Sermão conversão dos olhos mãos e pés - atos 3 1-10 (sem texto)
Gaivota 162 março e abril de 2011
1. Ano 19 Março – Abril / 2011 nº162
PORTAS ABERTAS: ENTRE, CAMPANHA DOS TALENTOS
CANTE, OUÇA E ORE!
VERSÃO 2011
A primeira fase da Campanha dos Talentos tem início
no dia 19 de março, sob a responsabilidade das seguintes
sócias: Ana Tereza Ribeiro G. Fernabdes e Ivone Oliveira
Tavernard. A devocional enfatizará os dons, com foco no
tema “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”.
O lançamento ocorrerá no contexto da reunião mensal
da SMM. Participe ativamente desta campanha e ajude
a SMM levar adiante a concretização de seus objetivos.
O ciclo pascal, que compreende a Quaresma, Sema-
na Santa, período da Páscoa e Pentecostes, inicia-se, este
ano, no dia 13 de março e se prolonga até 5 de junho.
Na Quaresma, ou seja, durante os 40 dias que antecedem
a Semana Santa, o maior período litúrgico, a Catedral
Metodista de Piracicaba manterá as suas “Portas Abertas”,
das 7 às 8 horas, às quintas-feiras (dias 17, 24, 31 de mar-
ço e 7, 14 e 21 de abril, para momentos de adoração, con- VEM AÍ O CHÁ DE OUTONO
trição, edificação e oração. O pastor Paulo Dias Nogueira
A SMM promove, no dia 16 de abril, um Chá Bene-
liderará, juntamente com os membros do Ministério da
ficente para angariar fundos visando à concretização do
Liturgia, estas reuniões tão importantes no calendário li-
Bazar de Natal. Essa arrecadação será empregada na com-
túrgico cristão. Compareçam a este encontro que abre o
pra de peças idealizadas e confeccionadas pelas mulheres
calendário da Igreja.
talentosas da SMM, sob a liderança de Inayá Ometto,
Rachel Munhoz dos Santos Diehl, Zenaide Pereira Rebe-
10 DE ABRIL: DIA DO PASTOR que, Maria José Martins e equipe da cozinha comandadas
A Igreja tem celebrado com muita alegria o “Dia do por Zenaide Rebeque. Participe dando sua colaboração a
Pastor”, agendado, no corrente ano, para o dia 10 de essa importante atividade.
abril. Nessa oportunidade, durante os cultos matutinos
e vespertinos, reserva-se um espaço para manifestações de
carinho e gratidão pela vida e obra do pastor titular Rev.
Paulo Dias Nogueira, dos coadjutores Rev. Luís de Souza
Cardoso e Rev. Jesus Tavernard Júnior, bem como dos
demais pastores aposentados que a frequentam, princi-
palmente, aqueles que estiveram na liderança da mesma
no passado.
DARLENE: DEZ MESES NA ALEMANHA
Nossa irmã e colaboradora da Gaivota Darlene está de viagem marcada para a Alemanha, onde ficará durante 10 me-
ses estudando e acompanhando parte de sua família. Felizmente a tecnologia da comunicação não nos deixará distantes.
Ao contrário, vamos todas ganhar com suas experiências. Boa viagem, que Deus a abençoe. Sua falta será sentida.
2. 2 GAIVOTA • Março/Abril • 2011
“Quantos pães Corpo Editorial
temos à mão?”
Inayá Ometto
O Dia Mun-
dial de Oração foi
comemorado na Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer
tarde de 4 de mar-
ço, no templo da
Expediente
Catedral, com a
GAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da
presença de apro- Catedral Metodista de Piracicaba.
ximadamente 60
Redatora:
pessoas de várias Vera Baggio Alvim
igrejas e denomi- Corpo Editorial:
nações de nossa Clóris Alessi
cidade, e também Darlene Barbosa Schützer
Inayá Ometto
por milhares de Wilma Baggio Câmara da Silva
Leonor Gorlart e Revda outras ao redor do Secretária:
Romilde San’Anna mundo. Wilma Baggio Câmara da Silva
O programa des- cecams@gmail.com
Produção e Impressão:
te ano foi elaborado pelas mulheres do Chile sob o Printfit Soluções - www.printfit.com.br
tema: “Quantos pães temos?” Marcel Yamauti - Diagramação
Depois da apresentação das igrejas presentes, Fotos:
entoamos cânticos, oramos e soubemos um pouco Rev. Paulo Dias Nogueira
da história dos chilenos. A mensagem ficou a cargo Distribuição:
Sílvia Novaes Rolim
do pastor Rev. Paulo Dias Nogueira, baseada no
Jornalista Responsável:
texto de Iº Reis 17:1-6, que fala da visita de Elias à Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP
viúva de Sarepta. O profeta chega e pede o que co-
mer. A mulher tem somente um pouco de farinha Diretoria da SMM
e azeite, mas faz o pão, o último pedaço, para Elias,
mesmo sabendo que iria faltar para ela e o filho no
dia seguinte. Com este gesto um milagre acontece
– houve fartura para sempre naquela casa.
