SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  18
Ricardo Reis

O Poeta da Razão
• Discípulo de
  Caeiro, como o
  Caeiro
  Mestre
  aconselha a
  aceitação calma
  da ordem das
  coisas e faz o
  elogio da vida    «pagão por carácter», segue
  campestre,        Alberto Caeiro no amor da vida
                    rústica, junto da natureza. Mas,
  indiferente ao    enquanto o Mestre, menos culto e
                    complicado, é um homem franco e
  social.           alegre, Ricardo Reis é um
                    ressentido
• Caeiro propunha
  saber ver, a obra
         ver
  de Reis sugere-nos
  saber
  contemplar, ou
  contemplar
  seja, ver
  intelectualmente a
  realidade.
• Reis, tal como Caeiro,
   Reis           Caeiro
  aconselha a aceitar a
  ordem das coisas e
  gozar a vida pensando o
  menos possível, um
  pouco ao jeito das
  crianças - «Depois
  pensemos, crianças
  adultas, que a
  vida/Passa e não fica
  (...)».
As afinidades entre Caeiro e Reis
     restringem-se aos aspectos
             apontados:
• é notória a vivacidade   • no discípulo Reis tudo
  e a ingenuidade, o         é calculado,
  prazer e a alegria, a      ponderado, reflectido e
  naturalidade e             bem perceptível num
  espontaneidade do          tom triste que
  Mestre Caeiro              transparece na sua
                             poesia e que é,
                             certamente, resultante
                             de uma atitude
                             racional
A poesia de Ricardo Reis acusa a
        influência de Horácio
• HORACIANISMO
  - carpe diem :vive o
  momento
  - áurea mediocritas: a
  felicidade possível no
  sossego do campo
  (proximidade da Caeiro)
                            Forma exageradamente trabalhada:
                            – os latinismos, os poemas
                            demasiadamente intelectuais, a
                            sintaxe latina, a ode e o uso frequente
                                     latina
                            do hipérbato, como em latim.
                               hipérbato
PAGANISMO
- crença nos deuses e na
 civilização da Grécia
 (desprezo pelo cristianismo)

- Culto do belo, como forma
           belo
de superar a efemeridade dos
bens e a miséria da vida

-intelectualização das emoções

- medo da morte
Sofre e vive o drama da transitoriedade
 doendo-lhe o desprezo dos deuses.
• Fugacidade do tempo
• Consciência da efemeridade da vida
• Fatalidade (medo) da morte
• Para enfrentar esse
  medo da morte,
  defende que é preciso
  viver cada instante que
  passa, sem pensar no
  futuro, numa
  perspectiva epicurista
  de saudação do “carpe
  diem”.
• Mas essa vivência do
  prazer de cada momento
  tem que ser feita de
  forma disciplinada,
  digna, encarando com
  grandeza e resignação
  esse Destino de
  precariedade, numa
  perspectiva que tem
  raízes no estoicismo.
Epicurismo                    Estoicismo

• Busca de uma felicidade     • Apatia – aceitação calma e
  relativa através da           serena das leis do Destino,
  ataraxia - ausência de        da ordem das coisas e a
  perturbação - e da aponia     indiferença face às paixões
  - ausência de dor.
                                e aos males para atingir a
• «Carpe diem» - gozar em
                                felicidade.
  profundidade o momento
  presente.                   • Valorização da razão em
• moderação nos prazeres        detrimento das emoções
• fuga à dor                    que merecem a
                                indiferença.
• ataraxia( tranquilidade
  capaz de evitar a           • abdicação da lutar
  perturbação)                • autodisciplina
• A filosofia de Reis é
  a de um epicurismo
  triste, pois defende
  triste
  o prazer do
  momento, o «carpe
  diem», como
  caminho para a
  felicidade, mas sem
  ceder aos impulsos
  dos instintos.
Faz dos Gregos o modelo da
sabedoria (aceitação do Destino
     de forma digna e activa)
         “ Segue o teu
         destino,
                         Com este heterónimo,
         Rega as tuas    Pessoa projecta-se na
         plantas,        Antiguidade Clássica.

         Ama as tuas
         rosas.”
Ricardo Reis é o poeta clássico:

cultiva a ode e recorre
frequentemente à mitologia e aos latinismos.




