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UTILIZAÇÃO DOS 
ÍNDICES DA ANÁLISE DE 
VALOR AGREGADO 
COMO UM FATOR DO 
DESENVOLVIMENTO DO TIME 
E COMO UMA FERRAMENTA 
DE BONIFICAÇÃO 
Publicações 
IPMA – International Project Management Association Global Congress 
Nova Deli – Índia – 2005 
PMI Global Congress 2004 - EMEA 
Praga – República Tcheca – 2004
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 84 
Resumo 
O objetivo deste artigo é apresentar os principais componentes do desenvolvi-mento do time de um projeto, as características motivacionais inerentes ao traba-lho 
da equipe e uma proposta de interligação entre a análise de valor agregado e 
o desenvolvimento do time através dos índices SPI e CPI, obtidos pela ferramenta 
e os modelos de desenvolvimento do time e de remuneração e premiação no 
projeto, permitindo reduzir a subjetividade da avaliação do recurso humano no 
projeto. 
O artigo apresenta um breve relato do desenvolvimento do time e as políticas 
de compensação, além de uma introdução ao conceito de valor agregado para 
alinhar os conceitos abordados. 
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ricardo-vargas.com 85 
Desenvolvimento do Time no Projeto 
A área de recursos humanos do projeto é uma das áreas de conhecimento do 
PMBOK Guide 2000 (PMI, 2000) que mais atenção tem requisitado do gerente e 
do time do projeto. 
Como é relatado no guia, o Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto 
inclui os processos necessários para tornar mais efetivo o uso dos recursos huma-nos 
envolvidos no projeto. Isso inclui todas as partes envolvidas nele – patrocina-dores, clientes, contribuintes individuais e outros participantes. 
Os processos principais estão descritos em seguida, e a gura 1 apresenta uma 
visão geral dos processos de acordo com as fases do projeto. 
Planejamento Organizacional – identicar, documentar e designar os papéis, as 
responsabilidades e os relacionamentos de reporte dentro do projeto. 
Montagem da Equipe – conseguir que os recursos humanos necessários sejam 
designados e trabalhem no projeto. 
Desenvolvimento da Equipe – desenvolver competências individuais e de gru-po 
para elevar o desempenho do projeto. 
Iniciação 
Planejamento 
Organizacional 
Planejamento 
Montagem da 
Equipe 
Desenvolvimento 
do Time 
Execução Controle Finalização 
GERENCIAMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
Figura 1 – Processos de Gerenciamento de Recursos Humanos distribuídos ao longo das 
fases do projeto 
Esses processos interagem entre si e com os processos das demais áreas de co-nhecimento. Cada processo pode envolver esforço de um ou mais indivíduos ou 
grupos, dependendo das necessidades do projeto. 
O desenvolvimento da equipe, abordado neste trabalho, envolve o aumento da 
capacidade das partes envolvidas de contribuir individualmente, bem como o 
aumento da capacidade das pessoas de funcionarem como uma equipe. O cres-cimento individual (gerencial e técnico) é a base necessária para desenvolver a 
equipe, tornando-se crucial para o sucesso dos projetos e, conseqüentemente, 
torna-se elemento-chave para a organização atingir seus objetivos.
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 86 
Segundo FITZ-ENZ (2000), cada organização e cada projeto são conduzidos por 
uma combinação de forças e fatores internos e externos. Esses fatores são os que 
tornam a organização única, descrevendo coletivamente como e porque os pro-cessos organizacionais inuem na melhoria do desempenho. Os fatoes internos 
são os determinados pelos próprios objetivos da organização e do projeto, en-quanto os objetivos externos são aqueles determinados pelo ambiente externo 
de negócios, no qual a empresa e os projetos estão inseridos (gura 2). 
Performance 
Visão Crescimento Cultura Ganhos $ Estrutura Talento Recursos 
Externos 
Internos 
Governo Indústria Tecnologia Cliente Competição Localização Informação 
Figura 2 – Condutores das alterações no desempenho 
Para FLANES  LEVIN (2001), os problemas de desempenho que impedem os 
membros do time de realizar com sucesso suas atividades podem ser divididos 
em 
• problemas relacionados à competência técnica; 
• problemas de relacionamento e comunicação; 
• problemas relacionados ao gerenciamento de tempo e hábitos de trabalho. 
Diante dos problemas expostos,, torna-se fundamental um processo de avalia-ção 
de desempenho imparcial e objetivo, que, além de direcionar os problemas 
citados, permita melhorias nas habilidades individuais, melhorias no comporta-mento da equipe e melhorias tanto nas competências individuais, quanto nas da 
equipe. 
Esse modelo imparcial reduz diretamente a subjetividade da avaliação de de-sempenho 
e aumenta a motivação da equipe, conforme apresentado pela Teoria 
Motivacional da Justiça de Adams (VERMA, 1995), uma vez que as pessoas se 
motivam quando são tratadas de modo igual, imparcial e justo.
ricardo-vargas.com 87 
Compensação prossional (Reward) 
Algumas das principais ferramentas disponíveis para o aumento do desempenho 
são as políticas de compensação e recompensa, que, conforme o PMI (2000), são 
as ações formais que promovem ou reforçam um comportamento desejado. Para 
serem ecientes, tais sistemas devem fazer ligação entre o desempenho e a pre-miação 
de forma clara, explícita e alcançável. 
Para PARKER, MCADAMS  ZIELINSKI (2000), os modelos de recompensa são de-senhados 
para criar um foco em objetivos especicos ou comemorar e compen-sar 
indivíduos ou times com desempenho diferenciado. Para eles, os modelos 
de recompensa devem satisfazer as necessidades individuais, as do time e as da 
organização, conforme modelo apresentado na gura 3. 