E nós? Qual lógica vamos seguir? Quantos pães
temos à mão? O que eu vou fazer com eles? Comer
sozinho?
Terminado o momento do culto confraterni-
Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera
zamo-nos com um chá quentinho diante de uma
mesa repleta de pães. Presidente:
Vera Baggio Alvim
Deus esteve presente ali naquela tarde. Vices:
Inayá T. Veiga Ometto
Priscila Barroso Segabinazzi
Secretária de ata:
Clóris Alessi
Sec. Correpondentes:
Rosália T. Veiga Ometto
Wilma Baggio Câmara da Silva
Tesoureira:
Sílvia Novaes Rolim
Agente da Voz Missionária:
Cinira Cirillo Cesar
3. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 3
Encontros do Cristo ressurreto
Lucas 24.13-35
Eu gosto da forma como os evangelhos apresentam 3. Conhecimento não gera vida - Eles sabem
os encontros do Cristo ressurreto com os seus discípulos. tudo sobre Jesus, fazem um resumo perfeito dos acon-
Estes encontros acontecem em meio à desesperança, tris- tecimentos, criticam o forasteiro que manifesta falta
teza, vazio e falta de sentido dos discípulos. Quando Je- de conhecimento do que ocorrera em Jerusalém. Po-
sus aparece aos seus discípulos encontra as situações mais rém, se detêm na morte. Demonstram conhecimento
variadas: a ausência de Tomé, os discípulos voltando à exterior: o elemento histórico, mas não atingem a fé
atividade de pesca, as mulheres chorando e procurando porque não acreditam na sua ressurreição. O resulta-
seu corpo. O episódio dos discípulos de no caminho de do deste conhecimento incompleto é a tristeza. Sem a
Emaús reforça esta visão. fé na ressurreição as derrotas permanecem derrotas, a
vida termina com a morte e esta é somente uma tra-
1. Jerusalém e Emaús (contraste entre fé e deses- gédia sem sentido. Será que caminhamos com olhos e
perança). Jerusalém foi o lugar do testemunho de Jesus ouvidos fechados aos fatos? A desesperança nos impe-
(morte). De lá, animados pelo Espírito os discípulos sai- de de captar a ação de Deus nos acontecimentos re-
rão para o testemunho. Sair de Jerusalém sem crer que centes. Percebemos os fatos, mas não os discernimos.
lá é o lugar da vitória do Senhor é caminhar sem rumo
e sem sentido. Emaús é sinônimo da cegueira, da não Elementos que suscitam a fé
compreensão do evento da Páscoa. Ir a Emaús não é so-
mente ir para casa, mas abandonar o projeto de Deus. Palavra - o primeiro elemento que suscita fé na
Estes dois discípulos retornam aos seus afazeres comuns, ressurreição é a Bíblia. Jesus lhes explica as Escritu-
depois da decepção com a morte de Jesus. Iam conver- ras. É a palavra de Deus que desvenda o mistério. Pela
sando sobre os acontecimentos recentes da morte de Je- Palavra, Jesus entra em nossa caminhada e com sua
sus, mas os dois caminhantes preferiram caminhar sozi- Palavra vai nos mostrando o sentido e o rumo dos
nhos e abandonaram a comunidade. Diante dos dramas acontecimentos.
da vida, muitos abandonam a comunidade e recusam as Comunhão - cativados pela Palavra, os discípulos
respostas que procedem da fé, que podem dar um sen- convidam Jesus para que seja hóspede deles: “Fica co-
tido à vida. nosco, pois já é tarde e a noite vem chegando”. Este é
o apelo da comunidade cristã. Quem Este deve ser o
O desespero e a tristeza impede o reconhecimento nosso convite constante, independente da noite ou do
de Jesus. Enquanto eles caminham, Jesus se aproxima dia: Fica conosco, Senhor!
