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Matem´tica Financeira
            a

       Uma abordagem contextual



Prof. PDE: Epaminondas Alves dos Santos



Orientador (UEL): Prof. Dr. Ulysses Sodr´
                                        e




             Trabalho desenvolvido junto ao PDE
                     1
Programa de Desenvolvimento

                                             Educacional do Paran´
                                                                 a

Conte´ do
     u

Introdu¸˜o
       ca                                                                  4

1 Juros                                                                    6
  1.1   Juros Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     6
        1.1.1   Taxas de juros – Classifica¸˜o . . . . . . . . . . . .
                                          ca                                7
        1.1.2   F´rmula de Juros Simples . . . . . . . . . . . . . .
                 o                                                          8
        1.1.3   F´rmulas derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                 o                                                          9
        1.1.4   Montante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     11
        1.1.5   Aplica¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                      co                                                   12
  1.2   Juros Compostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      13
        1.2.1   Demonstra¸˜o da f´rmula . . . . . . . . . . . . . .
                         ca      o                                         13
        1.2.2   Exemplos de aplica¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . .
                                  ca                                       14
        1.2.3   C´lculo de taxas equivalentes . . . . . . . . . . . .
                 a                                                         15

2 Rendas Certas                                                            16
  2.1   Sistema francˆs de amortiza¸˜o . . . . . . . . . . . . . . .
                     e             ca                                      17
        2.1.1   Rendas antecipadas – Com entrada . . . . . . . . .         17
        2.1.2   Rendas postecipadas – Sem entrada . . . . . . . . .        19
        2.1.3   Rendas diferidas – Com carˆncia . . . . . . . . . .
                                          e                                20
        2.1.4   Observa¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                       co                                                  22
        2.1.5   M´todo pr´tico: c´lculo do coeficiente de amortiza¸˜o 22
                 e       a       a                               ca
  2.2   Sistema de Amortiza¸˜o Constante – SAC . . . . . . . . .
                           ca                                              24
  2.3   Capitaliza¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                  ca                                                       25
3 Sugest˜es de Atividades
        o                                                              28
  3.1   Encaminhamento metodol´gico . . . . . . . . . . . . . . .
                              o                                        28
  3.2   Atividades com calculadora simples . . . . . . . . . . . . .   28
        3.2.1   Calculando potˆncias com a calculadora simples . .
                              e                                        28
        3.2.2   Explorando as teclas de mem´ria . . . . . . . . . .
                                           o                           29
  3.3   Atividades com o software Calc . . . . . . . . . . . . . .     31
        3.3.1   Calculando a taxa de juros de uma renda uniforme       31
        3.3.2   Calculando a taxa de juros de uma renda n˜o uniforme 34
                                                         a




                                   3
Introdu¸˜o
       ca
Grandes problemas enfrentados pelos professores de Matem´tica atual-
                                                           a
mente tais como a apatia, o desinteresse e, at´ mesmo, a indisciplina
                                              e
por parte dos nossos alunos, s˜o provavelmente frutos de uma aparente
                              a
contradi¸˜o que existe entre a origem e desenvolvimento dos conte´dos
        ca                                                       u
matem´ticos e a forma como eles s˜o disseminados pela escola.
      a                           a
´
E sabido de todos que a Matem´tica originou e se desenvolveu em fun¸˜o
                                a                                     ca
das necessidades enfrentadas pelo homem nas suas rela¸˜es sociais e no
                                                         co
enfrentamento das dificuldades impostas pela natureza. Apesar disso, de-
vido `s diversas transforma¸˜es ocorridas pelas pol´
     a                      co                      ıticas educacionais, o
que se vˆ hoje em dia ´ um ensino da Matem´tica pouco contextualizado,
        e             e                      a
contribuindo para a falta de est´
                                ımulo dos nossos alunos.
Neste contexto, a Matem´tica Financeira se apresenta como uma exce-
                             a
lente alternativa para compor o curr´   ıculo do Ensino M´dio, visto que ela ´
                                                          e                  e
contextual por excelˆncia, ´ atual e necess´ria para a forma¸˜o de um in-
                       e      e                a               ca
div´
   ıduo cr´ıtico, pois ela d´ subs´
                            a     ıdios necess´rios para a tomada de decis˜es
                                               a                           o
importantes para a sua vida.
´
E indiscut´
          ıvel, nos dias atuais, a relevˆncia da Matem´tica Financeira
                                         a                 a
no cotidiano das pessoas. O fato de vivermos num pa´ capitalista em
                                                          ıs
desenvolvimento e que sofre os efeitos da globaliza¸˜o da economia tornam
                                                   ca
essa importˆncia ainda maior.
            a
Com a economia em fase de estabiliza¸˜o e crescimento, aumenta a oferta
                                    ca
de cr´dito e as pessoas est˜o se endividando cada vez mais. Torna-se
     e                     a
necess´rio que o cidad˜o tome conhecimento, pelo menos um pouco dos
      a               a
mecanismos que regem o sistema financeiro.
Esse trabalho prop˜e atividades e discuss˜es no ˆmbito do Ensino M´dio,
                   o                     o      a                   e
sobre as principais f´rmulas da Matem´tica Financeira e suas aplica¸˜es,
                     o                 a                            co
como, por exemplo, as que regem as amortiza¸˜es de d´
                                             co      ıvidas pelo Sistema
Francˆs. Visando facilitar o entendimento, as demonstra¸˜es s˜o feitas
      e                                                   co    a
sem muito rigor matem´tico, com ˆnfase `s demonstra¸˜es mecˆnicas ou
                        a         e       a           co       a
visuais.
Conhecer os conte´dos matem´ticos que est˜o envolvidos nas atividades
                   u           a            a
financeiras tais como os c´lculos dos juros simples e compostos, os de-
                           a
scontos, as capitaliza¸˜es e amortiza¸˜es de d´
                      co             co       ıvidas ´, sem d´vida, uma
                                                     e       u
forma agrad´vel de dar significado a diversos conte´dos importantes da
             a                                      u


                                      4
Matem´tica do Ensino Fundamental e M´dio, tais como: Raz˜es, Pro-
       a                                e                   o
por¸˜es, Porcentagem, Fun¸˜es, Progress˜es Aritm´ticas e Geom´tricas,
   co                    co            o        e             e
entre outros.
A Matem´tica Financeira fazia parte do curr´
          a                                ıculo dos antigos cursos profis-
sionalizantes da ´rea de contabilidade. Com a mudan¸a para o atual En-
                 a                                    c
sino M´dio ela ficou relegada a um plano secund´rio, figurando apenas em
       e                                       a
algumas institui¸˜es como complemento de carga hor´ria, inserida como
                 co                                   a
conte´do da parte diversificada.
     u
O que esse trabalho prop˜e ´ a sua inser¸˜o definitiva na grade curricu-
                         o e            ca
lar do Ensino M´dio, visto que a Matem´tica Financeira tem uma desta-
                e                      a
cada importˆncia no cotidiano das pessoas. N˜o s˜o raras as situa¸˜es
            a                                  a a                 co
do dia-a-dia em que necessitamos de lan¸ar m˜o de algum conhecimento
                                       c     a
de Matem´tica Financeira para nos orientarmos na tomada de decis˜es
          a                                                         o
importantes na nossa vida.
Partindo de alguns conhecimentos b´sicos adquiridos pelos alunos no en-
                                      a
sino fundamental, tais como as no¸˜es de proporcionalidade, juros simples
                                   co
e a no¸˜o de fun¸˜es o professor pode, aos poucos, ir refor¸ando esses
       ca         co                                          c
conceitos e lan¸ando as bases da Matem´tica Financeira, introduzindo os
               c                        a
conceitos da capitaliza¸˜o composta, da equivalˆncia de capitais e dos sis-
                       ca                      e
temas de amortiza¸˜o de d´
                   ca      ıvidas.
Para esse prop´sito, o professor deve fazer um planejamento bastante cri-
               o
terioso das suas a¸˜es tendo em vista as limita¸˜es de tempo e a disponi-
                  co                            co
bilidade de recursos tecnol´gicos da sua escola.
                           o
Quando poss´ıvel, o uso adequado de recursos computacionais pode ajudar
a dar mais agilidade e melhorar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos,
mas na impossibilidade desses recursos, uma calculadora simples, usada
de forma eficiente, pode ser um bom instrumento para se trabalhar a
Matem´tica Financeira.
       a




                                     5
1     Juros

Quando se toma emprestado de algu´m por um certo tempo algum bem
                                      e
ou dinheiro, ´ natural que se pague ao fim desse prazo, al´m do valor
             e                                           e
emprestado, alguma compensa¸˜o financeira, o aluguel, no caso de um
                               ca
bem ou os juros, no caso de dinheiro.
Ao valor emprestado denominamos Principal, Capital Inicial ou simples-
                 `
mente Capital. A soma dos juros com o Capital em um determinado
per´
   ıodo ´ dado o nome de Montante.
        e
Constitui a base principal da Matem´tica Financeira os estudos dos mecan-
                                   a
ismos que regem a forma¸˜o dos juros e a sua incorpora¸˜o ao Capital,
                           ca                             ca
tamb´m denominada Capitaliza¸˜o. O intervalo de tempo decorrente en-
      e                         ca
tre cada capitaliza¸˜o ´ denominado Per´odo de Capitaliza¸˜o.
                   ca e                 ı                  ca
Quanto aos Sistemas ou Regimes de Capitaliza¸˜o, destacamos dois:
                                            ca

    • Juros Simples – Ao fim de cada per´ ıodo de capitaliza¸˜o s˜o incorpo-
                                                           ca a
      rados os juros calculados sobre o Capital Inicial.
    • Juros Compostos – Ao fim de cada per´    ıodo de capitaliza¸˜o s˜o in-
                                                                ca a
      corporados os juros calculados sobre o montante do per´ıodo anterior.


1.1    Juros Simples

No regime de capitaliza¸˜o a Juros Simples, a compensa¸˜o financeira
                          ca                                ca
mencionada na se¸˜o anterior, ou seja, os (juros) s˜o diretamente propor-
                  ca                               a
cionais ao valor do capital emprestado (C), dentro de um per´ıodo unit´rio
                                                                      a
de tempo (dia, mˆs, ano, etc.), e tamb´m diretamente proporcionais `
                   e                     e                               a
quantidade de per´ ıodos em que o mesmo ficar emprestado.
Para um per´ ıodo unit´rio, a parcela dos juros (combinada previamente
                       a
entre as partes), ´ dada por uma porcentagem do capital inicial, ou seja,
                  e
um valor r para cada 100 (cem) partes desse valor. r ´ denominada a taxa
                                                     e
de juros.
Por exemplo se r = 5, escreve-se r = 5% e lˆ-se (cinco por cento). Pode-se
                                           e
                       5
escrever tamb´m r =
             e            ou o que ´ equivalente r = 0, 05.
                                    e
                     100
                                         r
Sendo r% a taxa de juros, chamaremos         = i de taxa unit´ria.
                                                             a
                                       100
                                     6
1.1.1   Taxas de juros – Classifica¸˜o
                                  ca

Uma taxa de juros ´ denominada taxa efetiva, quando o per´
                   e                                     ıodo a que ela
se refere coincide com o per´
                            ıodo de capitaliza¸˜o.
                                              ca
Exemplo: 4% ao semestre capitalizados semestralmente.
Uma taxa de juros ´ denominada taxa nominal, quando o per´
                    e                                      ıodo a que
ela se refere n˜o coincide com o per´
               a                    ıodo de capitaliza¸˜o.
                                                      ca
Exemplo: 7% ao ano capitalizados mensalmente.
Esse tipo de taxa n˜o ´ aplicavel aos juros simples uma vez que o per´
                    a e                                               ıodo
de referˆncia da taxa j´ determina o per´
        e              a                 ıodo de capitaliza¸˜o. No entanto
                                                           ca
ela ´ de extrema importˆncia para os juros compostos, dando origem aos
    e                    a
conceitos de taxa proporcional e equivalente que ser˜o discutidas a seguir.
                                                    a
Duas taxas de juros s˜o proporcionais quando formam uma propor¸˜o
                      a                                       ca
direta com os per´
                 ıodos de capitaliza¸˜o a elas referidos.
                                    ca
Exemplo: A taxa de juros de 2% ao bimestre ´ proporcional a 6% ao
                                           e
semestre, pois:
                             2 1
                              =
                             6 3
´
E uma propor¸˜o direta, ou seja, a raz˜o entre as taxas ´ igual a raz˜o
              ca                        a                  e             a
entre os per´
            ıodos a elas referidos. Na pr´tica, quando a rela¸˜o entre os
                                         a                    ca
per´
   ıodos ´ de 1 : n, basta multiplicar ou dividir uma taxa de um pe´
         e                                                             ıodo
por n para obter a taxa proporcional a ela relativa ao outro per´ıodo.
Exemplos:

  1. Para obter a taxa semestral proporcional a 10% ao ano, observamos
     que a rela¸˜o entre os per´
               ca              ıodos ´ de 1 : 2, ou seja, 1 ano = 2 semestres,
                                     e
     basta dividir 10 por 2, resultando na taxa semestral de 5%.
  2. Para obter a taxa anual proporcional a 3% ao bimestre, lembramos
     que a rela¸˜o entre os per´
               ca              ıodos ´ de 1 : 6, isto ´, (1 ano = 6 bimestres).
                                     e                e
     Multiplicamos ent˜o 3 por 6 e obtemos a taxa proporcional procurada
                        a
     de 18% ao ano.

Defini¸˜o: Duas taxas s˜o equivalentes quando se referindo a per´
       ca                 a                                      ıodos
de capitaliza¸˜es diferentes, produzem os mesmos juros num determinado
             co
per´
   ıodo, quando aplicadas sobre um mesmo capital.

                                        7
No regime de capitaliza¸˜o a juros simples as taxas equivalentes para dois
                        ca
per´ıodos de capitaliza¸˜o distintos s˜o tamb´m proporcionais para esses
                       ca             a       e
mesmos per´ ıodos, pois a incidˆncia dos juros ocorre apenas sobre capital
                               e
inicial.
Por´m no regime de capitaliza¸˜o a juros compostos essas duas taxas s˜o
   e                           ca                                    a
bastantes distintas, como ser´ visto na se¸˜o 1.2.3.
                             a            ca
Outro conceito muito importante e que as pessoas em geral n˜o d´ muita
                                                               a a
aten¸˜o ´ o de taxa real de juros. Essa taxa exprime o ganho real de um
    ca e
investimento em um per´  ıodo pois ela relaciona a taxa efetiva e a taxa de
infla¸˜o (perda do valor do dinheiro) de um per´
    ca                                            ıodo de capitaliza¸˜o, da
                                                                    ca
seguinte forma:
                                 1 + taxa efetiva
                  taxa real =                        −1
                               1 + taxa de inflac˜oa
Em ´pocas de infla¸˜o alta, a n˜o observˆncia dessa taxa fez que muitas
    e               ca          a        a
pessoas perdessem as suas economias. As taxas de juros para investimento
eram altas e as pessoas emprestavam e gastavam os rendimentos dos juros.
Quando retiravam o montante do investimento, elas percebiam que haviam
perdido consideravelmente o seu valor devido ` taxa de infla¸˜o.
                                             a             ca
Recomendamos aos professores de Matem´tica do Ensino M´dio n˜o dedicar
                                         a               e    a
muito tempo das aulas no estudo dos juros simples, pois h´ muito tempo
                                                         a
j´ n˜o se pratica os juros simples em nossa economia, tamb´m porque ele
 a a                                                       e
j´ figura na grade do ensino fundamental. O que sugerimos aqui ´ uma
 a                                                               e
revis˜o r´pida e bem elaborada desse conte´do que tem sua importˆncia
     a a                                    u                      a
para facilitar o entendimento da capitaliza¸˜o composta.
                                           ca

1.1.2   F´rmula de Juros Simples
         o

Se C ´ o capital emprestado ` taxa de r% ao mˆs, durante n meses, o
      e                        a                  e
c´lculo dos juros produzidos, denotado por j, ´ dado pela f´rmula
 a                                            e            o
                                      r
                              j=C·       ·n
                                     100
Demonstra¸˜o : Para calcular os juros em cada per´
           ca                                        ıodo (mˆs), multi-
                                                             e
                                                  r
   plicamos o valor C pela taxa percentual i =      e para obter o total
                                                100
   dos juros dos n per´
                      ıodos, multiplica-se por n. Ou seja:
                                        r
                              j=C·         ·n
                                      100
                                     8
O que ´ equivalente a
              e
                                  j =C ·i·n                             (1)

1.1.3    F´rmulas derivadas
          o

A f´rmula 1 para o c´lculo da taxa de juros, tamb´m pode ser usada para
   o                  a                          e
gerar o c´lculo do Capital C, do tempo n e da taxa i. Como esta f´rmula
         a                                                        o
envolve quatro vari´veis, basta conhecer trˆs delas para gerar a vari´vel
                    a                      e                         a
desconhecida.
Para calcular o capital, isolamos a inc´gnita C na f´rmula 1 para obter
                                       o            o
                                           j
                                 C=                                     (2)
                                          i·n

Para obter o per´
                ıodo n, temos
                                       j
                                 n=                                     (3)
                                      C ·i

Para calcular a taxa i, temos
                                       j
                                 i=                                     (4)
                                      C ·n

Observa¸˜o importante! A taxa r e o tempo n devem estar expressas
         ca
coerentemente, ou seja, se a taxa for mensal, o tempo deve ser expresso
em meses, caso contr´rio, deve-se transformar a taxa, usando-se uma taxa
                     a
proporcional (Ver subse¸˜o 1.2.3) ou o tempo, usando a rela¸˜o de propor-
                        ca                                 ca
cionalidade entre os per´
                        ıodos.

