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TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA – 20 PASSOS PARA UM REPARO BEM
SUCEDIDO
Neste artigo, procuraremos dirigir as informações aos
técnicos mais jovens que, a cada dia que passa, estão tomando
as rédeas da reparação automotiva, pois aqueles que estão há
mais tempo neste segmento de transmissões automáticas, assim
como em outros segmentos, não ficam mais jovens, e as
transmissões estão se tornando cada dia mais complicadas, e
estes novos técnicos se tornarão nosso futuro.
Procuramos com estas informações ajudar a todos aqueles que
desejam um procedimento seguro para um reparo de qualidade.
Passo 1: Antes de você começar a trabalhar em uma
transmissão, procure ler toda a literatura técnica sobre ela
(boletins técnicos, manual de serviço, etc). Consulte os
sites da Internet que possuam informações técnicas precisas
sobre os problemas mais comuns daquela transmissão em
particular (www.apttabrasil.com), a fim de se familiarizar
com atualizações e melhorias.
Passo 2: Limpe toda a transmissão completamente, inclusive o
corpo de válvulas. O fundamento de um reparo bem sucedido é a
limpeza. Em áreas onde o material de embreagem (discos,
cintas) ou metal fino se acumulou, utilize solvente
específico para ajudar a soltar o material estranho antes de
colocar as peças no tanque de limpeza.
Nunca utilize panos de qualquer tipo para remover sujeira das
peças. Um fiapo de pano, por menor que seja, pode se tornar
um grande problema quando se acumular em um pequeno filtro ou
solenóide.
Sempre limpe as peças com ar comprimido filtrado, e se
aparecer alguma contaminação enquanto se aplica ar na peça,
lave a peça novamente! Simplesmente soprar a contaminação
para longe não resolve o problema!
Limpe sempre o corpo de válvulas com solvente limpo ou
querosene somente.
Nunca mergulhe o corpo de válvulas em um recipiente que é
utilizado para limpeza de outros componentes mecânicos.
O procedimento padrão de reforma pede que se removam todas as
válvulas e molas durante reparos no corpo de válvulas.
Existem bandejas disponíveis no mercado que ajudam a manter
molas e válvulas organizadas e na ordem correta.
Sempre lubrifique as válvulas com fluido ATF especificado
antes de verificar se elas se movem livremente. Utilize se
necessário uma pequena chave ou ponteiro para se certificar
de sua livre movimentação
Passo 3: Verifique bombas, corpos de válvulas e carcaças
quanto a empenamentos. Utilize um calibrador de laminas de
0,05 mm e um bloco retificado para verificar folga e
planicidade das peças.
Passo 4: Passe uma lima fina em bombas, corpos de válvulas e
carcaças. Apenas algumas passadas com a lima para remover
ressaltos, amassamentos e rebarbas, bem como marcas de
batida.
Limar uma superfície é uma boa maneira de verificar
empenamentos. Pedras de amolar e limas são igualmente
eficientes. As pedras são ideais para lixamento a seco e
remove rapidamente quaisquer pedaços de material estranho
agarrado à superfície, especialmente ao redor de furos e
passagens. As pedras somente deverão ser utilizadas junto com
um solvente aprovado pela legislação do meio ambiente.
Após a peça ter secado, utilize uma lima plana, pressionando-
a levemente somente no movimento para a frente. O padrão
deverá se parecer com aquele demonstrado na figura 3.
Certifique-se de limpar completamente quaisquer resíduos do
lixamento ou limagem com solvente limpo e ar comprimido.
Passo 5: Verifique todas as folgas recomendadas da bomba de
fluido. Existem três áreas que devem ser verificadas em uma
bomba de engrenagens ou rotores de uma transmissão
automática:
1- Orelhas ou rebaixos utilizados no encaixe do conversor
de torque. Substitua a bomba quando o desgaste das
orelhas ou rebaixos excederem 1,2 mm ou se a ranhura de
encaixe da engrenagem estiver gasta no seu diâmetro
interno.
2- Todas as laterais da engrenagem. Qualquer sinal de
transferência de metal em qualquer lado das engrenagens
é inaceitável. Riscos menores poderão ser removidos com
uma esponja de limpeza tipo SCOTCHBRITE®, mas se
pudermos sentir o risco na ponta da unha, troque a
peça!