deles e conversa com eles. Jesus pergunta qual o moti- Partir do pão - a Palavra esquenta nosso coração,
vo do desânimo, que assunto traz tanta tristeza aos seus mas só vemos e reconhecemos Jesus quando partimos
semblantes. Os dois discípulos estão tristes: viram cair o pão. O pão partido e repartido é o sinal mais claro
por terra todos os seus planos. Aguardavam um Messias da entrega da vida, fonte de partilha, de justiça e de
glorioso, um rei poderoso, um vencedor e se encontra- fraternidade. Este é o momento decisivo porque os
ram diante de um derrotado. Os rabinos ensinavam que olhos dos discípulos se abrem e eles reconhecem Jesus.
o Messias deveria viver mil anos, Porém, Jesus morreu
e todas as esperanças desmoronaram. Eles conversam, A Palavra de Deus, a comunhão e a partilha mu-
mas não reconhecem Jesus. O sofrimento não deixa re- daram a orientação de vida daqueles dois discípulos.
conhecer o Mestre. Lucas menciona o nome de um dos Eles voltam a Jerusalém para compartilhar o encontro
discípulos, Cleopas, mas deixa de mencionar o nome com o Senhor. Eles mudaram de rumo, a ressurreição
do outro discípulo, talvez, ele queira que interpretemos provocou mudança e transformação. Que o Cristo
como um espaço vazio, no qual cada um é chamado a vivo e ressurreto nos encontre em nosso caminhar e
inserir seu próprio nome. que sua presença provoque mudança e fé.
Pra. Amélia Tavares
Redatora da Voz Missionária
4. 4 GAIVOTA • Março/Abril • 2011
O Senhor não me faltará
Salmo 23, 1
O Senhor é o meu pastor, nada me faltará
moradores da região serrana fluminense sabem muito
bem disso. De um minuto para outro tudo se desfez,
desmoronou-se. Não só a geografia do lugar, mas a vida
mesma alterou seu formato e curso original.
De igual maneira nossa religiosidade. A fé oscila en-
tre a esperança e o medo. Entre a espera e a agonia.
Entre a presença e a ausência. Entre o céu e o infer-
no. Entre o paraíso e paisagens devastadas. Toda perda,
ainda que temporária, nos deixa sem chão, sem pátria,
vincando nosso corpo com cicatrizes.
Retorno ao cais de onde partiu a inspiração do po-
eta. O sofrimento, a privação e a morte. E surpreen-
do-me com sua afirmação: ...nada me faltará. Para ser
sincero soa estranhamente aos meus ouvidos. Passa a
sensação de completude. Transmite a ideia de uma vida
supramundana, sem males e infortúnios. Basta lançar
os olhos para fora do texto bíblico e dar de cara com
a presença do vazio e do absurdo. Sempre nos faltará
alguma coisa ou alguém, porque a vivência humana é
território em que se dá a experiência da carência, da
J
insatisfação, da incompletude.
á me deparei e ainda me deparo com mui- Deus, ao contrário, não sofre nem padece nenhuma
tas colheitas infrutíferas, infelizes. Pessoas privação. Nada falta em Deus e para Deus. A carência
que tinham tudo e de repente, numa fra- não condiz com o atributo da perfeição. Ele não conhe-
ção de segundo, tudo virou poeira, cinzas, ce o sabor amargo do fracasso, dos sonhos partidos, dos
fumaça. amores rompidos, da irrealização. Nada lhe falta porque
Ponho-me a escutar mais atentamente a poética do Deus tem tudo, Ele pode tudo. E nós não podemos,
salmista. O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. O que nunca teremos, porque a carência é atestado probatório
tem ela a me dizer? O que é que não falta quando tudo de nossa limitação. Se pudéssemos tudo, se tivéssemos
promete faltar? O que é que me preenche e me sustenta tudo, se nada nos faltasse seríamos Deus. E não o somos.
quando vivencio a experiência do horror e da ausência? Eis porque o sentimento de estranhamento àquela
“Nada está no seu lugar”, é o refrão de Maistre no versão. A experiência nos ensina a desconfiar sempre.
século 19. O espírito humano, ao levantar-se, se depara Não temos pele de rinoceronte. Não somos invencíveis.
com a desordem, com a injustiça e com a confusão no Não possuímos blindagem que nos proteja contra as ra-
mundo. O que era para estar no seu devido lugar - a or- jadas disparadas pelos inimigos. Os apetrechos com os
dem, a bem-aventurança, a harmonia - não está mais. Os
5. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 5
quais lutamos nossa batalha cotidiana são mais singelos. meu pastor, não me faltará. É o sentido mais exato e fiel
Nossa armadura é nossa humanidade. É pueril, sem re- ao texto hebraico, a que pôde chegar minha parca tra-
vestimento de aço, é capa plástica que se esfacela sutil- dução. Muda-se, com isso, o horizonte da narrativa. É
mente. o Pastor na poesia hebraica, que promete não nos faltar.
