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Universidade Estadual do Ceará 
Centro de Ciências e Tecnologia 
Curso de Física 
Professor: Robson Lopes de Alcântara 
Disciplina: Práticas Como Componente Curricular de Óptica 
Plano de Ensino 
Holografia 
1. Introdução A holografia é, basicamente, uma maneira de fazer o registro para apresentar uma imagem em três dimensões pelo uso essencialmente da luz. O conceito foi criado em 1948 por Dennis Gabor e hoje se expande com as mais diversas utilidades e aplicações. A fotografia apareceu como uma maneira de guardar conteúdos e imagens com a captura da luz. Mas, obviamente, ela não é capaz de uma captura completa e funciona como uma "reprodução chapada" em relação à realidade. A holografia é justamente uma evolução das fotografias, capaz de capturar tridimensionalmente um objeto e a sua iluminação. Ou seja, se você olhar para um holograma, é quase como se estivesse vendo o objeto real, pois pode vê-lo em três dimensões e os efeitos das luzes sobre ele. 
Para compreender a diferença entre a fotografia comum e este processo, é importante considerar primeiramente a natureza da luz. A luz visível é um tipo de radiação e, como tal, atravessa o espaço na forma de ondas eletromagnéticas. A distância entre as sucessivas cristas dessas ondas é denominada comprimento de onda, e o número de cristas por segundo que passam por um ponto chama-se freqüência. Como a velocidade de propagação da luz é constante, freqüências mais altas eqüivalem a comprimentos de onda mais curtos. As fontes de luz usadas nas fotografias convencionais (a luz do sol e a iluminação artificial, por exemplo) emitem radiação com uma ampla gama de freqüências, visto que a luz branca abrange as freqüências do ultravioleta até o infravermelho. Para se registrar a informação acerca da profundidade da cena é necessário que a fonte de luz seja monocromática (tenha freqüência única) e coerente, isto é, que as cristas de todas as ondas caminhem juntas (em fase). Por isso, embora a holografia tenha sido idealizada em 1947, a demonstração prática de seus efeitos só se tornou possível a partir da década de 60, com o desenvolvimento da tecnologia do laser, que emite raios luminosos coerentes e monocromáticos.
Figura 1 – Representação do comportamento da luz até chegar no filme holográfico. 
Fonte: geocities.ws [2] 
Quando duas ondas chegam a um determinado ponto em fase, isto é, quando as cristas de ambas coincidem, suas energias atuam em conjunto, reforçando a intensidade ou amplitude da luz. Este processo é chamado interferência construtiva. Por outro lado, se a crista de uma onda coincide com a posição mínima - ou ventre do ciclo - de outra, ou seja, se as cristas de ambas chegam fora de fase, obtém-se uma redução de intensidade: ocorre uma interferência destrutiva. Como o raio laser é monocromático e coerente, os detalhes relativos à profundidade de uma cena iluminada por um feixe deste tipo estão contidos nos relacionamentos das fases das ondas que chegam à chapa de registro holográfico. Uma onda vinda de uma parte mais distante da cena chega "retardada" com relação às ondas provenientes dos pontos mais próximos. É o registro desta informação que permite a reconstrução óptica do objeto em três dimensões. Para registrar esta informação é necessário um feixe de referência, com o qual se possam comparar os relacionamentos fásicos do feixe luminoso refletido pelo objeto. Para tanto separa-se o feixe de laser em dois: um dirigido para a cena, a partir do qual se forma o feixe refletido (feixe objeto); o outro (feixe de referência) é apontado diretamente para a placa de registro. No ponto em que os dois se encontram, a chapa, ocorre o fenômeno da interferência. 
Figura 2 – Representação de como a luz chega no observador. 
