A política de preservação digital para repositórios institucionais deve guiar as ações de preservação a longo prazo de forma a garantir a autenticidade, integridade e acessibilidade dos conteúdos digitais. Ela deve ser baseada em requisitos funcionais e no modelo de referência OAIS, contemplando critérios para retenção permanente e temporária dos documentos digitais.
8. PORQUE DOCUMENTAR AS POLÍTICAS
As políticas devem ser
inteligíveis para as equipes
dos repositórios, com o fim
de que eles possam realizar
seu trabalho.
As ações e as políticas devem
ser apresentadas para serem
entendidas e implementadas.
ISO 16363: 2012
SIERMAN (2015)
9. CIÊNCIA POLÍTICA
Tem por objeto a
felicidade humana e
divide-se em ética (que se
preocupa com a felicidade
individual do homem na
pólis) e na política
propriamente dita (que se
preocupa com a felicidade
coletiva da pólis).ARISTÓTELES (384-322 a. C)
10. POLÍTICA PÚBLICA
Ações desenvolvidas por
instituições governamentais
através do processo político.
Essas ações são desencadeadas
por atores que pretendem lidar
com algum problema que é
público.
CARVALHO (2010)
11. POLÍTICA PÚBLICA DE INFORMAÇÃO
Decisão governamental,
que regula todas as
atividades e direitos do
setor informacional e é
resultado de uma
correlação de forças
dentro do âmbito do
estado.
AUN (1999)
12. POLÍTICAS PÚBLICA DE INFORMAÇÃO
Necessitam de
convergência de mídias,
de tecnologias e de
serviços. São ações
constituídas que na
maioria das vezes têm a
forma de programa ou
plano.
BARRETO (2004)
13. POLÍTICA PÚBLICA DE INFORMAÇÃO
Define as responsabilidades
quanto a políticas setoriais tanto
no aparelho do Estado quanto, por
adesão, na sociedade.
E contempla os aspectos
administrativos, legais, científicos,
culturais, tecnológicos, de
produção, uso e preservação da
informação de natureza pública ou
privada de interesse da sociedade.
JARDIM (2005)
14. Diferentes políticas de repositórios
• Política de Dados
• Política de Conteúdo
• Política de Submissão
• Política de Preservação
• Política de Metadados
15. POLÍTICAS DE REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
Possuem elementos essenciais:
- Definição institucional
- Conteúdo acadêmico
- Acumulativo e perpetuo
- Aberto e interoperável
JOHNSON (2002)
16. Cabe aos bibliotecários e demais
profissionais das ciências da
informação o apoio técnico na fase
de implementação do Repositório
Institucional, assim como definição
de políticas de depósito, promoção
das vantagens dos Repositórios
Institucionais, treinamento da
comunidade ao auto-arquivamento
e conscientização da importância do
frequente uso, de modo a
proporcionar visibilidade aos
pesquisadores da instituição em
nível nacional e internacional.
17. Servem como uma base de dados
on-line de material acadêmico
definido como institucional,
acumulativa e perpetua, aberta e
interoperável. Nela são
coletados, armazenados e
disseminados coleções de
registros, sendo uma das suas
funções principais a preservação
digital a longo prazo.
(MARK WARE (2004)
REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
18. REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
Conjunto de serviços que a
universidade oferece para os
membros da sua comunidade, para o
gerenciamento e disseminação do
material digital criado pela instituição
e pelos seus membros.
É essencialmente o compromisso de
uma instituição de cuidar do material
digital, incluindo a preservação a
longo prazo, quando apropriada, a
organização, acesso e distribuição.
LYNCH (2005)
19. POLÍTICAS DE REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS
A responsabilidade administrativa
e o estabelecimento das políticas
para repositórios institucionais em
centros de pesquisa e
universidades é das bibliotecas
especializadas. A biblioteca pode
estabelecer uma estrutura de
consultoria ou um comitê
conselheiro para formular as
políticas.
LYNCH (2005)
20. QUAL É A PERSPECTIVA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL DO REPOSITÓRIO
INSTITUCIONAL?
21. POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL INSTITUCIONAL
Deverá indicar as diretrizes
que o instituto adotará
relacionadas à informação
científica e tecnológica que
ela produz.
