O documento relata as atividades da filial de Curitiba da RKMD nos últimos três meses, incluindo apresentações, treinos, visita de Harumi Kamesato de Okinawa para ensinar taiko, e boas-vindas aos novos membros. Harumi comentou positivamente sobre sua visita à Curitiba, elogiando o espírito alegre e dedicação dos membros locais aos treinos e apresentações.
1. ShishinbunShishinbun
RKMD - Curitiba
Abr/Mai/Jun n 02-2013
Haisai!! Mensore!!
RKMD - Filial Curitiba
°
Haisai!! Mensoore!
Tudo bem com vocês pessoal?
Alguns meses atrás não imaginávamos nem o número um mas o nosso Shishinbun chega ao
número dois e só podemos agradecer a boa recepção que o jornal teve. Confessamos que de-
vido alguns imprevistos, dentre eles computadores resolvendo parar de funcionar quando o
jornal já estava pronto, causaram algumas mudanças no conteúdo e um atraso no lançamento.
Muito bem, nessa segunda edição trouxemos a tradução da música Akemodoro no Uta, com-
plementando o último número do jornal que trazia a música Shimanchu nu Takara, ambas
apresentadas no Teatro Guaíra esse ano. Conversamos com um entrevistado internacional e
também lembramos um pouco daquilo que aconteceu entre o final de março e a metade de
junho.
Outra coisa que não podemos deixar de colocar aqui é a visita da Harumi Kamesato, uma ex-
periência ótima para todos que puderam conhecê-la e aprender com ela.
Uma novidade é a seção “Apresentando!” onde contaremos como foi uma apresentação que
passou e o que ficou de lembrança para quem estava lá.
Desejamos as boas vindas aos novos membros que entraram na Convocatória e à todos, uma
boa leitura!
Chibariyo!
2. RKMD - Filial Curitiba
Aquilo que passou
RKMD - Filial Curitiba
Nos três meses que essa edição relata, o ano da nossa filial começou para valer, logo no começo de Abril tivemos as estréias na Convocatória
na semana seguinte recebemos os novos membros no último dia da Harumi san conosco. Ainda naquela época, pudemos ver no Amigo Secreto
de Páscoa, como ganhar um chocolate pode ser muito empolgante para algumas pessoas. Para dar as boas vindas oficiais aos shinjins, tivemos
então o primeiro RKMDay que botou todo mundo pra dançar e contou com muita gente nova.
Nos dias 27 e 28 de Abril, fomos ao Hana Matsuri na Praça do Japão. As apresentações aconteceram em dois horários, apenas no sábado.
É importante lembrar que no segundo horário tocamos quando já eestava escuro e como o espaço destinado à apresentação era pequeno e o
público ainda era grande, foi a ajuda mútua entre o nosso grupo e o Wakaba Yosakoi Soran que permitiu uma apresentação segura para ambos
os lados.
Outro evento que tivemos, foi uma sessão para assistir o DVD do “Ichariba Choodee” o que completava assim o ciclo da organização do aniver-
sário de 5 anos, iniciado há mais de um ano e que culminou no maior show que a nossa filial já proporcionou ao público curitibano.
Por fim, gostaríamos de lembrar da boa-ação que vários membros fizeram ao participar do “Amigos do Kokoro”, um projeto antigo do nosso
grupo que voltou a ser incentivado. Nele os interessados (membros, seus familiares e amigos) se juntam para ir doar sangue, um ato pequeno
mas que pode ajudar à salvar vidas, parabéns pessoal!
*Ainda em Junho tivemos outros acontecimentos mas serão relatados no próximo Shishinbun!
RKMD - Filial Curitiba
3. RKMD - Filial CuritibaRKMD - Filial Curitiba
Como falamos, o Shishinbun não poderia deixar de relembrar a vinda da Harumi san aqui para o Brasil
e especialmente para nossa filial. Primeiramente, vamos apresentá-la para quem não pôde conhecê-la.
Harumi Kamesato mora em Okinawa, nasceu em 1980, e só de taikô ela tem 18 anos! Ela foi especialmen-
te convidada para vir ensinar nas filaiis brasileiras do Ryukyu Koku Matsuri Daiko.