Compensação e 
benefícios básicos 
Atrair e reter 
· Salário base 
· Reajustes salariais 
· Benefícios 
· Bônus Anual 
Capacidade 
Desenvolver 
habilidades 
individuais e 
competências 
· Trilha técnica e de 
carreira 
· Avaliação de 
desempenho por 
competência 
Reconhecimento 
Comemorar 
desempenho superior 
· Comemorações 
· Bônus localizado 
· Nomeação 
· Promoção 
Incentivos do Projeto 
Medir e recompensar 
os resultados do 
projeto 
· Desempenho 
gerencial da equipe 
· Bônus do grupo 
· Times auto 
dirigidos 
Organização e 
Incentivos da Unidade 
Alinhamento de 
pessoas e da 
organização para 
melhoria dos objetivos 
· Incentivos baseado 
em fórmulas com 
premiação de 
desempenho 
agendada e 
anunciada 
Individual Individual 
Individual 
Time 
Organização Time Organização 
Figura 3 – Incentivos e políticas de recompensa (PARKER, MCADAMS e ZIELINSKI, 2000) 
Para SHUSTER (2000), os incentivos precisam sempre satisfazer o individuo e o 
time. Se a satisfação de um time é preterida para satisfazer um indivíduo isola-do, esse processo naturalmente gera a insatisfação e a desmotivação. Portanto, a 
máxima compensação somente pode ser obtida quando o alto desempenho do 
grupo e do indivíduo são alcançados, conforme a gura 4.
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 88 
Baixo Desempenho Alto Desempenho 
INDIVÍDUO 
Alto Desempenho Baixo Desempenho 
EQUIPE 
 Nenhuma 
recompensa para o individuo 
 Nenhuma 
recompensa para a equipe 
 Pequena 
recompensa para o 
individuo 
 Nenhuma 
recompensa para a 
equipe 
 Nenhuma 
recompensa para o individuo 
 Pequena recompensa para a equipe 
 Máxima 
recompensa para o 
indivíduo 
 Máxima 
recompensa para a 
equipe 
Figura 4 – Grau de desempenho do indivíduo e da equipe (Baseado em Shuster, 2000) 
Análise de Valor Agregado 
Valor Agregado tem foco na relação entre os custos reais incorridos e o trabalho 
realizado no projeto dentro de um determinado período de tempo. O foco está 
no desempenho obtido em comparação com o que foi gasto para obtê-lo (FLE-MING 
 KOPPELMAN, 1999). 
Valor Agregado é a avaliação entre o que foi obtido em relação ao que foi real-mente gasto e ao que se planejava gastar, propondo-se que o valor a ser agrega-do 
inicialmente por uma atividade é o valor orçado para ela. Na medida em que 
cada atividade ou tarefa de um projeto é realizada, o valor inicialmente orçado 
para a atividade passa, agora, a constituir o Valor Agregado do projeto. 
Para formalizar os conceitos citados com base na instrução DOD (1997) e na nor-ma 
ANSI/EIA 748 da American National Standards Institute, uma terminologia 
especíca foi criada, com base nos dados de custo previsto, real e valor agregado. 
Os três elementos básicos da análise de valor agregado são os seguintes: 
BCWS (Budget cost of work scheduled) - valor que indica a parte do orçamento 
que deveria ser gasta, considerando-se o custo de linha da base da atividade, 
atribuição ou recurso. O BCWS é calculado como os custos de linha de base divi-didos 
em fases e acumulados até a data de status, ou data atual. É o custo prove-niente do orçamento; 
BCWP (Budget cost of work performed) - valor que indica a parcela do orçamento 
que deveria ser gasta, considerando-se o trabalho realizado até o momento e o
ricardo-vargas.com 89 
custo de linha de base para a atividade, atribuição ou recurso. O BCWP também 
é denominado Valor Agregado; 
ACWP (Actual cost of work performed) - valor que mostra os custos reais decor-rentes do trabalho já realizado por um recurso ou atividade até a data de status, 
ou data atual do projeto, proveniente dos dados nanceiros. 
Uma vez determinados esses três parâmetros, a análise dos resultados é obtida 
com base na correlação entre os valores encontrados para cada um deles em 
uma determinada data de status. 
Custo 
Tempo 
BCWP 
BCWS 
ACWP 
Orçamento Final 
ACWP 
BCWP 
Data de 
Referência 
Figura 5 – Exemplo gráco do BCWS, BCWP e ACWP ao longo do tempo para um 
determinado projeto 
A correlação entre os valores de BCWS, BCWP e ACWP permite aferir os resulta-dos 
do projeto e proceder às avaliações e projeções futuras de custos nais. 
Para se tratar da razão entre BCWP e os parâmetros BCWS e ACWP, existem os 
seguintes índices: 
A) SPI (Schedule Performance Index) - Divisão entre o Valor Agregado (BCWP) e o 
valor planejado na linha de base (BCWS). O SPI mostra a taxa de conversão do 
valor previsto em Valor Agregado. 
BCWS 
BCWP 
SPI = 
O SPI igual a 1 indica que o valor planejado foi integralmente agregado ao pro-jeto. O SPI menor que 1 indica que o projeto está sendo realizado a uma taxa de 
conversão menor que a prevista, ou seja, a quantidade nanceira prevista para 
ser agregada no período não foi conseguida, e o projeto está atrasado. O SPI su-
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 90 
perior a 1 indica que o projeto está agregando resultados a uma velocidade su-perior ao previsto, ou seja, está adiantado. 
B) CPI (Cost Performance Index) - Divisão entre o Valor Agregado (BCWP) e o custo 
real (ACWP). O CPI mostra qual a conversão entre os valores reais consumidos 
pelo projeto e os valores agregados no mesmo período. 
ACWP 
BCWP 
CPI = 
O CPI igual a 1 indica que o valor gasto pelo projeto foi integralmente agrega-do 
ao projeto (projeto dentro do orçamento). O CPI menor que 1 indica que o 
projeto está gastando mais do que o previsto até aquele momento. Se o CPI for 
maior que 1, indica que o projeto está custando menos que o previsto até aquele 
momento. 
Human Performance Index e Modelos de Avaliação 
Prossional 
Com a nalidade de permitir a avaliação do time e do prossional do projeto, 
desenvolveu-se um novo índice, denominado Human Performance Index (HPI). 
Esse índice consiste na associação entre o CPI e o SPI, permitindo a criação de 
um índice que avalie o cumprimento de prazos e de orçamento das atividades 
executadas simultaneamente pelo recurso. 
No desenvolver deste trabalho, estudaram-se diversos tipos de associação entre 
os índices (soma, média, produto, etc), porém, como a natureza dos dois índices 
difere do percentual completo do projeto, optou-se pela composição dos índices 
com o percentual completo, onde a participação do índice de desempenho dos 
prazos no início do projeto é maior do que a do desempenho dos custos, en-quanto no nal do projeto, ocorre uma inversão na participação dos índices, uma 
vez que SPI tende a 1 (BCWP BCWS) com o término do projeto. 