Fonte: geocities.ws [2] 
O holograma é usualmente revelado numa chapa transparente. Para reconstruir a imagem da cena original, esta transparência precisa ser iluminada com um feixe de luz coerente, semelhante ao utilizado como feixe de referência no registro. À medida que passa através da chapa transparente do holograma, o feixe de laser de reconstrução é modulado (modificado), de acordo com a amplitude e fase, assemelhando-se desta forma ao feixe objeto original. Forma-se então uma imagem virtual do objeto que,
para o observador, parece estar situada atrás do holograma. Existe também uma imagem real, formada do mesmo lado em que se coloca o observador, e que não pode ser vista por tratar-se de uma imagem focalizada. Contudo, ela poderá ser observada se uma tela for colocada na área focal. 
Como a cor depende da freqüência da luz, qualquer holograma produzido com um único laser dará na reconstrução imagens de uma única cor. Entretanto, com a utilização de três raios laser de freqüências diferentes (correspondentes às três cores primárias - vermelho, verde e azul), é possível registrar e reconstruir uma cena com todas as cores. 
2. Habilidades e Competências 
Os alunos precisam entender sobre a importância e as aplicações da holografia no cotidiano e na ciência. 
Habilidades 
 Entender como se produz um holograma. 
 Conhecer o experimentos que levou a esta compreensão. 
Competências 
 Compreender a importância da holografia no Cotidiano. 
3. Conhecimentos Prévios 
Para que os alunos possam reconhecer as habilidades e desenvolver as competências sobre a holografia é necessário o conhecimento prévio sobre os fenômenos de reflexão, refração, absorção, difração e interferências. 
4. Materiais e Recursos 
Os recursos necessários para execução da aula são: 
 Lousa; 
 Pincéis; 
 Apagador. 
5. Referências Bibliográficas 
[1] http://www.uned.es/ribim/volumenes/Vol10N1Ene_2006/V10N1A07%20Amaro.pdf acessado em: 21/10/2014 
[2] http://www.geocities.ws/saladefisica5/leituras/holografia.html acessado em: 21/10/2014 
[3] http://e-fisica.fc.up.pt/edicoes/3a-edicao/projectos/interferometria-holografica-de-dupla-exposicao- uma-regua-de-luz/apresentacao acessado em: 22/10/2014 
[4] http://www.tecmundo.com.br/holografia/4343-holografia-o-3d-ja-esta-com-os-dias-contados-.htm acessado em: 22/10/2014

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  • 1. Universidade Estadual do Ceará Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Física Professor: Robson Lopes de Alcântara Disciplina: Práticas Como Componente Curricular de Óptica Plano de Ensino Holografia 1. Introdução A holografia é, basicamente, uma maneira de fazer o registro para apresentar uma imagem em três dimensões pelo uso essencialmente da luz. O conceito foi criado em 1948 por Dennis Gabor e hoje se expande com as mais diversas utilidades e aplicações. A fotografia apareceu como uma maneira de guardar conteúdos e imagens com a captura da luz. Mas, obviamente, ela não é capaz de uma captura completa e funciona como uma "reprodução chapada" em relação à realidade. A holografia é justamente uma evolução das fotografias, capaz de capturar tridimensionalmente um objeto e a sua iluminação. Ou seja, se você olhar para um holograma, é quase como se estivesse vendo o objeto real, pois pode vê-lo em três dimensões e os efeitos das luzes sobre ele. Para compreender a diferença entre a fotografia comum e este processo, é importante considerar primeiramente a natureza da luz. A luz visível é um tipo de radiação e, como tal, atravessa o espaço na forma de ondas eletromagnéticas. A distância entre as sucessivas cristas dessas ondas é denominada comprimento de onda, e o número de cristas por segundo que passam por um ponto chama-se freqüência. Como a velocidade de propagação da luz é constante, freqüências mais altas eqüivalem a comprimentos de onda mais curtos. As fontes de luz usadas nas fotografias convencionais (a luz do sol e a iluminação artificial, por exemplo) emitem radiação com uma ampla gama de freqüências, visto que a luz branca abrange as freqüências do ultravioleta até o infravermelho. Para se registrar a informação acerca da profundidade da cena é necessário que a fonte de luz seja monocromática (tenha freqüência única) e coerente, isto é, que as cristas de todas as ondas caminhem juntas (em fase). Por isso, embora a holografia tenha sido idealizada em 1947, a demonstração prática de seus efeitos só se tornou possível a partir da década de 60, com o desenvolvimento da tecnologia do laser, que emite raios luminosos coerentes e monocromáticos.