3- A folga da cavidade da bomba. 0,05 mm no diâmetro
externo entre a cavidade da bomba e 0,10 mm entre o
crescente e a engrenagem interna da bomba são
especificações universais para a maioria das bombas. A
utilização de uma bomba com qualquer das falhas
indicadas acima causará redução no volume de fluido e
um retorno garantido do cliente na oficina.
Passo 6: Verifique a folga lateral dos pinhões dos conjuntos
planetários e o movimento lateral deles.
Verifique cada conjunto planetário à medida que eles são
removidos durante a desmontagem da transmissão. Movimente as
engrenagens para cima e para baixo buscando folgas excessivas
e chacoalhe de cima para baixo para descobrir desgaste nas
buchas ou carregador. Preste atenção especial aos pinhões que
são soldados ao carregador. As soldas trincam freqüentemente
e permitem que os pinhões balancem.
Passo 7: Lubrifique todos os conjuntos planetários.
Sempre lave os conjuntos, rolamentos planos, ou qualquer peça
equipada com rolamentos, em solvente aprovado pelo controle
ambiental. Após os rolamentos estarem completamente limpos,
teste-os para ver se seu funcionamento é livre de raspagens
ou ruídos. Se não, troque-os por novos. Limpe todas as peças
completamente com solvente aprovado, borrife ATF nelas e
monte-as corretamente.
Passo 8: Mergulhe todas as peças que contenham material de
atrito (discos, cintas, etc) no fluido ATF indicado para
aquela transmissão por pelo menos duas (2) horas antes de sua
montagem.
Passo 9: Substitua todos os discos de aço ou reutilize-os
como estão. NUNCA os lixe tentando reaproveitá-los. Os discos
de fricção evoluíram tremendamente nos últimos quinze anos. A
tendência de se buscar trocas de marcha cada vez mais suaves
criaram materiais de atrito que são mais macios e mais
porosos do que aqueles de projeto mais antigo. A teoria é
deixar a embreagem absorver e descarregar um volume maior de
fluido para ajudar a dissipar o calor.
Com este material mais macio veio a necessidade de aços mais
lisos. Qualquer imperfeição devido a aquecimento ou lixamento
dos discos de aço encurtará em muito a vida útil dos discos
revestidos. Um ligeiro espelhamento da superfície dos discos
de aço é aceitável, e se estiverem planos, poderão ser
reutilizados. Porém, pontos quentes na superfície não são
aceitáveis.
Passo 10: Retrabalhe todos os tambores onde a cinta trabalha.
Utilize uma lixa média e então uma lixa fina para dar à
superfície retrabalhada um aspecto escovado. Nunca tente
retirar riscos ou ranhuras com a lixa. Antes de começar a
lixar o tambor, verifique se a superfície de trabalho da
cinta não está desgastada ou arredondada. Não se consegue
lixar este tipo de desgaste. O tambor neste caso terá de ser
substituído.
Passo 11: Substituía TODOS os anéis de vedação.
Passo 12: Verifique todos os anéis de vedação e componentes
de borracha em seus alojamentos quanto ao correto
assentamento deles.
A medida que você substitui cada anel de vedação e retentor
de borracha, instale imediatamente cada peça em seu
respectivo alojamento. Tente montar os componentes em ordem,
de maneira que quando você assentou o vedador em sua ranhura,
instale na sequencia a contra peça que trabalhe com ele.
Quanto maior o tempo que o vedador permanecer em seu
alojamento, menor as chances dele ser cortado durante sua
instalação.
É uma boa idéia iniciar o reparo da transmissão pela bomba,
de maneira que os anéis de vedação adjacentes possam começar
a serem assentados imediatamente, e possam ser testados com
ar comprimido.
Trate todas as superfícies de alumínio onde os vedadores
trabalham com uma esponja de limpeza de cor marrom. Um
pequeno padrão de polimento cruzado em poucas passadas de
esponja ajudará a prolongar a vida útil dos vedadores, pois
reterão o fluido ATF em maior quantidade.
Passo 13: Substitua todas as buchas. Cinco passos devem ser
realizados para removê-las e instalá-las.
1- Procure a distancia mais curta para remoção e se
existem lábios que impedem a remoção da bucha num certo
sentido. Algumas bombas possuem um lábio na parte
dianteira dela. Certifique-se de sua correta aplicação
antes de removê-la ou você poderá danificar a bomba.