Aplica¸˜es
      co

  1. Calcular os juros simples obtidos pela aplica¸˜o do capital R$ 1200,00,
                                                  ca
     colocado ` taxa de 5% ao mˆs, durante 8 meses.
              a                   e
        Resolu¸˜o:
              ca
                5
          • i=     = 0, 05
               100
          • C = 1200
          • n=8
          • j =?

                                      9
Aplicando a f´rmula 1, temos
               o
                        j = 1200 · 0, 05 · 8 = 480

  Resposta: Os juros obtidos foram de R$ 480,00.
2. Qual o capital, que emprestado a juros simples de 15% ao ano, produz
   em 5 anos juros no valor de R$ 210,00?
  Resolu¸˜o:
        ca
         15
    • i=     = 0, 15
         100
    • C =?
    • n=5
    • j = 210
  Aplicando a f´rmula 2, obtemos
               o
                                   210
                           C=              = 280
                                 0, 15 · 5

  Resposta: O capital emprestado deve ser de R$ 280,00.
3. Durante quanto tempo o capital R$ 850,00 deve ficar emprestado, `a
   taxa de juros simples de 3% ao mˆs para gerar a renda R$ 76,50 de
                                   e
   juros?
  Resolu¸˜o:
        ca
          3
    • i=      = 0, 03
         100
    • C = 850
    • n =?
    • j = 76, 50
  Aplicando a f´rmula 3, temos
               o
                                   76, 50
                           n=                =3
                                 850 · 0, 03

  Resposta: O capital deve ficar emprestado por 3 meses.
4. A que taxa de juros simples devemos emprestar R$ 2500,00, para que
   em 4 bimestres, possamos ter a renda R$ 180,00 de juros?
  Resolu¸˜o:
        ca

                                  10
• i =?
          • C = 2500
          • n=4
          • j = 180
        Aplicando a f´rmula 4, obtemos
                     o
                                      180
                               i=            = 0, 018
                                    2500 · 4
        Logo
                               r = 0, 018 · 100 = 1, 8

        Resposta: A taxa deve ser de 1, 8% ao bimestre.

1.1.4    Montante

Montante (M ) ´ o nome dado ` soma do capital com os juros produzidos
              e              a
em um determinado per´ıodo, ou seja:

                                 M =C +j                               (5)

´
E poss´
      ıvel calcular os juros ou o capital que comp˜em um montante,
                                                   o
quando se conhece, al´m do montante, apenas a taxa e o tempo.
                     e
Observe que este c´lculo ´ muito complicado para se realizar com o uso das
                  a      e
f´rmulas anteriores, pois elas necessitam que se identifique que parcela do
 o
montante corresponde aos juros, uma vez que o montante n˜o se apresenta
                                                           a
de forma expl´
             ıcita nessas f´rmulas.
                           o
Substituindo o resultado da equa¸˜o 2 na equa¸˜o 5, segue que
                                ca           ca

                                 C +j =M

´ equivalente a
e
                                 j  j
                                   + =M
                                i·n 1
que equivale a
                               j+j·i·n
                                       =M
                                 i·n


                                      11
de onde segue que
                                     j(1 + i · n)
                              M=
                                         i·n
Isolando a inc´gnita j na ultima equa¸˜o, obtemos
              o           ´          ca

                                     M ·i·n
                                j=                                  (6)
                                     1 + in
Para obter o capital, temos o desenvolvimento:

                                 M =C +j

que ´ equivalente a
    e
                              M =C +C ·i·n
ou seja
                              M = C(1 + i · n)

Isolando a inc´gnita C na ultima equa¸˜o, obtemos
              o           ´          ca
                                       M
                                C=                                  (7)
                                      1+i·n

1.1.5    Aplica¸˜es
               co

  1. Um certo capital ficou emprestado ` taxa de juros simples de 10% ao
                                       a
     ano, durante 8 anos. Qual ´ o valor dos juros produzidos, se ao fim
                               e
     desse per´
              ıodo o montante correspondia a R$ 900,00?
        Resolu¸˜o:
              ca
              10
         • i=     = 0, 1
              100
         • M = 900
         • n=8
         • j =?
        Aplicando a f´rmula 6, obtemos:
                     o
                                   900 · 0, 1 · 8
                              j=                  = 400
                                    1 + 0, 1 · 8

        Resposta: Os juros produzidos foram de R$ 400,00.

                                      12
2. Qual ´ o capital, que ficando emprestado por 5 meses, ` taxa de juros
          e                                               a
     simples de 4% ao mˆs, produz o montante de R$ 5400,00?
                         e
        Resolu¸˜o:
              ca
                4
          • i=     = 0, 04
               100
          • M = 5400
          • n=5
          • C =?
        Aplicando a f´rmula 7, obtemos:
                     o
                                            5400
                                  C=                   = 4500
                                         1 + 0, 04 · 5

        Resposta: O capital deve ser de R$ 4500,00.


1.2      Juros Compostos

Denominamos capitaliza¸˜o composta ou capitaliza¸˜o com juros compos-
                         ca                          ca
tos ao regime de capitaliza¸˜o pelo qual os juros auferidos em cada per´
                           ca                                          ıodo
s˜o somados ao capital anterior, para render juros no per´
 a                                                            ıodo seguinte.
Esta pr´tica ´ denominada anatocismo ou, mais popularmente “juros so-
        a    e
bre juros”.
Para saber mais sobre anatocismo, consulte as p´ginas abaixo:
                                               a
http://www.direitonet.com.br/dicionario_juridico/x/33/88/338
http://forum.jus.uol.com.br/discussao/16999/legalidade-ilegal-do-anatocismo
http://www.iesc.edu.br/pesquisa/arquivos/o_anatocismo_dos_sistemas_de_amortizacao.
pdf


1.2.1    Demonstra¸˜o da f´rmula
                  ca      o

Seja Cn o montante ao fim de n per´ ıodos de capitaliza¸˜o composta, C0 o capital no per´
                                                      ca                               ıodo 0
em que ocorreu o empr´stimo, i a taxa unit´ria e Jn , os juros do per´
                     e                     a                         ıodo n.

Para calcular o montante C1 relativo ao primeiro per´ ıodo, ou seja C0 + J1 , devemos aplicar a
taxa i de juros simples durante 1 per´
                                     ıodo ao capital C0 , para obter:

             C1 = C0 + C0 · i = C0 (1 + i) = C0 (1 + i)          = C0 (1 + i)1
             C2 = C1 + C1 · i = C1 (1 + i) = C0 (1 + i)(1 + i) = C0 (1 + i)2
             C3 = C2 + C2 · i = C2 (1 + i) = C0 (1 + i)2 (1 + i) = C0 (1 + i)3

E assim por diante.


                                              13
Podemos acreditar que, ao fim de n per´
                                     ıodos, o montante Cn ser´ dado pela f´rmula:
                                                             a            o

                                          Cn = C0 (1 + i)n                                   (8)


Isolando C0 na equa¸˜o anterior, obtemos uma f´rmula que fornece o capital inicial, em fun¸˜o
                   ca                         o                                           ca
do montante Cn , da taxa i e do tempo n.
                                                     Cn
                                           C0 =                                              (9)
                                                  (1 + i)n


1.2.2     Exemplos de aplica¸˜o
                            ca

   1. Calcular o montante produzido pelo capital R$ 7800,00, aplicado a juros compostos de
      5% ao mˆs, durante 6 meses.
              e
        Resolu¸˜o:
              ca

           • C6 =?
           • C0 = 7800
                 5
           • i=     = 0, 05
                100
           • n=6

        Aplicando a f´rmula 8, obtemos
                     o

                     C6 = 7800(1 + 0, 05)6 = 7800(1, 05)6 ∼ 7800 · 1, 34009 = 10452, 70
                                                          =

        Resposta: O valor aproximado do montante produzido foi de R$ 10452,70.

   2. Calcular o capital inicial necess´rio para que, a juros compostos de 4% ao mˆs, produza
                                       a                                          e
      o montante de R$ 5600,00, durante 7 meses.
        Resolu¸˜o:
              ca

           • C7 = 5600
           • C0 =?
                 4
           • i=     = 0, 04
                100
           • n=7

        Aplicando a f´rmula 9, obtemos
                     o

                                     5600         5600         5600
                           C0 =              7
                                               =        7
                                                          =           = 4255, 54
                                  (1 + 0, 04)    (1, 04)    1, 315931

        Resposta: O capital inicial deve ser de R$ 4255,54.
        Observa¸˜o importante: Para o c´lculo do tempo e da taxa no regime de capitaliza¸˜o
                  ca                        a                                                ca
        a juros compostos, h´ necessidade da aplica¸˜o de equa¸˜es exponenciais e de logaritmos,
                            a                      ca          co
        o que `s vezes pode obrigar o uso de calculadora cient´
              a                                               ıfica ou de t´buas de logaritmos.
                                                                          a




                                                  14
1.2.3     C´lculo de taxas equivalentes
           a

Duas taxas s˜o equivalentes quando se referindo a per´
            a                                        ıodos de capitaliza¸˜es diferentes, pro-
                                                                        co
duzem os mesmos juros num determinado per´ ıodo, quando aplicadas sobre um mesmo capital.

Como j´ fora definido anteriormente, no regime de capitaliza¸˜o a juros composto os juros inci-
       a                                                    ca
dem tamb´m sobre os juros do per´
           e                     ıodo anterior. O que significa que quanto mais capitaliza¸˜es
                                                                                         co
o capital sofrer em um determinado per´ıodo, maior ser´ o seu rendimento.
                                                      a

Exemplos: Em juros compostos as taxas 21% ao ano ´ equivalente a 10% ao semestre. (Con-
                                                 e
fira!)
Observe que a taxa proporcional ´ de 20% ao ano.
                                e

F´rmulas para o c´lculo das taxas equivalentes: Para facilitar a nomenclatura vamos
 o                    a
denotar por i o valor da taxa correspondente ao menor per´
                                                         ıodo de capitaliza¸˜o e por I o valor
                                                                           ca
da taxa do maior per´ ıodo de capitaliza¸˜o.
                                        ca

A Figura 1 a seguir mostra a rela¸˜o entre duas taxas equivalentes aplicadas sobre um mesmo
                                  ca
capital C0 . Observe que que o efeito de trˆs aplica¸˜es da taxa i ´ o mesmo de uma unica
                                             e        co            e                  ´
aplica¸˜o da taxa I e a rela¸˜o entre os per´
      ca                    ca              ıodos ´ de 1 : 3.
                                                  e




                               Figura 1: Taxas equivalentes.

Supondo conhecida a taxa i do menor per´   ıodo, queremos obter a taxa I equivalente a i. Como
o efeito dessas duas taxas sobre o capital C0 ´ o mesmo nesse per´
                                              e                   ıodo, temos:

                                   C0 (1 + I) = C0 (1 + i)3

logo
                                      (1 + I) = (1 + i)3

e assim
                                       I = (1 + i)3 − 1

Se se o per´
           ıodo maior fosse igual a n vezes o per´
                                                 ıodo menor, ter´
                                                                ıamos a f´rmula
                                                                         o

                                       I = (1 + i)n − 1                                  (10)

Agora, suponhamos conhecida a taxa I do maior per´
                                                 ıodo e queremos conhecer a taxa i equiva-
lente a I.

Pelo mesmo racioc´
                 ınio usado na demonstra¸˜o anterior, temos que
                                        ca

                                   C0 (1 + i)3 = C0 (1 + I)

                                             15
logo
                                        (1 + i)3 = (1 + I)

assim                                                  √
                                                       3
                                        (1 + i) =          1+I

de onde segue                                 √
                                              3
                                         i=       1+I −1

Buscando generalizar o racioc´
                             ınio usado para gerar o resultado anterior, ´ f´cil perceber que se
                                                                         e a
a taxa I do per´
               ıodo maior fosse igual a n vezes a taxa i do per´
                                                               ıodo menor, ter´ıamos a f´rmula
                                                                                        o
                                            √
                                        i= n1+I −1                                          (11)


Observa¸oes importantes:
       c˜

    1. Para trabalhar com as f´rmulas anteriores atrav´s de uma calculadora simples, quanto
                              o                       e
       a o
       ` F´rmula 10, n˜o h´ problemas pois ser´ necess´rio o c´lculo de uma potˆncia. (Ver
                         a a                   a        a     a                 e
       atividade 3.2.1).

    2. Para o uso da F´rmula 11 ´ necess´rio o c´lculo de ra´
                        o           e      a       a           ızes. Neste caso, para que sejam
       poss´
           ıveis os c´lculos, sugerimos que a rela¸˜o entre os per´
                     a                            ca               ıodos de capitaliza¸˜o seja de
                                                                                      ca
       1 : 2, 1 : 4, 1 : 8, ... que s˜o poss´
                                      a      ıveis em uma calculadora simples com aplica¸˜es co
       sucessivas da raiz quadrada, pois, das propriedades da radicia¸˜o, temos:
                                                                      ca
                                                  √         √
                                                            4
                                                       a=       a

                                                    √        √
                                                             8
                                                        a=       a

        Caso contr´rio o c´lculo s´ ser´ poss´ com calculadora cient´
                  a       a       o    a     ıvel                   ıfica.



2       Rendas Certas
Uma lista de quantias (usualmente denominadas presta¸˜es, pagamentos ou termos), referidas
                                                        co
a ´pocas diversas ´ denominada s´rie, anuidade ou ainda, renda certa. Se esses pagamentos
  e               e               e
forem iguais e em intervalos de tempo iguais, a s´rie recebe o nome de uniforme.
                                                 e

Quanto ` sua finalidade, as rendas certas podem servir ao prop´sito de constituir um capital
         a                                                   o
(capitaliza¸˜o) ou liquidar uma d´
           ca                    ıvida (liquida¸˜o).
                                               ca

S˜o exemplos de rendas certas as poupan¸as e capitaliza¸˜es programadas, os pagamentos de
 a                                        c            co
alugu´is, impostos e as presta¸˜es de financiamentos em geral.
     e                        co

Quanto `s amortiza¸˜es de d´
         a          co      ıvidas, existem diversos sistemas de amortiza¸˜es, destacando-se o
                                                                         co
francˆs, o sistema de amortiza¸˜o constante (SAC), o americano e o alem˜o, cada um com as
     e                        ca                                          a
suas peculiaridades.




                                                  16
2.1     Sistema francˆs de amortiza¸˜o
                     e             ca

No sistema francˆs de amortiza¸˜o de d´
                 e            ca      ıvidas, o valor das presta¸˜es e o per´
                                                                co          ıodo entre as
presta¸˜es s˜o constantes.
      co    a

Esse ´ o sistema mais usado no com´rcio atualmente. Em geral, as presta¸˜es, s˜o pagas
     e                            e                                    co     a
mensalmente.

Quanto ao pagamento da primeira presta¸˜o, as rendas certas podem ser classificadas como:
                                        ca
antecipadas, postecipadas ou diferidas.


2.1.1   Rendas antecipadas – Com entrada

Nas rendas antecipadas, ou com entrada, o pagamento da primeira presta¸˜o se d´ na data
                                                                        ca     a
atual, ou seja, no momento da constitui¸˜o da d´
                                       ca      ıvida. Denotaremos esse momento de per´
                                                                                     ıodo
0.

O exemplo mostrado na Figura 2 representa uma s´rie antecipada uniforme de n = 4 pagamentos
                                                e
iguais a P para liquidar uma d´
                              ıvida D sujeita a uma taxa de juros i.

         ca ´
Observa¸˜o: E usual em Matem´tica Financeira indicar o coeficiente de capitaliza¸˜o 1 + i pela
                            a                                                  ca
letra u, ou seja
                                       u=1+i




                      Figura 2: Esquema de pagamento antecipado.

                                             17
Como a d´ ıvida dever´ ser liquidada no fim do quarto per´
                     a                                       ıodo, podemos estabelecer, nesse
per´
   ıodo uma equivalˆncia de capitais entre o valor da d´
                   e                                   ıvida D e o somat´rio das presta¸˜es P ,
                                                                        o              co
ou seja:
                             Du4 = P + P u + P u2 + P u3 + P u4                           (12)
                                                     S5


Observe que a seq¨ˆncia (P, P u, P u2 , P u3 , P u4 ) dos montantes das presta¸˜es forma uma progress˜o
                 ue                                                           co                     a
geom´trica de n = 5 termos, de raz˜o q = u e primeiro termo a1 = P , assim, o segundo membro
     e                              a
da equa¸˜o 12, ´ a soma dos n = 5 termos de uma PG.
       ca      e

A f´rmula geral para a soma dos termos uma progress˜o geom´trica finita ´
   o                                               a      e            e
                                                   qn − 1
                                         Sn = a1
                                                    q−1

Substituindo os valores conhecidos na f´rmula acima, obtemos
                                       o
                                                   u5 − 1
                                         S5 = P
                                                   u−1

Como u = 1 + i, o denominador da ultima equa¸˜o fica u − 1 = 1 + i − 1 = i e realizando a
                                 ´          ca
substitui¸˜o, resulta
         ca

                                                   u5 − 1
                                         S5 = P                                                (13)
                                                      i

Comparando as express˜es 13 e 12, obtemos
                     o
                                                     u5 − 1
                                        Du4 = P
                                                        i

Isolando o valor de P na f´rmula anterior, obtemos
                          o
                                                    u4 · i
                                         P =D·                                                 (14)
                                                   u5 − 1

Observa¸˜es:
       co

   1. O expoente (5) de u no denominador da f´rmula 14 est´ relacionado com o n´mero de
                                             o            a                    u
      termos da renda. (Ver Figura 2)
   2. O expoente (4) de u no numerador est´ relacionado com o n´mero de capitaliza¸˜es da
                                          a                    u                  co
      d´
       ıvida.
   3. Para uma renda antecipada, o n´mero de presta¸˜es ser´ sempre de uma unidade a mais
                                     u             co      a
      que o n´mero de capitaliza¸˜es da d´
             u                  co       ıvida.