A fórmula resultante é 
C %(1) x SPI PI H % x PI = C + − C 
Onde CPI = Cost Performance Index (Índice de desempenho de custos) 
SPI = Schedule Performance Index (Índice de desempenho de prazos) 
%C = percentual físico completo do projeto 
Observam-se, pela gura 6, as participações dos índices na composição do HPI 
ao longo do projeto.
ricardo-vargas.com 91 
% Participação do Índice 
% Completo do Projeto 0% 100% 
0% 
100% 
Participação decrescente 
do SPI 
Participação crescente do CPI 
100% CPI 100% SPI 
Figura 6 – Participação dos índices de acordo com o percentual completo do projeto 
A partir da criação desse índice, torna-se necessário avaliar os HPI’s não só do re-sultado 
do trabalho individual, como também os do trabalho da equipe no qual 
o recurso é parte integrante do projeto como um todo, criando um HPInal, que 
é a média ponderada desses três índices, conforme apresentado a seguir. 
Projeto Equipe Individuo 
Projeto Projeto Equipe Equipe Individuo Individuo 
Final 
P C Projeto rojeto P C rojeto 
Equipe Eq C uipe Eq C uipe 
Indivíduo I C ndivíduo I C ndivíduo 
Peso Peso Peso 
Peso H x PI Peso H x PI Peso H x PI 
HPI 
SPI C %(1) x PI H % x PI 
SPI C %(1) x PI H % x PI 
SPI C %(1) x PI H % x PI 
+ + 
+ + 
= 
= + − 
= + − 
= + − 
Onde: 
CPIIndivíduo = Índice de desempenho de custos dos pacotes de trabalho onde o 
recurso avaliado esteve envolvido 
SPIIndivíduo = Índice de desempenho de prazos dos pacotes de trabalho onde o 
recurso avaliado esteve envolvido 
CPIEquipe = Índice de desempenho de custos dos pacotes de trabalho da equipe do 
qual o recurso avaliado é integrante 
SPIEquipe = Índice de desempenho de prazos dos pacotes de trabalho da equipe do 
qual o recurso avaliado é integrante 
CPIProjeto = Índice de desempenho de custos global do projeto avaliado 
SPIProjeto = Índice de desempenho de prazos global do projeto avaliado 
PesoIndividuo = Constribuição do HPI do recurso no HPIFinal
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 92 
PesoEquipe = Constribuição do HPI do time no HPIFinal 
PesoProjeto = Constribuição do HPI do projeto no HPIFinal 
%C = percentual físico completo do projeto 
O HPIFinal pode ser obtido a partir de diferentes estratégias, de um foco forte nos 
resultados individuais até um foco equilibrado entre indivíduo, equipe e projeto. 
A seguir tem-se um modelo de composição de pesos para os diferentes focos. 
PesoIndivíduo PesoEquipe PesoProjeto 
Foco no Individuo 60 20 20 
Foco na Equipe 20 60 20 
Foco no Projeto 20 20 60 
Equilíbrio 40 30 30 
Figura 7 – Exemplo de proposta de distribuição dos pesos para a composição 
do HPIFinal do recurso 
É importante ressaltar que os HPI’s dos recursos, da equipe e do projeto não são 
obtidos a partir dos CPI’s e SPI’s dos pacotes de trabalho, e sim, a partir da soma 
dos BCWS’s, BCWP’s e ACWP’s das atividades do recurso e, posteriormente, da 
aplicação da fórmula CPI=BCWP/ACWP e SPI = BCWP/BCWS. 
Exemplo 
Com a nalidade de ilustrar o desenvolvimento dos índices, tem-se um projeto 
composto de vinte diferentes pacotes de trabalho a serem realizados por cinco 
recursos em duas equipes. Os recursos 1, 2 e 3 pertencem à Equipe A e os recur-sos 
4 e 5 à Equipe B, respectivamente. 
Na gura 8, tem-se a distribuição dos recursos nos pacotes de trabalho.
ricardo-vargas.com 93 
Recurso 1Recurso 2Recurso 3Recurso 4Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 01 Recurso 1 Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 02 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 03 Recurso 4 Equipe B 
Pacote 04 Recurso 1Recurso 2Recurso 3Recurso 4 Equipe AEquipe B 
Pacote 05 Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 06 Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 07 Recurso 1 Recurso 3 Equipe A 
Pacote 08 Recurso 1Recurso 2Recurso 3 Equipe A 
Pacote 09 Recurso 2 Recurso 4 Equipe AEquipe B 
Pacote 10 Recurso 2 Recurso 4Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 11 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 12 Recurso 1 Recurso 3 Equipe A 
Pacote 13 Recurso 4 Equipe B 
Pacote 14 Recurso 1 Recurso 3Recurso 4 Equipe AEquipe B 
Pacote 15 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 16 Recurso 4Recurso 5 Equipe B 
Pacote 17 Recurso 1 Recurso 3Recurso 4 Equipe AEquipe B 
Pacote 18 Recurso 4 Equipe B 
Pacote 19 Recurso 1 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Pacote 20 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B 
Figura 8 – Distribuição dos recursos a serem empregados nos pacotes de trabalho 
Em um determinado momento do projeto, os dados de desempenho dos pa-cotes foram avaliados, obtendo-se a gura 9 com os dados de BCWS, BCWP e 
ACPWP para cada pacote de trabalho. 
