Avaliação fitoquímica e atividade antimicrobiana de Bauhinia sp e Copaifera sp
1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
85
Volume 14 - Número 1 - 1º Semestre 2014
AVALIAÇÃO FITOQUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE Bauhinia sp e Copaifera sp.
Glaucia Cristina de Lima e Souza Mesquita1, Quézia Barros dos Santos1, Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida2
RESUMO
Este trabalho avaliou o perfil fitoquímico dos extratos vegetais de Copaifera sp e Bauhinia sp, e a
atividade antimicrobiana dos referidos extratos brutos. Os resultados demonstraram que os extratos
hexânicos e metanólicos de Copaifera sp e Bauhinia sp apresentou atividade antibacteriana contra
Staphylococcus aureus, mas não contra a Escherichia coli. Observou-se na análise de fitoquímica dos
extractos de hexano Copaifera sp e de Bauhinia sp, ácidos orgânicos, e depsids depsidons, esteroides
e triterpenoides, e no extrato metanólico de Bauhinia sp, além dos compostos anteriormente citados
- fenol e taninos, e no metanólico do extrato de Copaifera sp, o mesmo dos anteriores e, flavonóide
e antraquinona.
Palavras-chave: Extrato vegetal, atividade antimicrobiana, screening fitoquímico.
PHYTOCHEMISTRY AND MICROBIOLOGICAL EVALUATION OF Bauhinia sp and
Copaifera sp.
ABSTRACT
This current work evaluated either the phytochemistry profile of the Copaifera sp and Bauhinia sp of
the vegetal extracts, the antimicrobial activity crude extracts of these. The results have shown that the
Hexane and Methanolic extracts of Copaifera sp and Bauhinia sp presented antibacterial activities
against Staphylococcus aureus, but not any against the Escherichia coli strain. It was observed in the
phytochemistry analysis of the Hexane extracts of Copaifera sp and Bauhinia sp, organic acids,
depsids and depsidons, steroids and triterpenoids, and in the Methanolic of Bauhinia sp extract,
besides the compounds quoted previously – phenol and tannin, and in Methanolic extract Copaifera
sp, the same of the previous ones and the flavonoid and anthraquinone.
Keywords: Vegetal extract, antimicrobial activity, phytochemistry screening.
2. 86
INTRODUÇÃO
A natureza sempre despertou no homem
um fascínio encantador, não só pelos recursos
oferecidos para sua alimentação e manutenção,
mas por ser sua principal fonte de inspiração e
aprendizado. A busca incessante pela
compreensão das leis naturais e o desafio de
transpor barreiras à sua sobrevivência, como o
clima e as doenças, levaram o homem ao atual
estágio de desenvolvimento científico, mesmo
após o avanço tecnológico observado nos dias de
hoje (VIEGAS, JR; VANDERLAN;
BARREIRO, 2006).
O uso de Produtos Naturais se confunde
com a própria história das civilizações, a
utilização de drogas vegetais na terapêutica até
hoje é bastante difundida, muito utilizada pela
população menos favorecida e de cultura
tradicional.
O Brasil é proprietário da maior
biodiversidade do planeta, este patrimônio
genético tem valor econômico estratégico em
várias atividades, mas é no desenvolvimento de
novos medicamentos onde reside seu maior
potencial. O motivo desta afirmação é
comprovado analisando-se o número de
fármacos obtidos direta e indiretamente a partir
de produtos naturais, desenvolvidos de plantas
medicinais que se utilizam na medicina popular
para diversas finalidades.
A etnofarmacologia é muito útil na busca
destas substâncias de origem natural, que são
empregadas em medicamentos, também
conhecidas como fitofármacos (substância ativa,
isolada de origem natural).
Uma melhor compreensão dos
constituintes químicos e de sua atividade
biológica favoreceria uma melhor utilização e a
diminuição dos efeitos adversos, visto que
quando utilizados de maneira inadequada pode
acarretar sérios problemas que ao invés de curar
pode agravar o quadro do paciente.
Os produtos naturais, obtidos de matéria-prima
vegetal, oferecem uma larga variedade de
moléculas com grande diversidade em suas
estruturas e atividade biológica. A atividade
biológica pode se manifestar por meio de suas
propriedades herbicidas, inseticidas, fungicidas
(ISHAAYA, 2000; SIMÕES, 2000; DUKE,
2010; DAYAN, 2012) além de atuarem como,
antioxidantes, antiinflamatórios e
leishimanicidas (PINTO, 2002; PUPO, 2007)
entre outras.