24. POR QUE TER UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
A informação digital é frágil e
fugaz, necessita de
gerenciamento cuidadoso
desde o momento da sua
criação e uma abordagem
política e estratégica de
modo a garantir a
preservação.
BOERES (2004)
25. PARA QUE SERVE UMA POLÍTICA DE
PRESERVAÇÃO DIGITAL
Para guiar as ações de preservação a serem definidas no
programa de preservação digital.
Uma ação vem precedida de uma identificação de risco, baseada
no monitoramento de áreas de interesse institucional.
A identificação da ação mais apropriada é feita no processo de
planejamento da preservação digital, o qual tem como resultado o
programa de preservação.
PLATO: uma ferramenta de monitoramento de riscos
http://www.ifs.tuwien.ac.at/dp/plato/intro/
26. PARA QUE SERVE UMA POLÍTICA DE
PRESERVAÇÃO DIGITAL
• Para resumir a abordagem institucional com relação ao
arquivamento seguro das suas coleções digitais.
• Para explicar como a sua aplicação servirá para atender às
necessidades de confiabilidade, autenticidade e
acessibilidade a esses documentos.
• Para orientar o uso e os direitos de salvaguarda dos
acervos digitais.
• Para explicar como uma comunidade se encaixa na
estratégia global de preservação digital.
28. COMO É FEITA A PRESERVAÇÃO DIGITAL NO REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL?
29. NDSA Standards and Practices Working Group
Persistent URL: http://hdl.loc.gov/loc.gdc/lcpub.2013655113.1
30. NDSA Standards and Practices Working Group
Persistent URL: http://hdl.loc.gov/loc.gdc/lcpub.2013655113.1
31. A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL DEVERIA
SER MANTADÓRIA?
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38. Como está sendo interpretada a política de
preservação nas instituições
Os profissionais da informação das bibliotecas,
arquivos e centros de informação convergem
no uso da terminologia usada para interpretar
os termos mas, a política é influenciada pelo
tipo de repositório no qual trabalham.
39. Como está sendo interpretada a política de
preservação nas instituições
Nas bibliotecas digitais, os acervos digitais
podem ser cópias, links para portais de
periódicos, operam com acordos ou mandatos
de depósito e retenção de direitos autorais e
controle dos dados depositados.
40. Como está sendo interpretada a política de
preservação nas instituições
Os centros de informação refletem
usualmente o mandato, as coleções e a
cooperação dentro de uma comunidade de
usuários específica. Suas coleções são únicas
e especializadas e resultado de doações ou
adquisição de material que resulta em
acervos de memória técnica digital.
41. Como está sendo interpretada a política de
preservação nas instituições
Os repositórios de acervo arquivísticos
incluem arquivos governamentais, mantem
registros únicos e seguem instrumentos legais
para transferir a custódia física dos arquivos.
42. A confiabilidade é
demonstrada na
medida em que as
políticas de
preservação digital
contemplam os
requisitos arquivísticos
e diplomáticos.
FLORES (2015)
46. Política de preservação digital da rede Cariniana
Objetivos:
• preservar para benefício das futuras gerações;
• Definir ações e estratégias para a preservação
digital para preservar e acessar ao longo do
tempo.
47. Elementos essenciais:
V. Preservar o conteúdo independente de
fontes e características de layout;
VI. Buscar parcerias ou consórcios de forma
colaborativa (financeira e pesquisa);
VII. Manter a autenticidade da informação
preservada;
Política de preservação digital da rede Cariniana
48. Política de preservação digital da rede Cariniana
• Analisar soluções tecnológicas ...
considerando os custos que elas envolvem;
X. Garantir a perenidade, integridade,
acessibilidade e usabilidade dos conteúdos
digitais.
49. Política de preservação digital da rede Cariniana
Capacitação e tecnologia:
• Adotar soluções que amenizem os problemas advindos
da obsolescência dos softwares e dos hardware;
• Capacitar periodicamente as equipes das instituições
parceiras.