2- Quando utilizar um martelo e um cinzel, bata na bucha
na região onde suas extremidades se encontram. Isto
normalmente quebra a bucha pela metade na primeira
batida.
3- Qualquer rebarba no alojamento onde a bucha é fixada
deverá ser limada até ser removida completamente. Se
houver alguma irregularidade na superfície de prensagem
da bucha, isto poderá causar dificuldade na aplicação
dela com conseqüente dano para a peça.
4- Utilize sempre uma prensa de bancada para instalação
das buchas. Isto fornece uma superfície mais estável
para o posicionamento da bucha e menos stress para a
bucha, diminuindo o risco de danificá-la.
5- Finalmente, sempre posicione a bucha recém instalada em
sua contra peça e verifique seu ajuste com ela.
Passo 14: Lubrifique previamente todos os rolamentos e
arruelas de apoio. Um frasco plástico para espirrar algumas
gotas de fluido ATF resolve muito bem esta questão. Seja
generoso. Borrife ou aplique ATF à vontade em cada rolamento,
bucha, arruela e sobre todos os conjuntos planetários da
transmissão.
Passo 15: Lubrifique previamente a bomba. Aplique uma
quantidade generosa de fluido ATF na cavidade da bomba bem
com nas metades dela. Espalhe o fluido com as mãos para se
certificar que o ATF está distribuído completamente em toda a
bomba. Esta técnica garante o funcionamento imediato da bomba
de fluido da bomba
e elimina problemas com engate demorado devido a esvaziamento
de fluido da bomba.
Aperte com o torque recomendado cada parafuso associado com a
bomba, em um padrão alternado ou cruzado.
Passo 16: Abasteça o conversor de torque com fluido ATF.
Coloque pelo menos meio litro de fluido ATF recomendado
dentro do conversor para ajudar no primeiro funcionamento.
Isto ajuda a lubrificar e eliminar o atrito da peça nova.
Passo 17: Utilize os manuais disponíveis para se familiarizar
com as especificações da transmissão que está sendo reparada.
Nunca tente adivinhar! CONSULTE!
Passo 18: Monte os conjuntos das embreagens, freios
multidiscos e cintas com as folgas e regulagens dentro do
especificado.
Passo 19: Tome tempo para ajustar as folgas finais da
transmissão.
Aqui vai um atalho para agilizar este passo. Antes da
desmontagem da transmissão, meça e anote as folgas do eixo de
entrada e de saída. Se a unidade puder ser reparada com a
utilização mínima de peças, você saberá se vai precisar de
calços para ajuste ou não. Adicione ou subtraia para obter as
especificações logo na primeira vez. Os conjuntos de
embreagens novos vão mostrar quais as medidas originais de
fabrica. Isto ajuda o técnico a determinar como corrigir
folgas fora do especificado.
Passo 20: Utilize sempre o torquímetro ao apertar os
parafusos de fixação de bombas, corpos de válvulas e carcaças
da transmissão. Os primeiros 19 passos poderão se tornar sem
valor se este passo número 20 não for seguido. Não existe uma
ferramenta de impacto com tal coisa como torque calibrado. A
vida útil de uma bomba de fluido ou um corpo de válvulas,
pode ser tremendamente diminuído pela utilização de
ferramentas de impacto. Utilize somente um torquímetro
aferido para tal serviço.
Comece encostando todos os parafusos da peça com um cabo de
força comum, do centro para as extremidades, e termine
aplicando o torque especificado com o torquímetro. Não se
esqueça de se despedir da transmissão, uma vez que você
ficará sem vê-la por muitos e muitos anos!!
Lembretes Finais.
A industria de transmissões está mudando drasticamente! As
peças estão se tornando cada vez mais precisas e delicadas e
as marchas disponíveis estão aumentando. Transmissões com 15
solenóides e capazes de 9 marchas diferentes estão desfilando
pelas ruas e avenidas de nosso país e logo estarão em sua
bancada! Assustado? Não precisa ficar!!!
Estas regras essenciais devem ser seguidas hoje, pois estarão
válidas ainda amanhã. Todo técnico tem a capacidade de
realizar um trabalho de qualidade em transmissões
automáticas. Basta apenas seguir os passos delineados neste
artigo.