Os Gêneros Copaifera (SCUDELLER,
2007) e Bahuinia (MELO, 2004) pertencem à
família Fabaceae (Leguminosae), sub-família
Caesalpinioideae, sendo uma família de
distribuição cosmopolita.
O Gênero Copaifera é composto por 82
espécies, no Brasil ocorrem pelo menos 21,
sendo que cinco delas estão na Amazônia
brasileira. Conhecida popularmente como
copaíba e com vasta utilização na fabricação de
vernizes e tintas, como biodiesel, em indústria de
cosméticos, é utilizada em tratamentos
medicinais por apresentar ação antiinflamatória,
antimicrobiana e anti-séptica (VEIGA, 1997;
BRUM, 2007; VEIGA, 2007). O óleo-de-copaíba
tem em sua constituição química
sesquiterpenos e diterpenos como compostos
majoritários (OLIVEIRA, 2006).
O gênero Bauhinia, apresenta as mais
diversas espécies vegetais de aplicação
medicinal, conhecidas popularmente como unha
de boi, pata-de-vaca ou escada-de-jabuti, é
empregada na medicina popular para combater
diversas patologias. São atribuídas para algumas
espécies, propriedades antifúngicas,
antibacterianas, antiinflamatórias e
especialmente antidiabética (CECHINEL
FILHO, V. 2000; VIANA, E. P., 1999; SILVA,
K. L.), são encontradas principalmente nas áreas
tropicais do planeta, compreendendo,
aproximadamente, 300 espécies (CECHINEL
FILHO, V., 2002). Os estudos farmacológicos e
fitoquímicos com estas plantas mostram que as
mesmas são constituídas principalmente de
glicosídios esteroídicos, triterpenos, lactonas,
flavonoides livres e glicosilados, presença de β-
sitosterol e canferol-3,7-diramnosídeo,
catequinas, fenóis, taninos condensados e
alcaloides (PIZZOLATTI, 2003).
Com a descoberta da penicilina em 1928,
por Fleming, terapia por antibióticos têm sido
incansavelmente utilizada. A utilização
irracional destas drogas proporcionou as
bactérias, mecanismos de seleção adaptativa
progressiva por processos de mutações gênicas
que as propiciaram resistência aos antibióticos.
Tem sido grande a corrida na indústria
farmacêutica em busca de novos fármacos, a
3. 87
serem utilizados em terapias antimicrobiana,
capazes de promover inibição a esses
microrganismos, devido à resistência ao
antibiótico por bactérias patogênicas. Portanto, a
terapêutica alternativa aos desafios atualmente
encontrados contra os microrganismos patógenos
resistentes, as plantas medicinais estão entre os
produtos naturais de interesse científico por ser
empregadas como fitofármacos (SILVA, 2007).
A espécie Staphylococcus aureus
encontrada como cocos gram-positivos, são
anaérobios facultativos, crescendo em
temperatura entre 7o C a 47,8o C (SILVA, 2010).
E a espécie Escherichia coli encontrada como
coco-bacilo gram-negativo, são aeróbios ou
anaeróbios facultativos presente na microbiota
intestinal de seres humanos e animais de sangue
quente (RANGEL, 2007) indicados para testes de
suscetibilidade antimicrobianos (RIBEIRO,
2008).
METODOLOGIA
Coleta do material vegetal
A casca do caule seco de copaíba e o
caule de escada-de-jabuti (Figuras 1 e 2) foram
adquiridos no dia 14.07.2010 em casas de vendas
de plantas medicinais na cidade de Macapá os
gêneros foram identificados pela Taxonomista
Rosângela Saquis do Instituto de Pesquisas
Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá
- IEPA.
Figura 1- Casca do caule de copaíba. Figura 2 - Caule de escada-de-jabuti.
Obtenção dos extratos brutos
O material vegetal após seco e moído
(850 g), foi submetido à extração a quente sob
refluxo por um período de 1h30min. para cada
solvente em ordem crescente de polaridade
(hexano e metanol), obtendo-se 590 mg de
Extrato Bruto Hexânico de Bahuinia sp (EBHB)
e 395 mg de Extrato Bruto Hexânico de
Copaifera sp (EBHC), e 750 mg de Extrato
Bruto Metanólico de Bahuinia sp (EBMB) e 810
mg Extrato Bruto Metanólico de Copaifera sp
(EBMC), como pode ser observado no
Fluxograma 1.
