O documento discute regras gramaticais relacionadas à crase e sintaxe em questões de provas de concursos públicos. As questões abordam temas como o emprego correto do sinal de crase, a regência de verbos e a estrutura sintática de frases.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
100 questões de crase
1. 1 - Q428467 ( Prova: IESES - 2014 - IGP-SC - Auxiliar Pericial - Criminalístico /
Português / Crase; Sintaxe; Regência; )
Em qual das alternativas o sinal de crase é facultativo?
• a) Dirigi-me à Laura para saber como ela atendia os contribuintes.
• b) O sapato tinha detalhes à italiana.
• c) Suas publicações são semelhantes às minhas.
• d) Fiz menção à teoria citada por você.
2 - Q420132 ( Prova: VUNESP - 2014 - FUNDUNESP - Assistente Administrativo /
Português / Crase; Sintaxe; Regência; )
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas
do texto.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou e mandou para o
Senado a Lei da Palmada, ou Lei Menino Bernardo (em homenagem _____
Bernardo, assassinado recentemente, aos 11 anos, no RS). A lei fará que
pais e educadores não possam recorrer _____ castigos corporais, mesmo
moderados, ainda que sejam na intenção de educar as crianças.
Eu sou mais _____ favor da lei do que contra ela. Reprimir a violência de
pais e educadores talvez quebre o círculo vicioso _______ tendemos
______ reproduzir a violência ______ fomos vítimas.
(Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo, 29 de maio de 2014. Adaptado)
• a) à ... a ... à ... do qual ... à ... da qual
• b) a ... à ... à ... pelo qual ... a ... a qual
• c) a ... a ... a ... pelo qual ... a ... da qual
• d) à ... à ... à ... com o qual ... à ... que
• e) à ... à ... a ... no qual ... a ... com a qual
3 - Q423631 ( Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Auxiliar Judiciário / Português /
Crase; Sintaxe; Regência; )
Após queixas, palavrão vira falta em pelada de condomínio no
Rio
Peladeiros de um condomínio de classe média alta na Barra da
2. Tijuca, no Rio, criaram uma nova regra para as partidas disputadas no
campo do clube que serve aos moradores: palavrão é falta.
Cada vez que um jogador reagir de forma malcriada a um lance
ríspido ou a uma marcação do juiz, seu time será punido.
A regra surgiu a partir de queixas de moradores. “Fica chato para
quem mora aqui ou pratica alguma atividade física ao redor do campo ter
que ouvir palavrões ao lado de seus filhos, da família”, diz Vitor S., 25,
morador do condomínio e peladeiro.
Segundo ele, a decisão não aboliu totalmente as expressões
grosseiras durante as partidas, mas elas com certeza diminuíram. “A gente
pensa duas vezes antes de falar para não cometer falta.”
Devido às queixas, os peladeiros e a administração do condomínio
fizeram o acordo. Coube à administração instalar as placas pelo campinho
informando sobre a nova regra.
Para os jovens locais, a nova medida é educativa e simboliza respeito
com a vizinhança. “Mas ainda tem gente que não consegue se controlar. Aí
toma falta e prejudica o time”, afirma o estudante Kaique C., 15.
(Diana Brito. Folha de S. Paulo, 31.05.2011. Adaptado)
Assinale a alternativa que completa a frase a seguir, apresentando o
emprego correto do sinal indicativo de crase.
Para as partidas no campo de futebol, estabeleceu-se uma nova regra –
palavrão é falta – imposta...
• a) à times dos bairros vizinhos.
• b) à pessoas que frequentam o local.
• c) à turma de peladeiros.
• d) à todos os moradores.
• e) à uma comunidade onde há muitas crianças.
4 - Q413817 ( Prova: FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área
Administrativa / Português / Crase; )
Atenção: Para responder a questão considere o texto abaixo.
No campo da técnica e da ciência, nossa época produz mi-lagres
todos os dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um
custo destrutivo, por exemplo, em danos irreparáveis à nature-za,
e nem sempre contribui para reduzir a pobreza.
A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanida-des
humanizam. Não é indubitável aquilo em que acreditam tan-os
filósofos otimistas, ou seja, que uma educação liberal, ao al-cance
de todos, garantiria um futuro de liberdade e igualdade de
3. oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por
exemplo, afirma que “bibliotecas, museus, universidades, cen-ros
de investigação por meio dos quais se transmitem as huma-nidades
e as ciências podem prosperar nas proximidades dos
campos de concentração”. “O que o elevado humanismo fez de
bom para as massas oprimidas da comunidade? Que utilidade
teve a cultura quando chegou a barbárie?”
Numerosos trabalhos procuraram definir as características
da cultura no contexto da globalização e da extraordinária revo-lução
tecnológica. Um deles é o de Gilles Lipovetski e Jean
Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se a ideia de uma cul-tura
global - a cultura-mundo - que vem criando, pela primeira
vez na história, denominadores culturais dos quais participam
indivíduos dos cinco continentes, aproximando-os e igualando-os
apesar das diferentes tradições e línguas que lhes são próprias.
Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da ima-gem
e do som sobre a palavra, ou seja, com a tela. A indústria
cinematográfica, sobretudo a partir de Hollywood, “globaliza” os
filmes, levando-os a todos os países, a todas as camadas
sociais. Esse processo se acelerou com a criação das redes
sociais e a universalização da internet.
Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um in-dividualismo
extremo em todo o globo. Contudo, a publicidade e
as modas que lançam e impõem os produtos culturais em nos-sos
tempos são um obstáculo a indivíduos independentes.
