilidade (cartão de crédito rotativo),
 duas foram reduzidas (cheque especial e CDC-Bancos Financiamento de automóveis) sendo que as
 demais foram elevadas.

 A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,02 ponto percentual
 no mês (0,46 ponto percentual no ano) correspondente a uma elevação de 0,32% no mês (0,44% em
 doze meses) passando a mesma de 6,18% ao mês (105,36% ao ano) em maio/2012 para 6,20% ao
 mês (105,82% ao ano) em junho/2012 sendo esta a maior taxa de juros desde abril/2012.

 Pessoa Jurídica

 Das três linhas de crédito pesquisadas todas foram elevadas no mês.

 A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,05 ponto percentual
 no mês (0,88 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma elevação de 1,41% no mês
 (1,70% em doze meses) passando a mesma de 3,54% ao mês (51,81% ao ano) em maio/2012 para
 3,59% ao mês (52,69% ao ano) em junho/2012 sendo esta a maior taxa de juros desde
 abril/2012.

 Taxa de juros x Selic

 Considerando todas as reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central
 desde dezembro/2011, tivemos neste período (dezembro/2011 a junho/2012) uma redução da Selic
 de 2,50 pontos percentuais (redução de 22,73%) de 11,00% ao ano em dezembro/2011 para 8,50%
 ao ano em junho/2012.

 Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 9,02 pontos
 percentuais (redução de 7,85%) de 114,84% ao ano em dezembro/2011 para 105,82% ao ano em
 junho/2012.

 Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 5,03 pontos percentuais
 (redução de 8,71%) de 57,72% ao ano em dezembro/2011 para 52,69% ao ano em junho/2012.


                         PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MESES

 A nossa expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos
 meses por conta das prováveis reduções da taxa básica de juros (Selic) conforme
 sinalizações do Banco Central, pela maior competição no sistema financeiro após os
 bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros, bem como com a
 expectativa de redução dos índices de inadimplência no segundo semestre.
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                           TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA

LINHA DE CRÉDITO          MAIO/2012           JUNHO/2012        VARIAÇÃO      VARIAÇÃO
                      TAXA MÊS TAXA ANO TAXA MÊS TAXA ANO          %           PONTOS
                                                                             PERCENTUAIS
Juros comércio           4,72%     73,92%   4,75%     74,52%     0,64%           0,03
Cartão de crédito        10,69%   238,30%   10,69%    238,30%     0%                0
Cheque especial          8,24%    158,61%   8,22%     158,04%    -0,24%         -0,02
CDC – bancos-            1,85%     24,60%   1,84%     24,46%     -0,54%         -0,01
financiamento de
automóveis
Empréstimo               3,59%     52,69%   3,63%     53,40%     1,11%           0,04
pessoal-bancos
Empréstimo               7,98%    151,26%   8,04%     152,94%    0,75%           0,06
pessoal-financeiras

TAXA MÉDIA               6,18%    105,36%   6,20%    105,82%     0,32%          0,02



     Juros do Comércio

     Houve uma elevação de 0,64%, passando a taxa de 4,72% ao mês (73,92% ao ano) em
     maio/2012, para 4,75% ao mês (74,52% ao ano) em junho/2012.

      A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (4,77% ao mês – 74,92% ao ano).

     Cartão de crédito

     A taxa média se manteve inalterada em 10,69% ao mês (238,30% ao ano).

     A taxa deste mês é a maior desde junho/2000 (10,70% ao mês – 238,67% ao ano).

     Cheque Especial

     Houve uma redução de 0,24%, passando a taxa de 8,24% ao mês (158,61% ao ano) em
     maio/2012, para 8,22% ao mês (158,04% ao ano) em junho/2012.

      A taxa deste mês é a menor desde outubro/2011 (8,21% ao mês – 157,76% ao ano).

     CDC – Bancos Financiamento de automóveis

     Houve uma redução de 0,54%, passando a taxa de 1,85% ao mês (24,60% ao ano) em
     maio/2012, para 1,84% ao mês (24,46% ao ano) em junho/2012.

     A taxa deste mês é a menor da série histórica (1995).
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 Empréstimo Pessoal Bancos

 Houve uma elevação de 1,11%, passando a taxa de juros de 3,59% ao mês (52,69% ao
 ano) em maio/2012, para 3,63% ao mês (53,40% ao ano) em junho/2012.

 A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (3,69% ao mês – 54,47% ao ano).

  Empréstimo Pessoal Financeiras

 Houve uma elevação de 0,75% na taxa de juros média, passando a taxa de 7,98% ao mês
 (151,26% ao ano) em maio/2012, para 8,04% ao mês (152,94% ao ano) em junho/2012.

