O documento discute os conceitos de ética e moral, destacando que a ética se refere a princípios e convicções que orientam as pessoas, enquanto a moral trata da prática real dos costumes estabelecidos. Também aborda as três principais tradições éticas - aristotélica, utilitarista e kantiana. Por fim, enfatiza a importância da responsabilidade social e do aprimoramento contínuo para o psicólogo.
2. ÉTICA -> É PARTE DA FILOSOFIA
> CONSIDERA CONCEPÇÕES DE FUNDO ACERCA DA VIDA,
DO UNIVERSO, DO SER HUMANO E DO SEU DESTINO,
ESTATUI PRINCÍPIOS E VALORES QUE ORIENTAM
PESSOAS E SOCIEDADES.
> UMA PESSOAS É ÉTICA QUANDO SE ORIENTA POR
PRINCÍPIOS E CONVICÇÕES
> TEM CARÁTER E BOA ÍNDOLE
3. MORAL -> É PARTE DA VIDA CONCRETA
-> TRATA DA PRÁTICA REAL DAS PESSOAS QUE SE
EXPRESSÃO POR COSTUMES, HÁBITOS E VALORES
CULTURALMENTES ESTABELECIDOS
-> UMA PESSOA PODE SER MORAL (SEGUE OS COSTUMES
ATÉ POR CONVENÇÃO) MAS NÃO NECESSARIAMENTE
ÉTICA (OBEDECE A CONVICÇÕES E PRINCÍPIOS)
4. DERIVA DO GREGO -> ÉTHOS – HÁBITO OU
COSTUME – MANEIRA EXTERIOR DE
COMPORTAMENTO
ÊTHOS – O LUGAR OU PÁTRIA ONDE
HABITUALMENTE SE VIVE
5. Ética aristotélica e dos seus seguidores:
◦ estuda o agir a partir de uma concepção do
homem como sendo: um animal político, que
tem linguagem e muitas vezes age logicamente
(ou deveria fazê-lo) e que precisa desenvolver-
se dentro de uma sociedade concreta, num
período de tempo, dentro de formas concretas
de governo de uma cidade, se quiser ser feliz.
6. A segunda grande tradição ética:
◦ Estilo anglo-saxônico - corrente do utilitarismo.
◦ Os seguidores são geralmente muito
pragmáticos - mediatistas (contentando-se com
uma moral provisória), são menos
especulativos, e raciocinam praticamente
assim: o maior valor ético deve consistir em
procurar o maior bem possível para o maior
número possível de homens
7. A terceira tradição filosófica que atua e
vigora até hoje é a da linha kantiana -
centrada sobre a noção de dever
Se queres agir moralmente -
racionalmente - age então de uma
maneira realmente universalizável –
(Kant)
9. É um conjunto de princípios gerais que
fundamentam e ajudam a operacionalizar a
pratica psicológica (o ato) e sugere normas que
explicitam situações profissionais, indicando
caminhos como soluções de problemas
10. Deve expressar a dinamicidade própria da
liberdade, do risco e da criação
Mostrar um conjunto de comportamentos que seja
representativo da realidade social e cultural, com
os quais o Homem convive diariamente inserido
no meio ambiente em que se move.
11. deve refletir princípios gerais, pressupostos
básicos que garantam ao agir do profissional,
estes elementos de gratificação, quando este
agir corresponde ao ideal ético refletido pelo
Código
12. Ética filosófica que apela para uma reflexão, para
uma compreensão das singularidades, é ela que
faz um apelo à criatividade humana, à liberdade e
à espontaneidade
O Código de Ética tem que ser fiel a esta
dimensão, pois é esta dimensão da Ética do
Homem, da pessoa e não do psicólogo. O Código
é uma Ética para o homem que trabalha na
ciência psicológica.
13. Ética faz do psicólogo um profissional
enraizado socialmente no mundo visto que
uma profissão é forte quando a sociedade
reconhece a sua importância e esta se
revela eficaz na sua implicação com o
contexto social e psicossocial
14. como ciência de costumes, a ética trata dos
deveres sociais do homem e das suas obrigações
na comunidade.
A satisfação das aspirações morais faz parte
integrante do conjunto dos desejos humanos, pois
nenhuma sociedade ou grupo pode viver fora de
qualquer regra ou lei. A vida é uma contínua
seleção e criação, não é apenas um deixar-se
viver.
15. A conduta moral tem como base a disciplina, a
adaptação à vida em grupo e a autonomia da
vontade.
Código deve refletir sobre o outro lado do agir
humano, reconhecendo simultaneamente a
importância do sentimento pessoal perante a
norma, a importância de se acreditar num ideal
de homem e de vida, permitindo um encontro
real entre a norma e o homem, o qual dignifica o
seu comportamento.
16. agir ético vai além do pensar bem e
honestamente, é a ressonância de um mundo
individual e pessoal mas exige que a consciência,
que é “uma síntese em perpetua realização “ se
manifeste de modo explícito através de acções
claras e visíveis.