Fluxograma 1 – Obtenção dos Extratos Brutos.
4. 88
Screnning fitoquímico
Submeteram os extratos a uma análise de
seus compostos químicos por classe metabólica.
Os metabólitos secundários analisados foram:
ácidos orgânicos, açúcares redutores, alcalóides,
antraquinonas, depsídios e depsidonas, derivados
de cumarina, esteroides e triterpenoides, fenóis e
taninos, flavonóides, polissacarídeos, saponina
espumídica. Os testes se basearam nas condições
estabelecidas no Manual para srenning
Fitoquímico e Cromatográfico de Extratos
Vegetais, neste trabalho estão descritas apenas as
metodologias das classes metabólicas que
apresentaram resultados positivos na pesquisa
em questão.
Utilizando como solvente água destilada
Prepararam uma solução mãe com 140 mg
de cada extrato seco, separadamente, e 28 mL de
água destilada. A solubilização do extrato ao
solvente foi realizada com auxílio de banho
ultrasônico. Após este procedimento, foi
realizada uma filtração simples. Alíquotas desta
solução foram retiradas para a realização de
testes para screnning fitoquímico.
Ácidos orgânicos
Colocou 0,3 mL de solução mãe em um
tubo de ensaio. Posteriormente, na amostra,
adicionaram nove gotas de reativo de Pascová A
e 1 gota de reativo de Pascová B. A descoloração
do reativo, a reação é positiva.
Fenóis e taninos
Em um tubo de ensaio adicionou 1,66 mL
de solução-mãe e posteriormente 2 gotas de
solução alcoólica de cloreto férrico (FeCl3) a
1%. A mudança na coloração ou formação de
precipitado é indicativa de reação positiva,
quando comparado com o teste em branco (água
+ solução de FeCl3).
Utilizando como solvente metanol
Uma solução mãe foi preparada com 120
mg dos extratos secos, separadamente, e 24 mL
de metanol. Utilizaram um bastão de vidro para
solubilizar o extrato ao solvente. Por
conseguinte, foi realizada uma filtragem simples.
Esta solução foi utilizada no teste para
identificação de flavonóides.
Flavonoides
Mediram 3,3 mL de solução mãe e
colocou em um tubo de ensaio. Adicionou 5
gotas de ácido clorídrico (HCl) concentrado, em
um tubo. Acrescentou raspas de magnésio. O
surgimento de uma coloração rósea na solução
indica reação positiva.
Utilizando como solvente clorofórmio
Esta solução foi preparada com 27 mg dos
extratos secos, separadamente, e 5,5 mL de
clorofórmio. Esta solução foi usada para
identificar substâncias como: esteróides e
triterpenóides.
Esteróides e triterpenóides
Retiraram da solução mãe 3,3 mL. Esta
alíquota foi filtrada em carvão ativado. O filtrado
foi colocado em um tubo de ensaio. No tubo,
foram adicionados 0,3 mL de anidrido acético
seguido de agitação no aparelho Vortex.
Adicionou três gotas de ácido sulfúrico (H2SO4)
concentrado. Tornou-se a agitar o recipiente,
observou se há rápido desenvolvimento de cores,
que vão do azul evanescente ao verde persistente
que indicam resultado positivo.
Utilizando como solvente éter etílico
Prepararam uma solução mãe com 50 mg
dos extratos secos, separadamente, e 10 mL de
éter etílico. Esta solução foi utilizada para
identificação de depsídeos e depsidonas, e
derivados de cumarinas.
Depsídeos e depsidonas
Transferiram para um tubo de ensaio 5
mL da solução mãe. Todo o éter foi evaporado
em banho maria e ao resíduo foram
acrescentados 3 mL de metanol. Agitaram e
adicionaram 3 gotas de cloreto férrico (FeCl3)
1%. O aparecimento de coloração verde, azul ou
cinza, indica reação positiva.
Utilizando como solvente tolueno
Antraquinonas
Dissolveram 25 mg dos extratos secos,
separadamente, em 5 mL de tolueno. Adicionou
2 mL de solução de hidróxido de amônio
(NH4OH) a 10%. Agitou suavemente. O
aparecimento de coloração rósea, vermelha ou
violeta na fase aquosa, indica reação positiva.