 A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (8,14% ao mês – 155,76% ao ano).

 Taxa Média Pessoa Física

 Houve uma elevação de 0,32% ao mês, passando a taxa de juros de 6,18% ao mês
 (105,36% ao ano) em maio/2012, para 6,20% ao mês (105,82% ao ano) em junho/2012.

 A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (6,25% ao mês – 106,99% ao ano).


 Crediário de Loja

 Dos doze tipos de lojas pesquisadas, onze elevaram suas taxas de juros no mês.
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                        TAXA DE JUROS PARA PESSOA JURÍDICA

LINHA DE CRÉDITO        MAIO/2012             JUNHO/2012       VARIAÇÃO      VAR.PONTOS
                   TAXA MÊS TAXA ANO TAXA MÊS TAXA ANO             %       PERCENTUAIS AO
                                                                                MÊS
Capital de Giro        2,01%      26,97%    2,04%    27,42%      1,49%          0,03
Desconto de            2,58%      35,75%    2,64%    36,71%      2,33%              0,06
Duplicatas
Conta garantida        6,02%      101,68%   6,10%    103,51%     1,33%              0,08


Taxa Média             3,54%      51,81%    3,59%    52,69%      1,41%              0,05


     Capital de Giro

     Houve uma elevação de 1,49%, passando a taxa de 2,01% ao mês (26,97% ao ano) em
     maio/2012, para 2,04% ao mês (27,42% ao ano) em junho/2012.

     A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (2,16% ao mês – 29,23% ao ano).

     Desconto de Duplicata

     Houve uma elevação de 2,33%, passando a taxa de 2,58% ao mês (35,75% ao ano) em
     maio/2012, para 2,64% ao mês (36,71% ao ano) em junho/2012.

      A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (2,68% ao mês – 37,35% ao ano).


     Conta Garantida

     Houve uma elevação de 1,33%, passando a taxa de 6,02% ao mês (101,68% ao ano) em
     maio/2012, para 6,10% ao mês ( 103,51% ao ano) em junho/2012.

     A taxa deste mês é a maior desde fevereiro/2012 (6,11% ao mês – 103,74% ao ano).


     Taxa Média Pessoa Jurídica

     Houve uma elevação de 1,41% na taxa de juros média, passando a taxa de 3,54% ao mês
     (51,81% ao ano) em maio/2012, para 3,59% ao mês (52,69% ao ano) em junho/2012.

     A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (3,63% ao mês- 53,40% ao ano).
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   TAXAS MÉDIAS DE JUROS DO CREDIÁRIO POR ESTADO




   ESTADOS          mai/12                jun/12                    Var.pontos
                 Taxa Mês Taxa Ano    Taxa Mês Taxa Ano    Variação Percentuais
                                                              %     ao mês
São Paulo           4,31%    65,92%      4,34%    66,50%     0,70%          0,03
Rio Gde do Sul      4,97%    78,97%      5,00%    79,59%     0,60%          0,03
Rio de Janeiro      4,83%    76,13%      4,86%    76,73%     0,62%          0,03
Minas Gerais        4,78%    75,12%      4,82%    75,93%     0,84%          0,04
Paraná              4,78%    75,12%      4,81%    75,72%     0,63%          0,03
Santa Catarina      4,67%    72,93%      4,70%    73,52%     0,64%          0,03
Brasilia            4,71%    73,72%      4,74%    74,32%     0,64%          0,03

Média Nacional      4,72%    73,92%      4,75%    74,52%     0,64%          0,03
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     COMPORTAMENTO DAS TAXAS DE JUROS DO CREDIÁRIO POR SETOR




 SETORES        mai/12                  jun/12               Variação %   Var.pontos

                                                                          percentuais

                Taxa Mês   Taxa Ano    Taxa Mês   Taxa Ano                  ao mês
Gdes.Redes       2,65%      36,87%      2,69%      37,51%      1,51%          0,04
Med.Redes        4,84%      76,33%      4,87%      76,94%      0,62%          0,03
Peq.Redes        5,57%      91,64%      5,61%      92,51%      0,72%          0,04
Emp.Turismo      3,30%      47,64%      3,35%      48,50%      1,52%          0,05
Art.do Lar       6,46%     111,95%      6,49%     112,67%      0,46%          0,03
Ele.Eletron.     4,50%      69,59%      4,54%      70,37%      0,89%          0,04
Importados       5,51%      90,34%      5,54%      90,99%      0,54%          0,03
Veiculos         1,85%      24,60%      1,84%      24,46%      -0,54%        -0,01
Art.Ginástica    7,04%     126,23%      7,07%     126,99%      0,43%          0,03
Informática      4,24%      64,59%      4,28%      65,35%      0,94%          0,04
Celulares        3,95%      59,18%      3,98%      59,73%      0,76%          0,03
Decoração        6,75%     118,99%      6,78%     119,72%      0,44%          0,03