Logo na sua chegada, no aeroporto, assim como as outras filiais nós preparamos uma recepção especial
e que pegou de surpresa a nossa visita. Depois de recebê-la a hora dos treinos chegou, todos ficaram
impressionados como sua técinica era apurada e como demonstrava tanta energia ao tocar a música que
fosse.
Apesar da dificuldade da comunicação em alguns momentos, aprender com ela ficava fácil pela sua sen-
sibilidade e também o bom humor. Nos dias que se seguiram, Harumi san mostrou ser muito dedicada
dando treinos para o grupo até mesmo quando não estava sentindo-se muito bem.
Quando não havia treino, havia passeios, muitos passeios. Sempre animada para conhcer os membros e
aquilo que gostam de fazer, compartilhou muitos momentos de diversão com quem pode estar. Visitou
parques, restaurantes, pontos turísticos e até saiu à noite!
Foi muito bom, todos sabemos, mas o que será que ela achou? Bem...
RKMD - Filial Curitiba
4. RKMD - Filial CuritibaRKMD - Filial CuritibaRKMD - Filial Curitiba
Galera do Curitiba-shibu!
Olá ^^ Como vão vocês?
Imagino que os dias seguem bastante frios
Já fazem três meses desde que eu deixei Curitiba
Como vão os treinos?? ^^
Estava aqui lembrando dos treinos em Curitiba!! ^^
Todos me falaram que Curitiba é uma cidade muito fria, mas nos dez dias que eu fiquei aí, choveu em apenas dois dias!!!
Será que é por causa do nome Harumi?? (risos) **Harumi se escreve com o ideograma para ‘ensolarado’**
Eu me lembro que o clima estava muito bom
Que todos se esforçaram ao máximo na convocatória
Todas aquelas músicas...
Eu só conseguia ver vocês dançando por uma brechinha no canto do palco,
Mas não tinha diferença nenhuma de como dançamos em Okinawa.
Senti novavente a maravilha que é ser membro do Ryukyu Koku Matsuri Daiko
A maneira como os hatas, os tambores, os sons se distribuíram e trabalharam em conjunto foi muito sólida e confiante!!! ^^
Não conseguimos treinar muito com todos os membros presentes ao mesmo tempo
Eu me arrependo um pouco disso, mas dentro daquelas poucas chances
Eu me lembro perfeitamente até hoje da filial treinando super concentrada no último dia de treino!!! ^^
Eu gostei demais do pessoal alegre de Curitiba ^^
Sempre energéticos, dando tudo de si nas brincadeiras e no taiko
Vocês são o máximo! ^^
Eu estou me esforçando aqui pro dia em que dançaremos juntos novamente, em Janeiro
Então até lá!!
Tchau Tchau ^^
Harumi Kamesato
クリチバ支部のみなさん!!
こんにちは^^ご機嫌いかがですか?
とても寒い毎日が続いていると思います
私がクリチバをはなれてからもう早三か月が過ぎました
練習はどうですか??^^
クリチバでの練習を思い出していました!!^^
みんなからクリチバはとても寒いと聞いていましたが
私のいた
10日のうち
雨が降ったのはわずか2日くらい!!!
晴美という名前のおかげでしょうか??笑
すごくいい天気だったこと覚えています
一生懸命頑張ったコンバカトーリア
あんなにも沢山の曲。
おどっている姿を舞台のわずかな隙間から見ていましたが
沖縄で踊っている
みんなと何も変わらない
メンバーであることに
改めて琉球國祭り太鼓の素晴らしさを感じていました
旗持ちも、音響も、打ち手もみんなで分担して
テキパキ動いて頼もしかったですよ!!^^
全員で練習できたのがすこしね
少なかったのが心残りだったけど
あの少ない時間の中で
集中して練習できたクリチバでの最後の練習日の事は今でもはっきり覚えていますよーーーー
クリチバのみんなはね、明るくってとっても好きです^^
元気があって遊びも太鼓も、一生懸命で
最高です!^^
また一月にみんなと踊れること楽しみに私も沖縄で頑張っているので
その日まで!!
