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Cinema Expandido, experimentação e novos
formas cinema: um diálogo com a teoria e novos
formatos do cinema e do audiovisual. 
O projeto tem como objetivo principal mapear as principais
questões que envolvem o até aqui chamado “cinema
expandido”, a saber: mudanças / deslocamentos nas formas
de exibição, produção e recepção do cinema dominante
(dispositivo); transformação das estratégias de criação e do
lugar do artista/cineasta nos circuitos de produção e exibição;
relação com a tecnologia, espaços de exibição, convergência
de formatos, etc.
Estratégia:
Para isso vamos discutir 3 exposições que trazem
obras e textos que operam com o conceito do cinema
expandido: Future Cinema (ZKM/2003), Movimentos
Improváveis – o efeito cinema na arte contemporânea
(CCBB/2003), Cinema Sim – narrativas e projeções
(Itaú Cultural/2008). O objetivo é registrar e refletir
sobre a instabilidade que se reflete na forma de
nomear e pensar essas novas forma(s) cinema(s).
Future Cinema/ ZKM 2003 (Peter Weibel/
Curadoria)
Rede global de produção de imagens = Padronização.
Resistência e diálogo com a cultura industrial /
momentos históricos: 1. Cinema expandido de 1960 –2.
Década de 70 – vídeo e a revolução eletrônica, 3.
Décadas de 80 e 90 – imagem de síntese, algoritmos.
Foco será a expansão do código cinematográfico no
campo do digital e se concentra no dispositivo. A
ênfase na inovação técnica não exclui o conteúdo
artístico e ideológico, já que seguindo a teoria do
dispositivo da década de 70, o conteúdo ou a ideologia
artística está inscrita no próprio dispositivo.
Faz do dispositivo o conceito de base para pensar a
relação ideologia x conteúdo x técnica, colocando a
expo como o lugar de novas possibilidades de
invenção.
Jeffrey Shaw (Future Cinema / Curador)
Questionamento da hegemonia da forma cinema
(dispositivo) Hollywood pelas novas modalidades da
mídias digitais,
As novas modalidades do digital estão colocando novas
bases para as tradições do cinema independente,
experimental e expandido.
O domínio do digital é principalmente sua ampla grade
de metodologias de interação.
Enquanto as formas tradicionais de expressão são
interativas por serem interpretadas e reconstruídas pelo
espectador, a interação digital oferece uma nova e
imediata dimensão de controle do usuário e
envolvimento nos procedimentos criativos.
Estas novas formas de interação mudam a relação
compulsiva espectador espetáculo - crítica a autocracia
do formato dramático (intriga, conflito central, etc)
Busca por novas estratégias onde a autocracia do
diretor e seu dispositivo ótico de submissão possa ser
mudada na direção de um novo cinema.
Tarefa central da pesquisa é a concepção e design de técnicas
narrativas que permitam recursos interativos indo além da
banalidade de opções de enredo e labirintos de videogame
(ramificações),
Desenvolver estruturas modulares de conteúdo narrativo que
permitam número indeterminado ainda significativo de
permutação.
Concepção de caracterizações de conteúdo através de modelos
algorítmicos que permitam a geração automática de sequências
narrativas que o usuário pode modular, por exemplo, usando um
modelo genético de seleção.
A noção de um cinema digitalmente estendido na verdade habitado por
seu público, que se torna agente e protagonista do seu desenvolvimento
narrativo.
Ênfases da curadoria é de instalações que divergem dos formatos
gráficos convencionais e exploram formatos mais imersivos e ambientes
tecnologicamente inovadores, tais como multi-screen, panorâmica, cúpula
de projeção, compartilhada multi-usuário, e configurações online,
concepção de narrativas não-lineares,
Temas e Formatos Expo - 1)Remapeamento; 2) Transcrição;
3)Recombinatório (Estética Banco de Dados); 4) Interpolados (Ficção x
Documental); 5) Imersivo; 6) Calculado (Imagens de síntese); 7) Sem Tela
(geração de imagens diretas no cérebro.
Novo cinema de atrações (Parques temáticos)
Movimentos Improváveis - o efeito cinema na
arte contemporânea (Phillipe Dubois /Ivana
Bentes / 2007)
Questionamento do estatuto das imagens: o que é uma
imagem hoje? O que é olhar?
Mudança nas relações da imagem: origem, destino,
lugar, materia, poder e potência,
Criação visual se expressa cada vez mais por
conjuntos complexos e mestiços nos quais as
identidades e especificidades não são mais marcas
estáveis para nossa percepção. (incerteza do visível)
Eleição da questão do movimento como tema central
da expo,
efeito cinema na arte contemporânea, (cinema de
exposição
só há invenção na arte qdo. se coloca em cheque
clivagens estabelecidas (fotografia=imobilidade,
cinema=movimento)
A questão da percepção, (o deslocamento da experiência pela
incerteza dos códigos)
Organização temática da expo: Vôos líquidos (mudança de
perspectiva da imagem produzindo outra percepção/ leitura -
ondas verticais); A caverna das ilusões (cuba com peixes /
espelho/ projeção); O quarto para dormir de pé (Fotografias,
espelhos, objetos do quarto que sugerem outro uso); Corpos
Impossíveis (auto retratos; imagens computadorizadas
interpoladas das imagens fotográficas em sequência, dispostas
em círculo, gerando um efeito de dúvida sobre o que são as
imagens); Humanidade Impensável (36976 retratos)
Obras: instalações multimídias.