• Determinar após estudos de prospecção as
ferramentas que serão sugeridas na preservação dos
acervos digitais selecionados;
50. Política de preservação digital da rede Cariniana
III. Propor orçamento para a criação e
desenvolvimento da rede, tendo como base um
diagnóstico da quantidade e o nível de acesso
que pretende oferecer, gastos com treinamento
de pessoal e com a compra de equipamentos.
51. Política de preservação digital da rede Cariniana
Funcionalidade:
Art. 9º. A funcionalidade da rede dependerá das
soluções tecnológicas
• selecionadas de acordo com os formatos dos
arquivos digitais usados nas organizações
participantes.
52. Política de preservação digital da rede Cariniana
Questões práticas:
• Art. 11º. A rede CARINIANA será mantida pelo IBICT...
profissionais com formação em biblioteconomia, em
ciência da informação; e em tecnologias da informação e
da comunicação.
• Art. 12º. As instituições parceiras serão responsáveis...
• Art. 13º. As instituições usuárias da Rede poderão
contribuir com uma taxa anual...
• Art. 14º. Os casos omissos ou em necessidade de
esclarecimentos surgidos em virtude da aplicação desta
Política serão solucionados pela Equipe da Rede
Brasileira de Serviços de Preservação Digital.
53. QUAL TIPO DE PRESERVAÇÃO UM REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL DEVERIA
FAZER?
54. POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
A preservação digital é um
conjunto de políticas de
gestão e atividades
necessárias para garantir a
usabilidade douradora, a
autenticidade,
recuperação e
acessibilidade de
conteúdos através do
tempo.
55. Há diferentes tipos de políticas de
preservação digital
Para redes:
• Genéricas nos procedimentos;
• Focadas na rede como um todo.
Para instituições:
• Detalhada nos procedimentos;
• Focada na instituição: equipe, técnicas,
instrumentos…
56. POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
“A Política de preservação digital
é o pilar do programa de
preservação digital, ela guia
todas as ações de preservação.”
“A Política de Preservação deve
ser independente da
tecnologia.”
(Projeto SCAPE 2010-2014)
57. Projeto SCAPE: Catálogo de Elementos da
Política de Preservação Digital
• Detalhes da cada elemento da política com
informações sobre a sua necessidade e dos riscos de
não cumpri-la, assim como, sua relação com cada nível
estratégico do programa de preservação.
• Segue as sugestões do DCC sobre a responsabilidade
pela descrição da política e exemplos de aplicação em
casos reais.
• Sugere a identificação das políticas institucionais
existentes e como elas são relevantes para a politica de
preservação digital.
58. British Library Digital Preservation Strategy (PDF)
Cheshire Archives (UK) Digital Preservation Policy
Dartmouth College Library Digital Preservation Policy
Florida Digital Archive FDA Policy and Procedures Guide, version 3.0 (PDF)
Hampshire County Council Archives Digital Preservation Policy
HathiTrust Digital Library Digital Preservation Policy
Illinois Digital Environment for Access to Learning and Scholarship IDEALS Digital Preservation Policy
John Hopkins Sheridan Libraries JScholarship Digital Preservation Policy
London Metropolitan Archives Interim Digital Preservation Policy (PDF)
National Archives of Australia Digital Preservation Policy
National Library of Australia Digital Preservation Policy 4th Edition
National Library of Wales Digital Preservation Policy and Strategy (PDF)
National Museum Australia Digital Preservation and Digitization Policy (PDF)
North Carolina Department of Cultural Resources Archival Process for Data and Image Preservation: The Management and
Preservation of Digital Media (PDF)
PlymouthCity Council (UK) Plymouth and West Devon Record Office Digital Preservation Policy
Public Record Office of Northern Ireland Digital Preservation Strategy (PDF)
Purdue University Research Repository PURR Digital Preservation Policy
Rhizome at the New Museum Digital Preservation Practices and the Rhizome Artbase (PDF)
State Library of Queensland Digital Preservation Policy (PDF)
StatsBiblioteket State and University Library Digital Preservation Strategy for State and University Library, Denmark,
version 2.0 (PDF)
Swiss Federal Archives Digital Archiving Policy
The Royal Library: The National Library of Denmark and
Copenhagen University Library
Policy for long term preservation of digital materials at the Royal Library (PDF)
United Kingdom Data Archive Preservation Policy (PDF)
United Kingdom Parliamentary Archives A Digital Preservation Policy for Parliament (PDF)
United Kingdom Parliamentary Archives A Digital Preservation Strategy for Parliament (PDF)
University of British Columbia Library Digital Preservation Policy (Draft)
University of Manchester Library Digital Preservation Strategy (PDF)
University of Massachusetts Amherst Libraries Digital Preservation Policy (PDF)
University of North Carolina at Chapel Hill: The Howard W. Odum
Institute for Social Science
Digital Preservation Policies
University of South Carolina Libraries USCL Digital Preservation Policy Framework (PDF)
59. POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL
Deverá estar baseada
numa lista de requisitos
funcionais para garantir
a validade dos registros e
a sua permanência.
