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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 
1 
Volume 15 - Número 1 - 1º Semestre 2015 
DOENÇAS VEICULADAS POR INSETOS: CONCEPÇÕES DE ALUNOS DA ESCOLA 
AFONSO ARINOS DO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP 
Antônio Marcos Costa da Silva1; Charles Augusto Mendes Gomes2; Diene Bacelar da Costa3; 
Dayse Maria da Cunha Sá4 
RESUMO 
Insetos como moscas, baratas e formigas estão bastante adaptados ao ambiente urbano e são vetores 
de doenças. Sua proliferação desordenada nas cidades tem causado danos à população, oferecendo 
perigo para a saúde humana. Objetivando verificar as concepções de alunos sobre doenças veiculadas 
por insetos, alertar sobre os perigos que estes oferecem e sensibilizar quanto a necessidade da 
manutenção da higiene dos ambientes como profilaxia de doenças, desenvolveu-se a pesquisa em 
turmas da Educação de Jovens e Adultos da escola Afonso Arinos no Município de Santana. Os 
alunos afirmaram que a presença de insetos nas dependências da escola indica perigo de transmissão 
de doenças. Observou-se a preocupação com a proliferação de pragas, com a indicação da 
manutenção da higienização das residências, da escola e dos alimentos. Os resultados demonstraram 
a necessidade de alertar os alunos sobre, o potencial de veiculação de microrganismos por insetos, 
sua biologia, modos de contaminação, principais doenças veiculadas e suas profilaxias. Os educandos 
sensibilizaram-se quanto aos cuidados com o ambiente tornando-se multiplicadores de hábitos que 
proporcionam melhoria na qualidade de vida da comunidade. 
Palavras-chave: Ambiente, contaminação, cuidado. 
DISEASES TRANSMITTED BY INSECTS: STUDENT CONCEPTIONS OF SCHOOL 
AFONSO ARINOS THE CITY OF SANTANA-AP 
ABSTRACT 
Insects such as flies, cockroaches and ants are quite adapted to the urban environment and are disease 
vectors. His disordered proliferation in cities has caused damage to the population, offering danger 
to human health. To ascertain the views of students about diseases carried by insects, warn about the 
dangers they offer and raise awareness about the need to maintain the hygiene of environments as 
prophylaxis of diseases, developed the research groups of Youth and Adult School Afonso Arinos in 
the city of Santana. Students said that the presence of insects on school warns of disease transmission. 
There was concern about the proliferation of pests, indicating the maintenance of hygiene homes, 
school and food. The results demonstrated the need to warn students about the potential for 
transmission of microorganisms by insects, their biology, modes of contamination, and its main 
transmitted disease prophylaxis. The students are sensitized in caring for the environment becoming 
multipliers habits that provide improved quality of community life. 
Keywords: Environment, contamination, care.
2 
INTRODUÇÃO 
Na lista dos animais sinantrópicos, 
aqueles que costumam habitar as proximidades 
do homem e adaptar-se de forma rápida e fácil 
junto deste, encontram-se moscas (Muscidae), 
baratas (Blattellidae) e formigas (Formicidae), 
que estão entre os principais vetores de doenças. 
Bem adaptados a diversos ambientes, podem 
transportar agentes patogênicos para os 
alimentos por meio dos pêlos de suas pernas e 
corpo, após o contato com materiais 
contaminados no lixo e fezes. Podem ser 
encontrados em ambientes úmidos ou quentes, 
em tubulações, condutores elétricos, locais de 
armazenamento de alimentos e em resíduos 
alimentares (ALVES; MOINO JR; ALMEIDA, 
1998). 
Existe cerca de um milhão de espécies 
conhecidas de insetos e provavelmente esse 
número se multiplicará com estudos futuros, 
estimando-se que venham a ser descritas por 
volta de 10 milhões de espécies. Trata-se do 
maior grupo de animais da Terra (BIZZO, 2010). 
O aumento populacional de sinantrópicos 
pode ser considerado uma das consequências de 
desequilíbrio ambiental. Sua proliferação 
desordenada no ambiente das cidades tem 
causado danos à população, oferecendo grande 
perigo para a espécie humana (BIZZO, 2010). A 
grande concentração desses seres nos ambientes 
domésticos os considera como verdadeiras 
pragas urbanas (PENA, 2010). 
As principais características biológicas 
das pragas urbanas são a grande resistência às 
mudanças de temperatura e a facilidade na 
adaptação. O ambiente urbano disponibiliza 
condições favoráveis ao desenvolvimento desses 
animais, pois oferece condições como umidade, 
alimentação e muitos ambientes, o que dificulta 
seu extermínio, aliado ao aumento populacional 
e o consequente crescimento desordenado das 
áreas habitadas que estão diretamente 
relacionados ao desmatamento, que provoca a 
destruição de habitats naturais de variadas 
espécies de insetos vetores de doenças em 
humano (PENA, 2010). 
Os insetos possuem três pares de pernas. 
Seu corpo apresenta a divisão característica em 
cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de 
antenas, com funções olfativas, táteis ou mesmo 
auditivas e muitos possuem asas. O exoesqueleto 
dos artrópodes é uma proteção mecânica que 
recobre externamente o animal. Ele é constituído 
de uma camada de proteína e um polímero de um 
glicídio, a quitina, algo parecido com a glicose, 
mas com uma diferença fundamental: a presença 
de um átomo de nitrogênio ligado à cadeia 
carbônica (BIZZO, 2010). 
Moscas, baratas e formigas são insetos 
considerados bastante adaptados ao ecossistema 
das cidades, pois suas populações se 
desenvolvem naturalmente neste novo ambiente. 
O índice de contaminação por microrganismos 
causadores de doenças que podem ser 
transmitidas por esses insetos tornou-se motivo 
de grande preocupação pelos setores 
responsáveis pela saúde da população 
(MENDES, 2012). 
O ambiente escolar é fundamental para 
contribuir na promoção da saúde e prevenção de 
doenças causadas por insetos urbanos ao 
proporcionar à comunidade informações sobre o 
tema, pois, a informação e a sensibilização 
conduzem à mudança de comportamento do 
indivíduo. É necessário que professores estejam 
atentos para as possibilidades de relacionar os 
conteúdos exigidos em sua disciplina aos 
problemas da comunidade, a fim de contribuir de 
forma mais positiva na promoção do 
desenvolvimento de seus alunos através da 
significação e da aplicabilidade do que se 
aprende (VYGOTSKY, 1984). 
Na visão de Vygotsky o professor deve 
auxiliar na formação dos conceitos científicos, 
promovendo o aprendizado de forma que permita 
maior experimentação, possibilitando ao aluno 
poder assimilar seus processos da forma mais 
natural possível. O professor deve pensar em 
como educar seus alunos e repassar conteúdos 
que contribuam com o crescimento individual 
para a formação de um cidadão pensante e 
participante. “O saber que não vem da 
experiência não é realmente saber”. 
(VYGOTSKY, 1984). 
Nessa perspectiva pode-se reconhecer a 
relevância desta proposta curricular que alia as 
exigências do conteúdo programático sobre os
3 
insetos e as expectativas da modalidade de ensino 
Educação de Jovens e Adultos (EJA), que sugere 
abordagens motivadoras sobre as temáticas 
apresentadas como forma de melhor esclarecer o 
significado daquilo que se estuda, facilitando o 
entendimento de sua utilidade para o cotidiano 
desses alunos (GADOTTI, 2000). 
Assim, objetivou-se conhecer a 
concepção dos alunos sobre a relação existente 
entre doenças e alguns insetos urbanos como: 
moscas, baratas e formigas em turmas da 
Educação de Jovens e Adultos com alunos da 
terceira etapa na Escola Estadual Afonso Arinos 
do município de Santana no Estado do Amapá. 
MATERIAL E MÉTODOS 
Área de estudo 
A escola Estadual de Ensino 
Fundamental Professor Afonso Arinos Melo 
Franco localiza-se na Avenida Amapá, 825, área 
portuária do município de Santana, Estado do 
Amapá. Atende, principalmente, a população de 
baixa renda, nos três turnos, oferecendo ensino 
fundamental nas séries iniciais, aceleração da 
aprendizagem e educação de jovens e adultos, 
nível fundamental, possui espaço físico 
edificado, construído em alvenaria, com prédio 
próprio e várias dependências. 
Foi reformada, ampliada e totalmente 
climatizada. Possui 16 salas de aula, secretaria, 
diretoria, sala de professores, sala de 
coordenação pedagógica, sala de leitura e vídeo 
(adaptado), sala de informática, depósito de 
material de limpeza, dispensa, refeitório 
(bastante pequeno para quantidade de alunos); 
uma cozinha, seis banheiros (sendo quatro de uso 
dos alunos), sala do programa mais educação, 
sala de atendimento aos alunos com necessidades 
especiais (AEE) e atende, preferencialmente, a 
clientela da zona portuária do município de 
Santana e adjacências. Atendendo 
aproximadamente 1.500 alunos regularmente 
matriculados. 