                    Preconiza o regresso à
                    Grécia Antiga por
                    considerá-la um modelo de
Os gregos como modelo de sabedoria, pois
 souberam aceitar o destino e fruir o bem da
                    vida.
• Tem consciência de que
  não nos podemos opor
  ao destino, mas antes
  aceitá-lo com
  naturalidade, como a
  água segue o curso do
  rio, sem lhe resistir.
O homem, sujeito do Fado, não
       tem liberdade
“Porque, só na ilusão da
  liberdade
A liberdade existe.”

“Como acima dos
  Deuses O Destino
É calmo e inexorável.”
Linguagem e estilo
• Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita
  corresponde uma expressão perfeita Forma métrica: Ode

• Estrofes regulares em verso decassílabo alternadas ou não
  com hexassílabo

• Verso branco

• Recursos frequente à assonância, à rima interior e à
  aliteração
•   Predomínio da subordinação
•   Uso frequente do hipérbato
•   Uso frequente do gerúndio e do imperativo
•   Uso de latinismos
•   Metáforas, eufemismos, comparações
•   Estilo construído com muito rigor e muito
    denso

Contenu connexe

Tendances

Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoAlexandra Canané
 
Caracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário VerdeCaracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário VerdeMariaVerde1995
 
Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo nanasimao
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroDina Baptista
 
“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro
“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro
“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto CaeiroAna Beatriz
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaRaffaella Ergün
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralHelena Coutinho
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposAline Araújo
 
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de CamposAnálise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de CamposEscola Secundária de Santa Maria da Feira
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de camposAna Teresa
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de CamposAna Isabel
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimoDina Baptista
 
Síntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoaSíntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoalenaeira
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
 

Tendances (20)

Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
Apariçao
ApariçaoApariçao
Apariçao
 
Caracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário VerdeCaracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário Verde
 
Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
 
“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro
“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro
“Eu nunca guardei rebanhos”-Alberto Caeiro
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geral
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de Campos
 
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de CamposAnálise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
 
Os maias personagens
Os maias personagensOs maias personagens
Os maias personagens
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
 
Síntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoaSíntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoa
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de Campos
 

En vedette

Biografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reisBiografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reisFagner Aquino
 
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoRicardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
 
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa SilvaLoucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva12anogolega
 
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa SilvaLoucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva12anogolega
 
Alvaro de Campos
Alvaro de CamposAlvaro de Campos
Alvaro de Camposaramalho340
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análiseluiza1973
 
Alvaro de campos... portugues
Alvaro de campos... portuguesAlvaro de campos... portugues
Alvaro de campos... portuguesAllane Lima
 

En vedette (12)

Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Biografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reisBiografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reis
 
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoRicardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
 
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa SilvaLoucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
 
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa SilvaLoucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
Loucura de Mário de Sá Carneiro realizado por Ana Luísa Silva
 
Alberto Caeiro
Alberto CaeiroAlberto Caeiro
Alberto Caeiro
 
Alvaro de Campos
Alvaro de CamposAlvaro de Campos
Alvaro de Campos
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Alvaro de campos... portugues
Alvaro de campos... portuguesAlvaro de campos... portugues
Alvaro de campos... portugues
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 

Similaire à Ricardo reis

Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo Reis
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo ReisExp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo Reis
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo ReisRebeca Melo
 
Síntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.pptSíntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.pptCecliaGomes25
 
Trovadorismo ao barroco power point (1)
Trovadorismo ao barroco   power point (1)Trovadorismo ao barroco   power point (1)
Trovadorismo ao barroco power point (1)Gustavo Cuin
 
Poesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoaPoesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoama.no.el.ne.ves
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
LiteraturaSamiures
 
Fernando pessoa e seus heterónimos
Fernando pessoa e seus heterónimosFernando pessoa e seus heterónimos
Fernando pessoa e seus heterónimosVanessa Pereira
 
Movimentos literários
Movimentos literáriosMovimentos literários
Movimentos literáriosRonaldo Assis
 
Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014Gustavo Cuin
 
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshasklliteratura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshasklLuisFernando652236
 
Poesia de Almeida Garret
Poesia de Almeida GarretPoesia de Almeida Garret
Poesia de Almeida Garretbecresforte
 
2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL
2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL
2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASILMarlene Cunhada
 
História da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismoHistória da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismoJosue Jorge Cruz
 
