5. Como era a vida no Paleolítico?
Este é o nome que recebe o período da história humana
que vai do aparecimento dos primeiros seres humanos (500 mil
anos a.C.) até o início do desenvolvimento da agricultura,
ocorrido há cerca de 10 mil anos a.C.
Os primeiros seres humanos eram caçadores, ou seja,
alimentavam-se da carne de mamutes, bisões e usavam a pele
para fazer roupas e os ossos para fabricarem pontas de
lanças. Além da caça, eles também pescavam e coletavam da
natureza frutos, folhas e raízes. Quando acabava a comida
disponível no ambiente deslocavam-se para outra região.
Assim, não possuíam moradia fixa – eram nômades.
Com o uso da inteligência, os seres humanos criaram
ferramentas de ossos, madeira e pedras para auxiliar suas
atividades do dia a dia. Outro acontecimento muito importante
foi o domínio sobre o fogo, que ajudou àqueles homens a
afugentar animais, iluminar e aquecer as moradias, bem como
a cozinhar os alimentos.
6. Resumo:
Armas e ferramentas eram feitas de ossos, pedras e madeira;
A caça, a pesca e a coleta de frutos e raízes eram a principal
fonte de alimento;
A descoberta do fogo cooperou para a melhoria da vida dos
seres humanos, a partir do momento em que poderiam cozinhar
os alimentos, aquecer as moradias, afugentar os animais e
iluminar os caminhos;
Os seres humanos no Paleolítico eram nômades, ou seja,
precisavam se deslocar de um local para outro em busca de
alimentos;
As moradias, inicialmente, eram feitas de pedra, ossos,
madeira cobertos por peles de animais. Posteriormente, os
homens passaram a viver também em cavernas;
Divisão do trabalho era feito por sexo e idade, ou seja, os
homens caçavam e pescavam e as mulheres, idosos e crianças
coletavam alimentos da natureza;
Os homens do Paleolítico deixaram vários registros nas
cavernas, chamados de pinturas rupestres.
7. Pintura rupestre
Os homens do Paleolítico usavam as pinturas ou arte
rupestre. Chama-se assim pois são pinturas feitas nas
rochas, nas paredes de cavernas.
Geralmente, as imagens representam cenas do
cotidiano. Eram cenas de caça de bisões, mamutes,
rinocerontes, renas, bois e cavalos selvagens. Aqueles
homens acreditavam que o desenho tinha o poder de
atrair o animal para perto do grupo.
As tintas eram feitas de carvão terra, sangue e
minerais moídos e aplicados com as mãos, plumas de
aves, peles de animais, lascas de madeira e punhado de
musgo.
18. No período Neolítico, os humanos passaram a polir a
pedra, aumentando com isso a eficiência de suas
ferramentas e armas. Entre as grandes conquitas desse
período estão a agricultura e o pastoreio; por isso, os
grupos humanos daqueles tempos ficaram conhecidos
como agricultores e pastores.
No início do Neolítico (10000 a.C.), a Terra passou
por uma grande mudança climática. As temperaturas se
elevaram e as camadas de gelo que cobriam parte da
superfície terrestre recuaram. Os animais acostumados a
climas frios, como os bisões e os mamutes desapareceram
e a carne tornou-se menos abundante; intensificou-se ,
então, a busca por outras fontes de alimentos. Nessa
busca, os seres humanos desenvolveram a agricultura e,
ao mesmo tempo, começaram a domesticar e a criar
animais, como cachorros, cabras, ovelhas e bois.
Como era a vida no Neolítico?