%completo Orçamento BCWSBCWPACWP 
Pacote 01 25% 4.000,00 1.250,00 1.000,00 1.200,00 
Pacote 02 50% 2.400,00 1.320,00 1.200,00 1.000,00 
Pacote 03 100% 2.240,00 2.240,00 2.240,00 2.650,00 
Pacote 04 75% 1.400,00 1.100,00 1.050,00 1.260,00 
Pacote 05 25% 2.400,00 980,00 600,00 980,00 
Pacote 06 50% 1.160,00 560,00 580,00 550,00 
Pacote 07 75% 1.600,00 1.450,00 1.200,00 1.960,00 
Pacote 08 25% 6.400,00 1.670,00 1.600,00 1.920,00 
Pacote 09 100% 3.450,00 3.450,00 3.450,00 4.000,00 
Pacote 10 75% 2.800,00 2.010,00 2.100,00 1.950,00 
Pacote 11 25% 5.000,00 1.230,00 1.250,00 1.250,00 
Pacote 12 50% 5.000,00 2.550,00 2.500,00 3.000,00 
Pacote 13 25% 17.000,00 4.560,00 4.250,00 4.000,00 
Pacote 14 50% 2.400,00 1.200,00 1.200,00 1.350,00 
Pacote 15 100% 450,00 450,00 450,00 450,00 
Pacote 16 75% 400,00 340,00 300,00 300,00 
Pacote 17 25% 6.200,00 1.810,00 1.550,00 1.860,00 
Pacote 18 100% 1.450,00 1.450,00 1.450,00 1.350,00 
Pacote 19 50% 2.600,00 1.100,00 1.300,00 1.200,00 
Pacote 20 25% 3.000,00 820,00 750,00 900,00 
PROJETO 42% 71.350,00 31.540,00 30.020,00 33.130,00 
Figura 9 – Exemplo de dados coletados para um projeto com os valores de BCWS, BCWP e 
ACWP determinados 
A partir do cruzamento dos resultados de cada pacote com os recursos empre-gados 
neles, obteve-se o HPI de cada um dos recursos, o HPI de cada uma das
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 94 
equipes e o HPI total do projeto, conforme mostra a gura 10. 
Recurso BCWS BCWP ACWP CPI SPI Perc. Completo HPI Recurso 1 12.130,0011.400,0013.750,000,83 0,94 38,51%0,90 
Recurso 2 12.050,0011.850,0012.730,000,93 0,98 47,59%0,96 
Recurso 3 16.390,0014.930,0017.680,000,84 0,91 36,05%0,89 
Recurso 4 18.160,0017.590,0018.720,000,94 0,97 47,11%0,95 
Recurso 5 10.060,009.530,009.780,000,97 0,95 39,36%0,96 
Equipe BCWS BCWP ACWP CPI SPI Perc. Completo HPI Equipe A 22.950,0021.780,0024.830,000,88 0,95 43,33%0,92 
Equipe B 25.870,0024.720,0026.250,000,94 0,96 42,37%0,95 
BCWS BCWP ACWP CPI SPI Perc. Completo HPI Total 31.540,0030.020,0033.130,000,91 0,95 42,07%0,93 
Figura 10 – Resultados de HPI do recurso e do projeto 
Observando-se que cada recurso pertence a uma determinada equipe, chega-se 
aos seguintes resultados individuais, evidenciados na gura 11. 
Recurso HPIIndividual HPIEquipe HPIProjeto 
Recurso 1 0,90 0,92 0,93 
Recurso 2 0,96 0,92 0,93 
Recurso 3 0,89 0,92 0,93 
Recurso 4 0,95 0,95 0,93 
Recurso 5 0,96 0,95 0,93 
Figura 11 – Resultados de HPI de cada recurso 
A partir da combinação dos resultados da gura 11 com os da gura 7, aparecem 
os HPI’s nais de cada recurso a partir do foco individual, da equipe, do projeto e 
do foco equilibrado entre os três parâmetros, chegando-se à gura 12. 
HPI Foco IndividuoFoco EquipeFoco Projeto Equilíbrio 
Recurso 1 0,91 0,92 0,92 0,91 
Recurso 2 0,95 0,93 0,93 0,94 
Recurso 3 0,90 0,91 0,92 0,91 
Recurso 4 0,95 0,95 0,94 0,95 
Recurso 5 0,95 0,95 0,94 0,95 
Figura 12 – Resultado de HPI para cada recurso 
A partir desses valores, pode-se analisar os resultados de cada um dos recursos e 
sua contribuição para os resultados do time e do projeto, como, por exemplo, é 
evidenciado no gráco da gura 13.
ricardo-vargas.com 95 
0,90 
0,91 
0,92 
0,93 
0,94 
0,95 
Recurso 1 Recurso 2 Recurso 3 Recurso 4 Recurso 5 
Foco Individuo 
Foco Equipe 
Foco Projeto 
Figura 13 – Gráco comparativo dos focos entre o indivíduo, a equipe e o projeto para os 5 
recursos avaliados 
Neste exemplo, observa-se que os recursos 1 e 3 apresentaram um desempenho 
inferior ao de sua equipe e ao do projeto, já o recurso 2 apresentou um desem-penho 
individual superior; porém, ao analisar sua equipe, seu desempenho foi 
prejudicado pelo fraco desempenho dos recursos 1 e 3. Já os recursos 4 e 5 ob-tiveram desempenho elevado, elevando, assim, o desempenho da equipe B. Já 
o desempenho do projeto foi inferior ao desempenho dos recursos 4 e 5 e da 
equipe B porque os intergrantes da equipe A abaixaram o desempenho global 
pelos seus fracos desempenhos individuais. 
Conclusões 
O principal objetivo desse artigo foi apresentar uma proposta de avaliação dos 
recursos humanos e das equipes através de um modelo matemático mais direto 
do que a avaliação subjetiva por parte do gerente de projetos. Além disso, polí-ticas 
de bônus e compensações podem ser diretamente atreladas aos índices, 
causando um mecanismo mais transparente de distribuição dos resultados do 
projeto.
Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 96 
Porém, alguns cuidados precisam ser tomados ao utilizar esse tipo de avaliação. 
Primeiramente, quando o executante não é o responsavel pelo cumprimento do 
orçamento, ele pode ter seu desempenho comprometido pelo fraco desempe-nho 
da equipe de compras, por exemplo. Segundo, esse modelo matemático não 
pode ser determinista, ou seja, o único a representar a verdade dos resultados do 
trabalho do recurso no projeto, uma vez que, por serem completamente mate-máticos, podem não evidenciar aspectos humanos subjetivos dentro do trabalho 
da equipe. 
Referências Bibliográcas 
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Employee Performance. New York; AMACOM. 
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Ed. Newton Square: Project Management Institute. 
PARKER, G., MCADAMS, J.  ZIELINSKI, D. (2000). Rewarding Teams: Lesson from the 
Trenches. San Francisco: Jossey-Bass. 
PMI (2000). A guide to the Project Management Body of Knowledge. Newton Squa-re: Project Management Institute. 