Quase cinema (Oiticica - Cosmococa VI) - imagens
modificadas de imagens conhecidas (Duchamp, Jimi
Hendrix, Andy Warhol) - questões sobre a reprodução
das imagens.
Quem semeia vento colhe tempestade - (imagens de
roupas ao vento/ percurso/ imagens de tempestade -
experiência do sublime)
Cinema Sim, 2008 / Roberto Moreira Cruz
É cada vez mais frequente a presença de uma situação
cinematográfica em espaços distintos ao da sala de
cinema. Nos circuitos dos museus, galerias, mostras de
arte contemporânea e centros dedicados à artemídia, o
público encontra o que pode ser considerada uma
tendência nos modos de exibição de obras
audiovisuais.
O espaço da exposição vira o espaço da projeção.
As imagens projetadas no espaço expositivo fazem
com que a atenção do espectador se desloque da
ilusão da tela bidimensional para o espaço que a
circunscreve e para os mecanismos e dispositivos de
projeção da imagem em movimento,
Recursos de projeções transformam o ambiente
expositivo em espaço-tempo da exibição; elementos
narrativos também se efetivam no próprio processo de
exibição, bem como são modificados as relações de
fruição e participação do público.
Ocupado pelos dispositivos da projeção, pelos códigos
sonoros e visuais da imagem em movimento e pelos
aspectos informativos da narrativa, o espaço expositivo
integra-se ao espaço fílmico e vice-versa, e dessa
imbricação de funções decorre uma expansão sobre o que
se entende e se define por cinema.
Artistas e obras - aspectos narrativos.
Questões para discussão:
1.A curadoria como parte do dispositivo,
2.A contradição do novo e do discurso moderno (a idéia
do futuro como emancipatória, da tecnologia como
revolução, seu caráter desenvolvimentista de novas
formas de mundo, etc.)
3.A questão da percepção como tema central dos
trabalhos (Formalismo x Realismo)
4.Estabilidade / Instabilidade - nome x conceitos
5. O aspecto conceitual e o ilusionismo (clichês
e imersão na narrativa / Avatar)
6.O aspecto coletivo da recepção - a narrativa
como link, forma de coesão social
7.A questão da estética digital (Janet Murray /
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  • 1. Cinema Expandido, experimentação e novos formas cinema: um diálogo com a teoria e novos formatos do cinema e do audiovisual.  O projeto tem como objetivo principal mapear as principais questões que envolvem o até aqui chamado “cinema expandido”, a saber: mudanças / deslocamentos nas formas de exibição, produção e recepção do cinema dominante (dispositivo); transformação das estratégias de criação e do lugar do artista/cineasta nos circuitos de produção e exibição; relação com a tecnologia, espaços de exibição, convergência de formatos, etc.
  • 2. Estratégia: Para isso vamos discutir 3 exposições que trazem obras e textos que operam com o conceito do cinema expandido: Future Cinema (ZKM/2003), Movimentos Improváveis – o efeito cinema na arte contemporânea (CCBB/2003), Cinema Sim – narrativas e projeções (Itaú Cultural/2008). O objetivo é registrar e refletir sobre a instabilidade que se reflete na forma de nomear e pensar essas novas forma(s) cinema(s).
  • 3. Future Cinema/ ZKM 2003 (Peter Weibel/ Curadoria) Rede global de produção de imagens = Padronização. Resistência e diálogo com a cultura industrial / momentos históricos: 1. Cinema expandido de 1960 –2. Década de 70 – vídeo e a revolução eletrônica, 3. Décadas de 80 e 90 – imagem de síntese, algoritmos.
  • 4. Foco será a expansão do código cinematográfico no campo do digital e se concentra no dispositivo. A ênfase na inovação técnica não exclui o conteúdo artístico e ideológico, já que seguindo a teoria do dispositivo da década de 70, o conteúdo ou a ideologia artística está inscrita no próprio dispositivo. Faz do dispositivo o conceito de base para pensar a relação ideologia x conteúdo x técnica, colocando a expo como o lugar de novas possibilidades de invenção.
  • 5. Jeffrey Shaw (Future Cinema / Curador) Questionamento da hegemonia da forma cinema (dispositivo) Hollywood pelas novas modalidades da mídias digitais, As novas modalidades do digital estão colocando novas bases para as tradições do cinema independente, experimental e expandido. O domínio do digital é principalmente sua ampla grade de metodologias de interação.
  • 6. Enquanto as formas tradicionais de expressão são interativas por serem interpretadas e reconstruídas pelo espectador, a interação digital oferece uma nova e imediata dimensão de controle do usuário e envolvimento nos procedimentos criativos. Estas novas formas de interação mudam a relação compulsiva espectador espetáculo - crítica a autocracia do formato dramático (intriga, conflito central, etc) Busca por novas estratégias onde a autocracia do diretor e seu dispositivo ótico de submissão possa ser mudada na direção de um novo cinema.