A instituição visa à operacionalidade de 
um currículo que atenda às necessidades de sua 
comunidade, em questões culturais, sociais, 
esportivas, econômicas e preocupa-se ainda com 
a saúde de seus alunos e funcionários, embora 
encontre dificuldade em atender as expectativas 
da comunidade escolar por falta de recursos 
pedagógicos, a falta de profissionais de apoio, 
como o psicólogo, psicopedagogos, e professores 
intérpretes. Ressaltando que a participação dos 
pais no processo educacional dos seus filhos 
limita-se ao compromisso de enviá-los à escola, 
evidencia-se a não ocorrência a falta de 
acompanhamento no que se refere à 
aprendizagem dos mesmos. 
A escola não possui projetos 
pedagógicos instituídos pela comunidade em seu 
calendário anual, visto que a mesma realiza ações 
rotineiras e segue em sua totalidade o Projeto 
Político Pedagógico sugerido pela secretaria de 
educação do Estado. 
Tipologia 
Sabendo-se que a pesquisa é, em si, um 
campo de investigação, como afirmam Denzin e 
Lincoln (2006), esta, foi desenvolvida de forma 
descritiva com abordagem quantitativa, pois nos 
estudos organizacionais, a pesquisa quantitativa 
permite a mensuração de opiniões, reações, 
hábitos e atitudes em um universo, por meio de 
uma amostra que o represente estatisticamente. 
As variáveis levantadas no questionário 
envolveram a importância do desenvolvimento 
de bons hábitos de higiene para o sucesso do 
convívio em sociedade, a importância da 
manutenção da higiene dos ambientes 
frequentados pelos alunos, o conhecimento de 
doenças veiculadas por insetos, bem como seus 
modos de contaminação, principais sintomas e 
profilaxias. 
Coleta de dados 
Para coleta de dados aplicou-se um 
questionário, contendo 10 questões objetivas 
contendo alternativas, durante as aulas de 
Ciências da Educação de Jovens e Adultos 
(EJA), nas turmas de terceira e quarta etapas do 
ensino fundamental, totalizando 50 alunos de 15 
a 62 anos. E por tratar-se de pesquisa com seres 
humanos, de acordo com a resolução 466/2012, 
do conselho Nacional de Saúde (CNS), para 
garantir o anonimato dos informantes decidiu-se 
não nomear os entrevistados, nem fotografá-los. 
Antes da aplicação do questionário foi solicitado
4 
aos entrevistados ou responsáveis legais a 
assinatura de um TCLE (Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido) 
simplificado, esclarecendo a natureza da 
pesquisa, seus métodos e objetivos (BRASIL, 
2013). 
A pesquisa foi realizada de setembro a 
novembro de 2013 no turno da noite. Durante 
este período foram observadas as instalações 
físicas, a dinâmica de funcionamento e a 
movimentação das pessoas na escola campo, a 
qual foi enriquecida por intervenções em sala de 
aula, com discussões sobre o tema previamente 
planejadas com os professores e a coordenação 
da escola pedagógica da escola. 
Após o recolhimento dos questionários 
deu-se início a tabulação dos dados que foi 
desenvolvida através das relações feitas entre as 
respostas ao questionário, alguns entrevistados 
marcaram mais de uma das alternativas 
propostas. Para os dados obtidos nas coletas, 
construíram-se gráficos e os resultados foram 
expressos em frequência relativa (%), com uso 
do software Excel 2010. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A escola é considerada, por muitos 
entrevistados, como sua segunda casa. Com isso, 
julgam ser importante a manutenção da higiene 
neste ambiente, onde 50% relatam fazer 
reclamações frequentes à coordenação 
pedagógica sobre a falta de cuidados com a 
limpeza das carteiras, a sujeira das paredes e do 
teto, a poeira das cadeiras e o acúmulo de entulho 
e lixo nas dependências da escola. Portanto 
acreditam que situações como essas podem atrair 
artrópodes que podem ser prejudiciais à saúde da 
comunidade escolar. Estes formam o maior e 
mais diversificado filo de seres vivos do planeta, 
com exemplares como moscas, baratas e 
formigas, que figuram entre os mais incômodos 
e detestados em ambientes domésticos (BIZZO, 
2010). 
Referente à contaminação por 
microrganismos, verificou-se que 100% 
consideram a higiene pessoal e outros hábitos 
simples e cotidianos, bem como a higienização 
da casa e de outros ambientes que frequentam, 
cuidados com a água, com alimentos que 
consomem, são importantes para evitar a 
contaminação por microrganismos. Paiva (2011) 
afirma que a aquisição de hábitos de higiene 
pessoal é fundamental para o convívio, haja vista, 
que além de ser considerada essencial para o 
sucesso das relações interpessoais e apreciável à 
sociedade é importante para a manutenção 
saudável do corpo e dos ambientes. 
Quanto ao conhecimento de doenças que 
podem ser veiculadas por moscas, baratas e 
formigas, 60% dos alunos informaram que estes 
insetos transmitem doenças, que as conhecem e 
sabem como preveni-las, 30% disseram conhecer 
as doenças e não saber como prevenir, enquanto 
10% informaram desconhecer a relação existente 
entre insetos e doenças, portanto possivelmente 
desconhecem modos de prevenção. 
Contudo, é unânime o reconhecimento da 
importância destas informações, visto que, esses 
insetos estão bastante adaptados aos ambientes 
urbanos e muitas vezes, convivem em suas 
residências de forma tão natural com estes 
insetos chegando a desconsiderá-los tão 
incômodos e mesmo desassociá-los a problemas 
de saúde (ALVES; MOINO JR; ALMEIDA, 
1998). 
O crescimento do número de insetos 
como moscas, baratas, formigas e outros nos 
centros urbanos, resulta do crescimento 
desordenado e diferenças econômicas e 
problemas estruturais existentes no espaço 
urbano. Haja vista, a falta de políticas públicas 
voltadas a essa problemática dificulta os 
investimentos e projetos com objetivos 
direcionados a melhoria das condições desses 
ambientes. Desta forma, a proliferação de pragas 
e as doenças por elas causadas, incidem em 
regiões com falta estrutura e saneamento básico 
como esgotos a céu abertos. (PEREIRA et al, 
2012). 
Sobre o perigo de contaminação por 
patógenos causadores de doenças que podem ser 
veiculadas pela presença de moscas, baratas e 
formigas dentro da escola e de suas próprias 
casas, 60% disseram ter consciência do perigo 
conseguindo associar a contaminação de algumas 
doenças à veiculação por esses insetos, enquanto 
40% deles não fizeram esta associação, pois 
atribuem a veiculação de doenças como hepatite 
e diarreia apenas pela água contaminada.
5 
Possivelmente há lacunas de conhecimento, pois 
nas respostas dos alunos sobre a contaminação 
por patógenos causadores de doenças que podem 
ser veiculados pelos insetos em questão, muitos 
remeteram suas respostas apenas a algumas 
doenças de veiculação hídrica. 
De acordo com Martins (2001), há 
dificuldades na obtenção de dados confiáveis 
sobre infecções, devido as infecções serem 
subnotificadas, no Brasil. Com isso, dificulta-se 
também a estimativa concreta das fontes de 
infecção, da transmissão do agente etiológico, e 
da susceptibilidade do paciente. Informações que 
seriam importantes para facilitar a identificação 
de insetos transmissores de doenças (PELCZAR 
JR; CHAN; KRIEG, 1996). 
A condução de novas estratégias de 
controle dessas pragas, pode ser realizada a partir 
de análises dos parasitas e interações mutualistas 
desses organismos com plantas ou insetos ou 
plantas (BRASIL, 2004). 
A sociedade, ao compreender que o 
ambiente humano cria todas as condições 
propícias ao crescimento das populações 
sinantrópicas, como a disponibilidade de 
alimento, abrigo, deve implementar estratégias 
de controle, devido suas populações aumentarem 
cada vez mais e por carrearem novas patologias, 
ressurgimento de antigas e aumento no número 
de agravos (ALVES; MOINO JR; ALMEIDA, 
1998). 
Em relação à veiculação por insetos de 
Entamoeba coli; Staphylococcus aureus; Ascaris 
lumbricoides e outros microrganismos, 80% dos 
entrevistados acreditam que moscas, baratas e 
formigas, presentes em ambientes escolares, tais 
como: copa, refeitório, banheiros, sala de aula, 
por suas características específicas, são 
indicadores de doenças e oferecem perigo à 
saúde da população e, reconhecem que doenças 
causadas por esses parasitas poderiam ser 
evitadas se hábitos de higiene pessoal e do 
ambiente em que se vive, fossem realmente 
praticados. 