17. Debra Luepnitz (1998) a obrigação moral e ética
que a prática requer: o(a) profissional precisa ter
consciência do poder e da influência que
ele/ela exerce sobre a vida do cliente
18. Manifestação de poder é a forma como
utilizamos o diagnóstico.
A importância de ampliarmos as considerações
etiológicas de forma a incluir o social.
19. Variáveis como sexo, situação sócio-
económica, estado civil, raça, etc. geram
variações diagnósticas que não podem
permanecerem ignorada
20. Marianne Walters, Peggy Papp, Olga Silverstein, e Betty
Carter(1988) oferecem para reflexão as seguintes
sugestões:
A(o) profissional precisa estar atenta(o) para identificar os construtos
sociais e as mensagens de gênero que condicionam o comportamento e
os papéis sociais e para reconhecer as maneiras distintas com que
homens e mulheres são ensinados a lidarem e a experiênciarem relações
íntimas. Isto implica numa sensibilidade para as manifestações do
condicionamento de gênero nas posturas pessoais, nas interações diárias
e na capacidade de questionarmos atitudes, valores e comportamentos
"normais" que foram objetivados pela sociedade.
21. A prática clínica é portanto, um ato social,
que não pode ser separado das questões
sociais que o circundam.
22. são objeto de uma exigência ética elementar:
a atualização profissional ao nível dos
conhecimento científicos
dados de investigação e saber – fazer
particulares – nomeadamente ao nível da
familiarização com várias técnicas e instrumentos
específicos ou objetos de estudos mais recentes,
respectivas potencialidades e limites
interpretativos
24. I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito
e na promoção da liberdade, da dignidade, da
igualdade e da integridade do ser humano,
apoiado nos valores que embasam a Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
25. II. O psicólogo trabalhará visando promover a
saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades e contribuirá para a eliminação de
quaisquer formas de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão
26. III. O psicólogo atuará com responsabilidade
social, analisando crítica e historicamente a
realidade política, econômica, social e cultural
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por
meio do contínuo aprimoramento profissional,
contribuindo para o desenvolvimento da
Psicologia como campo científico de
conhecimento e de prática.
27. V. O psicólogo contribuirá para promover a
universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência
psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da
profissão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício
profissional seja efetuado com dignidade,
rejeitando situações em que a Psicologia esteja
sendo aviltada.
28. VII. O psicólogo considerará as relações de poder
nos contextos em que atua e os impactos dessas
relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em
consonância com os demais princípios deste
Código.
29. b) Assumir responsabilidades profissionais
somente por atividades para as quais esteja
capacitado pessoal, teórica e tecnicamente
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade,
em condições de trabalho dignas e apropriadas
à natureza desses serviços, utilizando princípios,
conhecimentos e técnicas reconhecidamente
fundamentados na ciência psicológica, na ética e
na legislação profissional;
30. f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de
serviços psicológicos, informações concernentes
ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional
31. g) Informar, a quem de direito, os resultados
decorrentes da prestação de serviços psicológicos,
transmitindo somente o que for necessário para a
tomada de decisões que afetem o usuário ou
beneficiário;
h) Orientar a quem de direito sobre os
encaminhamentos apropriados, a partir da
prestação de serviços psicológicos, e fornecer,
sempre que solicitado, os documentos pertinentes
ao bom termo do trabalho
32. d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações
que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da
profissão de psicólogo ou de qualquer outra
atividade profissional
) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo
a serviços de atendimento psicológico cujos
procedimentos, técnicas e meios não estejam
regulamentados ou reconhecidos pela profissão
33. Emitir documentos sem fundamentação e
qualidade técnicocientífica
h) Interferir na validade e fidedignidade de
instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar
seus resultados ou fazer declarações falsas
34. k) Ser perito, avaliador ou parecerista em
situações nas quais seus vínculos
pessoais ou profissionais, atuais ou
anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade
aos resultados da avaliação
35. q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos
ou apresentar resultados de serviços psicológicos
em meios de comunicação, de forma a expor
pessoas, grupos ou organizações.
36. Estudos mostram que a cada ano morrem, no
Brasil, 42 mil pessoas vítimas de acidentes de
trânsito, 90% dos quais provocados por falha
humana.
o motorista brasileiro estaria realmente habilitado
para dirigir um veículo que mal conduzido pode
representar um risco de morte nas ruas e
estradas?
37. Ao psicólogo perito de trânsito cabe a responsabilidade
profissional e ética de triar quem está em condições
psicológicas de receber a Carteira Nacional de Habilitação
a Psicologia propôs outra forma de olhar a questão do
trânsito, para além dos testes psicológicos, enfocando
não apenas o condutor, mas tudo aquilo que participa do
sistema trânsito: os pedestres, ciclistas, motociclistas,
crianças, jovens, adultos, idosos, deficientes físicos,
animais e meio ambiente.
38. o profissional, que aplica a avaliação psicológica nos
candidatos, precisa ter uma conduta ética muito rígida.
o psicólogo precisa ter consciência de que, ao
aprovar um candidato, estará dando um aval para
que uma pessoa conduza um automóvel por um
longo período