Síntese programa12º
Síntese programa12ºSíntese programa12º
Síntese programa12ºMª Galvão
 

Similaire à Ricardo reis (20)

Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo Reis
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo ReisExp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo Reis
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Ricardo Reis
 
Síntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.pptSíntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.ppt
 
Trovadorismo ao barroco power point (1)
Trovadorismo ao barroco   power point (1)Trovadorismo ao barroco   power point (1)
Trovadorismo ao barroco power point (1)
 
resumos
resumosresumos
resumos
 
Fernando Pessoa e heterónimos
Fernando Pessoa e heterónimosFernando Pessoa e heterónimos
Fernando Pessoa e heterónimos
 
Heterónimos Fernadno Pessoa.pptx
Heterónimos Fernadno Pessoa.pptxHeterónimos Fernadno Pessoa.pptx
Heterónimos Fernadno Pessoa.pptx
 
Poesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoaPoesia e heteronímia em fernando pessoa
Poesia e heteronímia em fernando pessoa
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Fernando pessoa e seus heterónimos
Fernando pessoa e seus heterónimosFernando pessoa e seus heterónimos
Fernando pessoa e seus heterónimos
 
Slides1
Slides1Slides1
Slides1
 
Movimentos literários
Movimentos literáriosMovimentos literários
Movimentos literários
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismo
 
Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014
 
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshasklliteratura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
 
Poesia de Almeida Garret
Poesia de Almeida GarretPoesia de Almeida Garret
Poesia de Almeida Garret
 
2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL
2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL
2º ANO MATUTINO - PARNASIANISMO NO BRASIL
 
História da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismoHistória da literatura trovadorismo
História da literatura trovadorismo
 
Ricardo Reis-Exp12
Ricardo Reis-Exp12Ricardo Reis-Exp12
Ricardo Reis-Exp12
 
Síntese programa12º
Síntese programa12ºSíntese programa12º
Síntese programa12º
 

Dernier

Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?MrciaRocha48
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOBiatrizGomes1
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 

Dernier (20)

Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 

Ricardo reis

  • 2. • Discípulo de Caeiro, como o Caeiro Mestre aconselha a aceitação calma da ordem das coisas e faz o elogio da vida «pagão por carácter», segue campestre, Alberto Caeiro no amor da vida rústica, junto da natureza. Mas, indiferente ao enquanto o Mestre, menos culto e complicado, é um homem franco e social. alegre, Ricardo Reis é um ressentido
  • 3. • Caeiro propunha saber ver, a obra ver de Reis sugere-nos saber contemplar, ou contemplar seja, ver intelectualmente a realidade.
  • 4. • Reis, tal como Caeiro, Reis Caeiro aconselha a aceitar a ordem das coisas e gozar a vida pensando o menos possível, um pouco ao jeito das crianças - «Depois pensemos, crianças adultas, que a vida/Passa e não fica (...)».
  • 5. As afinidades entre Caeiro e Reis restringem-se aos aspectos apontados: • é notória a vivacidade • no discípulo Reis tudo e a ingenuidade, o é calculado, prazer e a alegria, a ponderado, reflectido e naturalidade e bem perceptível num espontaneidade do tom triste que Mestre Caeiro transparece na sua poesia e que é, certamente, resultante de uma atitude racional
  • 6. A poesia de Ricardo Reis acusa a influência de Horácio • HORACIANISMO - carpe diem :vive o momento - áurea mediocritas: a felicidade possível no sossego do campo (proximidade da Caeiro) Forma exageradamente trabalhada: – os latinismos, os poemas demasiadamente intelectuais, a sintaxe latina, a ode e o uso frequente latina do hipérbato, como em latim. hipérbato
  • 7. PAGANISMO - crença nos deuses e na civilização da Grécia (desprezo pelo cristianismo) - Culto do belo, como forma belo de superar a efemeridade dos bens e a miséria da vida -intelectualização das emoções - medo da morte
  • 8. Sofre e vive o drama da transitoriedade doendo-lhe o desprezo dos deuses. • Fugacidade do tempo • Consciência da efemeridade da vida • Fatalidade (medo) da morte
  • 9. • Para enfrentar esse medo da morte, defende que é preciso viver cada instante que passa, sem pensar no futuro, numa perspectiva epicurista de saudação do “carpe diem”.
  • 10. • Mas essa vivência do prazer de cada momento tem que ser feita de forma disciplinada, digna, encarando com grandeza e resignação esse Destino de precariedade, numa perspectiva que tem raízes no estoicismo.
  • 11. Epicurismo Estoicismo • Busca de uma felicidade • Apatia – aceitação calma e relativa através da serena das leis do Destino, ataraxia - ausência de da ordem das coisas e a perturbação - e da aponia indiferença face às paixões - ausência de dor. e aos males para atingir a • «Carpe diem» - gozar em felicidade. profundidade o momento presente. • Valorização da razão em • moderação nos prazeres detrimento das emoções • fuga à dor que merecem a indiferença. • ataraxia( tranquilidade capaz de evitar a • abdicação da lutar perturbação) • autodisciplina
  • 12. • A filosofia de Reis é a de um epicurismo triste, pois defende triste o prazer do momento, o «carpe diem», como caminho para a felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos.
  • 13. Faz dos Gregos o modelo da sabedoria (aceitação do Destino de forma digna e activa) “ Segue o teu destino, Com este heterónimo, Rega as tuas Pessoa projecta-se na plantas, Antiguidade Clássica. Ama as tuas rosas.”
  • 14. Ricardo Reis é o poeta clássico: cultiva a ode e recorre frequentemente à mitologia e aos latinismos. Preconiza o regresso à Grécia Antiga por considerá-la um modelo de
  • 15. Os gregos como modelo de sabedoria, pois souberam aceitar o destino e fruir o bem da vida. • Tem consciência de que não nos podemos opor ao destino, mas antes aceitá-lo com naturalidade, como a água segue o curso do rio, sem lhe resistir.
  • 16. O homem, sujeito do Fado, não tem liberdade “Porque, só na ilusão da liberdade A liberdade existe.” “Como acima dos Deuses O Destino É calmo e inexorável.”
  • 17. Linguagem e estilo • Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde uma expressão perfeita Forma métrica: Ode • Estrofes regulares em verso decassílabo alternadas ou não com hexassílabo • Verso branco • Recursos frequente à assonância, à rima interior e à aliteração
  • 18. Predomínio da subordinação • Uso frequente do hipérbato • Uso frequente do gerúndio e do imperativo • Uso de latinismos • Metáforas, eufemismos, comparações • Estilo construído com muito rigor e muito denso

Notes de l'éditeur

  1. Ode é uma composição poética que surgiu na Grécia Antiga , e era cantada e acompanhada pela lira . Ode, em grego , significa canto . Ela se divide em estrofes semelhantes entre si, tanto pelo número como pela medida dos versos, geralmente de quatro versos ou dividida em três partes recorrentes quando coral. Os poetas gregos Alceu, Safo e Anacreonte escreveram odes. Caracteriza-se pelo tom elevado e sublime com que trata determinado assunto. As literaturas ocidentais modernas aproveitaram sobretudo, do ponto de vista da forma, a ode composta por três unidades estróficas, correspondentes, no desenvolvimento da ideia do poema, à estrofe, à antístrofe (cantada pelo coro, originalmente) e ao epodo (conclusão do poema). A ode comportava uma série de esquemas métricos e rítmicos, de acordo com os quais era classificada.
  2. epicurismo.: Epicuro acreditava que o maior bem era a procura de prazeres moderados de forma a atingir um estado de tranquilidade (ataraxia) e de libertação do medo, assim como a ausência de sofrimento corporal (aponia) através do conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. A combinação desses dois estados constituiria a felicidade na sua forma mais elevada
  3. Estoicismo: A autossuficiência é o objetivo supremo do estoicismo, que assume como lema o adágio ascético sustine et abstine , suporta e renuncia . Cada ser deve viver com a sua própria natureza, logo, ao homem, que se caracteriza por ser eminentemente racional, cabe viver de acordo com a virtude para atingir o objetivo máximo: a felicidade. Esta só é alcançável através do cumprimento do adágio já referido, tornando o homem um ser autárquico, quer dizer, cujo princípio está em si mesmo e que, por isso, é senhor de si. Para alcançar este fim, o sábio deve renunciar às suas paixões; a esta renúncia chamam os estoicos ataraxia ou apatia .
  4. Hipérbato: inversão dos elementos da frase relativamente à sua ordem usual.