SHUSTER, H. D. (2000). Teaming for Quality: The Right Way for the Right Reason. 
Newton Square: Project Management Institute. 
VERMA, V. K. (1995). Human Resource Skills for the Project Manager vol. 2. Upper 
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Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como um Fator do Desenvolvimento do Time e Como uma Ferramenta de Bonificação

  • 1. UTILIZAÇÃO DOS ÍNDICES DA ANÁLISE DE VALOR AGREGADO COMO UM FATOR DO DESENVOLVIMENTO DO TIME E COMO UMA FERRAMENTA DE BONIFICAÇÃO Publicações IPMA – International Project Management Association Global Congress Nova Deli – Índia – 2005 PMI Global Congress 2004 - EMEA Praga – República Tcheca – 2004
  • 2. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 84 Resumo O objetivo deste artigo é apresentar os principais componentes do desenvolvi-mento do time de um projeto, as características motivacionais inerentes ao traba-lho da equipe e uma proposta de interligação entre a análise de valor agregado e o desenvolvimento do time através dos índices SPI e CPI, obtidos pela ferramenta e os modelos de desenvolvimento do time e de remuneração e premiação no projeto, permitindo reduzir a subjetividade da avaliação do recurso humano no projeto. O artigo apresenta um breve relato do desenvolvimento do time e as políticas de compensação, além de uma introdução ao conceito de valor agregado para alinhar os conceitos abordados. Podcasts Relacionados ♫ Demystifying the Portfolio Management – Part 1/3: The Strategy’s Side http://rvarg.as/1j ♫ Demystifying the Portfolio Management – Part 2/3: The Criteria http://rvarg.as/1o ♫ Demystifying the Portfolio Management – Part 3/3: A com- parison and Decision http://rvarg.as/1s ♫ Why is so complex to be Simple and Eective during the Project Selection? http://rvarg.as/6x ♫ Why is it So Hard to Dene Clear Criteria for Selecting Projects? http://rvarg.as/6c
  • 3. ricardo-vargas.com 85 Desenvolvimento do Time no Projeto A área de recursos humanos do projeto é uma das áreas de conhecimento do PMBOK Guide 2000 (PMI, 2000) que mais atenção tem requisitado do gerente e do time do projeto. Como é relatado no guia, o Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto inclui os processos necessários para tornar mais efetivo o uso dos recursos huma-nos envolvidos no projeto. Isso inclui todas as partes envolvidas nele – patrocina-dores, clientes, contribuintes individuais e outros participantes. Os processos principais estão descritos em seguida, e a gura 1 apresenta uma visão geral dos processos de acordo com as fases do projeto. Planejamento Organizacional – identicar, documentar e designar os papéis, as responsabilidades e os relacionamentos de reporte dentro do projeto. Montagem da Equipe – conseguir que os recursos humanos necessários sejam designados e trabalhem no projeto. Desenvolvimento da Equipe – desenvolver competências individuais e de gru-po para elevar o desempenho do projeto. Iniciação Planejamento Organizacional Planejamento Montagem da Equipe Desenvolvimento do Time Execução Controle Finalização GERENCIAMENTO DE RECURSOS HUMANOS Figura 1 – Processos de Gerenciamento de Recursos Humanos distribuídos ao longo das fases do projeto Esses processos interagem entre si e com os processos das demais áreas de co-nhecimento. Cada processo pode envolver esforço de um ou mais indivíduos ou grupos, dependendo das necessidades do projeto. O desenvolvimento da equipe, abordado neste trabalho, envolve o aumento da capacidade das partes envolvidas de contribuir individualmente, bem como o aumento da capacidade das pessoas de funcionarem como uma equipe. O cres-cimento individual (gerencial e técnico) é a base necessária para desenvolver a equipe, tornando-se crucial para o sucesso dos projetos e, conseqüentemente, torna-se elemento-chave para a organização atingir seus objetivos.
  • 4. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 86 Segundo FITZ-ENZ (2000), cada organização e cada projeto são conduzidos por uma combinação de forças e fatores internos e externos. Esses fatores são os que tornam a organização única, descrevendo coletivamente como e porque os pro-cessos organizacionais inuem na melhoria do desempenho. Os fatoes internos são os determinados pelos próprios objetivos da organização e do projeto, en-quanto os objetivos externos são aqueles determinados pelo ambiente externo de negócios, no qual a empresa e os projetos estão inseridos (gura 2). Performance Visão Crescimento Cultura Ganhos $ Estrutura Talento Recursos Externos Internos Governo Indústria Tecnologia Cliente Competição Localização Informação Figura 2 – Condutores das alterações no desempenho Para FLANES LEVIN (2001), os problemas de desempenho que impedem os membros do time de realizar com sucesso suas atividades podem ser divididos em • problemas relacionados à competência técnica; • problemas de relacionamento e comunicação; • problemas relacionados ao gerenciamento de tempo e hábitos de trabalho. Diante dos problemas expostos,, torna-se fundamental um processo de avalia-ção de desempenho imparcial e objetivo, que, além de direcionar os problemas citados, permita melhorias nas habilidades individuais, melhorias no comporta-mento da equipe e melhorias tanto nas competências individuais, quanto nas da equipe. Esse modelo imparcial reduz diretamente a subjetividade da avaliação de de-sempenho e aumenta a motivação da equipe, conforme apresentado pela Teoria Motivacional da Justiça de Adams (VERMA, 1995), uma vez que as pessoas se motivam quando são tratadas de modo igual, imparcial e justo.