80% acreditam que a presença de insetos 
nas dependências da escola indica perigo de 
contaminação por diversas doenças. A 
associação entre insetos e agentes patogênicos 
constitui perigo à saúde pública, pois parte dos 
microrganismos veiculados por estes insetos, 
podem apresentar multirresistência às drogas 
antimicrobianas (TANAKA; VIGGIANE; 
PERSON, 2007). 
A amebíase e a ascaridíase causadas, 
respectivamente, por protozoários e nematódeos, 
presentes na água contaminada, também podem 
ser veiculados por insetos. Muitas vezes este fato 
pode ser ignorado por envolver seres tão 
pequenos e adaptados ao convívio doméstico que 
podem ser considerados por leigos como 
inofensivos. Embora pequenos, são animais de 
distribuição ampla, e se encontram em 
praticamente todos os habitats, com exceção dos 
mares. A habilidade de voar e de captar oxigênio 
com perda mínima de água contribui para o 
grande sucesso adaptativo desses animais 
(BIZZO, 2010). 
Diante dos questionamentos quanto à 
utilização em seu dia a dia dos conhecimentos 
adquiridos em sala de aula, 70% dos alunos 
afirmaram que aplicam em seu cotidiano, o 
aprendizado relacionado às profilaxias, pois já 
vivenciaram situações nas quais precisaram 
identificar sintomas de doenças em seus filhos, 
mesmo, não sabendo lidar de forma adequada. 
30% informaram ter dificuldade em aplicá-las, 
por isso nem sempre utilizam essas informações. 
Com isso, é notória a importância da relação 
entre conhecimentos empírico e científico para 
facilitar o entendimento e promover sua 
aplicabilidade. 
Neste contexto, observou-se a 
importância dos estudos sobre doenças causadas 
por microrganismos veiculados pelos insetos 
citados, bem como sobre os agentes etiológicos, 
os modos de contaminação, os principais 
sintomas, as profilaxias e os modos de 
tratamento. Os pressupostos contidos na 
legislação referente ao ensino de jovens e adultos 
(EJA) descrevem a necessidade de se trabalhar o 
aproveitamento das vivências cotidianas dos 
indivíduos como forma de ilustrar os conteúdos 
curriculares exigidos a esta modalidade de 
ensino. Considerando que esta clientela possui 
grande carga de conhecimento prévio. Segundo 
Moreira (1999), ao educador cabe a 
responsabilidade em identificar o nível de 
experiência que seu aluno apresenta e a partir 
disso, deve encaminhar o ensino.
6 
É relevante identificar a construção do 
conhecimento científico e tecnológico presente 
nas atividades diárias agindo como interventoras 
no estilo de vida da população, para melhoria de 
sua qualidade. É notório que o conhecimento 
adquirido sobre os aspectos relacionados à 
biologia de moscas, baratas e formigas que 
podem comprometer a saúde humana conduz à 
tomada de medidas preventivas mais eficazes. 
De acordo com os Parâmetros 
Curriculares Nacionais para o ensino das ciências 
da natureza, é coerente a abordagem, 
principalmente, de três grandes blocos temáticos: 
ambiente; ser humano e saúde; recursos 
tecnológicos. Desta forma, referente ao que 
sugere o primeiro bloco, ressalta-se a 
importância do saneamento básico como 
profilaxia das doenças de veiculação hídrica e 
outras que apresentam insetos como vetores. No 
que concerne ao segundo bloco, destaca-se a 
higiene e o asseio corporal como condição 
obrigatória, pois a maioria das doenças em 
questão pode ser transmitida através da própria 
falta de cuidados higiênicos básicos. Já em 
relação ao terceiro bloco, enfatiza-se a coleta e o 
tratamento adequado do lixo urbano e doméstico, 
a fim de evitar o acúmulo que possivelmente 
atrairá tais insetos, colocando em risco a saúde da 
população (BRASIL, 1998). 
Pozo (1998) afirma que, a origem da 
formação dos conhecimentos prévios não tem 
relevância, pois para tornar a aprendizagem 
significativa, os alunos precisam relacionar a 
nova informação ao seu conhecimento prévio. 
Devem desenvolver a reflexão e justificar suas 
ideias, compará-las com as do grupo, 
descobrindo ideias diferentes e ter consciência 
delas. Para Freire (1991), valorizar o 
conhecimento que o educando traz deve ser o 
ponto de partida da aprendizagem, pois a 
sensibilização sobre a temática abordada 
relaciona-se com a valorização da higiene 
pessoal e dos ambientes frequentados pelos 
alunos. De acordo com Pereira et al (2012), o 
acúmulo de sujeira atrai moscas, baratas e 
formigas. 
Ao serem questionados sobre a presença 
desses insetos em suas residências, houve 
unanimidade ao afirmar que identificam sua 
presença e muitas vezes a ignoram, pois esses 
pequenos animais logo se escondem e deixam de 
incomodar. 
Ao responderem sobre sua reação a 
presença dos insetos, 40% disseram que sentem 
ojeriza ao vê-los, 40% que ficam assustados 
quando estes chegam perto de seus corpos e 10% 
disseram que são indiferentes a eles. 
Entre os insetos considerados na 
pesquisa, as baratas e as moscas apresentam 
maior rejeição. 80% dos alunos acreditam que 
baratas e moscas oferecem maior perigo, como 
grandes indicadores de ambiente com falta de 
higiene e veiculadores de microrganismos 
transmissores de doenças, enquanto 20% 
reconheceram que as formigas também oferecem 
os mesmos perigos e 90% afirmam descartar 
alimentos que seriam ingeridos logo que 
observam o contato destes com baratas, porém 
10% dos alunos informaram que apenas retiram 
os insetos e consomem o alimento. 
As baratas são insetos de fácil adaptação 
ao espaço doméstico e podem conduzir 
microrganismos e ovos de parasitas causadores 
de doenças, embora muitos defendessem a teoria 
de que elas próprias não seriam transmissoras, 
como os mosquitos da dengue e da febre amarela, 
porém em suas patas existem milhões de 
microrganismos que podem contaminar 
alimentos e objetos pessoais e transmitir doenças 
graves, devido aos ambientes carregados de 
resíduos em que elas costumam circular. Brenner 
(1995) relaciona vários microrganismos 
patogênicos encontrados em baratas, Klebsiella 
pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas 
aeruginosa, Mycobacterium leprae, Shigella 
dysenteriae, Staphylococcus aureus, Candida 
spp., Giardia sp. Poliomyelitis, Ascaris 
lumbricoides e diversos outros. 
Baratas podem transmitir hepatite A para 
ao homem, ocasionada pela ingestão de água, 
alimentos e objetos contaminados, o que 
comprometerá o fígado do indivíduo. Os 
principais sintomas desta doença são: febre, 
dores abdominais, náuseas e diarreia que podem 
perdurar por cerca de um mês. De acordo com 
Hahnstadt (1999), dependendo da condição física 
e genética de cada paciente, alguns doentes 
podem ficar com os olhos e a pele bem amarelada 
devido a disfunção do fígado. Em 99% dos casos 
há recuperação e cura.
7 
Outra doença bastante frequente que pode 
estar associada a contaminação por baratas é 
a febre tifoide, causada pela Salmonella typhi. 
As baratas atuam como transportadores 
mecânicos de agentes patogênicos, que aderem 
ao seu corpo, especialmente nas cerdas de suas 
pernas (SERRA-FREIRE, 1999). 
Dos entrevistados, 80% afirmam 
descartar o alimento quando neles pousaram 
moscas. Estes insetos podem transmitir diversas 
doenças para os seres humanos. Fato relacionado 
ao seu hábito de colocar os ovos em locais 
inóspitos e depois pousar em alimentos que são 
deixados expostos e consumidos posteriormente, 
causando contaminação. Microrganismos 
causadores da meningite, diarreias, ovos de 
parasitos, vírus, ácaros da sarna e ovos da mosca 
do berne podem ser transmitidos por moscas 
(PAIVA, 2011). 
Segundo Linhares (1979) as moscas são 
de grande relevância, não apenas do ponto de 
vista puramente ecológico, mas também devido a 
sua importância médico-sanitária, pois 
determinado local pode ser avaliado, em relação 
a sua qualidade, pela presença de certas espécies 
e a sua abundância, caracterizando tais espécies 
como um indicador biológico. Por se criarem no 
esterco, em carcaças e no lixo que apodrece, o 
aumento nas populações de moscas são 
importantes indicadores de que esses resíduos 
necessitam de destinação adequada (PAIVA 
2011). 