Média Geral     4,72%      73,92%       4,75%     74,52%       0,64%         0,03
ANEFAC                                  IMA Institute of Management Accountants   7


                 ALTERAÇÕES NOS PRAZOS MÉDIOS DE FINANCIAMENTO

Prazos de Financiamento                     Veículos     Outros Financiamentos

Antes da mudança cambial (janeiro/99)
                        Máximo               36 meses           24 meses
                        Média                24 meses           18 meses
Após mudança cambial (até janeiro/99)
                        Máximo               24 meses           18 meses
                        Média                18 meses            8 meses
Junho/2000               Máximo              49 meses           48 meses
                        Média                26 meses           14 meses
Junho/2001             Máximo                48 meses           36 meses
                        Média                22 meses            9 meses
Junho/2002              Máxima               50 meses           24 meses
                        Média                24 meses         10 meses
Junho/2003             Máxima                48 meses           24 meses
                       Média                 24 meses            8 meses
Junho/2004             Máxima                48 meses           24 meses
                       Média                 24 meses           12 meses
Junho/2005             Máxima                60 meses           24 meses
                       Média                 24 meses           14 meses
Junho/2006            Máxima                 72 meses           36 meses
                      Média                  28 meses           16 meses
Junho/2007             Máxima                72 meses           36 meses
                       Média                 34 meses           18 meses
Junho/2008            Máxima                 72 meses           36 meses
                      Média                  42 meses           18 meses
Junho/2009            Máxima                 80 meses           36 meses
                      Média                  37 meses           16 meses
Junho/2010            Máxima                 80 meses           36 meses
                      Média                  44 meses           16 meses
Junho/2011            Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
Janeiro/2012          Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
Fevereiro/2012        Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
Março/2012            Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
Abril/2012            Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
Maio/2012             Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
Junho/2012            Máxima                 60 meses           24 meses
                      Média                  40 meses           12 meses
ANEFAC                                IMA Institute of Management Accountants               8


                 TAXAS DE JUROS DEZEMBRO/2011 X JUNHO/2012


                                      Pessoa Física

                          Dezembro/2011                  Junho/2012
TIPO DE                        Taxa Mês   Taxa Ano       Taxa Mês     Taxa Ano    Queda em
FINANCIAMENTO                                                                      pontos
                                                                                 percentuais
Comércio                     5,36%         87,12%       4,75%          74,52%       -12,60
Cartão de Crédito            10,69%       238,30%       10,69%        238,30%          0
Cheque Especial              8,36%        162,08%       8,22%         158,04%        -4,04
CDC Bancos                   2,18%         29,54%       1,84%          24,46%        -5,08
Emp. Pessoal-Bancos          4,21%         64,03%       3,63%          53,40%       -10,63
Emp.Pessoal Financeiras      8,66%        170,92%       8,04%         152,94%       -17,98

TAXA MÉDIA                   6,58%        114,84%       6,20%         105,36%       -9,02



    Ressaltamos que o período de dezembro/2011 a junho/2012 o Banco Central reduziu a
    taxa básica de juros Selic em 2,50 pontos percentuais (redução de 22,73%) de 11,00% ao
    ano em dezembro/2011 para 8,50% ao ano em junho/2012. Neste período a taxa de juros
    média para pessoa física apresentou uma redução de 9,02 pontos percentuais (redução
    7,85%) de 114,84% ao ano em dezembro/2011 para 105,82% ao ano em junho/2012.



                                      Pessoa Jurídica

                          Dezembro/2011                  Junho/2012
TIPO DE                        Taxa Mês   Taxa Ano       Taxa Mês     Taxa Ano    Queda em
FINANCIAMENTO                                                                      pontos
                                                                                 percentuais
Capital de giro              2,52%         34,80%       2,04%          27,42%       -7,38
Desc. De duplicatas          2,96%         41,91%       2,64%          36,71%       -5,20
Conta garantida              6,14%        104,43%       6,10%         103,51%       -0,92

TAXA MÉDIA                   3,87%        57,72%        3,59%         52,69%        -5,03



    Ressaltamos que o período de dezembro/2011 a junho/2012 o Banco Central reduziu a
    taxa básica de juros Selic em 2,50 pontos percentuais (redução de 22,73%) de 11,00% ao
    ano em dezembro/2011 para 8,50% ao ano em junho/2012. Neste período a taxa média de
    juros para pessoa jurídica apresentou uma redução de 5,03 pontos percentuais (redução
    de 8,71%) de 57,72% ao ano em dezembro/2011 para 52,69% ao ano em junho/2012.
ANEFAC                                 IMA Institute of Management Accountants                  9


Informações e Recomendações ao Consumidor

O sistema financeiro vêm expandindo cada vez mais o crédito às empresas e às pessoas
físicas, contribuindo assim com o desenvolvimento econômico do Brasil.