またね^^
...o único jeito de saber era perguntar à ela. Aqui está o que ela nos disse:
5. Shimanchu nu Takara
僕が生まれたこの島の空を / Boku ga umareta kono shima no sora wo
僕はどれくらい知っているんだろう/ Boku wa dorekurai shitteirundarou
輝く星も 流れる雲も / Kagayaku hoshi mo nagareru kumo mo
名前を聞かれてもわからない / Namae wo kikaretemo wakaranai
でも誰より誰よりも知っている / Demo dareyori dareyori mo shitteiru
悲しい時も 嬉しい時も / Kanashii toki mo ureshii toki mo
何度も見上げていたこの空を / Nando mo miageteita kono sora wo
教科書に書いてある事だけじゃわからない / Kyoukasho ni kaitearu koto dake jya wakaranai
大切な物がきっとここにあるはずさ / Taisetsu na mono ga kitto koko ni aru hazu sa
それが島人ぬ宝 / Sore ga shimanchu nu takara
僕がうまれたこの島の海を / Boku ga umareta kono shima no umi wo
僕はどれくらい知ってるんだろう/ Boku wa dorekurai shitterundarou
汚れてくサンゴも 減って行く魚も / Yogoreteku sango mo hetteyuku sakana mo
どうしたらいいのかわからない / Dou shitara ii no ka wakaranai
でも誰より誰よりも知っている / Demo dareyori dareyori mo shitteiru
砂にまみれて 波にゆられて / Suna ni mamirete nami ni yurarete
少しずつ変わってゆくこの海を / Sukoshi zutsu kawatteyuku kono umi wo
テレビでは映せないラジオでも流せない / Terebi de wa utsusenai rajio demo nagasenai
大切な物がきっとここにあるはずさ / Taisetsu na mono ga kitto koko ni aru hazu sa
それが島人ぬ宝 / Sore ga shimanchu nu takara
僕が生まれたこの島の唄を / Boku ga umareta kono shima no uta wo
僕はどれくらい知ってるんだろう/ Boku wa dorekurai shitterundarou
トゥバラーマも デンサー節も / Tubaraama mo Densaa bushi mo
言葉の意味さえわからない / Kotoba no imi sae wakaranai
でも誰より誰よりも知っている / Demo dareyori dareyori mo shitteiru
祝いの夜も 祭りの朝も / Iwai no yoru mo matsuri no asa mo
何処からか聞えてくるこの唄を / Doko kara ka kikoete kuru kono uta wo
いつの日かこの島を離れてくその日まで / Itsu no hi ka kono shima wo hanareteku sono hi made
大切な物をもっと深く知っていたい / Taisetsu na mono wo motto fukaku shitteitai
それが島人ぬ宝 / Sore ga shimanchu nu takara
Quanto será que conheço sobre o céu desta ilha onde nasci?
Mesmo que me perguntem o nome das estrelas brilhantes e das nuvens que passam, não saberei responder.
Mas uma coisa eu sei, mais do que ninguém
Nos momentos tristes, assim como nos felizes, inúmeras vezes olhei para esse céu.
Apenas com o que está escrito nos livros-texto não é possível conhecer
A coisa mais importante está definitivamente aqui.
Esse é o tesouro de um shimanchu*.
Quanto será que conheço sobre o mar desta ilha onde nasci?
Os corais vão se sujando, os peixes vão ficando escassos,
Não sei o que posso fazer a respeito.
Mas uma coisa eu conheço, mais do que ninguém
Coberto por areia, chacoalhado pelas ondas,
Conheço esse mar que vai mudando pouco a pouco.
Não é mostrada na TV, não é transmitida na rádio
A coisa mais importante está definitivamente aqui
Esse é o tesouro de um shimanchu.
Quanto será que conheço da canção desta ilha onde nasci?
Não sei sequer o significado de palavras como Tubaraama ou Densa Bushi.
Mas uma coisa eu conheço, mais do que ninguém
Nas noites de celebração, nas manhãs de festivais,
Essa canção pode ser ouvida de qualquer lugar.
Algum dia eu deixarei essa ilha, até que ele chegue
Eu quero saber mais e mais sobre as coisas realmente importantes
Esse é o tesouro de um shimanchu.