Para se prevenir contra as doenças 
transmitidas pelas moscas, aconselha-se manter 
alimentos protegidos e guardados em recipientes 
com tampa e não permitir atrativos permaneçam 
espalhados pelo ambiente, como restos de 
alimentos e fezes de animais. 
Uma das formas utilizadas para prevenir 
o aparecimento de moscas, em lugares onde os 
alimentos são preparados, é fazer uso de telas e 
redes de proteção, visto que elas podem atuar 
como vetores mecânicos de agentes etiológicos, 
tais como ovos de helmintos, cistos de 
protozoários, bactérias e vírus, além da 
possibilidade de suas larvas causarem infecções 
no homem e animais (MARICONI; 
GUIMARÃES, 1999). 
Seolin Dias (2008), afirma que as moscas 
das famílias Calliphoridae, Fanniidae, Muscidae 
e Sarcophagidae, estão entre as principais 
espécies relacionadas à transmissão de 
patógenos. 
Referente ao descarte de alimentos 
devido a identificação da presença de formigas, 
apenas 10% dos entrevistados relataram que 
descartam esses alimentos, o restante dos 
entrevistados informou que apenas retiram as 
formigas dos alimentos e os consomem. Os 
alunos que afirmaram não descartar os alimentos 
que estiveram em contato com formigas, 
justificaram que não poderiam fazê-lo por conta 
de baixas condições financeiras que apresentam. 
Porém ressalta-se que formigas são insetos 
sociais, que se adaptaram a diversos ambientes e 
normalmente são atraídas por alimentos, 
especialmente os adocicados. São muito ágeis e 
podem em um segundo percorrer três 
centímetros. Dessa forma, circulam por vários 
locais, transportando microrganismos 
patogênicos de ambientes contaminados para 
ambientes íntegros e constituem um perigo 
potencial à saúde pública, especialmente ao 
infestar ambientes hospitalares (TANAKA, 
VIGGIANI, PERSON, 2007; SÁ-CUNHA, 
2013). 
A maioria das pessoas acredita que as 
formigas são apenas inconvenientes, mas, por 
serem espécies urbanas, podem ser carregadas 
por pessoas em suas vestimentas, sacolas e 
objetos, elas representam um grupo de insetos 
sociais e seu real meio de comunicação é de 
extrema complexidade. As formigas são atraídas 
por alimentos e comunicam-se por feromônios. 
Organizam-se para todas as tarefas, como para 
alimentação, defesa, acasalamento e no 
reconhecimento de trilhas. Schuller (2004) 
encontrou formigas compondo o grupo de pragas 
em unidades de alimentação e nutrição e 
constatou que as mesmas veiculavam patógenos. 
A estrutura social, possibilita às formigas 
o livre deslocamento das operárias entre as várias 
dependências de ambientes urbanos e a presença 
de bactérias patogênicas no tegumento de 
operárias qualifica este inseto como 
potencialmente importante na disseminação de 
doenças infectocontagiosas (PESQUERO et al, 
2008; SÁ-CUNHA, 2013). 
É no trajeto do ninho até o local do 
alimento que a formiga podem se contaminar
8 
com fungos ou bactérias e os distribuir, não só 
por onde passa, mas também dentro do ninho, 
onde mais insetos se contaminam e, 
posteriormente, tornam-se disseminadores 
(COSTA, 2006). 
Como medida de prevenção da infestação 
de formigas é importante manter o ambiente 
sempre limpo. É essencial manter os alimentos 
armazenados em recipientes fechados e evitar 
que resíduos desses alimentos se espalhem pela 
casa. Vedar frestas de pisos, azulejos e batentes 
de portas, assim como consertar falhas nas 
estruturas, como rachaduras nas paredes impede 
que esses locais sirvam de abrigo para as 
formigas (COSTA; TAKASHI; MOREIRA, 
2002). 
Com relação às mudanças 
comportamentais após o aprimoramento dos 
conhecimentos referentes a biologia dos insetos 
(moscas, baratas e formigas), fornecidos em sala 
de aula durante o desenvolvimento da presente 
pesquisa, 100% dos alunos afirmaram que 
modificaram seu comportamento diante do 
perigo que estes insetos apresentam e que os 
cuidados foram redobrados, mostraram-se 
preocupados com a proliferação de moscas, 
baratas e formigas em sua escola, sugeriram 
mudanças de comportamento em relação ao 
acúmulo e ao destino adequado do lixo e, ainda, 
propõem um rigor maior na fiscalização para a 
manutenção da higiene em todos os setores da 
escola. 
Em conformidade com o exposto, foram 
unânimes, também, em afirmar que os conteúdos 
estudados na disciplina de Ciências são de grande 
relevância e tem contribuído para a melhoria de 
sua qualidade de vida. A partir da aquisição de 
novos conhecimentos, passam a valorizar a 
atitude preventiva e tornam-se multiplicadores de 
informações que, consequentemente, devem 
atingir toda a comunidade. “Aquilo que um aluno 
é capaz de aprender em um momento 
determinado depende, naturalmente, das suas 
características individuais, mas também e, 
sobretudo do tipo de ajuda pedagógica a ele 
proporcionada” (COLL, C.; MARCHESI, A.; 
PALACIOS, 2004). 
Haja vista que, muitas vezes, não se 
percebe o sentido do que é ensinado e os alunos 
também não reconhecem a importância do que 
estão aprendendo. Numa época de incertezas, de 
perplexidades, de transição, essa significação 
deve ser construída e discutida em sala de aula. 
O processo ensino e aprendizagem deve ter 
sentido para o projeto de vida para que seja um 
processo verdadeiramente educativo 
(GADOTTI, 2000). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Insetos como moscas, baratas e formigas 
transportam agentes patogênicos aderidos a seus 
corpos quando passam por ambientes 
contaminados como o lixo ou excrementos 
despejados em destinos não adequados. Esta 
informação é familiar e facilmente pode ser 
associada ao desenvolvimento de doenças 
comuns na população carente. 
A facilidade de adaptação e a 
contribuição humana na criação de ambientes 
favoráveis ao desenvolvimento desses insetos 
têm facilitado seu processo de reprodução e o 
consequente aumento populacional. Com isso, o 
conhecimento sobre doenças que, de alguma 
forma, podem ser transmitidas por esses seres, é 
de grande relevância, pois servem como alerta 
para as pessoas da comunidade. Nesse contexto, 
a escola se apresenta como um espaço adequado 
para a discussão e a socialização desta temática. 
A valorização da higienização dos 
ambientes e de sua manutenção pode diminuir os 
índices de contaminação por essas doenças, pois, 
em ambientes limpos e arejados dificilmente 
moscas, baratas e formigas podem ser 
encontradas. 
Verificou-se que há relevância social em 
proporcionar informações à comunidade escolar, 
como aprender a identificar esses insetos, 
conhecer seu modo de contaminação, as doenças 
que podem ser por eles transmitidas, reconhecer 
os principais sintomas e conhecer modos de 
prevenção. 
Pois o reconhecimento dos perigos que 
esses insetos podem oferecer à população 
sensibiliza e age como alerta para que os 
envolvidos possam utilizar medidas profiláticas e 
compartilhar esse conhecimento na comunidade. 
Culminando na ênfase em redobrar os cuidados 
com a higiene pessoal, manutenção dos 
ambientes que frequentam, manutenção da
9 
qualidade da água, dos alimentos, evitando 
contato com pragas urbanas. 
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mente o desenvolvimento dos processos 
psicológicos superiores. São Paulo: Martins 
Fontes, 1984. 
_____________________________________ 
1-Antônio Marcos Costa da Silva 
2-Charles Augusto Mendes Gomes, 
3-Diene Bacelar da Costa, 
4-Dayse Maria da Cunha Sá 
1,2,3- Universidade Federal do Amapá- 
UNIFAP. Graduados em Ciências Biológicas. E-mail: 
antonio.amapa@hotmail.com; 
augustolife13@hotmail.com; 
diene.bacelar@hotmail.com 
4-Universidade Federal do Amapá-UNIFAP. 
Bióloga. Mestre em Ciências da Saúde. 