Este crescimento do volume de crédito tenderá a se acentuar nos próximos meses/anos em
virtude do crescimento econômico.

Com crédito os mercados se desenvolvem, as empresas investem, ampliam suas vendas,
geram empregos e as pessoas antecipam a realização de seus sonhos.

Assim com o crescimento do crédito é preciso que você saiba como usar o mesmo para
melhorar a sua vida sem gerar problemas, motivo pelo qual listamos abaixo algumas
informações e recomendações:

Primeiramente organize a sua vida financeira elaborando um orçamento doméstico como forma
de definir quais são as suas reais necessidades e planejar todos os seus gastos considerando
sempre a sua renda disponível e não a renda disponível mais crédito, ou seja os seus gastos
têm que caber dentro de seu salário.

Preferencialmente gaste menos do que tem de renda como forma de fazer uma reserva
financeira para fazer frente a eventuais gastos extras não previstos ou até para planejar a
compra de algum bem no futuro.

Lembre-se que toda a vez que você gasta mais do que ganha ou ficará inadimplente e com
isso sujeita a todas conseqüências de ter o nome negativado, não tendo aceso a qualquer tipo
de crédito ou terá que recorrer a empréstimos e assumir o pagamento de juros.

As taxas de juros se encontram em patamares elevados no país, seja pelo baixo volume de
crédito disponível que representa hoje 50,1% do PIB quando a média internacional passa de
100%, seja pelos custos que incidam sobre as taxas.

Como referência vale registrar que quando o consumidor faz um empréstimo esta taxa é
composta de:

Custo de captação do banco (Quanto o banco paga pelo dinheiro que paga a seus
aplicadores ou custo de oportunidade). A referência é a taxa Selic;

Cunha fiscal – Compreende os impostos da intermediação financeira mais os compulsórios
(dinheiro dos depósitos que os bancos deixam no Banco Central sem poderem emprestar);

Despesas administrativas – Custos dos processos do banco (funcionários, agências);

Risco – Custo da inadimplência dos empréstimos (parte dos empréstimos não são pagos ou
demoram para serem recebidos o que embute um risco à instituição);

Margem líquida da instituição – lucro do banco ou depois de todos os itens acima quanto
efetivamente sobra para a instituição financeira.

Destacamos que as taxas de juros são livres e as mesmas são estipuladas pela própria
instituição financeira não existindo assim qualquer controle de preços ou tetos pelos valores
cobrados.
ANEFAC                                 IMA Institute of Management Accountants                  10


A única obrigatoriedade que a instituição financeira tem é informar ao cliente quais as taxas
que lhe serão cobradas caso recorra a qualquer tipo de crédito.

Tendo em vista existirem expressivas variações entre as taxas de juros nas diversas
instituições financeiras recomendamos:

   •   Quando da contratação de um financiamento pesquise sempre a taxa de juros e demais
       acréscimos;

   •   Evite comprometer demasiadamente seu orçamento com dívidas;

   •   Evite empréstimos de longo prazo que embutem custos maiores;

   •   Evite entrar no rotativo do cartão de crédito e do cheque especial que possuem as
       maiores taxas de juros;

   •   O cheque especial não é renda e deve ser utilizado por um período curto e emergencial.
       Se tiver necessidade de usar este limite por um período maior procure a sua instituição
       financeira e faça um empréstimo pessoal (que tem custos menores) para liquidar o
       cheque especial;

   •   Existem linhas de crédito mais baratas como o micro crédito que tem taxa de 2,00% ao
       mês, penhor de jóias da Caixa Econômica Federal e do crédito consignado com
       desconto em folha. Assim caso necessite de crédito veja a possibilidade destes
       empréstimos mais baratos;

   •   Salientamos que a linha de crédito consignado com desconto em folha de
       pagamento/benefício do INSS já atinge hoje mais de R$ 172 bilhões correspondente a
       58,7% do total do crédito pessoal.

