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Don Juan DeMarco   Por Renato Cardoso
Até hoje, em determinadas situações, muitas vezes me pego reportando a esta ou aquela cena de Don Juan. “ Don Juan de Marco’ é um dos filmes mais intrigantes que já assisti. Francis Ford Coppola abusou da imaginação e nos levou a todos a viajar com ele o tempo todo, durante o filme e até muito tempo depois.
A fantasia do filme é tamanha, que nos leva quase a concluir que “a melhor parte do amor é perder todo o senso de realidade!” E o filme é muito isso. É uma viagem fantasiosa quase sem volta. Um linda e pela maioria, jamais vivida viagem.
Logo no início do filme, um rapaz usando uma máscara negra, ameaça jogar–se do alto de um edifício.  O jovem (Johnny Deep) afirma ser Don Juan, o lendário conquistador de mulheres.  Por ter perdido seu primeiro e verdadeiro amor, caiu num profundo   estado de depressão. É quando o jovem é encaminhado a um hospital psiquiátrico.
O psiquiatra Jack Mickller (Marlon Brando) é chamado para salvá-lo. No início, o psiquiatra parece cansado, pronto para se aposentar.  Mas, na medida em que Don Juan começa a descrever sua vida amorosa, Jack sente-se cada vez mais revigorado.   E assume o caso com tudo.
Ouvindo a história do jovem, Jack começa a se contagiar com os detalhes e a ambientação de tudo o que ele lhe conta, redescobrindo o prazer de viver e se questionando: será que Don Juan é mesmo Don Juan de Marco?  Ambos se envolvem num curioso relacionamento que beneficia até mesmo a mulher do psiquiatra, até então, sempre relegada a um segundo plano pelo marido.
As aventuras narradas por Don Juan, sempre envolvendo mulheres de todos os tamanhos e calibres são leves e com um bem-vindo toque de humor.  Explica-se essa transformação de Don Juan pelo fascínio (relativo ao sexual), que ele desperta em seu público.
Don Juan mostra para as mulheres uma série de espelhos falsos nos quais elas enxergam uma promessa de amor intenso, pleno inigualável.  E esta mensagem as faz largar tudo que lhe é precioso: CASTIDADE,   FIDELIDADE, LAÇOS DO CASAMENTO, AMIZADE, TRABALHO, ETC.
Don Juan visa o poder em suas relações amorosas: sacrificar as mulheres à sua glória, pela glória dominar os homens. E de sua dominação exercer de forma teatral no espaço coletivo. É quando ele procura as mulheres, a quem seduz. E quando Juan  as conquista, ele as traz para um lugar só seu, oculto, privado.
E isto é o que há de mais notável na ação de Don Juan: ele domina os homens por um recurso único, o de teatralizar o social.
E finalmente o que interessa é devolver a mulher já marcada pela posse e entregá-la ao espaço público, a essa multidão que assiste o seu triunfo.  Fazendo-se espetáculo, ele garante que não existe mais rival para seus feitos ou controle para suas ações.
Marlon  Brando  (Dr. Jack Mickler) e  Faye   Dunaway  (Marilyn Mickler) estão perfeitos nos papéis de marido e mulher em fase de idade na qual o sexo não desperta lá grande interesse.
Don Juan DeMarco exerce o direito de fantasiar nas terapias.
Nas sessões de terapia, o psiquiatra entra fundo na fantasia de Don Juan e se vê contaminado por ela. A linha tênue entre fantasia e realidade desperta no Dr. uma forte sensação de volta à virilidade através da emoção, através da fantasia. E se dirige à esposa com tudo, levando-a a partilhar. Da fantasia o vigor físico.
E se descobrem amantes, sem querer perder um único momento daquele estado. Exibem cenas que são da mais profunda beleza. Revivem grandes momentos e o filme, aí, cresce aos olhos e ouvidos dos telespectadores.
Marlon  Brando  (Dr. Jack Mickler) e  Faye   Dunaway  retornam com esses papéis ao cinema, depois de anos sem atuar.  Depois dele, apenas uma vez Marlon Brando participou de filmagens.
Johnny Depp, com seu papel nesse filme, fixou-se como um dos principais artistas de nosso tempo. Continua com tudo como capitão Jack, na série Piratas do Caribe.