Assim como também
comprovar sua
conformidade com o
modelo de referência
OAIS.
60. Modelo para aplicar conceitos
necessários para a preservação
digital.
Termos relacionados com
metadados de preservação e com
a descrição e representação do
conteúdo.
Modelo de componentes
necessários para a criação de um
sistema que suporte a gama de
serviços de preservação.
61.
62.
63.
64.
65. POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DIGITAL INSTITUCIONAL
Deverá indicar:
(a) Critérios para retenção
permanente de documentos
digitais.
(b) Critérios para retenção temporária
de documentos digitais.
(c) Mecanismos para garantir a
acessibilidade e legibilidade dos
conteúdos digitais (requisitos
funcionais).
66. Metadados para suporte da preservação digital
Os repositórios devem colaborar na produção de um
conjunto comum de metadados de preservação.
Progressos em ambos problemas serão de importância,
mas a preservação de longo prazo do conteúdo dos
repositórios dependerá do desenvolvimento de
estratégias organizacionais apropriadas.
Os repositórios institucionais devem eventualmente vir a
se tornar repositórios digitais confiáveis (trusted).
67. São metadados técnicos ou administrativos
gerados automaticamente pelo hardware e
software usado no momento da captura do
conteúdo
Eles registram aspectos legais, financeiros,
tais como, direitos autorais, custos,
autorizações, autenticação, etc.
(National Library of New Zealand’s metadata
standard framework)
68. Implicação da política de metadados
Aplicação de um sub-conjunto de
metadados para gerenciamento de
objetos digitais.
Permitem o acesso permanente ao
conteúdo digital.
Compromisso no uso de
ferramentas que expõem, validam
e extraem metadados.
69.
70. PARA QUE SERVE O DICIONÁRIO PREMIS?
Para descrever os metadados de
preservação.
Define o conjunto central de
metadados de preservação que
devem ser implementados.
Identifica e avalia as estratégias
para codificação, armazenamento e
gerenciamento ou melhoria dos
metadados de preservação nos
sistemas de arquivamento digital.
71. ISO 16363
• Como todas as normas ISO, ela é um
sistema consistente de avaliação
orientada a repositórios, auditada por
especialistas credenciados. A cada
estagio existe um conjunto de normas
cujo cumprimento deve ser julgado.
• O processo é testado e é a base da
segurança, confiabilidade e qualidade
dos produtos e serviços de um
repositório.
• Ele demostra a aderência pela
qualidade, consistência, respeito pela
integridade dos dados e compromisso
pela preservação e acesso a longo
prazo da informação sob custodia.
87. Para concluir…
A política de preservação é uma das ferramentas de gestão
das instituições.
Uma política de preservação digital deve declarar os
princípios, que nortearão as decisões sobre o acesso e
permanência dos arquivos digitais.
Ela deve ser, clara, integradora, refletir os valores
institucionais e ser independente da tecnologia.
Este é o momento para que os profissionais da informação
dimensionem o papel de um repositório institucional de
conhecimento, confiável, persistente, reconhecido.
88. Devemos...
• Desenvolver uma Política de Preservação
Digital
• Desenvolver um Programa de Preservação
Digital
• Revisar a abrangência do escopo do Programa
• Documentar o workflow para aumentar a
automação
• Expandir a prevenção de desastres ao conteúdo
digital