(Tradução por Felipe Utiyama)
RKMD - Filial Curitiba
*Shimanchu: Habitante de uma ilha
Akemodoro no uta
僕が生まれたこの島の空を / Boku ga umareta kono shima no sora wo
僕はどれくらい知っているんだろう/ Boku wa dorekurai shitteirundarou
輝く星も 流れる雲も / Kagayaku hoshi mo nagareru kumo mo
名前を聞かれてもわからない / Namae wo kikaretemo wakaranai
でも誰より誰よりも知っている / Demo dareyori dareyori mo shitteiru
悲しい時も 嬉しい時も / Kanashii toki mo ureshii toki mo
何度も見上げていたこの空を / Nando mo miageteita kono sora wo
教科書に書いてある事だけじゃわからない / Kyoukasho ni kaitearu koto dake jya wakaranai
大切な物がきっとここにあるはずさ / Taisetsu na mono ga kitto koko ni aru hazu sa
それが島人ぬ宝 / Sore ga shimanchu nu takara
僕がうまれたこの島の海を / Boku ga umareta kono shima no umi wo
僕はどれくらい知ってるんだろう/ Boku wa dorekurai shitterundarou
汚れてくサンゴも 減って行く魚も / Yogoreteku sango mo hetteyuku sakana mo
どうしたらいいのかわからない / Dou shitara ii no ka wakaranai
でも誰より誰よりも知っている / Demo dareyori dareyori mo shitteiru
砂にまみれて 波にゆられて / Suna ni mamirete nami ni yurarete
少しずつ変わってゆくこの海を / Sukoshi zutsu kawatteyuku kono umi wo
テレビでは映せないラジオでも流せない / Terebi de wa utsusenai rajio demo nagasenai
大切な物がきっとここにあるはずさ / Taisetsu na mono ga kitto koko ni aru hazu sa
それが島人ぬ宝 / Sore ga shimanchu nu takara
僕が生まれたこの島の唄を / Boku ga umareta kono shima no uta wo
僕はどれくらい知ってるんだろう/ Boku wa dorekurai shitterundarou
トゥバラーマも デンサー節も / Tubaraama mo Densaa bushi mo
言葉の意味さえわからない / Kotoba no imi sae wakaranai
でも誰より誰よりも知っている / Demo dareyori dareyori mo shitteiru
祝いの夜も 祭りの朝も / Iwai no yoru mo matsuri no asa mo
何処からか聞えてくるこの唄を / Doko kara ka kikoete kuru kono uta wo
いつの日かこの島を離れてくその日まで / Itsu no hi ka kono shima wo hanareteku sono hi made
大切な物をもっと深く知っていたい / Taisetsu na mono wo motto fukaku shitteitai
それが島人ぬ宝 / Sore ga shimanchu nu takara
Quanto será que conheço sobre o céu desta ilha onde nasci?
Mesmo que me perguntem o nome das estrelas brilhantes e das nuvens que passam, não saberei responder.
Mas uma coisa eu sei, mais do que ninguém
Nos momentos tristes, assim como nos felizes, inúmeras vezes olhei para esse céu.
Apenas com o que está escrito nos livros-texto não é possível conhecer
A coisa mais importante está definitivamente aqui.
Esse é o tesouro de um shimanchu*.
Quanto será que conheço sobre o mar desta ilha onde nasci?
Os corais vão se sujando, os peixes vão ficando escassos,
Não sei o que posso fazer a respeito.
Mas uma coisa eu conheço, mais do que ninguém
Coberto por areia, chacoalhado pelas ondas,
Conheço esse mar que vai mudando pouco a pouco.
Não é mostrada na TV, não é transmitida na rádio
A coisa mais importante está definitivamente aqui
Esse é o tesouro de um shimanchu.
Quanto será que conheço da canção desta ilha onde nasci?
Não sei sequer o significado de palavras como Tubaraama ou Densa Bushi.
Mas uma coisa eu conheço, mais do que ninguém
Nas noites de celebração, nas manhãs de festivais,
Essa canção pode ser ouvida de qualquer lugar.
Algum dia eu deixarei essa ilha, até que ele chegue
Eu quero saber mais e mais sobre as coisas realmente importantes
Esse é o tesouro de um shimanchu.