Laboratório de Prática de Ensino. E-mail: 
daysemariacunha@hotmail.com

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Doenças Insetos

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 1 Volume 15 - Número 1 - 1º Semestre 2015 DOENÇAS VEICULADAS POR INSETOS: CONCEPÇÕES DE ALUNOS DA ESCOLA AFONSO ARINOS DO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP Antônio Marcos Costa da Silva1; Charles Augusto Mendes Gomes2; Diene Bacelar da Costa3; Dayse Maria da Cunha Sá4 RESUMO Insetos como moscas, baratas e formigas estão bastante adaptados ao ambiente urbano e são vetores de doenças. Sua proliferação desordenada nas cidades tem causado danos à população, oferecendo perigo para a saúde humana. Objetivando verificar as concepções de alunos sobre doenças veiculadas por insetos, alertar sobre os perigos que estes oferecem e sensibilizar quanto a necessidade da manutenção da higiene dos ambientes como profilaxia de doenças, desenvolveu-se a pesquisa em turmas da Educação de Jovens e Adultos da escola Afonso Arinos no Município de Santana. Os alunos afirmaram que a presença de insetos nas dependências da escola indica perigo de transmissão de doenças. Observou-se a preocupação com a proliferação de pragas, com a indicação da manutenção da higienização das residências, da escola e dos alimentos. Os resultados demonstraram a necessidade de alertar os alunos sobre, o potencial de veiculação de microrganismos por insetos, sua biologia, modos de contaminação, principais doenças veiculadas e suas profilaxias. Os educandos sensibilizaram-se quanto aos cuidados com o ambiente tornando-se multiplicadores de hábitos que proporcionam melhoria na qualidade de vida da comunidade. Palavras-chave: Ambiente, contaminação, cuidado. DISEASES TRANSMITTED BY INSECTS: STUDENT CONCEPTIONS OF SCHOOL AFONSO ARINOS THE CITY OF SANTANA-AP ABSTRACT Insects such as flies, cockroaches and ants are quite adapted to the urban environment and are disease vectors. His disordered proliferation in cities has caused damage to the population, offering danger to human health. To ascertain the views of students about diseases carried by insects, warn about the dangers they offer and raise awareness about the need to maintain the hygiene of environments as prophylaxis of diseases, developed the research groups of Youth and Adult School Afonso Arinos in the city of Santana. Students said that the presence of insects on school warns of disease transmission. There was concern about the proliferation of pests, indicating the maintenance of hygiene homes, school and food. The results demonstrated the need to warn students about the potential for transmission of microorganisms by insects, their biology, modes of contamination, and its main transmitted disease prophylaxis. The students are sensitized in caring for the environment becoming multipliers habits that provide improved quality of community life. Keywords: Environment, contamination, care.
  • 2. 2 INTRODUÇÃO Na lista dos animais sinantrópicos, aqueles que costumam habitar as proximidades do homem e adaptar-se de forma rápida e fácil junto deste, encontram-se moscas (Muscidae), baratas (Blattellidae) e formigas (Formicidae), que estão entre os principais vetores de doenças. Bem adaptados a diversos ambientes, podem transportar agentes patogênicos para os alimentos por meio dos pêlos de suas pernas e corpo, após o contato com materiais contaminados no lixo e fezes. Podem ser encontrados em ambientes úmidos ou quentes, em tubulações, condutores elétricos, locais de armazenamento de alimentos e em resíduos alimentares (ALVES; MOINO JR; ALMEIDA, 1998). Existe cerca de um milhão de espécies conhecidas de insetos e provavelmente esse número se multiplicará com estudos futuros, estimando-se que venham a ser descritas por volta de 10 milhões de espécies. Trata-se do maior grupo de animais da Terra (BIZZO, 2010). O aumento populacional de sinantrópicos pode ser considerado uma das consequências de desequilíbrio ambiental. Sua proliferação desordenada no ambiente das cidades tem causado danos à população, oferecendo grande perigo para a espécie humana (BIZZO, 2010). A grande concentração desses seres nos ambientes domésticos os considera como verdadeiras pragas urbanas (PENA, 2010). As principais características biológicas das pragas urbanas são a grande resistência às mudanças de temperatura e a facilidade na adaptação. O ambiente urbano disponibiliza condições favoráveis ao desenvolvimento desses animais, pois oferece condições como umidade, alimentação e muitos ambientes, o que dificulta seu extermínio, aliado ao aumento populacional e o consequente crescimento desordenado das áreas habitadas que estão diretamente relacionados ao desmatamento, que provoca a destruição de habitats naturais de variadas espécies de insetos vetores de doenças em humano (PENA, 2010). Os insetos possuem três pares de pernas. Seu corpo apresenta a divisão característica em cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas, com funções olfativas, táteis ou mesmo auditivas e muitos possuem asas. O exoesqueleto dos artrópodes é uma proteção mecânica que recobre externamente o animal. Ele é constituído de uma camada de proteína e um polímero de um glicídio, a quitina, algo parecido com a glicose, mas com uma diferença fundamental: a presença de um átomo de nitrogênio ligado à cadeia carbônica (BIZZO, 2010). Moscas, baratas e formigas são insetos considerados bastante adaptados ao ecossistema das cidades, pois suas populações se desenvolvem naturalmente neste novo ambiente. O índice de contaminação por microrganismos causadores de doenças que podem ser transmitidas por esses insetos tornou-se motivo de grande preocupação pelos setores responsáveis pela saúde da população (MENDES, 2012). O ambiente escolar é fundamental para contribuir na promoção da saúde e prevenção de doenças causadas por insetos urbanos ao proporcionar à comunidade informações sobre o tema, pois, a informação e a sensibilização conduzem à mudança de comportamento do indivíduo. É necessário que professores estejam atentos para as possibilidades de relacionar os conteúdos exigidos em sua disciplina aos problemas da comunidade, a fim de contribuir de forma mais positiva na promoção do desenvolvimento de seus alunos através da significação e da aplicabilidade do que se aprende (VYGOTSKY, 1984). Na visão de Vygotsky o professor deve auxiliar na formação dos conceitos científicos, promovendo o aprendizado de forma que permita maior experimentação, possibilitando ao aluno poder assimilar seus processos da forma mais natural possível. O professor deve pensar em como educar seus alunos e repassar conteúdos que contribuam com o crescimento individual para a formação de um cidadão pensante e participante. “O saber que não vem da experiência não é realmente saber”. (VYGOTSKY, 1984). Nessa perspectiva pode-se reconhecer a relevância desta proposta curricular que alia as exigências do conteúdo programático sobre os
  • 3. 3 insetos e as expectativas da modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA), que sugere abordagens motivadoras sobre as temáticas apresentadas como forma de melhor esclarecer o significado daquilo que se estuda, facilitando o entendimento de sua utilidade para o cotidiano desses alunos (GADOTTI, 2000). Assim, objetivou-se conhecer a concepção dos alunos sobre a relação existente entre doenças e alguns insetos urbanos como: moscas, baratas e formigas em turmas da Educação de Jovens e Adultos com alunos da terceira etapa na Escola Estadual Afonso Arinos do município de Santana no Estado do Amapá. MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo A escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Afonso Arinos Melo Franco localiza-se na Avenida Amapá, 825, área portuária do município de Santana, Estado do Amapá. Atende, principalmente, a população de baixa renda, nos três turnos, oferecendo ensino fundamental nas séries iniciais, aceleração da aprendizagem e educação de jovens e adultos, nível fundamental, possui espaço físico edificado, construído em alvenaria, com prédio próprio e várias dependências. Foi reformada, ampliada e totalmente climatizada. Possui 16 salas de aula, secretaria, diretoria, sala de professores, sala de coordenação pedagógica, sala de leitura e vídeo (adaptado), sala de informática, depósito de material de limpeza, dispensa, refeitório (bastante pequeno para quantidade de alunos); uma cozinha, seis banheiros (sendo quatro de uso dos alunos), sala do programa mais educação, sala de atendimento aos alunos com necessidades especiais (AEE) e atende, preferencialmente, a clientela da zona portuária do município de Santana e adjacências. Atendendo aproximadamente 1.500 alunos regularmente matriculados. A instituição visa à operacionalidade de um currículo que atenda às necessidades de sua comunidade, em questões culturais, sociais, esportivas, econômicas e preocupa-se ainda com a saúde de seus alunos e funcionários, embora encontre dificuldade em atender as expectativas da comunidade escolar por falta de recursos pedagógicos, a falta de profissionais de apoio, como o psicólogo, psicopedagogos, e professores intérpretes. Ressaltando que a participação dos pais no processo educacional dos seus filhos limita-se ao compromisso de enviá-los à escola, evidencia-se a não ocorrência a falta de acompanhamento no que se refere à aprendizagem dos mesmos. A escola não possui projetos pedagógicos instituídos pela comunidade em seu calendário anual, visto que a mesma realiza ações rotineiras e segue em sua totalidade o Projeto Político Pedagógico sugerido pela secretaria de educação do Estado. Tipologia Sabendo-se que a pesquisa é, em si, um campo de investigação, como afirmam Denzin e Lincoln (2006), esta, foi desenvolvida de forma descritiva com abordagem quantitativa, pois nos estudos organizacionais, a pesquisa quantitativa permite a mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes em um universo, por meio de uma amostra que o represente estatisticamente. As variáveis levantadas no questionário envolveram a importância do desenvolvimento de bons hábitos de higiene para o sucesso do convívio em sociedade, a importância da manutenção da higiene dos ambientes frequentados pelos alunos, o conhecimento de doenças veiculadas por insetos, bem como seus modos de contaminação, principais sintomas e profilaxias. Coleta de dados Para coleta de dados aplicou-se um questionário, contendo 10 questões objetivas contendo alternativas, durante as aulas de Ciências da Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas turmas de terceira e quarta etapas do ensino fundamental, totalizando 50 alunos de 15 a 62 anos. E por tratar-se de pesquisa com seres humanos, de acordo com a resolução 466/2012, do conselho Nacional de Saúde (CNS), para garantir o anonimato dos informantes decidiu-se não nomear os entrevistados, nem fotografá-los. Antes da aplicação do questionário foi solicitado