Por isso sofremos. E perdemos. Há sempre um dor O texto não indica a ausência de conflitos, de pertur-
sendo gestada no útero do mundo. Há sempre alguém bações, de privações; pois a vida, como constata o sal-
sofrendo quando escrevo essas palavras. A vida veio mista, poderá atravessar o vale das lágrimas e da morte.
acrescida com certa dose de sofrimento da qual não po- Os gemidos e soluços estão todos aí, esparramados em
demos escapar. Uns sofrem mais; outros menos, mas a cada canto do mundo. Ninguém está imune a eles. No
verdade é que todos sofrem. O humano é ser que viven- mundo passaremos por dificuldades e aflições. Com âni-
cia na pele a falta, a lacuna, a frustração. Sempre faltará mo, fé e disposição haveremos de suplantá-los. O texto
plenitude em nossa vida, embora deva ser buscada como também não aponta para uma vida nababesca, próspera,
meta final. Isso não é prognóstico. É diagnóstico. As per- isenta de males econômicos e sociais.
das, as faltas, nos ameaçam de frente e nos fazem sofrer. Em meio às tragédias diárias, o Senhor não abando-
Perder é exercício do- nará nossa causa a pró-
loroso de desprender-se. pria sorte. É disso de que
Por isso que perder é algo “SEMPRE NOS FALTARÁ AL- trata a poesia. O pastor
difícil e terrível. Porque GUMA COISA OU ALGUÉM, de nossas almas não per-
ninguém quer perder mitirá que nosso barco
nunca, somente multipli- PORQUE A VIVÊNCIA HUMA- navegue à deriva. O Se-
car os ganhos e as posses.
NA É TERRITÓRIO EM QUE SE nhor não se ausentará de
Com a perda, sempre fica suas ovelhas em meio aos
para trás aquilo que mais DÁ A EXPERIÊNCIA DA CA- escombros e desmorona-
amamos, o que mais nos mentos. A poesia é tanto
apegamos. Estar de luto,
RÊNCIA, DA INSATISFAÇÃO, mais humana e recon-
escreveu Comte-Spon- DA INCOMPLETUDE.” fortante quanto menos
ville, “é estar sofrendo. triunfalista e hedonista
E que sofrimento maior ela é. Nossa força proce-
que a dor da perda de um ente querido?” Nunca esque- de do alto (do Deus-Pastor); de baixo (dos irmãos e da
cerei o sofrimento de minha tia Irene ao saber da morte igreja); de todos os lados (dos amigos e parentes). É isso
do seu filho. Uma dor cortante, feito navalha afiada, que que esperamos que nunca nos falte quando as fraturas da
rasga a carne tão profundamente que nenhum cirurgião alma estiverem expostas.
é capaz de estancar o sangramento. Desde então seu co- Uma coisa é certa na poesia. O Senhor não me faltará
ração parou de bater. Ela perdeu o brilho, o entusiasmo, quando tudo ficar escasso. O pastor apascentará sempre
a vontade de viver. Ela também morreu com a morte seu rebanho. Com Ele ao nosso lado, poderemos fazer
de seu filho. Ainda com Comte-Sponville, “há luto cada a travessia do vale sombrio a pastos verdejantes. Quan-
vez que há perda, recusa, frustração. Portanto, há luto do cessar a privação, teremos comida e bebida fartas. E
sempre.” Porque a cada dia lidamos com debilidades e aprenderemos a sorrir novamente. A arte de sorrir, cada
decepções. vez que a vida nos priva de algo, cada vez que o mundo
Embarco mais uma vez no vagão do salmista. O que nos diz Não.