O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura em
sentido estrito, ou se nos referimos a coisas completamente
diferentes quando falamos, por um lado, de uma ópera de
Wagner e, por outro, dos filmes de Hitchcock e de John Ford.
A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa-do
e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pre-tendiam
transcender o tempo presente, continuar vivos nas ge-rações
futuras, ao passo que os produtos deste são fabricados
para serem consumidos no momento e desaparecer. Cultura é
diversão, e o que não é divertido não é cultura.
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo.
Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook)
Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre parênteses,
o sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado em:
• a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de
todos) (2º parágrafo)
• b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... -
(ciências humanas) (2º parágrafo)
• c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) (4º
parágrafo)
4. • d) ... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma
coisa completamente diferente) (6º parágrafo)
• e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de
indivíduos independentes) (5º parágrafo)
5 - Q406402 ( Prova: IBFC - 2014 - SEDS-MG - Agente de Segurança Penitenciária /
Português / Crase; Sintaxe; Regência; )
5.
6. Em “Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, “, ocorre
a contração da preposição “a” com o artigo “a”. A ocorrência da preposição
deve-se a uma relação de regência, na qual o termo regente é:
• a) “assim”
• b) “excitação”
• c) “emoções”
• d) “ligadas”
6 - Q421209 ( Prova: FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 01 / Português /
Fonologia; Ortografia; Interpretação de Textos; Significação Contextual de Palavras e
Expressões; Redação - Reescritura de texto; Novo Acordo Ortográfico; Crase; Acentuação
gráfica: Proparoxítonas, Paroxítonas, Oxítonas e Hiatos; Sintaxe; Regência; )
Texto 1
Inauguração da Avenida
[...]
Já lá se vão cinco dias. E ainda não houve aclamações, ainda não houve
delírio. O choque foi rude demais. Acalma ainda não renasceu.
Mas o que há de mais interessante na vida dessa mó de povo que se
está comprimindo e revoluteando na Avenida, entre a Prainha e o
Boqueirão, é o tom das conversas, que o ouvido de um observador apanha
aqui e ali, neste ou naquele grupo.
Não falo das conversas da gente culta, dos “doutores” que se julgam
doutos.
Falo das conversas do povo - do povo rude, que contempla e critica a
arquitetura dos prédios: “Não gosto deste... Gosto mais daquele... Este é
mais rico... Aquele tem mais arte... Este é pesado... Aquele é mais
elegante...”.
Ainda nesta sexta-feira, à noite, entremeti-me num grupo e fiquei
saboreando uma dessas discussões. Os conversadores, à luz rebrilhante do
gás e da eletricidade, iam apontando os prédios: e - cousa consoladora -
eu, que acompanhava com os ouvidos e com os olhos a discussão, nem
uma só vez deixei de concordar com a opinião do grupo. Com um instintivo
bom gosto subitamente nascido, como por um desses milagres a que os
teólogos dão o nome de “mistérios da Graça revelada” - aquela simples e
rude gente, que nunca vira palácios, que nunca recebera a noção mais
rudimentar da arte da arquitetura, estava ali discernindo entre o bom e o
mau, e discernindo com clarividência e precisão, separando o trigo do joio,
e distinguindo do vidro ordinário o diamante puro.
É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e
umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens - tem uma
inteligência nativa, exuberante e pronta, que é feita de sobressaltos e
relâmpagos, e que apanha e fixa na confusão as ideias, como a placa
sensibilizada de uma máquina fotográfica apanha e fixa, ao clarão
7. instantâneo de uma faísca de luz oxídrica, todos os objetos mergulhados na
penumbra de uma sala...
E, pela Avenida em fora, acotovelando outros grupos, fui pensando na
revolução moral e intelectual que se vai operar na população, em virtude da
reforma material da cidade.
A melhor educação é a que entra pelos olhos. Bastou que, deste solo
coberto de baiucas e taperas, surgissem alguns palácios, para que
imediatamente nas almas mais incultas brotasse de súbito a fina flor do
bom gosto: olhos, que só haviam contemplado até então betesgas,
compreenderam logo o que é a arquitetura. Que não será quando da velha
cidade colonial, estupidamente conservada até agora como um pesadelo do
passado, apenas restar a lembrança?
[...]
E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio, voltei-me, e contemplei
mais uma vez a Avenida, em toda sua gloriosa e luminosa extensão. [...]
Gazeta de Notícias - 19 nov.1905. Bilac, Olavo. Vossa Insolência: crônicas.
São Paulo: Companhia de Letras, 1996, p. 264-267.
Vocabulário:
baiuca: local de última categoria, malfrequentado.
betesga: rua estreita, sem saída,
mó: do latim “mole” , multidão; grande quantidade,
revolutear: agitar-se em várias direções,
tapera: lugar malconservado e de mau aspecto
Tendo em vista o fragmento “Os conversadores, à luz rebrilhante do gás e
da eletricidade, iam apontando os prédios...”, analise as afirmativas a
seguir.
I. Usa-se o acento indicativo da crase em À LUZ porque se está diante de
uma expressão adverbial que exige preposição + artigo feminino.
II. A forma verbal IAM APONTANDO pode ser substituída, sem prejuízo do
entendimento, por APONTAM.
III. A palavra GÁS é acentuada por ser oxítona terminada em A, seguida de
S.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):
• a) I
• b) III
• c) II
• d) I e II
• e) II e III