  • 4. 4 aos entrevistados ou responsáveis legais a assinatura de um TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) simplificado, esclarecendo a natureza da pesquisa, seus métodos e objetivos (BRASIL, 2013). A pesquisa foi realizada de setembro a novembro de 2013 no turno da noite. Durante este período foram observadas as instalações físicas, a dinâmica de funcionamento e a movimentação das pessoas na escola campo, a qual foi enriquecida por intervenções em sala de aula, com discussões sobre o tema previamente planejadas com os professores e a coordenação da escola pedagógica da escola. Após o recolhimento dos questionários deu-se início a tabulação dos dados que foi desenvolvida através das relações feitas entre as respostas ao questionário, alguns entrevistados marcaram mais de uma das alternativas propostas. Para os dados obtidos nas coletas, construíram-se gráficos e os resultados foram expressos em frequência relativa (%), com uso do software Excel 2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO A escola é considerada, por muitos entrevistados, como sua segunda casa. Com isso, julgam ser importante a manutenção da higiene neste ambiente, onde 50% relatam fazer reclamações frequentes à coordenação pedagógica sobre a falta de cuidados com a limpeza das carteiras, a sujeira das paredes e do teto, a poeira das cadeiras e o acúmulo de entulho e lixo nas dependências da escola. Portanto acreditam que situações como essas podem atrair artrópodes que podem ser prejudiciais à saúde da comunidade escolar. Estes formam o maior e mais diversificado filo de seres vivos do planeta, com exemplares como moscas, baratas e formigas, que figuram entre os mais incômodos e detestados em ambientes domésticos (BIZZO, 2010). Referente à contaminação por microrganismos, verificou-se que 100% consideram a higiene pessoal e outros hábitos simples e cotidianos, bem como a higienização da casa e de outros ambientes que frequentam, cuidados com a água, com alimentos que consomem, são importantes para evitar a contaminação por microrganismos. Paiva (2011) afirma que a aquisição de hábitos de higiene pessoal é fundamental para o convívio, haja vista, que além de ser considerada essencial para o sucesso das relações interpessoais e apreciável à sociedade é importante para a manutenção saudável do corpo e dos ambientes. Quanto ao conhecimento de doenças que podem ser veiculadas por moscas, baratas e formigas, 60% dos alunos informaram que estes insetos transmitem doenças, que as conhecem e sabem como preveni-las, 30% disseram conhecer as doenças e não saber como prevenir, enquanto 10% informaram desconhecer a relação existente entre insetos e doenças, portanto possivelmente desconhecem modos de prevenção. Contudo, é unânime o reconhecimento da importância destas informações, visto que, esses insetos estão bastante adaptados aos ambientes urbanos e muitas vezes, convivem em suas residências de forma tão natural com estes insetos chegando a desconsiderá-los tão incômodos e mesmo desassociá-los a problemas de saúde (ALVES; MOINO JR; ALMEIDA, 1998). O crescimento do número de insetos como moscas, baratas, formigas e outros nos centros urbanos, resulta do crescimento desordenado e diferenças econômicas e problemas estruturais existentes no espaço urbano. Haja vista, a falta de políticas públicas voltadas a essa problemática dificulta os investimentos e projetos com objetivos direcionados a melhoria das condições desses ambientes. Desta forma, a proliferação de pragas e as doenças por elas causadas, incidem em regiões com falta estrutura e saneamento básico como esgotos a céu abertos. (PEREIRA et al, 2012). Sobre o perigo de contaminação por patógenos causadores de doenças que podem ser veiculadas pela presença de moscas, baratas e formigas dentro da escola e de suas próprias casas, 60% disseram ter consciência do perigo conseguindo associar a contaminação de algumas doenças à veiculação por esses insetos, enquanto 40% deles não fizeram esta associação, pois atribuem a veiculação de doenças como hepatite e diarreia apenas pela água contaminada.
  • 5. 5 Possivelmente há lacunas de conhecimento, pois nas respostas dos alunos sobre a contaminação por patógenos causadores de doenças que podem ser veiculados pelos insetos em questão, muitos remeteram suas respostas apenas a algumas doenças de veiculação hídrica. De acordo com Martins (2001), há dificuldades na obtenção de dados confiáveis sobre infecções, devido as infecções serem subnotificadas, no Brasil. Com isso, dificulta-se também a estimativa concreta das fontes de infecção, da transmissão do agente etiológico, e da susceptibilidade do paciente. Informações que seriam importantes para facilitar a identificação de insetos transmissores de doenças (PELCZAR JR; CHAN; KRIEG, 1996). A condução de novas estratégias de controle dessas pragas, pode ser realizada a partir de análises dos parasitas e interações mutualistas desses organismos com plantas ou insetos ou plantas (BRASIL, 2004). A sociedade, ao compreender que o ambiente humano cria todas as condições propícias ao crescimento das populações sinantrópicas, como a disponibilidade de alimento, abrigo, deve implementar estratégias de controle, devido suas populações aumentarem cada vez mais e por carrearem novas patologias, ressurgimento de antigas e aumento no número de agravos (ALVES; MOINO JR; ALMEIDA, 1998). Em relação à veiculação por insetos de Entamoeba coli; Staphylococcus aureus; Ascaris lumbricoides e outros microrganismos, 80% dos entrevistados acreditam que moscas, baratas e formigas, presentes em ambientes escolares, tais como: copa, refeitório, banheiros, sala de aula, por suas características específicas, são indicadores de doenças e oferecem perigo à saúde da população e, reconhecem que doenças causadas por esses parasitas poderiam ser evitadas se hábitos de higiene pessoal e do ambiente em que se vive, fossem realmente praticados. 80% acreditam que a presença de insetos nas dependências da escola indica perigo de contaminação por diversas doenças. A associação entre insetos e agentes patogênicos constitui perigo à saúde pública, pois parte dos microrganismos veiculados por estes insetos, podem apresentar multirresistência às drogas antimicrobianas (TANAKA; VIGGIANE; PERSON, 2007). A amebíase e a ascaridíase causadas, respectivamente, por protozoários e nematódeos, presentes na água contaminada, também podem ser veiculados por insetos. Muitas vezes este fato pode ser ignorado por envolver seres tão pequenos e adaptados ao convívio doméstico que podem ser considerados por leigos como inofensivos. Embora pequenos, são animais de distribuição ampla, e se encontram em praticamente todos os habitats, com exceção dos mares. A habilidade de voar e de captar oxigênio com perda mínima de água contribui para o grande sucesso adaptativo desses animais (BIZZO, 2010). Diante dos questionamentos quanto à utilização em seu dia a dia dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, 70% dos alunos afirmaram que aplicam em seu cotidiano, o aprendizado relacionado às profilaxias, pois já vivenciaram situações nas quais precisaram identificar sintomas de doenças em seus filhos, mesmo, não sabendo lidar de forma adequada. 30% informaram ter dificuldade em aplicá-las, por isso nem sempre utilizam essas informações. Com isso, é notória a importância da relação entre conhecimentos empírico e científico para facilitar o entendimento e promover sua aplicabilidade. Neste contexto, observou-se a importância dos estudos sobre doenças causadas por microrganismos veiculados pelos insetos citados, bem como sobre os agentes etiológicos, os modos de contaminação, os principais sintomas, as profilaxias e os modos de tratamento. Os pressupostos contidos na legislação referente ao ensino de jovens e adultos (EJA) descrevem a necessidade de se trabalhar o aproveitamento das vivências cotidianas dos indivíduos como forma de ilustrar os conteúdos curriculares exigidos a esta modalidade de ensino. Considerando que esta clientela possui grande carga de conhecimento prévio. Segundo Moreira (1999), ao educador cabe a responsabilidade em identificar o nível de experiência que seu aluno apresenta e a partir disso, deve encaminhar o ensino.