   •   Necessitando de crédito para pagar uma dívida e não tendo condições de faze-lo não
       deixe suas dívidas crescerem mais por conta dos juros de mora e multas. Procure o
       credor de sua dívida e proponha uma renegociação do prazo e das taxas de juros em
       uma condição que consiga cumprir;

   •   Se possível adie suas compras para juntar o dinheiro e comprar o mesmo à vista
       evitando os juros. Entretanto caso não seja possível pesquise muito, barganhe e
       compre nos menores prazos possíveis (quanto menor o prazo menor a incidência de
       juros).

   •   Resumindo, use o crédito com moderação e conscientemente;

   •   Como diz a campanha de uma grande instituição financeira privada de uso consciente
       do crédito “ O crédito foi feito para você realizar seus sonhos, não para tirar seu sono”.

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Anefac - resumo e recomendações ao consumidor

  • 1. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1 PESQUISA DE JUROS Após várias reduções as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas em junho/2012. Estas elevações podem ser atribuídas à piora no cenário econômico por conta da crise na Europa e a expectativa de menor crescimento econômico no Brasil bem como ao aumento nos índices de inadimplência. Pessoa Física Das seis linhas de crédito pesquisadas, uma apresentou estabilidade (cartão de crédito rotativo), duas foram reduzidas (cheque especial e CDC-Bancos Financiamento de automóveis) sendo que as demais foram elevadas. A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,02 ponto percentual no mês (0,46 ponto percentual no ano) correspondente a uma elevação de 0,32% no mês (0,44% em doze meses) passando a mesma de 6,18% ao mês (105,36% ao ano) em maio/2012 para 6,20% ao mês (105,82% ao ano) em junho/2012 sendo esta a maior taxa de juros desde abril/2012. Pessoa Jurídica Das três linhas de crédito pesquisadas todas foram elevadas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,05 ponto percentual no mês (0,88 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma elevação de 1,41% no mês (1,70% em doze meses) passando a mesma de 3,54% ao mês (51,81% ao ano) em maio/2012 para 3,59% ao mês (52,69% ao ano) em junho/2012 sendo esta a maior taxa de juros desde abril/2012. Taxa de juros x Selic Considerando todas as reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde dezembro/2011, tivemos neste período (dezembro/2011 a junho/2012) uma redução da Selic de 2,50 pontos percentuais (redução de 22,73%) de 11,00% ao ano em dezembro/2011 para 8,50% ao ano em junho/2012. Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 9,02 pontos percentuais (redução de 7,85%) de 114,84% ao ano em dezembro/2011 para 105,82% ao ano em junho/2012. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 5,03 pontos percentuais (redução de 8,71%) de 57,72% ao ano em dezembro/2011 para 52,69% ao ano em junho/2012. PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MESES A nossa expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses por conta das prováveis reduções da taxa básica de juros (Selic) conforme sinalizações do Banco Central, pela maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros, bem como com a expectativa de redução dos índices de inadimplência no segundo semestre.
  • 2. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 2 TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA LINHA DE CRÉDITO MAIO/2012 JUNHO/2012 VARIAÇÃO VARIAÇÃO TAXA MÊS TAXA ANO TAXA MÊS TAXA ANO % PONTOS PERCENTUAIS Juros comércio 4,72% 73,92% 4,75% 74,52% 0,64% 0,03 Cartão de crédito 10,69% 238,30% 10,69% 238,30% 0% 0 Cheque especial 8,24% 158,61% 8,22% 158,04% -0,24% -0,02 CDC – bancos- 1,85% 24,60% 1,84% 24,46% -0,54% -0,01 financiamento de automóveis Empréstimo 3,59% 52,69% 3,63% 53,40% 1,11% 0,04 pessoal-bancos Empréstimo 7,98% 151,26% 8,04% 152,94% 0,75% 0,06 pessoal-financeiras TAXA MÉDIA 6,18% 105,36% 6,20% 105,82% 0,32% 0,02 Juros do Comércio Houve uma elevação de 0,64%, passando a taxa de 4,72% ao mês (73,92% ao ano) em maio/2012, para 4,75% ao mês (74,52% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (4,77% ao