5. 89
AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
Foram escolhidos os microrganismos
Escherichia coli (ATCC 25922) e
Staphylococcus aureus (ATCC -25923), por ser
recomendado como padrões para testes de
suscetibilidade antimicrobianos (RIBEIRO,
2008), adquiridos no Laboratório Central do
Estado do Amapá (LACEN-AP), cedido pelo Dr.
Fernando Antônio de Medeiros.
Os inóculos dos microrganismos a testar
foram preparados e diluídos em solução salina a
0,85% até atingir a turbidez 0,5 da escala de Mac-
Farland correspondendo a 1,5 x 108 UFC/mL de
E. coli e S. aureus, confirmado em
espectrofotômetro de ultravioleta com 0,8 à 1,0
de absorbância (RIBEIRO, 2008).
Os microrganismos foram semeados (em
triplicata), com o swab descartável, em placa de
Petri contendo o meio ágar Müller Hinton.
Depois colocaram os discos de papel de filtro,
impregnados com extratos das plantas estudadas
nas concentrações de 500 mg/mL, 250 mg/mL,
125 mg/mL, e de 50 mg/mL, 25 mg/mL
dissolvidos em dimetil-sulfóxido (DMSO)
(RIBEIRO, 2008).
Após 24 h de incubação em B.O.D a 35°
C se realizou a leitura dos resultados medindo o
halo, em mm, que formou ao redor dos discos
contendo os extratos. Foi considerado como
resultado final de cada extrato a média das 3
medidas como suscetível halo igual ou acima de
8 mm de diâmetro de acordo com os critérios do
padrão estabelecido pelas Normas de
desempenho para testes de sensibilidade
antimicrobiana: Clinical and Laboratory
Standards Institute/NCCLS (MATTHEW,
2005).
Discos com cloranfenicol e tetraciclina
foram utilizados como controle positivo e de
DMSO como controle negativo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Tabela 1 representa os resultados
obtidos na análise fitoquímica das duas espécies
estudadas.
Tabela 1 - Resultados obtidos no screnning fitoquímico.
Substâncias Pesquisadas Bauhinia sp Copaifera sp
EBH EBM EBH EBM
Saponina espumídica - - - -
Ácidos orgânicos + + + +
Açúcares redutores - - - -
Polissacarídeos - - - -
Fenóis e taninos - + - +
Flavonóides - - - +
Esteróides e triterpenóides + + + -
Depsídios e depsidonas + + + +
Derivados da cumarina - - - -
Antraquinona - - - +
Alcalóides - - - -
EBH: Extrato Bruto Hexânico. EBM: Extrato Bruto Metanólico. (+) Presente. (-) Ausente
A pesquisa fitoquímica dos EBH de
Bauhinia sp e Copaifera sp constatou a presença
de os ácidos orgânicos, depsídios e depsidonas,
esteróides e triterpenóides.
No entanto, na pesquisa do EBM de
Bauhinia sp se diferenciou pela presença de
fenóis e taninos, enquanto no EBM de Copaifera
sp, presença de ácidos orgânicos, antraquinonas,
depsídeos e depsidona, fenóis, taninos e
flavonóides.
Observaram os extratos de Bauhinia sp e
Copaifera sp sobre o crescimento da bactéria
gram-negativa E. coli, e constatou que não
houve inibição frente aos extratos dos vegetais
analisados nas concentrações de 25 mg, 50 mg,
125 mg, 250 mg e 500 mg, como mostra na
Tabela 2, não justificando, portanto, sua
utilização no tratamento de doenças infecciosas
causadas por estes microrganismos. É possível
que estas plantas não possuam efeito
antimicrobiano ou que os extratos das plantas
contenham constituintes antibacterianos em
6. 90
concentrações não suficientes para ser
considerado efetivo, ou a metodologia de
extração não é adequada para obtenção das
substâncias com estas atividades. Entretanto,
novos testes devem ser conduzidos e também
utilizar outras espécies bacterianas e cepas
padronizadas para comprovação da ausência de
atividade antimicrobiana desta planta.
Tabela 2 - Resultados obtidos da atividade antimicrobiana das espécies estudadas.
MO: Microrganismo. EBH: Extrato Bruto Hexânico. EBM: Extrato Bruto Metanólico. (+): Positivo. (-): Negativo.