é que não nos falta quando tudo – ou quase tudo – ame-
Rev. Tavernard Junior
aça nos faltar? O Deus-Pastor das Escrituras. Adonai é
Pastor coadjutor da Catedral
6. 6 GAIVOTA • Março/Abril • 2011
PLANO DE AÇÃO/2011 COM
NOVA METODOLOGIA
Clóris Alessi
Acolhedora como sempre, a Chácara de Inayá Ometto foi, zado!
mais uma vez, o local escolhido para a reunião de planeja- Restava-nos buscar a sustentação teológica para as ativida-
mento das atividades da SMM para corrente ano. A novidade des da SMM, que foi pesquisada no livro de Christian Schar-
foi o emprego de nova metodologia, orientada pelo Rev. Pau- sz – fundador e presidente do Instituto de Desenvolvimento
lo Dias Nogueira, que tem sido usada também para a elabora- Natural da Igreja –, onde foi encontrada a fundamentação
ção dos planos dos demais Ministérios da Catedral, conforme para cada item do Plano de Ação da SMM, aproximadamente
orientação aprovada nas reuniões preparatórias da CLAM. vinte e cinco atividades!
Anteriormente, pelo menos por dez anos, trabalhou-se na De acordo com o pastor, citando Scharsz, no “Mensageiro
elaboração nº. 369 (bo-
de um ca- letim sema-
lendário de nal da Igreja),
atividades, esse autor
que, agora, afirma que,
num salto após realizar
de quali- pesquisa em
dade, foi mais de 100
transfor- mil Igrejas
mado num de 32 países
plano de diferentes,
ação, cujas nos cinco
premis- continentes,
sas serão o na busca das
“crescimen- causas do
to qualita- crescimento
tivo, quan- das igrejas no
titativo e Pastor fazendo sua mensagem mundo, che-
orgânico” de nossa Igreja. gou-se a oito marcas de qua-
O caminho para se lidade das igrejas que
chegar a esse nível de crescem. Segundo ele,
entendimento foi per- se essas marcas forem
corrido com atenção, colocadas em prática
disposição, interesse e na caminhada da Igre-
muita coragem. Um ja, redundarão em cres-
excelente resultado foi cimento quantitativo e
alcançado, graças à qualitativo. Conheçam
orientação segura do essas marcas: 1. lide-
Rev. Paulo. Conversa- rança capacitadora; 2.
mos, discutimos, às ve- ministérios orientados
zes discordamos, mas, pelos dons; 3. espiritu-
com muita alegria com alidade contagiante; 4.
a graça de Deus, acha- estruturas funcionais;
mos que já havíamos Katia, Presidente da Federação 5. culto inspirador; 6.
atingido o objetivo. Respiramos fundo e pensamos: missão evangelização orientada para as necessidades; 7. grupos fami-
cumprida! Ledo engano. O trabalho ainda não estava finali- liares; 8. relacionamentos marcados pelo amor fraternal.
7. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 7
Pastor Presidente da Federação, Diretoria e Assessores
Foi possível chegarmos à sustentação teológica referida, ao SSMMMM, da 5º Região –, que esteve o tempo todo conos-
colocarmos em cada atividade a fundamentação cabível e que co. Ela trouxe uma reflexão, baseada no Evangelho de Lucas,
se fazia necessária. Por exemplo: no item “Lar Betel – visita capítulo 5, versículo 19; foram momentos que nos proporcio-
e culto, a se realizar no dia 5 de maio, acompanhado sempre naram muita espiritualidade. Foi um grande prazer ouvi-la e
de presentes aos internos/as, escolhemos os seguintes temas: revê-la.
espiritualidade contagiante; relacionamentos marcados pelo
Então, missão cumprida, um café delicioso estava à espera,
amor fraternal; evangelização orientada para as necessidades.
no qual se destacavam as sobremesas, especialmente ofereci-
Depois do almoço, retornou-se à reunião, com os relató- das pela Inayá, que encheu os olhos de todos.
rios falados e escritos das atividades desenvolvidas no ano an-
Só restou agradecer a presença das participantes, que de-
terior pelas suas responsáveis, que serviram para informação
dicaram um dia inteiro a essa atividade, o carinho e atenção
e avaliação.
dispensados pela anfitriã. De lá já saímos com saudades, mas
Houve, então, oportunidade, para destacar a presença renovadas na disposição de servir na missão.
de Kátia Regina S. R. Torres – presidente da Federação das
Grupo almoçando Na sobremesa
8. 8 GAIVOTA • Março/Abril • 2011
MEMÓRIAS
S. M. J. - SOCIEDADE METODISTA DE JOVENS
Gustavo Jacques Dias Alvim
Já tive oportunidade de escrever nesse espaço sobre combater os vícios, manter cursos de alfabetização, bem
as atividades da Sociedade de Jovens da hoje Catedral, como promover estudos sobre os movimentos sociais
na década dos anos 50. Neste artigo, voltarei no tempo hodiernos”.