  • 6. 6 É relevante identificar a construção do conhecimento científico e tecnológico presente nas atividades diárias agindo como interventoras no estilo de vida da população, para melhoria de sua qualidade. É notório que o conhecimento adquirido sobre os aspectos relacionados à biologia de moscas, baratas e formigas que podem comprometer a saúde humana conduz à tomada de medidas preventivas mais eficazes. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino das ciências da natureza, é coerente a abordagem, principalmente, de três grandes blocos temáticos: ambiente; ser humano e saúde; recursos tecnológicos. Desta forma, referente ao que sugere o primeiro bloco, ressalta-se a importância do saneamento básico como profilaxia das doenças de veiculação hídrica e outras que apresentam insetos como vetores. No que concerne ao segundo bloco, destaca-se a higiene e o asseio corporal como condição obrigatória, pois a maioria das doenças em questão pode ser transmitida através da própria falta de cuidados higiênicos básicos. Já em relação ao terceiro bloco, enfatiza-se a coleta e o tratamento adequado do lixo urbano e doméstico, a fim de evitar o acúmulo que possivelmente atrairá tais insetos, colocando em risco a saúde da população (BRASIL, 1998). Pozo (1998) afirma que, a origem da formação dos conhecimentos prévios não tem relevância, pois para tornar a aprendizagem significativa, os alunos precisam relacionar a nova informação ao seu conhecimento prévio. Devem desenvolver a reflexão e justificar suas ideias, compará-las com as do grupo, descobrindo ideias diferentes e ter consciência delas. Para Freire (1991), valorizar o conhecimento que o educando traz deve ser o ponto de partida da aprendizagem, pois a sensibilização sobre a temática abordada relaciona-se com a valorização da higiene pessoal e dos ambientes frequentados pelos alunos. De acordo com Pereira et al (2012), o acúmulo de sujeira atrai moscas, baratas e formigas. Ao serem questionados sobre a presença desses insetos em suas residências, houve unanimidade ao afirmar que identificam sua presença e muitas vezes a ignoram, pois esses pequenos animais logo se escondem e deixam de incomodar. Ao responderem sobre sua reação a presença dos insetos, 40% disseram que sentem ojeriza ao vê-los, 40% que ficam assustados quando estes chegam perto de seus corpos e 10% disseram que são indiferentes a eles. Entre os insetos considerados na pesquisa, as baratas e as moscas apresentam maior rejeição. 80% dos alunos acreditam que baratas e moscas oferecem maior perigo, como grandes indicadores de ambiente com falta de higiene e veiculadores de microrganismos transmissores de doenças, enquanto 20% reconheceram que as formigas também oferecem os mesmos perigos e 90% afirmam descartar alimentos que seriam ingeridos logo que observam o contato destes com baratas, porém 10% dos alunos informaram que apenas retiram os insetos e consomem o alimento. As baratas são insetos de fácil adaptação ao espaço doméstico e podem conduzir microrganismos e ovos de parasitas causadores de doenças, embora muitos defendessem a teoria de que elas próprias não seriam transmissoras, como os mosquitos da dengue e da febre amarela, porém em suas patas existem milhões de microrganismos que podem contaminar alimentos e objetos pessoais e transmitir doenças graves, devido aos ambientes carregados de resíduos em que elas costumam circular. Brenner (1995) relaciona vários microrganismos patogênicos encontrados em baratas, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Mycobacterium leprae, Shigella dysenteriae, Staphylococcus aureus, Candida spp., Giardia sp. Poliomyelitis, Ascaris lumbricoides e diversos outros. Baratas podem transmitir hepatite A para ao homem, ocasionada pela ingestão de água, alimentos e objetos contaminados, o que comprometerá o fígado do indivíduo. Os principais sintomas desta doença são: febre, dores abdominais, náuseas e diarreia que podem perdurar por cerca de um mês. De acordo com Hahnstadt (1999), dependendo da condição física e genética de cada paciente, alguns doentes podem ficar com os olhos e a pele bem amarelada devido a disfunção do fígado. Em 99% dos casos há recuperação e cura.
  • 7. 7 Outra doença bastante frequente que pode estar associada a contaminação por baratas é a febre tifoide, causada pela Salmonella typhi. As baratas atuam como transportadores mecânicos de agentes patogênicos, que aderem ao seu corpo, especialmente nas cerdas de suas pernas (SERRA-FREIRE, 1999). Dos entrevistados, 80% afirmam descartar o alimento quando neles pousaram moscas. Estes insetos podem transmitir diversas doenças para os seres humanos. Fato relacionado ao seu hábito de colocar os ovos em locais inóspitos e depois pousar em alimentos que são deixados expostos e consumidos posteriormente, causando contaminação. Microrganismos causadores da meningite, diarreias, ovos de parasitos, vírus, ácaros da sarna e ovos da mosca do berne podem ser transmitidos por moscas (PAIVA, 2011). Segundo Linhares (1979) as moscas são de grande relevância, não apenas do ponto de vista puramente ecológico, mas também devido a sua importância médico-sanitária, pois determinado local pode ser avaliado, em relação a sua qualidade, pela presença de certas espécies e a sua abundância, caracterizando tais espécies como um indicador biológico. Por se criarem no esterco, em carcaças e no lixo que apodrece, o aumento nas populações de moscas são importantes indicadores de que esses resíduos necessitam de destinação adequada (PAIVA 2011). Para se prevenir contra as doenças transmitidas pelas moscas, aconselha-se manter alimentos protegidos e guardados em recipientes com tampa e não permitir atrativos permaneçam espalhados pelo ambiente, como restos de alimentos e fezes de animais. Uma das formas utilizadas para prevenir o aparecimento de moscas, em lugares onde os alimentos são preparados, é fazer uso de telas e redes de proteção, visto que elas podem atuar como vetores mecânicos de agentes etiológicos, tais como ovos de helmintos, cistos de protozoários, bactérias e vírus, além da possibilidade de suas larvas causarem infecções no homem e animais (MARICONI; GUIMARÃES, 1999). Seolin Dias (2008), afirma que as moscas das famílias Calliphoridae, Fanniidae, Muscidae e Sarcophagidae, estão entre as principais espécies relacionadas à transmissão de patógenos. Referente ao descarte de alimentos devido a identificação da presença de formigas, apenas 10% dos entrevistados relataram que descartam esses alimentos, o restante dos entrevistados informou que apenas retiram as formigas dos alimentos e os consomem. Os alunos que afirmaram não descartar os alimentos que estiveram em contato com formigas, justificaram que não poderiam fazê-lo por conta de baixas condições financeiras que apresentam. Porém ressalta-se que formigas são insetos sociais, que se adaptaram a diversos ambientes e normalmente são atraídas por alimentos, especialmente os adocicados. São muito ágeis e podem em um segundo percorrer três centímetros. Dessa forma, circulam por vários locais, transportando microrganismos patogênicos de ambientes contaminados para ambientes íntegros e constituem um perigo potencial à saúde pública, especialmente ao infestar ambientes hospitalares (TANAKA, VIGGIANI, PERSON, 2007; SÁ-CUNHA, 2013). A maioria das pessoas acredita que as formigas são apenas inconvenientes, mas, por serem espécies urbanas, podem ser carregadas por pessoas em suas vestimentas, sacolas e objetos, elas representam um grupo de insetos sociais e seu real meio de comunicação é de extrema complexidade. As formigas são atraídas por alimentos e comunicam-se por feromônios. Organizam-se para todas as tarefas, como para alimentação, defesa, acasalamento e no reconhecimento de trilhas. Schuller (2004) encontrou formigas compondo o grupo de pragas em unidades de alimentação e nutrição e constatou que as mesmas veiculavam patógenos. A estrutura social, possibilita às formigas o livre deslocamento das operárias entre as várias dependências de ambientes urbanos e a presença de bactérias patogênicas no tegumento de operárias qualifica este inseto como potencialmente importante na disseminação de doenças infectocontagiosas (PESQUERO et al, 2008; SÁ-CUNHA, 2013). É no trajeto do ninho até o local do alimento que a formiga podem se contaminar