Com base nessas observa¸˜es, podemos, de modo intuitivo estabelecer uma generaliza¸˜o do
                         co                                                       ca
c´lculo anterior para um n´mero n qualquer de termos, do seguinte modo:
 a                        u

Para calcular a presta¸˜o necess´ria para saldar uma d´
                      ca        a                       ıvida D, a uma taxa i com uma renda
antecipada de n per´ıodos com presta¸˜es iguais a P , podemos usar a seguinte f´rmula:
                                     co                                        o
                                                   un−1 · i
                                         P =D·                                                 (15)
                                                   un − 1

                                                18
Isolando-se a inc´gnita D na f´rmula anterior, pode-se obter uma f´rmula que permite calcular
                 o            o                                   o
o valor da d´
            ıvida que ser´ amortizada pagando-se n presta¸˜es iguais a P , sendo a primeira na
                         a                                co
´poca 0:
e

                                                un − 1
                                       D=P ·                                             (16)
                                                un−1 · i


2.1.2     Rendas postecipadas – Sem entrada

Na amortiza¸˜o postecipada, imediata ou sem entrada, a primeira presta¸˜o ou pagamento se
            ca                                                        ca
d´ no fim do primeiro per´
 a                       ıodo, ou seja, na ´poca 1. Vamos analisar a Figura 3 a seguir, que
                                           e
representa uma renda postecipada de n = 4 termos ou presta¸˜es:
                                                          co




                      Figura 3: Esquema de pagamento postecipado.

Pelo mesmo racioc´ınio usado na demonstra¸˜o da f´rmula anterior, aplicando a equivalˆncia de
                                          ca     o                                   e
capitais no fim do quarto per´ıodo, temos:

                                Du4 = P + P u + P u2 + P u3                              (17)
                                                   S4


onde o segundo membro representa a soma dos termos de uma PG de n = 4 termos. Calculando
essa soma, obtemos:
                                          P (u4 − 1)
                                     S4 =
                                             u−1

ou seja
                                              P (u4 − 1)
                                       S4 =                                              (18)
                                                   i

                                              19
Comparando as express˜es 18 e 17, resulta:
                     o
                                              P (u4 − 1)
                                      Du4 =
                                                   i

Isolando P , obtemos
                                                  u4 · i
                                       P =D·                                              (19)
                                                 u4 − 1

Observa¸˜es:
       co

   1. O expoente (4) de u no denominador da f´rmula 19 est´ relacionado com o n´mero de
                                             o            a                    u
      termos da renda. (Ver Figura 3)
   2. O expoente (4) de u no numerador est´ relacionado com o n´mero de capitaliza¸˜es da
                                          a                    u                  co
      d´
       ıvida.
   3. Para uma renda postecipada, o n´mero de presta¸˜es ser´ sempre de igual que o n´mero
                                     u              co      a                        u
      de capitaliza¸˜es da d´
                   co       ıvida.

Com base nessas observa¸˜es, podemos, de modo intuitivo estabelecer uma generaliza¸˜o do
                         co                                                       ca
c´lculo anterior para um n´mero n qualquer de termos, do seguinte modo:
 a                        u

Para calcular o valor da presta¸˜o necess´ria para liquidar uma d´
                               ca         a                      ıvida D a uma taxa i, em n
pagamentos iguais a P , com a primeira presta¸˜o vencendo no fim do primeiro per´
                                             ca                                ıodo, podemos
utilizar a f´rmula:
            o
                                                 un · i
                                        P =D· n                                          (20)
                                                u −1

Isolando-se a inc´gnita D na f´rmula anterior, pode-se calcular o valor da d´
                 o            o                                              ıvida que ser´
                                                                                          a
amortizada pagando-se n presta¸˜es iguais a P , sendo a primeira na ´poca 1:
                              co                                    e
                                                 un − 1
                                       D=P ·                                              (21)
                                                  un · i

2.1.3     Rendas diferidas – Com carˆncia
                                    e

Neste sistema, como nos anteriores, o per´  ıodo e as presta¸˜es s˜o constantes, sendo que a
                                                             co    a
primeira presta¸˜o vence m per´
               ca               ıodos ap´s a ´poca 1, e, a este diferimento se d´ o nome de
                                          o    e                                  a
carˆncia. A Figura 4 representa essa situa¸˜o, para o caso de n = 4 presta¸˜es e um diferimento
   e                                      ca                              co
de m = 2 per´ıodos:

Fazendo a equivalˆncia de capitais na ´poca 6, obtemos:
                 e                    e

                                 Du6 = P + P u + P u2 + P u3                              (22)
                                                   S4


Como o segundo termo corresponde ` soma dos termos de uma PG de 4 termos, obtemos:
                                 a
                                                 u4 − 1
                                        S4 = P
                                                 u−1

ou seja
                                                 u4 − 1
                                        S4 = P                                            (23)
                                                    i

                                              20
Figura 4: Esquema de pagamento diferido de 2 per´
                                                                ıodos.

Comparando as express˜es 23 e 22, obtemos:
                     o
                                                  u4 − 1
                                      Du6 = P
                                                     i

Isolando P na ultima express˜o, resulta:
              ´             a
                                                 u6 · i
                                       P =D·                                             (24)
                                                u4 − 1

Observa¸˜es:
       co

   1. O expoente (4) de u no denominador da f´rmula 24 est´ relacionado com o n´mero de
                                             o            a                    u
      termos da renda. (Ver Figura 4)
   2. O expoente (6) de u no numerador est´ relacionado com o n´mero de capitaliza¸˜es da
                                          a                    u                  co
      d´
       ıvida.
   3. Para uma renda diferida, o n´mero de capitaliza¸˜es da d´
                                  u                  co       ıvida ser´ sempre m unidades
                                                                       a
      a mais que o n´mero de presta¸˜es.
                    u               co

Com base nessas observa¸˜es, podemos, de modo intuitivo estabelecer uma generaliza¸˜o do
                         co                                                       ca
c´lculo anterior para um n´mero n qualquer de termos e um per´
 a                        u                                  ıodo m qualquer de carˆncia,
                                                                                   e
do seguinte modo:

Para calcular o valor P das n presta¸˜es necess´rias para saldar a d´
                                    co         a                    ıvida D, sujeita ` taxa i,
                                                                                     a
sendo que o vencimento da primeira presta¸˜o se d´ m per´
                                          ca      a       ıodos ap´s a ´poca 1, pode se usar a
                                                                  o    e
seguinte f´rmula:
          o
                                              un+m · i
                                      P =D· n                                             (25)
                                               u −1

                                             21
Isolando a inc´gnita D na f´rmula anterior, pode-se calcular o valor da d´
              o            o                                             ıvida que ser´ amorti-
                                                                                      a
zada pagando-se n presta¸˜es iguais a P , sendo a primeira na ´poca m + 1:
                         co                                    e
                                                 un − 1
                                       D=P ·                                               (26)
                                                un+m · i


2.1.4    Observa¸˜es
                co

   1. A condi¸˜o “m per´
             ca         ıodos ap´s a ´poca 1 ”, deve-se ao fato que sistema postecipado ou sem
                                o    e
      entrada ´ o sistema padr˜o utilizado atualmente. Quando n˜o se faz men¸˜o ao tipo,
              e                a                                     a             ca
      subentende-se que ´ o tipo postecipado.
                        e

   2. Observando melhor f´rmulas 15, 20 e 25, demonstradas anteriormente, podemos perceber
                          o
      que os denominadores s˜o iguais em todas elas e que o expoente de u no numerador varia
                             a
      conforme o vencimento da primeira presta¸˜o: n − 1 para o per´
                                               ca                  ıodo 0, n para o per´
                                                                                       ıodo 1,
      e n + m para uma carˆncia de m per´
                           e             ıodos. Denotando por p esse expoente, denominamos
      coeficiente de amortiza¸˜o, as express˜es do tipo:
                             ca            o
                                                up · i
                                               un − 1


2.1.5    M´todo pr´tico para o c´lculo do coeficiente de amortiza¸˜o
          e       a             a                               ca

Muitos professores n˜o gostam de trabalhar com a Matem´tica Financeira porque acreditam
                     a                                      a
ser necess´rio o uso de calculadora financeira ou cient´
          a                                           ıfica para efetuar os c´lculos.
                                                                            a

Isso n˜o ´ verdade, com um pouco de habilidade ´ poss´ se trabalhar esses c´lculos com o uso
      a e                                       e     ıvel                 a
de uma calculadora comum. Bastando para isso usar os seus recursos de c´lculos constantes e
                                                                        a
as teclas de mem´ria, indicadas na Figura 5 a seguir.
                 o




                             Figura 5: Uma calculadora padr˜o.
                                                           a


Exemplos

   1. Para calcular a potˆncia 1, 0310 , em uma calculadora simples, seguir os seguintes passos:
                         e

        (a) Digitar 1, 03;

                                              22
(b) Pressionar = 9 vezes.
        Observa¸˜o: Para elevar o n´mero dado a uma determinada potˆncia n, basta pres-
                ca                 u                               e
        sionar = n-1 vezes).

2. Fun¸˜es das teclas de mem´ria:
      co                    o

     • A tecla M+ adiciona o n´mero atual ` mem´ria.
                              u           a    o
     • A tecla M– subtrai o n´mero atual da mem´ria.
                             u                 o
     • A tecla MR ou a tecla MRC permite acessar o n´mero que est´ guardado na
                                                    u            a
       mem´ria.
           o

3. A Figura 6 a seguir mostra, passo a passo, como se pode calcular o coeficiente de amor-
   tiza¸˜o, para o caso de um pagamento postecipado, usando uma calculadora comum.
       ca

     • As setas vermelhas indicam a ordem das inser¸˜es de dados e das opera¸˜es;
                                                   co                       co
     • Primeiro se calcula o denominador e memoriza o resultado;
     • Depois se calcula o numerador e por fim se faz a divis˜o pelo resultado guardado na
                                                            a
       mem´ria.
           o




                               Figura 6: M´todo pr´tico
                                          e       a

4. Vamos ilustrar com um exemplo, como esse processo pode ser usado.
  Comprei uma geladeira no valor de R$ 1200,00, em n = 10 presta¸˜es mensais iguais
                                                                   co
  sem entrada. Se a taxa de juros da loja ´ de 3% ao mˆs, qual deve ser o valor de cada
                                          e           e
  presta¸˜o?
        ca
  Resolu¸˜o:
        ca

     • r = 3%
            3
     • i=      = 0, 03
           100
     • u = 1 + 0, 03 = 1, 03
     • n = 10 (n´mero de presta¸˜es)
                u              co
     • D = 1200 (d´
                  ıvida)

                                         23
• P =?

      Aplicando a f´rmula 20, obtemos
                   o

                            1, 0310 · 0, 03 ∼        1, 343916 · 0, 03 ∼
               P = 1200 ·          10 − 1 =
                                              1200 ·                   = 0, 11723 = 140, 67
                             1, 03                    1, 343916 − 1

      Resposta: O valor da presta¸˜o ser´ de R$ 140,67.
                                 ca     a

   5. Qual deve ser o valor de um produto a ser comprado, de modo que eu possa pag´-lo     a
      totalmente em 6 presta¸˜es mensais de R$ 250,00, sem entrada, se a taxa de juros cobrada
                              co
      pela loja ´ de 3, 5 % ao mˆs?
                e                e
      Resolu¸˜o:
            ca

         • r = 3, 5%
               3, 5
         • i=       = 0, 035
               100
         • u = 1 + 0, 035 = 1, 035
         • n = 6 (n´mero de presta¸˜es)
                   u              co
         • D =?
         • P = 250 (valor de cada presta¸˜o)
                                        ca

      Aplicando a f´rmula 21, temos
                   o

                         1, 0356 − 1 ∼             1, 229255 − 1 ∼
           D = 250 ·          6 · 0, 035 =
                                           250 ·                    = 250 · 5, 328661 = 1332, 16
                       1, 035                    1, 229255 · 0, 035

      Resposta: O valor do produto a ser comprado deve ser de R$ 1332,16.


2.2    Sistema de Amortiza¸˜o Constante – SAC
                          ca

Esse ´ o sistema mais usado atualmente para financiamentos da casa pr´pria. Suas principais
     e                                                              o
caracter´
        ısticas s˜o:
                 a


   1. As parcelas de amortiza¸˜o s˜o constantes;
                             ca a

   2. O valor das presta¸˜es s˜o decrescentes.
                        co    a


O valor P de cada presta¸˜o ´ composto de duas parcelas, os juros indicados por J, calculados
                         ca e
sobre o saldo devedor do per´ıodo anterior e a quota de amortiza¸˜o indicada por A, que ´ igual
                                                                ca                      e
                                                                    D
ao valor da d´
             ıvida dividido pelo n´mero de presta¸˜es, isto ´: A = .
                                  u                co       e
                                                                    n


Exemplo

Elaborar a planilha te´rica de amortiza¸˜o para um empr´stimo de R$ 10.000,00, pelo sistema
                      o                ca              e
SAC, sendo r = 2% ao mˆs, a taxa de financiamento e n = 5 presta¸˜es mensais.
                         e                                      co




                                                 24
Resolu¸˜o: Sejam D0 , D1 , D2 , ..., D5 , os saldos devedores nos per´
      ca                                                             ıodos 0, 1, 2, ..., 5, respectiva-
mente e Jn os juros do per´ıodo n, temos ent˜o   a

                                      J1 = 10000 · 0, 02 = 200
                                      J2 =    8000 · 0, 02 =    160
                                      J3 =    6000 · 0, 02 =    120
                                      J4 =    4000 · 0, 02 =    80
                                      J5 =    2000 · 0, 02 =    40


Resultando na Tabela 1:

                                  n     P    J   A     D
                                  0      -   -    -  10000
                                  1    2200 200 2000 8000
                                  2    2160 160 2000 6000
                                  3    2120 120 2000 4000
                                  4    2080 80 2000 2000
                                  5    2040 40 2000    -

                                Tabela 1: Planilha te´rica (SAC)
                                                     o



2.3     Capitaliza¸˜o
                  ca

Quando se deseja constituir um Montante Mn ao longo de um certo tempo, podemos realizar n
dep´sitos em uma institui¸˜o financeira, um mesmo valor ou termo indicado por T , periodica-
   o                     ca
mente.

Ao final desse per´ıodo, as somas dos montantes de cada um desses valores ir´ formar o Mon-
                                                                           a
tante desejado. Todas estas aplica¸˜es recebem o nome dePlano de Capitaliza¸˜o ou Poupan¸a
                                  co                                       ca           c
Programada.

A Figura 7 a seguir d´ uma id´ia de como isso ocorre, para uma renda antecipada (primeiro
                       a        e
dep´sito no per´
   o           ıodo 0 ) de 5 termos.

Observe que a seq¨ˆncia (T, T u1 , T u2 , T u3 , T u4 ) dos montantes de cada termo T , ´ uma PG
                  ue                                                                    e
de raz˜o u, primeiro termo T , com 5 termos. Para saber o valor do Montante M5 , no fim do
      a
quarto per´
          ıodo, basta calcular a soma dos 5 termos dessa PG. Assim.

                                                       q5 − 1
                                             S5 = a1
                                                       q−1

e desse modo
                                                       u5 − 1
                                             M5 = T
                                                       u−1

que tamb´m pode ser escrita como
        e

                                                       u5 − 1
                                             M5 = T                                               (27)
                                                          i


                                                   25
Figura 7: Esquema de capitaliza¸˜o antecipado.
                                                     ca

A partir de observa¸˜es cuidadosas na f´rmula 27 e na figura 7, podemos perceber que o n´mero
                   co                  o                                               u
(5) do numerador da f´rmula est´ relacionado com o n´mero de termos da renda. Podemos
                       o         a                      u
ent˜o, de forma intuitiva, estabelecer uma f´rmula que dˆ o montante para um n´mero n
   a                                         o             e                        u
qualquer de termos, como a que se segue.
´ a
E f´cil perceber que para uma renda de n termos iguais a T , sujeita a uma taxa i, o Montante
Mn ao fim de n − 1 per´ ıodos pode ser calculado pela f´rmula:
                                                      o
                                                    un − 1
                                       Mn = T ·                                             (28)
                                                       i

Isolando a inc´gnita T na equa¸˜o anterior, pode-se calcular o valor dos n dep´sitos iguais a T ,
              o                 ca                                            o
necess´rios para se constituir o montante M .
      a
                                                       i
                                        T =M·                                               (29)
                                                  un   −1


Exemplos

   1. Desejando constituir um capital, depositei mensalmente R$ 150,00, em uma poupan¸a c
      programada durante 12 meses. Se a taxa de juros foi de 1, 5 % ao mˆs, qual ´ o valor
                                                                         e       e
      atual do montante?
      Resolu¸˜o:
            ca
               1, 5
         • i=       = 0, 015
               100
         • u = 1 + 0, 15 = 1, 015
         • M12 =?
         • n = 12
         • T = 150


                                               26
Aplicando a f´rmula 28, obtemos:
               o

                        1, 01512 − 1 ∼       1, 195618 − 1 ∼
          M12 = 150 ·                = 150 ·               = 150 · 13, 0412 = 1956, 18
                            0, 015               0, 015

  Resposta: O montante ao final desse per´
                                        ıodo ser´ de aproximadamente R$ 1956,18.
                                                a

2. Que valor devo depositar mensalmente em uma poupan¸a programada que rende 1, 2 %
                                                           c
   de juros ao mˆs, durante n = 8 meses, para que constitua ao fim desse per´
                e                                                          ıodo um capital
   de R$ 5000,00?
  Resolu¸˜o:
        ca
           1, 2
     • i=       = 0, 012
           100
     • u = 1 + 0, 12 = 1, 012
     • M8 = 8000
     • n=8
     • T =?