(Tradução por Felipe Utiyama)
RKMD - Filial Curitiba
*Shimanchu: Habitante de uma ilha
ニライの海 風の行く先 / Nirai no umi kaze no yukusaki Os ventos se destinam aos mares de Nirai*
鳥は飛び立つ カナイの空へ / tori wa tobitatsu kanai no sora e Pássaros alçam vôo aos céus de Kanai**
日よ今 出づる / hi yo ima dezuru O sol agora ascende
神々の島 ひとうたう / kamigami no shima hito utau Na Ilha dos Deuses, uma canção ressona
あけもどろの花よ / akemodoro no hana yo (para) a flor de Akemodoro***
時よ今 しるす / toki yo ima shirusu O tempo agora eterniza(marca)
神々の島 ひとゆめみ / kamigami no shima hito yumemi A ilha dos Deuses; um sonho
あけもどろの風よ / akemodoro no kaze yo (sobre) os ventos de Akemodoro
君よ今 つつむ / kimi yo ima tsutsumu Você é agora envolto
神々の島 ひとときめき / kamigami no shima hito tokimeki (pela) Ilha dos Deuses; (e nela) reverbera
あけもどろの詩よ / akemodoro no uta yo A canção de Akemodoro.
*/**: Ambas Nirai e Kanai se referem a Niraikanai, a terra de além-mar das lendas de Ryukyu. Graças à Harumi san, eu consegui um texto que explica várias teorias sobre a origem do nome, dividindo
os termos em Nirai/Kanai. Nirai pode ser descrito como algo próximo de “Lugar de origem”, e Kanai tem uma teoria sobre significar “além/distante”, mas se eu entendi direito, quando o Medoruma san
escreveu essa letra, ele quis indicar Kanai com o valor de “realização das orações”... De qualquer forma, ambos remetem à ilha dos Deuses.
***: Akemodoro é uma palavra em Uchinaaguchi que se refere a uma paisagem vislumbrante, no momento que o nascer do sol nas ilhas do sul enche o céu de uma cor vibrante. Na nossa língua é difícil
de atribuir símbolos em geral a um “momento”, mas considere Akemodoro como um ‘outro mundo’, que é atemporal, mas só nos é mostrado por um breve momento em cada manhã.
Tradução por Felipe Utiyama
6. RKMD - Filial Curitiba
Apresentando!
No dia 17 de Maio, nosso grupo se apresentou no Lar de Idosos Junshin, no bairro Pilarzinho. Essa
apresentação sempre é diferente, “sempre” pois já tivemos a oportunidade de estar lá tocando em
anos anteriores. Mas você pode estar se perguntando o que há de tão diferente.. certamente é o
público que nos assiste.
O Lar Junshin recebe idosos que muitas vezes não podem contar com a assistência de um membro
de sua família todos os dias da semana, então ao irem para o Lar são tratados muito bem, lá se
promove um espaço onde eles podem se divertir, socializar e aprender coisas novas.
Contando um pouco dessa última apresentação, os membros Naoto, Miti, Yuji, Shooji, Utiyama,
Danielle, Miyuki, Renato, Lumi e Yasmine foram até o Lar naquela tarde que estava muito fria, mas
chegando lá fomos recebidos de uma forma bem calorosa. Após um tempo preparando a forma-
ção, os odaikos, e resolvendo os últimos detalhes, fomos chamados para entrar numa sala onde o
público nos esperava ansiosamente.
Primeiramente a Lumi falou sobre o grupo, então começamos com a música Achame. Na sequência
vieram Kariyushi no Yoru e Nenjuu Kuduchi. Após os aplausos, fomos convidados a nos apresentar
individualmente e recebemos os elogios dos idosos, especialmente de uma senhora que não can-
sava de nos agradecer e acabou por pedir mais uma música. Terminamos então tocando Ashibina.
No fim depois de tirar o uniforme e instrumentos, participamos de um café da tarde com todos os
idosos onde pudemos conversar com eles. Podemos dizer que bastante fueshi , uma platéia tão es-
pecial e até alguns erros engraçados, fizeram dessa apresentação uma lembrança boa de se levar.
