Este documento discute estratégias para melhorar os índices reprodutivos de vacas primíparas mantidas em pasto, incluindo: 1) Ajustar a estação de monta para concentrar o período de nascimento entre outubro e dezembro, 2) Estabelecer nota de corte para escore de condição corporal acima de 3,5 no parto, e 3) Fornecer suplementação estratégica no terço final da gestação. As estratégias resultaram em maior concentração de partos, melhor escore de condição
2. Introdução
Vacas primíparas mantidas a pasto frequentemente são associadas a baixos
índices reprodutivos em relação as vacas pluríparas
(Sá Filho et al., 2012; Sá Filho et al., 2009b). Essa baixa eficiência pode ser atribuída a
maior incidência de anestro em vacas de primeira cria quando mantidas exclusivamente
a pasto (Wiltbank, 1970). O anestro pós parto ocorre devido o comprometimento do eixo
hipotalâmico-hipofisário-gonadal, mais especificamente a produção de GnRH e
pulsatilidade de LH, componentes necessários para que ocorra a ovulação e a prenhez
(Yavas and Walton, 2000).
Alguns fatores são condicionantes para as maiores taxas de anestro pós-parto em vacas
primíparas, dentre eles: 1) época da parição em relação ao início da estação reprodutiva
e, 2) escore condição corporal durante o período pré e pós-parto.
5. Estratégias Utilizadas 2011-2014
Ajuste da estação de monta
Nota de corte para ECC ao parto
Locação dos lotes em pastos com histórico de balanço
energético positivo durante a E.M.
Manejo nutricional estratégico no terço final da gestação
IATF com Pós Parto curto
6. Ajuste da estação de monta
Nota de corte para ECC ao parto
Locação dos lotes em pastos com histórico de balanço
energético positivo durante a E.M.
Manejo nutricional estratégico no terço final da gestação
IATF com Pós Parto curto
Estratégias Utilizadas 2011-2014
7. Condição corporal no pré e pós parto de vacas primíparas
Figura 1. Condição corporal (médias dos quadrados mínimos) no pré e pós-parto de vacas primíparas
Nelore e ½ Nelore+ ½ Red Angus, de acordo com o mês de parição (Meneghetti and Vasconcelos, 2008).
10. Efeito do mês de parição na taxa de prenhez de vacas primíparas
36.45% 35.16%
51.30%
27.91% 28.32%
51.22%
43.21% 42.58%
60.71%
58.64%
50.46% 46.03%
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO
% PIA 2011/12 % PIA 2012/13 % PIA 2013/14
Gráfico 3: Taxa de prenhez de vacas nelore primíparas submetidas a protocolo de IATF de
acordo com o mês de parição. Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
11. Ajuste da estação de monta
Nota de corte para ECC ao parto
Locação dos lotes em pastos com histórico de balanço
energético positivo durante a E.M.
Manejo nutricional estratégico no terço final da gestação
IATF com Pós Parto Curto
Estratégias Utilizadas 2011-2014
12. ECC vcs probabilidade de prenhez
Escore de condição corporal ao parto
2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
Probabilidadedeprenhezaos60dasiapósIATF
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
P=0.0007
Figura 2. Probabilidade de prenhez após 60 dias da IATF de acordo com o escore de condição corporal
ao momento do parto (Ayres, 2008).