  Aplicando a f´rmula 29, temos
               o
                          0, 012               0, 012    ∼ 8000 · 0, 119844 = 958, 75
          T = 8000 ·          8−1
                                  = 8000 ·               =
                       1, 012              1, 100130 − 1

  Resposta: Devo depositar durante 8 meses o valor R$ 958,75.




                                            27
3       Sugest˜es de Atividades
              o

3.1     Encaminhamento metodol´gico
                              o

As atividades propostas neste trabalho s˜o indicadas para que sejam realizadas pelos alunos,
                                         a
ap´s as demonstra¸˜es, por parte do professor, das principais f´rmulas da Matem´tica Finan-
   o                co                                         o                a
ceira e da resolu¸˜o de pelo menos alguns exerc´
                 ca                            ıcios exemplos para cada uma delas.

As atividades 3.2.1 e 3.2.2 podem ser realizadas em sala de aula, pois foram preparadas para
apresenta¸˜o com aux´ de calculadora simples.
         ca           ılio

As atividades 3.3.1 e 3.3.2 devem ser realizadas em um laborat´rio de inform´tica com um
                                                              o             a
n´mero de computadores suficiente para atender aos alunos de uma turma, individualmente ou
 u
em grupos pequenos. Uma boa parte dos estabelecimentos de ensino atualmente j´ possuem
                                                                                a
esses laborat´rios.
             o

Antes de levar os alunos ao laborat´rio, ´ muito importante que o professor, al´m da parte
                                     o     e                                      e
te´rica, j´ tenha trabalhado com os alunos esses tipos de exerc´
  o       a                                                    ıcios com resolu¸˜es por outros
                                                                               co
processos simples, com o uso de calculadora simples ou at´ mesmo pelos algoritmos operacionais.
                                                         e


3.2     Atividades com calculadora simples

3.2.1    Calculando potˆncias com a calculadora simples
                       e

Pedir que os alunos calculem os valores de diversas potˆncias de expoentes naturais, especial-
                                                       e
mente aquelas com expoentes maiores e bases com n´meros decimais.
                                                    u

Inicialmente, deixem os alunos livremente para realizar os c´lculos, interferindo somente ao final
                                                            a
para mostrar as vantagens de m´todos pr´ticos que visam facilitar esses c´lculos, como aquele
                                 e       a                                   a
que est´ descrito na seq¨ˆncia. Eles s˜o muito importantes para a Matem´tica como um todo,
       a                ue            a                                      a
especialmente para Matem´tica Financeira.
                           a


Objetivos pedag´gicos
               o

    • Mostrar que n˜o s˜o necess´rios aparatos sofisticados como as calculadoras cient´
                    a a          a                                                   ıficas ou
      financeiras para se trabalhar c´lculos financeiros.
                                    a
    • Explorar ao m´ximo os recursos de uma calculadora simples.
                   a
    • Facilitar o c´lculo de potˆncias que surgem naturalmente nas f´rmulas da Matem´tica
                   a            e                                   o               a
      Financeira.
    • Com a racionaliza¸˜o do tempo de c´lculo, aproveitar o tempo excedente para avan¸ar
                       ca               a                                             c
      em novos conte´dos.
                    u
    • Incentivar o uso das opera¸˜es constantes e das teclas de mem´ria das calculadoras.
                                co                                 o


Material necess´rio
               a

    • Uma calculadora simples;
    • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno).
                       ca    a

                                               28
Regra pr´tica para o c´lculo de potˆncias
        a             a            e

Em uma calculadora simples, pode-se calcular o valor da potˆncia an , onde n ´ um n´mero
                                                           e                 e     u
natural, obedecendo as seguintes etapas:

   1. Digitar o n´mero que representa a base a da potˆncia;
                 u                                   e

   2. Pressionar a tecla X ;

   3. Pressionar a tecla = (n-1) vezes.


Explorando essa atividade

   • Pedir que cada aluno explique porque se deve apertar a tecla = (n-1) vezes se o expoente
     da potˆncia ´ n.
            e    e

   • Aplicar o m´todo mostrado acima para calcular o montante nos juros compostos, em cuja
                e
     f´rmula aparece potˆncias com expoentes naturais.
      o                 e
     Sugest˜o: Montar uma lista de atividades nas quais figurem essas potˆncias.
           a                                                             e

   • Mostrar aos alunos as vantagens de se usar o m´todo pr´tico descrito anteriormente e a
                                                   e       a
     sua real necessidade para a Matem´tica Financeira.
                                      a

   • Explorar com alunos outras opera¸˜es constantes das calculadoras comuns, como: soma,
                                       co
     subtra¸˜o, divis˜o e raiz quadrada, tentando descobrir poss´
           ca        a                                          ıveis aplica¸˜es.
                                                                            co

   • Pedir que cada aluno mostre alguma outra situa¸˜o dentro da Matem´tica ou mesmo em
                                                   ca                 a
     outra ciˆncia onde esse m´todo pode ser util.
             e                e              ´


3.2.2   Explorando as teclas de mem´ria
                                   o

Muitos usu´rios de calculadoras simples n˜o conhecem as fun¸˜es das teclas de mem´ria M ,
           a                              a                 co                   o
 M+ , MRC ou MR das calculadoras, ou quando sabem, n˜o as usam pois n˜o se d˜o conta
                                                             a               a     a
da sua real importˆncia para o c´lculo de f´rmulas matem´ticas.
                  a             a          o            a

Nesta atividade o professor dever´ explicar as fun¸˜es dessas teclas (Ver 2.1.5) e montar uma
                                  a               co
lista de exerc´
              ıcios de Matem´tica Financeira que envolvam f´rmulas cujos c´lculos podem ser
                             a                              o                a
facilitados com o uso dessas calculadoras.

Ver as subse¸˜es 2.1 e 2.3. Inicialmente, os alunos devem ser deixados ` vontade para resolver
             co                                                         a
os exerc´
        ıcios do jeito que quiserem, mas o professor deve intervir em seguida para introduzir o
m´todo pr´tico mostrado abaixo, incentivando o seu uso.
  e        a


Objetivos pedag´gicos
               o

   • Mostrar aos alunos a importˆncia de saber realizar c´lculos financeiros para o cotidiano
                                a                        a
     da pessoas.

   • Auxiliar no processo de forma¸˜o de indiv´
                                  ca          ıduos cr´
                                                      ıticos.

   • Incentivar o uso das teclas de mem´ria das calculadoras.
                                       o



                                              29
• Discutir com os alunos sobre as vantagens de se usar as teclas de mem´ria das calculadoras
                                                                          o
     e da sua real necessidade para a Matem´tica Financeira.
                                             a

   • Aplicar o m´todo pr´tico exposto nesta atividade para se calcular os coeficientes de amor-
                 e       a
     tiza¸˜o de d´
         ca      ıvidas e de capitaliza¸˜o.
                                       ca
     Sugest˜o: Montar uma lista de atividades;
            a


Material necess´rio
               a

   • Uma calculadora simples;

   • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno).
                      ca    a


M´todo pr´tico
 e       a

Para calcular o coeficiente de amortiza¸˜o do pagamento postecipado (sem entrada), cuja f´rmula
                                      ca                                                o
´ dada a seguir, onde n representa o n´mero de pagamentos, i ´ a taxa unit´ria e u = 1 + i,
e                                       u                       e            a
devemos proceder da seguinte forma:

                                            un · i
                                           un − 1

   1. Digitar o n´mero u e pressionar a tecla = (n-1) vezes;
                 u

   2. Pressionar em seq¨ˆncia, a tecla – , a tecla 1 e a tecla = ;
                       ue

   3. Pressionar a tecla M+ para guardar o resultado atual (denominador da f´rmula) na
                                                                            o
      mem´ria da m´quina;
           o        a

   4. Pressionar, ou a tecla MR ou a tecla MRC para acessar o valor que est´ guardado
                                                                           a
      na mem´ria da m´quina.
              o         a

   5. Pressionar a tecla + , depois a tecla 1 e a tecla = para restituir o valor da potˆncia
                                                                                       e
      un , que ´ necess´ria ao c´lculo do numerador.
               e       a        a

   6. Pressionar a tecla X , digitar o n´mero i e pressionar = para obter no visor da m´quina
                                        u                                              a
      o resultado do numerador;

   7. Pressionar ÷ , pressionar, ou MR ou MRC e finalmente pressionar a tecla = para
      obter o resultado final.


Explorando essa atividade

   • Estabelecer uma discuss˜o com os alunos a respeito da eficiˆncia e da real necessidade
                            a                                  e
     desse m´todo para a Matem´tica Financeira;
            e                   a

   • Pedir aos alunos que tentem fazer adapta¸˜es do m´todo para calcular os outros coefi-
                                                co    e
     cientes (pagamento antecipado e diferido).

   • Discutir com os alunos sobre a validade do uso deste m´todo.
                                                           e

   • Pedir aos alunos que descubram outras aplica¸˜es para este m´todo dentro da Matem´tica
                                                  co             e                    a
     ou at´ mesmo em outras ciˆncias como a F´
          e                     e               ısica.

                                             30
3.3     Atividades com o software Calc

As atividades para esta se¸˜o visam utilizar o software Calc, uma planilha eletrˆnica que integra
                          ca                                                    o
o pacote de aplicativos BrOffice.Org, um software livre que pode ser baixado gratuitamente
no link http://www.broffice.org/download. O seu layout e funcionalidade s˜o semelhantes
                                                                                  a
ao Microsoft Excel e as atividades podem ser facilmente adaptadas do Excel para esse software.


3.3.1   Calculando a taxa de juros de uma renda uniforme

Inicialmente, o professor deve demonstrar aos alunos a dificuldade de se efetuar certos c´lculos
                                                                                        a
financeiros, particularmente os que visam encontrar o valor da taxa em problemas de rendas
certas, pois a vari´vel i, em quest˜o se apresenta de modo impl´
                   a               a                              ıcito, ou seja n˜o pode ser
                                                                                  a
isolada facilmente por meio de uma equa¸˜o, necessitando muitas vezes de m´todos num´ricos
                                        ca                                   e           e
de aproxima¸˜o.
             ca

O professor deve pedir aos alunos que tragam, para a aula seguinte, folhetos com ofertas de
financiamentos de produtos, desses que as empresas distribuem contendo o pre¸o ` vista, o valor
                                                                           c a
e a quantidade das presta¸˜es e a forma de pagamento, que neste caso deve ser sem entrada e
                         co
com o valor das presta¸˜es iguais.
                      co

Depois de uma breve introdu¸˜o sobre o software Calc na sala de aula e do m´todo que ser´
                               ca                                                e             a
utilizado, o professor dever´ pedir aos alunos que montem uma lista de atividades, auxiliando-os
                            a
se necess´rio, na escrita dos enunciados.
         a

Em seguida, o professor dever´ conduzir os alunos ao laborat´rio de inform´tica para a resolu¸˜o
                             a                              o             a                  ca
dos exerc´
         ıcios.

Observa¸˜o: Algumas empresas cobram a TAC, que ´ uma tarifa para abertura de cr´dito.
        ca                                           e                                e
Neste caso, o valor dessa taxa deve ser acrescido ao valor da d´
                                                               ıvida. Devemos acrescentar
tamb´m o valor do IOF, imposto cobrado sobre opera¸˜es financeiras, caso este seja repassado
     e                                              co
ao consumidor. Pesquisar o valor dessa tarifa.


Objetivos pedag´gicos
               o

   • Resolver problemas de Matem´tica Financeira de dif´ solu¸˜o por m´todos simples,
                                   a                    ıcil    ca    e
     como os que visam o c´lculo da taxa em uma renda uniforme;
                          a

   • Mostrar que a Matem´tica Financeira, at´ mesmo nos seus c´lculos mais complexos pode
                         a                  e                 a
     ser acess´ aos nossos alunos;
              ıvel

   • Incentivar o uso da tecnologia computacional na resolu¸˜o de problemas;
                                                           ca

   • Auxiliar no processo de forma¸˜o de indiv´
                                  ca          ıduos cr´
                                                      ıticos.


Material necess´rio
               a

   • Um computador pessoal com o software Calc instalado;

   • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno).
                      ca    a




                                               31
Procedimentos

Os procedimentos a seguir podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos, con-
forme a disponibilidade de computadores no laborat´rio:
                                                  o


  1. Abrir uma planilha do Calc; (Ver Figura 8)




                         Figura 8: Abrindo uma planilha no Calc

  2. Na c´lula B2, escrever N´mero de presta¸~es e na c´lula C2, escrever o valor correspon-
         e                   u              co         e
     dente ao N´mero de presta¸˜es;
                u               co

  3. Na c´lula B3, escrever Valor da presta¸~o e na c´lula C3, escrever o valor correspon-
         e                                   ca        e
     dente ao Valor da presta¸˜o com o sinal negativo;
                             ca

  4. Na c´lula B4, escrever Valor da d´vida e na c´lula C4, escrever o valor correspondente
         e                            ı           e
     ao Valor da d´
                  ıvida;

  5. Na c´lula B5, escrever Taxa.
         e

  6. Ajustar a largura da coluna B para caber estes textos;

  7. Deixe a c´lula C5 vazia.
              e

  8. Selecionar a c´lula C5 e clicar no Assistente de fun¸˜es, cujo ´
                   e                                     co         ıcone ´ [ f(x) ];
                                                                          e

  9. Na guia Fun¸˜es, em categoria escolha financeiro e em fun¸˜o escolha TAXA, clicando
                co                                           ca
     em pr´ximo; (Ver Figura 9)
          o

 10. Nas caixas NPER, Pgto, VP, n˜o digitar nada. Para inserir cada um desses dados, clique
                                 a
     sobre o bot˜o ` direita de cada uma delas para minimizar o assistente e visualizar os
                a a
     dados anteriormente inseridos.



                                               32
Figura 9: Inserindo os dados

11. Com o prompt em cada uma dessas caixas selecionar respectivamente os valores da
    planilha correspondentes do N´mero de presta¸~es para NPER, Valor da presta¸~o
                                 u              co                              ca
    para Pgto, Valor da d´vida para VP.
                          ı

12. Na caixa Tipo, digitar o n´mero 1 e deixar as demais caixas deixar em branco.
                              u

13. Clicar em OK e o valor da taxa aparecer´ na c´lula B4. (Ver Figura 10)
                                           a     e




                   Figura 10: Trabalhando no assistente de fun¸˜o
                                                              ca




                                           33
Explorando esta atividade

   • Pedir aos alunos que confiram a taxa obtida nos c´lculos com a taxa declarada pela em-
                                                        a
     presa (em geral, no rodap´ do an´ncio e em letras menores) e verifiquem se elas coincidem.
                              e      u

   • Pedir que cada aluno aumente o N´mero de presta¸˜es e responda `s quest˜es:
                                     u              co              a       o

         – O valor da taxa se altera? Para mais ou para menos? Por que isso ocorre?

   • Pedir que cada aluno diminua o Valor das presta¸˜es e responda `s perguntas:
                                                    co              a

         – O valor da taxa se altera? Para mais ou para menos? Por que isso ocorre?

   • Em seguida, pedir para que cada aluno ajuste o Valor das presta¸˜es de modo que a Taxa
                                                                    co
     esteja pr´xima de 0 e responda `s seguintes perguntas:
              o                     a

         – Quando ocorre a taxa 0? A a taxa pode ser negativa? Quando isso ocorre? Se a
           taxa ´ negativa, quem estaria pagando essa taxa? O cliente ou a empresa? O caso
                e
           da taxa negativa tem a ver com a realidade? Por que?

   • Pedir aos alunos que pesquisem sobre as taxas cobradas no com´rcio local e com as taxas
                                                                      e
     calculadas na atividade anterior, pedir aos alunos que fa¸am a prova real dos c´lculos, ou
                                                              c                      a
     seja, usem estas taxas nas f´rmulas para o c´lculo das presta¸˜es e verifiquem se os valores
                                 o               a                co
     coincidem. Se a resposta for negativa, sugerir que refa¸am os c´lculos para detectar o
                                                               c        a
     erro.


