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“Escrever é traduzir.
Mesmo quando
estivermos a utilizar
a nossa própria língua.
Transportamos o que vemos
e o que sentimos
para um código
convencional de
signos, a escrita...”
“...e deixamos às
circunstâncias e aos acasos
da comunicação
a responsabilidade de
fazer chegar à inteligência
do leitor,
não tanto a integridade da experiência
que nos propusemos transmitir,...”
“...mas uma sombra,
ao menos,
do que no fundo do
nosso espírito
sabemos bem
ser intraduzível,
por exemplo...”
“...a emoção pura
de um encontro,
o deslumbramento
de uma descoberta,
esse instante fugaz
de silêncio anterior à
palavra que vai ficar na memória como o rasto de
um sonho que o tempo não apagará por completo.”
José Saramago
“Muito universo,
muito espaço
sideral,
mas o mundo
é mesmo
uma aldeia.”
José Saramago
“A expressão
vocabular humana
não sabe ainda
e provavelmente
não o saberá nunca,
conhecer, reconhecer
e comunicar
tudo quanto é
humanamente
experimentável
e sensível.”
José Saramago
“Penso que
estamos cegos,
José Saramago
Cegos que vêem,
Cegos que, vendo,
não vêem.”
“Se podes
olhar,
vê.
Se podes
ver,
repara”.
(epígrafe do livro
“Ensaio sobre a
Cegueira”)
“Somos a memória
que temos
e a responsabilidade
que assumimos.
Sem memória
não existimos,
sem responsabilidade
talvez não mereçamos
existir.”
José Saramago
“Acho que na sociedade actual
nos falta filosofia...”
“Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do
trabalho de pensar, e parece-me que,
sem idéias, não vamos a parte nenhuma.”
“Falamos muito ao longo destes últimos anos dos
direitos humanos; simplesmente deixamos de falar
de uma coisa muito simples,...”
“...que são os deveres humanos, que são sempre
deveres em relação aos outros, sobretudo.
E é essa indiferença em relação ao outro,
essa espécie de desprezo do outro,...”
“...que eu me pergunto se tem algum sentido
numa situação ou no quadro de existência
de uma espécie que se diz racional.”
“...que eu me pergunto se tem algum sentido
numa situação ou no quadro de existência
de uma espécie que se diz racional.”
“O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de
generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano,
tudo isto contribui
para essa perniciosa
forma de
cegueira mental...”
“...que consiste em estar no
mundo e não ver o mundo
ou só ver dele o que,
em cada momento, for
susceptível de servir os
nossos interesses.”
“Temos que acreditar nalguma coisa e, sobretudo,
temos de ter um sentimento de responsabilidade
colectiva, segundo o qual
cada um de nós será
responsável por
todos os outros.”
“A prioridade absoluta tem
de ser o ser humano.
Acima dessa não reconheço
nenhuma outra
prioridade.”
José Saramago
“Estou convencido
de que é preciso continuar
a dizer não,
mesmo que se trate
de uma voz pregando
no deserto.”
José Saramago
Certa vez, diante da cativa platéia e da efusão de
beijos e abraços que se seguiram, exclama:...
“Esta gente
quer me matar
de amor!”
“Nem a juventude sabe o que pode,
nem a velhice pode o que sabe.”
José Saramago
José Saramago
mas cabe nela
muito mais
do que somos
capazes de viver.”
“A vida é breve,
José Saramago
“Fugir da morte
pode tornar-se
num modo de
fugir da vida.”
“O homem é o
único animal
capaz de chorar.
É diante do mar
que o riso e a
lágrima assumem
uma importância
absoluta.”
E de sorrir.
“Dir-se-á que mais
profundamente a
assumiriam diante
do universo,
mas esse, digo eu,
está demasiado
longe, fora do
alcance duma
compreensão
comum.”
“O mar é
o universo
perto de nós.”
José Saramago
“A vida é como
uma vela que vai
ardendo,
quando chega ao fim
lança uma chama
mais forte antes de
se extinguir.”
“Creio que estou
no período da
última chama...”,
afirma Saramago
diante das crescentes
limitações impostas
pela saúde frágil .
“...enganadora é sim
a luz do dia,
faz da vida uma sombra
apenas recortada,
só a noite é lúcida,
porém o sono
a vence,...”
“...talvez para nosso
sossego e descanso,
paz à alma
dos vivos.”
(em ‘O Ano da Morte
de Ricardo Reis’)
José Saramago
Ele está aqui e não está, mas sorri.
“...o espírito não vai
a lado nenhum sem
as pernas do corpo,
José Saramago
(em ‘Todos
os Nomes’)
e o corpo não seria
capaz de mover-se se
lhe faltassem as asas
do espírito.”