Redação: Carlos Napoletano Neto
www.apttabrasil.com
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20 PASSOS REPARO TRANSMISSÃO

  • 1. TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA – 20 PASSOS PARA UM REPARO BEM SUCEDIDO Neste artigo, procuraremos dirigir as informações aos técnicos mais jovens que, a cada dia que passa, estão tomando as rédeas da reparação automotiva, pois aqueles que estão há mais tempo neste segmento de transmissões automáticas, assim como em outros segmentos, não ficam mais jovens, e as transmissões estão se tornando cada dia mais complicadas, e estes novos técnicos se tornarão nosso futuro. Procuramos com estas informações ajudar a todos aqueles que desejam um procedimento seguro para um reparo de qualidade. Passo 1: Antes de você começar a trabalhar em uma transmissão, procure ler toda a literatura técnica sobre ela (boletins técnicos, manual de serviço, etc). Consulte os sites da Internet que possuam informações técnicas precisas sobre os problemas mais comuns daquela transmissão em particular (www.apttabrasil.com), a fim de se familiarizar com atualizações e melhorias. Passo 2: Limpe toda a transmissão completamente, inclusive o corpo de válvulas. O fundamento de um reparo bem sucedido é a limpeza. Em áreas onde o material de embreagem (discos, cintas) ou metal fino se acumulou, utilize solvente específico para ajudar a soltar o material estranho antes de colocar as peças no tanque de limpeza. Nunca utilize panos de qualquer tipo para remover sujeira das peças. Um fiapo de pano, por menor que seja, pode se tornar um grande problema quando se acumular em um pequeno filtro ou solenóide. Sempre limpe as peças com ar comprimido filtrado, e se aparecer alguma contaminação enquanto se aplica ar na peça, lave a peça novamente! Simplesmente soprar a contaminação para longe não resolve o problema!
  • 2. Limpe sempre o corpo de válvulas com solvente limpo ou querosene somente. Nunca mergulhe o corpo de válvulas em um recipiente que é utilizado para limpeza de outros componentes mecânicos. O procedimento padrão de reforma pede que se removam todas as válvulas e molas durante reparos no corpo de válvulas. Existem bandejas disponíveis no mercado que ajudam a manter molas e válvulas organizadas e na ordem correta. Sempre lubrifique as válvulas com fluido ATF especificado antes de verificar se elas se movem livremente. Utilize se necessário uma pequena chave ou ponteiro para se certificar de sua livre movimentação
  • 3. Passo 3: Verifique bombas, corpos de válvulas e carcaças quanto a empenamentos. Utilize um calibrador de laminas de 0,05 mm e um bloco retificado para verificar folga e planicidade das peças. Passo 4: Passe uma lima fina em bombas, corpos de válvulas e carcaças. Apenas algumas passadas com a lima para remover ressaltos, amassamentos e rebarbas, bem como marcas de batida. Limar uma superfície é uma boa maneira de verificar empenamentos. Pedras de amolar e limas são igualmente eficientes. As pedras são ideais para lixamento a seco e remove rapidamente quaisquer pedaços de material estranho agarrado à superfície, especialmente ao redor de furos e
  • 4. passagens. As pedras somente deverão ser utilizadas junto com um solvente aprovado pela legislação do meio ambiente. Após a peça ter secado, utilize uma lima plana, pressionando- a levemente somente no movimento para a frente. O padrão deverá se parecer com aquele demonstrado na figura 3. Certifique-se de limpar completamente quaisquer resíduos do lixamento ou limagem com solvente limpo e ar comprimido. Passo 5: Verifique todas as folgas recomendadas da bomba de fluido. Existem três áreas que devem ser verificadas em uma bomba de engrenagens ou rotores de uma transmissão automática: 1- Orelhas ou rebaixos utilizados no encaixe do conversor de torque. Substitua a bomba quando o desgaste das orelhas ou rebaixos excederem 1,2 mm ou se a ranhura de encaixe da engrenagem estiver gasta no seu diâmetro interno.