3.3.2   Calculando a taxa de juros de uma renda n˜o uniforme
                                                 a

Para essa atividade, deve-se seguir os mesmos passos da atividade anterior, diferindo apenas na
etapa seguinte:

O professor pedir´ aos alunos que tragam folhetos com ofertas de financiamentos de produtos,
                 a
desses que as empresas distribuem contendo o pre¸o ` vista, o valor, o n´mero de presta¸˜es e a
                                                c a                     u              co
forma de pagamento, n˜o importando se a opera¸˜o ser´ realizada com entrada ou sem entrada.
                      a                        ca     a

Observa¸˜o: Para essa atividade as presta¸˜es n˜o necessariamente precisam ser iguais.
       ca                                co    a


Objetivos pedag´gicos
               o

   1. Resolver problemas de Matem´tica Financeira de dif´ solu¸˜o por m´todos simples;
                                 a                      ıcil  ca       e

   2. Mostrar que a Matem´tica Financeira, mesmo nos seus c´lculos mais complexos pode ser
                         a                                 a
      acess´ para os nossos alunos;
           ıvel

   3. Incentivar o uso da tecnologia computacional na resolu¸˜o de problemas;
                                                            ca

   4. Auxiliar no processo de forma¸˜o de indiv´
                                   ca          ıduos cr´
                                                       ıticos.


Material necess´rio
               a

   • Computador com o software Calc instalado;

   • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno).
                      ca    a


                                              34
Procedimentos

Para as atividades seguintes, sugerimos que sejam realizadas individualmente ou em pequenos
grupos, conforme a disponibilidade de computadores no laborat´rio:
                                                               o

   1. Abrir uma nova planilha no Calc; (Ver Figura 8)
   2. Na c´lula B2 escrever D e na c´lula C2 digitar o Valor da d´
          e                         e                            ıvida.
   3. Na c´lula B3 escrever E e na c´lula C3 digitar o Valor da entrada, caso o plano seja com
           e                        e
      entrada. Se o plano for sem entrada, escrever 0.
   4. Na c´lula B4 escrever D-E e na c´lula C4, calcular o valor do Saldo devedor, isto ´, a
           e                            e                                               e
      diferen¸a entre a D´
             c           ıvida e o Valor da entrada;
   5. Nas c´lulas B5 e C5 n˜o escrever nada;
           e               a
   6. Na c´lula B6 escrever Saldo Devedor e na c´lula C6 digitar o valor do Saldo devedor;
          e                                     e
   7. Na c´lula B7 escrever Presta¸~o 1 e na c´lula C7 digitar o valor da Presta¸˜o 1 (com
           e                      ca          e                                 ca
      sinal negativo);
   8. Na c´lula B8 escrever Presta¸~o 2 e na c´lula C8 digitar o valor da Presta¸˜o 2 (com
           e                      ca          e                                 ca
      sinal negativo);
   9. Na c´lula B9 escrever Presta¸~o 3 e na c´lula C9 digitar o valor da Presta¸˜o 3 (com
           e                       ca           e                                ca
      sinal negativo); Observa¸˜o: O valor da d´
                              ca               ıvida deve ser menor que o valor da soma das
      presta¸˜es tomadas em valor absoluto.
             co
 10. Na c´lula B10 escrever Taxa;
         e
 11. Selecionar a c´lula C10 e clicar no Assistente de fun¸˜es, cujo ´
                   e                                      co         ıcone ´ [f(x)];
                                                                           e
 12. Na guia Fun¸~es, em Categoria escolher financeiro e em Fun¸~o escolher TIR e clicar
                co                                             ca
     em pr´ximo; (Ver Figura 11)
          o




                               Figura 11: Inserindo os dados


                                               35
13. Na caixa Valores n˜o digitar nada. Com o prompt nessa caixa, clicar no bot˜o ` direita
                         a                                                           a a
     (Indicado com uma seta na Figura 12) para minimizar o Assistente. Selecionar apenas o
     intervalo (de C6 a C9), da coluna dos valores e retornar ao Assistente, clicando no mesmo
     bot˜o para maximiz´-lo. Clique em OK. O valor da taxa ir´ aparecer na c´lula B10 da
         a                a                                       a                e
     planilha. (Ver Figura 12)




                     Figura 12: Trabalhando no assistente de fun¸˜o
                                                                ca



Explorando esta atividade

   • Pedir que cada aluno aumente o valor de uma ou mais presta¸˜es e responda `s seguintes
                                                               co              a
     quest˜es:
          o

        – O que acontece com a taxa?
        – Por que isso ocorre?

   • Pedir que cada aluno diminua o valor de uma ou mais presta¸˜es e responda `s quest˜es:
                                                               co              a       o

        – O que acontece com a taxa?
        – Por que isso ocorre?
        – Ela pode se tornar negativa? Em que situa¸˜o?
                                                   ca
        – Nesse caso quem estar´ pagando essa taxa? Essa situa¸˜o pode ocorrer na realidade?
                               a                              ca


Estabele¸a uma discuss˜o sobre este assunto.
        c             a




                                               36
Referˆncias
     e
[1] D’Ambr´sio, Nicolau e Ubiratan, Matem´tica Comercial e Financeira, Companhia Editora
           o                               a
    Nacional, 29a edi¸˜o, S˜o Paulo, 1983.
                     ca    a

[2] Lima, Elon Lages, et al, Temas e Problemas, Cole¸˜o do Professor de Matem´tica, SBM,
                                                    ca                       a
    Rio de Janeiro, 2001.

[3] Faria, Rog´rio G. de, Matem´tica Comercial e Financeira, Makron Books, 5a edi¸˜o, S˜o
              e                a                                                 ca    a
    Paulo, 2000.

[4] Sobrinho, J. D. Vieira, Manual de Aplica¸˜es Financeiras – HP-12C, Atlas, 2a edi¸˜o, S˜o
                                            co                                      ca    a
    Paulo, 1985.


Conte´ dos dispon´
     u           ıveis na Internet

http://www.mat.uel.br/matessencial/financeira/financeira.htm
(acessado em 29 de novembro de 2007).

http://pa.esalq.usp.br/desr/dum/node2.html
(acessado em 30 de novembro de 2007).

http://www.iesc.edu.br/pesquisa/arquivos/o_anatocismo_dos_sistemas_de_amortizacao.
pdf
(acessado em 20 de dezembro de 2007).