  • 2. Figura 1 – Representação do comportamento da luz até chegar no filme holográfico. Fonte: geocities.ws [2] Quando duas ondas chegam a um determinado ponto em fase, isto é, quando as cristas de ambas coincidem, suas energias atuam em conjunto, reforçando a intensidade ou amplitude da luz. Este processo é chamado interferência construtiva. Por outro lado, se a crista de uma onda coincide com a posição mínima - ou ventre do ciclo - de outra, ou seja, se as cristas de ambas chegam fora de fase, obtém-se uma redução de intensidade: ocorre uma interferência destrutiva. Como o raio laser é monocromático e coerente, os detalhes relativos à profundidade de uma cena iluminada por um feixe deste tipo estão contidos nos relacionamentos das fases das ondas que chegam à chapa de registro holográfico. Uma onda vinda de uma parte mais distante da cena chega "retardada" com relação às ondas provenientes dos pontos mais próximos. É o registro desta informação que permite a reconstrução óptica do objeto em três dimensões. Para registrar esta informação é necessário um feixe de referência, com o qual se possam comparar os relacionamentos fásicos do feixe luminoso refletido pelo objeto. Para tanto separa-se o feixe de laser em dois: um dirigido para a cena, a partir do qual se forma o feixe refletido (feixe objeto); o outro (feixe de referência) é apontado diretamente para a placa de registro. No ponto em que os dois se encontram, a chapa, ocorre o fenômeno da interferência. Figura 2 – Representação de como a luz chega no observador. Fonte: geocities.ws [2] O holograma é usualmente revelado numa chapa transparente. Para reconstruir a imagem da cena original, esta transparência precisa ser iluminada com um feixe de luz coerente, semelhante ao utilizado como feixe de referência no registro. À medida que passa através da chapa transparente do holograma, o feixe de laser de reconstrução é modulado (modificado), de acordo com a amplitude e fase, assemelhando-se desta forma ao feixe objeto original. Forma-se então uma imagem virtual do objeto que,
  • 3. para o observador, parece estar situada atrás do holograma. Existe também uma imagem real, formada do mesmo lado em que se coloca o observador, e que não pode ser vista por tratar-se de uma imagem focalizada. Contudo, ela poderá ser observada se uma tela for colocada na área focal. Como a cor depende da freqüência da luz, qualquer holograma produzido com um único laser dará na reconstrução imagens de uma única cor. Entretanto, com a utilização de três raios laser de freqüências diferentes (correspondentes às três cores primárias - vermelho, verde e azul), é possível registrar e reconstruir uma cena com todas as cores. 2. Habilidades e Competências Os alunos precisam entender sobre a importância e as aplicações da holografia no cotidiano e na ciência. Habilidades  Entender como se produz um holograma.  Conhecer o experimentos que levou a esta compreensão. Competências  Compreender a importância da holografia no Cotidiano. 3. Conhecimentos Prévios Para que os alunos possam reconhecer as habilidades e desenvolver as competências sobre a holografia é necessário o conhecimento prévio sobre os fenômenos de reflexão, refração, absorção, difração e interferências. 4. Materiais e Recursos Os recursos necessários para execução da aula são:  Lousa;  Pincéis;  Apagador. 5. Referências Bibliográficas [1] http://www.uned.es/ribim/volumenes/Vol10N1Ene_2006/V10N1A07%20Amaro.pdf acessado em: 21/10/2014 [2] http://www.geocities.ws/saladefisica5/leituras/holografia.html acessado em: 21/10/2014 [3] http://e-fisica.fc.up.pt/edicoes/3a-edicao/projectos/interferometria-holografica-de-dupla-exposicao- uma-regua-de-luz/apresentacao acessado em: 22/10/2014 [4] http://www.tecmundo.com.br/holografia/4343-holografia-o-3d-ja-esta-com-os-dias-contados-.htm acessado em: 22/10/2014