RKMD - Filial Curitiba
“Foi uma apresentação que eu pude perceber o que nosso grupo pode
fazer para os outros. Pude conversar com uma das mulheres que es-
tavam vendo lá, e ela me disse que no dia quase não foi no lar porque
estava gripada e não estava se sentindo bem. Por isso sua filha não
queria levá-la, mas ela a convenceu e conseguiu ir. No final me disse
que valeu a pena ter ido para ver a gente apresentar.”
Naoto
“Tenho a oportunidade de poder apresentar com o grupo em vários luga-
res, mas na apresentação do Lar, em especial, o sentimento de alegria e
gratidão fala mais alto! O público não é aquele público agitado, mas só de
ver o sorriso, sentir a felicidade vinda de cada senhor e senhora lá pre-
sentes, ter a oportunidade de poder conversar mais com eles depois da
apresentação, e ver o quanto eles gostam da alegria que o grupo transmi-
te, é inexplicavel.”
Miti
“Nunca tinha participado das apresentações no Lar Junshin, e fiquei mui-
to feliz quando soube que, finalmente, eu teria a oportunidade de parti-
cipar! Talvez não nos emocionamos dessa vez da mesma forma como o
pessoal que apresentou Toki wo Koe, mas foi um sentimento diferente de
todas as apresentações que já participei.
Sempre lembro da Nah falando para apresentarmos para os Ojis e Obas, para
tocarmos de maneira que ajudemos eles a “voltarem” para Okinawa ou para ou
tro local de onde vieram. Eu sempre guardei essas palavras comigo, mas confesso que nunca tinha sentido
esse “efeito”... até participar da apresentação no Lar. Os olhares eram de agradecimento, nostalgia, alegria e
até orgulho. Essa foi a minha interpretação, e são esse olhares que eu guardei pra mim dessa apresentação
(não o meu erro bizarro em Nenjuu hahaha).”
Lumi
7. Entrevista
RKMD - Filial CuritibaRKMD - Filial Curitiba
Perfil
Redação:
Yuji Nakashima
Felipe Utiyama
Renato Scholz
RKMD - Filial Curitiba
Idealização:
Fabiano Maruo
Jornal Shishinbun
RKMD - Curitiba
Nessa edição do Shishinbun entrevistamos uma visita que o
grupo está recebendo já há algum tempo. É o primeiro japo-
nês (que não fazia parte do RKMD) a treinar conosco na nossa
filial. Muito dedicado a aprender o nosso idioma, nosso entre-
vistado nos escreveu 100% em português!
Apresente-se aos leitores!
***
Meu nome é Keisuke Asano, Eu fiz 18 anos em Junho deste ano. Sou do Japão, cidade de Miyoshi, que é
perto de Nagoya. Eu gosto de comer! A comida do Brasil é muito boa!
***
Como você veio parar aqui no Brasil?
***
No Japão eu tenho amigos brasileiros. Eles são muito alegres, e me falaram muito sobre o Brasil. Quando
entrei no meu colégio eu descobri que ele recomenda intercâmbio para os estudantes. Então pensei “Eu
posso ir para lá e aprender sobre o Brasil”
Eu passei num exame, escolhi o Brasil, e vim parar aqui.
***
Como você conheceu o Taiko?
***
A Fernanda me apresentou o taiko. Eu conhecia ela porque ela é uma voluntária da AFS, que é uma or-
ganização de intercâmbio que não visa o lucro. Eu criei interesse pelo taiko, e comecei a treinar desde
então.
***
Fale-nos suas impressões sobre o grupo, e como vão indo os treinos...
***
Quando eu vi o treino pela primeira vez, pensei “eu quero treinar também!”, porque todo mundo foi legal
e pareceu divertido. O treino me cansa, mas eu não pratico muitos esportes, então é bom pra mim, e mais
do que isso, é muito divertido!
O grupo tem muitos japoneses, então eu me assustei, mas achei muito legal. Quando eu estava no Japão,
eu nunca achei que aprenderia sobre a cultura japonesa no Brasil. Mas vocês parecem mais japoneses
do que os próprios japoneses.
Enfim, eu me esforço para ficar cada vez melhor no taiko e aproveitar ao máximo minha estadia aqui no
Brasil!
***