  • 7. Tarefa central da pesquisa é a concepção e design de técnicas narrativas que permitam recursos interativos indo além da banalidade de opções de enredo e labirintos de videogame (ramificações), Desenvolver estruturas modulares de conteúdo narrativo que permitam número indeterminado ainda significativo de permutação. Concepção de caracterizações de conteúdo através de modelos algorítmicos que permitam a geração automática de sequências narrativas que o usuário pode modular, por exemplo, usando um modelo genético de seleção.
  • 8. A noção de um cinema digitalmente estendido na verdade habitado por seu público, que se torna agente e protagonista do seu desenvolvimento narrativo. Ênfases da curadoria é de instalações que divergem dos formatos gráficos convencionais e exploram formatos mais imersivos e ambientes tecnologicamente inovadores, tais como multi-screen, panorâmica, cúpula de projeção, compartilhada multi-usuário, e configurações online, concepção de narrativas não-lineares, Temas e Formatos Expo - 1)Remapeamento; 2) Transcrição; 3)Recombinatório (Estética Banco de Dados); 4) Interpolados (Ficção x Documental); 5) Imersivo; 6) Calculado (Imagens de síntese); 7) Sem Tela (geração de imagens diretas no cérebro. Novo cinema de atrações (Parques temáticos)
  • 9. Movimentos Improváveis - o efeito cinema na arte contemporânea (Phillipe Dubois /Ivana Bentes / 2007) Questionamento do estatuto das imagens: o que é uma imagem hoje? O que é olhar? Mudança nas relações da imagem: origem, destino, lugar, materia, poder e potência,
  • 10. Criação visual se expressa cada vez mais por conjuntos complexos e mestiços nos quais as identidades e especificidades não são mais marcas estáveis para nossa percepção. (incerteza do visível) Eleição da questão do movimento como tema central da expo, efeito cinema na arte contemporânea, (cinema de exposição só há invenção na arte qdo. se coloca em cheque clivagens estabelecidas (fotografia=imobilidade, cinema=movimento)
  • 11. A questão da percepção, (o deslocamento da experiência pela incerteza dos códigos) Organização temática da expo: Vôos líquidos (mudança de perspectiva da imagem produzindo outra percepção/ leitura - ondas verticais); A caverna das ilusões (cuba com peixes / espelho/ projeção); O quarto para dormir de pé (Fotografias, espelhos, objetos do quarto que sugerem outro uso); Corpos Impossíveis (auto retratos; imagens computadorizadas interpoladas das imagens fotográficas em sequência, dispostas em círculo, gerando um efeito de dúvida sobre o que são as imagens); Humanidade Impensável (36976 retratos) Obras: instalações multimídias.
  • 12. Quase cinema (Oiticica - Cosmococa VI) - imagens modificadas de imagens conhecidas (Duchamp, Jimi Hendrix, Andy Warhol) - questões sobre a reprodução das imagens. Quem semeia vento colhe tempestade - (imagens de roupas ao vento/ percurso/ imagens de tempestade - experiência do sublime)
  • 13. Cinema Sim, 2008 / Roberto Moreira Cruz É cada vez mais frequente a presença de uma situação cinematográfica em espaços distintos ao da sala de cinema. Nos circuitos dos museus, galerias, mostras de arte contemporânea e centros dedicados à artemídia, o público encontra o que pode ser considerada uma tendência nos modos de exibição de obras audiovisuais. O espaço da exposição vira o espaço da projeção.
  • 14. As imagens projetadas no espaço expositivo fazem com que a atenção do espectador se desloque da ilusão da tela bidimensional para o espaço que a circunscreve e para os mecanismos e dispositivos de projeção da imagem em movimento, Recursos de projeções transformam o ambiente expositivo em espaço-tempo da exibição; elementos narrativos também se efetivam no próprio processo de exibição, bem como são modificados as relações de fruição e participação do público.
  • 15. Ocupado pelos dispositivos da projeção, pelos códigos sonoros e visuais da imagem em movimento e pelos aspectos informativos da narrativa, o espaço expositivo integra-se ao espaço fílmico e vice-versa, e dessa imbricação de funções decorre uma expansão sobre o que se entende e se define por cinema. Artistas e obras - aspectos narrativos.
  • 16. Questões para discussão: 1.A curadoria como parte do dispositivo, 2.A contradição do novo e do discurso moderno (a idéia do futuro como emancipatória, da tecnologia como revolução, seu caráter desenvolvimentista de novas formas de mundo, etc.) 3.A questão da percepção como tema central dos trabalhos (Formalismo x Realismo)
  • 17. 4.Estabilidade / Instabilidade - nome x conceitos 5. O aspecto conceitual e o ilusionismo (clichês e imersão na narrativa / Avatar) 6.O aspecto coletivo da recepção - a narrativa como link, forma de coesão social 7.A questão da estética digital (Janet Murray / hibridismo e interconectividade)