                                            37

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  • 1. Matem´tica Financeira a Uma abordagem contextual Prof. PDE: Epaminondas Alves dos Santos Orientador (UEL): Prof. Dr. Ulysses Sodr´ e Trabalho desenvolvido junto ao PDE 1
  • 2. Programa de Desenvolvimento Educacional do Paran´ a Conte´ do u Introdu¸˜o ca 4 1 Juros 6 1.1 Juros Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.1.1 Taxas de juros – Classifica¸˜o . . . . . . . . . . . . ca 7 1.1.2 F´rmula de Juros Simples . . . . . . . . . . . . . . o 8 1.1.3 F´rmulas derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . o 9 1.1.4 Montante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 1.1.5 Aplica¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co 12 1.2 Juros Compostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.2.1 Demonstra¸˜o da f´rmula . . . . . . . . . . . . . . ca o 13 1.2.2 Exemplos de aplica¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . ca 14 1.2.3 C´lculo de taxas equivalentes . . . . . . . . . . . . a 15 2 Rendas Certas 16 2.1 Sistema francˆs de amortiza¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . e ca 17 2.1.1 Rendas antecipadas – Com entrada . . . . . . . . . 17 2.1.2 Rendas postecipadas – Sem entrada . . . . . . . . . 19 2.1.3 Rendas diferidas – Com carˆncia . . . . . . . . . . e 20 2.1.4 Observa¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co 22 2.1.5 M´todo pr´tico: c´lculo do coeficiente de amortiza¸˜o 22 e a a ca 2.2 Sistema de Amortiza¸˜o Constante – SAC . . . . . . . . . ca 24 2.3 Capitaliza¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 25
  • 3. 3 Sugest˜es de Atividades o 28 3.1 Encaminhamento metodol´gico . . . . . . . . . . . . . . . o 28 3.2 Atividades com calculadora simples . . . . . . . . . . . . . 28 3.2.1 Calculando potˆncias com a calculadora simples . . e 28 3.2.2 Explorando as teclas de mem´ria . . . . . . . . . . o 29 3.3 Atividades com o software Calc . . . . . . . . . . . . . . 31 3.3.1 Calculando a taxa de juros de uma renda uniforme 31 3.3.2 Calculando a taxa de juros de uma renda n˜o uniforme 34 a 3
  • 4. Introdu¸˜o ca Grandes problemas enfrentados pelos professores de Matem´tica atual- a mente tais como a apatia, o desinteresse e, at´ mesmo, a indisciplina e por parte dos nossos alunos, s˜o provavelmente frutos de uma aparente a contradi¸˜o que existe entre a origem e desenvolvimento dos conte´dos ca u matem´ticos e a forma como eles s˜o disseminados pela escola. a a ´ E sabido de todos que a Matem´tica originou e se desenvolveu em fun¸˜o a ca das necessidades enfrentadas pelo homem nas suas rela¸˜es sociais e no co enfrentamento das dificuldades impostas pela natureza. Apesar disso, de- vido `s diversas transforma¸˜es ocorridas pelas pol´ a co ıticas educacionais, o que se vˆ hoje em dia ´ um ensino da Matem´tica pouco contextualizado, e e a contribuindo para a falta de est´ ımulo dos nossos alunos. Neste contexto, a Matem´tica Financeira se apresenta como uma exce- a lente alternativa para compor o curr´ ıculo do Ensino M´dio, visto que ela ´ e e contextual por excelˆncia, ´ atual e necess´ria para a forma¸˜o de um in- e e a ca div´ ıduo cr´ıtico, pois ela d´ subs´ a ıdios necess´rios para a tomada de decis˜es a o importantes para a sua vida. ´ E indiscut´ ıvel, nos dias atuais, a relevˆncia da Matem´tica Financeira a a no cotidiano das pessoas. O fato de vivermos num pa´ capitalista em ıs desenvolvimento e que sofre os efeitos da globaliza¸˜o da economia tornam ca essa importˆncia ainda maior. a Com a economia em fase de estabiliza¸˜o e crescimento, aumenta a oferta ca de cr´dito e as pessoas est˜o se endividando cada vez mais. Torna-se e a necess´rio que o cidad˜o tome conhecimento, pelo menos um pouco dos a a mecanismos que regem o sistema financeiro. Esse trabalho prop˜e atividades e discuss˜es no ˆmbito do Ensino M´dio, o o a e sobre as principais f´rmulas da Matem´tica Financeira e suas aplica¸˜es, o a co como, por exemplo, as que regem as amortiza¸˜es de d´ co ıvidas pelo Sistema Francˆs. Visando facilitar o entendimento, as demonstra¸˜es s˜o feitas e co a sem muito rigor matem´tico, com ˆnfase `s demonstra¸˜es mecˆnicas ou a e a co a visuais. Conhecer os conte´dos matem´ticos que est˜o envolvidos nas atividades u a a financeiras tais como os c´lculos dos juros simples e compostos, os de- a scontos, as capitaliza¸˜es e amortiza¸˜es de d´ co co ıvidas ´, sem d´vida, uma e u forma agrad´vel de dar significado a diversos conte´dos importantes da a u 4
  • 5. Matem´tica do Ensino Fundamental e M´dio, tais como: Raz˜es, Pro- a e o por¸˜es, Porcentagem, Fun¸˜es, Progress˜es Aritm´ticas e Geom´tricas, co co o e e entre outros. A Matem´tica Financeira fazia parte do curr´ a ıculo dos antigos cursos profis- sionalizantes da ´rea de contabilidade. Com a mudan¸a para o atual En- a c sino M´dio ela ficou relegada a um plano secund´rio, figurando apenas em e a algumas institui¸˜es como complemento de carga hor´ria, inserida como co a conte´do da parte diversificada. u O que esse trabalho prop˜e ´ a sua inser¸˜o definitiva na grade curricu- o e ca lar do Ensino M´dio, visto que a Matem´tica Financeira tem uma desta- e a cada importˆncia no cotidiano das pessoas. N˜o s˜o raras as situa¸˜es a a a co do dia-a-dia em que necessitamos de lan¸ar m˜o de algum conhecimento c a de Matem´tica Financeira para nos orientarmos na tomada de decis˜es a o importantes na nossa vida. Partindo de alguns conhecimentos b´sicos adquiridos pelos alunos no en- a sino fundamental, tais como as no¸˜es de proporcionalidade, juros simples co e a no¸˜o de fun¸˜es o professor pode, aos poucos, ir refor¸ando esses ca co c conceitos e lan¸ando as bases da Matem´tica Financeira, introduzindo os c a conceitos da capitaliza¸˜o composta, da equivalˆncia de capitais e dos sis- ca e temas de amortiza¸˜o de d´ ca ıvidas. Para esse prop´sito, o professor deve fazer um planejamento bastante cri- o terioso das suas a¸˜es tendo em vista as limita¸˜es de tempo e a disponi- co co bilidade de recursos tecnol´gicos da sua escola. o Quando poss´ıvel, o uso adequado de recursos computacionais pode ajudar a dar mais agilidade e melhorar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, mas na impossibilidade desses recursos, uma calculadora simples, usada de forma eficiente, pode ser um bom instrumento para se trabalhar a Matem´tica Financeira. a 5
  • 6. 1 Juros Quando se toma emprestado de algu´m por um certo tempo algum bem e ou dinheiro, ´ natural que se pague ao fim desse prazo, al´m do valor e e emprestado, alguma compensa¸˜o financeira, o aluguel, no caso de um ca bem ou os juros, no caso de dinheiro. Ao valor emprestado denominamos Principal, Capital Inicial ou simples- ` mente Capital. A soma dos juros com o Capital em um determinado per´ ıodo ´ dado o nome de Montante. e Constitui a base principal da Matem´tica Financeira os estudos dos mecan- a ismos que regem a forma¸˜o dos juros e a sua incorpora¸˜o ao Capital, ca ca tamb´m denominada Capitaliza¸˜o. O intervalo de tempo decorrente en- e ca tre cada capitaliza¸˜o ´ denominado Per´odo de Capitaliza¸˜o. ca e ı ca Quanto aos Sistemas ou Regimes de Capitaliza¸˜o, destacamos dois: ca • Juros Simples – Ao fim de cada per´ ıodo de capitaliza¸˜o s˜o incorpo- ca a rados os juros calculados sobre o Capital Inicial. • Juros Compostos – Ao fim de cada per´ ıodo de capitaliza¸˜o s˜o in- ca a corporados os juros calculados sobre o montante do per´ıodo anterior. 1.1 Juros Simples No regime de capitaliza¸˜o a Juros Simples, a compensa¸˜o financeira ca ca mencionada na se¸˜o anterior, ou seja, os (juros) s˜o diretamente propor- ca a cionais ao valor do capital emprestado (C), dentro de um per´ıodo unit´rio a de tempo (dia, mˆs, ano, etc.), e tamb´m diretamente proporcionais ` e e a quantidade de per´ ıodos em que o mesmo ficar emprestado. Para um per´ ıodo unit´rio, a parcela dos juros (combinada previamente a entre as partes), ´ dada por uma porcentagem do capital inicial, ou seja, e um valor r para cada 100 (cem) partes desse valor. r ´ denominada a taxa e de juros. Por exemplo se r = 5, escreve-se r = 5% e lˆ-se (cinco por cento). Pode-se e 5 escrever tamb´m r = e ou o que ´ equivalente r = 0, 05. e 100 r Sendo r% a taxa de juros, chamaremos = i de taxa unit´ria. a 100 6
  • 7. 1.1.1 Taxas de juros – Classifica¸˜o ca Uma taxa de juros ´ denominada taxa efetiva, quando o per´ e ıodo a que ela se refere coincide com o per´ ıodo de capitaliza¸˜o. ca Exemplo: 4% ao semestre capitalizados semestralmente. Uma taxa de juros ´ denominada taxa nominal, quando o per´ e ıodo a que ela se refere n˜o coincide com o per´ a ıodo de capitaliza¸˜o. ca Exemplo: 7% ao ano capitalizados mensalmente. Esse tipo de taxa n˜o ´ aplicavel aos juros simples uma vez que o per´ a e ıodo de referˆncia da taxa j´ determina o per´ e a ıodo de capitaliza¸˜o. No entanto ca ela ´ de extrema importˆncia para os juros compostos, dando origem aos e a conceitos de taxa proporcional e equivalente que ser˜o discutidas a seguir. a Duas taxas de juros s˜o proporcionais quando formam uma propor¸˜o a ca direta com os per´ ıodos de capitaliza¸˜o a elas referidos. ca Exemplo: A taxa de juros de 2% ao bimestre ´ proporcional a 6% ao e semestre, pois: 2 1 = 6 3 ´ E uma propor¸˜o direta, ou seja, a raz˜o entre as taxas ´ igual a raz˜o ca a e a entre os per´ ıodos a elas referidos. Na pr´tica, quando a rela¸˜o entre os a ca per´ ıodos ´ de 1 : n, basta multiplicar ou dividir uma taxa de um pe´ e ıodo por n para obter a taxa proporcional a ela relativa ao outro per´ıodo. Exemplos: 1. Para obter a taxa semestral proporcional a 10% ao ano, observamos que a rela¸˜o entre os per´ ca ıodos ´ de 1 : 2, ou seja, 1 ano = 2 semestres, e basta dividir 10 por 2, resultando na taxa semestral de 5%. 2. Para obter a taxa anual proporcional a 3% ao bimestre, lembramos que a rela¸˜o entre os per´ ca ıodos ´ de 1 : 6, isto ´, (1 ano = 6 bimestres). e e Multiplicamos ent˜o 3 por 6 e obtemos a taxa proporcional procurada a de 18% ao ano. Defini¸˜o: Duas taxas s˜o equivalentes quando se referindo a per´ ca a ıodos de capitaliza¸˜es diferentes, produzem os mesmos juros num determinado co per´ ıodo, quando aplicadas sobre um mesmo capital. 7
  • 8. No regime de capitaliza¸˜o a juros simples as taxas equivalentes para dois ca per´ıodos de capitaliza¸˜o distintos s˜o tamb´m proporcionais para esses ca a e mesmos per´ ıodos, pois a incidˆncia dos juros ocorre apenas sobre capital e inicial. Por´m no regime de capitaliza¸˜o a juros compostos essas duas taxas s˜o e ca a bastantes distintas, como ser´ visto na se¸˜o 1.2.3. a ca Outro conceito muito importante e que as pessoas em geral n˜o d´ muita a a aten¸˜o ´ o de taxa real de juros. Essa taxa exprime o ganho real de um ca e investimento em um per´ ıodo pois ela relaciona a taxa efetiva e a taxa de infla¸˜o (perda do valor do dinheiro) de um per´ ca ıodo de capitaliza¸˜o, da ca seguinte forma: 1 + taxa efetiva taxa real = −1 1 + taxa de inflac˜oa Em ´pocas de infla¸˜o alta, a n˜o observˆncia dessa taxa fez que muitas e ca a a pessoas perdessem as suas economias. As taxas de juros para investimento eram altas e as pessoas emprestavam e gastavam os rendimentos dos juros. Quando retiravam o montante do investimento, elas percebiam que haviam perdido consideravelmente o seu valor devido ` taxa de infla¸˜o. a ca Recomendamos aos professores de Matem´tica do Ensino M´dio n˜o dedicar a e a muito tempo das aulas no estudo dos juros simples, pois h´ muito tempo a j´ n˜o se pratica os juros simples em nossa economia, tamb´m porque ele a a e j´ figura na grade do ensino fundamental. O que sugerimos aqui ´ uma a e revis˜o r´pida e bem elaborada desse conte´do que tem sua importˆncia a a u a para facilitar o entendimento da capitaliza¸˜o composta. ca 1.1.2 F´rmula de Juros Simples o Se C ´ o capital emprestado ` taxa de r% ao mˆs, durante n meses, o e a e c´lculo dos juros produzidos, denotado por j, ´ dado pela f´rmula a e o r j=C· ·n 100 Demonstra¸˜o : Para calcular os juros em cada per´ ca ıodo (mˆs), multi- e r plicamos o valor C pela taxa percentual i = e para obter o total 100 dos juros dos n per´ ıodos, multiplica-se por n. Ou seja: r j=C· ·n 100 8
  • 9. O que ´ equivalente a e j =C ·i·n (1) 1.1.3 F´rmulas derivadas o A f´rmula 1 para o c´lculo da taxa de juros, tamb´m pode ser usada para o a e gerar o c´lculo do Capital C, do tempo n e da taxa i. Como esta f´rmula a o envolve quatro vari´veis, basta conhecer trˆs delas para gerar a vari´vel a e a desconhecida. Para calcular o capital, isolamos a inc´gnita C na f´rmula 1 para obter o o j C= (2) i·n Para obter o per´ ıodo n, temos j n= (3) C ·i Para calcular a taxa i, temos j i= (4) C ·n Observa¸˜o importante! A taxa r e o tempo n devem estar expressas ca coerentemente, ou seja, se a taxa for mensal, o tempo deve ser expresso em meses, caso contr´rio, deve-se transformar a taxa, usando-se uma taxa a proporcional (Ver subse¸˜o 1.2.3) ou o tempo, usando a rela¸˜o de propor- ca ca cionalidade entre os per´ ıodos. Aplica¸˜es co 1. Calcular os juros simples obtidos pela aplica¸˜o do capital R$ 1200,00, ca colocado ` taxa de 5% ao mˆs, durante 8 meses. a e Resolu¸˜o: ca 5 • i= = 0, 05 100 • C = 1200 • n=8 • j =? 9
  • 10. Aplicando a f´rmula 1, temos o j = 1200 · 0, 05 · 8 = 480 Resposta: Os juros obtidos foram de R$ 480,00. 2. Qual o capital, que emprestado a juros simples de 15% ao ano, produz em 5 anos juros no valor de R$ 210,00? Resolu¸˜o: ca 15 • i= = 0, 15 100 • C =? • n=5 • j = 210 Aplicando a f´rmula 2, obtemos o 210 C= = 280 0, 15 · 5 Resposta: O capital emprestado deve ser de R$ 280,00. 3. Durante quanto tempo o capital R$ 850,00 deve ficar emprestado, `a taxa de juros simples de 3% ao mˆs para gerar a renda R$ 76,50 de e juros? Resolu¸˜o: ca 3 • i= = 0, 03 100 • C = 850 • n =? • j = 76, 50 Aplicando a f´rmula 3, temos o 76, 50 n= =3 850 · 0, 03 Resposta: O capital deve ficar emprestado por 3 meses. 4. A que taxa de juros simples devemos emprestar R$ 2500,00, para que em 4 bimestres, possamos ter a renda R$ 180,00 de juros? Resolu¸˜o: ca 10
  • 11. • i =? • C = 2500 • n=4 • j = 180 Aplicando a f´rmula 4, obtemos o 180 i= = 0, 018 2500 · 4 Logo r = 0, 018 · 100 = 1, 8 Resposta: A taxa deve ser de 1, 8% ao bimestre. 1.1.4 Montante Montante (M ) ´ o nome dado ` soma do capital com os juros produzidos e a em um determinado per´ıodo, ou seja: M =C +j (5) ´ E poss´ ıvel calcular os juros ou o capital que comp˜em um montante, o quando se conhece, al´m do montante, apenas a taxa e o tempo. e Observe que este c´lculo ´ muito complicado para se realizar com o uso das a e f´rmulas anteriores, pois elas necessitam que se identifique que parcela do o montante corresponde aos juros, uma vez que o montante n˜o se apresenta a de forma expl´ ıcita nessas f´rmulas. o Substituindo o resultado da equa¸˜o 2 na equa¸˜o 5, segue que ca ca C +j =M ´ equivalente a e j j + =M i·n 1 que equivale a j+j·i·n =M i·n 11
  • 12. de onde segue que j(1 + i · n) M= i·n Isolando a inc´gnita j na ultima equa¸˜o, obtemos o ´ ca M ·i·n j= (6) 1 + in Para obter o capital, temos o desenvolvimento: M =C +j que ´ equivalente a e M =C +C ·i·n ou seja M = C(1 + i · n) Isolando a inc´gnita C na ultima equa¸˜o, obtemos o ´ ca M C= (7) 1+i·n 1.1.5 Aplica¸˜es co 1. Um certo capital ficou emprestado ` taxa de juros simples de 10% ao a ano, durante 8 anos. Qual ´ o valor dos juros produzidos, se ao fim e desse per´ ıodo o montante correspondia a R$ 900,00? Resolu¸˜o: ca 10 • i= = 0, 1 100 • M = 900 • n=8 • j =? Aplicando a f´rmula 6, obtemos: o 900 · 0, 1 · 8 j= = 400 1 + 0, 1 · 8 Resposta: Os juros produzidos foram de R$ 400,00. 12
  • 13. 2. Qual ´ o capital, que ficando emprestado por 5 meses, ` taxa de juros e a simples de 4% ao mˆs, produz o montante de R$ 5400,00? e Resolu¸˜o: ca 4 • i= = 0, 04 100 • M = 5400 • n=5 • C =? Aplicando a f´rmula 7, obtemos: o 5400 C= = 4500 1 + 0, 04 · 5 Resposta: O capital deve ser de R$ 4500,00. 1.2 Juros Compostos Denominamos capitaliza¸˜o composta ou capitaliza¸˜o com juros compos- ca ca tos ao regime de capitaliza¸˜o pelo qual os juros auferidos em cada per´ ca ıodo s˜o somados ao capital anterior, para render juros no per´ a ıodo seguinte. Esta pr´tica ´ denominada anatocismo ou, mais popularmente “juros so- a e bre juros”. Para saber mais sobre anatocismo, consulte as p´ginas abaixo: a http://www.direitonet.com.br/dicionario_juridico/x/33/88/338 http://forum.jus.uol.com.br/discussao/16999/legalidade-ilegal-do-anatocismo http://www.iesc.edu.br/pesquisa/arquivos/o_anatocismo_dos_sistemas_de_amortizacao. pdf 1.2.1 Demonstra¸˜o da f´rmula ca o Seja Cn o montante ao fim de n per´ ıodos de capitaliza¸˜o composta, C0 o capital no per´ ca ıodo 0 em que ocorreu o empr´stimo, i a taxa unit´ria e Jn , os juros do per´ e a ıodo n. Para calcular o montante C1 relativo ao primeiro per´ ıodo, ou seja C0 + J1 , devemos aplicar a taxa i de juros simples durante 1 per´ ıodo ao capital C0 , para obter: C1 = C0 + C0 · i = C0 (1 + i) = C0 (1 + i) = C0 (1 + i)1 C2 = C1 + C1 · i = C1 (1 + i) = C0 (1 + i)(1 + i) = C0 (1 + i)2 C3 = C2 + C2 · i = C2 (1 + i) = C0 (1 + i)2 (1 + i) = C0 (1 + i)3 E assim por diante. 13