  • 5. ricardo-vargas.com 87 Compensação prossional (Reward) Algumas das principais ferramentas disponíveis para o aumento do desempenho são as políticas de compensação e recompensa, que, conforme o PMI (2000), são as ações formais que promovem ou reforçam um comportamento desejado. Para serem ecientes, tais sistemas devem fazer ligação entre o desempenho e a pre-miação de forma clara, explícita e alcançável. Para PARKER, MCADAMS ZIELINSKI (2000), os modelos de recompensa são de-senhados para criar um foco em objetivos especicos ou comemorar e compen-sar indivíduos ou times com desempenho diferenciado. Para eles, os modelos de recompensa devem satisfazer as necessidades individuais, as do time e as da organização, conforme modelo apresentado na gura 3. Compensação e benefícios básicos Atrair e reter · Salário base · Reajustes salariais · Benefícios · Bônus Anual Capacidade Desenvolver habilidades individuais e competências · Trilha técnica e de carreira · Avaliação de desempenho por competência Reconhecimento Comemorar desempenho superior · Comemorações · Bônus localizado · Nomeação · Promoção Incentivos do Projeto Medir e recompensar os resultados do projeto · Desempenho gerencial da equipe · Bônus do grupo · Times auto dirigidos Organização e Incentivos da Unidade Alinhamento de pessoas e da organização para melhoria dos objetivos · Incentivos baseado em fórmulas com premiação de desempenho agendada e anunciada Individual Individual Individual Time Organização Time Organização Figura 3 – Incentivos e políticas de recompensa (PARKER, MCADAMS e ZIELINSKI, 2000) Para SHUSTER (2000), os incentivos precisam sempre satisfazer o individuo e o time. Se a satisfação de um time é preterida para satisfazer um indivíduo isola-do, esse processo naturalmente gera a insatisfação e a desmotivação. Portanto, a máxima compensação somente pode ser obtida quando o alto desempenho do grupo e do indivíduo são alcançados, conforme a gura 4.
  • 6. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 88 Baixo Desempenho Alto Desempenho INDIVÍDUO Alto Desempenho Baixo Desempenho EQUIPE Nenhuma recompensa para o individuo Nenhuma recompensa para a equipe Pequena recompensa para o individuo Nenhuma recompensa para a equipe Nenhuma recompensa para o individuo Pequena recompensa para a equipe Máxima recompensa para o indivíduo Máxima recompensa para a equipe Figura 4 – Grau de desempenho do indivíduo e da equipe (Baseado em Shuster, 2000) Análise de Valor Agregado Valor Agregado tem foco na relação entre os custos reais incorridos e o trabalho realizado no projeto dentro de um determinado período de tempo. O foco está no desempenho obtido em comparação com o que foi gasto para obtê-lo (FLE-MING KOPPELMAN, 1999). Valor Agregado é a avaliação entre o que foi obtido em relação ao que foi real-mente gasto e ao que se planejava gastar, propondo-se que o valor a ser agrega-do inicialmente por uma atividade é o valor orçado para ela. Na medida em que cada atividade ou tarefa de um projeto é realizada, o valor inicialmente orçado para a atividade passa, agora, a constituir o Valor Agregado do projeto. Para formalizar os conceitos citados com base na instrução DOD (1997) e na nor-ma ANSI/EIA 748 da American National Standards Institute, uma terminologia especíca foi criada, com base nos dados de custo previsto, real e valor agregado. Os três elementos básicos da análise de valor agregado são os seguintes: BCWS (Budget cost of work scheduled) - valor que indica a parte do orçamento que deveria ser gasta, considerando-se o custo de linha da base da atividade, atribuição ou recurso. O BCWS é calculado como os custos de linha de base divi-didos em fases e acumulados até a data de status, ou data atual. É o custo prove-niente do orçamento; BCWP (Budget cost of work performed) - valor que indica a parcela do orçamento que deveria ser gasta, considerando-se o trabalho realizado até o momento e o
  • 7. ricardo-vargas.com 89 custo de linha de base para a atividade, atribuição ou recurso. O BCWP também é denominado Valor Agregado; ACWP (Actual cost of work performed) - valor que mostra os custos reais decor-rentes do trabalho já realizado por um recurso ou atividade até a data de status, ou data atual do projeto, proveniente dos dados nanceiros. Uma vez determinados esses três parâmetros, a análise dos resultados é obtida com base na correlação entre os valores encontrados para cada um deles em uma determinada data de status. Custo Tempo BCWP BCWS ACWP Orçamento Final ACWP BCWP Data de Referência Figura 5 – Exemplo gráco do BCWS, BCWP e ACWP ao longo do tempo para um determinado projeto A correlação entre os valores de BCWS, BCWP e ACWP permite aferir os resulta-dos do projeto e proceder às avaliações e projeções futuras de custos nais. Para se tratar da razão entre BCWP e os parâmetros BCWS e ACWP, existem os seguintes índices: A) SPI (Schedule Performance Index) - Divisão entre o Valor Agregado (BCWP) e o valor planejado na linha de base (BCWS). O SPI mostra a taxa de conversão do valor previsto em Valor Agregado. BCWS BCWP SPI = O SPI igual a 1 indica que o valor planejado foi integralmente agregado ao pro-jeto. O SPI menor que 1 indica que o projeto está sendo realizado a uma taxa de conversão menor que a prevista, ou seja, a quantidade nanceira prevista para ser agregada no período não foi conseguida, e o projeto está atrasado. O SPI su-
  • 8. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 90 perior a 1 indica que o projeto está agregando resultados a uma velocidade su-perior ao previsto, ou seja, está adiantado. B) CPI (Cost Performance Index) - Divisão entre o Valor Agregado (BCWP) e o custo real (ACWP). O CPI mostra qual a conversão entre os valores reais consumidos pelo projeto e os valores agregados no mesmo período. ACWP BCWP CPI = O CPI igual a 1 indica que o valor gasto pelo projeto foi integralmente agrega-do ao projeto (projeto dentro do orçamento). O CPI menor que 1 indica que o projeto está gastando mais do que o previsto até aquele momento. Se o CPI for maior que 1, indica que o projeto está custando menos que o previsto até aquele momento. Human Performance Index e Modelos de Avaliação Prossional Com a nalidade de permitir a avaliação do time e do prossional do projeto, desenvolveu-se um novo índice, denominado Human Performance Index (HPI). Esse índice consiste na associação entre o CPI e o SPI, permitindo a criação de um índice que avalie o cumprimento de prazos e de orçamento das atividades executadas simultaneamente pelo recurso. No desenvolver deste trabalho, estudaram-se diversos tipos de associação entre os índices (soma, média, produto, etc), porém, como a natureza dos dois índices difere do percentual completo do projeto, optou-se pela composição dos índices com o percentual completo, onde a participação do índice de desempenho dos prazos no início do projeto é maior do que a do desempenho dos custos, en-quanto no nal do projeto, ocorre uma inversão na participação dos índices, uma vez que SPI tende a 1 (BCWP BCWS) com o término do projeto. A fórmula resultante é C %(1) x SPI PI H % x PI = C + − C Onde CPI = Cost Performance Index (Índice de desempenho de custos) SPI = Schedule Performance Index (Índice de desempenho de prazos) %C = percentual físico completo do projeto Observam-se, pela gura 6, as participações dos índices na composição do HPI ao longo do projeto.