No dia 18 de junho,
depois de uma noite
serena e tranquila,
Saramago falece na sua
residência em Lanzarote,
acompanhado de Pilar e
de sua família,
“despedindo-se de forma
serena e plácida.”
“Dentro de nós
há uma coisa que
não tem nome,
essa coisa é
o que somos.”
José Saramago
“Ganhamos um amigo
e a fé me diz que
ele agora mergulhou
naquele Mistério de amor
que sempre buscou.”
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“Quando me for deste mundo,
partirão duas pessoas.
José Saramago
Sairei, de mão dada, com essa criança que fui”.
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A escrita como tradução da experiência humana

  • 1. “Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional de signos, a escrita...”
  • 2. “...e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não tanto a integridade da experiência que nos propusemos transmitir,...”
  • 3. “...mas uma sombra, ao menos, do que no fundo do nosso espírito sabemos bem ser intraduzível, por exemplo...”
  • 4. “...a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o rasto de um sonho que o tempo não apagará por completo.” José Saramago
  • 5. “Muito universo, muito espaço sideral, mas o mundo é mesmo uma aldeia.” José Saramago
  • 6. “A expressão vocabular humana não sabe ainda e provavelmente não o saberá nunca, conhecer, reconhecer e comunicar tudo quanto é humanamente experimentável e sensível.” José Saramago
  • 7. “Penso que estamos cegos, José Saramago Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.”
  • 8. “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”. (epígrafe do livro “Ensaio sobre a Cegueira”)
  • 9. “Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.” José Saramago
  • 10. “Acho que na sociedade actual nos falta filosofia...”
  • 11. “Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem idéias, não vamos a parte nenhuma.”
  • 12. “Falamos muito ao longo destes últimos anos dos direitos humanos; simplesmente deixamos de falar de uma coisa muito simples,...”
  • 13. “...que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro,...”
  • 14. “...que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional.”
  • 15. “...que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional.” “O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental...”
  • 16. “...que consiste em estar no mundo e não ver o mundo ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.”
  • 17. “Temos que acreditar nalguma coisa e, sobretudo, temos de ter um sentimento de responsabilidade colectiva, segundo o qual cada um de nós será responsável por todos os outros.”
  • 18. “A prioridade absoluta tem de ser o ser humano. Acima dessa não reconheço nenhuma outra prioridade.” José Saramago
  • 19. “Estou convencido de que é preciso continuar a dizer não, mesmo que se trate de uma voz pregando no deserto.” José Saramago
  • 20. Certa vez, diante da cativa platéia e da efusão de beijos e abraços que se seguiram, exclama:... “Esta gente quer me matar de amor!”
  • 21. “Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe.” José Saramago
  • 22. José Saramago mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.” “A vida é breve,
  • 23. José Saramago “Fugir da morte pode tornar-se num modo de fugir da vida.”
  • 24. “O homem é o único animal capaz de chorar. É diante do mar que o riso e a lágrima assumem uma importância absoluta.” E de sorrir.
  • 25. “Dir-se-á que mais profundamente a assumiriam diante do universo, mas esse, digo eu, está demasiado longe, fora do alcance duma compreensão comum.”
  • 26. “O mar é o universo perto de nós.” José Saramago
  • 27. “A vida é como uma vela que vai ardendo, quando chega ao fim lança uma chama mais forte antes de se extinguir.”
  • 28. “Creio que estou no período da última chama...”, afirma Saramago diante das crescentes limitações impostas pela saúde frágil .
  • 29. “...enganadora é sim a luz do dia, faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém o sono a vence,...”
  • 30. “...talvez para nosso sossego e descanso, paz à alma dos vivos.” (em ‘O Ano da Morte de Ricardo Reis’) José Saramago
  • 31. Ele está aqui e não está, mas sorri. “...o espírito não vai a lado nenhum sem as pernas do corpo, José Saramago (em ‘Todos os Nomes’) e o corpo não seria capaz de mover-se se lhe faltassem as asas do espírito.”
  • 32. No dia 18 de junho, depois de uma noite serena e tranquila, Saramago falece na sua residência em Lanzarote, acompanhado de Pilar e de sua família, “despedindo-se de forma serena e plácida.”
  • 33. “Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.” José Saramago
  • 34. “Ganhamos um amigo e a fé me diz que ele agora mergulhou naquele Mistério de amor que sempre buscou.” Leonardo Boff
  • 35.
  • 36.
  • 37. “Quando me for deste mundo, partirão duas pessoas. José Saramago Sairei, de mão dada, com essa criança que fui”.