  • 5. 2- Todas as laterais da engrenagem. Qualquer sinal de transferência de metal em qualquer lado das engrenagens é inaceitável. Riscos menores poderão ser removidos com uma esponja de limpeza tipo SCOTCHBRITE®, mas se pudermos sentir o risco na ponta da unha, troque a peça! 3- A folga da cavidade da bomba. 0,05 mm no diâmetro externo entre a cavidade da bomba e 0,10 mm entre o crescente e a engrenagem interna da bomba são especificações universais para a maioria das bombas. A utilização de uma bomba com qualquer das falhas indicadas acima causará redução no volume de fluido e um retorno garantido do cliente na oficina.
  • 6. Passo 6: Verifique a folga lateral dos pinhões dos conjuntos planetários e o movimento lateral deles. Verifique cada conjunto planetário à medida que eles são removidos durante a desmontagem da transmissão. Movimente as engrenagens para cima e para baixo buscando folgas excessivas e chacoalhe de cima para baixo para descobrir desgaste nas buchas ou carregador. Preste atenção especial aos pinhões que são soldados ao carregador. As soldas trincam freqüentemente e permitem que os pinhões balancem. Passo 7: Lubrifique todos os conjuntos planetários. Sempre lave os conjuntos, rolamentos planos, ou qualquer peça equipada com rolamentos, em solvente aprovado pelo controle ambiental. Após os rolamentos estarem completamente limpos, teste-os para ver se seu funcionamento é livre de raspagens
  • 7. ou ruídos. Se não, troque-os por novos. Limpe todas as peças completamente com solvente aprovado, borrife ATF nelas e monte-as corretamente. Passo 8: Mergulhe todas as peças que contenham material de atrito (discos, cintas, etc) no fluido ATF indicado para aquela transmissão por pelo menos duas (2) horas antes de sua montagem. Passo 9: Substitua todos os discos de aço ou reutilize-os como estão. NUNCA os lixe tentando reaproveitá-los. Os discos de fricção evoluíram tremendamente nos últimos quinze anos. A tendência de se buscar trocas de marcha cada vez mais suaves criaram materiais de atrito que são mais macios e mais porosos do que aqueles de projeto mais antigo. A teoria é deixar a embreagem absorver e descarregar um volume maior de fluido para ajudar a dissipar o calor. Com este material mais macio veio a necessidade de aços mais lisos. Qualquer imperfeição devido a aquecimento ou lixamento dos discos de aço encurtará em muito a vida útil dos discos revestidos. Um ligeiro espelhamento da superfície dos discos de aço é aceitável, e se estiverem planos, poderão ser reutilizados. Porém, pontos quentes na superfície não são aceitáveis. Passo 10: Retrabalhe todos os tambores onde a cinta trabalha. Utilize uma lixa média e então uma lixa fina para dar à superfície retrabalhada um aspecto escovado. Nunca tente retirar riscos ou ranhuras com a lixa. Antes de começar a lixar o tambor, verifique se a superfície de trabalho da cinta não está desgastada ou arredondada. Não se consegue lixar este tipo de desgaste. O tambor neste caso terá de ser substituído.
  • 8. Passo 11: Substituía TODOS os anéis de vedação. Passo 12: Verifique todos os anéis de vedação e componentes de borracha em seus alojamentos quanto ao correto assentamento deles. A medida que você substitui cada anel de vedação e retentor de borracha, instale imediatamente cada peça em seu respectivo alojamento. Tente montar os componentes em ordem, de maneira que quando você assentou o vedador em sua ranhura, instale na sequencia a contra peça que trabalhe com ele. Quanto maior o tempo que o vedador permanecer em seu alojamento, menor as chances dele ser cortado durante sua instalação. É uma boa idéia iniciar o reparo da transmissão pela bomba, de maneira que os anéis de vedação adjacentes possam começar a serem assentados imediatamente, e possam ser testados com ar comprimido. Trate todas as superfícies de alumínio onde os vedadores trabalham com uma esponja de limpeza de cor marrom. Um pequeno padrão de polimento cruzado em poucas passadas de
  • 9. esponja ajudará a prolongar a vida útil dos vedadores, pois reterão o fluido ATF em maior quantidade. Passo 13: Substitua todas as buchas. Cinco passos devem ser realizados para removê-las e instalá-las. 1- Procure a distancia mais curta para remoção e se existem lábios que impedem a remoção da bucha num certo sentido. Algumas bombas possuem um lábio na parte dianteira dela. Certifique-se de sua correta aplicação antes de removê-la ou você poderá danificar a bomba. 2- Quando utilizar um martelo e um cinzel, bata na bucha na região onde suas extremidades se encontram. Isto normalmente quebra a bucha pela metade na primeira batida.