  • 9. ricardo-vargas.com 91 % Participação do Índice % Completo do Projeto 0% 100% 0% 100% Participação decrescente do SPI Participação crescente do CPI 100% CPI 100% SPI Figura 6 – Participação dos índices de acordo com o percentual completo do projeto A partir da criação desse índice, torna-se necessário avaliar os HPI’s não só do re-sultado do trabalho individual, como também os do trabalho da equipe no qual o recurso é parte integrante do projeto como um todo, criando um HPInal, que é a média ponderada desses três índices, conforme apresentado a seguir. Projeto Equipe Individuo Projeto Projeto Equipe Equipe Individuo Individuo Final P C Projeto rojeto P C rojeto Equipe Eq C uipe Eq C uipe Indivíduo I C ndivíduo I C ndivíduo Peso Peso Peso Peso H x PI Peso H x PI Peso H x PI HPI SPI C %(1) x PI H % x PI SPI C %(1) x PI H % x PI SPI C %(1) x PI H % x PI + + + + = = + − = + − = + − Onde: CPIIndivíduo = Índice de desempenho de custos dos pacotes de trabalho onde o recurso avaliado esteve envolvido SPIIndivíduo = Índice de desempenho de prazos dos pacotes de trabalho onde o recurso avaliado esteve envolvido CPIEquipe = Índice de desempenho de custos dos pacotes de trabalho da equipe do qual o recurso avaliado é integrante SPIEquipe = Índice de desempenho de prazos dos pacotes de trabalho da equipe do qual o recurso avaliado é integrante CPIProjeto = Índice de desempenho de custos global do projeto avaliado SPIProjeto = Índice de desempenho de prazos global do projeto avaliado PesoIndividuo = Constribuição do HPI do recurso no HPIFinal
  • 10. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 92 PesoEquipe = Constribuição do HPI do time no HPIFinal PesoProjeto = Constribuição do HPI do projeto no HPIFinal %C = percentual físico completo do projeto O HPIFinal pode ser obtido a partir de diferentes estratégias, de um foco forte nos resultados individuais até um foco equilibrado entre indivíduo, equipe e projeto. A seguir tem-se um modelo de composição de pesos para os diferentes focos. PesoIndivíduo PesoEquipe PesoProjeto Foco no Individuo 60 20 20 Foco na Equipe 20 60 20 Foco no Projeto 20 20 60 Equilíbrio 40 30 30 Figura 7 – Exemplo de proposta de distribuição dos pesos para a composição do HPIFinal do recurso É importante ressaltar que os HPI’s dos recursos, da equipe e do projeto não são obtidos a partir dos CPI’s e SPI’s dos pacotes de trabalho, e sim, a partir da soma dos BCWS’s, BCWP’s e ACWP’s das atividades do recurso e, posteriormente, da aplicação da fórmula CPI=BCWP/ACWP e SPI = BCWP/BCWS. Exemplo Com a nalidade de ilustrar o desenvolvimento dos índices, tem-se um projeto composto de vinte diferentes pacotes de trabalho a serem realizados por cinco recursos em duas equipes. Os recursos 1, 2 e 3 pertencem à Equipe A e os recur-sos 4 e 5 à Equipe B, respectivamente. Na gura 8, tem-se a distribuição dos recursos nos pacotes de trabalho.
  • 11. ricardo-vargas.com 93 Recurso 1Recurso 2Recurso 3Recurso 4Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 01 Recurso 1 Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 02 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 03 Recurso 4 Equipe B Pacote 04 Recurso 1Recurso 2Recurso 3Recurso 4 Equipe AEquipe B Pacote 05 Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 06 Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 07 Recurso 1 Recurso 3 Equipe A Pacote 08 Recurso 1Recurso 2Recurso 3 Equipe A Pacote 09 Recurso 2 Recurso 4 Equipe AEquipe B Pacote 10 Recurso 2 Recurso 4Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 11 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 12 Recurso 1 Recurso 3 Equipe A Pacote 13 Recurso 4 Equipe B Pacote 14 Recurso 1 Recurso 3Recurso 4 Equipe AEquipe B Pacote 15 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 16 Recurso 4Recurso 5 Equipe B Pacote 17 Recurso 1 Recurso 3Recurso 4 Equipe AEquipe B Pacote 18 Recurso 4 Equipe B Pacote 19 Recurso 1 Recurso 5Equipe AEquipe B Pacote 20 Recurso 2Recurso 3 Recurso 5Equipe AEquipe B Figura 8 – Distribuição dos recursos a serem empregados nos pacotes de trabalho Em um determinado momento do projeto, os dados de desempenho dos pa-cotes foram avaliados, obtendo-se a gura 9 com os dados de BCWS, BCWP e ACPWP para cada pacote de trabalho. %completo Orçamento BCWSBCWPACWP Pacote 01 25% 4.000,00 1.250,00 1.000,00 1.200,00 Pacote 02 50% 2.400,00 1.320,00 1.200,00 1.000,00 Pacote 03 100% 2.240,00 2.240,00 2.240,00 2.650,00 Pacote 04 75% 1.400,00 1.100,00 1.050,00 1.260,00 Pacote 05 25% 2.400,00 980,00 600,00 980,00 Pacote 06 50% 1.160,00 560,00 580,00 550,00 Pacote 07 75% 1.600,00 1.450,00 1.200,00 1.960,00 Pacote 08 25% 6.400,00 1.670,00 1.600,00 1.920,00 Pacote 09 100% 3.450,00 3.450,00 3.450,00 4.000,00 Pacote 10 75% 2.800,00 2.010,00 2.100,00 1.950,00 Pacote 11 25% 5.000,00 1.230,00 1.250,00 1.250,00 Pacote 12 50% 5.000,00 2.550,00 2.500,00 3.000,00 Pacote 13 25% 17.000,00 4.560,00 4.250,00 4.000,00 Pacote 14 50% 2.400,00 1.200,00 1.200,00 1.350,00 Pacote 15 100% 450,00 450,00 450,00 450,00 Pacote 16 75% 400,00 340,00 300,00 300,00 Pacote 17 25% 6.200,00 1.810,00 1.550,00 1.860,00 Pacote 18 100% 1.450,00 1.450,00 1.450,00 1.350,00 Pacote 19 50% 2.600,00 1.100,00 1.300,00 1.200,00 Pacote 20 25% 3.000,00 820,00 750,00 900,00 PROJETO 42% 71.350,00 31.540,00 30.020,00 33.130,00 Figura 9 – Exemplo de dados coletados para um projeto com os valores de BCWS, BCWP e ACWP determinados A partir do cruzamento dos resultados de cada pacote com os recursos empre-gados neles, obteve-se o HPI de cada um dos recursos, o HPI de cada uma das