para contar detalhes dessa associação, cuja possibilida- O Departamento de Missões e Evangelização tinha
de de existência hoje está prevista nos Cânones, porém como fins: “despertar interesse dos sócios no trabalho
com base em estatuto daquela época e ajuda da minha missionário, organizar classes de estudos sobre missões,
memória. Seus fins eram e continuam sendo o cultivo promover campanhas de evangelização e visitação, bem
de experiências cristãs nos domínios da piedade, da fra- como realizar cultos de pregação ao ar livre e onde mais
ternidade e do evangelismo, e em trabalhos sociais, lite- conviesse’.
rários e recreativos. Ao Departamento de Recreação Desportos competia
O lema da S.M.J. era e é, até hoje, “Tudo por Cris- “promover reuniões sociais, convescotes, excursões, fes-
to”; seu símbolo: a violeta; as cores: branco e ouro; e tas, jogos de salão e representações teatrais, bem como a
o distintivo a “Cruz de Malta”. O versículo ou mote, prática do desporto”.
desde então, permanece o mesmo: “Ensina-nos a contar A S. M. J., da então Igreja Metodista Central de Pi-
os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações racicaba, realizava diversas atividades: devocionais domi-
sábios” (Salmo 90:12). nicais (cada domingo um departamento era incumbido
Em Piracicaba, a sociedade era composta por um gru- de fazê-lo), antes dos cultos vespertinos. Nas tardes do
po de jovens muito ativos, que chegou a superar o nú- domingo, semeava escolas dominicais em bairros (as
mero de 150 associados, a maioria assídua e participante. igrejas da Paulista e da Betânia são frutos desse traba-
Além da diretoria administrativa, havia os superin- lho). Fazia campanhas para atender os necessitados, en-
tendentes de departamentos. As atividades eram diver- fermos e enlutados Aos sábados, promovia sociais, com
sificadas e intensas, realizadas pelos seus departamentos teatro, esquetes, shows, brincadeiras de salão. As equipes
de Cultivo Espiritual; Literatura; Missões e Evangeliza- de voleibol, basquetebol, futebol de salão e de campo,
ção; Recreação e Desportos. Os sócios ativos (de 17 a 30 pingue-pongue, disputavam, sem fazer feio, os campeo-
anos) — havia também os auxiliares — eram distribuí- natos e torneios da cidade. Duas vezes ao ano, ocorriam
dos pelos departamentos. os acampamentos na praia de Bertioga. Mensalmen-
Ao Departamento de Cultivo Espiritual competia: te, circulava o famoso jornalzinho “O Avante”. Havia
“estimular atividades religiosas tais como cursos de efici- presença marcante dos jovens nos congressos regionais
ência espiritual, estudos bíblicos e doutrinários, retiros e e gerais. Na verdade, a igreja era tudo para aquela ju-
reuniões de oração”. ventude. O grupo de jovens estava sempre reunido nos
Ao Departamento de Literatura cabia “promover a templos, nas quadras, nas casas, nas ruas e nos jardins. Ia
difusão da revista “Cruz de Malta”, estudos dos Cânones me esquecendo: havia algo também muito agradável: as
da Igreja, preleções, reuniões literárias e artísticas, bem confraternizações com outras Sociedades Metodistas de
como a circulação dos livros e publicações da Igreja”. Jovens de cidades vizinhas ou longínquas levadas a efeito
O Departamento de Ação Social se responsabilizava com certa freqüência, mas, sobre isso vou escrever no
por “visitar os enfermos, dar assistência aos necessitados, próximo número da Gaivota.
9. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 9
Perguntas sobre as dores deste mundo
Darlene Barbosa Schützer
Toda gente se emocionou com as cenas da tragédia.
Como conformar-se com as perdas, o choro, o olhar perdido?
Toda gente soube dos motivos e das providências.
Como condescender com a ganância, a falta de planejamento,
o desvio de recursos?
Toda gente contribuiu.
Como garantir que a ajuda chegue a quem precisa?
Toda gente vai se esquecendo.
Como transformar a comoção e solidariedade imediatas em mobilização
permanente que exija ações eficazes e responsáveis na ocupação do solo?