19. Pesquisas recentes indicam que o desenvolvimento da agricultura
se deu em vários pontos da Terra ao mesmo tempo. No Oriente, há
evidências de que os seres humanos já cultivavam o trigo e a cevada há
cerca de 10 mil anos. A prática da agricultura revolucionou a vida
humana, favorecendo uma série de mudanças tais como:
a) Sedentarização: sobrevivendo do cultivo e do pastoreio, os seres
humanos passaram a produzir seu próprio alimento e não precisavam
mais mudar constantemente de lugar. Então, aos poucos, foram se
tornando sedentários, isto é, passaram a se fixar em um
determinado território;
b) A descoberta de novos instrumentos de trabalho: machado de
pedra com cabo paras derrubar árvores, enxada para limpar o
terreno e a foice para cortar o mato;
c) Invenção da cerâmica: os grupos humanos passaram a necessitar de
recipientes em que pudessem cozinhar, armazenar e transportar
cereais. A invenção da cerâmica veio atender a essa necessidade,
sendo usada para fazer panelas, vasos, jarros, etc.
d) O crescimento da população: com o aumento e a diversificação da
produção e a melhoria na conservação dos alimentos, a população
aumentou e as pessoas passaram a viver mais tempo.
A agricultura não substituiu a caça e a coleta. Muitos grupos
humanos continuaram sobrevivendo da caça, da pesca, da coleta.
Características:
20. Divisão do trabalho
Nas aldeias neolíticas, o trabalho era
dividido de acordo com o sexo e a
idade. As mulheres dedicavam-se à
agricultura, ao preparo dos alimentos
e cuidavam dos filhos. Já os homens
caçavam, cuidavam dos rebanhos e da
segurança do grupo. Crianças e idoso
não trabalhavam.
Especialização do trabalho
Com o aumento da população das aldeias, foi
necessário aumentar também a oferta de alimentos;
inventaram-se, então, o arado puxado por animais e
novas técnicas de adubação e irrigação do solo.
Com isso, algumas aldeias passaram a produzir
excedentes, ou seja, mais alimentos do que consumiam,
e, consequentemente seus membros puderam se
dedicar a outras atividades, como a carpintaria, a
tecelagem, a metalurgia.
Ocorreu, portanto, uma crescente divisão do
trabalho. Uns construíam casas, outros faziam tecidos,
outros modelavam o ferro para fazer armas, alguns
caçavam, entre outras atividades.
21. Comércio
Com a especialização do trabalho, as
pessoas passaram a trocar aquilo que
produziam por itens de que precisavam.
Quem produzia trigo ou azeite, por
exemplo, trocava por jarros de cerâmica,
por tecidos, espadas de ferro. Nascia,
assim, o comércio. Com o tempo, surgiam
pessoas que tinham como especialização
trocar produtos produzidos por outros – os
comerciantes.
22. Centralização do Poder
Com o aumento da divisão do trabalho e do comércio, algumas aldeias
prosperaram. Com isso, a população cresceu, criando a necessidade de se obter
mais terras cultiváveis, que passaram a ser muito disputadas. O chefe de uma aldeia
que vencia as demais passava a ter mais terras e mais pessoas sob o seu controle,
recebendo consequentemente mais impostos (contribuição paga em produtos) e
assumindo um papel de liderança.
Aquele chefe que controlava várias aldeias recebia diferentes nomes,
dependendo da cultura local, mas chamaremos nessa obra esses líderes de rei. O rei
governava de sua residência, com a ajuda de funcionários encarregados de cobrar
impostos, aplicar a justiça e defender o reino. O rei e seus funcionários controlavam
também a produção de alimentos e a construção de obras públicas como, por
exemplo, os canais de irrigação.
Com isso, o rei foi obtendo mais poder e impondo sua autoridade. Esse
processo é chamado centralização do poder ou formação do Estado. O rei e seus
funcionários eram os representantes dos Estados antigos: o palácio era o local onde
se reuniam para dialogar e tomar decisões. Assim, pouco a pouco, as aldeias
neolíticas foram se transformando em cidades. A cidade se distingue da aldeia por
três características: maior divisão do trabalho, comércio feito com regularidade e
centralização do poder.
23. As primeiras cidades formaram-se perto das margens de grandes rios por causa da importância
da água para a agricultura e porque facilitava o transportava de pessoas e produtos. Em torno de
grandes rios, como o Tigre e o Eufrates, na Mesopotâmia; o Nilo, no Egito; e o Azul e o Amarelo, na
China, surgiram também as primeiras civilizações.