  • 8. 8 com fungos ou bactérias e os distribuir, não só por onde passa, mas também dentro do ninho, onde mais insetos se contaminam e, posteriormente, tornam-se disseminadores (COSTA, 2006). Como medida de prevenção da infestação de formigas é importante manter o ambiente sempre limpo. É essencial manter os alimentos armazenados em recipientes fechados e evitar que resíduos desses alimentos se espalhem pela casa. Vedar frestas de pisos, azulejos e batentes de portas, assim como consertar falhas nas estruturas, como rachaduras nas paredes impede que esses locais sirvam de abrigo para as formigas (COSTA; TAKASHI; MOREIRA, 2002). Com relação às mudanças comportamentais após o aprimoramento dos conhecimentos referentes a biologia dos insetos (moscas, baratas e formigas), fornecidos em sala de aula durante o desenvolvimento da presente pesquisa, 100% dos alunos afirmaram que modificaram seu comportamento diante do perigo que estes insetos apresentam e que os cuidados foram redobrados, mostraram-se preocupados com a proliferação de moscas, baratas e formigas em sua escola, sugeriram mudanças de comportamento em relação ao acúmulo e ao destino adequado do lixo e, ainda, propõem um rigor maior na fiscalização para a manutenção da higiene em todos os setores da escola. Em conformidade com o exposto, foram unânimes, também, em afirmar que os conteúdos estudados na disciplina de Ciências são de grande relevância e tem contribuído para a melhoria de sua qualidade de vida. A partir da aquisição de novos conhecimentos, passam a valorizar a atitude preventiva e tornam-se multiplicadores de informações que, consequentemente, devem atingir toda a comunidade. “Aquilo que um aluno é capaz de aprender em um momento determinado depende, naturalmente, das suas características individuais, mas também e, sobretudo do tipo de ajuda pedagógica a ele proporcionada” (COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, 2004). Haja vista que, muitas vezes, não se percebe o sentido do que é ensinado e os alunos também não reconhecem a importância do que estão aprendendo. Numa época de incertezas, de perplexidades, de transição, essa significação deve ser construída e discutida em sala de aula. O processo ensino e aprendizagem deve ter sentido para o projeto de vida para que seja um processo verdadeiramente educativo (GADOTTI, 2000). CONSIDERAÇÕES FINAIS Insetos como moscas, baratas e formigas transportam agentes patogênicos aderidos a seus corpos quando passam por ambientes contaminados como o lixo ou excrementos despejados em destinos não adequados. Esta informação é familiar e facilmente pode ser associada ao desenvolvimento de doenças comuns na população carente. A facilidade de adaptação e a contribuição humana na criação de ambientes favoráveis ao desenvolvimento desses insetos têm facilitado seu processo de reprodução e o consequente aumento populacional. Com isso, o conhecimento sobre doenças que, de alguma forma, podem ser transmitidas por esses seres, é de grande relevância, pois servem como alerta para as pessoas da comunidade. Nesse contexto, a escola se apresenta como um espaço adequado para a discussão e a socialização desta temática. A valorização da higienização dos ambientes e de sua manutenção pode diminuir os índices de contaminação por essas doenças, pois, em ambientes limpos e arejados dificilmente moscas, baratas e formigas podem ser encontradas. Verificou-se que há relevância social em proporcionar informações à comunidade escolar, como aprender a identificar esses insetos, conhecer seu modo de contaminação, as doenças que podem ser por eles transmitidas, reconhecer os principais sintomas e conhecer modos de prevenção. Pois o reconhecimento dos perigos que esses insetos podem oferecer à população sensibiliza e age como alerta para que os envolvidos possam utilizar medidas profiláticas e compartilhar esse conhecimento na comunidade. Culminando na ênfase em redobrar os cuidados com a higiene pessoal, manutenção dos ambientes que frequentam, manutenção da
  • 9. 9 qualidade da água, dos alimentos, evitando contato com pragas urbanas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, S. B.; MOINO JR., A.; ALMEIDA. J. E. M. Produtos fitossanitários e entomopatógenos. In: ALVES, S. B. (Ed). Controle microbiano de insetos. Piracicaba: Fealq, 1998. Cap. 8. p. 217-238. BIZZO, N. A pesquisa em livros didáticos de ciências e as inovações no ensino. Educação em Foco (Belo Horizonte. 1996), v. 15, p. 13-35, 2010. BRASIL. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Manual de Microbiologia Clinica para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2004. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MECSEF, 1998. BRASIL, Resolução 466 de 12 de novembro de 2012. Diário Oficial da União nº12, Brasília, DF, 13 de junho de 2013 Seção I, p. 59. BRENNER, R. J. Economics and medical importance of German cockroaches. In: RUST, M. K.; OWENS, J. M.; REIERSON, D. A. (Ed). Understanding and controlling the German cockroach. New York: Oxford University Press, 1995. Cap. 4, p. 77-92. COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. Desenvolvimento Psicológico e Educação: psicologia da educação escolar. 2. ed. vol. 2. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. COSTA, C.;TAKAHASHI, M. R. F.; MOREIRA, T. Segurança alimentar e inclusão social: A escola na promoção da saúde infantil. São Paulo: Instituto Polis, 2002. COSTA, S. B.; PELLI, A.; CARVALHO, G. P.; OLIVEIRA, A. G.; SILVA, P. R.; TEIXEIRA, M. M.; MARTINS, E.; TERRA, A. P. S.; RESENDE, E. M.; OLIVEIRA, C. C. H. B.; MORAIS, C. A. Formigas como vetores mecânicos de microorganismos no Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba, v. 39, n. 6, p. 527- 529, nov./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v39n6/03.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2013. DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. Introdução: a disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed, 2006, p. 15-41. FREIRE, P. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1991. GADOTTI, M. Educação de jovens e adultos: problemas e perspectivas. In: GADOTTI, M.; ROMÃO J. E. (orgs.). Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000. HAHNSTADT, R. L. Alergia às baratas: um novo vilão entra em cena. Vetores e Pragas. v.2, n.4, p. 36-39, jan./fev./mar., 1999. LINHARES, A. X. Sinantropia de dípteros muscóides de Campinas. 1979. 129 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 1979. MARICONI, F. A. M.; GUIMARÃES, J. H., FILHO, E. B. A mosca doméstica e algumas outras moscas nocivas. Piracicaba: FEALQ, 1999. 135p. MARTINS, M. A. (Coord.). Manual de Infecção Hospitalar: epidemiologia, prevenção e controle. 2. ed. Belo Horizonte: Medsi, 2001.
  • 10. 10 MENDES, E. V. O cuidado nas condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da saúde na família. Brasília. Organização Pan Americana da saúde, 2012. MOREIRA, A. F., LOPES, A., MACEDO, E. Currículo e profissionalização docente: reflexões. Relatório da pesquisa Socialização Profissional de Professores. CNPq, Rio de Janeiro, 1999. 27 p. PAIVA, D. P. As moscas como indicadores biológicos da alteração ambiental. Disponível em: <http://www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/6 -Dora-moscas.pdf> . Acesso em: 22 mar. 2011. PELCZAR JR., J. M.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. Microbiologia: conceitos e aplicações. Vol. II. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1996. PENA, M. Pragas Urbanas. 2 ed. Porto Alegre. Sulina, 2010. PEREIRA, D. S., NOGUEIRA, N. O., OLIVEIRA CANDIDO, A., ALVES, P., QUEIROZ LEMES, E. Infestações de Simulium pertinax e suas relações com o desequilíbrio ambiental em Celina, Alegre-ES. Revista Trópica: Ciências Agrárias e Biológicas, v. 6, n. 2, 2012. Pereira, D. S., (2012). PESQUERO, M. A.; FILHO, J. E.; CARNEIRO, L. C.; FEITOSA, S. B.; OLIVEIRA, M. A. C.; QUINTANA, R. C.. Formigas em ambiente hospitalar e seu potencial como transmissoras de bactérias. Neotropical Entomology (online), v.37, n.4, 2008. POZO, J. I.. Teorias Cognitivas da Aprendizagem. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. SÁ-CUNHA, D. M. Diversidade de Formicidae em ambiente hospitalar público do município de Macapá-Amapá. 2013. 81f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2013. SCHULLER, L. Microorganismos patogênicos veiculados por formigas "andarilhas" em unidades de alimentação. 2004. 82f. Dissertação. (Mestrado em Saúde Pública) Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. SEOLIN DIAS, L. Biodiversidade moscas Calliphoridae e Muscidae no depósito de lixo urbano de Presidente Prudente, São Paulo. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal). Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, 2008. SERRA-FREIRE, N. M. Protozoários parasitos de baratas: mais um problema no controle da Periplaneta americana. Vetores & Pragas. v.2, n.5, p. 16-19. 1999. TANAKA, I. I.; VIGGIANE, A. M. F. S.; PERSON, O. C. Bactérias veiculadas por formigas em ambiente hospitalar. Arq Med ABC. v. 32, n. 2, p. 60-63. 2007. Disponível em: <http://www.bases.bireme.br>. Acesso em: 10 out. 2013. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1984. _____________________________________ 1-Antônio Marcos Costa da Silva 2-Charles Augusto Mendes Gomes, 3-Diene Bacelar da Costa, 4-Dayse Maria da Cunha Sá 1,2,3- Universidade Federal do Amapá- UNIFAP. Graduados em Ciências Biológicas. E-mail: antonio.amapa@hotmail.com; augustolife13@hotmail.com; diene.bacelar@hotmail.com 4-Universidade Federal do Amapá-UNIFAP. Bióloga. Mestre em Ciências da Saúde. Laboratório de Prática de Ensino. E-mail: daysemariacunha@hotmail.com