  • 14. Podemos acreditar que, ao fim de n per´ ıodos, o montante Cn ser´ dado pela f´rmula: a o Cn = C0 (1 + i)n (8) Isolando C0 na equa¸˜o anterior, obtemos uma f´rmula que fornece o capital inicial, em fun¸˜o ca o ca do montante Cn , da taxa i e do tempo n. Cn C0 = (9) (1 + i)n 1.2.2 Exemplos de aplica¸˜o ca 1. Calcular o montante produzido pelo capital R$ 7800,00, aplicado a juros compostos de 5% ao mˆs, durante 6 meses. e Resolu¸˜o: ca • C6 =? • C0 = 7800 5 • i= = 0, 05 100 • n=6 Aplicando a f´rmula 8, obtemos o C6 = 7800(1 + 0, 05)6 = 7800(1, 05)6 ∼ 7800 · 1, 34009 = 10452, 70 = Resposta: O valor aproximado do montante produzido foi de R$ 10452,70. 2. Calcular o capital inicial necess´rio para que, a juros compostos de 4% ao mˆs, produza a e o montante de R$ 5600,00, durante 7 meses. Resolu¸˜o: ca • C7 = 5600 • C0 =? 4 • i= = 0, 04 100 • n=7 Aplicando a f´rmula 9, obtemos o 5600 5600 5600 C0 = 7 = 7 = = 4255, 54 (1 + 0, 04) (1, 04) 1, 315931 Resposta: O capital inicial deve ser de R$ 4255,54. Observa¸˜o importante: Para o c´lculo do tempo e da taxa no regime de capitaliza¸˜o ca a ca a juros compostos, h´ necessidade da aplica¸˜o de equa¸˜es exponenciais e de logaritmos, a ca co o que `s vezes pode obrigar o uso de calculadora cient´ a ıfica ou de t´buas de logaritmos. a 14
  • 15. 1.2.3 C´lculo de taxas equivalentes a Duas taxas s˜o equivalentes quando se referindo a per´ a ıodos de capitaliza¸˜es diferentes, pro- co duzem os mesmos juros num determinado per´ ıodo, quando aplicadas sobre um mesmo capital. Como j´ fora definido anteriormente, no regime de capitaliza¸˜o a juros composto os juros inci- a ca dem tamb´m sobre os juros do per´ e ıodo anterior. O que significa que quanto mais capitaliza¸˜es co o capital sofrer em um determinado per´ıodo, maior ser´ o seu rendimento. a Exemplos: Em juros compostos as taxas 21% ao ano ´ equivalente a 10% ao semestre. (Con- e fira!) Observe que a taxa proporcional ´ de 20% ao ano. e F´rmulas para o c´lculo das taxas equivalentes: Para facilitar a nomenclatura vamos o a denotar por i o valor da taxa correspondente ao menor per´ ıodo de capitaliza¸˜o e por I o valor ca da taxa do maior per´ ıodo de capitaliza¸˜o. ca A Figura 1 a seguir mostra a rela¸˜o entre duas taxas equivalentes aplicadas sobre um mesmo ca capital C0 . Observe que que o efeito de trˆs aplica¸˜es da taxa i ´ o mesmo de uma unica e co e ´ aplica¸˜o da taxa I e a rela¸˜o entre os per´ ca ca ıodos ´ de 1 : 3. e Figura 1: Taxas equivalentes. Supondo conhecida a taxa i do menor per´ ıodo, queremos obter a taxa I equivalente a i. Como o efeito dessas duas taxas sobre o capital C0 ´ o mesmo nesse per´ e ıodo, temos: C0 (1 + I) = C0 (1 + i)3 logo (1 + I) = (1 + i)3 e assim I = (1 + i)3 − 1 Se se o per´ ıodo maior fosse igual a n vezes o per´ ıodo menor, ter´ ıamos a f´rmula o I = (1 + i)n − 1 (10) Agora, suponhamos conhecida a taxa I do maior per´ ıodo e queremos conhecer a taxa i equiva- lente a I. Pelo mesmo racioc´ ınio usado na demonstra¸˜o anterior, temos que ca C0 (1 + i)3 = C0 (1 + I) 15
  • 16. logo (1 + i)3 = (1 + I) assim √ 3 (1 + i) = 1+I de onde segue √ 3 i= 1+I −1 Buscando generalizar o racioc´ ınio usado para gerar o resultado anterior, ´ f´cil perceber que se e a a taxa I do per´ ıodo maior fosse igual a n vezes a taxa i do per´ ıodo menor, ter´ıamos a f´rmula o √ i= n1+I −1 (11) Observa¸oes importantes: c˜ 1. Para trabalhar com as f´rmulas anteriores atrav´s de uma calculadora simples, quanto o e a o ` F´rmula 10, n˜o h´ problemas pois ser´ necess´rio o c´lculo de uma potˆncia. (Ver a a a a a e atividade 3.2.1). 2. Para o uso da F´rmula 11 ´ necess´rio o c´lculo de ra´ o e a a ızes. Neste caso, para que sejam poss´ ıveis os c´lculos, sugerimos que a rela¸˜o entre os per´ a ca ıodos de capitaliza¸˜o seja de ca 1 : 2, 1 : 4, 1 : 8, ... que s˜o poss´ a ıveis em uma calculadora simples com aplica¸˜es co sucessivas da raiz quadrada, pois, das propriedades da radicia¸˜o, temos: ca √ √ 4 a= a √ √ 8 a= a Caso contr´rio o c´lculo s´ ser´ poss´ com calculadora cient´ a a o a ıvel ıfica. 2 Rendas Certas Uma lista de quantias (usualmente denominadas presta¸˜es, pagamentos ou termos), referidas co a ´pocas diversas ´ denominada s´rie, anuidade ou ainda, renda certa. Se esses pagamentos e e e forem iguais e em intervalos de tempo iguais, a s´rie recebe o nome de uniforme. e Quanto ` sua finalidade, as rendas certas podem servir ao prop´sito de constituir um capital a o (capitaliza¸˜o) ou liquidar uma d´ ca ıvida (liquida¸˜o). ca S˜o exemplos de rendas certas as poupan¸as e capitaliza¸˜es programadas, os pagamentos de a c co alugu´is, impostos e as presta¸˜es de financiamentos em geral. e co Quanto `s amortiza¸˜es de d´ a co ıvidas, existem diversos sistemas de amortiza¸˜es, destacando-se o co francˆs, o sistema de amortiza¸˜o constante (SAC), o americano e o alem˜o, cada um com as e ca a suas peculiaridades. 16
  • 17. 2.1 Sistema francˆs de amortiza¸˜o e ca No sistema francˆs de amortiza¸˜o de d´ e ca ıvidas, o valor das presta¸˜es e o per´ co ıodo entre as presta¸˜es s˜o constantes. co a Esse ´ o sistema mais usado no com´rcio atualmente. Em geral, as presta¸˜es, s˜o pagas e e co a mensalmente. Quanto ao pagamento da primeira presta¸˜o, as rendas certas podem ser classificadas como: ca antecipadas, postecipadas ou diferidas. 2.1.1 Rendas antecipadas – Com entrada Nas rendas antecipadas, ou com entrada, o pagamento da primeira presta¸˜o se d´ na data ca a atual, ou seja, no momento da constitui¸˜o da d´ ca ıvida. Denotaremos esse momento de per´ ıodo 0. O exemplo mostrado na Figura 2 representa uma s´rie antecipada uniforme de n = 4 pagamentos e iguais a P para liquidar uma d´ ıvida D sujeita a uma taxa de juros i. ca ´ Observa¸˜o: E usual em Matem´tica Financeira indicar o coeficiente de capitaliza¸˜o 1 + i pela a ca letra u, ou seja u=1+i Figura 2: Esquema de pagamento antecipado. 17
  • 18. Como a d´ ıvida dever´ ser liquidada no fim do quarto per´ a ıodo, podemos estabelecer, nesse per´ ıodo uma equivalˆncia de capitais entre o valor da d´ e ıvida D e o somat´rio das presta¸˜es P , o co ou seja: Du4 = P + P u + P u2 + P u3 + P u4 (12) S5 Observe que a seq¨ˆncia (P, P u, P u2 , P u3 , P u4 ) dos montantes das presta¸˜es forma uma progress˜o ue co a geom´trica de n = 5 termos, de raz˜o q = u e primeiro termo a1 = P , assim, o segundo membro e a da equa¸˜o 12, ´ a soma dos n = 5 termos de uma PG. ca e A f´rmula geral para a soma dos termos uma progress˜o geom´trica finita ´ o a e e qn − 1 Sn = a1 q−1 Substituindo os valores conhecidos na f´rmula acima, obtemos o u5 − 1 S5 = P u−1 Como u = 1 + i, o denominador da ultima equa¸˜o fica u − 1 = 1 + i − 1 = i e realizando a ´ ca substitui¸˜o, resulta ca u5 − 1 S5 = P (13) i Comparando as express˜es 13 e 12, obtemos o u5 − 1 Du4 = P i Isolando o valor de P na f´rmula anterior, obtemos o u4 · i P =D· (14) u5 − 1 Observa¸˜es: co 1. O expoente (5) de u no denominador da f´rmula 14 est´ relacionado com o n´mero de o a u termos da renda. (Ver Figura 2) 2. O expoente (4) de u no numerador est´ relacionado com o n´mero de capitaliza¸˜es da a u co d´ ıvida. 3. Para uma renda antecipada, o n´mero de presta¸˜es ser´ sempre de uma unidade a mais u co a que o n´mero de capitaliza¸˜es da d´ u co ıvida. Com base nessas observa¸˜es, podemos, de modo intuitivo estabelecer uma generaliza¸˜o do co ca c´lculo anterior para um n´mero n qualquer de termos, do seguinte modo: a u Para calcular a presta¸˜o necess´ria para saldar uma d´ ca a ıvida D, a uma taxa i com uma renda antecipada de n per´ıodos com presta¸˜es iguais a P , podemos usar a seguinte f´rmula: co o un−1 · i P =D· (15) un − 1 18
  • 19. Isolando-se a inc´gnita D na f´rmula anterior, pode-se obter uma f´rmula que permite calcular o o o o valor da d´ ıvida que ser´ amortizada pagando-se n presta¸˜es iguais a P , sendo a primeira na a co ´poca 0: e un − 1 D=P · (16) un−1 · i 2.1.2 Rendas postecipadas – Sem entrada Na amortiza¸˜o postecipada, imediata ou sem entrada, a primeira presta¸˜o ou pagamento se ca ca d´ no fim do primeiro per´ a ıodo, ou seja, na ´poca 1. Vamos analisar a Figura 3 a seguir, que e representa uma renda postecipada de n = 4 termos ou presta¸˜es: co Figura 3: Esquema de pagamento postecipado. Pelo mesmo racioc´ınio usado na demonstra¸˜o da f´rmula anterior, aplicando a equivalˆncia de ca o e capitais no fim do quarto per´ıodo, temos: Du4 = P + P u + P u2 + P u3 (17) S4 onde o segundo membro representa a soma dos termos de uma PG de n = 4 termos. Calculando essa soma, obtemos: P (u4 − 1) S4 = u−1 ou seja P (u4 − 1) S4 = (18) i 19
  • 20. Comparando as express˜es 18 e 17, resulta: o P (u4 − 1) Du4 = i Isolando P , obtemos u4 · i P =D· (19) u4 − 1 Observa¸˜es: co 1. O expoente (4) de u no denominador da f´rmula 19 est´ relacionado com o n´mero de o a u termos da renda. (Ver Figura 3) 2. O expoente (4) de u no numerador est´ relacionado com o n´mero de capitaliza¸˜es da a u co d´ ıvida. 3. Para uma renda postecipada, o n´mero de presta¸˜es ser´ sempre de igual que o n´mero u co a u de capitaliza¸˜es da d´ co ıvida. Com base nessas observa¸˜es, podemos, de modo intuitivo estabelecer uma generaliza¸˜o do co ca c´lculo anterior para um n´mero n qualquer de termos, do seguinte modo: a u Para calcular o valor da presta¸˜o necess´ria para liquidar uma d´ ca a ıvida D a uma taxa i, em n pagamentos iguais a P , com a primeira presta¸˜o vencendo no fim do primeiro per´ ca ıodo, podemos utilizar a f´rmula: o un · i P =D· n (20) u −1 Isolando-se a inc´gnita D na f´rmula anterior, pode-se calcular o valor da d´ o o ıvida que ser´ a amortizada pagando-se n presta¸˜es iguais a P , sendo a primeira na ´poca 1: co e un − 1 D=P · (21) un · i 2.1.3 Rendas diferidas – Com carˆncia e Neste sistema, como nos anteriores, o per´ ıodo e as presta¸˜es s˜o constantes, sendo que a co a primeira presta¸˜o vence m per´ ca ıodos ap´s a ´poca 1, e, a este diferimento se d´ o nome de o e a carˆncia. A Figura 4 representa essa situa¸˜o, para o caso de n = 4 presta¸˜es e um diferimento e ca co de m = 2 per´ıodos: Fazendo a equivalˆncia de capitais na ´poca 6, obtemos: e e Du6 = P + P u + P u2 + P u3 (22) S4 Como o segundo termo corresponde ` soma dos termos de uma PG de 4 termos, obtemos: a u4 − 1 S4 = P u−1 ou seja u4 − 1 S4 = P (23) i 20
  • 21. Figura 4: Esquema de pagamento diferido de 2 per´ ıodos. Comparando as express˜es 23 e 22, obtemos: o u4 − 1 Du6 = P i Isolando P na ultima express˜o, resulta: ´ a u6 · i P =D· (24) u4 − 1 Observa¸˜es: co 1. O expoente (4) de u no denominador da f´rmula 24 est´ relacionado com o n´mero de o a u termos da renda. (Ver Figura 4) 2. O expoente (6) de u no numerador est´ relacionado com o n´mero de capitaliza¸˜es da a u co d´ ıvida. 3. Para uma renda diferida, o n´mero de capitaliza¸˜es da d´ u co ıvida ser´ sempre m unidades a a mais que o n´mero de presta¸˜es. u co Com base nessas observa¸˜es, podemos, de modo intuitivo estabelecer uma generaliza¸˜o do co ca c´lculo anterior para um n´mero n qualquer de termos e um per´ a u ıodo m qualquer de carˆncia, e do seguinte modo: Para calcular o valor P das n presta¸˜es necess´rias para saldar a d´ co a ıvida D, sujeita ` taxa i, a sendo que o vencimento da primeira presta¸˜o se d´ m per´ ca a ıodos ap´s a ´poca 1, pode se usar a o e seguinte f´rmula: o un+m · i P =D· n (25) u −1 21
  • 22. Isolando a inc´gnita D na f´rmula anterior, pode-se calcular o valor da d´ o o ıvida que ser´ amorti- a zada pagando-se n presta¸˜es iguais a P , sendo a primeira na ´poca m + 1: co e un − 1 D=P · (26) un+m · i 2.1.4 Observa¸˜es co 1. A condi¸˜o “m per´ ca ıodos ap´s a ´poca 1 ”, deve-se ao fato que sistema postecipado ou sem o e entrada ´ o sistema padr˜o utilizado atualmente. Quando n˜o se faz men¸˜o ao tipo, e a a ca subentende-se que ´ o tipo postecipado. e 2. Observando melhor f´rmulas 15, 20 e 25, demonstradas anteriormente, podemos perceber o que os denominadores s˜o iguais em todas elas e que o expoente de u no numerador varia a conforme o vencimento da primeira presta¸˜o: n − 1 para o per´ ca ıodo 0, n para o per´ ıodo 1, e n + m para uma carˆncia de m per´ e ıodos. Denotando por p esse expoente, denominamos coeficiente de amortiza¸˜o, as express˜es do tipo: ca o up · i un − 1 2.1.5 M´todo pr´tico para o c´lculo do coeficiente de amortiza¸˜o e a a ca Muitos professores n˜o gostam de trabalhar com a Matem´tica Financeira porque acreditam a a ser necess´rio o uso de calculadora financeira ou cient´ a ıfica para efetuar os c´lculos. a Isso n˜o ´ verdade, com um pouco de habilidade ´ poss´ se trabalhar esses c´lculos com o uso a e e ıvel a de uma calculadora comum. Bastando para isso usar os seus recursos de c´lculos constantes e a as teclas de mem´ria, indicadas na Figura 5 a seguir. o Figura 5: Uma calculadora padr˜o. a Exemplos 1. Para calcular a potˆncia 1, 0310 , em uma calculadora simples, seguir os seguintes passos: e (a) Digitar 1, 03; 22
  • 23. (b) Pressionar = 9 vezes. Observa¸˜o: Para elevar o n´mero dado a uma determinada potˆncia n, basta pres- ca u e sionar = n-1 vezes). 2. Fun¸˜es das teclas de mem´ria: co o • A tecla M+ adiciona o n´mero atual ` mem´ria. u a o • A tecla M– subtrai o n´mero atual da mem´ria. u o • A tecla MR ou a tecla MRC permite acessar o n´mero que est´ guardado na u a mem´ria. o 3. A Figura 6 a seguir mostra, passo a passo, como se pode calcular o coeficiente de amor- tiza¸˜o, para o caso de um pagamento postecipado, usando uma calculadora comum. ca • As setas vermelhas indicam a ordem das inser¸˜es de dados e das opera¸˜es; co co • Primeiro se calcula o denominador e memoriza o resultado; • Depois se calcula o numerador e por fim se faz a divis˜o pelo resultado guardado na a mem´ria. o Figura 6: M´todo pr´tico e a 4. Vamos ilustrar com um exemplo, como esse processo pode ser usado. Comprei uma geladeira no valor de R$ 1200,00, em n = 10 presta¸˜es mensais iguais co sem entrada. Se a taxa de juros da loja ´ de 3% ao mˆs, qual deve ser o valor de cada e e presta¸˜o? ca Resolu¸˜o: ca • r = 3% 3 • i= = 0, 03 100 • u = 1 + 0, 03 = 1, 03 • n = 10 (n´mero de presta¸˜es) u co • D = 1200 (d´ ıvida) 23
  • 24. • P =? Aplicando a f´rmula 20, obtemos o 1, 0310 · 0, 03 ∼ 1, 343916 · 0, 03 ∼ P = 1200 · 10 − 1 = 1200 · = 0, 11723 = 140, 67 1, 03 1, 343916 − 1 Resposta: O valor da presta¸˜o ser´ de R$ 140,67. ca a 5. Qual deve ser o valor de um produto a ser comprado, de modo que eu possa pag´-lo a totalmente em 6 presta¸˜es mensais de R$ 250,00, sem entrada, se a taxa de juros cobrada co pela loja ´ de 3, 5 % ao mˆs? e e Resolu¸˜o: ca • r = 3, 5% 3, 5 • i= = 0, 035 100 • u = 1 + 0, 035 = 1, 035 • n = 6 (n´mero de presta¸˜es) u co • D =? • P = 250 (valor de cada presta¸˜o) ca Aplicando a f´rmula 21, temos o 1, 0356 − 1 ∼ 1, 229255 − 1 ∼ D = 250 · 6 · 0, 035 = 250 · = 250 · 5, 328661 = 1332, 16 1, 035 1, 229255 · 0, 035 Resposta: O valor do produto a ser comprado deve ser de R$ 1332,16. 2.2 Sistema de Amortiza¸˜o Constante – SAC ca Esse ´ o sistema mais usado atualmente para financiamentos da casa pr´pria. Suas principais e o caracter´ ısticas s˜o: a 1. As parcelas de amortiza¸˜o s˜o constantes; ca a 2. O valor das presta¸˜es s˜o decrescentes. co a O valor P de cada presta¸˜o ´ composto de duas parcelas, os juros indicados por J, calculados ca e sobre o saldo devedor do per´ıodo anterior e a quota de amortiza¸˜o indicada por A, que ´ igual ca e D ao valor da d´ ıvida dividido pelo n´mero de presta¸˜es, isto ´: A = . u co e n Exemplo Elaborar a planilha te´rica de amortiza¸˜o para um empr´stimo de R$ 10.000,00, pelo sistema o ca e SAC, sendo r = 2% ao mˆs, a taxa de financiamento e n = 5 presta¸˜es mensais. e co 24
  • 25. Resolu¸˜o: Sejam D0 , D1 , D2 , ..., D5 , os saldos devedores nos per´ ca ıodos 0, 1, 2, ..., 5, respectiva- mente e Jn os juros do per´ıodo n, temos ent˜o a J1 = 10000 · 0, 02 = 200 J2 = 8000 · 0, 02 = 160 J3 = 6000 · 0, 02 = 120 J4 = 4000 · 0, 02 = 80 J5 = 2000 · 0, 02 = 40 Resultando na Tabela 1: n P J A D 0 - - - 10000 1 2200 200 2000 8000 2 2160 160 2000 6000 3 2120 120 2000 4000 4 2080 80 2000 2000 5 2040 40 2000 - Tabela 1: Planilha te´rica (SAC) o 2.3 Capitaliza¸˜o ca Quando se deseja constituir um Montante Mn ao longo de um certo tempo, podemos realizar n dep´sitos em uma institui¸˜o financeira, um mesmo valor ou termo indicado por T , periodica- o ca mente. Ao final desse per´ıodo, as somas dos montantes de cada um desses valores ir´ formar o Mon- a tante desejado. Todas estas aplica¸˜es recebem o nome dePlano de Capitaliza¸˜o ou Poupan¸a co ca c Programada. A Figura 7 a seguir d´ uma id´ia de como isso ocorre, para uma renda antecipada (primeiro a e dep´sito no per´ o ıodo 0 ) de 5 termos. Observe que a seq¨ˆncia (T, T u1 , T u2 , T u3 , T u4 ) dos montantes de cada termo T , ´ uma PG ue e de raz˜o u, primeiro termo T , com 5 termos. Para saber o valor do Montante M5 , no fim do a quarto per´ ıodo, basta calcular a soma dos 5 termos dessa PG. Assim. q5 − 1 S5 = a1 q−1 e desse modo u5 − 1 M5 = T u−1 que tamb´m pode ser escrita como e u5 − 1 M5 = T (27) i 25
  • 26. Figura 7: Esquema de capitaliza¸˜o antecipado. ca A partir de observa¸˜es cuidadosas na f´rmula 27 e na figura 7, podemos perceber que o n´mero co o u (5) do numerador da f´rmula est´ relacionado com o n´mero de termos da renda. Podemos o a u ent˜o, de forma intuitiva, estabelecer uma f´rmula que dˆ o montante para um n´mero n a o e u qualquer de termos, como a que se segue. ´ a E f´cil perceber que para uma renda de n termos iguais a T , sujeita a uma taxa i, o Montante Mn ao fim de n − 1 per´ ıodos pode ser calculado pela f´rmula: o un − 1 Mn = T · (28) i Isolando a inc´gnita T na equa¸˜o anterior, pode-se calcular o valor dos n dep´sitos iguais a T , o ca o necess´rios para se constituir o montante M . a i T =M· (29) un −1 Exemplos 1. Desejando constituir um capital, depositei mensalmente R$ 150,00, em uma poupan¸a c programada durante 12 meses. Se a taxa de juros foi de 1, 5 % ao mˆs, qual ´ o valor e e atual do montante? Resolu¸˜o: ca 1, 5 • i= = 0, 015 100 • u = 1 + 0, 15 = 1, 015 • M12 =? • n = 12 • T = 150 26