Com fotos e informações da Internet
Apresentação por  Renato Cardoso
www.vivendobauru.com.br

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  • 2. Até hoje, em determinadas situações, muitas vezes me pego reportando a esta ou aquela cena de Don Juan. “ Don Juan de Marco’ é um dos filmes mais intrigantes que já assisti. Francis Ford Coppola abusou da imaginação e nos levou a todos a viajar com ele o tempo todo, durante o filme e até muito tempo depois.
  • 3. A fantasia do filme é tamanha, que nos leva quase a concluir que “a melhor parte do amor é perder todo o senso de realidade!” E o filme é muito isso. É uma viagem fantasiosa quase sem volta. Um linda e pela maioria, jamais vivida viagem.
  • 4. Logo no início do filme, um rapaz usando uma máscara negra, ameaça jogar–se do alto de um edifício. O jovem (Johnny Deep) afirma ser Don Juan, o lendário conquistador de mulheres. Por ter perdido seu primeiro e verdadeiro amor, caiu num profundo estado de depressão. É quando o jovem é encaminhado a um hospital psiquiátrico.
  • 5. O psiquiatra Jack Mickller (Marlon Brando) é chamado para salvá-lo. No início, o psiquiatra parece cansado, pronto para se aposentar. Mas, na medida em que Don Juan começa a descrever sua vida amorosa, Jack sente-se cada vez mais revigorado. E assume o caso com tudo.
  • 6. Ouvindo a história do jovem, Jack começa a se contagiar com os detalhes e a ambientação de tudo o que ele lhe conta, redescobrindo o prazer de viver e se questionando: será que Don Juan é mesmo Don Juan de Marco? Ambos se envolvem num curioso relacionamento que beneficia até mesmo a mulher do psiquiatra, até então, sempre relegada a um segundo plano pelo marido.
  • 7. As aventuras narradas por Don Juan, sempre envolvendo mulheres de todos os tamanhos e calibres são leves e com um bem-vindo toque de humor. Explica-se essa transformação de Don Juan pelo fascínio (relativo ao sexual), que ele desperta em seu público.
  • 8. Don Juan mostra para as mulheres uma série de espelhos falsos nos quais elas enxergam uma promessa de amor intenso, pleno inigualável. E esta mensagem as faz largar tudo que lhe é precioso: CASTIDADE, FIDELIDADE, LAÇOS DO CASAMENTO, AMIZADE, TRABALHO, ETC.
  • 9. Don Juan visa o poder em suas relações amorosas: sacrificar as mulheres à sua glória, pela glória dominar os homens. E de sua dominação exercer de forma teatral no espaço coletivo. É quando ele procura as mulheres, a quem seduz. E quando Juan as conquista, ele as traz para um lugar só seu, oculto, privado.
  • 10. E isto é o que há de mais notável na ação de Don Juan: ele domina os homens por um recurso único, o de teatralizar o social.
  • 11. E finalmente o que interessa é devolver a mulher já marcada pela posse e entregá-la ao espaço público, a essa multidão que assiste o seu triunfo. Fazendo-se espetáculo, ele garante que não existe mais rival para seus feitos ou controle para suas ações.
  • 12. Marlon Brando (Dr. Jack Mickler) e Faye Dunaway (Marilyn Mickler) estão perfeitos nos papéis de marido e mulher em fase de idade na qual o sexo não desperta lá grande interesse.
  • 13. Don Juan DeMarco exerce o direito de fantasiar nas terapias.
  • 14. Nas sessões de terapia, o psiquiatra entra fundo na fantasia de Don Juan e se vê contaminado por ela. A linha tênue entre fantasia e realidade desperta no Dr. uma forte sensação de volta à virilidade através da emoção, através da fantasia. E se dirige à esposa com tudo, levando-a a partilhar. Da fantasia o vigor físico.
  • 15. E se descobrem amantes, sem querer perder um único momento daquele estado. Exibem cenas que são da mais profunda beleza. Revivem grandes momentos e o filme, aí, cresce aos olhos e ouvidos dos telespectadores.
  • 16. Marlon Brando (Dr. Jack Mickler) e Faye Dunaway retornam com esses papéis ao cinema, depois de anos sem atuar. Depois dele, apenas uma vez Marlon Brando participou de filmagens.
  • 17. Johnny Depp, com seu papel nesse filme, fixou-se como um dos principais artistas de nosso tempo. Continua com tudo como capitão Jack, na série Piratas do Caribe.
  • 18. Com fotos e informações da Internet
  • 19. Apresentação por Renato Cardoso