Governos do mundo inteiro assinaram no Rio de Janeiro, em 1992, a
Carta da Terra, indicando a necessidade de conciliar o desenvolvimento
sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
Há mais de duas décadas o Conselho Mundial de Igrejas lançou o
programa “Justiça, Paz e Integridade da Criação”.
E você? E eu? E a Catedral Metodista de Piracicaba? E a Igreja Metodista
no Brasil? E os cristãos e cristãs ao redor do mundo?
Foi no início de 2006 que ouvi pela primeira vez o cântico “Pelas dores
deste mundo”, de Rodolfo Gaede Neto, e desde então ele me acompanha
nesses momentos de lamento e clamor.
Que seja nossa oração!
Que nos inspire à ação!!!
Pelas dores deste mundo, ó Senhor
imploramos piedade.
A um só corpo geme a criação.
Teus ouvidos se inclinem ao clamor
desta gente oprimida.
Apressa-te com tua salvação!
A tua paz, bendita e irmanada co’a justiça
abrace o mundo inteiro. Tem compaixão!
O teu poder sustente o testemunho do teu povo!
Teu reino venha a nós, Kyrie eleison!
10. 10 GAIVOTA • Março/Abril • 2011
Somos Todos Pastores
Lucas 2.8 João 21.15-17
PASTORES, GUARDEM SEUS REBANHOS DURANTE A NOITE, PARA QUE NADA
ACONTEÇA A ELES!
No salmo 23 Davi exclama que Deus é o pastor que cuida das suas ovelhas.
É interessante notar que Lucas é o único evangelista pastora daqueles que estão ao nosso redor. Como disse
que relata o pastoreio no episódio do nascimento de Je- Israel Belo, precisamos guardar as pessoas que Deus co-
sus Cristo. Os pastores guardavam (vigiavam) seus reba- loca em nosso caminho e que precisam de nós, ou seja,
nhos durante a noite, com certeza para que nada aconte- nossos filhos, nossos pais, nosso cônjuge, nossos amigos
cesse com as ovelhas. Podemos encontrar nos evangelhos e todos aqueles que de nós aproximam. Assim como so-
outras referências sobre como cuidar do rebanho, uma mos guardados, guardemos. Vigiemos nossos amigos e
delas está em João 21, em que é mostrado o cuidado parentes, ficando ao lado deles nos momentos de festa e
que se deve ter com as ovelhas, e outra na A Parábola do alegria, mas também nos da depressão.
samaritano (Lucas 10.30-37) . Vigiar é orar para que Deus cuide dele(s), é valorizar
O pastor Israel suas diferenças em
Belo, ao fazer uma relação a nós, é er-
reflexão sobre esse guer o outro quando
assunto, indagou o ele cair, enfim é pas-
seguinte: “E nós, o torear. E essa não é
que guardamos?” E uma tarefa somente
ele mesmo respon- para pastores, todos
deu: “Precisamos nós podemos sê-lo
guardar a Palavra se ouvirmos a Pala-
de Deus dentro do vra de Deus, que nos
nosso coração, para pede para guardar as
que dele saiam sen- pessoas.
timentos, pensa- O salmo 23 é
mentos e gestos que um belo exemplo
‘denunciem’ que a de pastoreio: “O Se-
Palavra de Deus está ali. Quando guardamos a Palavra, nhor é meu pastor e nada me faltará.” Será que temos
recebemos orientação segura para a nossa vida. Guardar essa confiança, em especial nos momentos de tribulação?
a Palavra de Deus é nos guardar de uma vida superficial, Se não a temos é porque somos humanos, então pode-
de uma vida sem projeto, de uma vida movida a even- mos pedir a Deus que nos dê essa confiança. Que Deus
tos.” nos ajude no pastoreio dos nossos irmãos e de todos que
É importante sabermos de quem somos pastores. O precisam de nós.
que nos pede o Senhor? Certamente, o mesmo que pe- Que nunca cheguemos à situação de Caim quando
diu aos discípulos: “Apascenta as minhas ovelhas”. disse: “Por ventura sou guardador de meu irmão?” Ele
Geralmente pensamos que pastores são somente não assumiu seu papel de guardador de Abel, entretanto
aqueles que estudaram numa faculdade de teologia ou nós podemos ser o de nossos irmãos. Que Deus nos aju-
num seminário, entretanto o pastoreio não pode ser de nessa tarefa, a qual nada mais é do que o exercício do
privativo daqueles que se prepararam numa instituição amor que Cristo nos ensinou.