  • 27. Aplicando a f´rmula 28, obtemos: o 1, 01512 − 1 ∼ 1, 195618 − 1 ∼ M12 = 150 · = 150 · = 150 · 13, 0412 = 1956, 18 0, 015 0, 015 Resposta: O montante ao final desse per´ ıodo ser´ de aproximadamente R$ 1956,18. a 2. Que valor devo depositar mensalmente em uma poupan¸a programada que rende 1, 2 % c de juros ao mˆs, durante n = 8 meses, para que constitua ao fim desse per´ e ıodo um capital de R$ 5000,00? Resolu¸˜o: ca 1, 2 • i= = 0, 012 100 • u = 1 + 0, 12 = 1, 012 • M8 = 8000 • n=8 • T =? Aplicando a f´rmula 29, temos o 0, 012 0, 012 ∼ 8000 · 0, 119844 = 958, 75 T = 8000 · 8−1 = 8000 · = 1, 012 1, 100130 − 1 Resposta: Devo depositar durante 8 meses o valor R$ 958,75. 27
  • 28. 3 Sugest˜es de Atividades o 3.1 Encaminhamento metodol´gico o As atividades propostas neste trabalho s˜o indicadas para que sejam realizadas pelos alunos, a ap´s as demonstra¸˜es, por parte do professor, das principais f´rmulas da Matem´tica Finan- o co o a ceira e da resolu¸˜o de pelo menos alguns exerc´ ca ıcios exemplos para cada uma delas. As atividades 3.2.1 e 3.2.2 podem ser realizadas em sala de aula, pois foram preparadas para apresenta¸˜o com aux´ de calculadora simples. ca ılio As atividades 3.3.1 e 3.3.2 devem ser realizadas em um laborat´rio de inform´tica com um o a n´mero de computadores suficiente para atender aos alunos de uma turma, individualmente ou u em grupos pequenos. Uma boa parte dos estabelecimentos de ensino atualmente j´ possuem a esses laborat´rios. o Antes de levar os alunos ao laborat´rio, ´ muito importante que o professor, al´m da parte o e e te´rica, j´ tenha trabalhado com os alunos esses tipos de exerc´ o a ıcios com resolu¸˜es por outros co processos simples, com o uso de calculadora simples ou at´ mesmo pelos algoritmos operacionais. e 3.2 Atividades com calculadora simples 3.2.1 Calculando potˆncias com a calculadora simples e Pedir que os alunos calculem os valores de diversas potˆncias de expoentes naturais, especial- e mente aquelas com expoentes maiores e bases com n´meros decimais. u Inicialmente, deixem os alunos livremente para realizar os c´lculos, interferindo somente ao final a para mostrar as vantagens de m´todos pr´ticos que visam facilitar esses c´lculos, como aquele e a a que est´ descrito na seq¨ˆncia. Eles s˜o muito importantes para a Matem´tica como um todo, a ue a a especialmente para Matem´tica Financeira. a Objetivos pedag´gicos o • Mostrar que n˜o s˜o necess´rios aparatos sofisticados como as calculadoras cient´ a a a ıficas ou financeiras para se trabalhar c´lculos financeiros. a • Explorar ao m´ximo os recursos de uma calculadora simples. a • Facilitar o c´lculo de potˆncias que surgem naturalmente nas f´rmulas da Matem´tica a e o a Financeira. • Com a racionaliza¸˜o do tempo de c´lculo, aproveitar o tempo excedente para avan¸ar ca a c em novos conte´dos. u • Incentivar o uso das opera¸˜es constantes e das teclas de mem´ria das calculadoras. co o Material necess´rio a • Uma calculadora simples; • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno). ca a 28
  • 29. Regra pr´tica para o c´lculo de potˆncias a a e Em uma calculadora simples, pode-se calcular o valor da potˆncia an , onde n ´ um n´mero e e u natural, obedecendo as seguintes etapas: 1. Digitar o n´mero que representa a base a da potˆncia; u e 2. Pressionar a tecla X ; 3. Pressionar a tecla = (n-1) vezes. Explorando essa atividade • Pedir que cada aluno explique porque se deve apertar a tecla = (n-1) vezes se o expoente da potˆncia ´ n. e e • Aplicar o m´todo mostrado acima para calcular o montante nos juros compostos, em cuja e f´rmula aparece potˆncias com expoentes naturais. o e Sugest˜o: Montar uma lista de atividades nas quais figurem essas potˆncias. a e • Mostrar aos alunos as vantagens de se usar o m´todo pr´tico descrito anteriormente e a e a sua real necessidade para a Matem´tica Financeira. a • Explorar com alunos outras opera¸˜es constantes das calculadoras comuns, como: soma, co subtra¸˜o, divis˜o e raiz quadrada, tentando descobrir poss´ ca a ıveis aplica¸˜es. co • Pedir que cada aluno mostre alguma outra situa¸˜o dentro da Matem´tica ou mesmo em ca a outra ciˆncia onde esse m´todo pode ser util. e e ´ 3.2.2 Explorando as teclas de mem´ria o Muitos usu´rios de calculadoras simples n˜o conhecem as fun¸˜es das teclas de mem´ria M , a a co o M+ , MRC ou MR das calculadoras, ou quando sabem, n˜o as usam pois n˜o se d˜o conta a a a da sua real importˆncia para o c´lculo de f´rmulas matem´ticas. a a o a Nesta atividade o professor dever´ explicar as fun¸˜es dessas teclas (Ver 2.1.5) e montar uma a co lista de exerc´ ıcios de Matem´tica Financeira que envolvam f´rmulas cujos c´lculos podem ser a o a facilitados com o uso dessas calculadoras. Ver as subse¸˜es 2.1 e 2.3. Inicialmente, os alunos devem ser deixados ` vontade para resolver co a os exerc´ ıcios do jeito que quiserem, mas o professor deve intervir em seguida para introduzir o m´todo pr´tico mostrado abaixo, incentivando o seu uso. e a Objetivos pedag´gicos o • Mostrar aos alunos a importˆncia de saber realizar c´lculos financeiros para o cotidiano a a da pessoas. • Auxiliar no processo de forma¸˜o de indiv´ ca ıduos cr´ ıticos. • Incentivar o uso das teclas de mem´ria das calculadoras. o 29
  • 30. • Discutir com os alunos sobre as vantagens de se usar as teclas de mem´ria das calculadoras o e da sua real necessidade para a Matem´tica Financeira. a • Aplicar o m´todo pr´tico exposto nesta atividade para se calcular os coeficientes de amor- e a tiza¸˜o de d´ ca ıvidas e de capitaliza¸˜o. ca Sugest˜o: Montar uma lista de atividades; a Material necess´rio a • Uma calculadora simples; • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno). ca a M´todo pr´tico e a Para calcular o coeficiente de amortiza¸˜o do pagamento postecipado (sem entrada), cuja f´rmula ca o ´ dada a seguir, onde n representa o n´mero de pagamentos, i ´ a taxa unit´ria e u = 1 + i, e u e a devemos proceder da seguinte forma: un · i un − 1 1. Digitar o n´mero u e pressionar a tecla = (n-1) vezes; u 2. Pressionar em seq¨ˆncia, a tecla – , a tecla 1 e a tecla = ; ue 3. Pressionar a tecla M+ para guardar o resultado atual (denominador da f´rmula) na o mem´ria da m´quina; o a 4. Pressionar, ou a tecla MR ou a tecla MRC para acessar o valor que est´ guardado a na mem´ria da m´quina. o a 5. Pressionar a tecla + , depois a tecla 1 e a tecla = para restituir o valor da potˆncia e un , que ´ necess´ria ao c´lculo do numerador. e a a 6. Pressionar a tecla X , digitar o n´mero i e pressionar = para obter no visor da m´quina u a o resultado do numerador; 7. Pressionar ÷ , pressionar, ou MR ou MRC e finalmente pressionar a tecla = para obter o resultado final. Explorando essa atividade • Estabelecer uma discuss˜o com os alunos a respeito da eficiˆncia e da real necessidade a e desse m´todo para a Matem´tica Financeira; e a • Pedir aos alunos que tentem fazer adapta¸˜es do m´todo para calcular os outros coefi- co e cientes (pagamento antecipado e diferido). • Discutir com os alunos sobre a validade do uso deste m´todo. e • Pedir aos alunos que descubram outras aplica¸˜es para este m´todo dentro da Matem´tica co e a ou at´ mesmo em outras ciˆncias como a F´ e e ısica. 30
  • 31. 3.3 Atividades com o software Calc As atividades para esta se¸˜o visam utilizar o software Calc, uma planilha eletrˆnica que integra ca o o pacote de aplicativos BrOffice.Org, um software livre que pode ser baixado gratuitamente no link http://www.broffice.org/download. O seu layout e funcionalidade s˜o semelhantes a ao Microsoft Excel e as atividades podem ser facilmente adaptadas do Excel para esse software. 3.3.1 Calculando a taxa de juros de uma renda uniforme Inicialmente, o professor deve demonstrar aos alunos a dificuldade de se efetuar certos c´lculos a financeiros, particularmente os que visam encontrar o valor da taxa em problemas de rendas certas, pois a vari´vel i, em quest˜o se apresenta de modo impl´ a a ıcito, ou seja n˜o pode ser a isolada facilmente por meio de uma equa¸˜o, necessitando muitas vezes de m´todos num´ricos ca e e de aproxima¸˜o. ca O professor deve pedir aos alunos que tragam, para a aula seguinte, folhetos com ofertas de financiamentos de produtos, desses que as empresas distribuem contendo o pre¸o ` vista, o valor c a e a quantidade das presta¸˜es e a forma de pagamento, que neste caso deve ser sem entrada e co com o valor das presta¸˜es iguais. co Depois de uma breve introdu¸˜o sobre o software Calc na sala de aula e do m´todo que ser´ ca e a utilizado, o professor dever´ pedir aos alunos que montem uma lista de atividades, auxiliando-os a se necess´rio, na escrita dos enunciados. a Em seguida, o professor dever´ conduzir os alunos ao laborat´rio de inform´tica para a resolu¸˜o a o a ca dos exerc´ ıcios. Observa¸˜o: Algumas empresas cobram a TAC, que ´ uma tarifa para abertura de cr´dito. ca e e Neste caso, o valor dessa taxa deve ser acrescido ao valor da d´ ıvida. Devemos acrescentar tamb´m o valor do IOF, imposto cobrado sobre opera¸˜es financeiras, caso este seja repassado e co ao consumidor. Pesquisar o valor dessa tarifa. Objetivos pedag´gicos o • Resolver problemas de Matem´tica Financeira de dif´ solu¸˜o por m´todos simples, a ıcil ca e como os que visam o c´lculo da taxa em uma renda uniforme; a • Mostrar que a Matem´tica Financeira, at´ mesmo nos seus c´lculos mais complexos pode a e a ser acess´ aos nossos alunos; ıvel • Incentivar o uso da tecnologia computacional na resolu¸˜o de problemas; ca • Auxiliar no processo de forma¸˜o de indiv´ ca ıduos cr´ ıticos. Material necess´rio a • Um computador pessoal com o software Calc instalado; • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno). ca a 31
  • 32. Procedimentos Os procedimentos a seguir podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos, con- forme a disponibilidade de computadores no laborat´rio: o 1. Abrir uma planilha do Calc; (Ver Figura 8) Figura 8: Abrindo uma planilha no Calc 2. Na c´lula B2, escrever N´mero de presta¸~es e na c´lula C2, escrever o valor correspon- e u co e dente ao N´mero de presta¸˜es; u co 3. Na c´lula B3, escrever Valor da presta¸~o e na c´lula C3, escrever o valor correspon- e ca e dente ao Valor da presta¸˜o com o sinal negativo; ca 4. Na c´lula B4, escrever Valor da d´vida e na c´lula C4, escrever o valor correspondente e ı e ao Valor da d´ ıvida; 5. Na c´lula B5, escrever Taxa. e 6. Ajustar a largura da coluna B para caber estes textos; 7. Deixe a c´lula C5 vazia. e 8. Selecionar a c´lula C5 e clicar no Assistente de fun¸˜es, cujo ´ e co ıcone ´ [ f(x) ]; e 9. Na guia Fun¸˜es, em categoria escolha financeiro e em fun¸˜o escolha TAXA, clicando co ca em pr´ximo; (Ver Figura 9) o 10. Nas caixas NPER, Pgto, VP, n˜o digitar nada. Para inserir cada um desses dados, clique a sobre o bot˜o ` direita de cada uma delas para minimizar o assistente e visualizar os a a dados anteriormente inseridos. 32
  • 33. Figura 9: Inserindo os dados 11. Com o prompt em cada uma dessas caixas selecionar respectivamente os valores da planilha correspondentes do N´mero de presta¸~es para NPER, Valor da presta¸~o u co ca para Pgto, Valor da d´vida para VP. ı 12. Na caixa Tipo, digitar o n´mero 1 e deixar as demais caixas deixar em branco. u 13. Clicar em OK e o valor da taxa aparecer´ na c´lula B4. (Ver Figura 10) a e Figura 10: Trabalhando no assistente de fun¸˜o ca 33
  • 34. Explorando esta atividade • Pedir aos alunos que confiram a taxa obtida nos c´lculos com a taxa declarada pela em- a presa (em geral, no rodap´ do an´ncio e em letras menores) e verifiquem se elas coincidem. e u • Pedir que cada aluno aumente o N´mero de presta¸˜es e responda `s quest˜es: u co a o – O valor da taxa se altera? Para mais ou para menos? Por que isso ocorre? • Pedir que cada aluno diminua o Valor das presta¸˜es e responda `s perguntas: co a – O valor da taxa se altera? Para mais ou para menos? Por que isso ocorre? • Em seguida, pedir para que cada aluno ajuste o Valor das presta¸˜es de modo que a Taxa co esteja pr´xima de 0 e responda `s seguintes perguntas: o a – Quando ocorre a taxa 0? A a taxa pode ser negativa? Quando isso ocorre? Se a taxa ´ negativa, quem estaria pagando essa taxa? O cliente ou a empresa? O caso e da taxa negativa tem a ver com a realidade? Por que? • Pedir aos alunos que pesquisem sobre as taxas cobradas no com´rcio local e com as taxas e calculadas na atividade anterior, pedir aos alunos que fa¸am a prova real dos c´lculos, ou c a seja, usem estas taxas nas f´rmulas para o c´lculo das presta¸˜es e verifiquem se os valores o a co coincidem. Se a resposta for negativa, sugerir que refa¸am os c´lculos para detectar o c a erro. 3.3.2 Calculando a taxa de juros de uma renda n˜o uniforme a Para essa atividade, deve-se seguir os mesmos passos da atividade anterior, diferindo apenas na etapa seguinte: O professor pedir´ aos alunos que tragam folhetos com ofertas de financiamentos de produtos, a desses que as empresas distribuem contendo o pre¸o ` vista, o valor, o n´mero de presta¸˜es e a c a u co forma de pagamento, n˜o importando se a opera¸˜o ser´ realizada com entrada ou sem entrada. a ca a Observa¸˜o: Para essa atividade as presta¸˜es n˜o necessariamente precisam ser iguais. ca co a Objetivos pedag´gicos o 1. Resolver problemas de Matem´tica Financeira de dif´ solu¸˜o por m´todos simples; a ıcil ca e 2. Mostrar que a Matem´tica Financeira, mesmo nos seus c´lculos mais complexos pode ser a a acess´ para os nossos alunos; ıvel 3. Incentivar o uso da tecnologia computacional na resolu¸˜o de problemas; ca 4. Auxiliar no processo de forma¸˜o de indiv´ ca ıduos cr´ ıticos. Material necess´rio a • Computador com o software Calc instalado; • Material de anota¸˜o (l´pis, borracha, caneta e caderno). ca a 34
  • 35. Procedimentos Para as atividades seguintes, sugerimos que sejam realizadas individualmente ou em pequenos grupos, conforme a disponibilidade de computadores no laborat´rio: o 1. Abrir uma nova planilha no Calc; (Ver Figura 8) 2. Na c´lula B2 escrever D e na c´lula C2 digitar o Valor da d´ e e ıvida. 3. Na c´lula B3 escrever E e na c´lula C3 digitar o Valor da entrada, caso o plano seja com e e entrada. Se o plano for sem entrada, escrever 0. 4. Na c´lula B4 escrever D-E e na c´lula C4, calcular o valor do Saldo devedor, isto ´, a e e e diferen¸a entre a D´ c ıvida e o Valor da entrada; 5. Nas c´lulas B5 e C5 n˜o escrever nada; e a 6. Na c´lula B6 escrever Saldo Devedor e na c´lula C6 digitar o valor do Saldo devedor; e e 7. Na c´lula B7 escrever Presta¸~o 1 e na c´lula C7 digitar o valor da Presta¸˜o 1 (com e ca e ca sinal negativo); 8. Na c´lula B8 escrever Presta¸~o 2 e na c´lula C8 digitar o valor da Presta¸˜o 2 (com e ca e ca sinal negativo); 9. Na c´lula B9 escrever Presta¸~o 3 e na c´lula C9 digitar o valor da Presta¸˜o 3 (com e ca e ca sinal negativo); Observa¸˜o: O valor da d´ ca ıvida deve ser menor que o valor da soma das presta¸˜es tomadas em valor absoluto. co 10. Na c´lula B10 escrever Taxa; e 11. Selecionar a c´lula C10 e clicar no Assistente de fun¸˜es, cujo ´ e co ıcone ´ [f(x)]; e 12. Na guia Fun¸~es, em Categoria escolher financeiro e em Fun¸~o escolher TIR e clicar co ca em pr´ximo; (Ver Figura 11) o Figura 11: Inserindo os dados 35
  • 36. 13. Na caixa Valores n˜o digitar nada. Com o prompt nessa caixa, clicar no bot˜o ` direita a a a (Indicado com uma seta na Figura 12) para minimizar o Assistente. Selecionar apenas o intervalo (de C6 a C9), da coluna dos valores e retornar ao Assistente, clicando no mesmo bot˜o para maximiz´-lo. Clique em OK. O valor da taxa ir´ aparecer na c´lula B10 da a a a e planilha. (Ver Figura 12) Figura 12: Trabalhando no assistente de fun¸˜o ca Explorando esta atividade • Pedir que cada aluno aumente o valor de uma ou mais presta¸˜es e responda `s seguintes co a quest˜es: o – O que acontece com a taxa? – Por que isso ocorre? • Pedir que cada aluno diminua o valor de uma ou mais presta¸˜es e responda `s quest˜es: co a o – O que acontece com a taxa? – Por que isso ocorre? – Ela pode se tornar negativa? Em que situa¸˜o? ca – Nesse caso quem estar´ pagando essa taxa? Essa situa¸˜o pode ocorrer na realidade? a ca Estabele¸a uma discuss˜o sobre este assunto. c a 36
  • 37. Referˆncias e [1] D’Ambr´sio, Nicolau e Ubiratan, Matem´tica Comercial e Financeira, Companhia Editora o a Nacional, 29a edi¸˜o, S˜o Paulo, 1983. ca a [2] Lima, Elon Lages, et al, Temas e Problemas, Cole¸˜o do Professor de Matem´tica, SBM, ca a Rio de Janeiro, 2001. [3] Faria, Rog´rio G. de, Matem´tica Comercial e Financeira, Makron Books, 5a edi¸˜o, S˜o e a ca a Paulo, 2000. [4] Sobrinho, J. D. Vieira, Manual de Aplica¸˜es Financeiras – HP-12C, Atlas, 2a edi¸˜o, S˜o co ca a Paulo, 1985. Conte´ dos dispon´ u ıveis na Internet http://www.mat.uel.br/matessencial/financeira/financeira.htm (acessado em 29 de novembro de 2007). http://pa.esalq.usp.br/desr/dum/node2.html (acessado em 30 de novembro de 2007). http://www.iesc.edu.br/pesquisa/arquivos/o_anatocismo_dos_sistemas_de_amortizacao. pdf (acessado em 20 de dezembro de 2007). 37