mês – 74,92% ao ano). Cartão de crédito A taxa média se manteve inalterada em 10,69% ao mês (238,30% ao ano). A taxa deste mês é a maior desde junho/2000 (10,70% ao mês – 238,67% ao ano). Cheque Especial Houve uma redução de 0,24%, passando a taxa de 8,24% ao mês (158,61% ao ano) em maio/2012, para 8,22% ao mês (158,04% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a menor desde outubro/2011 (8,21% ao mês – 157,76% ao ano). CDC – Bancos Financiamento de automóveis Houve uma redução de 0,54%, passando a taxa de 1,85% ao mês (24,60% ao ano) em maio/2012, para 1,84% ao mês (24,46% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a menor da série histórica (1995).
  • 3. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 3 Empréstimo Pessoal Bancos Houve uma elevação de 1,11%, passando a taxa de juros de 3,59% ao mês (52,69% ao ano) em maio/2012, para 3,63% ao mês (53,40% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (3,69% ao mês – 54,47% ao ano). Empréstimo Pessoal Financeiras Houve uma elevação de 0,75% na taxa de juros média, passando a taxa de 7,98% ao mês (151,26% ao ano) em maio/2012, para 8,04% ao mês (152,94% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (8,14% ao mês – 155,76% ao ano). Taxa Média Pessoa Física Houve uma elevação de 0,32% ao mês, passando a taxa de juros de 6,18% ao mês (105,36% ao ano) em maio/2012, para 6,20% ao mês (105,82% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (6,25% ao mês – 106,99% ao ano). Crediário de Loja Dos doze tipos de lojas pesquisadas, onze elevaram suas taxas de juros no mês.
  • 4. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 4 TAXA DE JUROS PARA PESSOA JURÍDICA LINHA DE CRÉDITO MAIO/2012 JUNHO/2012 VARIAÇÃO VAR.PONTOS TAXA MÊS TAXA ANO TAXA MÊS TAXA ANO % PERCENTUAIS AO MÊS Capital de Giro 2,01% 26,97% 2,04% 27,42% 1,49% 0,03 Desconto de 2,58% 35,75% 2,64% 36,71% 2,33% 0,06 Duplicatas Conta garantida 6,02% 101,68% 6,10% 103,51% 1,33% 0,08 Taxa Média 3,54% 51,81% 3,59% 52,69% 1,41% 0,05 Capital de Giro Houve uma elevação de 1,49%, passando a taxa de 2,01% ao mês (26,97% ao ano) em maio/2012, para 2,04% ao mês (27,42% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (2,16% ao mês – 29,23% ao ano). Desconto de Duplicata Houve uma elevação de 2,33%, passando a taxa de 2,58% ao mês (35,75% ao ano) em maio/2012, para 2,64% ao mês (36,71% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (2,68% ao mês – 37,35% ao ano). Conta Garantida Houve uma elevação de 1,33%, passando a taxa de 6,02% ao mês (101,68% ao ano) em maio/2012, para 6,10% ao mês ( 103,51% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde fevereiro/2012 (6,11% ao mês – 103,74% ao ano). Taxa Média Pessoa Jurídica Houve uma elevação de 1,41% na taxa de juros média, passando a taxa de 3,54% ao mês (51,81% ao ano) em maio/2012, para 3,59% ao mês (52,69% ao ano) em junho/2012. A taxa deste mês é a maior desde abril/2012 (3,63% ao mês- 53,40% ao ano).
  • 5. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 5 TAXAS MÉDIAS DE JUROS DO CREDIÁRIO POR ESTADO ESTADOS mai/12 jun/12 Var.pontos Taxa Mês Taxa Ano Taxa Mês Taxa Ano Variação Percentuais % ao mês São Paulo 4,31% 65,92% 4,34% 66,50% 0,70% 0,03 Rio Gde do Sul 4,97% 78,97% 5,00% 79,59% 0,60% 0,03 Rio de Janeiro 4,83% 76,13% 4,86% 76,73% 0,62% 0,03 Minas Gerais 4,78% 75,12% 4,82% 75,93% 0,84% 0,04 Paraná 4,78% 75,12% 4,81% 75,72% 0,63% 0,03 Santa Catarina 4,67% 72,93% 4,70% 73,52% 0,64% 0,03 Brasilia 4,71% 73,72% 4,74% 74,32% 0,64% 0,03 Média Nacional 4,72% 73,92% 4,75% 74,52% 0,64% 0,03
  • 6. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 6 COMPORTAMENTO DAS TAXAS DE JUROS DO CREDIÁRIO POR SETOR SETORES mai/12 jun/12 Variação % Var.pontos percentuais Taxa Mês Taxa Ano Taxa Mês Taxa Ano ao mês Gdes.Redes 2,65% 36,87% 2,69% 37,51% 1,51% 0,04 Med.Redes 4,84% 76,33% 4,87% 76,94% 0,62% 0,03 Peq.Redes 5,57% 91,64% 5,61% 92,51% 0,72% 0,04 Emp.Turismo 3,30% 47,64% 3,35% 48,50% 1,52% 0,05 Art.do Lar 6,46% 111,95% 6,49% 112,67% 0,46% 0,03 Ele.Eletron. 4,50% 69,59% 4,54% 70,37% 0,89% 0,04 Importados 5,51% 90,34% 5,54% 90,99% 0,54% 0,03 Veiculos 1,85% 24,60% 1,84% 24,46% -0,54% -0,01 Art.Ginástica 7,04% 126,23% 7,07% 126,99% 0,43% 0,03 Informática 4,24% 64,59% 4,28% 65,35% 0,94% 0,04 Celulares 3,95% 59,18% 3,98% 59,73% 0,76% 0,03 Decoração 6,75% 118,99% 6,78% 119,72% 0,44% 0,03 Média Geral 4,72% 73,92% 4,75% 74,52% 0,64% 0,03