  • 10. 3- Qualquer rebarba no alojamento onde a bucha é fixada deverá ser limada até ser removida completamente. Se houver alguma irregularidade na superfície de prensagem da bucha, isto poderá causar dificuldade na aplicação dela com conseqüente dano para a peça. 4- Utilize sempre uma prensa de bancada para instalação das buchas. Isto fornece uma superfície mais estável para o posicionamento da bucha e menos stress para a bucha, diminuindo o risco de danificá-la. 5- Finalmente, sempre posicione a bucha recém instalada em sua contra peça e verifique seu ajuste com ela. Passo 14: Lubrifique previamente todos os rolamentos e arruelas de apoio. Um frasco plástico para espirrar algumas gotas de fluido ATF resolve muito bem esta questão. Seja generoso. Borrife ou aplique ATF à vontade em cada rolamento, bucha, arruela e sobre todos os conjuntos planetários da transmissão. Passo 15: Lubrifique previamente a bomba. Aplique uma quantidade generosa de fluido ATF na cavidade da bomba bem com nas metades dela. Espalhe o fluido com as mãos para se certificar que o ATF está distribuído completamente em toda a bomba. Esta técnica garante o funcionamento imediato da bomba de fluido da bomba
  • 11. e elimina problemas com engate demorado devido a esvaziamento de fluido da bomba. Aperte com o torque recomendado cada parafuso associado com a bomba, em um padrão alternado ou cruzado. Passo 16: Abasteça o conversor de torque com fluido ATF. Coloque pelo menos meio litro de fluido ATF recomendado dentro do conversor para ajudar no primeiro funcionamento. Isto ajuda a lubrificar e eliminar o atrito da peça nova. Passo 17: Utilize os manuais disponíveis para se familiarizar com as especificações da transmissão que está sendo reparada. Nunca tente adivinhar! CONSULTE! Passo 18: Monte os conjuntos das embreagens, freios multidiscos e cintas com as folgas e regulagens dentro do especificado.
  • 12. Passo 19: Tome tempo para ajustar as folgas finais da transmissão. Aqui vai um atalho para agilizar este passo. Antes da desmontagem da transmissão, meça e anote as folgas do eixo de entrada e de saída. Se a unidade puder ser reparada com a utilização mínima de peças, você saberá se vai precisar de calços para ajuste ou não. Adicione ou subtraia para obter as especificações logo na primeira vez. Os conjuntos de embreagens novos vão mostrar quais as medidas originais de fabrica. Isto ajuda o técnico a determinar como corrigir folgas fora do especificado. Passo 20: Utilize sempre o torquímetro ao apertar os parafusos de fixação de bombas, corpos de válvulas e carcaças da transmissão. Os primeiros 19 passos poderão se tornar sem valor se este passo número 20 não for seguido. Não existe uma ferramenta de impacto com tal coisa como torque calibrado. A vida útil de uma bomba de fluido ou um corpo de válvulas, pode ser tremendamente diminuído pela utilização de ferramentas de impacto. Utilize somente um torquímetro aferido para tal serviço. Comece encostando todos os parafusos da peça com um cabo de força comum, do centro para as extremidades, e termine aplicando o torque especificado com o torquímetro. Não se esqueça de se despedir da transmissão, uma vez que você ficará sem vê-la por muitos e muitos anos!! Lembretes Finais. A industria de transmissões está mudando drasticamente! As peças estão se tornando cada vez mais precisas e delicadas e as marchas disponíveis estão aumentando. Transmissões com 15 solenóides e capazes de 9 marchas diferentes estão desfilando pelas ruas e avenidas de nosso país e logo estarão em sua bancada! Assustado? Não precisa ficar!!! Estas regras essenciais devem ser seguidas hoje, pois estarão válidas ainda amanhã. Todo técnico tem a capacidade de realizar um trabalho de qualidade em transmissões
  • 13. automáticas. Basta apenas seguir os passos delineados neste artigo. Redação: Carlos Napoletano Neto www.apttabrasil.com e-mail: contato@apttabrasil.com