13. BCS 5.0
BCS 4.5
BCS 4.0
BCS 3.5
BCS 3.0
BCS 2.5
BCS 2.0
BCS 1.5
Novilhas devem parir com ECC ≥ 3,5 para chegarem
no D-0 do protocolo com ECC ≥ a 3,0
14. Distribuição de ECC de vacas primípara de acordo com a E.M.
3.62%
17.71%
51.37%
12.62%
2.20%
0%
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
2.25 2.5 2.75 3 3.25 3.5
DIST 2011/12 DIST 2012/13 DIST 2013/14
Gráfico 4: Distribuição de ECC de vacas nelore primíparas submetidas a IATF de acordo com
a Estação de monta. Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
15. Nota de corte para ECC ao parto de vacas primíparas
14.82%
62.31%
77.48%
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%
80.00%
90.00%
2011/12 2012/13 2013/14
Gráfico 5: Efeito do manejo na concentração de vacas primíparas com ECC ≥ a 3 no dia 0 do
Protocolo de IATF. Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
16. Efeito do ECC na taxa de prenhez de vacas primíparas
27.02% 27.62%
34.47%
50.39%
66.66%
41.38%
45.12%
46.90% 45.71%
50.72%
33.33%
45.39%
59.92%
52.19%
58.90%
2.25 2.5 2.75 3 3.25 3.5
PIA 2011/12 PIA 2012/13 PIA 2013/14
Gráfico 6: Taxa de prenhez de vacas nelore primíparas submetidas a protocolo de IATF de
acordo com o ECC no dia 0 do protocolo . Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
17. Ajuste da estação de monta
Nota de corte para ECC ao parto
Locação dos lotes em pastos com histórico de balanço
energético positivo durante a E.M.
Manejo nutricional estratégico no terço final da gestação
IATF com Pós Parto Curto
Estratégias Utilizadas 2011-2014
18.
19. Avaliação de ECC no dia 0 e dia 50 da E.M.
3.1 3.1
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
PRIMÍPARA
IATF - 2013/14 -30d DG 2014/14 50
Gráfico 7: Avaliação de Escore de Condição Corporal (ECC) no dia 0 e dia 50 da estação
De monta. Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
20. Ajuste da estação de monta
Nota de corte para ECC ao parto
Locação dos lotes em pastos com histórico de balanço
energético positivo durante a E.M.
Manejo nutricional estratégico no terço final da gestação
IATF com pós parto curto
Estratégias Utilizadas 2011-2014
21. SUPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA
Pré parto:
Maior eficiência alimentar
Maior ingestão de alimentos
Somente gestação como prioridade metabólica
Maior facilidade de aumento da condição corporal
22. VACA GESTANTE: Manter escore de condição corporal (ECC) visando à eficiência
reprodutiva e saúde neonatal do bezerro.
“O status nutricional da vaca, durante a gestação, pode afetar o futuro da saúde e a
produtividade dos descendentes (Funston et al., 2012).”
VACAS GESTANTE VCS NUTRIÇÃO
23. Ajuste da estação de monta
Nota de corte para ECC ao parto
Locação dos lotes em pastos com histórico de balanço
energético positivo durante a E.M.
Manejo nutricional estratégico no terço final da gestação
IATF com pós parto curto
Estratégias Utilizadas 2011-2014
24. Pós parto vcs ECC
Figura 3. Condição corporal das vacas Nelore e ½ Nelore + ½ Red Angus na Faz. 1 e vacas Nelore na Faz. 2,
de acordo com o número de dias pós-parto (Meneghetti and Vasconcelos, 2008).
25. Pós Parto na IATF - Primíparas
43.13%
36.00%
20.44%
30-45 50-65 65-80
Gráfico 8: Distribuição de dias pós parto de vacas nelore primíparas submetidas a IATF.
Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
26. Efeito do P.P. na taxa de prenhez de vacas primíparas
50.00%
58.52%
54.43%
30-45 50-65 65-80
% Prenhez
Gráfico 9: Taxa de prenhez de vacas nelore primíparas submetidas a IATF de acordo com
o período pós parto. Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
27. Efeito da E.M. na taxa de prenhez na IATF de vacas primíparas
37.67%
44.24%
54.36%
PRIMÍPARA
2011/12 2012/13 2012/14
Gráfico 10: Taxa de prenhez de vacas nelore primíparas submetidas a IATF de acordo com
a estação de monta. Faz. Sto Antônio, Araguaiana/MT. 2014
28. RG Genética Avançada – Água Boa/MT
Renato W. Girotto - Diretor
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