  • 12. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 94 equipes e o HPI total do projeto, conforme mostra a gura 10. Recurso BCWS BCWP ACWP CPI SPI Perc. Completo HPI Recurso 1 12.130,0011.400,0013.750,000,83 0,94 38,51%0,90 Recurso 2 12.050,0011.850,0012.730,000,93 0,98 47,59%0,96 Recurso 3 16.390,0014.930,0017.680,000,84 0,91 36,05%0,89 Recurso 4 18.160,0017.590,0018.720,000,94 0,97 47,11%0,95 Recurso 5 10.060,009.530,009.780,000,97 0,95 39,36%0,96 Equipe BCWS BCWP ACWP CPI SPI Perc. Completo HPI Equipe A 22.950,0021.780,0024.830,000,88 0,95 43,33%0,92 Equipe B 25.870,0024.720,0026.250,000,94 0,96 42,37%0,95 BCWS BCWP ACWP CPI SPI Perc. Completo HPI Total 31.540,0030.020,0033.130,000,91 0,95 42,07%0,93 Figura 10 – Resultados de HPI do recurso e do projeto Observando-se que cada recurso pertence a uma determinada equipe, chega-se aos seguintes resultados individuais, evidenciados na gura 11. Recurso HPIIndividual HPIEquipe HPIProjeto Recurso 1 0,90 0,92 0,93 Recurso 2 0,96 0,92 0,93 Recurso 3 0,89 0,92 0,93 Recurso 4 0,95 0,95 0,93 Recurso 5 0,96 0,95 0,93 Figura 11 – Resultados de HPI de cada recurso A partir da combinação dos resultados da gura 11 com os da gura 7, aparecem os HPI’s nais de cada recurso a partir do foco individual, da equipe, do projeto e do foco equilibrado entre os três parâmetros, chegando-se à gura 12. HPI Foco IndividuoFoco EquipeFoco Projeto Equilíbrio Recurso 1 0,91 0,92 0,92 0,91 Recurso 2 0,95 0,93 0,93 0,94 Recurso 3 0,90 0,91 0,92 0,91 Recurso 4 0,95 0,95 0,94 0,95 Recurso 5 0,95 0,95 0,94 0,95 Figura 12 – Resultado de HPI para cada recurso A partir desses valores, pode-se analisar os resultados de cada um dos recursos e sua contribuição para os resultados do time e do projeto, como, por exemplo, é evidenciado no gráco da gura 13.
  • 13. ricardo-vargas.com 95 0,90 0,91 0,92 0,93 0,94 0,95 Recurso 1 Recurso 2 Recurso 3 Recurso 4 Recurso 5 Foco Individuo Foco Equipe Foco Projeto Figura 13 – Gráco comparativo dos focos entre o indivíduo, a equipe e o projeto para os 5 recursos avaliados Neste exemplo, observa-se que os recursos 1 e 3 apresentaram um desempenho inferior ao de sua equipe e ao do projeto, já o recurso 2 apresentou um desem-penho individual superior; porém, ao analisar sua equipe, seu desempenho foi prejudicado pelo fraco desempenho dos recursos 1 e 3. Já os recursos 4 e 5 ob-tiveram desempenho elevado, elevando, assim, o desempenho da equipe B. Já o desempenho do projeto foi inferior ao desempenho dos recursos 4 e 5 e da equipe B porque os intergrantes da equipe A abaixaram o desempenho global pelos seus fracos desempenhos individuais. Conclusões O principal objetivo desse artigo foi apresentar uma proposta de avaliação dos recursos humanos e das equipes através de um modelo matemático mais direto do que a avaliação subjetiva por parte do gerente de projetos. Além disso, polí-ticas de bônus e compensações podem ser diretamente atreladas aos índices, causando um mecanismo mais transparente de distribuição dos resultados do projeto.
  • 14. Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado como Fator do Desenv. do Time e como Ferramenta de Bonificação 96 Porém, alguns cuidados precisam ser tomados ao utilizar esse tipo de avaliação. Primeiramente, quando o executante não é o responsavel pelo cumprimento do orçamento, ele pode ter seu desempenho comprometido pelo fraco desempe-nho da equipe de compras, por exemplo. Segundo, esse modelo matemático não pode ser determinista, ou seja, o único a representar a verdade dos resultados do trabalho do recurso no projeto, uma vez que, por serem completamente mate-máticos, podem não evidenciar aspectos humanos subjetivos dentro do trabalho da equipe. Referências Bibliográcas DOD (1997). Earned value Management Implementation Guide. Washington: Uni-ted States of America Department of Defense FITZ-ENZ, J. (2000). The ROI of Human Capital: Measuring the Economic Value of Employee Performance. New York; AMACOM. FLANES, S. W. LEVIN, G. (2001). People Skills for Project Managers. Vienna: Mana-gement Concepts. FLEMING, Q. W. KOPPELMAN, J. M. (1999). Earned value Project Management, 2nd Ed. Newton Square: Project Management Institute. PARKER, G., MCADAMS, J. ZIELINSKI, D. (2000). Rewarding Teams: Lesson from the Trenches. San Francisco: Jossey-Bass. PMI (2000). A guide to the Project Management Body of Knowledge. Newton Squa-re: Project Management Institute. SHUSTER, H. D. (2000). Teaming for Quality: The Right Way for the Right Reason. Newton Square: Project Management Institute. VERMA, V. K. (1995). Human Resource Skills for the Project Manager vol. 2. Upper Darby: Project Management Institute.