  • 7. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 7 ALTERAÇÕES NOS PRAZOS MÉDIOS DE FINANCIAMENTO Prazos de Financiamento Veículos Outros Financiamentos Antes da mudança cambial (janeiro/99) Máximo 36 meses 24 meses Média 24 meses 18 meses Após mudança cambial (até janeiro/99) Máximo 24 meses 18 meses Média 18 meses 8 meses Junho/2000 Máximo 49 meses 48 meses Média 26 meses 14 meses Junho/2001 Máximo 48 meses 36 meses Média 22 meses 9 meses Junho/2002 Máxima 50 meses 24 meses Média 24 meses 10 meses Junho/2003 Máxima 48 meses 24 meses Média 24 meses 8 meses Junho/2004 Máxima 48 meses 24 meses Média 24 meses 12 meses Junho/2005 Máxima 60 meses 24 meses Média 24 meses 14 meses Junho/2006 Máxima 72 meses 36 meses Média 28 meses 16 meses Junho/2007 Máxima 72 meses 36 meses Média 34 meses 18 meses Junho/2008 Máxima 72 meses 36 meses Média 42 meses 18 meses Junho/2009 Máxima 80 meses 36 meses Média 37 meses 16 meses Junho/2010 Máxima 80 meses 36 meses Média 44 meses 16 meses Junho/2011 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses Janeiro/2012 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses Fevereiro/2012 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses Março/2012 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses Abril/2012 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses Maio/2012 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses Junho/2012 Máxima 60 meses 24 meses Média 40 meses 12 meses
  • 8. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 8 TAXAS DE JUROS DEZEMBRO/2011 X JUNHO/2012 Pessoa Física Dezembro/2011 Junho/2012 TIPO DE Taxa Mês Taxa Ano Taxa Mês Taxa Ano Queda em FINANCIAMENTO pontos percentuais Comércio 5,36% 87,12% 4,75% 74,52% -12,60 Cartão de Crédito 10,69% 238,30% 10,69% 238,30% 0 Cheque Especial 8,36% 162,08% 8,22% 158,04% -4,04 CDC Bancos 2,18% 29,54% 1,84% 24,46% -5,08 Emp. Pessoal-Bancos 4,21% 64,03% 3,63% 53,40% -10,63 Emp.Pessoal Financeiras 8,66% 170,92% 8,04% 152,94% -17,98 TAXA MÉDIA 6,58% 114,84% 6,20% 105,36% -9,02 Ressaltamos que o período de dezembro/2011 a junho/2012 o Banco Central reduziu a taxa básica de juros Selic em 2,50 pontos percentuais (redução de 22,73%) de 11,00% ao ano em dezembro/2011 para 8,50% ao ano em junho/2012. Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 9,02 pontos percentuais (redução 7,85%) de 114,84% ao ano em dezembro/2011 para 105,82% ao ano em junho/2012. Pessoa Jurídica Dezembro/2011 Junho/2012 TIPO DE Taxa Mês Taxa Ano Taxa Mês Taxa Ano Queda em FINANCIAMENTO pontos percentuais Capital de giro 2,52% 34,80% 2,04% 27,42% -7,38 Desc. De duplicatas 2,96% 41,91% 2,64% 36,71% -5,20 Conta garantida 6,14% 104,43% 6,10% 103,51% -0,92 TAXA MÉDIA 3,87% 57,72% 3,59% 52,69% -5,03 Ressaltamos que o período de dezembro/2011 a junho/2012 o Banco Central reduziu a taxa básica de juros Selic em 2,50 pontos percentuais (redução de 22,73%) de 11,00% ao ano em dezembro/2011 para 8,50% ao ano em junho/2012. Neste período a taxa média de juros para pessoa jurídica apresentou uma redução de 5,03 pontos percentuais (redução de 8,71%) de 57,72% ao ano em dezembro/2011 para 52,69% ao ano em junho/2012.
  • 9. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 9 Informações e Recomendações ao Consumidor O sistema financeiro vêm expandindo cada vez mais o crédito às empresas e às pessoas físicas, contribuindo assim com o desenvolvimento econômico do Brasil. Este crescimento do volume de crédito tenderá a se acentuar nos próximos meses/anos em virtude do crescimento econômico. Com crédito os mercados se desenvolvem, as empresas investem, ampliam suas vendas, geram empregos e as pessoas antecipam a realização de seus sonhos. Assim com o crescimento do crédito é preciso que você saiba como usar o mesmo para melhorar a sua vida sem gerar problemas, motivo pelo qual listamos abaixo algumas informações e recomendações: Primeiramente organize a sua vida financeira elaborando um orçamento doméstico como forma de definir quais são as suas reais necessidades e planejar todos os seus gastos considerando sempre a sua renda disponível e não a renda disponível mais crédito, ou seja os seus gastos têm que caber dentro de seu salário. Preferencialmente gaste menos do que tem de renda como forma de fazer uma reserva financeira para fazer frente a eventuais gastos extras não previstos ou até para planejar a compra de algum bem no futuro. Lembre-se que toda a vez que você gasta mais do que ganha ou ficará inadimplente e com isso sujeita a todas conseqüências de ter o nome negativado, não tendo aceso a qualquer tipo de crédito ou terá que recorrer a empréstimos e assumir o pagamento de juros. As taxas de juros se encontram em patamares elevados no país, seja pelo baixo volume de crédito disponível que representa hoje 50,1% do PIB quando a média internacional passa de 100%, seja pelos custos que incidam sobre as taxas. Como referência vale registrar que quando o consumidor faz um empréstimo esta taxa é composta de: Custo de captação do banco (Quanto o banco paga pelo dinheiro que paga a seus aplicadores ou custo de oportunidade). A referência é a taxa Selic; Cunha fiscal – Compreende os impostos da intermediação financeira mais os compulsórios (dinheiro dos depósitos que os bancos deixam no Banco Central sem poderem emprestar); Despesas administrativas – Custos dos processos do banco (funcionários, agências); Risco – Custo da inadimplência dos empréstimos (parte dos empréstimos não são pagos ou demoram para serem recebidos o que embute um risco à instituição); Margem líquida da instituição – lucro do banco ou depois de todos os itens acima quanto efetivamente sobra para a instituição financeira. Destacamos que as taxas de juros são livres e as mesmas são estipuladas pela própria instituição financeira não existindo assim qualquer controle de preços ou tetos pelos valores cobrados.
  • 10. ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 10 A única obrigatoriedade que a instituição financeira tem é informar ao cliente quais as taxas que lhe serão cobradas caso recorra a qualquer tipo de crédito. Tendo em vista existirem expressivas variações entre as taxas de juros nas diversas instituições financeiras recomendamos: • Quando da contratação de um financiamento pesquise sempre a taxa de juros e demais acréscimos; • Evite comprometer demasiadamente seu orçamento com dívidas; • Evite empréstimos de longo prazo que embutem custos maiores; • Evite entrar no rotativo do cartão de crédito e do cheque especial que possuem as maiores taxas de juros; • O cheque especial não é renda e deve ser utilizado por um período curto e emergencial. Se tiver necessidade de usar este limite por um período maior procure a sua instituição financeira e faça um empréstimo pessoal (que tem custos menores) para liquidar o cheque especial; • Existem linhas de crédito mais baratas como o micro crédito que tem taxa de 2,00% ao mês, penhor de jóias da Caixa Econômica Federal e do crédito consignado com desconto em folha. Assim caso necessite de crédito veja a possibilidade destes empréstimos mais baratos; • Salientamos que a linha de crédito consignado com desconto em folha de pagamento/benefício do INSS já atinge hoje mais de R$ 172 bilhões correspondente a 58,7% do total do crédito pessoal. • Necessitando de crédito para pagar uma dívida e não tendo condições de faze-lo não deixe suas dívidas crescerem mais por conta dos juros de mora e multas. Procure o credor de sua dívida e proponha uma renegociação do prazo e das taxas de juros em uma condição que consiga cumprir; • Se possível adie suas compras para juntar o dinheiro e comprar o mesmo à vista evitando os juros. Entretanto caso não seja possível pesquise muito, barganhe e compre nos menores prazos possíveis (quanto menor o prazo menor a incidência de juros). • Resumindo, use o crédito com moderação e conscientemente; • Como diz a campanha de uma grande instituição financeira privada de uso consciente do crédito “ O crédito foi feito para você realizar seus sonhos, não para tirar seu sono”.