voltada para esse objetivo. Cada um de nós é pastor ou
Rinalva C. Silva
11. GAIVOTA • Março/Abril • 2011 11
Umas e Outras
Inayá Ometto
A revitalização dos ministérios locais está no ca-
minho certo. Todos têm se empenhado com
U m dos destaques na reunião do planejamento
anual foi a presença de duas queridas assesso-
ras: Mirce Lavoura e Sarah D.T. Veiga, as “decanas” da
dedicação às tarefas propostas. Destacamos, nesta
SMM da Catedral. Estas baluartes de nossa sociedade
oportunidade, o ministério da liturgia, que semanal-
dão exemplos de vida e nos incentivam a seguir sempre
mente se reúne para elaborar com amor e carinho o
em frente.
programa dos cultos. A todos os dedicados compo-
nentes nosso reconhecimento pelo primoroso trabalho
que tem sido realizado.
W ilma Robert, missionária americana, tra-
balhou no Rio Grande do Sul e depois foi
Secretária Executiva do Conselho Geral da Igreja Me-
todista, em São Paulo. Foi também, Secretária Geral
da Junta de Ministérios Globais, em Nova York por 7
anos. Esteve em visita ao Centro Cultural “Marta Wat-
ts” e a Universidade Metodista de Piracicaba. A sócia
Clóris Alessi representou a S.M. M junto na comissão
de recepção. Na ocasião, entregou-lhe sugestivo cartão
A
de boas vindas em nome da Sociedade de Mulheres da campanha do sorvete, idealizada e promovida
Catedral. pelo Ministério da Administração, foi coroada
de êxito. Sob a coordenação de Ana Maria O. Rossi,
O nosso editor, Gusta-
vo Alvim, assumiu
a vice-reitoria da Unimep por
tudo transcorreu como o previsto. Cumprimentamos
essa irmã por sua dedicação, empenho e competência.
indicação do reitor Dr. Clovis
Pinto de Castro. A posse solene
e pública ocorre no dia 16 de
março, às 19 horas, no Teatro Q uem também pres-
tigiou com sua
presença, foi a Presidente da
da universidade. Desejamos ao
Gustavo uma excelente gestão e Federação Kátia Torres, que
que Deus o acompanhe e guar- nos trouxe palavras de incen-
de nessa caminhada. tivo para o trabalho que será
realizado neste ano.
N osso querido pastor Paulo sempre nos brin-
C
da com inspiradores sermões, entretanto, no om a licença saúde da Paula, nossa secretária,
culto vespertino do dia 27 de fevereiro ele se superou. quem esta a frente dos trabalhos é a multiface-
Baseado no texto de Isaías 49:14-15, discorreu sobre o tada Priscila Segabinazzi, que com dedicação, doação
cuidado que Deus tem por nós, sem nunca nos desam- e competência tem dado conta da função com louvor.
parar. Ao final, oramos em pequenos grupos, entoan- Parabéns Priscila! Que Deus a abençoe sempre!
do, a seguir, o hino “Deus cuidará de ti”. Tocante!
Que Deus o abençoe, amado pastor!
12. 12 GAIVOTA • Março/Abril • 2011
E você, o que diz da Páscoa?
Montagem de Darlene Schutzer
Passagem da indiferença para o amor
Tempo de crer, compreender, solidarizar-se,
Agora o que mais importa
escutar, olhar com amor, estender a mão,
é renascer na esperança.
caminhar juntos, com esperança.
É renascer,
é renascer na esperança.
Por isso, se alguém bater na sua porta,
abra seu coração!
Jaci Maraschin
Jorge Rioja
O que começa em cinzas
termina em ressurreição e esperanças,
sonhos novos de plenitude e abundância.
Páscoa é a certeza de que a morte está ven-
cida, a solidariedade vence o lucro,
a doçura vence o amargor, a alegria vence a
tristeza, o amor vence a solidão, Ovos da Páscoa
o descanso vence a correria.
O ovo não cabe em si,
túrgido de promessa,
a natureza morta palpitante,
branco tão frágil
guarda um sol ocluso,
o que vai viver,
Noites que se transformam em manhãs, espera
Invernos que se tornam primaveras,
Adélia Prado
Velhices que retornam às infâncias,
Lagartas que viram borboletas,
Sementes que explodem grão,
Trigais que se revestem de beleza,
Fontes que brotam do árido chão,
Vida que vence a morte:
Ressurreição! Penso no sol
que morre diariamente
Inês França Bento jorrando luz
embora tenha
a noite pela frente...
Pedro Casaldáliga