Os extratos hexânicos de Bauhinia sp e
Copaifera sp analisados nas concentrações de 25
mg, 50 mg, 125 mg, 250 mg e 500 mg, frente a
bactéria patogênica gram-positiva, S. aureus, os
resultados mostraram que os extratos foram
potencialmente ativos demonstrando halos de
inibição ≤ 15,66 mm como mostra na Figura 3 e
no Gráfico 1 e 2, podendo relacionar esta
atividade provavelmente a presença de fenóis,
taninos e flavonóides. Sabendo que estes
compostos têm comprovada ação
antimicrobiana, e que compostos fenólicos têm
uma ação inespecífica sobre o microrganismo,
rompendo a parede celular bacteriana, inibindo
os sistemas enzimáticos para a formação da
mesma (SILVA, 2010).
Figura 3 - EBH de Bauhinia sp (A) nas concentrações de 25 mg, 50 mg, 125 mg e (B) EBM de Copaifera sp nas
concentrações de 125 mg, 250 mg e 500 mg.
MO
EBH Bauhinia sp
[mg/mL]
EBM Bauhinia sp
[mg/mL]
EBM Copaifera sp
[mg/mL]
Atividade Biológica
Halo
(mm)
EBH –B EBM-B EBM-C
S. aureus
25 125 125 (+) 13,33 (+) 12,66 (+) 13,66
50 250 250 (+) 12,00 (+) 13,33 (+) 15,66
125 500 500 (+) 14,66 (+) 11,33 (+) 14,66
C C C (+) 35,00 (+) 33,33 (+) 35,00
T T T (+) 35,33 (+) 34,66 (+) 32,00
E. coli
25 125 125 (-) 00,00 (-) 00,00 (-) 00,00
50 250 250 (-) 00,00 (-) 00,00 (-) 00,00
125 500 500 (-) 00,00 (-) 00,00 (-) 00,00
C C C (+) 35,33 (+) 33,66 (+) 32,66
T T T (+) 32,00 (+) 29,00 (+) 30,66
A B
7. Gráfico 1 - Resultados obtidos na avaliação da atividade biológica do Extrato Bruto Hexânico, frente às cepas S. aureus.
91
Atividade Biológica de S. aureus
15,00
10,00
5,00
EBHB
EBHB: Extrato Bruto Hexânico de Bauhinia sp.
Gráfico 2 - Resultados obtidos na avaliação da atividade biológica dos Extratos Bruto Metanólico, frente às cepas S.
aureus.
20,00
15,00
10,00
5,00
Atividade Biológica do S.aureus
15,66
13,33 13,66
12,66
11,33
14,66
EBMB: ExtratoBruto Metanólico de Bauhinia sp.
EBMC: Extrato Bruto Metanólico de Copaifera sp.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação ao uso de plantas
medicinais, o conhecimento mostrado pela
população é resultado, principalmente, das
informações que foram sendo passadas dos pais
para os filhos. A vantagem do uso de plantas
medicinais é o seu baixo custo e fácil obtenção,
pois muitas são adquiridas em feiras ou casas de
ervas e, também, cultivadas nos próprios
quintais.
No presente estudo foi possível verificar
que os extratos brutos das espécies vegetais
mostraram-se ativos em bactérias gram-positivas
mostrando que a atividade antimicrobiana
alegada pela população corrobora uso das
mesmas. No estudo para investigação das classes
de metabólitos secundários verificou-se à
presença de compostos fenólicos (fenóis, taninos
e flavonóides), sabendo que estes compostos têm
comprovada ação antimicrobiana. Além dessas
classes verificou-se a presença de esteróides,
triterpenos, depsidios, depsidonas e
antraquinonas compostos de ampla distribuição
nas espécies vegetais pertencente à Familia
Fabaceae contribuindo assim com sistemática
das espécies vegetais e com variada atividade
farnacológica.
0,00
25
50
125
13,33
12,00
14,66
Halo em
mm
Concentração em mg/mL
25
50
125
0,00
EBMB EBMC
halo em
mm
Extratos vegetais
125
250
500
8. 92
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______________________________________
1 – Farmacêutica. Colaboradora do Laboratório
de Farmacologia e Fitoquímica – Universidade
Federal do Amapá – Rodovia Juscelino
Kubistchek, KM-02, Jardim Marco Zero –
Macapá - AP.
2 - Doutora em Química de Produtos Naturais.
Laboratório de Farmacologia e Fitoquímica –
Universidade Federal do Amapá – Rodovia
Juscelino Kubistchek, KM-02, Jardim Marco
Zero – Macapá - AP.